Espécies invasoras contribuem para a perda de biodiversidade no Brasil e no mundo. Mais de 600 espécies invasoras foram catalogadas no Brasil, incluindo pinheiros que se espalham para áreas de altitude na Serra do Mar no Paraná, ameaçando espécies nativas frágeis. Projetos apoiados pela Fundação O Boticário estudam formas de controlar e erradicar espécies invasoras para preservar a biodiversidade.
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Artigo Espécies invasoras contribuem com a perda da biodiversidade
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Espécies invasoras contribuem com a perda da biodiversidade
Espécies invasoras contribuem para a perda de biodiversidade no Brasil e no mundo. Mais de 600 espécies invasoras foram catalogadas no Brasil, incluindo pinheiros que se espalham para áreas de altitude na Serra do Mar no Paraná, ameaçando espécies nativas frágeis. Projetos apoiados pela Fundação O Boticário estudam formas de controlar e erradicar espécies invasoras para preservar a biodiversidade.
Espécies invasoras contribuem para a perda de biodiversidade no Brasil e no mundo. Mais de 600 espécies invasoras foram catalogadas no Brasil, incluindo pinheiros que se espalham para áreas de altitude na Serra do Mar no Paraná, ameaçando espécies nativas frágeis. Projetos apoiados pela Fundação O Boticário estudam formas de controlar e erradicar espécies invasoras para preservar a biodiversidade.
Terça-Feira, 8 de Setembro de 2009 - A Revista brasileira de Cidadania!
Espécies invasoras contribuem com a perda da biodiversidade
Meio Ambiente 21/05/2009
As espécies invasoras e a destruição de habitat causada pelo homem
têm sido as duas maiores causas de perdas de biodiversidade em todo o mundo nos últimos cem anos. No Brasil, que é reconhecido como o país que detém a maior fatia da biodiversidade mundial, ainda se conhece pouco sobre como as invasoras interagem com as espécies nativas. “Estudos e pesquisas sobre comportamento, controle e manejo das espécies invasoras são fundamentais para a manutenção da nossa biodiversidade e conservação da natureza”, afirma o engenheiro florestal e analista de projetos ambientais da Fundação O Boticário, Gustavo Gatti.
As espécies invasoras são o tema do Dia da Diversidade Biológica,
comemorado nesta sexta-feira (22), em todo o mundo. No Brasil, um levantamento feito em 2007 por diversos especialistas e conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente catalogou mais de 600 espécies invasoras, que podem causar prejuízos tanto aos ecossistemas naturais quanto à saúde humana.
As espécies exóticas invasoras são aquelas encontradas fora de seu ambiente
natural e que conseguem se estabelecer e proliferar devido às suas características e capacidade de adequação.
“Pela capacidade de adaptação que possuem e pela falta de predadores
naturais, as espécies invasoras se alastram com facilidade, interferindo diretamente nos ambientes naturais onde foram introduzidas. Ameaçam os ecossistemas onde se instalam, geram desequilíbrios e extinções de espécies nativas e também podem causar prejuízos econômicos. Por este motivo, a erradicação ou controle de qualquer espécie invasora não é uma tarefa fácil e a prevenção deve ser priorizada”, explica Gatti.
A Fundação O Boticário, desde sua criação em 1990, apoiou em todo o Brasil
1.176 projetos de conservação da natureza, incluindo iniciativas que estudam formas de controle e manejo de espécies invasoras. São exemplos os projetos realizados no Parque Estadual do Pico Paraná, no Paraná; no Parque Nacional da Serra do Cipó e na Área de Proteção Ambiental do Morro da Pedreira, em Minas Gerais; no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro; e na Caatinga, na Paraíba.
PROJETO CAMAPUÃ – No Paraná, um dos projetos apoiados pela Fundação O
Boticário é o controle de Pinus e análise de dispersão de sementes em campos de altitude, desenvolvido pelo Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, na Serra do Mar.
As árvores do gênero pínus têm crescimento rápido e são plantadas visando à
produção comercial de madeira e celulose. “Essas plantações, quando feitas com manejo adequado, são importantes porque possibilitam gerar matéria- prima para a indústria moveleira, por exemplo, sem utilizar espécies nativas, evitando a degradação de florestas”, ressalta Gatti.
No entanto, o engenheiro florestal ressalta que, quando elas extrapolam os
limites de sua plantação comercial, podem acarretar prejuízos ambientais e econômicos às áreas próximas, gerando alterações nos solos, no regime hídrico e em outros ciclos naturais. É o que está acontecendo na Serra do Mar do litoral do Estado do Paraná. Ali, os pínus estão atingindo os campos de altitude, que são áreas com grande riqueza natural, que contêm espécies que só existem ali, mas que são frágeis – a declividade acentuada predominante e aos solos pouco desenvolvidos facilitam a sobreposição de invasoras sobre as espécies nativas.
O projeto desenvolvido no ano passado pelo Instituto Hórus e apoiado pela
Fundação O Boticário teve como objetivo principal realizar o controle da invasão de pínus em três morros de campos de altitude da Serra do Mar do Paraná: Camapuã, Camacuã e Tucum, pertencentes ao Parque Estadual do Pico Paraná, região de Mata Atlântica. Entre 2008 e 2009, foram cortadas 2.390 árvores.
Apesar de todo o esforço do projeto, a erradicação da espécie nessas áreas
somente seria possível se os plantios na base dos morros fossem eliminados, pois o vento dispersa as sementes serra acima. “Entretanto, visto a importância do cultivo do pínus para a economia, esta alternativa mostra-se inviável”, diz Gatti.
Uma solução, segundo os pesquisadores do projeto, seria uma
regulamentação para plantio de pinus que incluísse a prevenção e o controle no manejo florestal praticado. Entre as medidas que podem ser adotadas para minimizar a dispersão de sementes pelos plantios está a implantação de barreiras de quebra-vento.