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Abstract: This paper presents the results of an ethnomusicological research about zambê dance
practiced by the Cosme family, in Tibau do Sul, in the state of Rio Grande do Norte, located in
North-Eastern Brazil. The local economy is based on sugar production, shrimp, and tourism.
Among its musical expressions, there are coco de roda and, mainly, zambê – a kind of group music
and dance, from oral tradition, with responsorial singing and percussive accompaniment, practiced
by African descendants in RN. This investigation aims to present and discuss the performance of
zambê of the Cosme family, especially considering the structural characteristics, the symbolic
universe and spectacularization. The investigative process includes participant observation,
analysis of audio-visual materials and oral history. It was verified that zambê shows similarities in
poetic form (responsorial singing) with types of "coco", but it presents peculiarities in its dance,
instrumentation, uses and functions. Zambê dance in RN has been reported, since the first decade
of the twentieth century, by historians, researchers, cultural producers etc., which has yielded
literary and audio-visual records. In this place, the group does not play routinely, but performs
mainly according to external demand, although ephemeral, through paid presentations - which,
according to them, contribute to the maintenance of zambê.
Keywords: Zambê; Oral tradition; Spetacularization.
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Família de destaque na “cultura popular” norte-rio-grandense, residente em Tibau do Sul, no litoral sul do Rio Grande do Norte.
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O termo brincadeira é uma categoria que na localidade em estudo designa folguedo, divertimento; indica brincar com ludicidade, mas
também é empregado para denominar fenômeno, gênero, estilo e, sobretudo, evento musical etc.
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Figura II. Imagem dos viveiros de camarão, da lagoa de Guaraíras e de Cabeceira .
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Essa categoria é largamente utilizada por produtores culturais e pelo discurso literário, como forma de generalizar e categorizar
determinadas danças populares em que não é de costume a sua relativização.
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Depoimento oral registrado durante o IIº Encontro Regional Nordeste da ABET (Associação Brasileira de Etnomusicologia), na cidade de
João Pessoa - Paraíba, no dia 19/11/2010.
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Imagem extraída a partir do programa Google Earth dia 07/07/2010.
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Quem canta os cocos.
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Tipo de modinha norte-rio-grandense, presente no Estado a partir de meados do século XIX (ver Galvão 2000).
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Contudo, o número de membros do grupo varia entre dez e dezesseis pessoas, a depender da situação dada.
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D E D D E D E D D E
Figura IV. Motivo rítmico inicial da dança do zambê, tocado pelo tambor zambê; D: mão direita; E: mão
esquerda.
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forma viável e justificável de permanência desses fazeres. Ao que tudo indica esse é o
caso do zambê de seu Geraldo Cosme e família.
Referências
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