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III - Transtorno Opositor Desafiador no ambiente escolar.
3.1 - Introdução
3.2 - TOD
3.3 - TOD na infância e adolescência
3.4 - Aprendizagem dos sujeitos opositores
3.5 - Aluno com TOD nas Escolas
VII - Referências
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CARTI HA I OR ATIVA
O que é?
O Transtorno Opositivo- Desafiador ou TOD
é caracterizado por um padrão persistente
de comportamento opositivo ou desafiador,
com dificuldades em aceitar regras e limites,
dificuldades em lidar com frustração ou
assumir responsabilidades sobre seus atos,
colocando a culpa ou a responsabilidade
em terceiros. Pacientes portadores de TOD
frequentemente mostram-se mais
ressentidos, raivosos ou vingativos.
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recorrente, comprometendo o desenvolvimento emocional, social ou acadêmico
da criança. O comportamento mais desafiador tende a aparecer inicialmente em
ambientes familiares ou domésticos, mas tendem a evoluir para outros ambientes
como colégios.
Como diagnosticar?
O diagnóstico deve ser feito por um profissional experiente em desenvolvimento
infantil o mais precoce possível. Quanto mais cedo o diagnóstico é feito melhor é
a resposta ao tratamento. A observação do comportamento da criança, a coleta de
informações sobre o comportamento em diferentes ambientes e o relato do maior
número de pessoas que tenha contato com o paciente é fundamental para a precisão
do diagnóstico. Há necessidade de que os sintomas sejam recorrentes e estejam
presentes por pelo menos 6 meses.
Como tratar?
O tratamento consiste em terapia de base cognitivo- comportamental e orientação
parental. O acolhimento familiar é prioritário, frequentemente pais e cuidadores
se sente, injustamente, incompetentes ou fracassados. Entender o padrão do
comportamento os ajuda a poder modificar o quadro. Em pacientes onde o TOD
aparece junto a outro diagnóstico (ex: TDAH) o tratamento da condição associada
melhora muito o prognóstico. A diminuição da impulsividade e a melhor tolerância
à frustração e maior freio inibitório são fundamentais para o controle dos sintomas.
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Critérios Diagnósticos para F91.3 -
313.81 Transtorno Desafiador
Opositivo
A. Um padrão de comportamento negativista, hostil e desafiador durando pelo
menos 6 meses, durante os quais quatro (ou mais) das seguintes características estão
presentes:
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Referências
1. American Psychiatric Association DSM V: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 2014.5
Ed. Porto Alegre: Artmed, p161.
2. World Health Organization (1993). Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID –X.
Artes Médicas. Porto Alegre
3. Lindhiem O, Bennett CB, Hipwell AE, Pardini DA. Beyond Symptom Counts for Diagnosing Oppositional
Defiant Disorder and Conduct Disorder?. J Abnorm Child Psychol. 2015;43(7):1379-1387. doi:10.1007/
s10802-015-0007-x
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TRANSTORNO DESAFIADOR DE OPOSIÇÃO E SUAS COMORBIDADES:
UM DESAFIO DA INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo o esclarecimento das principais causas e características
do Transtorno Desafiador de Oposição (TDO), em correlação a suas comorbidades, enfatizando-
se a importância do diagnóstico diferencial. Os comportamentos disfuncionais apresentados pelo
indivíduo com o transtorno repercutem consideravelmente de forma negativa sobre a sua vida
pessoal, acadêmica e social. Outro fator preponderante a ser levado em consideração consiste,
comumente, na associação do TDO ao Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, além de
frequentemente o TDO evoluir para o Transtorno da Conduta e, consequentemente, para um
Transtorno de Personalidade Antissocial na vida adulta. Nesse sentido, os dados encontrados nesta
pesquisa apontam que as intervenções precoces durante a infância são de fundamental importância
para impedir a evolução do TDO para transtornos mais sérios.
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho foi realizado sob o paradigma teórico da Psicologia, com foco no Transtorno
Desafiador de Oposição (TDO) e suas comorbidades. Busca-se compreender o transtorno em seus
aspectos sintomatológicos e etiológicos, em correlação com suas comorbidades, para um
entendimento funcional da doença.
De acordo com Grevet et al (2007, p. 35), o TDO “faz parte da nosologia psiquiátrica
americana desde o DSM-III”. Existem outras nomenclaturas para o transtorno, tais como
“Transtorno Desafiador Opositivo”, “Transtorno de Oposição” e “Desafio e Transtorno Opositor
Desafiante”. Os comportamentos opositivos podem assumir diversas formas, podendo ser passivos,
quando uma criança não responder a um dado estímulo, permanecendo inativa e acomodada, ou
desafiadores, incluindo verbalizações negativas, comportamentos hostis e resistência física que
incidiriam junto com a desobediência (CABALLO; SIMÓN, 2015).
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O segundo capítulo trata das possíveis etiologias do TDO e seus fatores de risco. Caballo e
Simón (2015), em concordância com outros autores, elucidam não existir uma teoria uniforme a
respeito das causas para o transtorno, por elas serem muito complexas e por serem múltiplos os
fatores de risco que se encontram relacionados à sua manifestação. Teixeira (2014) e Barlow e
Durand (2015), contudo, chegam a um consenso sobre as questões de ordem social, psicológica e
biológica, apontadas como as possíveis causas do TDO.
A relevância desta pesquisa reside no fato de que o TDO constitui um dos transtornos
disruptivos mais frequentes na infância, com significativo impacto na adolescência e na vida
adulta, causando prejuízos expressivos ao ajustamento emocional, social, acadêmico e profissional
do indivíduo. Outro aspecto a ser considerado, conforme apontam Caballo e Simón (2015), diz
respeito aos comportamentos desobedientes e desafiadores que comumente se encontram
relacionados ao curso do desenvolvimento normal da criança. Rangé (2011) e Teixeira (2014)
enfatizam que a ausência de tratamento do TDO ou de uma efetiva intervenção de caráter
preventivo implica consequências drásticas tanto para o sujeito, quanto para a sociedade,
desencadeando um possível envolvimento com drogas e álcool. Há também a chance de evolução
para o TC e, consequentemente, para um Transtorno de Personalidade Antissocial na idade adulta.
Este trabalho é, portanto, relevante para fins de esclarecimento sobre os principais aspectos
relacionados à manifestação e à evolução do TDO e para uma melhor compreensão do seu aspecto
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dimensional e funcional. Um conhecimento mais verticalizado sobre esse transtorno pode
desencadear uma tomada de consciência por parte da família, dos educadores de modo geral e dos
profissionais da área da saúde, alertando-os sobre a importância da aplicação de intervenções
terapêuticas precoces com o objetivo de prevenir a evolução do transtorno.
2.1. DEFINIÇÃO
O DSM-5 (2014, p. 462) define o TDO como “um padrão de humor raivoso/irritável, de
comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo menos seis
meses”. Ressalta-se que alguns critérios diagnósticos serão especificados em outro tópico deste
trabalho. A CID-10, na classificação F91.3, define o TDO como um:
Teixeira (2014, p. 18-19), por sua vez, afirma que o TDO consiste em “um padrão persistente
de comportamentos negativistas, hostis, desafiadores e desobedientes observados nas interações
sociais da criança com adultos e figuras de autoridade”. O autor menciona ainda que o transtorno
pode se apresentar também nos relacionamentos da criança com os colegas, sendo comum na idade
escolar.
Pinheiro (2004), em concordância com os demais autores, menciona que o TDO é um
transtorno disruptivo, com características globais de desafio, desobediência e hostilidade. Barletta
(2011) vai ao encontro de outros autores ao enfatizar que tais comportamentos são adotados
constantemente contra as pessoas que representam papéis de autoridade sobre o indivíduo –
principalmente, os pais, outros familiares e professores.
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principalmente crianças em idade escolar e o Transtorno de Personalidade Antissocial manifesta-
se exclusivamente no sujeito adulto.
Também Paulo e Rondina (2010) e Barletta (2011) consideram que a característica marcante
do transtorno, conforme especificado no DSM-5, é o fato de que ele está associado aos
comportamentos de desobediência, o que remete a atitudes de desafio e hostilidade por parte da
criança, principalmente contra as pessoas que ocupam posição de autoridade em sua vida. Paulo e
Rondina (2010) enfatizam ainda que a criança portadora do transtorno tende a adotar um tipo de
agressão emocional opositiva em relação aos seus familiares, mesmo que não de modo intencional,
ou seja, a criança acha que está agindo corretamente.
Segundo essa ótica, Caballo e Simón (2015) mencionam que o desafio compreende a
confirmação intencional dos limites, geralmente com desconsideração aos outros. De fato, a
criança portadora do TDO não reconhece sua culpa e sua hostilidade se manifesta por meio de
agressão verbal. Os autores enfatizam que, segundo o DSM-IV, o modo operacional das principais
características clínicas do TDO consiste, principalmente, em comportamentos negativistas e
desafiadores, que se manifestam por meio de teimosia e de uma persistente resistência em relação
a figuras de autoridade.
