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16 de dezembro de 2022
1 Introdução 3
1.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Geração Distribuída 5
4 Simulações 12
5 Conclusões 17
6 Referências Bibliográficas 18
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1 Introdução
No Brasil, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, ONS, começa a ampliar seus estudos
sobre geração distribuída, com especial atenção à ausência dos dados diretos dessas gerações.
Não há como saber o valor necessário para suprir uma intermitência não planejada, como
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nuvens sobre os painés solares, por exemplo, além de não ser possível dimensionar o montante
de geração despachada centralizadamente necessário para suprir a totalidade das cargas no
caso de uma contingência ou até mesmo blecaute, quando os geradores distribuídos estão
desconectados. Essas premissas se fazem necessárias devido à grande adesão na utilização
de sistemas fotovoltaicos com mini e micro geração distribuída, conforme ilustrado na figura
2.
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1.2 Objetivos
Como objetivo principal do trabalho serão realizadas simulações com um sistema teste
urbano retirado dos arquivos de exemplos do Simulight [1] para verificação das influências
na inserção da GD, principalmente no caso de ocorrências que desconectem as mesmas e
tenham que ter seus montantes supridos pela geração despachada centralizadamente pelo
ONS no sistema de transmissão.
2 Geração Distribuída
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Figura 3: Capacidade instalada acumulada de geração distribuída no Brasil.
Se, por um lado, o ONS começa a se preocupar com a influência e o impacto da geração
distribuída nos sistemas de transmissão, as distribuidoras já tem esse sinal de alerta a alguns
anos. É fato que, a depender do local de conexão da geração distribuída, a distribuidora é
beneficiada, principalmente sendo um ponto de grande fluxo no alimentador, onde a implan-
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Figura 4: Participação em potência dos tipos de fontes na geração distribuída
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3 Importância dos dados
Com a crescente demanda por energia elétrica, fruto principalmente da digitalização mundial,
os sistemas fotovoltaicos estão sendo amplamente implementados. Entretanto, ainda há
consideráveis pontos a serem analisados e desafios a serem ultrapassados.
Tomando como base esses conhecimentos e incertezas é que se faz necessário o conhe-
cimento das gerações diretas das GDs e não apenas da demanda líquida. Em situações de
contingência e com desconexão dessa geração há não somente a perda da injeção de potência,
mas também a inversão de fluxo e consumo da unidade consumidora anteriormente suprido
pela GD.
Como essas informações não chegam até as distribuidoras na maioria das vezes, uma outra
abordagem é colocada em prática. A estimação desta geração não é simples mas, para que
a segurança do sistema se mantenha dentro dos padrões e limites, seja pela necessidade de
ajustes nas proteções dos sistemas de distribuição ou pelos casos de contingência mencionados
anteriormente, é necessário que seja estudada.
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Na figura 5 [3] notamos que o parâmetro de entrada é a demanda líquida do cliente e
para que sejam fornecidas as estimações de geração e carga é necessário que o método de
desagregação passe pelo modelo físico e pelo modelo estatístico.
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• Aplicação de técnicas de separação de sinais.
Métodos que dependem de imagens aéreas e de satélite são utilizados para identificação
das unidades consumidoras que possuem sistema fotovoltaico e para estimar as caracterís-
ticas físicas dos painéis, como tamanho, inclinação e orientação. Um pouco positivo é o
fornecimento de uma estimativa aproximada da capacidade de produção de pico do sistema.
Entretanto, o ponto negativo é que esta é a única estimação possível de ser obtida com este
método.
O método que exemplificaremos neste trabalho foi desenvolvido em [4] e como caracterís-
ticas principais podemos citar:
• Irradiância solar, velocidade do vento e temperatura ambiente podem ser baixados por
meio de uma API - Application Programming Interface (Interface de Programação de
Aplicação);
• Pelo menos uma instalação solar com medição separada na mesma localidade (cidade
ou distrito).
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3.2 Medições proxy
Parâmetros medidos em uma instalação solar podem ser chamadas de medições proxy. Essas
medições podem ser realizadas em um proxy real, onde há as medições de um painel real
instalado em algum ponto da cidade ou distrito, ou em um proxy sintético, onde não há
instalação real e os parâmetros físicos dos painés são escolhidos e definidos manualmente.
Conforme a figura 6 obtida em [4], é possível verificar que a geração solar fotovoltaica tem
a mesma forma para diferentes painéis instalados na mesma localidade, com a diferença da
amplitude das curvas, caracterizada pelo tamanho do painel. A curva mais escura é a média
de todas as outras.
