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Operação do Sistema de Carvão e Queimadores

Este capítulo tem como objetivo abordar a Operação do Sistema de Carvão e Queimadores
descrevendo a operação, função e aspectos construtivos a fim de dar entendimento e
segurança à operação como um todo.

APLICAÇÃO Este documento aplica-se à área de Operações da Usina Termoelétrica Pecém II

. DESCRIÇÃO O sistema de carvão e queimador formam um único sistema capaz de processar,


classificar e queimar o carvão de forma segura e contínua. Constituído por um conjunto Silo
Alimentador-Moinho-Queimador

Operação do Sistema de Carvão e Queimadores.

O sistema de carvão e queimadores tem a finalidade de estocar e fornecer carvão bruto aos
alimentadores através dos silos, alimentar o moinho com carvão através do alimentador, Moer
secar e classificar o carvão no moinho, encaminhar para os queimadores através dos dutos de
carvão pulverizado e queimar o carvão de forma uniforme e eficiente o carvão na fornalha
sempre que solicitado.
Aspectos construtivos

Os silos de carvão possuem formato de pirâmide invertida com a superfície coberta, 4


vibradores para fluidizar o carvão.

Os silos contam com 3 sensores de níveis para possibilitar o enchimento remoto e a proteção
por baixo nível. Também conta com um sistema de medição de CO e temperatura que indica
sinais de monitoramento para sala de controle, e para identificar um possível princípio de
incêndio.

Existe um outro sistema (Fire Gás) que também conta com um sistema de medição de CO e
temperatura, indicando sinais de monitoramento e acionamento do sistema de combate a
incêndio, que automaticamente aciona baterias de CO2 para conter o princípio de incêndio. O
CO2 é utilizado para a inertização do carvão e as baterias são acionadas automaticamente
através de sensores de temperatura do tipo termopar e/ou sensores de CO2 ou manualmente
de forma remota.

Operação dos silos

A operação dos silos de carvão compreende o abastecimento de carvão e consumo nos


alimentadores. A faixa de operação dos silos de carvão compreende entre 20% (Trip do
alimentador de carvão do moinho) e 90% nível máximo de operação.

Alimentadores de carvão

Os alimentadores gravimétricos de modelo EG2490 produzidos pela STOK. A principal função


dos alimentadores é admitir o carvão do seu respectivo silo, pesar e encaminhar ao moinho
através de sua esteira. O alimentador possui capacidade máxima de fábrica de 60T/h, porém
são configurados para que em automático não ultrapassem 47T/h.
O alimentador admitir o carvão do seu respectivo silo, pesar e encaminhar ao moinho através
de sua esteira na quantidade solicitada pelo controle de forma segura.

O primeiro passo operacional é garantir um nível mínimo no silo do respectivo alimentador a


ser operado, em seguida selar o alimentador, a partir daí o alimentador está fisicamente
pronto para receber carvão. operação normal o alimentador só funciona em remoto e não
deve ser passado para manual.

Válvulas de entrada e saída do alimentador.

Cada alimentador possui uma válvula de entrada de carvão para o alimentador e uma válvula
de saída do alimentador para o moinho.

Aspectos construtivos

As válvulas de entrada e saída do alimentador são do tipo válvula guilhotina e são atuadas
eletricamente o com motor ou manualmente com volante por atuadores ROTORK que
possibilitam a operação manual, local e remoto.
Moinhos de carvão

Moinhos de carvão do tipo (Blow Mill). O moinho possui este nome devido a sua pista que se
assemelha a um prato raso.

Este moinho possui Rolos escravos com ajuste de tensionamento e pista móvel. Possuem
capacidade de reduzir o tamanho da partícula de carvão à pulverizado. Os moinhos
pulverizam, secam e arrastam o carvão até os queimadores onde será posteriormente
queimado na caldeira.

Função

A principal função do moinho é reduzir o tamanho das partículas de carvão classificar a valores
suficientes para que haja uma queima eficiente do carvão na fornalha e rejeitar as (peritas)
parte do carvão que compreende pedras metais cerâmicas e outros rejeitos. Nos moinhos
além da redução da granulometria do carvão (tamanho das partículas ou finura) o no moinho
juntamente com o ar primário é feito a secagem do carvão dos moinhos e o arraste até os
bocais dos queimadores
Processo de moagem do carvão

A pista de moagem possui movimento rotativo gerando força centrifuga. A força centrífuga faz
com que o carvão na pista se mova radialmente para fora, construindo uma camada de carvão
no anel de moagem. O leito de carvão passa sob conjuntos de moagem. Aqui as cargas
produzidas pela mola são transmitidas ao carvão pelos rolos rotativos (a rotação do rolo é em
função da interferência com a pista e o carvão). A redução de tamanho do carvão ocorre na
área localizada entre o anel de moagem (chamado de arena) e o rolo através da britagem e um
processo conhecido como moagem por atrito. O movimento radial e circunferencial do carvão
carrega o carvão pulverizado sobre a borda da pista no caminho do fluxo de ar primário
quente. Como o carvão é continuamente reduzido de tamanho, as partículas menores e ou
mais leves são varridas da pista pelo ar quente. O ar primário com temperatura controlada
entra no moinho flui para cima em torno do diâmetro externo da tigela giratória. As palhetas
presas à pista (roda das palhetas) mudam o fluxo de ar para uma direção vertical. Na borda da
pista, partículas menores e mais leves de carvão são arrastadas pela corrente de ar e são
transportados para cima, enquanto o material mais denso e difícil de moer é rejeitado para
baixo contra da corrente de ar para o moinho
O primeiro estágio de classificação ocorre logo acima do nível da pista. O ar bate nos
defletores montados no corpo do separador e fazem com que as partículas mais pesadas de
carvão mudem de direção, elas perdem impulso e retornado diretamente para a pista para
continuar moendo.

As partículas mais leves são transportadas pela corrente de ar que sobe para o topo do
separador, onde ocorre a segunda etapa da classificação. Aqui, o classificador dinâmico usa
aero-forças dinâmicas e centrífugas para separar o produto de saída fina do maior partículas.
Conforme as partículas se aproximam do classificador dinâmico, elas Operação do Sistema de
Carvão e Queimadores

encontram forças que lançam as lançam para fora. A quantidade de força aerodinâmica
produzida pelo fluxo de ar primário e pela força centrífuga gerada pelo classificador rotativo
determina a granulometria que será empregada nas partículas do carvão.

Se a força centrífuga for maior do que a força aerodinâmica, a partícula não passará pelo
classificador, e ele cairá de volta para a zona de moagem para redução de tamanho
novamente. Se a força centrífuga for menor que a força aerodinâmica, a partícula vai passar
pelo classificador e sairá do moinho. Na saída do pulverizador, o fluxo de carvão misturado
com ar primário é distribuído diretamente para os dutos de carvão pulverizado que encaminha
a mistura para os queimadores

Rejeitos

O material não moído que cai através da corrente de ar para dentro do moinho e é movido
por conjuntos de raspadores rotativos para a caixa de rejeitos. A caixa de rejeitos possui uma
descarga controlada para evitar que o ar de dentro do moinho seja expelido junto com o
rejeito de carvão. O material rejeitado geralmente consiste em rochas encontrada no processo
de mineração do carvão e ou outro material não moído que entrou junto com a alimentação
de carvão bruto.

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