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Efeito do clima na produção agrícola

Fábio R. Marin
Departamento de Engenharia de Biossistemas
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Atmosfera

• Definição: camada de gases que envolve


um planeta e é retida pela sua atração
gravitacional.
• Se comparada com o diâmetro da Terra, a
espessura da atmosfera não representa
mais que 1,6% de seu raio e, se
considerarmos que sob o ponto de vista
meteorológico a camada mais importante
da atmosfera está restrita a 20 km de
altitude, teremos que essa espessura é
menos de 0,4% do raio terrestre.
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Fração Molar
com base em Massa
Constituinte Volume Molecular
Nitrogênio (N) 78% 28,013

Composição Oxigênio (O2) 21% 31,999


Básica Argônio (Ar) 0,9% 39,948
Dióxido de
Carbono (CO2) 0,03% 44,010
Neônio (Ne) 0,0018% 20,183
Hélio (He) 0,00052% 4,003
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Alteração na Composição – Mudanças Climáticas


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Definições: • A meteorologia é a ciência que estuda


Agrometeorologia os fenómenos da atmosfera;
• A origem da palavra meteorologia é
“meteoro” que significa aquilo que está
suspenso no ar;
• A Meteorologia Agrícola, também
conhecida como Agrometeorologia, é o
ramo da Meteorologia que estuda a
influência das condições
meteorológicas nas atividades
agropecuárias;
• Agricultura é o conjunto de técnicas
utilizadas para cultivar plantas com o
objetivo de obter alimentos, fibras,
energia, matéria-prima (do inglês 4F´s:
fiber, food, feedstock, fuel).
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Qual a Diferença entre Clima e Tempo??

Tempo é o estado da Clima é a descrição média, valor


Denomina-se tempo mais provável, das condições
atmosfera num local e
à descrição atmosféricas nesse mesmo local.
instante, sendo caracterizado
instantânea, Com a descrição climática sabe-
pelas condições de
enquanto que a se antecipadamente que
temperatura, pressão, condições de tempo são
descrição média é
concentração de vapor, predominantes na região e quais
denominada de
velocidade e direção do atividades agrícolas têm maior
clima.
vento, precipitação; possibilidade de êxito.
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Resumindo:

• Em resumo, Tempo é o
estado da atmosfera num
determinado momento e um
determinado lugar. É o objeto
de estudo da Meteorologia.
• Clima é média das
condições do tempo. É o objeto
de estudo da climatologia.
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Exemplo: Clima de Piracicaba

Note que aqui temos médias mensais (obtidas a partir de mais de 100 anos de dados) de
temperatura e chuva para Piracicaba
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• Elementos são grandezas (variáveis) que


caracterizam o estado da atmosfera, ou
seja: radiação solar, temperatura, umidade
relativa, pressão, velocidade e direção do
vento, precipitação
Elementos e • Fatores são agentes causais que
condicionam os elementos climáticos.
Fatores Fatores geográficos tais como latitude,
altitude, continentalidade/oceanidade, tipo
de corrente oceânica, afetam os
elementos.
• Por exemplo, quanto maior a altitude
menor a temperatura e a pressão. A
radiação solar pode ser tomada ou como
fator condicionador ou como elemento
dependente da latitude, altitude, e época
do ano.
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Escala Temporal
dos Fenômenos
Atmosféricos

• Variação diária (Rotação)


• Variacao anual - estações
do ano (Translação,
periodicidade)
• Tendências e mudanças
no clima
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Anomalia e
Tendência

• Anomalia climática - flutuação extrema de um elemento


em uma série climatológica, com desvios acentuados do
padrão observado de variabilidade.
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Definindo as
três escalas: • Macroescala: movimentação de
grandes massas de ar – Fenômenos
com dimensão entre 100km e 1000km
num período de horas a semanas.
• Mesoescala: dependência do relevo –
Fenômenos com dimensão entre 100m
e 100km num período de horas.
• Microescala: trocas gasosas,
dispersão de poluentes; dependente
da cobertura da superfície e objeto de
estudo da micrometeorologia.
Fenômenos com dimensão entre
metros a dezenas de metros num
período de segundos ou minutos.
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clima

MARIN. 2016. CLIMA, O FATOR FALTANTE DA REVOLUÇÃO VERDE


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marin/?originalSubdomain=pt
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Clima, a última fronteira da revolução verde
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Engenharia Agronômica na ESALQ

Atmosfera
1 disciplina
LEB306

Planta
8 disciplinas em Plantas

Solo
7 disciplinas
Optativas
LEB410 – Mudanças Climáticas e Agricultura
1100222 - Modelagem de Culturas Agrícolas
LEB0600 – Microclimatologia Agrícola
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A FERRAMENTA
CIENTÍFICA

“PROCESS BASED CROP MODELS”


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QUANTIFICANDO E ISOLANDO O MANEJO E CLIMA


A UTILIDADE DO CPC NA

CPR = CPC + CPM

Coeficiente de
Coeficiente
produtividade Coeficiente
de variação
climática de produtividade
real
GESTÃO

do manejo
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Visão gerencial da fazenda

Produtividade em CPC em três


três cenários cenários
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Visão gerencial da Fazenda

Relatório
detalhado
sobre o talhão
Estimativa de
Produtividade
cenário PES

Descrição
do talhão
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Inteligência climática
O exemplo do milho

Estudo de Caso
Milho Minas Gerais – Safra 22/22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Minas Gerais – Safra 22/22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Minas Gerais – Safra 22/22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Minas Gerais – Safra 22/22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Minas Gerais – Safra 22/22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Irrigado/MG-Safra Inverno 22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Irrigado/MG-Safra Inverno 22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Irrigado/MG-Safra Inverno 22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Irrigado/MG-Safra Inverno 22
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Inteligência climática
O exemplo do milho
Estudo de Caso
Milho Irrigado/MG-Safra Inverno 22
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Inteligência climática
O exemplo da soja

Estudo de Caso
Soja/Leste de MT - Safra 20/21
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Inteligência climática
O exemplo da soja

Estudo de Caso
Soja/Leste de MT - Safra 20/21
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Inteligência climática
O exemplo da soja
Argiloso

Estudo de Caso
Soja/Leste de MT - Safra 20/21

Arenoso
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Inteligência climática
O exemplo da soja
Argiloso

Estudo de Caso
Soja/Leste de MT - Safra 20/21

Arenoso
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meses
A safra 22/23 e os
cenários para os próximos
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PREVISÕES DE ENSO

El Niño

La Niña
Neutralidade
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PREVISÕES DE ENSO
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Análise-Centro Sul
ANÁLISE CENTRO-SUL
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Análise-Centro Sul

Produção (t) Área (ha) Produtividade (t/ha) Variação (%)*


Estado Pessimista Intermediário Otimista CONAB 22/23 CONAB 23/24 Pessimista Intermediário Otimista CONAB 22/23 Pessimista Intermediário Otimista
ANÁLISE CENTRO-SUL

