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E TRATAMENTO
UNIDADE II
PROCESSOS DE AGLOMERAÇÃO
Elaboração
Cristiane Oliveira de Carvalho
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE II
PROCESSOS DE AGLOMERAÇÃO.................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 1
FORMAÇÃO DE SÍNTER .............................................................................................................................................................. 6
CAPÍTULO 2
BRIQUETAGEM............................................................................................................................................................................. 10
CAPÍTULO 3
TIPOS DE BRIQUETAGEM......................................................................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................18
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PROCESSOS DE
AGLOMERAÇÃO
UNIDADE II
Objetivos da Unidade
» Aprender a técnica de sinterização.
» Entender o funcionamento de uma máquina de sinterização.
» Compreender o processo de briquetagem.
» Identificar os principais equipamentos de briquetagem.
» Conhecer os tipos basilares de briquetagem.
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CAPÍTULO 1
FORMAÇÃO DE SÍNTER
Pereira (2013), em seu estudo, apresenta uma nova proposta para a reutilização de
rejeitos de minério do manganês de Morro da Mina, visando ao aumento da recuperação
desse minério, reduzindo os danos ambientais produzidos por finos e utilizando esses
rejeitos para produzir o sínter a ser aplicado nas siderúrgicas.
Então, é possível entender que, além do minério de ferro, outros minérios também podem
passar pela sinterização. No entanto, como cada minério possui suas particularidades,
torna-se impossível apresentar neste material a sinterização para diversos minérios.
Então, será abordada a produção do sínter de ferro, que, como explanado anteriormente,
é o mais utilizado e serve como base para os demais minérios.
Para obter o sínter de ferro, são utilizados basicamente (PEREIRA, 2013; TELLES, 2015):
» finos de minério (sínter feed: partículas que variam de 0,15 a 6,3 mm);
água
Minério de ferro
Misturador
Moinha de coque
Tratamento
mecânico
Fundentes
Resíduo industrial
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Processos de aglomeração | UNIDADE II
Telles (2015) e Viera (2017) explicam como acontece todo o trabalho que antecede a
sinterização. Primeiramente, os materiais passam por uma mistura em um estágio
conhecido como microaglomeração a frio ou micropelotização.
Segundo Telles (2015), as usinas integradas no Brasil geram o sínter por meio do
processo Dwight-Lloyd, usando o coque como combustível. Ainda explica que o sínter
é aproximadamente 75% da fonte do ferro nos altos-fornos, além do uso de pelotas e
minério granulado.
Forno de ignição
Máquina de
Alimentação
sinterização Sínter
Caldeira
Resfriador
Chaminé
Exaustor Caldeira
Filtros de PeneiramentoAlto Forno
retorno Aciaria
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UNIDADE II | Processos de aglomeração
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Processos de aglomeração | UNIDADE II
Zona de
Zona úmida Reação
Zona de
resfriamento
Zona de
secagem
Altura (cm)
40
Zona de Sínter
resfriamento
30 Sínter
Zona de Ignição, coque, oxidação,
20 reação reações na fase sólida, calcinação
Zona de Desidratação e secagem
10 secagem
Zona de Reação da mistura
0 Mistura úmida hidratada
Frente a 200 600 1000 1400
Zona de Observações
combustão 0
Temperatura sinterização
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CAPÍTULO 2
BRIQUETAGEM
Narita (2015) e Luz et al. (20100) definem a briquetagem como uma técnica de compactação
de pós que provoca a densificação destes, produzindo um produto com elevada densidade
aparente e tamanho, forma e propriedades uniformes com o uso ou não de aglomerantes.
Esse processo de aglomeração é realizado com aglutinante quando o material não possui
resistência à compressão e ao impacto depois das suas compactações. As pressões
usualmente são baixas para impedir uma nova fragmentação das partículas.
No entanto, quando a briquetagem é realizada sem aglutinante, seu êxito está atrelado
à forma como foi realizada a cominuição ou a deformação plástica das partículas no
instante da sua geração.
Os formatos dos briquetes são alcançados de acordo com o formato dos moldes ou das
matrizes, utilizando ou não aglomerantes (piche, alcatrão, melaço, bentonita, cimento e
outros), levando em consideração se as partículas da carga que sofreram a briquetagem
conseguem aderir umas às outras ou não, ou quando é necessária uma elevada resistência
mecânica ao briquete verde.
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Processos de aglomeração | UNIDADE II
» prensas de rolos;
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UNIDADE II | Processos de aglomeração
si, girando em sentidos opostos, mas com a mesma velocidade de rotação, ocorrendo
a compactação.
Esse tipo de briquetadeira é mais aplicado e então será um pouco mais esmiuçado.
