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Curso

Coord. Técnico Prof. Rinaldo Moraes


Disciplina TCC
Ministrante Rinaldo Moraes -
www.rinaldomoraes.com.br
www.rmgestor.com.br
Telefone (91) 82864449 e-mail rinaldomoraes@yahoo.com.br

PLANO DE AULA
Mini-currículo:
Rinaldo Moraes – Pesquisador, Professor Universitário, Empreendedor e Servidor Federal.
Doutor em Desenvolvimento Social e Ambiental (Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-UFPa)
Mestre em Planejamento do Desenvolvimento (Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-UFPa)
Economia (Universidade Cândido Mendes – Rio de Janeiro)
Administração (Unama)
Ciências Contábeis – Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)

Currículo completo: http://lattes.cnpq.br/3990219682356144


Objetivo da disciplina: Habilitar o discente na realização do trabalho de conclusão de curso.
Ementa da disciplina: Natureza e objetivo do trabalho científico, A pesquisa como processo em permanente
construção, Metodologia, quadro teórico e construção de hipóteses, A elaboração do projeto de pesquisa, A
coleta de dados e a preparação da bibliografia, Técnicas de apresentação do trabalho científico. Construção do
TCC.

Programa
CONTEÚDO:
1. INTRODUÇÃO
2. QUESTÕES TEÓRICAS SOBRE O PROJETO DE PESQUISA COMO O PLANEJAMENTO DA
CIÊNCIA
3. A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA E SEUS DIVERSOS ROTEIROS
4. DIFERENÇA ENTRE ASSUNTO, TEMA E TESE
5. ETAPAS DA PESQUISA
6. DESENVOLVENDO UM PROJETO DE PESQUISA
7. DESENVOLVENDO O TCC
Bibliografia Principal:
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa.4.ed.9.reimpr.São Paulo: Atlas, 2007.
___. Estudo de caso. São Paulo: Atlas, 2010.
SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 2 ed. 2009.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
Bibliografia Complementar:
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções
práticas. São Paulo: Atlas, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR10520: informação e documentação –
apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2001.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para a elaboração de trabalhos
acadêmicos. Piracicaba: Ed. da UNIMEP, 1998.
BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1999.
BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas
metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1999.
DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. São Paulo: Cortez, 1991.
DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.
FEYERABEND, Paul. Contra o método. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989.
GARVEY, William D. Communication: the essence of science. Oxford: Pegamon, 1979.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O que é o método científico. São Paulo: Pioneira, 1989.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1999.
KERLINGER, Fred N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais: um tratamento conceitual. São Paulo:
EPU, 1980.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Atlas, 1993.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Atlas, 1991.
LUNA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC, 1997.
MARTINS, G. A. Técnicas para Coleta de Dados e Evidências. In:Estudo de Caso: uma estratégia de
pesquisa. 2.ed.2.reimpr.São Paulo: Atlas, 2008.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São
Paulo: Atlas, 1994.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec,1993.
OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Pioneira, 1997.
POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1993.
Derick J. de S. O desenvolvimento da ciência. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2000.
SALVADOR, Angelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. Porto Alegre: Sulina, 1978.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2000.
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: Atlas, 1992.

INTRODUÇÃO
A Metodologia tem como função mostrar a você como andar no “caminho das pedras” da pesquisa,
ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo.

A elaboração de um projeto de pesquisa e o desenvolvimento da própria pesquisa, como de um TCC,


por exemplo, necessitam, para que seus resultados sejam satisfatórios, além que devem estar baseados em
planejamento cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em conhecimentos já existentes.

Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento análogo ao de um cozinheiro. Ao preparar um


prato, o cozinheiro precisa saber o que ele quer fazer, obter os ingredientes, assegurar- se de que possui os
utensílios necessários e cumprir as etapas requeridas no processo.

Um prato será saboroso na medida do envolvimento do cozinheiro com o ato de cozinhar e de suas
habilidades técnicas na cozinha.

O sucesso de uma pesquisa para um TCC também dependerá do procedimento seguido, do seu
envolvimento com a pesquisa e de sua habilidade em escolher o caminho para atingir os objetivos da pesquisa.

A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou previsível. Adotar uma


metodologia significa escolher um caminho, um percurso global do espírito. O percurso, muitas vezes, requer
ser reinventado a cada etapa. Precisamos, então, não somente de regras e sim de muita criatividade e
imaginação.

PRIMEIRA PARTE – LEITURA OBRIGATÓRIA.

TÍTULO: ENSINAR O QUE NÃO SE SABE. COMO CAMINHAR PELO DESCONHECIDO?


Leitura do texto abaixo do filósofo Rubem Alves. O que tem a ver isto com a pesquisa???

"Meu querido Roland Barthes passou por experiência semelhante à minha. Também queria ser
igual à cigarra. A sua aula inaugural como professor da cadeira de semiologia literária do Collège de
France é um texto herético e escandaloso que só pode ser compreendido como palavras de um homem
a quem a velhice havia concedido lucidez e coragem para dizer aquilo que via sob a luz do crepúsculo.