Cana-de-Açúcar

GO 71,341,094 74,274,243 75,899,428 71,035,446 72,684,847 937,091 76.130 79.260 80.995 74.241 3% 7% 9%
MG 78,725,526 81,810,543 83,079,093 70,537,876 78,114,916 955,858 82.361 85.589 86.916 78.686 5% 9% 10%
MS 49,262,556 50,329,378 51,137,401 44,627,120 48,744,623 648,145 76.005 77.651 78.898 70.174 8% 11% 12%
MT 17,306,028 17,886,274 18,177,314 15,876,600 19,503,800 200,592 86.275 89.167 90.618 90.883 -5% -2% 0%
PR 34,609,980 35,257,732 35,746,329 30,953,141 31,686,600 488,375 70.868 72.194 73.194 65.115 9% 11% 12%
SP 330,995,008 340,799,565 344,852,197 312,879,507 322,020,600 4,151,918 79.721 82.082 83.059 75.436 6% 9% 10%
Total 582,240,192 600,357,735 608,891,762 545,909,691 572,755,387 7,381,979 78.873 81.327 82.484 74.917 5% 9% 10%

* Resultado da razão percentual entre a produtividade da safra atual e sua safra anterior (CONAB 22/23). Os valores de variação são referentes aos cenários otimista, intermediário e pessimista.
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• Análise-Centro Sul
Análise-Centro Sul
ANÁLISE CENTRO-SUL
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Radiação Solar
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De onde vem a radiação solar?


Movimentos de rotação e translação
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• Posição relativa Terra-Sol:


Estimando Qo - Estações do ano
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Estimando Qo - Declinação Solar


• ângulo formado entre uma linha imaginária ligando o centro da Terra ao centro do
sol, com o plano do Equador. Ao longo do ano, a declinação varia entre -23o27´
(solstício de verão) e +23o27´ (solstício de inverno). (Do latim: solstitiu = Sol
Parado).
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Como calcular a
Declinação Solar

 360(NDA − 80)
 = 23,45sen 
 365

A única variável dessa equação é o


número do dia do ano (NDA),
também conhecido como dia Juliano,
e representa a contagem sequencial
dos dias do ano desde primeiro de
janeiro até 31 de dezembro. Veja no
Slide seguinte uma tabela para
encontrarmos o valor do NDA a partir
de um data (mês e ano).
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Tabela de
NDA

Nas colunas temos os


meses e nas linhas
temos os dias.
Combinando uma
linha com uma
coluna, encontramos
o NDA.

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Lei do Cosseno de Lambert


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Ângulo Quando o sol passa pelo meridiano no local


(meio-dia): h = 0 e cos 0 = 1
Zenital ao Assim,
Meio-Dia

cos Z12 = sen .sen + cos . cos .1


cos Z12 = cos( −  )
Z12 =  − 

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Ângulo Horário

• h é ângulo horário do sol – ângulo


formado pelo plano meridiano do sol e o
plano meridiano do ponto onde está o
observador

• h = (hora local – 12) * 15º


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Estimando Qo - Calculando o
Ângulo Horário ao nascer do Sol
(hn)

 é a latitude do local (graus e décimos)


 é a declinação do sol (graus e décimos)
Zh é o ângulo zenital a cada hora do do dia. No nosso caso,
vamos calcular Z para o meio dia e extrapolar para o restante do
dia.
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Cálculo do Fotoperíodo (N)


Lembrando o que já vimos nos slides anteriores, ao
nascer do Sol, o ângulo zenital pode ser dado por:
N = hora do pôr-do-sol – hora do
nascer-do-sol
Considerando a trajetória simétrica 0 = sen .sen + cos  . cos  . cos hn
do solo em relação ao meio-dia,
podemos admitir que:
cos hn =
(− sen .sen )
= −tg .tg
N = 2 * hn/15 (cos  . cos  )
hn = arccos(− tg .tg )
sendo hn o ângulo horário no nascer
do Sol)

Ao nascer, o ângulo zenital é 90 e Assim, o fotoperíodo (N) é dado por:


cos90 = 0. Assim, isolando-se hn da
eq. do ângulo zenital, tem-se:
N = 2 * hn/15
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Horário do nascer e
pôr-do-Sol

• Horário do Nascer do Sol (HNS)


• HNS = 12-N/2

• Horário do Pôr do Sol (HPS)


• HPS = 12+N/2

Exemplo de variação do fotoperíodo de locais no hemisfério Sul


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Constante Solar
Constante solar (Jo) é um valor que expressa a densidade
de fluxo de radiação (energia/área.tempo) em uma
superfície perpendicular aos raios solares, acima da
atmosfera.
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Corrigindo a Constante Solar em


função da distância Terra-Sol
É necessário corrigir Jo pois a Terra não tem uma
órbita perfeitamente circular em torno do Sol. O
valor médio, como já mencionamos, é de Jo = 1370
W/m2 ou 118,11 MJ/m2.d, e para corrigir usamos a
seguinte equação:
Jo’ = Jo * (d/D)2

sendo que Jo’ o valor de Jo corrigido pela distância,


(d/D)2 representar a razão entre a distância real (r) e
a distância média (D) entre a terra e o Sol e pode
ser calculado por

(d/D)2 = 1 + 0,033 * cos(NDA*360/365)


Lembrando que NDA é o número do dia do ano e pode ser
obtido a partir da Tabela disponível no slide 6
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Equação Final

Finalmente,
agora podemos
calcular o valor
da Radiação
Extra-Terrestre
(Qo)
• Lembrando que: Jo´ é a constante solar corrigida pela distância
Terra-Sol, hn é o ângulo horário do nascer do Sol, e  é a latitude,
 é a declinação solar

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Revisando e resumindo - Qo

Constante Solar – máxima densidade de


fluxo de radiação em uma superfície
perpendicular aos raios solares, fora da
atmosfera. Tem valor constante de 1370
W/m2 ou 118,11 MJ/m2.d
Ângulo horário do nascer do Sol Ângulo horário do
hn = arccos(− tg .tg ) nascer do Sol
Latitude

   
2
Jo  d 
Qo = .  . hn.sen .sen + cos  . cos  .sen hn
 D  180  
Latitude Declinação
Solar
Razão entre a distância Terra-
Sol num determinado dia e a Número do
Declinação Dia do Ano
distância média Terra-Sol Solar
2
d  NDA.360 
  = 1 + 0,033. cos   360(NDA − 80)
D  365   = 23,45sen 
 365

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Observe a variação da radiação


solar extra-terrestre (Qo) para
diferentes latitudes (linha cheia) e
o valor médio anual (linhas
pontilhadas)

Responda: em qual dos locais a produção de espécies perenes é


mais indicada? E das culturas anuais?
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Interação Radiação - Vegetação
Forma simplificada de
estimativa:
Qg = 0,5 * Qo Nota: o acúmulo de biomassa é
PAR = 0,5 * Qg proporcional a quantidade de PAR
PAR = 0,25 * Qo absorvida pela copa.
Qo
- QUV
PAR Qg - QPAR
- QIVP
r.PAR
Atmosfera

a.PAR

t.PAR
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Níveis de produção e seus


respectivos fatores
determinantes/limitantes
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Van Ittersum, Rabbinge. 1997. Concepts in production ecology for


DETERMINADO

analysis of agricultural input-output combinations. Field Crops


POR: Radiação,
Temperatura [CO2],
Genética, (Água)

PRODUTIVIDADE (t.ha-1.ano-1)
Produtividade
potencial, real
e lacuna de
Baixa fertilidade,
produtividade insetos, doenças,
daninhas

PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE

Research.
POTENCIAL REAL
(POTENTIAL YIELD) (FARM YIELD)

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• População mundial crescerá 34%

• Demanda por proteínas por carnes


aumentará em 73% e derivados de
leite em 58%
Mudanças Globais
• Limitação de terras aráveis disponíveis
Projetadas para para expansão da área agrícola
2050 mundial (+5%)

• Mudanças climáticas demandarão a


Tillman, Balzer, Hill. 2011. Global food
adaptação da agricultura
demand and the sustainable intensification
of agriculture. PNAS.
Intensificação Agrícola Sustentável
Howden, Soussana, Tubiello, Chhetri,
Dunlop, Meinke. 2007. Adapting agriculture
to climate change. PNAS.