Em uma medição proxy na maioria das vezes não há o controle das características de
implantação dos sistemas que fornecem essas medidas e para sanar este problema é reali-
zada uma soma ponderada de várias outras medições proxy, chamada de modelo de mistura
solar. Com essa técnica ocorre um aumento da chance de obter medições proxy de sistemas
fotovoltaicos com características de implantação semelhante à unidade consumidora avaliada.
Pode ocorrer também uma ausência de medições proxy de um grande número de sistemas
fotovoltaicos vizinhos, quando da utilização apenas de medições proxy reais. Neste caso,
a combinação de medições proxy de sistemas reais com medições sintetizadas é uma ótima
opção.
Em [4] é realizada uma comparação de erro entre a utilização de 3 proxies reais, 1 proxy
real em conjunto com 1 proxy sintético, 1 proxy real em conjunto com 3 proxies sintéticos, e
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3 proxies sintéticos, indicados na figura 7. Ausgrid e Pecan são conjuntos de dados distintos
utilizados por Chen.
4 Simulações
Nas simulações, consideraremos a unidade geradora no setor de 138 kV modelada como re-
ferência e barra infinita, de forma a representar o sistema de transmissão ou subtransmissão.
Os alimentadores, de 1 a 4, tem como tensão base 13,8 kV e possuem recursos para controle
de tensão em determinados pontos. Neste estudo, também será considerado a presença de
um produtor independente conectado ao alimentador 1.
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Figura 8: Diagrama unifilar do sistema estudado
constante e somente serão realizadas análises de fluxo de potência. Não houve alteração na
geração do produtor independete durante as análises.
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2 6
3 8
4 12
Cabe ressaltar que todos os bancos de capacitores estão ligados inicialmente e que os
limites de tensão indicados no PRODIST da ANEEL [5] , entre 0.93 pu e 1.05 pu, serão
desconsiderados para fins de estudo.
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prio Simulight, chamada de PVD1. Todas as unidades serão consideradas com 2,5 MW de
injeção de potência e serão inseridas nos seguintes pontos dos alimentadores:
• Barra AL1.1
• Barra AL1.4
• Barra AL2.5
• Barra AL3.3
• Barra AL4.6
As gerações dos sistemas fotovoltaicos não aparecem indicadas nas Barras GDs devido
necessidade de criação de barras virtuais. Mas podemos observar as gerações e tensões
resultantes conforme a figura 11.
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Figura 9: Caso base: tensões e gerações iniciais
quando pensamos numa operação em regime normal com as GDs em pleno funcionamento
e com posterior contingência destes sistemas. Neste cenário, a geração do sistema teria que
suprir aproximadamente 13 MW de geração.
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Figura 10: Caso com injeção de GD: perfil de tensão e gerações
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5 Conclusões
De uma forma geral, para sanar os problemas citados ao longo do trabalho, o mais simples
e prático seria a aquisição dos valores da geração distribuída de forma direta, assim como
é disponibilizado para os proprietários de sistemas fotovoltaicos e exemplificado na figura
12. Essa sugestão implica em diversas mudanças na atual filosofia, então o indicado seria a
utilização de medições proxy reais combinadas com sintéticas para obtenção das estimações
das gerações solares.
Figura 12: Aquisição de geração distribuída de uma unidade consumidora com intervalo de
30 minutos
As diversas formas de estimação são válidas mas há ainda uma limitação computacional,
para armazenamento de dados, no caso de utilização de medições proxy, e para processamento
de algoritmos, considerando a não utilização dos proxies.
Os valores das gerações distribuída são muito importantes para a segurança do sistema
do sistema de distribuição e, pela sua atual magnitude, começam a impactar e preocupar
também a nível de transmissão.
Como trabalho futuro é sugerido que sejam utilizados dados reais públicos para fins aca-
dêmicos, de forma a reproduzir os artigos estudados.
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6 Referências Bibliográficas
[1] Simulight. Simulador para redes elétricas com geração distribuída. [Online]. Available:
http://www.coep.ufrj.br/~tarang/Simulight/index.htm
[2] EPE. Painel de dados de mini e micro geração distribuída. [Online]. Available:
http://shinyepe.brazilsouth.cloudapp.azure.com:3838/pdgd/
[3] F. Kabir, N. Yu, W. Yao, R. Yang, and Y. Zhang, “Estimation of behind-the-meter solar
generation by integrating physical with statistical models,” pp. 1–6, 2019.
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