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Esse modo operacional do TDO está relacionado ao fato de a criança com o transtorno
discutir excessivamente com adultos, incomodando as pessoas, sendo resistente à aceitação de
regras, além de perder o controle facilmente em caso de ser frustrada em suas intenções. Todos
esses fatores acarretam um sério incomodo não somente à família, mas também às pessoas de um
modo geral, por serem problemas externalizantes, com implicações severas, que geralmente
causam grande impacto no contexto social do indivíduo (PINHEIRO, 2004).
Nesse sentido, Lins et al (2012) afirmam que os problemas externalizantes, geralmente, são
apontados como indicadores primários do comportamento antissocial na infância, os quais podem
evoluir para o Transtorno Desafiador Opositivo, Transtorno da Conduta e o Transtorno de
Personalidade Antissocial. Gauer, Vasconcelos e Davoglio (2012) acrescentam ainda que os
problemas externalizantes são impactantes e incomodam mais as pessoas em geral do que o próprio
indivíduo.
Teixeira (2014) também enfatiza que, entre as principais características do TDO, está,
frequentemente, a perda da paciência e o fato de a criança se aborrecer com facilidade, se mostrar
irritada, ressentida, agressiva, vingativa e apresentar também uma teimosia constante,
principalmente em relação aos pais. Esses sintomas fazem parte de um padrão de interações
problemáticas com outras pessoas também.
Paulo e Rondina (2010) assinalam que as atitudes agressivas possuem um amplo espectro,
podendo variar segundo as características observadas em cada família. Tal comportamento pode,
então, ser manifestado não somente de forma ativa, como também pode ser sinalizado através de
comportamentos como a apatia, o silêncio e a omissão, entre outros. Geralmente, conforme já
adiantado, as consequências são significativas para a vida dos indivíduos com o transtorno, que
frequentemente apresentam baixa autoestima, baixa tolerância às frustrações, humor deprimido,
comportamento impulsivo, agressividade, inclusive em relação aos colegas, o que frequentemente
tem como consequência a sua rejeição por grupo ou pares (TEIXEIRA, 2014).
Outro aspecto digno de nota, segundo Teixeira (2014), é a relação do transtorno com o uso
abusivo de álcool e de outras drogas. Tais condutas geram, consequentemente, conflitos,
interferindo sensivelmente não apenas nos relacionamentos com membros da família, mas também
em todo o contexto social do indivíduo. O autor afirma que, de modo geral, para os indivíduos que
apresentam um quadro sintomatológico grave os prejuízos na vida acadêmica e social são notórios.
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2.3. PREVALÊNCIA, CURSO E DESENVOLVIMENTO
De acordo com Rangé et al (2011), são bastante heterogêneos os dados sobre a prevalência
do TDO. O autor refere que o DSM-IV cita uma faixa de prevalência que varia de 2 a 16%. O
DSM-5, por sua vez, cita uma prevalência de 1 a 11%, sendo a média estimada de 3,3% - a variação
nessa taxa encontra-se relacionada à idade e ao gênero da criança. Existe, também, uma maior
prevalência em indivíduos do sexo masculino, numa proporção de 14:1 antes da adolescência
(DSM-5, 2014).
Segundo Caballo e Simón (2015), antes da puberdade o transtorno é mais frequente em
homens do que em mulheres, assumindo, no entanto, em proporções mais semelhantes depois da
puberdade. Os autores referem que, em relação aos sintomas, há certa similaridade entre os
apresentados por homens e mulheres. Contudo, os comportamentos externalizantes entre os
indivíduos do sexo masculino tendem a ser mais persistentes e conflituosos.
A maior frequência do TDO entre os indivíduos do sexo masculino está relacionada à
manifestação de um “excesso de atividade, dificuldade pra se acalmar e uma reatividade extrema
durante os anos pré-escolares” (CABALLO; SIMÓN, 2015, p. 41).
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são diagnosticadas com o TDO, quando acompanhadas terapeuticamente, deixarão de apresentar
os sintomas do transtorno nos próximos anos. Teixeira (2014) menciona ainda que, em cerca de
30% das crianças diagnosticadas com TDO, poderão se intensificar os sintomas, evoluindo para o
TC na adolescência.
Ratificando o conteúdo do DSM-5, Teixeira (2014) enfatiza que, nas crianças em que os
sintomas do TDO se manifestam de forma precoce, ou seja, antes dos oito anos de idade, será maior
o risco de evolução para o TC. O autor elucida ainda que, quando o indivíduo não recebe tratamento
adequado, o risco de evolução para o TC poderá acontecer em até 75% dos casos. Teixeira (2014)
menciona ainda que, após a evolução para o TC, aproximadamente 10% das crianças poderão ter
uma evolução para o Transtorno de Personalidade Antissocial. Sendo assim, caso não haja um
tratamento eficaz, os prejuízos à vida do paciente serão significativos, o que terá consequências no
contexto social no qual ele se encontra inserido (RANGÉ et al, 2011).
2.4. PROGNÓSTICO
Teixeira (2014), por sua vez, ressalta que, frequentemente, o curso do TDO se encontra
relacionado a outros transtornos psiquiátricos e comportamentos graves, como o TC, o Transtorno
da Personalidade Antissocial e o abuso de substâncias psicoativas, o que remete a um prognóstico
desfavorável.
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2.5. COMORBIDADES
Caballo e Simón (2015) afirmam que há um alto índice de crianças com TDO que apresentam
um diagnóstico comórbido de TDAH. Também é comum identificar concomitantemente
transtornos de comunicação e de aprendizagem.
Nessa mesma linha de pensamento, Serra-Pinheiro et al (2004) chamam a atenção para a alta
comorbidade do TDO com o TDAH, situando-a na faixa dos 50%. Em relação à associação desses
transtornos, Teixeira (2014) afirma que, quando tal ocorre, verifica-se um quadro de maior
agressividade e impulsividade, o que implica mais conflitos e maior possibilidade da evolução do
TDO para o TC.
Serra-Pinheiro et al (2004) também afirmam que, apesar de o TDO ser considerado uma
categoria diagnóstica independente, é necessário considerar a sua comorbidade com o TDAH e o
TC. Segundo os autores, os estudos da área mostram que indivíduos com o TDO apresentam
TDAH comórbido ou são associados sem distinção aos indivíduos com TC. Os autores mencionam
que estudos que estabelecem comparações em crianças com TDAH que se encontram associadas
ao TDO. No grupo comórbido, foi mais comum a existência de uma maior gravidade de sintomas
de TDAH.
São várias as causas do TDO. De acordo com Teixeira (2014), apesar de serem muito
complexas e serem múltiplos os fatores de risco que se encontram relacionados ao surgimento do
transtorno, é fundamental que se tente o entendimento dessas causas para que sejam feitas
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intervenções precoces. A quantidade de fatores de riscos presentes na criança implica a diminuição
das chances de sucesso terapêutico. Gauer, Vasconcellos e Davoglio (2012) enfatizam que, no
desenvolvimento e na sustentação de comportamentos socialmente impróprios, uma grande
diversidade de fatores tanto ambientais, quanto constitucionais pode agir conjunta ou isoladamente.
Caballo e Simón (2015), por sua vez, afirmam não existir uma teoria uniforme a respeito da
etiologia do transtorno, mencionando o fato de que o TDO, assim como muitos outros transtornos
clínicos, sofre a influência de diversos fatores que se inter-relacionam, atuando como variáveis de
causa e efeito. Verifica-se, na maioria dos transtornos mentais e no caso dos transtornos
disruptivos, uma etiologia multifatorial que está relacionada a uma relação complicada entre
fatores ambientais e biológicos (RANGÉ, 2011).
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Seguindo essa linha de pensamento, Teixeira (2014) menciona que os múltiplos fatores de
risco que contribuem para o surgimento do TDO estão relacionados a questões sociais, psicológicas
e biológicas. Quanto aos fatores biológicos, o autor assinala que as pesquisas científicas não trazem
uma conclusão a respeito da origem genética do transtorno; alguns estudos, no entanto,
estabelecem essa correlação.
Teixeira (2014) menciona que estudos nesta área de pesquisa identificaram que o uso do
fumo e de álcool de forma abusiva durante a gravidez está associado a uma probabilidade maior
de gerar filhos com o diagnóstico do transtorno. Em relação a esses fatores, o autor afirma:
Gauer, Vasconcelos e Davoglio (2012), por sua vez, enfatizam que são consideradas
essenciais as experiências vivenciadas precocemente pelas crianças, tanto físicas quanto psíquicas.