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Estimando 𝒀𝒑′ = 𝒂𝑷𝑨𝑹 ∗ 𝑹𝑼𝑬 ∗ 𝑰𝑪 ∗ 𝑭𝑻𝒂𝒓 ∗


𝟏
*ND
a
(𝟏−𝑼)
Sendo:
Produtivid Yp’ dado em [g/m2]

ade aPAR = PAR * ( 1 - e-k*IAF)


Potencial (assumindo r como sendo desprezível)

(Pp ou Yp) IC o índice de colheita (adimensional)


RUE – eficiência de uso da radiação PAR (g/MJ)
U é a umidade do produto (adimensional)
FTar – Fator de correção pelo efeito da temperatura do ar
na fotossíntese (ver aula sobre temperatura)
ND – é o número de dias do ciclo ou fase fenológica
considerada

10000
𝑌𝑝 = 𝑌𝑝′ 1000
[kg/ha]
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Paulo: Professor, o Sistema de Plantio Direto pode ser


um caminho que molda o clima ou microclima no
ambiente para uma boa produção de grãos?

Mário: como a cordilheira dos andes influencia o


clima?
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Guilherme: Grandes produtores no Paraná tem


problemas com geadas na cultura do milho safrinha,
como é explicado essa causa?
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Solo
Temperatura do Ar e do
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INTRODUÇÃO

➢ Temperatura - energia interna de uma substância ou


um corpo qualquer, vulgarmente associado às
sensações de frio e calor; mais especificamente é a
medida da energia cinética associada ao movimento
(vibração) aleatório das partículas.
➢ Diversas das propriedades físicas da matéria – se
em estado sólido, líquido ou gasoso; sua densidade,
solubilidade, pressão de vapor, condutividade
hidráulica etc – são dependentes da temperatura do
sistema em análise. Além de influenciar nas
propriedades químicas, acelerando a velocidade das
reações e do metabolismo nos seres vivos.
➢ Um dos principais fatores determinantes da
distribuição e desenvolvimento das plantas e animais
.

83
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Mecanismos de aquecimento da atmosfera
Aquecimento da atmosfera próxima à superfície terrestre por transporte de
energia:

→Condução molecular – troca de calor sensível por contato entre as


“moléculas”, com extensão superficial limitada (máximo de 3m);

→ Difusão turbulenta: processo “eficiente” de transporte de energia, com


movimento ascendente de parcelas de ar aquecidas – dispersão de
CO2, vapor d’água e poeira.

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Variação Temporal da Temperatura do Ar
Obs: O “atraso” no registro da
temperatura do ar em relação
ao pico de radiação solar se
deve a altura de medida, de
aproximadamente 2 metros.

12:00 - Pico do
Balanço de
Radiação
Temperatura do ar

18:00 - Inversão
do Balanço de
14:00
Radiação igual
Temp.
Máxima

Tempo
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Variação
Temporal da Temperatura média diária - Frederico Westphalen/RS

Temperatura do
Ar
30,00

25,00

Temperatura (ºC)
→ Anual: também segue a 20,00

disponibilidade de energia na 15,00


superfície, com valores
máximos no verão e mínimos 10,00
no inverno.
5,00

0,00
1 31 61 91 121 151 181 211 241 271 301 331 361
Dia do Ano (2008)

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O aumento da altitude ocasiona diminuição da


Influência da altitude temperatura. Isso ocorre em conseqüência da
Média  - 0,6oC / 100m rarefação do ar e da diminuição da pressão
atmosférica
(esse valor depende da quantidade de
vapor no ar)

-15 C
-10 C

10 C

25 C
Temp. média

-20 C -10 C 0C 10 C 25 C
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Altitude e a temperatura média anual
em SP

Região mais
baixa Região de maior
altitude

Regiões mais claras


são mais quentes Região mais
baixa

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Além disso, a associação da altitude com o relevo pode condicionar o regime de


chuvas de uma região. As chuvas orográficas são um exemplo disso:

Total anual médio de chuva (cm)

Esse efeito ocorre também na região da Serra do Mar no Estado de São Paulo, onde a chuva total anual é
de 2.150 mm/ano em Santos, de 3.800 mm/ano no alto da Serra e de 1.300 mm/ano na cidade de S. Paulo.
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Oceanidade / Continentalidade
Diz respeito a proximidade em relação ao mar.
A água possui alto calor específico (energia necessária para elevar a temperatura de 1 quilo
em 1oC).

Cuiabá → Amplitude térmica anual


entre 8 e 17oC

Salvador → Amplitude térmica


anual entre 3 e 6oC
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Brasil

Janeiro
Julho
Temperatura média anual no

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Fatores do microclima controlando a temperatura

Diferentes coberturas modificam o regime


Num mesmo local (as vezes térmico do local
com distância de apenas
alguns metros), a temperatura
da superfície varia de acordo
com a sua cobertura. No
nosso caso, imagine a
temperatura do asfalto em
frente ao prédio central e a
temperatura do gramadão – é
fácil supor que o gramado
sempre tem temperatura
menor ao meio dia, não é?

92
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A temperatura
do solo é
importante
para

• Germinação de sementes
• Crescimento de raízes e
brotações
• Perfilhamento
• Atividade microbiana
• Absorção de água e nutrientes
• Evaporação da água
• Nitrificação no solo

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A temperatura do • Radiação solar que atinge o solo

solo é controlada por • Umidade do solo, cor, textura


• Inclinação e exposição do terreno
• Cobertura vegetal

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Efeito da temperatura do solo no crescimento radicular
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A temperatura do solo
controla a atividade
biológica e a
germinação

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Efeito da palhada de cana sobre a temperatura do solo

Sem palha

Com palha

Viana (2018)

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A temperatura como fator agronômico

• A taxa das reações metabólicas é regulada basicamente pela


temperatura do ar, afetando, desse modo, tanto o crescimento como o
desenvolvimento das plantas.
• Um dos primeiros estudos relacionando temperatura e
desenvolvimento vegetal foi realizado por Reaumur, na França, por volta
de 1735. Ele observou que o ciclo de uma mesma cultura/variedade
variava entre localidades e também entre diferentes anos.
• Ao fazer o somatório das temperaturas do ar durante os diferentes
ciclos, ele observou que esses valores eram praticamente constantes,
definindo isso como Constante Térmica da Cultura (CT).