No final de sua aula, Barthes fala sobre sua vida, faz a sua confissão de velhice e diz sobre as
metamorfoses que a luz crepuscular operara sobre a sua vida. Não há pessimismo no que ele diz. É
como se fosse uma ressurreição — ficar jovem de novo.

“Portanto, se quero viver, devo esquecer que meu corpo é histórico, devo lançar-me na ilusão
de que sou contemporâneo dos jovens corpos presentes, e não de meu próprio corpo, passado. Em
síntese: periodicamente, devo renascer, fazer-me mais jovem do que sou. Com cinquenta e um anos,
Michelet começava sua vita nuova: nova obra, novo amor. Mais idoso do que ele… eu também entro
numa vita nuova… Empreendo, pois, o deixar-me levar pela força de toda força viva: o esquecimento.

Há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra, em que se ensina o
que não se sabe: isso se chama pesquisar. Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de
desaprender, de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimentoimpõe à
sedimentação dos saberes, das culturas, das crenças que atravessamos.

“Há uma idade em que se ensina o que se sabe”: esse é o início. Assim é: os professores
começam por ensinar saberes. Ensinam primeiro os saberes sabidos, as coisas que, no transcorrer do
tempo, foram aprendidas pelas gerações mais velhas, e que agora são transmitidas às gerações
mais novas, como se fossem ferramentas em uma caixa. O ensino dos saberes é a transmissão de uma
herança, caixa de ferramentas. O professor, ao ensinar, está dizendo: “Eu estou lhe dando aquilo que
sei”. Os saberes são transmitidos para que as novas gerações não tenham de estar começando sempre
de novo, da estaca zero. Os velhos ensinam saberes para que os jovens possam começar a navegar a
partir do porto aonde eles chegaram. O que, para os velhos, foi porto de chegada, será para os jovens
porto de partida: para que possam ir além deles
mesmos.

“Mas vem em seguida outra, em que se ensina o que não se sabe.”


Mas como é possível ensinar saberes que não sei? O navegador voltou de suas viagens trazendo
nas mãos os mapas que desenhara nos mares onde navegara. Mapas são metáforas do mundo dos
saberes. São úteis. Neles encontramos as rotas a serem seguidas, caso se deseje. Chegam os alunos.
Desejam aprender os mares do mundo. O professor mostra-lhes os seus mapas e fala sobre aquilo que
sabe. Os alunos aprendem. Mas, de repente, um aluno inquieto aponta para um vazio indefinido, sem
contornos, no mapa.

“— Qual é o nome daquele mar?” —, ele pergunta. O professor responde:


“— O nome daquele mar eu não sei. Nunca fui lá. Não o naveguei. Não o conheço. Por isso, nada
tenho a dizer. É mar desconhecido, por navegar. Mas, com o que sei sobre os outros mares, vou
ensinar-lhe a aventurar-se por mares desconhecidos: essa é a aventura suprema. Para isso nascemos…”

“Ensinar o que não se sabe”: “A isso se chama pesquisar”, diz Barthes tranquilamente. Ensinar
a pesquisar: essa é uma das grandes alegrias do professor, somente comparável à do pai que vê o filho
partindo sozinho como pássaro jovem que, pela primeira vez, se lança sobre o vazio com suas próprias
asas. O professor vê o discípulo partindo para o desconhecido, para voltar com os mapas que ele
mesmo irá fazer, de um mar onde ninguém mais esteve. É isso que deve ser uma pesquisa e uma tese:
uma aventura por um mar que ninguém mais conhece.

Barthes diz, então, algo surpreendente: chegara a sua hora suprema, a hora do esquecimento.
Chegara o tempo de desaprender os saberes que havia aprendido. Posso imaginar o espanto que essa
declaração deve ter provocado no erudito público académico presente na sua aula. Esquecer,
desaprender: são o oposto daquilo que a educação tem proposto até agora. Educar é ensinar, somar
saberes sobre fatos, acrescentar competências lógicas. Esquecer significa perder, abrir mão, deixar ir.
E, na lógica banal da razão do cotidiano, esquecimento é sempre empobrecimento. Barthes aponta na
direção oposta. Teria ficado senil? Quem responde é o poeta T. S. Eliot, num curtíssimo-cortante
aforismo: “Num país de fugitivos, aquele que anda na direção contrária parece estar fugindo”.

2. QUESTÕES TEÓRICAS SOBRE O PROJETO DE PESQUISA COMO O


PLANEJAMENTO DA CIÊNCIA

Parte deste capítulo foi retirado do SANTOS, citado na bibliografia e contido no seguinte site: http://www.unisinos.br/ppg/files/1.pdf
Nesta primeira parte destacamos que, de fato, a ciência para evoluir necessita de um planejamento. Não se
pode ter um envolvimento com a ciência sem planejamento que, em linhas gerais, é um refletir antecipado.
Planejar, contudo, nem sempre faz parte dos nossos hábitos e das nossas convicções acerca da pesquisa. Quem
já pesquisou, entretanto, sabe que – da mesma forma que na construção de moradias – sem um planejamento
detalhado, a casa pode cair.

Assim, a pesquisa científica prevê, no mínimo, duas grandes etapas. A primeira, que antecede a sua
execução, é o momento – necessário – de refletir sobre o que se quer conhecer mais, que dúvidas se quer
resolver, qual a abrangência daquilo que se vai estudar. Esse é o momento do projeto de pesquisa.