De fato, segundo os autores, vivências como o relacionamento com os pais mesmo antes do
nascimento concorrem tanto para o desenvolvimento neurobiológico, quanto para a formação da
subjetividade e para a adaptação à cultura do contexto do indivíduo. Os autores elucidam que essas
experiências infantis são impactantes, com repercussão traumática sobre o processo de
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desenvolvimento do psiquismo da criança. Por isso, é importante promover um acolhimento
ambiental satisfatório às necessidades da infância.
Caballo e Simón (2015) afirmam que existem várias evidências de que o TDO é moldado e
mantido por meio das trocas efetuadas entre uma criança e os adultos importantes em seu meio,
principalmente as figuras de autoridade, que são os pais. Os autores assinalam que há uma
probabilidade maior para o desenvolvimento de comportamentos opositores em crianças que
apresentam reações emocionais acentuadas, falta de atenção, irritabilidade persistente e condutas
impulsivas. Tais condutas são associadas a um comportamento difícil da criança.
Ainda Caballo e Simón (2015) consideram que as crianças que apresentam tal temperamento
sentem dificuldade de adaptação às mudanças que se processam no ambiente no qual estão
inseridas, reagindo contrariamente e muitas vezes de forma agressiva. Em relação à causa das
condutas agressivas, Barros e Silva (2006) mencionam que o comportamento agressivo, alvo de
vários estudos, é característico da espécie humana e apresenta diversas configurações, podendo ser
expresso através de movimentos de ataque ou de fuga e de sentimentos diversos, como raiva e
ódio, e pela via somática, entre outros modos. Os autores enfatizam a necessidade da análise, ao
longo do processo de amadurecimento da criança, em relação à apresentação de comportamentos
agressivos. As formas severas e frequentes desses comportamentos podem sinalizar indícios de
psicopatologia.
É importante mencionar que, no campo da psicanálise, em relação à delinquência juvenil,
diversas descobertas advieram dos estudos da personalidade, bem como dos da conduta e dos da
psiconeurologia. A ênfase dessas descobertas aponta para a complexidade dos processos mentais
que não se manifestam claramente, ou seja, ficam “subjacentes à psicopatologia grave associada
aos comportamentos antissociais, sem necessariamente entrar em conflito com os pressupostos
psicanalíticos” (GAUER; VASCONCELLOS; DAVOGLIO, 2012, p. 53).
Em relação às raízes da agressividade, Winnicott (2008, p. 262) afirma que a agressão possui
dois significados: “Por um lado, constitui direta ou indiretamente uma reação à frustração. Por
outro lado, é uma das muitas fontes de energia de um indivíduo”. O autor chama a atenção para o
fato de que o assunto é bastante amplo e se refere à criança em processo de crescimento. Algumas
vezes, é possível verificar uma clara e expressiva agressão, o que implica, nesse caso, um
enfrentamento no sentido de frear os possíveis danos que ela venha a causar.
Por outro lado, em outras situações, pode não haver uma clara evidência da agressão, que se
manifestam sob a forma de certo comportamento contrário, sendo necessária, nesse caso, a
observação de alguns tipos opostos da agressão, como, por exemplo, o contraste entre atrevimento
e timidez. Isso pode indicar que duas crianças estejam manejando de um modo distinto as suas
próprias cargas de impulsos hostis (WINNICOTT, 2008).
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O assunto sobre a agressividade é muito vasto e preocupante pois remete a uma criança em
evolução assinala Winnicott (2008, p.265) que elucida, “Algumas crianças tendem,
definitivamente, a ver seus próprios impulsos agressivos controlados (recalcados) na agressão de
outros. Isto pode evoluir de um modo nada sadio”. Nesse foco, o autor enfatiza que pode ser
esgotado o abastecimento de perseguição devendo então ser suprido por ilusões, o que implica na
constante expectativa de perseguição por parte da criança e consequente agressividade como
autodefesa contra esses imaginários ataques. O autor completa afirmando que esse processo se trata
de uma doença, no entanto, esse padrão de comportamento pode ser identificado em quase todas
as crianças como uma fase do seu desenvolvimento.
Em relação ao desenvolvimento e à manutenção do TDO, Caballo e Simón (2015) assinalam
a importância de se identificarem as características da criança e dos pais, bem como de todo um
contexto situacional e de suas variáveis que influenciam na qualidade dos intercâmbios recíprocos
e nas interações mantidas entre pais e filhos. Os autores assinalam que as variáveis observadas nos
pais, como a imaturidade, a hostilidade, a labilidade emocional e a inexperiência na educação dos
filhos, encontram-se presentes em famílias de crianças portadoras do TDO. Os autores afirmam
ainda que outro fator de risco consiste na existência de problemas conjugais e psicopatologias
parentais, como, por exemplo, a depressão materna.
É também importante destacar que o modelo básico de interação para a formação dos demais
vínculos na vida do indivíduo é decorrente das relações familiares, ou seja, os modelos de
comportamento assimilados na infância encontram-se associados às interações afetivas e sociais
experienciadas no contexto familiar. Nesse sentido, conseguem-se identificar dois padrões
familiares completamente opostos, que convergem para o desenvolvimento ou manutenção do
transtorno: pais excessivamente agressivos e autoritários e pais excessivamente permissivos, que
não impõem limites à criança (GAUER; VASCONCELLOS; DAVOGLIO, 2012).
Em relação aos fatores sociais apontados como causa do TDO, Teixeira (2014) menciona que
não existe ainda uma definição precisa dos padrões sociais; porém, as pesquisas apontam para um
possível desencadeamento do transtorno nas famílias de baixo nível socioeconômico, que
vivenciam violência doméstica e com moradia localizada em setores de criminalidade. Pais
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ausentes, abusadores, agressivos, usuários de álcool ou drogas e que possuem habilidades parentais
deficientes, não impondo quaisquer limites aos filhos são outras características. Nesse sentido,
Barlow e Durand (2015) enfatizam que as influências sociais, bem como as interpessoais, são
significativas, pois afetam intensamente tanto a biologia do indivíduo, quanto os transtornos
psicológicos.
Fatores escolares também contribuem para o surgimento do transtorno, levando-se em
consideração que escolas são muitas vezes inaptas em lidar com alunos com problemas
comportamentais (TEIXEIRA, 2014).
4. AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO
Segundo Caballo e Simón (2015), o diagnóstico do TDO constitui uma tarefa difícil, dada a
grande variabilidade sintomatológica que o transtorno apresenta, além da sua comorbidade e da
dificuldade de se obterem informações relevantes.
De acordo com o DSM-5 (2014, p. 462), existe um critério geral (Critério A), relacionado a
outros oito critérios, para o diagnóstico do TDO. Eles são especificados a seguir.
Comportamento Questionador/Desafiante
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4. Frequentemente questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e adolescentes,
adultos.
Índole Vingativa
8. Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses.
D. Não são satisfeitos os critérios para transtorno da conduta e, se o indivíduo tem 18 anos
ou mais, não são satisfeitos os critérios para transtorno da personalidade antissocial.
A partir desses critérios, o DSM-5 situa a gravidade na condição leve quando os sintomas
limitam-se a apenas um ambiente (na casa, na escola, no trabalho, com os colegas). A gravidade
moderada ocorre quando alguns sintomas estão presentes em pelos menos dois ambientes e a grave,
quando alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes (DSM-5, 2014, p.463).
Para que um diagnóstico positivo possa ser feito, o transtorno deve responder aos
critérios gerais citados em F91. -; mesmo a ocorrência de travessuras ou de
desobediências não justifica, por si só, este diagnóstico. Esta categoria deve ser
utilizada com prudência, em particular nas crianças com mais idade, dado que os
transtornos de conduta que apresentam uma significação clínica se acompanham
habitualmente de comportamentos dissociais ou agressivos que ultrapassam o
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quadro de um comportamento provocador, desobediente ou perturbador. (CID-
10, 2012, p. 372).
Dessa forma, a CID-10 (2012) relaciona o transtorno na categoria F91.3 como distúrbio
desafiador e de oposição, no caso, um transtorno de conduta com manifestação comumente
verificada em crianças jovens; sendo caracterizado, principalmente, por comportamentos
provocadores, perturbadores ou de desobediência e quando não acompanhados de conduta
dissocial, agressiva e delituosa.
De modo semelhante, Teixeira (2014) ressalta que é necessário se atentar para o fato de o
TDO ser muito mais do que agir de um modo desafiador ou adotar um comportamento de birra, o
que por vezes se verifica na criança, uma vez que o comportamento opositivo temporário
comumente faz parte do desenvolvimento normal da personalidade. Nesse sentido, o autor afirma
a importância de os pais, responsáveis e educadores saberem diferenciar o comportamento de
oposição normal vivenciado pela criança em seu desenvolvimento conforme adquire autonomia de
um quadro de transtorno comportamental.