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Produção Vegetal e
Temperatura

Observe que as
temperaturas cardinais (Tb,
Totima e TB) para a
fotossíntese líquida não são
necessariamente as
mesmas observadas para a
fotossíntese bruta.

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Conceito de Graus-Dia

• Imagine um
experimento em que
uma cultivar foi
cultivada sob diferentes
temperaturas. A duração
da fase entre a
semeadura e o
florescimento foi
registrado, obtendo-se a
Figura ao lado:

100
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Conceito de Graus-Dia

• Invertendo-se a duração da
fase (DUR(T)) obtém-se a
taxa de desenvolvimento
(R(T)) em função da
temperatura. A Figura
abaixo ilustra uma relação
típica de R(T) em função da
temperatura, calculada a
partir dos dados da Figura
ao lado.

101
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Integrando R(T) ao longo do tempo, pode-se obter a


desenvolvimento acumulado de um organismo e,
quando o desenvolvimento acumulado é igual a 1 o
desenvolvimento está completo. Assumindo-se R(T)

Conceito de
é linear com a temperatura, pode-se escrever
R(T)=s(T-Tb)
Graus-Dia em que s é o coeficiente angular da linha pontilhada
na Figura 2 e Tb é a intersecção com o eixo x. Note
que a unidade de s é dia-1.oC-1. Para temperatura
abaixo de Tb o desenvolvimento acumulado é zero.
Lembrando que quando o desenvolvimento relativo
acumulado (DRA) é igual a 1, então DRA=Constante
térmica (CT) e o evento biológico estará completo. É
possível computar DRA em função dessa relação
linear da seguinte forma:

𝑡(𝑐𝑜𝑙ℎ𝑒𝑖𝑡𝑎) 𝑡(𝑐𝑜𝑙ℎ𝑒𝑖𝑡𝑎)

𝐷𝑅𝐴 = න 𝑅(𝑇) 𝑑𝑇 = න 𝑠 𝑇 − 𝑇𝑏 𝑑𝑡
𝑡(𝑠𝑒𝑚𝑒𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎) 𝑡(𝑠𝑒𝑚𝑒𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎)

102
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Conceito de graus-dia
Essa equação pode ser simplificada admitindo que s é constante e DRA é igual a
1 (ou seja 100% do ciclo foi concluído):

𝑡(𝑐𝑜𝑙ℎ𝑒𝑖𝑡𝑎)
1
= න 𝑇 − 𝑇𝑏 𝑑𝑡
𝑠
𝑡(𝑠𝑒𝑚𝑒𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎)

Lembrando que dT pode ser aproximado para t numa notação finitesimal, e que
quando t=1 pode-se acumular (T-Tb) até um somatório térmico (1/s). Este
somatório (=1/s) representa o número de graus-dia necessário para a conclusão
de uma dada fase ou mesmo do ciclo de crescimento, sendo também conhecida
como Constante Térmica (CT). Para cômputo diário (GD) do número de graus-
dias acumulados, pode-se então usar a seguinte expressão:
GD =(𝑇 − 𝑇𝑏) 𝑛𝑑
em que T (maiúsculo) é a temperatura media do período (veja no slide seguinte algumas
exceções); nd representa o número de dias do período; t (minúsculo) é o tempo e T é a
temperatura do ar. 103
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Na Tabela abaixo, temos alguns valores de CT e Tb para algumas culturas.

Cultura Variedade/Cultivar Período/Sub-período Tb (oC) CT


(oCd)

Arroz IAC4440 Semeasura-Maturação 11,8 1985 CT – Constante


Semeadura-Emergência 18,8 70 térmica. Representa
Emergência-Floração 12,8 1246
o total de graus-dia
Floração-Maturação 12,5 402
para conclusão de
uma determinada
Abacate Raça Antilhana Floração-Maturação 10,0 2800
fase fenológica ou
Raça Guatemalense Floração-Maturação 10,0 3500
Lista de Híbridos Floração-Maturação 10,0 4200
do ciclo da cultura
temperaturas Feijão Carioca 80 Emergência-Floração 3,0 813
basais e Girassol Contisol 621 Semeadura-Maturação 4,0 1715

constantes IAC-Anhady Semeadura-Maturação 5,0 1740

Milho Irrigado AG510 Semeadura-Flor.Masculino 10,0 800


térmicas para BR201 Semeadura-Flor.Masculino 10,0 834

diversas culturas BR106 Semeadura-Flor.Masculino 10,0 851

DINA170 Semeadura-Flor.Masculino 10,0 884

Soja UFV-1 Semeadura-Maturação 14,0 1340

Paraná Semeadura-Maturação 14,0 1030

Viçoja Semeadura-Maturação 14,0 1230

Cafeeiro Mundo Novo Florescimento-Maturação 11,0 2642

Videira Niagara Rosada Poda-Maturação 10,0 1550

Itáli/Rubi Poda-Maturação 10,0 1990

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Umidade do Ar
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Composição da Atmosfera
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Cada constituinte da atmosfera


exerce uma pressão sobre a
superfície independente da
presença dos outros. Desse modo,
Lei de Dalton a pressão total, ou Pressão
das Pressões Atmosférica (Patm), é igual a soma
das pressões de cada gás ou
Parciais vapor. Se a pressão de interesse
for a pressão de vapor d´água (ea)

Patm = Par + ea
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Pressão de vapor d´água

O símbolo ea representa a pressão exercida pela massa de vapor d´água


existente na atmosfera, que pode variar de zero a um valor máximo
chamado de pressão de saturação de vapor (es).
O valor de es é dependente da temperatura na forma

es = 0,6108 * 10 [7,5*Tar/(237,3 + Tar)]

conhecida com Equação de Tetens


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Gráfico
Tetens –
Equação de

Psicrométrico
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Déficit de Pressão de
Vapor (e ou DPV)

• De representa o déficit de
pressão de vapor (também
conhecido como DPV ou e)
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Umidade Relativa do ar (UR)

ea UA
UR = ou UR =
es US

• Relação entre a quantidade de vapor existente no ar e que existiria


se o mesmo estivesse saturado na mesma temperatura.
• Importante: conhecendo-se a UR, ea pode ser dado por ea=UR*es
Nota: Nas estações meteorológicas
automáticas, este é a equação para
determinação de ea, quando necessário.
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ar (UR)
Umidade Relativa do
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Temperatura do Ponto de Orvalho

 ea 
237,3  log  • Temperatura abaixo da
To =  0,6108  qual há saturação do
 ea  ambiente.
7,5 − log 
 0,6108 
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Chuva
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O Ciclo Hidrológico
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Condensação na atmosfera
• Resfriamento e saturação da massa de ar
GRADIENTE ADIABÁTICO ():
ar seco = - 0,98oC / 100m
ar saturado = - 0,4oC / 100m
ar úmido = - 0,6oC / 100m

• Presença de núcleos de condensação


• NaCl
• 2-metiltreitol - floresta amazônica (RG+isopreno)
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• Distribuição: localizada, com grande variabilidade


espacial
Tipos de Chuvas: • Intensidade: moderada a forte, dependendo do
desenvolvimento vertical da nuvem
Convectivas • Predominância: no período da tarde/início da noite
• Duração: curta a média (minutos a horas)
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Tipos de Chuvas: Orográficas