A segunda etapa, refere-se à execução da pesquisa em si, com base em tudo aquilo que se planejou. Esse
é o momento de construir a casa, ou seja, do desenvolvimento da pesquisa.

O que iremos fazer aqui é a primeira fase. Criar um projeto. Já temos a idéia central? Que problemas
iremos resolver? Qual será o suporte teórico? Ora, sem teoria não se tem projeto e nem ciência. Como será
realizado? Este como, que é a metodologia, é um gargalo. Mas vamos por parte e com calma.

Afinal, o que é um projeto de pesquisa?

Um projeto de pesquisa é, grosso modo, um planejamento detalhado de uma pesquisa científica que se
pretenda realizar. E planejar, é decidir antecipadamente o que deve ser feito.

É preciso, sem dúvida, dar um passo após o outro. Os primeiros deles referem-se à determinação das
inquietações que movem o pesquisador, à definição de suas áreas de interesse, ao desenvolvimento de leituras
preliminares, à organização das idéias e à redação de um projeto. Esse permitirá que a execução da pesquisa
seja facilitada pelo fato de se ter em mente – e no papel – um quadro mais claro e coerente daquilo que se quer
fazer, bem como considerações sobre as dificuldades que se poderá encontrar.

Santos (2009) diz que o projeto de pesquisa “... traça o caminho intelectual inicial de todo o processo
posterior”.

Usando, ainda, a metáfora da construção de uma casa, antes de levantar as paredes é preciso elaborar
uma planta que apresente o estilo, as medidas, as divisões, os cálculos, as previsões de materiais, entre outros.

O mesmo ocorre com a pesquisa, e esse é o papel de um projeto. Ele deve apresentar, principalmente, o
objeto de estudo, as metas que se pretende alcançar, a problematização do tema, a proposta de desenvolvimento
do trabalho e as bases de sustentação teórica.
Outra pergunta: por que fazer um projeto de pesquisa?

Como já foi dito, a elaboração de um projeto de pesquisa facilita o trabalho do próprio executor dessa,
além de permitir que outras pessoas possam entender com clareza aquilo que se pretende estudar.

O projeto permite o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões científicos, de forma racional,


lógica, criteriosa, com métodos e procedimentos adequados. Assim, esse planejamento ajuda a garantir que os
resultados sejam mais confiáveis, fruto de um pensamento analítico, crítico e questionador.

É interessante lembrar-lhe que muitos estudantes, ao se depararem com a necessidade de elaborar um


projeto de pesquisa, sentem-se bastante ansiosos e até mesmo indecisos. Enfim, bate um certa insegurança. Isso
pode acontecer não por que o estudante não saiba fazê-lo, mas por que não tem noção clara de como fazê-lo e,
às vezes, por não estar familiarizado com a pesquisa e por não ter descoberto nela uma grande aliada.

Uma vez conhecendo como fazer um projeto e tendo consciência do quanto ele pode simplificar a
trajetória da pesquisa, auxiliando na vida profissional, tudo fica mais fácil.

Antes de iniciar a redação do projeto de pesquisa é necessário refletir. Literalmente, reservar tempo para
pensar sobre as inquietações, as dúvidas, os questionamentos que tem permeado seu cotidiano e que estão
interrelacionados com a área de concentração do pós-graduação a que você pretende candidatar-se.

Paralelamente, é preciso refletir sobre as delimitações que vai-se dar a essas inquietações, definir a
abrangência que vai ter a pesquisa, determinar qual será o seu objeto, como ele será estudado e onde se quer
chegar. É um período transpassado por dúvidas, incertezas, leituras, reorganização de idéias até se conseguir ter
aquela idéia brilhante e executável.

Esse é, portanto, um tempo em que é preciso paciência para ‘amarrar’ bem o tema e o
problema da pesquisa, ou seja, chegar ao foco.

3. A ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA E SEUS DIVERSOS


ROTEIROS

Um projeto de pesquisa pode ser elaborado a partir de diversas etapas. Em geral, esses documentos
divergem muito quanto a forma, ao ordenamento e a disposição das etapas. Assim, é preciso estar atento: o
mais importante não é o roteiro que você vai seguir, tampouco o número de etapas que vão compor o projeto.
O fundamental é que o seu projeto deixe claro o que vai ser pesquisado, o que se quer saber com a
pesquisa, quais os propósitos da pesquisa, como ela será feita e com que base teórica.

O que facilmente pode ocorrer com muitos dos ‘arquitetos’ de projetos de pesquisa científica é o apego
a um roteiro e suas etapas, em detrimento da sistematização das idéias. Por outras palavras, fazer um projeto não
significa preencher etapas de um roteiro – que muitas vezes nem se sabe direito do que se trata –, mas, sim,
elaborar um plano de estudos claro, organizado, fruto de reflexão e de conhecimento.

Abaixo estão apresentados alguns roteiros para projeto de pesquisa, contudo, lembre que o conteúdo e a
explicitação de sua proposta são mais relevantes. Você poderá observar que há etapas que se repetem em todos
os exemplos; há, também, etapas que são bastante semelhantes. Também há um roteiro para o desenvolvimento
de um TCC.