Tratando das características diagnósticas do TDO, o DSM-5 (2014, p.463), afirma que a
“difusão dos sintomas é um indicador da gravidade do transtorno, é extremamente importante
avaliar o comportamento do indivíduo em vários ambientes e relacionamentos”. Nesse sentido,
Caballo e Simón (2015) mencionam a importância de se considerarem certas manifestações
clínicas do transtorno na realização do diagnóstico, tais como o fato de os comportamentos
problemáticos ocorrerem mais frequentemente em casa, ou na escola, ou em lugares públicos. De
fato, esses comportamentos podem se limitar a apenas um ambiente.
Por outro lado, em condições mais graves, verifica-se a presença dos sintomas do transtorno
em múltiplos ambientes. Outro aspecto a ser considerado é que os indivíduos com o TDO,
geralmente, não se reconhecem como raivosos, desafiadores ou opositores, procurando sempre
uma justificação plausível para sua conduta (DSM-5 2014).
É também frequente a presença dos sintomas do transtorno nas interações problemáticas com
outras pessoas e não somente no contexto familiar, o que deve ser levado em consideração. Outro
aspecto digno de nota é o fato de a criança com o transtorno ter vivenciado, com frequência,
experiências de cuidados parentais hostis, o que implica a impossibilidade de se determinar se o
comportamento apresentado pela criança é resultado da maneira hostil com que os pais a tratavam
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(ou tratam), ou se a hostilidade dos pais é resposta ao problema da criança. Há também a
possibilidade de as duas hipóteses se verificarem simultaneamente (DSM-5, 2014).
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investigações clínicas. O autor ressalta a importância de uma boa avaliação do indivíduo tanto no
âmbito familiar, quanto no escolar.
Em uma avaliação familiar, deve-se estar atento à compreensão dos padrões comportamentais
dos pais, das atitudes e dos procedimentos adotados na criação dos filhos. Deve-se, também,
investigar como se dá a comunicação e a interação social entre a família. Outro fator importante é
o levantamento do histórico familiar em relação aos transtornos comportamentais, ao alcoolismo,
às drogas, à violência e à agressividade (TEIXEIRA, 2014).
Em relação à avaliação no contexto escolar, Teixeira (2014) aponta ser importante a
observação do desempenho escolar comprometido por frequentes reprovações. De fato, trata-se de
um dos indicativos do TDO. O autor alerta para o padrão de comportamento da criança na escola,
a interação social com os colegas, os professores e os demais funcionários da instituição. As
características relevantes para o diagnóstico, segundo o autor, estão relacionadas a um histórico de
desobediência e de desafio à autoridade de professores e funcionários, às ações impulsivas e aos
constantes conflitos com os colegas de sala de aula. Também a recusa em pedir ou aceitar ajuda,
principalmente dos professores, e a recusa em reconhecer ou aceitar a culpa, atribuindo-a sempre
a outrem, devem ser levadas em consideração.
Uma das dificuldades para a realização de uma boa avalição diagnóstica do transtorno, de
acordo com Barletta (2011), é o fato de não existir um padrão de testes e inventários com respostas
precisas. Como consequência disso, o manejo clínico é a estratégia básica para obtenção dos dados.
Nesse sentido, Rangé (2011) afirma que, apesar de vários autores mencionarem diversas
descobertas de ordem neurobiológicas associadas aos transtornos disruptivos, não há como
comprovar o diagnóstico tanto do TDO, quanto do TC por meio de exames físicos. Tais exames
ainda não estão disponíveis.
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Em relação à evolução do TDO para o TC e, possivelmente, para um transtorno da
Personalidade Antissocial, Teixeira (2014) sinaliza a importância de se realizar um diagnóstico
com um tratamento precoce, que certamente exercerá um papel essencial na prevenção da evolução
do TDO.
Quanto ao TDHA, o DSM-5 (2014) faz menção à frequência com que tal transtorno é
comórbido com o TDO, devendo ser realizados ambos os diagnósticos na coexistência dos dois
transtornos. No caso do diagnóstico diferencial, é importante a observação de problemas
comportamentais ligados ao TDAH, que são relacionados principalmente à falta de atenção, à
impulsividade e à hiperatividade. Esses constituem aspectos que diferem das características de
oposição e desafio do TDO, o que exige uma observação direta da criança tanto no seu contexto
familiar, quanto escolar. Entrevistas com pais e educadores em geral devem ser realizadas (EDDY,
2009).
Mattos (2004), por sua vez, afirma que o TDO se caracteriza, principalmente, pela
apresentação de uma desobediência exacerbada em várias situações, nas quais a criança desafia
ativamente as figuras de autoridade, mostrando-se contrária a regras ou a limites, o que não se
verifica no TDAH.
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normais. No TC, por outro lado, os comportamentos apresentados são claramente diferenciados do
esperado e do aceitável do ponto de vista moral e social. “O transtorno de conduta é um padrão
persistente de comportamentos antissociais manifestados [pelas crianças ou adolescentes], em que
são violados os direitos individuais dos outros e/ou normas ou regras sociais importantes” (EDDY,
2009, p.12).
Quanto aos transtornos depressivos e bipolar, o DSM-5 aponta para a frequência com que
tais transtornos se encontram intimamente relacionados com irritabilidade e afeto negativo. Assim,
é necessário estar atento se tais sintomas ocorrem exclusivamente no decorrer de um transtorno do
humor – o que, a se confirmar, não constituirá um caso de TDO. No caso do transtorno explosivo
intermitente, o DSM-5 afirma que ele envolve também explosões de raiva, assim como o TDO;
contudo, a diferença está no fato de o transtorno explosivo intermitente apresentar grave agressão
direcionada a pessoas, animais ou propriedades (DSM-5, 2014).
Segundo Caballo e Simón (2015), diante de um quadro de crianças com TDO, a seriedade
dos problemas comportamentais apresentados demanda a aplicação de um tratamento global a
longo prazo, que envolva a criança, a família, a escola e todo seu contexto social.
Rangé (2011) e Teixeira (2014) enfatizam que, se não for realizado o tratamento do TDO, ou
quando não for efetivada nenhuma intervenção de caráter preventivo em relação a ele, as
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consequências serão drásticas tanto para o sujeito, quanto para a sociedade. As consequências
possíveis são o envolvimento com drogas, álcool e a chance de evolução para o TC e,
consequentemente, para um transtorno de personalidade antissocial na idade adulta.
Portanto, a adoção de medidas preventivas e a intervenção precoce nas alterações
comportamentais ligadas ao TDO constituem o ponto chave para que se obtenha êxito no processo
terapêutico (TEIXEIRA, 2014). Rangé (2011), Teixeira (2014) e Caballo e Simón (2015) chamam
a atenção para a necessidade não só do tratamento medicamentoso, mas também do tratamento
psicossocial.
Deakin e Nunes (2008), por sua vez, se referem a psicoterapia infantil como uma intervenção,
cuja finalidade é o atendimento aos mais variados problemas que se repercutem no cotidiano da
criança, causando prejuízos significativos em sua vida familiar, acadêmica e social.
De acordo com Teixeira (2014), o tratamento psicossocial engloba uma série de estratégias
com a finalidade de fornecer melhor qualidade de vida à criança, proporcionando-lhe melhoria na
qualidade das suas relações sociais no contexto familiar, escolar e social.
Rangé (2011), Teixeira (2014) e Caballo e Simón (2015) discorrem sobre os modelos
comportamentais como modificação do comportamento, terapia comportamental e análise aplicada
do comportamento. Os autores enfatizam a eficácia no tratamento do TDO das estratégias
cognitivo-comportamentais, mencionando os seguintes procedimentos: terapia familiar,
psicoeducação familiar, treinamento de pais, psicoeducação escolar e intervenções escolares.
Em relação ao treinamento de pais, Rangé (2011, p. 637) e Caballo e Simón (2015, p. 44-
45) (grifo nosso) mencionam diversos elementos que podem ser definidos, apesar das variações no
formato e na sequência desses programas:
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3. O treinamento pode ser realizado no consultório do terapeuta ou em uma
clínica. Contudo, pode ser realizado também na casa da criança.
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psicoeducação escolar objetiva a informação e a orientação aos professores, orientadores
pedagógicos, diretores e demais funcionários da instituição escolar, no sentido de possibilitar a
gestão adequada dos sintomas do transtorno no contexto escolar, essencial para o sucesso do
tratamento.
Em relação às intervenções escolares, Teixeira (2014) afirma que elas objetivam que
professores e funcionários tenham possibilidade de acionar os mecanismos adequados, a fim de
que haja a devida reintegração do aluno em sala de aula e no contexto escolar como um todo. Nesse
sentido, segundo o autor, podem ser aprendidas técnicas comportamentais com a finalidade de
promover e estimular comportamentos aceitáveis para serem introduzidos, bem como desencorajar
os comportamentos agressivos e de desrespeito por parte do aluno.