• Santos – P = 2153 mm/ano


• Cubatão – P = 2530 mm/ano
• Serra a 350m – P = 3151mm/ano
• Serra a 500m – P = 3387 mm/ano
• Serra a 850m – P = 3874 mm/ano
• S.C. do Sul – P = 1289 mm/ano

- Distribuição: localizada (encosta a barlavento)


- Intensidade: fraca a moderada
- Predominância: geralmente diurna
- Duração: média (horas)
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Chuvas Frontais
- Distribuição: generalizada na região
- Intensidade: fraca a moderada,
dependendo do tipo de frente
- Predominância: sem horário predominante
- Duração: média a longa (horas a dias),
dependendo da velocidade de deslocamento
da frente.
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Variabilidade

da chuva frontal
espaço-temporal
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Imagem GOES 13 - INPE


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Relação
entre
Chuva e
Temperatu
ra no
Centro Sul
do Brasil

• Dados do Posto Meteorológico da ESALQ entre


12/4/2016 e 2/5/2016 www.leb.esalq.usp.br/posto
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da chuva
Variabilidade espaço-temporal
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chuva
e espaço-
Variabilidad

temporal da
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Evapotranspiração
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Evapotranspiração - Definições

• Evapotranspiração (ET)
• – Processo simultâneo de
transferência de água para a
atmosfera através da
evaporação (E) e da
transpiração (T)

• ET = E + T
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Evapotranspiração - Definições

- Evaporação (E) – Processo físico através do qual um


líquido passa para o estado de vapor, que ocorre nos
oceanos, lagos, rios, solo e vegetação.
- Transpiração (T) – Processo de evaporação que ocorre
através da superfície das plantas, especialmente das
folhas. Nas folhas, a transpiração ocorre através dos
estômatos.

138
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Evapotranspiração é parte importante do ciclo hidrológico e


representa a água que retorna à atmosfera na forma de
vapor

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agrícolas
Partição da evapotranspiração em culturas

140
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Evapotranspiração de Referência (ETo)

Evapotranspiração de (ETo) - função de


Referência (ETo) – Lâmina variáveis
que seria utilizada por uma meteorológicas
superfície coberta por (radiação solar,
vegetação hipotética, com temperatura e umidade
altura de 8-15cm, albedo de do ar, velocidade do
23%, em crescimento ativo, vento, etc.). Desse
cobrindo totalmente o solo e modo, é também uma
sem restrição de água. variável meteorológica.

141
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Evapotranspiração real (ETr)


Evapotranspiração real ETc  ETr
(ETr) – quantidade de água
efetivamente utilizada por Ou ETo  ETr
uma superfície vegetada

142
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Evapotranspiração de cultivo (ETc)

Evapotranspiração de cultivo ETc = Kc * ETo


(ETc) ou Evapotranspiração
máxima – é a evapotranspiração
de uma cultura em dada fase de
seu desenvolvimento, sem
restrição hídrica, em condições
ótimas de crescimento e com
ampla área de bordadura para
evitar a advecção de calor
sensível (H) de áreas adjacentes.
Assim ETc depende das
condições meteorológicas,
expressas por meio da ETP (ou
ETo), do tipo de cultura (maior ou
menor resistência à seca) e da
área foliar. Como a área foliar da
cultura padrão é constante e a da
cultura real varia, o valor de Kc
também irá variar.

143
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Duração de fases fenológicas para diferentes culturas e fases fenológicas

Para encontrar outras cultura, consulte a Tabela 12 disponível em


http://www.fao.org/docrep/X0490E/x0490e0b.htm#length%20of%20growth%20stages
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145
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Coeficiente de Cultivo

146
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Resumo

147
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Estimativa de ETo
em que SR é o saldo de radiação (MJm-2d-1), G é o fluxo de calor no
Método de Penman- solo (MJm-2d-1); DPV é o déficit de pressão de vapor do ar (kPa);  é
a tangente à curva de pressão de saturação de vapor (kPaoC-1); T é a
temperatura média diária (°C);  é a constante psicrométrica (kPaoC-
Monteith 1); u é a velocidade do vento (m·s-1) medida a 2m da superfície do
2
solo. ETo é dado em mm·d-1

148
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ETo
Estimativa de

Método de Penman-Monteith

149
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Balanço hídrico
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Balanço Hídrico
- Conceito

O balanço hídrico é a
contabilização da água do
solo, resultante da aplicação
do Princípio de Conservação
de Massa num volume de
solo vegetado. A variação de
armazenamento de água no
volume considerado (ΔARM),
por intervalo de tempo,
representa o balanço entre o
que entrou e o que saiu de
água do volume de controle.
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Balanço Hídrico - Introdução

Precipitação Anual
Porto Alegre 1347
Cuiabá 1314
Petrolina 608
Londres 611
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Balanço
Hídrico -
Introdução

Em resumo:
Variação do ARM = Chuva + AC -ET -DP
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disponível: conceito
Capacidade de água
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Água

Disponível
Facilmente
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Disponível x
Textura do Solo
Água Facilmente
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Curva de
retenção de
água no solo
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CAD = (CC% - PMP%) * Z * 1000

Sendo a CAD dada em mm e Z a


profundidade efetiva do sistema radicular
(m).

Calculando a Valores de Referência:

Capacidade Solos muito argilosos: 200 mm/m


Solos com textura média: 100 mm/m
de Água Solos arenosos: 60 mm/m

Disponível Nota: Caso CC% e PMP% tenham sido


medidas dadas em umidade
gravimétrica do solo, é necessário
multiplicar pela densidade aparente do
solo, kg/m3) para se calcular a CAD.
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Tipos de Balanço Hídrico

BH sequencial (diário, BH de culturas –


semanal, decendial, monitoramento da
BH Normal (mensal) –
mensal) – irrigação, zoneamentos,
análise climatológica
acompanhamento das estimativa de
condições produtividade
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Piracicaba - SP
Normal
Representação Esquemática do BH
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Risco Climático
Zoneamento Agrícola de
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LEI (DO PROAGRO) N º 5.969/73

• Criação do Programa de Garantia de Atividades


Agrícolas e exoneração de obrigações financeiras dos
custos do crédito rural, se a produção for afetada pela
ocorrência de fenômenos naturais.
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O PROBLEMA
Taxas de Perdas da Agricultura Brasileira nas Safras 91/92 e 92/93
REGIÃO
EVENTO
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

Seca 15,68 29,12 10,19 7,12 8,36 *


Chuva
1,82 9,84 2,9 5,55 1,57 *
Excessiva

Granizo ----- 0,01 0,05 0,26 0,44


Doenças e
0,05 0,41 0,68 0,56 0,21
Pragas
Outros
0,33 0,33 0,26 0,77 0,34
Fenômenos

Total 17,88 39,71 14,24 14,28 11,46

Fonte: Ministério do Planejamento


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O PROBLEMA
Acompanhamento da SECURITIZAÇÃO – Junho/96
VALOR TOTAL DA DÍVIDA : R$ 637 MILHÕES