EXEMPLO 1 EXEMPLO 2 EXEMPLO 3


1.Delimitação do tema 1.Tema 1.Título
2. Problema 2.Problema 2. Justificativa
3.Hipótese 3.Objetivos 3. Objetivos Geral / Específicos
4.Objetivos 4.Justificativa 4. Problema e questões centrais
4.1. Geral 5.Teoria de base 4. Revisão da literatura
4.2. Específicos 6.Metodologia 5. Metodologia
5.Justificativa 7.Cronograma 6. Cronograma
6. Revisão bibliográfica 8.Referências bibliográficas 7. Referências bibliográficas
7.Metodologia
8.Cronograma
9.Levantamento bibliográfico
ESTRUTURA DE UM PROJETO DE ESTRUTURA DE UM TCC
TCC
1. ASSUNTO 1. INTRODUÇÃO
2. TEMA: DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO JUSTIFICATIVA
3. TÍTULO OBJETIVOS
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA PROBLEMA
5. PROBLEMA QUESTÕES NORTEADORAS
6. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS ESTRUTURA DOS CAPÍTULOS
7. JUSTIFICATIVA 2. REFERENCIAL TEÓRICO
8. METODOLOGIA 3. METODOLOGIA
- TIPO DE PESQUISA 4. RESULTADOS DA PESQUISA
- POPULAÇÃO E AMOSTRA 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- TÉCNICA DE PESQUISA REFERÊNCIAS
9 . CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS

ESTRUTURA TCC FCAT - DIREITO


ESTRUTURA DO PROJETO DIREITO ESTRUTURA DO TCC
1. ASSUNTO 1. INTRODUÇÃO
2. TEMA 1.1 Problema
3. PROBLEMA E QUESTÕES 1.2 Objetivos
NORTEADORAS 1.2.1 Objetivo Geral
4. OBJETIVOS 1.2.2 Objetivos Específicos
4.1. Geral 1.3 Delimitação do Estudo
4.2. Específicos 1.4 Relevância do Estudo (justificativa)
5. RELEVÂNCIA DO ESTUDO 1.5 Organização do Trabalho
(justificativa) 2. REFERENCIAL TEÓRICO
6. REFERENCIAL TEÓRICO 3. MÉTODO
7. METODOLOGIA 3.1 TIPO DE PESQUISA
7.1. Tipo de pesquisa 3.1.2 Quanto aos Objetivos
7.2. Sujeitos da pesquisa 3.1.3 Quanto à Abordagem
7.3. Lócus da pesquisa 3.1.4 Quanto à População e Amostra
7.4. Instrumentos de pesquisa 3.1.5 Quanto à Coleta de Dados
REFERÊNCIAS 3.1.6 Quanto à Forma de Tratamento dos
Dados
4. RESULTADOS
4.1. Levantament da viol doméstica a partir dos
registros feitos na DP de Castanha
4.2. Verificar os tipos de ação penal existente sobre
a temática
4.3.Conseq. Sociais da viol dom entre cha
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

TCC DIREITO
1. ASSUNTO: DIREITO PENAL
2. TEMA: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA + CASAIS HOMOAFETIVOS + DIREITO
PENAL
3. Variáveis: viol doméstica, casais homo e dpenal
4. PROBLEMA:
- Qual o tipo de ação penal para a viol doméstica entre casais homoafetiv
5. QUESTÕES NORTEADORAS
- Como se encontra os registros da VD a partir dos registros feitos na DP de Castanha?
- Quais os tipos de ação penal existente no DP sobre casais HÁ?
- Quais as conseq sociais da viol dom entre os casais homoaf?
6. REF TEÓRICO
6.1. TÓPICO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – 5 AUTORES (ART/LIVROS)
6.2. TÓPICO SOBRE A VIOL ENTRE CASAIS HAFETIVOS (ART/LIVROS)
6.3. COMO O DIREITO PENAL TRATA ESTA CAUSA – JURISPRUD...ETC.
7. OBJETIVOS
7.1. GERAL: ANALISAR os tipos de ação penal da viol doméstica praticada entre casais
homoafetivos na Comarca de Castanhal (2008-2010)
7.2. ESPECÍFICOS
- Fazer um levantament da viol doméstica a partir dos registros feitos na DP de Castanha;
- Verificar os tipos de ação penal existente sobre a temática-
- Mostrar como encontra-se estabelecidas as conseq. Sociais da viol dom entre cha
8. METODOLOGIA
9. RESULTADOS
91. Levantament da viol doméstica a partir dos registros feitos na DP de Castanha
9.2. Verificar os tipos de ação penal existente sobre a temática
9.3.Conseq. Sociais da viol dom entre cha
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

4. DIFERENÇA ENTRE ASSUNTO, TEMA E TESE

Vamos estabelecer uma diferenciação didática embora muitos a considerem palavras sinônimas.
Assunto vem do latim assumptus que significa depositado, tomado recebido, guardado. Tema vem do grego
théma, originário do verbo tíhemi que significa deposito, ponho, coloco, guardo. Como você vê, elas são
aparentemente sinônimas, mas estabelecida uma diferenciação didática, ficará assim:

Assunto é a generalização, Tema é a especificação.