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Na psicoterapia infantil, o brincar é uma técnica amplamente utilizada com muita eficácia.
Winnicott (2008) afirma que a brincadeira é baseada numa aceitação simbólica, apresentando
possibilidades ilimitadas. O autor esclarece que a função dessa técnica é treinar a criança para
experimentar aquilo que vai ao encontro da sua realidade íntima psíquica pessoal, o que resulta em
um fundamento do crescente sentido de identidade.
Segundo Ramalho (2015, p.100), através da brincadeira a criança tem a possibilidade de
expressar sua capacidade simbólica, podendo acessar as fantasias inconscientes. O modo como a
criança brinca é um indicativo para se avaliar essa capacidade, sendo que cada sujeito possui uma
modalidade específica para estruturar o seu brincar, como a plasticidade, a rigidez e a perseverança.
Por meio da Hora do jogo (grifo nosso), técnica usada com muita eficácia e difundida por
vários teóricos como Arminda Aberastury, Violet Oaklander e outros, o terapeuta tem a
possibilidade de detectar não só a funcionalidade motora da criança, mas a sua tolerância à
frustração. Além disso, consiste em um meio de ultrapassar a resistência inicial da criança,
promovendo um estado de transferência e a confiança mútua (RAMALHO, 2015).
O Desenho da Família de acordo com Campos (2014) (grifo nosso), permite o conhecimento
da situação propósito dentro do meio familiar no qual a criança se encontra inserida. Trata-se,
também, de um modo de coletar o maior número possível de informações, no intuito de se construir
a própria demanda da criança.
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criança com o TDO. Essa melhora desemboca em um aumento da qualidade de vida não só da
criança, como também da família e de outras pessoas com as quais o paciente interage.
Teixeira (2014, p. 46) elenca algumas classes de medicamentos que são empregados no
tratamento do TDO, tais como:
6. CONCLUSÃO
Assim, torna-se imprescindível o controle preventivo do transtorno, para impedir que a sua
evolução venha a se manifestar. É importante que o profissional da Psicologia domine o
conhecimento de todo o processo dimensional e funcional do TDO, para que as devidas
intervenções sejam realizadas. Caso contrário, haverá, consequentemente, um quadro de
prognóstico desfavorável para o indivíduo. É importante também ressaltar que, como os
comportamentos de oposição encontram-se geralmente associados ao curso do desenvolvimento
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normal da criança, conforme enfatiza a literatura sobre este tópico, é necessária a efetivação de
uma avaliação minuciosa e diagnóstico diferencial, para fins da aplicação de intervenções
adequadas.
Diante disso, o futuro profissional da área da Psicologia tem a conscientização da importância
de se adotarem medidas que visem ao controle preventivo do transtorno, o que enfatiza a
necessidade desta pesquisa. Ela poderá contribuir para um melhor entendimento dos diversos
níveis de comportamentos disfuncionais característicos do indivíduo com o TDO, bem como dos
múltiplos fatores etiológicos e das comorbidades associadas. Este estudo pode, ainda, ser de
relevância também para pais e educadores.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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TRANSTORNO OPOSITOR
DESAFIADOR (TOD) NO AMBIENTE
ESCOLAR
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Introdução
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como autoridades, além da incapacidade de o indivíduo assumir as responsabilidades
pelos erros cometidos, colocando, assim, a culpa em outras pessoas, aspectos que estão
diretamente ligados à dificuldade de aprendizagem dentro do ambiente escolar (FARIAS
et al., 2011).
Dessa forma, esse estudo traz, como objetivo geral, a necessidade de se
compreender de que forma o TOD pode ser enfrentado pelos responsáveis dentro do
ambiente escolar, o que, consequentemente, contribui de forma direta para a melhora na
qualidade da aprendizagem dos alunos. Para tanto, no campo dos objetivos específicos,
buscou-se os seguintes aspectos: discorrer sobre os distúrbios de conduta humana;
descrever os aspectos gerais do TOD; identificar a presença de TOD na infância e na
adolescência; descrever como ocorre a presença de TOD dentro das escolas; e refletir
sobre como o TOD pode prejudicar a aprendizagem dos alunos.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento desse estudo é a revisão de
literatura mediante pesquisa bibliográfica, utilizando as contribuições de diversos
estudiosos sobre o tema. As pesquisas tiveram como base o período dos últimos 10 anos,
além dos descritores: Transtorno Opositor Desafiador; TOD nas escolas; TOD e
aprendizagem.
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Ainda acerca da definição de TOD, a literatura aponta que ele é um transtorno de
conduta que se manifesta em crianças jovens, caracterizado por um comportamento de
esfera provocadora e perturbadora, se apresentando com um padrão persistente de
comportamento hostil nas interações sociais delas com outras crianças e, também, com
adultos, como os familiares e professores (AGOSTINI; SANTOS, 2017; TEIXEIRA,
2014).
Em seus estudos, Teixeira (2014) pontua que o TOD também pode ser facilmente
observado no ambiente escolar mediante percepção dos relacionamentos das crianças
com os colegas, haja vista as características hostis que o transtorno provoca no
comportamento. Além disso, sendo um transtorno que impacta diretamente nas relações
sociais em crianças em idade pré-escolar, pode ser observado mediante a apresentação de
um comportamento raivoso e irritável, inclusive de índole vingativa.
Para Araújo (2016), inúmeros outros tipos de comportamentos que configuram o
TOD também podem ser facilmente analisados nas crianças, principalmente os que se
inserem no sentido de agir de forma contrária ao que foi solicitado ou que se espera dentro
da normalidade. As crianças com esse distúrbio, nesse contexto, se apresentam
frequentemente irritadiças, rancorosas, se aborrecem com facilidade, possuem certo
descontrole emocional e teimosia persistente, desafiando as regras impostas por adultos
e com tendência exacerbada de discutir com eles, perturbando o convívio social entre os
colegas.
Nesse contexto, ressalta-se que o comportamento opositor é pautado na intenção
de testar os limites impostos pelos adultos, haja vista que a criança com TOD não
reconhece a culpabilidade e a hostilidade dos seus atos, que costumam ser
contextualizados pela prática constante da agressão verbal (SOUZA, 2012).
No que se refere ao comportamento negativista e agressivo, Santana (2016) aponta
que ele pode variar de acordo com as características observadas em cada família, se
manifestando não somente de forma ativa, mas, também, por meio de comportamento
oposto, como apatia, silencio e omissão.
De maneira geral, evidencia-se que todas as características do TOD podem
comprometer e provocar impactos significativos na vida das crianças, provocando
cenários diversos, como baixa tolerâncias às frustrações, baixa autoestima, quadro de
humor deprimido, impulsividade exagerada, agressividade e, principalmente, rejeição no
aspecto das relações sociais (FARIAS et al., 2011; RELVAS, 2010).
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Outro fator importante apontado por Araújo e Araújo (2017), é que quando esse
tipo de comportamento é comum na infância, ou seja, quando a criança nunca cede e está
sempre se recusando a entrar em um acordo com as pessoas que a rodeiam, a família
precisa efetivar todas as ações necessárias para que o diagnóstico seja feito e, assim, os
prejuízos ao desenvolvimento e relações sociais dela sejam controlados de forma eficaz
e eficiente.
Frente ao exposto, dada as características principais que o TOD provoca nas
crianças, causando adversidades em sua vivência social, é de extrema relevância
compreender os principais aspectos que cerceiam a conduta humana, aspectos esse
essencial para um entendimento mais assertivo sobre como esse transtorno pode ser
controlado, principalmente no ambiente escolar, conforme será abordado no decorrer
desse trabalho.
De maneira geral, parte-se da premissa que, para a criança obter uma boa formação
como ser humano, é importante que ela tenha um acolhimento familiar, que lhe ensine o
básico para a vivência em sociedade. Além disso, é importante que a criança tenha uma
família que a apoie, dê segurança e permita um crescimento permeado pelo aprendizado
e pelas relações interpessoais.
Complementando essa afirmação, Araújo e Araújo (2017) pontuam que algumas
adversidades, como os distúrbios da esfera da conduta, podem trazer prejuízos e dificultar
o desenvolvimento da criança tanto com seus amigos como com seus familiares, como o
caso do Transtorno Opositor Desafiador.
Sendo uma característica própria do ser humano, as relações sociais e
interpessoais estão enraizadas em sua essência, o que permite que as pessoas consigam
incorporar normas e valores de conduta para exercerem seus direitos e deveres em
sociedade. Nesse contexto, entende-se que o ser humano possui uma relação direta com
tudo aquilo que o rodeia, seja com as outras pessoas ou com o meio em que ele está
inserido (SAVOIA, 2009).
