Balanço de Energia em Coletores de Placa Plana (1)

Um conceito fundamental para a análise térmica de qualquer sistema térmico é a conservação de energia, que
pode ser analisada através do cálculo do balanço de energia em regime permanente. Em estado estacionário, a
saída de energia útil do coletor é a diferença entre a radiação solar absorvida e as perdas térmicas totais do
coletor

Energia útil = Energia solar absorvida - Perdas térmicas

A eficiência térmica do coletor é um parâmetro importante a ser considerado neste tipo de análise, pois cria a
base para comparação de diferentes materiais e modificações de sistemas coletores.

Definindo a eficiência térmica ( η ).

Onde: Q u é a saída de energia útil de um coletor, A c é a área do coletor.

G T é o fluxo de radiação solar incidente (irradiância de local específico ou medições práticas com piranômetro).
Ac.Gt é entrada total de energia para o coletor
Para descobrir quanta energia resta disponível para o trabalho térmico útil, precisamos entender o balanço
de energia dentro do coletor:
Energia absorvida - Perdas

O balanço de energia também pode ser expresso através da seguinte equação-chave:

onde S é a radiação solar absorvida, U L são as perdas totais, T plate é a temperatura da placa
absorvedora, T ambiente é a temperatura do ar e A c é a área da superfície do coletor.

Precisamos entender como as quantidades S e UL podem ser obtidas.

Em um caso geral, quando medidas de radiação solar incidente ( I T ) estão disponíveis, a aproximação
conveniente para a energia absorvida é dada por:

onde ( τα ) av é o produto da transmitância da tampa do coletor e a absortância da placa média sobre

diferentes tipos de radiação. De fato, (τα) av ≈ 0,96( τα ) feixe baseado em estimativas práticas.

As perdas por radiação podem ser determinadas:

Agora que a radiação absorvida e as perdas são definidas, o ganho de energia útil pode ser determinado por
meio da equação de balanço de energia dada acima.
 Esquema para um trocador de calor solar térmico – plano (2)

Onde: S é a radiação solar absorvida; T temperatura; Q u é a saída de energia útil de um coletor, UL são as perdas totais
,A c é a área da superfície do coletor.
 Desempenho e Caracterização do Coletor de Placa Plana

O máximo ganho de energia útil possível pode ser alcançado quando o coletor está na mesma
temperatura que o fluido de entrada. Neste caso, as perdas de calor são minimizadas. No entanto, em
uma configuração de operação real, nem sempre é esse o caso. Para descrever o ganho de energia útil
efetivo (real) via troca de calor, devemos introduzir o fator de remoção de calor - F R

Este coeficiente mostra quanta energia resta após as perdas de calor para o ambiente devido à diferença
de temperatura do coletor e da entrada. Portanto, a equação do balanço de energia para o sistema real
pode ser escrita da seguinte forma:

Esse fator de fluxo depende da taxa de fluxo de massa do fluido e da capacidade de calor
O método básico de avaliação do desempenho do coletor é expor o sistema à radiação solar,
passar o fluido por ele e medir a temperatura de entrada e saída junto com a vazão. Então o
ganho de energia útil pode ser calculado a partir dos dados experimentais da seguinte forma

A radiação incidente no coletor ( G T ) e a temperatura ambiente ( T a ) podem ser registradas, para

expressar o ganho útil em termos de radiação incidente.

e ainda a eficiência experimental do sistema em cada instante de operação pode ser obtida:
Referências

1- Author: Lucas Witmer, Lecturer, Department of Energy and Environmental Engineering,

College of Earth and Mineral Sciences, The Pennsylvania State University.
https://www.e-education.psu.edu/eme811/node/686

2- Kalogirou, S. A. Engenharia de Energia Solar, Processos e Sistemas, p. 172, Elsevier, 2016