Distribuição por Instituição

BANCO DO BRASIL R$ 605,4 milhões

BANCOS PRIVADO R$ 14,4 milhões

BANCO DO NORDESTE R$ 8,9 milhões

BANCOS ESTADUAIS R$ 7,3 milhões

BASA R$ 1,1 milhão


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Os Riscos Agrícolas

Formação da produção

Preparação
de solo Comercialização

½ ½ ½
Semeadura Germinação Colheita

Seca, granizo, geada,


chuva intensa ondas de calor,
vendaval
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História do Zoneamento
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Arábica – 1977
Aptidão Climática do Café
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Açúcar – 1974
Aptidão Climática da Cana-de-
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Primeiras resoluções que regem o


zoneamento de riscos climáticos do Brasil
Resoluções, Cartas-Circulares, Comunicados e Documentos do Banco
Central do Brasil
Resolução n.° 2.259, de 15.03.96 - Dispõe sobre zoneamento agrícola para plantio do trigo (PR), safra
de inverno 1996, redução de alíquota de adicional do PROAGRO e ajuste nas condições de
financiamento de custeio da lavoura;
Resolução n.° 2.273, de 23.04.96 - Dispõe sobre zoneamento agrícola para plantio de trigo (MS, PR,
RS e SC), safra de inverno 1996, redução de alíquota de adicional do PROAGRO e ajuste nas condições
de financiamento de custeio da lavoura;
Resolução n.° 2.294, de 28.06.96 - Dispõe sobre zoneamento agrícola, safra de verão 1996/97,
redução de alíquota de adicional do PROAGRO e ajustes complementares para o Programa (arroz,
feijão e milho – MT, MS, MG, SP e TO);
Resolução n.° 2.311, de 29.08.96 - Estende aos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina
disposições da Resolução n.º 2.294,de 28.06.96 (PROAGRO - Zoneamento Agrícola).
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Bases Técnicas
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Bases Técnicas do Zoneamento Agrícola para


funcionar como Política Pública Nacional

• aplicado em todos os municípios como um padrão para decidir


quem pode obter empréstimos do governo para o indicador de
agricultura;
• recomendar as melhores datas de plantio, levando em conta as
diferenças entre as culturas e os tipos de solo;
• para garantir pelo menos 80% de taxa de sucesso.
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O PRODUTO

Definição de calendários de plantio por município para as culturas


de arroz, feijão, milho e soja, para períodos de 10 dias entre 1° de
outubro e 31 de dezembro, visando minimizar os riscos climáticos
relativos a falta de água na época crítica (fase de florescimento e
enchimento de grãos) e excesso de chuva na colheita, para três
tipos de solos classificados pela textura (arenosos, médios e
argilosos), e diferentes cultivares, considerando a abrangência
nacional do programa.
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Base de dados
Distribuição espaço-temporal

Chuva - 3582 pontos de dados


com pelo menos 15 anos de
dados diários

ETo – cerca de 700 pontos


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1a. Etapa – Parâmetros Agrometeorológicos

▪ Duração das fases fenológicas das culturas


▪ Definição dos coeficientes de cultura (Kc)
▪ Identificação e quantificação da fase fenológica mais
sensível a estresses ambientais
▪ Estimativa de retenção de água nos solos
▪ Estimativa da dinâmica de crescimento radicular
▪ Definição de “critérios de corte” por cultura, em função do
consumo de água
▪ Definição de “critérios de corte” por cultura em função
da temperatura.
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2a. Etapa – Definição dos Riscos

• Índices integradores - ISNA = ETR/ETM


• Probabilidade de excesso de chuva na
colheita
• Temperaturas elevadas
• Temperaturas baixas
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Definição de Risco

• Probabilidade de insucesso de determinado empreendimento,


em função de acontecimento eventual, incerto, cuja ocorrência
não depende exclusivamente da vontade dos interessados.

Número de anos com


produtividade acima
de um valor pré-
Este cálculo é feito definido
para cada data de 𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
semeadura, e cada 𝑝=
tipo de solo 𝐶𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠
Número total de anos
simulados
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Cultura : SOJA (140 dias) -


Dois Irmãos/TO
100% Out Nov Dez
Set

Jan

(Yw > Y critico)


80% Nov
Out

Pr(ISNA>65%) Dez
60%

Ago
Set
40% Fev
Freq ou Prob

Jan

20%
Jul Ago
Fev Mar
Mar Abr Mai Jun Jul
0%

L.Vermelho
L.Vermelho-Amarelo
Neossolo Quartzarênicos
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EXEMPLO SOJA EM GOIÁS

ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO DA CULTURA DA SOJA


NO ESTADO DE GOIÁS
CICLO: PRECOCE SOLO: TIPO 3 SEMEADURA: 01/10 a 10/10

FAVORÁVEL

INTERM EDIÁRIA _

DESFAVORÁVEL

Semeadura em
Outubro

50 km
| |
| |
MAA/FINATEC/EMBRAPA-CNPSo/DNAEE/INMET
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EXEMPLO SOJA EM GOIÁS

ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO DA CULTURA DA SOJA


NO ESTADO DE GOIÁS
CICLO: PRECOCE SOLO: TIPO 3 SEMEADURA: 01/11 a 10/11

FAVO RÁVEL

INTERM EDIÁRIA
_
DESFAVORÁVEL

Semeadura em
Novembro

50 km
| |
| |
MAA/FINATEC/EMBRAPA-CNPSo/DNAEE/INMET
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EXEMPLO SOJA EM GOIÁS


ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO DA CULTURA DA SOJA
NO ESTADO DE GOIÁS
CICLO: PRECOCE SOLO: TIPO 3 SEMEADURA: 01/12 a 10/12

FAVORÁVEL

INTERM EDIÁRIA
_
DESFAVORÁVEL

Semeadura em
Dezembro

50 km
| |
| |
MAA/FINATEC/EMBRAPA-CNPSo/DNAEE/INEMET
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EXEMPLOS DE PORTARIAS DO MINISTÉRIO DE AGRICULTURA

Feijão no Paraná
http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&chave=1868868
345

Milho Safrinha no Paraná


http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&chave=1034428
170

Milho Safrinha com braquiária no Paraná


http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&chave=6026636
80
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El Niño e La Niña
da Atmosfera
Circulações Geral
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ATMOSFERA
REPRESENTAÇÃO DA CIRCULAÇÃO GERAL DA
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El Niño e La Niña
Como eles ocorrem e quais suas consequências para a
agricultura brasileira
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El Niño – La Niña

El Niño - termo primeiramente usado por La Niña é empregado para a fase oposta,
pescadores peruanos para caracterizar o ou seja, para o resfriamento da
aquecimento das águas costeiras na época temperatura da superfície do mar na
próxima ao Natal. Termo é usado para posição equatorial do oceano Pacífico, nas
referir-se ao aumento da temperatura da proximidades da América do Sul
superfície do mar no Pacífico tropical.
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Características Gerais
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Características Gerais
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• Em anos normais a circulação


observada sobre o oceano Pacífico
caracteriza-se por movimentos
ascendentes na parte central e oeste
deste oceano e por movimentos
descendentes no oeste da América do
Sul. A relação entre a Oscilação Sul e o
El Niño foi proposta por Bjerknes em
1969 (Philander, 1990). Uma explicação
para a temperatura da superfície do mar
mudar em associação com a Oscilação
Sul segue a suposição que elas são
parte de uma resposta do oceano às
variações dos ventos superficiais.
Durante a La Niña, os intensos ventos
alísios carregam as águas aquecidas da
superfície do oceano Pacífico em
direção à parte oeste deste oceano.
Como consequência, ocorre a
ressurgência de águas frias na parte
central e leste do Pacífico o que propicia

EL NIÑO – OSCILAÇÃO temperaturas da superfície do mar


abaixo da normal.