Partindo desse contexto, entende-se que os seres humanos, por toda a sua vida,
influenciam e são influenciados pelas relações que mantêm, o que pode provocar
mudanças de forma contínua. Assim, os indivíduos, dentro do seu contexto social,
dependem das relações com os amigos, familiares e demais aspectos da vida social para
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se transformarem em cidadãos plenos e aptos para viver em sociedade (PAULO;
RONDINA, 2010).
Dito isso, entende-se que a vida das pessoas está interligada a de muitas outras,
ainda que não exista um contato direto, como as que efetivam processos de plantação e
colheita de alimentos agrícolas, as que transportam materiais e alimentos de uma cidade
para a outras, as que desenvolvem instrumentos que são utilizados no dia a dia, entre
outros (CAMARGO et al., 2008).
Nesse contexto, Souza (2012) diz que toda pessoa depende da interação com a
outra para se manter viva e para obter todos os instrumentos necessários para a sua
sobrevivência, o que gera, consequentemente, relações sociais e a demanda do
cumprimento de regras e valores para o bom convívio.
Na infância, a criança nasce, cresce e vive em grupos sociais com seus familiares
e pares, necessitando de cuidado, proteção e demais aspectos, haja vista que ela não
consegue sobreviver sozinha. Assim, ela precisa de alguém que ensine as normas de
convivência com as demais pessoas e os limites existentes nas relações, como o respeito
ao meio ambiente, uso de bens de forma consciência etc.
Dessa forma, pontua-se que:
O processo de socialização dos seres humanos consiste em uma
aprendizagem social, através da qual aprendemos comportamentos
sociais considerados adequados ou não e que motivam os membros da
própria sociedade a nos elogiar ou a nos punir (SAVOIA, 2009, p. 55).
Entende-se, segundo Silva (2017), que é comum as pessoas mais velhas ensinarem
e educarem as crianças acerca das regras e valores morais para a vivencia em sociedade
ou em determinado grupo social, como a família, visando que as relações sejam pautadas
mediante a transmissão de valores culturais, costumes, brincadeiras, idioma e outros
conteúdos importantes.
Quando as crianças não conseguem assimilar esses ensinamentos, entende-se que
os problemas advindos pelo descumprimento das regras e valores são denominados de
distúrbio de conduta, gerando problemas de inúmeras esferas, tais como agressão,
violência, desafiadores, violação das regras, deveres e demais normas sociais,
principalmente o TOD (SAVOIA, 2009).
Partindo desse contexto, tendo como enfoque a compreensão acerca da ocorrência
do transtorno opositor desafiador no ambiente escolar, o próximo item aborda os
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principais aspectos acerca do transtorno em crianças e adolescentes de forma mais
aprofundada.
Conforme apontado no decorrer desse estudo, toda criança possui uma fase de
rebeldia e de enfrentamento às normas impostas pelos adultos ou pessoas de autoridade,
o que é comum e faz parte do desenvolvimento dela. Entretanto, esse período costuma
ser passageiro, variando de acordo com o amadurecimento da pessoa, ou seja, vai se
moldando ao crescimento da criança ou adolescente.
Dentro desse contexto, ressalta-se que, quando a fase de rebeldia ou aversão as
regras persistem e acompanham a criança por um longo tempo, é caracterizada como um
distúrbio de conduta, o que resulta na dificuldade de a idade ou o tempo amenizarem os
sintomas desse mesmo período (PAULO; RONDINA, 2010).
No caso do Transtorno Opositor Desafiador em crianças e adolescentes, dada as
suas características, evidencia-se que ele pode ser contextualizado por meio da discussão
ou do ato de desafiar os adultos que os jovens possuem, negando-se a obedecer ou seguir
determinadas regras e normas. Além disso, apresentam um comportamento de incômodo
e perturbação às demais pessoas, dificultam as relações interpessoais, não se aproximam
dos seus pares ou adultos da convivência e nunca assumem os seus erros,
responsabilizando outras pessoas por eles (SAVOIA, 2009)
Além desses aspectos, uma criança ou um jovem com TOD tem como
característica a tentativa de agredir seus familiares, o que pode ser entendido como um
comportamento oposto ao que se espera dele. Esse tipo de comportamento causa dor e
sofrimentos aos seus responsáveis e familiares, conforme apontamentos a seguir:
O conjunto de atitudes de agressão que podem aparecer em casos de
TOD é vastíssimo e pode variar de acordo com as características de
cada família. O comportamento pode se manifestar não apenas sob a
forma de atitude ativa no sentido de agredir, mas, também, através de
comportamentos como o silêncio, a omissão, a apatia, o emudecimento,
o não fazer nada e assim por diante (PAULO; RONDINA, 2010, p. 2).
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Dentro desse contexto, segundo Savoia (2009), entende-se que o Transtorno
Opositor Desafiador assume uma posição mais complexa no que se refere ao diagnostico,
pois ele é um transtorno reconhecido, em sua grande maioria, pela apresentação de
características agressivas e não passivas.
Assim, entende-se que:
Em indivíduos com TDO, a percepção de seu próprio comportamento
em geral é contraditória com a realidade, e normalmente afirmam que
os comportamentos desafiadores opositores são resultado de exigências
e eventos absurdos colocados para ele (CAMARGO et al., 2008, p. 34).
Outro fator relevante é que, quando as famílias possuem bases menos estruturadas
ou com rigidez exacerbada, eleva-se a probabilidade de ter filhos com TOD, além de ser
mais comum quando um dos pais apresentaram algum tipo de transtorno na infância
(TEIXEIRA, 2014).
Consonante ao que foi apontado anteriormente, ressalta-se que as crianças e os
adolescentes precisam ser educados com afeto e firmeza, para que se sintam seguras
frente aos responsáveis pela sua educação. Além disso, o carinho passa a ser a base da
conduta deles não somente na infância ou adolescência, mas também na fase adulta,
contribuindo para a inserção e vivência em sociedade.
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Nesse cenário, compreende-se que, de acordo com Luiselli (2015), quando há
adversidades ou dificuldades no processo de aprendizagem, consequentemente o déficit
pode estar em umas das esferas que cerceiam a aquisição das informações, tais como a
entrada, a forma ou a saída, fator que demanda uma maior investigação e análise por parte
dos profissionais, principalmente os que atuam na esfera educacional ou psicopedagógica.
Dito isso, evidencia-se, também, que a aprendizagem possui processos que variam
de acordo com a linguagem que permite um envolvimento emocional, perpassando ou
partindo diretamente de uma ação, que visa transformar um estado em outro. Nesse
contexto, percebe-se que a aprendizagem modifica um indivíduo, preparando-o para
inúmeras outras vivências e condições (DIAS, 2012; ARAUJO; LOTUFO NETO, 2014).
No caso dos alunos opositores, Serra-Pinheiro et al. (2014) dizem que a
aprendizagem é pautada, em sua grande maioria, em uma única esfera, a da emoção,
desconsiderando os aspectos biológicos e orgânicos que fazem parte e permitem que a
aprendizagem ocorra de forma ampla e assertiva. No entanto, dada as especificidades no
transtorno, principalmente pela impulsividade e agressividade, o campo emocional da
aprendizagem acaba sendo ineficaz, o que provoca impactos negativos no contexto da
construção do conhecimento por esses sujeitos.
Para o aluno com transtorno desafiador, o processo de aprendizagem é
reconhecido como um elemento mais difícil e complexo do que é para os alunos
considerados como normais, justamente por causa da inquietação e dificuldade de
concentração, o que impede o aluno de conseguir fixar a atenção para o assunto que está
sendo abordado (BARBOSA, 2017).
Sabendo que a inteligência e a construção do conhecimento estão diretamente
ligadas às emoções que as informações proporcionam para eles, como empatia ou apatia,
o processo de aprendizagem também passa pelo organismo, pela experiencia, pela
atenção, pelo afeto e por outros reflexos do âmbito neuropsicológico, pois é o cérebro
quem de fato aprende (DIAS, 2012).
Consonante a esse apontamento, Relvas (2010, p. 125) pontua que:
A aprendizagem pode ser considerada como um compromisso
essencialmente emocional. Cabe ao ensino o compromisso com a
motivação, estimulação e orientação da aprendizagem. Não se pode
ensinar a quem não quer aprender, a quem não se encontra disponível
para as incertezas e a busca de conhecimento.
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problemas emocionais que ocorrem no ambiente familiar ou em outros cenários da sua
vivência social, o que provoca falta e motivação ou baixa autoestima.
No que se refere aos alunos com TOD, pontua-se que dada às dificuldades de
concentração característica do transtorno, mais os fatores externos que podem dificultar
a aprendizagem, entende-se que o desempenho deles fica seriamente comprometido
porque ações comuns e do dia a dia de uma rotina escolar são comprometidos, coo
atividades em grupos, aceitação das orientações dos professores, entre outros (LUISELLI,
2015).