Exemplo: educação é um assunto.


A influência da televisão na educação dos filhos é um tema.

Colonização é um assunto.
A colonização dos índios selvagens no leste da Amazônia é um tema.

Agora veja bem: um assunto pode ser originador de um tema, e ao mesmo tempo, um tema originário de
um assunto...

- Não entendi.
- Você vai entender pelo exemplo:

A influência da TV nos filhos é um tema do assunto educação; o assunto educação é o tema do assunto
OS PROBLEMAS DO BRASIL. Por outro lado este assunto é tema de outro assunto: OS PROBLEMAS DO
MUNDO.

- Ainda não entendi.


- Você sempre segue da generalização para a especificação, pois é quase impossível você falar sobre um
assunto, por ser muito abrangente. Você fala mesmo sobre um tema (ou sobre uma tese).

Um discurso vale tanto menos, quanto mais genérico for.


Quando um assunto tem maior interesse? Quando tem maior especificação...

- E a tese?
- Tese vem do grego thêsis (do verbo Thêso) que significa o mesmo de tíhemi. Tese, didaticamente, é um
detalhe do tema, é uma proposta para discussão ou análise de um tema.

Exemplificando:
A MEMÓRIA - é um assunto.
Já OS EFEITOS COLATERAIS DOS PROBLEMAS DA MEMÓRIA NO
EXCEPICIONAL DE 14 ANOS NAS GEADAS DE FIM ANO é um “tema” tão específico que
se torna tese.

Vamos, agora, dar mais exemplos:


O pecado - é um assunto.
Os pecados da empresa familiar - é um tema.
A influência dos empresários na estruturação da personalidade de seus filhos sucessores enquanto funcionários -
é uma tese.

Até aqui poderemos estabelecer uma regra áurea. UM COMUNICADOR SE QUISER


TER MUITOS TEMAS TERÁ QUE LER MUITOS ASSUNTOS. E se quiser elaborar uma Tese
precisará de ler muitos temas.

Responda, então:
- Qual o assunto do seu trabalho?
- Qual o tema?
- Qual a tese?

5.ETAPAS DA PESQUISA

De tudo que vimos até agora podemos concluir que a pesquisa é um procedimento reflexivo e crítico de
busca de respostas para problemas ainda não solucionados. O planejamento e a execução de uma pesquisa
fazem parte de um processo sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas, em linhas gerais,
da seguinte forma:

1) escolha do tema;
2) revisão de literatura;
3) justificativa;
4) formulação do problema;
5) determinação de objetivos;
6) metodologia;
7) coleta de dados;
8) tabulação de dados;
9) análise e discussão dos resultados;
10) conclusão da análise dos resultados;
11) redação e apresentação do trabalho científico.
1 Escolha do Tema

Nesta etapa você deverá responder à pergunta: “O que pretendo abordar?” O tema é um aspecto ou uma
área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver.

A escolha do tema da revisão de literatura está vinculada ao objetivo da própria revisão que você
pretende fazer. A revisão de literatura deverá elucidar o tema, proporcionar melhor definição do problema de
pesquisa e contribuir na análise e discussão dos resultados da pesquisa.

Em função da explosão da informação, você deverá definir para onde ele irá dirigir e concentrar seus
esforços na revisão de literatura, porque só assim não ficará perdido no emaranhado
das publicações existentes. Pesquisadores experientes sabem que o risco de perder tempo e o rumo podem ser
fatais neste processo. Além de atravancar todo o desenvolvimento das etapas da pesquisa, pode até impedir sua
realização.

Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou
restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida.

A definição do tema pode surgir com base na sua observação do cotidiano, na vida profissional, em
programas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já realizadas e
em estudo da literatura especializada.

A escolha do tema de uma pesquisa, em um Curso de Pós- Graduação, está relacionada à linha de
pesquisa à qual você está vinculado ou à linha de seu orientador.

Você deverá levar em conta, para a escolha do tema, sua atualidade e relevância, seu conhecimento a
respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema escolhido.

Definido isso, você irá levantar e analisar a literatura já publicada sobre o tema.

2 Revisão de Literatura

Uma das etapas mais importantes de um projeto de pesquisa é a revisão de literatura. A revisão de
literatura refere-se à fundamentação teórica que você irá adotar para tratar o tema e o problema de pesquisa. Por
meio da análise da literatura publicada você irá traçar um quadro teórico e fará a estruturação conceitual que
dará sustentação ao desenvolvimento da pesquisa.

A revisão de literatura resultará do processo de levantamento e análise do que já foi publicado sobre o
tema e o problema de pesquisa escolhidos. Permitirá um mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito
sobre o tema e/ou problema da pesquisa.

