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Polo: Bacabal

Curso: Farmácia 5° Período/Noturno


Disciplina: Saúde Coletiva
Acadêmica: Amanda Viana Gonzaga
Atividade Discursiva
O Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM), desenvolvido pelo Ministério da
Saúde, em 1975, é produto da unificação de mais de quarenta modelos de instrumentos
utilizados, ao longo dos anos, para coletar dados sobre mortalidade no país. Possui
variáveis que permitem, a partir da causa mortis atestada pelo médico, construir
indicadores e processar análises epidemiológicas que contribuam para a eficiência da
gestão em saúde.

O SIM foi informatizado em 1979. Doze anos depois, com a implantação do SUS e sob
a premissa da descentralização teve a coleta de dados repassada à atribuição dos Estados
e Municípios, através das suas respectivas Secretarias de Saúde. Com a finalidade de
reunir dados quantitativos e qualitativos sobre óbitos ocorridos no Brasil, o SIM é
considerado uma importante ferramenta de gestão na área da saúde que subsidiam a
tomada de decisão em diversas áreas da assistência à saúde. No nível federal, sua gestão
está afeta à Secretaria de Vigilância à Saúde.

O Sistema de informações sobre mortalidade dispõe de um ambiente de


compartilhamento de informações on-line com diversas utilidades e aplicações. O
acesso a este ambiente é restrito a pessoas cadastradas, para garantir a confidencialidade
dos dados pessoais dos envolvidos nos registros.

Como são coletados os dados que alimentam o SIM

O documento básico e essencial à coleta de dados da mortalidade no Brasil é a


DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO) que, consequentemente, alimenta o SIM.

A responsabilidade na emissão da DO é do médico, conforme prevê o artigo 115 do


Código de Ética Médica, Artigo 1º da Resolução nº 1779/2005 do Conselho Federal de
Medicina e a Portaria SVS nº 116/2009. A DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO) deve ser
enviada aos Cartórios de Registro Civil para liberação do sepultamento, bem como para
a tomada de todas as medidas legais em relação à morte.
A Declaração de Óbito é impressa e preenchida em três vias pré-numeradas
sequencialmente. Sua emissão e distribuição para os estados são de competência
exclusiva do Ministério da Saúde. A distribuição para os municípios fica a cargo das
Secretarias Estaduais de Saúde. Às Secretarias Municipais de Saúde cabe o controle na
distribuição das DO entre os estabelecimentos de saúde, Institutos de Medicina Legal,
Serviços de Verificação de Óbitos, Cartórios do Registro Civil, profissionais médicos e
outras instituições que dela façam uso legal e permitido. Compete às Secretarias de
Saúde (Estado e Municípios) o recolhimento das primeiras vias da Declaração de Óbito,
junto aos Estabelecimentos de Saúde e aos cartórios.

Como são obtidos e processados os dados do SIM

Nas Secretarias Municipais de Saúde (SMS), as Declarações de Óbito são digitadas,


processadas, criticadas e consolidadas no SIM local. Em seguida, os dados informados
pelos municípios sobre mortalidade no nível local são transferidos à base de dados do
nível estadual que os agrega e envia-os ao nível federal. Tais transferências são
realizadas via WEB (internet) e ocorrem, simultaneamente, nos três níveis de gestão. No
nível federal, a SVS - gestora do SIM - conta, na sua estrutura funcional, com a
Coordenação-Geral de Informações e Análises Epidemiológicas (CGIAE). Subordinada
ao Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis
(DASNT), a CGIAE trata da análise, avaliação e distribuição das informações sobre o
SIM, agregando-as por Estado, e elaborando relatórios analíticos, painéis de indicadores
e outros instrumentos estatísticos de informações sobre mortalidade que são
disseminados para todo o país.

A redução da mortalidade por causas preveníveis ou evitáveis e a consequente melhoria


na qualidade dos dados captados pelo SIM, inclusive em relação à ausência ou má
definição de causas mortis são alguns dos resultados esperados com o uso desse sistema.

Neste sentido, o Ministério da Saúde, por meio das áreas técnicas da Secretaria de
Vigilância à Saúde, tem atuado tanto na capacitação técnica de profissionais de saúde
das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, como na disseminação de indicadores
de mortalidade construídos a partir do SIM, gerando linhas de base que parametrizam
muitas das diretrizes utilizadas na gestão tripartite do SUS.

O SIM funciona como fonte de dados e de informação que subsidiam a tomada de


decisão em diversas áreas da assistência à saúde. Isoladamente ou associado a outras
fontes, como por exemplo, ao Sistema de Informação Hospitalar, possui um bom grau
de confiabilidade e permite a formulação de indicadores sobre mortalidade geral e
específica usados, inclusive, pelo IDB (Indicadores e Dados Básicos de Saúde)
definidos pela Rede Interagencial para a informação em Saúde (RIPSA).

Os coeficientes mais utilizados são os de:

 Mortalidade proporcional por causa que pega o número de óbitos por


determinada causa e dilui no total de óbitos em determinado período;
 Mortalidade proporcional por idade, demonstra a proporcionalidade de óbitos
por idade em determinadas regiões;
 Curvas de Mortalidade proporcional, permite avaliar o grau de saúde de
determinada região;
 Taxa de mortalidade especifica por sexo, idade ou causa, indica a proporção de
óbitos por sexo idade e causa, gera bastante informações;
 Mortalidade infantil e mortalidade materna, que demonstram também a
proporcionalidade de morte de mães ou gestantes e crianças.

A mortalidade por doenças infecciosas e parasitarias é o índice que indica a quantidade


de mortes por infecções e parasitas entre o total de mortes em determinado período.

A mortalidade proporcional por doenças infeciosas e parasitarias divide o número de


óbitos em causas infecciosas e parasitarias especificar em um determinado período e
espaço e mede a importância de cada grupo especifico no total de óbitos por causas
infecciosas e parasitarias

Com o avanço cientifico que houve dos anos 1950 aos dias de hoje,
a medicina também evoluiu, proporcionando a população acesso a remédios mais
eficientes, porém a violência não diminuiu, surgiram doenças como a depressão, que
elevou o número de suicídios, veículos cada vez mais potentes e motoristas mais
imprudentes. Todo o avanço da medicina juntamente com o estacionamento, e o agrave,
de causas externas, faz com que o índice se altere, dando lugar as causas externas como
a principal causa de mortes atualmente no Brasil.
REFERENCIAS

Manual de procedimento do sistema de informações sobre mortalidade. Brasília:


Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 2001. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sis_mortalidade.pdf.

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