SUL (ENOS)
Fonte: http://enos.cptec.inpe.br/saiba/Oque_el-nino.shtml
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• O El Niño ocorre devido ao


enfraquecimento e posterior
inversão na direção dos ventos
alísios, que permitem
novamente o aquecimento das
águas do Pacífico central e
leste (Philander, 1985). Em
anos de El Niño ocorre uma
inversão na direção dos ventos
alísios e a célula de circulação
sobre o oceano Pacífico
divide-se em duas. Durante o
El Niño podem-se observar
águas quentes em quase toda
a extensão do Pacífico tropical
e a termoclina fica mais
aprofundada junto à costa
oeste da América do Sul, por
conseqüência do
EL NIÑO – OSCILAÇÃO enfraquecimento dos ventos
alísios.

SUL (ENOS)
Fonte: http://enos.cptec.inpe.br/saiba/Oque_el-nino.shtml
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Como se
monitora o
El Niño
• A temperature da superfície do
pacífico é o “sensor” para
monitoramento da ocorrência
dos fenomenos.
• Imagens de satélite (termais) e
boias oceanicas são utilizadas
para acompanhamento da
variacao da tempetaura em
relacao a media.
• http://www.cpc.ncep.noaa.gov/p
roducts/analysis_monitoring/en
so_advisory/ensodisc.shtml
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ALERTAS E PREVISÃO

https://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/analysis_monitoring
/enso_advisory/ensodisc.shtml
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El Niño de 1997
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COMPARANDO OS FENÔMENOS DE 1997 E 2015


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EL NINO - Efeito
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EL NINO - Efeitos
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LA NINA - Efeitos
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LA NINA - Efeitos
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Mudanças Climáticas
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Conceitos e Definições:
Mudança X Variabilidade

Dependente do período de observação, pode-se confundir


Mudança com Variabilidade climática - o que é pode ser tomado
como mudança climática na escala de séculos ou décadas,
poderia ser considerado apenas como um desvio em relação a
média na escala de dezenas de milhares de anos.
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TEMP ºC

24,0
25,0
26,0
27,0
28,0
29,0
30,0

1893
1897
1901
1905
1909
2

1913
1917
1921
R = 0,428

1925
1929
y = 0,0155x + 26,077

1933
1937
1941
1945
1949
ANOS

1953
1957
MMOVEL 5 - FONTE: IAC

1961
1965
1969
1973
1977
1981
1985
1989
TEMPERATURAS MÉDIAS MÁXIMAS ANUAIS EM CAMPINAS, SP.

1993
1997
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TEMP ºC
18

13,0
13,5
14,0
14,5
15,0
15,5
16,0
16,5
17,0

93
18
9
19 8
0
19 3
0
19 8
13
19
1
19 8
2
19 3
2
19 8
3
Real

19 3
38
19
4
19 3
4
Previsão

19 8
53
ANOS

19
MMOVEL 5 - FONTE:IAC

58
19
6
19 3
6
19 8
7
19 3
TEMPERATURAS MÉDIAS MÍNIMAS ANUAIS - CAMPINAS,SP.

Linear (Previsão)

78
2

19
8
19 3
8
19 8
R = 0,878

9
19 3
98
y = 0,0211x + 14,164
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TEMP ºC
18
9

8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
14,0

18 3
98
19
0
19 3
08
19
13
19
18
19
23
R2 = 0,8281

19
28
y = 0,0257x + 9,7332

19
33
19
3
19 8
43
19
48
19
53
ANOS

19
58
19
6
Mmovel 5. Fonte: IAC

19 3
68
19
73
19
78
19
83
19
8
Temperaturas Médias Mínimas de Julho. Campinas.

19 8
93
19
98
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Os dez anos mais quentes desde 1880

http://www.ncdc.noaa.gov/sotc/global#gtemp
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206
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Causas Possíveis das Mudanças Climáticas


Globais
Astronômicos:
• variação na excentricidade da órbita,
• variação de inclinação do eixo Terrestre,
• variação da intensidade da radiação solar
Terrestres:
• proporção entre oceanos e continentes,
• vulcanismo,
• tamanho das calotas polares,
• composição atmosférica
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Fonte: IPCC
Os principais Gases de Efeito Estufa
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209
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210
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Emissões de CO2 nos últimos 50 anos

http://www.esrl.noaa.gov/gmd/ccgg/trends/
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global...
Mais uma evidência de aquecimento
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Principais Gases de Efeito Estufa

• Dióxido de Carbono (CO2)


• Metano (CH4)
• Óxido Nitroso (N20)
• Hexafluoreto de Enxofre (SF6)
• Perfluormetano (CF4)
• Perfluoretano (C2F6)
• Hidrofluorcarbonos (HFC)
• Clorofluorcarbono (CFC)
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O efeito estufa é um fenômeno


natural

• O efeito estufa natural é importante para a manutenção


da vida na Terra. Sem ele a temperatura média do
globo seria de -18 oC;

• A elevação da concentração de GEE´s tem acentuado


essa característica natural da atmosfera terrestre,
favorecendo o aquecimento do globo.
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CO2

Combustão nos
Automóveis Atmosfera

Poço de Petróleo
Refinaria
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CO2

Atmosfera

Processamento na
Combustão nos
Usina
Fixação na Automóveis
Agricultura
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Efeitos do aumento de temperatura

• Fenologia – encurtamento de ciclo


• Consumo hídrico – aumento da demanda
• Mudança de janela de semeadura em
ambientes frios
• Efeitos negativos no florescimento de
espécies sensíveis (ex. café e citrus)
• Alteração no ciclo de pragas doenças e
daninhas
• Aumento na taxa de respiração e
mudança na taxa de fotossíntese bruta
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as culturas
Efeito da temperatura sobre
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Efeito da elevação na concentração de


CO2

• Ganho fotossintético nas culturas (e


daninhas!) C3;
• Ganho fotossintético moderado nas
culturas (e daninhas!) C4;
• Ganho na produtividade da água
(eficiência de uso de água) das
culturas (notadamente C4 em
condição de sequeiro)
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O conceito de Fotorrespiração
Espécies C3 Fotorrespiração
Essa via metabólica é
2 3-Fosfoglicerato
CO2 usada quando há alta
Ribulose 1,5 concentração de O2 nas
Difosfato células do mesofilo, ou
Carboxilase sob alta temperatura
(Rubisco) O2

1 3-Fosfoglicerato + 1 Glicolato

Inútil sob o ponto de


vista energético

Quando ocorre a fotorrespiração?