Para Luna (1997), a revisão de literatura em um trabalho de pesquisa pode ser realizada com os
seguintes objetivos:

- Determinação do “estado da arte”: o pesquisador procura mostrar através da literatura já publicada o que já
sabe sobre o tema, quais as lacunas existentes e onde se encontram os principais entraves teóricos ou
metodológicos;

- Revisão teórica: você insere o problema de pesquisa dentro de um quadro de referência teórica para explicá-
lo. Geralmente acontece quando o problema em estudo é gerado por uma teoria, ou quando não é gerado ou
explicado por uma teoria particular, mas por várias;

- Revisão empírica: você procura explicar como o problema vem sendo pesquisado do ponto de vista
metodológico procurando responder: quais os procedimentos normalmente empregados no estudo desse
problema? Que fatores vêm afetando os resultados? Que propostas têm sido feitas para explicá-los ou controlá-
los? Que procedimentos vêm sendo empregados para analisar os resultados? Há relatos de manutenção e
generalização dos resultados obtidos? Do que elas dependem?;

- Revisão histórica: você busca recuperar a evolução de um conceito, tema, abordagem ou outros aspectos
fazendo a inserção dessa evolução dentro de um quadro teórico de referência que explique os fatores
determinantes e as implicações das mudanças.

Para elaborar uma revisão de literatura é recomendável que você adote a metodologia de pesquisa
bibliográfica.

Pesquisa Bibliográfica é aquela baseada na análise da literatura já publicada em forma de livros,


revistas, publicações avulsas, imprensa escrita e até eletronicamente, disponibilizada na Internet.

A revisão de literatura/pesquisa bibliográfica contribuirá para:

1. Obter informações sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado;


2. Conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos que já foram abordados;
3. Verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de aspectos relacionados ao tema
ou ao problema de pesquisa.

Para tornar o processo de revisão de literatura produtivo, você deverá seguir alguns passos básicos para
sistematizar seu trabalho e canalizar seus esforços.

3 Justificativa

Nesta etapa você irá refletir sobre “o porquê” da realização da pesquisa procurando identificar as razões
da preferência pelo tema escolhido e sua importância em relação a outros temas.

Pergunte a você mesmo: o tema é relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que você percebe
na abordagem proposta? Que vantagens e benefícios você pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar? A
justificativa deverá convencer quem for ler o projeto, com relação à importância e à relevância da pesquisa
proposta.

4 Formulação do Problema

Na acepção científica, “problema é qualquer questão não solvida e que é objeto de discussão, em
qualquer domínio do conhecimento” (GIL, 1999, p.49).

Problema, para Kerlinger (1980, p.35), “é uma questão que mostra uma situação necessitada de
discussão, investigação, decisão ou solução”.

Simplificando, problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo o processo de
pesquisa irá girar em torno de sua solução.

Muitos fatores determinam a escolha de um problema de pesquisa. Para Rudio (2000), o pesquisador,
neste momento, deve fazer as seguintes perguntas:

- O problema é original?
- O problema é relevante?
- Ainda que seja “interessante”, é adequado para mim?
- Tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa?
- Existem recursos financeiros que viabilizarão a execução do projeto?
- Terei tempo suficiente para investigar tal questão?

O problema sinaliza o foco que você dará à pesquisa. Geralmente você considera na escolha deste foco:

A relevância do problema: o problema será relevante em termos científicos quando propiciar conhecimentos
novos à área de estudo e, em termos práticos, a relevância refere-se aos benefícios que sua solução trará para a
humanidade, país, área de conhecimento, etc.;

A oportunidade de pesquisa: você escolhe determinado problema considerando a possibilidade de obter


prestígio ou financiamento. Na literatura da área de metodologia científica podem-se encontrar muitas
recomendações a respeito da formulação do problema de pesquisa.

Gil (1999) considera que as recomendações não devem ser rígidas e devem ser observadas como
parâmetros para facilitar a formulação de problemas. Veja algumas
dessas recomendações:

- O problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do que se deseja pesquisar;

- O problema tem que ter dimensão viável: deve ser restrito para permitir a sua viabilidade. O problema
formulado de forma ampla poderá tornar inviável a realização da pesquisa;

- O problema deve ter clareza: os termos adotados devem ser definidos para esclarecer os significados com que
estão sendo usados na pesquisa;

- O problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário


que sua aplicação esteja delimitada.

Para melhor entendimento de como deve ser formulado um problema de pesquisa, observe os exemplos
abaixo.

Assunto: Recursos Humanos


Tema: Perfil ocupacional
Problema: Qual é o perfil ocupacional dos trabalhadores em transporte urbano?

Assunto: Finanças
Tema: Comportamento dos investidores
Problema: Quais os comportamentos dos investidores no mercado de ações de São Paulo?
Assunto: Organizações
Tema: Cultura organizacional
Problema: Qual é a relação entre cultura organizacional e o desempenho funcional dos administradores?

Assunto: Recursos Humanos


Tema: Incentivos e desempenhos
Problema: Qual é a relação entre incentivos salariais e desempenho dos trabalhadores?

O QUE SÃO HIPÓTESES

Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema de
pesquisa. As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da
pesquisa.

Um mesmo problema pode ter muitas hipóteses, que são soluções possíveis para a sua resolução.

A(s) hipótese(s) irá(ão) orientar o planejamento dos procedimentos metodológicos necessários à


execução da sua pesquisa.

O processo de pesquisa estará voltado para a procura de evidências que comprovem, sustentem ou
refutem a afirmativa feita na hipótese. A hipótese define até aonde você quer chegar e, por isso, será a diretriz
de todo o processo de investigação.