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Processos de aglomeração | UNIDADE II
Outro relevante fator para a preparação é o teor de umidade que o material deve ter
antes de acrescentar o aglutinante. A correta umidade varia conforme o material e a
natureza do aglutinante aplicado, e ainda influencia no valor de pressão empregado. É
imprescindível prestar atenção no controle do processo para que se possa estabilizar e
otimizar a umidade nos briquetes.
Mistura – essa fase é uma das mais relevantes do processo. É necessário que o aglutinante
seja uniformemente distribuído em toda a superfície do material que experimentará a
briquetagem.
Essa primeira compactação pode ser efetivada por meio da briquetagem convencional
ou na compactação de partículas no formato de barras ou folhas, e estas podem ser lisas
ou onduladas.
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UNIDADE II | Processos de aglomeração
Existem materiais particulados nas briquetadeiras de rolos que também podem ser
produzidos no formato de tiras ou barras contínuas. Quando os rolos possuem superfícies
lisas, esse material passa a ter um formato tabular ou mesmo de uma barra, conhecida
como tablete, fita, barra e outros. A vazão dos tabletes produzidos (m) é calculada por:
m = B x S x Vp da Eq. 1
Em que:
B – largura do rolo;
Vp – velocidade periférica do rolo;
S – espessura do tablete;
da – densidade do aglomerado.
Mas, se os rolos forem dotados de superfícies com cavidades ou moldes que possuem o
mesmo formato e tamanho, o movimento de rotação dos rolos faz com que as cavidades
se localizem em uma posição simétrica, e o material que passou pela aglomeração agora
será conhecido como briquete. Já a vazão de briquetes (M) é determinada de acordo
com: volume do briquete (Vb); número de moldes em uma coluna (Z) na circunferência
do rolo, número de colunas ao longo da largura do rolo (R), da velocidade dos rolos
(N -rpm) e densidade do briquete (db).
M = Vb x Z x R x N x db Eq.2
Alimentação Alimentação
Tabletes
Briquetes
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CAPÍTULO 3
TIPOS DE BRIQUETAGEM
A briquetagem é um processo de aglomeração que pode ser realizado com ou sem ajuda
de aglutinantes. Os materiais que serão aglomerados e não são resistentes à compressão
e ao impacto, logo depois da compactação, precisam utilizar aglutinantes.
Os aglutinantes são responsáveis por realizar uma maior adesão das partículas finas e
podem elevar ou reduzir as propriedades coqueificantes do material a ser briquetado.
Os aglutinantes podem ser categorizados, conforme a sua mistura, como:
» filme – função similar das colas adesivas; necessitam, especialmente, que ocorra a
evaporação da água ou de algum solvente para atingir uma resistência mecânica;
» aglutinantes químicos – podem ser aplicados como matriz ou como filme. As areias
usadas no processo de fundição são um bom exemplo dessa categoria.
Material Aglutinante
Minério de ferro Cal e melaço
Cromita Cal e melaço
Fluorita Cal, melaço ou silicato de sódio
Bauxita Cimento Portland
Fonte: adaptado de Luz et al. (2010).
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UNIDADE II | Processos de aglomeração
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Nesses casos, os resíduos são expostos a temperaturas em torno de 725°C e depois passam
por uma prensa de rolo e são comprimidos a uma pressão de 3.000kg/cm2. Depois da
compactação, os briquetes são instantaneamente arrefecidos em água.
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REFERÊNCIAS
CHAVES, Arthur Pinto. Teoria e prática do tratamento de minérios. 2 ed. São Paulo: Editora
Signus, 2004.
JANUZZI, Aércio. Análise da aglomeração a frio no processo Hps (hybrid pelletized sínter)
com ênfase nas matérias-primas envolvidas. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica e de
Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.
LARA, Ana Flávia Morais de. Espessamento e transporte de pasta mineral. Dissertação (Mestrado)
– Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2011.
LUZ, A. B.; SAMPAIO, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 5ª edição. Rio de Janeiro:
CETEM/CNPq, 932p. 2010.
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Referências
VILELA NETO, Gil Ribeiro. Maximização do desaguamento dos rejeitos minerais gerados
pela concentração do minério de ferro. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica,
Materiais e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.
Referência Ilustrativa
Figura 3
Fonte: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/voce-sabe-o-que-e-pelotizacao.aspx.
Figura 4
Fonte: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/voce-sabe-o-que-e-pelotizacao.aspx.
Figura 25
Fonte: http://www.enobrasil.com.br/br/equipamento/11-5-1-filtro-rotativo-a-vacuo-sv.
Figura 28
Fonte: http://www.mausa.com.br/?pagina=produtos-detalhes&id=16.
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