Entretanto, para que esse cenário seja modificado, é relevante que o ambiente
estimule e motive a criança no contexto da aprendizagem, despertando o interesse dela
por novos conhecimentos. Assim, a escola e os profissionais da Educação precisam
promover todos os instrumentos necessários pata que os alunos, principalmente com
TOD, se sintam desafiados, interessados e motivados para aprender (AGOSTINI;
SANTOS, 2017).
Dessa forma, no contexto do comportamento opositor, Dias (2012) diz que é
possível, por meio de estratégicas concretas, resgatar o desejo de aprender dos alunos,
como a utilização de experiências que possuam significados para eles, elogios,
oferecimento de estímulos, recompensa, atenção individual, entre outros.
Assim sendo, mediante compreensão de como ocorre a aprendizagem dos alunos
com TOD, faz-se necessário elencar as principais considerações acerca da ocorrência do
transtorno dentro do contexto escolar, conforme será abordado na próxima seção.
Sendo reconhecida como uma das principais preocupações das crianças e dos
adolescentes por causa do estudo, a escola faz parte da vivência e da responsabilidade
deles, exigindo a adequação comportamental para o respeito às regras e normas que
direcionam o bem-estar de todos os alunos dentro de um mesmo espaço e período de
tempo.
Dessa forma, compreende-se que á no ambiente escolar que os alunos passam boa
parte do seu dia, desenvolvendo atividades, estudando e se envolvendo com as atividades
que serão feitas em casa, o que permite a construção de laços afetivos com os educadores,
colegas de sala e demais profissionais da Educação (BARBOSA, 2017).
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Além disso, Dias (2012) pontua que a escola é reconhecida como o local onde o
aluno aprende não somente conhecimentos e saberes acerca das inúmeras ciências
estudadas, mas, também, a como se socializar dentro do contexto da comunidade e da
percepção do bem-estar coletivo.
Nesse cenário, entende-se que existem inúmeros aspectos que podem dificultar o
desempenho e rendimento escolar dos alunos, influenciando negativamente a
aprendizagem e, também o relacionamento deles com o grupo escolar dentro de sua
totalidade.
Dito isso, ao compreender as características do TOD no comportamento dos
sujeitos, principalmente enquanto aluno dentro do ambiente escolar, supõe-se que as
dificuldades dele em manter uma vida escolar equilibrada estão diretamente ligadas ao
transtorno, impedindo, inclusive, a construção das relações interpessoais entre ele e os
colegas (SERRA-PINHEIRO et. al, 2014).
Complementando essa afirmação, Barbosa (2017, p. 167) diz que:
Cumpre ressaltar a importância de a equipe pedagógica pensar em
estratégicas que dinamizar essa fragilidade na escola, pois é essencial
que a formação que a escola possibilita aos indivíduos e, se esse aluno
permanecer com esse comportamento, irá afetar sua formação. Por isso,
a escola e os professores devem se empenhar em proporcionar práticas
que contribuirão para o aluno incluindo-o, pois muitas vezes ele pode
se sentir excluído.
Além desses fatores, ressalta-se que a escola, por se um lugar onde os alunos
aprendem inúmeros aspectos que serão relevantes para a sua formação como sujeito
social, precisa adotar todos os instrumentos necessários para que as demandas de
aprendizagem sejam atendidas, favorecendo a construção do conhecimento não somente
na infância, mas por toda a vivencia escolar, inclusive na fase adulta (LUISELLI, 2015).
Dito isso, pontua-se que, no ambiente escolar, um aluno com comportamento
desafiador apresenta características que são comuns ao transtorno, tais como discussão
com professores e colegas; não cumprimento ou aceitação de ordens, desafio constante
da autoridade dos educadores e demais profissionais que atuam na escola, perturba outros
alunos, entre outros aspectos.
Fazendo o contrário do que es espera ou das diretrizes recebidas, o aluno com
TOD demanda de ações assertivas e pedagógicas especificas para que a aprendizagem e
o comportamento dele sejam readequados, visando, assim, agregar efeitos positivos.
Nesse sentido, Luiselli (2015, p. 212) pontua que as adversidades de conduta nesses
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alunos são amplamente observadas no espaço escolar, também, devido aos seguintes
aspectos:
Frente ao exposto, entende-se que o aluno com TOD não consegue permanecer
em sala de aula e na companhia dos seus colegas, o que afeta diretamente na aquisição de
uma aprendizagem qualitativa e satisfatória, o que demanda um preparo constante tanto
da escola como dos educadores no que se refere à realização de um trabalho pedagógico
eficiente e condizente com as características comportamentos que o transtorno provoca
no sujeito.
Dito isso, compreende-se que a intervenção da escola e dos educadores são
extremamente importantes para o tratamento do transtorno opositor juntamente com os
familiares dos alunos. Nesse cenário, Teixeira (2014) diz que é por meio desses
instrumentos que são trabalhados com os alunos técnicas comportamentais para que
ocorra a promoção e o estímulo para a aquisição de um novo comportamento,
desencorajando, assim, atitudes permeadas pelo desrespeito, agressão e demais práticas
negativistas.
Ainda dentro do contexto do papel da escola no enfrentamento do Transtorno
Opositor Desafiador, Dias (2012) pontua que é importante e necessário que os
professores, diretores e demais funcionários tenham todas as informações e orientações
necessárias para que eles saibam lidar com o aluno opositor, objetivando, assim, a
readequação comportamento dele.
Além disso, elenca-se, também, que esse preparo pode ser realizado por meio de
programas e práticas pedagógicas especificas e direcionadas para todos os profissionais
que terão contato direto com o aluno opositor, preparando-os para que sejam tomadas
ações eficazes em prol do desenvolvimento e da aprendizagem desse mesmo aluno
(ARAUJO; LOTUFO NETO, 2014).
A escola também precisa assumir o papel colaborativo em prol das famílias,
responsáveis e comunidade, haja vista que eles também são instrumentos importantes
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para o tratamento dos alunos opositores. Sobre isso, Paulo e Rondina (2010) dizem que a
formação de uma equipe multidisciplinar contribui para que os familiares também
consigam adequar o comportamento desses alunos dentro dos seus lares, assim como dar
continuidade às atividades quando eles estiverem fora do ambiente escolar.
Nesse contexto, Teixeira (2014) diz que a comunicação entre escola, pais e
educadores permite a identificação e o monitoramento constante do comportamento do
aluno opositor, trazendo informações relevantes para que, em conjunto, sejam formuladas
estratégias e soluções para o comportamento e a indisciplina do estudante, seja em casa,
seja no ambiente escolar.
Estando diretamente ligado aos problemas de conduta, o TOD, quando não
tratado, pode evoluir para um quadro mais severo, impedindo o aluno, como sujeito, de
usufruir de uma ampla vivencia em sociedade. Dito isso, entende-se que o diagnóstico
precoce e as ações de tratamento assumem um papel estratégico e importante para a
prevenção de impactos mais severos na vida dos alunos (ARAUJO; ARAUJO, 2017).
Dessa forma, compreende-se que para a melhora e a adequação comportamental
dos alunos com TOD, a união e parceria entre família e escola faz-se essencial e
fundamental para que sejam realizadas ações positivas para não somente o
comportamento do aluno, mas também para a aprendizagem e aumento do desempenho
escolar dele, fator esse que trará inúmeros resultados positivos para a vida adulta e
inserção social.
Considerações Finais
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ato de desafiar os adultos que os jovens possuem, negando-se a obedecer ou seguir
determinadas regras e normas, o que pode provocar impactos negativos no contexto da
conduta humana.
Evitando que o TOD se transforme em distúrbios de conduta humana, que impeça
a construção de relacionamentos interpessoais e prejudique a vivência em sociedade do
sujeito em sua fase adulta, pontuou-se que é de extrema importância que ocorra um
diagnóstico e tratamento precoce para a redução dos impactos comportamentais negativos
que o transtorno provoca nos indivíduos.
Assim, como o quadro pode ser amplamente observado dentro do contexto
escolar, a escola assume um papel estratégico para o diagnóstico e, principalmente, para
o estabelecimento de estratégias para que o comportamento dos alunos com TOD seja
modificado e, consequentemente, a aprendizagem possa ocorrer de forma assertiva e
eficaz.
No contexto da aprendizagem dos alunos com TOD, observou-se, também que o
transtorno afeta a concentração e a atenção, o que impede que eles consigam entender e
compreender as orientações dos professores sobre determinado conteúdo. Dito isso, por
eles não conseguirem fixar o conhecimento, acabam se dispersando e, dado o transtorno,
apresentando um comportamento que prejudica os demais colegas, o que pode levar a
ocorrer a evasão da sala de aula.