A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema proposto. As hipóteses podem
estar explícitas ou implícitas na pesquisa.

Quando analisados os instrumentos adotados para a coleta de dados, é possível reconhecer as hipóteses
subjacentes (implícitas) que conduziram a pesquisa (GIL, 1991).

Para Luna (1997), a formulação de hipóteses é quase inevitável, para quem é estudioso da área que
pesquisa. Geralmente, com base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador acaba “apostando”
naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa. Uma vez formulado o problema, é proposta uma
resposta suposta, provável e provisória (hipótese), que seria o que ele acha plausível como solução do
problema.
5 Determinação dos Objetivos: Geral e Específicos

Nesta etapa você pensará a respeito de sua intenção ao propor a pesquisa. Deverá sintetizar o que
pretende alcançar com a pesquisa.

Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. O objetivo geral será a
síntese do que se pretende alcançar, e os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão um
desdobramento do objetivo geral.

Os objetivos informarão para que você está propondo a pesquisa, isto é, quais os resultados que
pretende alcançar ou qual a contribuição que sua pesquisa irá efetivamente proporcionar.

Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma
ação passível de mensuração.

Como exemplos de verbos usados na formulação dos objetivos, podem-se citar para:

- Determinar estágio cognitivo de conhecimento: os verbos apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever,
registrar, relatar, repetir, sublinhar e nomear;

- Determinar estágio cognitivo de compreensão: os verbos descrever, discutir, esclarecer, examinar, explicar,
expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever;

- Determinar estágio cognitivo de aplicação: os verbos aplicar, demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar,
inventariar, manipular, praticar, traçar e usar;

- Determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar, classificar, comparar, constatar, criticar, debater,
diferenciar, distinguir, examinar, provar, investigar e experimentar;

- Determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular, compor, constituir, coordenar, reunir, organizar
e esquematizar;

- Determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar,
preferir, selecionar, validar e valorizar.

6 Metodologia
Nesta etapa você irá definir onde e como será realizada a pesquisa. Definirá o tipo de pesquisa, a
população (universo da pesquisa), a amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como pretende
tabular e analisar seus dados.

Tipo de pesquisa:

- Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito
ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as
formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.

O Estudo de Caso é um dos tipos de pesquisa qualitativa que vem conquistando crescente aceitação na
área da educação. É uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa profundamente. Pode
ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida, como um programa, uma instituição, um
sistema educativo, uma pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer o seu “como” e os seus “porquês”,
evidenciando a sua unidade e identidade própria.

É uma investigação que se assume como particularística, debruçando-se sobre uma


situação específica, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. Evidencia-se como
um tipo de pesquisa que tem sempre um forte cunho descritivo. “O pesquisador não pretende intervir sobre a
situação, mas dá-la a conhecer tal como ela lhe surge.” Pode utilizar vários instrumentos e estratégias.

Entretanto, um estudo de caso não precisa ser meramente descritivo. “Pode ter um profundo alcance
analítico, pode interrogar a situação. Pode confrontar a situação com outras já conhecidas e com as teorias
existentes. Pode ajudar a gerar novas teorias e novas
questões para futura investigação. As características ou princípios associados ao estudo de caso se superpõem às
características gerais da pesquisa qualitativa.”

Destacam-se as seguintes características:

• Os estudos de caso objetivam a descoberta: o investigador se manterá atento a novos elementos que poderão
surgir, buscando novas respostas e novas indagações no desenvolvimento do seu trabalho.

• Os estudos de caso enfatizam a interpretação contextual: para melhor compreender a manifestação geral de um
problema, deve-se relacionar as ações, os comportamentos e as interações das pessoas envolvidas com a
problemática da situação a que estão ligadas.

• Os estudos de caso têm por objetivo retratar a realidade de forma completa e profunda: o pesquisador enfatiza
a complexidade da situação procurando revelar a multiplicidade de fatos que a envolvem e a determinam.
• Os estudos de caso usam várias fontes de informação: o pesquisador recorre a uma variedade de dados,
coletados em diferentes momentos, em situações variadas e com uma variedade de tipos de informantes.

• Os estudos de caso revelam experiência vicária e permitem generalizações naturalísticas: o pesquisador


procura relatar as suas experiências durante o

Na pesquisa exploratória estuda-se um fenômeno atual, ainda pouco examinado entre as comunidades.
As investigações desta natureza objetivam aproximar o pesquisador do fenômeno para que este familiarizar-se
com as características e peculiaridades do tema a ser explorado, para assim desvendar obtendo percepções,
idéias desconhecidas e inovadoras sobre os mesmos. Subsídios que servirão para descrever os elementos e
situações do tema explorado de forma mais precisa. A análise de caráter exploratória de acordo com Richardson
(1999, p.17) visa descobrir as semelhanças entre fenômenos, “os pressupostos teóricos não estão claros, ou são
difíceis de encontrar. Nessa situação, faz-se uma pesquisa não apenas para conhecer o tipo de relação existente,
mas, sobretudo para determinar a existência de relação.” Devido a este contexto, a revisão da literatura sobre o
fenômeno estudado abrange diversos níveis e perspectivas de análise para a compreensão do tema. Para isto, o
pesquisador baseado na experiência adquirida na interação com o objeto de estudo busca suporte teórico, muitas
vezes multilíngüe, em periódicos, anais, artigos e textos também em meios eletrônicos, já que a atualidade é
uma forte característica da Internet. Para fazer uma síntese e reflexão de forma mais assertiva sobre o tema em
foco, resultante das ligações entre as partes sondadas e decompostas na análise, muitas vezes o estudo é dividido
em etapas distintas, procurando determinar relações existentes entre elas, que no final são reconstituídas, não
perdendo a lógica estrutural do pensamento base.

- Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o


estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados:
questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento. A pesquisa descritiva usa
padrões textuais como, por exemplo, questionários para identificação do conhecimento. O IBGE realiza
pesquisas descritivas. A pesquisa descritiva tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenônemos sem,
entretanto, entrar no mérito de seu conteúdo. Na pesquisa descritiva não há interferência do investigador, que
apenas procura perceber, com o necessário cuidado, a freqüência com que o fenômeno acontece.

- Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos
fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas. Quando
realizada nas ciências naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do
método observacional. Assume, em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa Expost-facto.
Pesquisas experimentais são investigações de pesquisa empírica que têm como principal finalidade testar
hipóteses que dizem respeito a relações de causa e efeito. Envolvem: grupos controle e manipulação de
variáveis independentes. Empregam rigorosas técnicas de amostragem para aumentar a possibilidade de
generalização das descobertas realizadas com a experiência. Tipos: a pesquisa com grupo controle (variável
independente nao está presente) e grupo experimental (observado/tratado com a variável dependente) é
compreendida por muitos como a mais "científica" por possibilitar a comparação da influência de variáveis em
um dado experimento. (variável dependente VD- aquilo que se quer observar; variável independente VI- atua
sobre a variável dependente, alterando-a. EX: peso (VD) é alterado pela quantidade de comida ingerida.

*Pesquisa laboratorial. Comumente, este tipo de pesquisa é confundido com pesquisa experimental, o
que é um equívoco. Embora a maioria das pesquisas de laboratório seja experimental, muitas vezes as ciências
humanas e sociais lançam mão de pesquisa de laboratório sem que se trate de estudos experimentais. Na
verdade, o que caracteriza a pesquisa de laboratório é o fato de que ela ocorre em situações controladas,
valendo-se de instrumental específico e preciso. Tais pesquisas, quer se realizem em recintos fechados ou ao ar
livre, em ambientes artificiais ou reais, em todos os casos, requerem um ambiente adequado, previamente
estabelecido e de acordo com o estudo a ser realizado. A Psicologia Social e a Sociologia, freqüentemente,
utilizam a pesquisa de laboratório, muito embora aspectos fundamentais do comportamento humano nem
sempre possam ou, por questões de ética, nunca devam ser estudados e/ou reproduzidos no ambiente controlado
do laboratório.

População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características
definidas para um determinado estudo. Amostra é parte da população ou do universo, selecionada de acordo
com uma regra ou plano.

Para definição das amostras recomenda-se a aplicação de técnicas estatísticas. Barbetta (1999) fornece
uma abordagem muito didática referente à delimitação de amostras e ao emprego da estatística em pesquisas.

A definição do instrumento de coleta de dados dependerá dos objetivos que se pretende alcançar com a
pesquisa e do universo a ser investigado.

Os instrumentos de coleta de dados tradicionais são:

1. Pesquisa bibliográfica
2. Pesquisa documental
3. Pesquisa eletrônica
4. Questionário
5. Formulário
6. Entrevista
7. Observação
8. Grupo focal
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica, a mãe de todas as pesquisas, abrange a leitura, análise e interpretação de


livros, periódicos, textos legais, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos etc.
Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de
leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que,
eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo. Por tudo isso, deve ser uma rotina tanto na
vida profissional de professores e pesquisadores, quanto na dos estudantes. Isso porque a pesquisa bibliográfica
tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado tema. Ela dá
suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na
determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e
na elaboração do relatório final. Encontram-se em Andrade (1999), Gil (1991), Severino (2000), entre outros,
importantes diretrizes para o êxito na pesquisa bibliográfica, no que se refere à leitura, análise e interpretação de
textos.

Vamos fazer uma oficina sobre os outros instrumentos de pesquisa?

6. DESENVOLVENDO UM PROJETO DE PESQUISA

ETAPAS QUE OS MEUS ALUNOS DE DIREITO DEVEM DESENVOLVER


1- Nascendo a idéia a partir do assunto.
2- Definindo e delimitando o assunto (delimitação do tema)
3- Criando a justificativa do tema.
4- A definição do referencial teórico.
5- A definição do problema e questões norteadoras.
6- A definição dos objetivos.
7- A definição da metodologia.
8- Criação do cronograma.

MODELO DE PROJETO – PROF. RINALDO


1. ASSUNTO
2. TEMA – delimitação do assunto
3. JUSTIFICATIVA (relevância/importância da temática e a contribuição do estudo
para a sociedade )
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/REFERENCIAL TEÓRICO

5. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA – a questão que se quer INVESTIGAR
6. DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS
7. METODOLOGIA – como será feita a pesquisa

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