- Alta incidência de rad. solar
- Alta temperatura
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Mudança no Clima e a Produção
Agrícola
Ciclo C4
Espécies C4
Células da Bainha Vascular

Oxalacetato Malato (4C)


CO2 Rubisco

CO2
2 3-Fosfoglicerato
Fosfoenol
Piruvato
Piruvato (PEP)

ADP ATP
Isso explica porque as C3 são mais
eficientes sob determinadas
condições.

221
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Representação esquemática da estrutura do estômato e


dos caminhos da água no processo de transpiração foliar
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CONDUTÂNCIAS E RESISTÊNCIAS AO
FLUXO DE VAPOR D’ÁGUA
𝐶𝑣𝑎
𝐽𝑣𝑎 = −𝐷𝑣𝑎 ∙
𝑙
Jva é a taxa de fluxo do vapor d’água (mol [vapor d’água]m-2s-1); Dva é o coeficiente de difusividade
do vapor d’água no ar (m2s-1); Cva é a diferença de concentração de vapor (molm-3); e l é a distância
(m) entre os dois pontos de medida.
𝐶𝑣𝑎
𝐽𝑣𝑎 = 𝑔𝑣𝑎 ∙ 𝐶𝑣𝑎 =
𝑟𝑣𝑎
𝐷𝑣𝑎 1
em que 𝑔𝑣𝑎 = 𝑙
(m s-1) e rva é o inverso de gva: 𝑟𝑣𝑎 = 𝑔 (s m-1).
𝑣𝑎 ,

No caso do CO2, teríamos:


𝐶𝐶𝑂2
𝐽𝐶𝑂2 = 𝑔𝐶𝑂2 ∙ 𝐶𝐶𝑂2 =
𝑟𝐶𝑂2
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Transpiração e Absorção de CO2 e os
estômatos

Note que este


gradiente é o “motor”
para o deslocamento
do CO2 para dentro o
mesófilo. Se a
diferença é grande, a
célula pode fechar
parcialmente os
estômatos mantendo a
mesma taxa de fluxo
para dentro. Com isso,
evita-se a perda de
água.
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Regulação Estomática
• Três fatores principais controlam a abertura estomática:
1) Radiação solar – fechamento no escuro;
2) Estado hídrico das folhas – células guarda túrgidas tornam-se ovaladas
e se abrem, permitindo a saída de vapor d’água e a entrada de CO2;

Com maior turgor, as células- Estômato fechado por causa Estômato fechado por Com maior turgor, as
guarda se abrem e permitem a do baixo turgor das células- causa do baixo turgor das células-guarda se abrem e
transpiração e entrada de CO2. guarda células-guarda permitem a transpiração
e entrada de CO2.
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Regulação Estomática
• 3) Concentração de CO2 no ambiente
• A queda na concentração de CO2 interna
desencadeia um caminho bioquímico que faz
com que as células-guarda tornem-se túrgidas e
reabram.
• O fluxo de CO2 é controlado pelo gradiente entre
a atmosfera e o interior dos estômatos;
• Pela teoria fluxo-gradiente, com o aumento na
concentração externa, o gradiente é mantido
mesmo com o estômato relativamente fechado,
permitindo a redução da perda de água sem
redução na taxa fotossintética.
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Fotossíntese e CO2

227
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Fig. 1. Average plots of A/Ci response curves for Trifolium repens
grown at ambient [CO2] (∼365 ... Trevo

J Exp Bot, Volume 60, Issue 10, July 2009, Pages 2859–2876, https://doi.org/10.1093/jxb/erp096
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Fig. 2. A summary of results from FACE experiments of change in


evapotranspiration as a result of growth in elevated ...

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What have we learned from 15 years of free‐air CO2 enrichment (FACE)? A meta‐analytic review
of the responses of photosynthesis, canopy properties and plant production to rising CO2

Assimilação de
CO2 em
saturação de luz

Assimilação de
CO2 diurna
Comparative photosynthetic
responses of C3 and
C4 species to elevated [CO2]
Condutância enrichment. ○, Results from
estomática this meta‐analysis; ▴,
comparative results from a
prior meta‐analysis of C3 and
C4 wild grass (Poaceae)
Eficiência de species (Wand et al ., 1999).
uso da água

New Phytologist, Volume: 165, Issue: 2, Pages: 351-372, First published: 18 November 2004, DOI: (10.1111/j.1469-8137.2004.01224.x)
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Assimilação
de CO2 em
saturação de
luz Comparative photosynthetic
responses of different
C3 functional groups to
elevated [CO2]. Results from:
○, this meta‐analysis; ▪, a
meta‐analysis of tree species
(Curtis & Wang, 1998); ◆, a
meta‐analysis of European
tree species (Medlyn et al .,
Assimilação 2001); ▴, a meta‐analysis of
de CO2 C3 grasses (Wand et al .,
diurna 1999).

New Phytologist, Volume: 165, Issue: 2, Pages: 351-372, First published: 18 November 2004, DOI: (10.1111/j.1469-8137.2004.01224.x)
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Fig. 5. A comparison of light-saturated photosynthesis (Asat), daily
carbon uptake (A′), stomatal conductance

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CO2 e
abertura
estomátic
a

Observe que os
estômatos
(representado por
gs) tendem a
fechar conforme
aumenta a
concentração de
CO2 no ambiente

233
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Resumindo: efeito da elevação


da concentração de CO2
• Ganho fotossintético expressivo (20-30%) nas culturas (e
daninhas!) C3;
• Ganho fotossintético moderado (5-10%) nas culturas (e
daninhas!) C4;
• Ganho na produtividade da água (eficiência de uso de água) das
culturas (notadamente C3 e C4 em condição de sequeiro)
• Culturas de sequeiro devem ser mais beneficiadas do que as
irrigadas.
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Impacto das mudanças climáticas no


milho brasileiro

1ª. Safra

Souza et al., 2019


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Impacto das mudanças climáticas no


milho brasileiro

2ª. Safra

Souza et al., 2019


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Impacto das mudanças climáticas no


milho brasileiro

Souza et al., 2019


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Impacto das mudanças climáticas no milho
brasileiro

Linha de base
(ou baseline)

Souza et al., 2019


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Impacto das mudanças climáticas no


milho brasileiro
• Conclusão principal do artigo:
• Cenários futuros simulados indicam uma
tendência geral de queda na produção de
milho e um aumento no risco climático no
milho brasileiro, supondo que os atuais
sistemas agrícolas permaneçam inalterados;
• O aumento da temperatura do ar e a
consequente redução do comprimento do ciclo
são apontados como as principais causas do
declínio da produção de milho no futuro,
devido às mudanças climáticas;
• Estratégias de manejo são ações que podem
minimizar a redução de produtividade
projetada, principalmente aquelas
relacionadas ao uso de genótipos com longos
ciclos de duração. Souza et al., 2019
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MUDANÇA CLIMÁTICAS E
AGRICULTURA BRASILEIRA
Soja
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MUDANÇA

Feijão
BRASILEIRA
CLIMÁTICAS
E AGRICULTURA
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MUDANÇA

BRASILEIRA
CLIMÁTICAS

Cana-de-açúcar
E AGRICULTURA

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