Dessa forma, pontuou-se que, dada ás dificuldades do processo de aprendizagem
para os alunos desafiadores, é importante que a escola, em parceria com as famílias e
responsáveis, forneça todos os instrumentos necessários, inclusive para os educadores,
para que sejam formuladas ações estratégicas para reversão do quadro e, assim, evitar que
se transforme em um problema de conduta mais sério.
Dito isso, concluiu-se que é de extrema importância que a escola, assim como com
seus demais profissionais, atuem de forma assertiva para a redução do comportamento
negativo que os alunos com TOD apresentam, haja vista que essa modificação permitirá
que eles tenham uma aprendizagem mais qualitativa e, principalmente, que consigam se
tornar aptos para a vivencia em sociedade, assumindo seu papel como sujeito social que
são.
Referências
Educare Pedagogia ®.
Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1175.pdf. Acesso em: 28 mar.
2020.
DSM IV. Mini International Neuropsychiatric Interview. DSM IV. Tradução para o
Português de P. Amorim. 2000. Disponível em:
www.cosemssp.org.br/downloads/Cursos/Saude-Mental-DSM-07-03.pdf. Acesso em:
12 abr. 2020.
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PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Trad. Maria Alice Magalhães e Paulo Lima. 24.
ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
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1. INTRODUÇÃO
Crianças e adolescentes com TOD apresentam reações rápidas, intensas e inconsequentes com baixo
limiar à frustração, características que aparecem no início do desenvolvimento cognitivo. Aversão à espera e
impulsividade agravam essas características. Em alguns casos, a quebra das regras e o comportamento antissocial
é bem arquitetado, e frequentemente associado à frieza1. Esse transtorno é apontado como um dos principais
precursores de psicopatologia na idade adulta5.
Essa irritabilidade, raiva e agressividade diante de situações emocionais negativas envolvem dois
sistemas, o “bottom-up” e o “top-down”. O primeiro é composto por estruturas subcorticais responsáveis por
emoções básicas como essas citadas, enquanto o segundo possui estruturas corticais pré-frontais e envolve
mecanismos do controle inibitório e processamento de informações de estruturas mais primitivas, o que permite
um planejamento de ações5.
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incomodar outros de proposito e culpa-los por sua má conduta; e “hurtful”, composta de atitudes vingativas ou
malvadas5.
Mais comum no sexo masculino em uma proporção de 3:1, a prevalência de TOD entre crianças de 7 a 14
anos pode chegar a 3,2%, com base em estudos nacionais. Evidências apontam maior porcentagem de casos
pertencente a crianças advindas de famílias com baixas condições socioeconômicas1. Além disso, o TOD está
presente, em muito casos, em associação com outros transtornos2, como transtorno de conduta (TC) e transtorno
do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)9.
Diante desta introdução, destaca-se como objetivo apresentar as duas principais associações psiquiátricas
do TOD, TC e TDAH, o modo como essas associações determinam o prognóstico do portador, e quais são as
perspectivas para um paciente com TOD.
REVISÃO DE LITERATURA
Este trabalho foi uma pesquisa bibliográfica por revisão integrativa da literatura médica de natureza
qualitativa. A busca das produções científicas foi realizada nos seguintes bancos de dados: Scientific Electronic
Library Online (SciELO), PubMed e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciencias da Saúde (LILACS).
Também foram utilizados livros de medicina de grande relevância na área da psiquiatria. Os critérios de inclusão
definidos para a seleção dos artigos foram: 1) artigos publicados nos últimos dez anos; 2) artigos publicados nas
línguas portuguesa, espanhola e inglesa; e 3) artigos que abordassem os sinais e sintomas do transtorno de
oposição desafiadora, associados à neurofisiologia e à psicologia. Foram excluídos artigos publicados em anos
anteriores a 2010, que focavam áreas da saúde exceto a neurologia e a psiquiatria, que possuíam títulos
discrepantes, e que não apresentavam associações com o transtorno em objetivo. Foram utilizados, para a busca
dos artigos, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Transtornos de Deficit de Atenção e do Comportamento
Disruptivo”, “Transtorno de Personalidade Antissocial”, “Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade” e
“Transtorno da Conduta”, seus sinônimos e seus correspondentes em inglês e espanhol. Os artigos selecionados
para análise foram então copiados das bibliotecas virtuais e organizados conforme a ordem de seleção.
Foram encontrados 43 artigos na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciencias da Saúde e no
Scientific Electronic Library Online, dos quais 30 foram eliminados em virtude à não correspondência com o
assunto em questão e à ausência de informações objetivas. Após a leitura integral dos 13 trabalhos, foram
selecionados 11 desses por atenderem a todos os critérios de inclusão vigentes.
3. DISCUSSÃO
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infância7,10. Sabe-se que indivíduos com TDAH podem apresentar dificuldades de aprendizado em 19 a 26% dos
casos sendo a principal causa para consulta de crianças em idade escolar com o neuropediatra1.
Além disso, indivíduos com TDAH tendem a ser interpretados como preguiçosos e irresponsáveis
influenciando diretamente em suas relações pessoais e profissionais. O modo e intensidade que afeta suas
interações interpessoais são vinculados a forma de suas manifestações. A desatenção predominante é associada a
déficits acadêmicos, problemas escolares e negligência pelos colegas, já a rejeição por colegas e, em menor grau,
lesões acidentais são mais proeminentes com sintomas acentuados de hiperatividade ou impulsividade quando
grave, o transtorno afeta a adaptação nas esferas social familiar e escolar/profissional7.
Crianças com TDAH geralmente tem outras comorbidades clinicas ou psicológicas como transtornos
específicos, transtorno opositor desafiante, comportamento antissocial, transtorno de ansiedade e transtorno de
humor1. Na infância, o TDAH frequentemente se sobrepõe a transtornos em geral considerados “de
externalização”, tais como o transtorno de oposição desafiante e o transtorno da conduta7.
Alguns estudos consideram que cerca de 30% das crianças com TOD apresentam TDAH. Muitos indicam
que os sintomas de ambos se desenvolvem paralelamente4. Nesses casos são associados ao humor instável, com
irritabilidade fácil, pode ter acesso de raivas1. A associação entre os dois transtornos pode ser o resultado de
fatores de risco temperamentais compartilhados7.
TRANSTORNO DE CONDUTA
O TDAH e o TOD são comuns em indivíduos com transtorno da conduta (TC), sendo essa correlação
preditora de piores evoluções7.
O transtorno de conduta é caracterizado por comportamentos sociais inadequados que transgridem leis e
fogem às regras do meio social em que se vive. O TC é mais comum em crianças acima de dez anos e do sexo
masculino11,12.
Inclui como critérios diagnósticos ações relacionadas à agressão de pessoas ou animais, destruição de
propriedade, falsidade ou furto e violações graves de regras nos últimos 12 meses. Além disso, possui subtipos de
acordo com o período de início dos sintomas (infância, adolescência ou não especificado), que podem ocorrer nas
formas leve, moderada ou grave7.
No TC com início na infância, os indivíduos do sexo masculino, costumam apresentar agressão física
contra outras pessoas13, relacionamentos conturbados, podem ter tido TOD precocemente na infância e muitas
também têm transtorno de déficit de atenção ou outras dificuldades do neurodesenvolvimento
concomitantemente7.
A correlação entre TC e TOD se dá porque ambos apresentam sintomas que colocam o indivíduo em
conflito com adultos e figuras de autoridade (pais, professores, chefes de trabalho). Geralmente, os
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comportamentos de TOD são de natureza menos grave que TC e não incluem agressão a pessoas ou animais,
destruição de propriedade, padrão de furto ou falsidade. Ademais, o TOD relaciona-se com problemas de
desregulação emocional, como humor irritável e raivoso, que não estão incluídos na definição de transtorno da
conduta.
Estudos mostram que apesar de a maioria das crianças com TOD não evoluírem para TC, em algumas
situações tal fenômeno ocorre, e que na idade adulta, terão continuidade para transtorno da personalidade
antissocial11.
O círculo de fatos que está presente no dia a dia da criança com TOD é composto de provocações, que
geram reclamações e críticas, e que se transformam em baixa autoestima, aumentando a necessidade de
revides2. A agressividade, a manipulação e a quebra das regras constante provoca afastamento de suas interações
sociais1. Podem considerar qualquer tipo de relacionamento humano como insatisfatório8.
No âmbito escolar, esse círculo não afeta só o desempenho escolar do portador, mas também de toda a
turma, que passa a questionar a autoridade do professor, e caso a criança com TOD seja líder entre os outros
alunos, este pode dar maus exemplos2. Quando não há presença de outros transtornos associados, possuem
inteligência suficiente para um bom desempenho escolar. Porém, se recusam a interagir com os colegas e
professores, resistem às tarefas escolares determinadas e insistem em resolver seus problemas sozinhos8. Ainda
nessa esfera, segundo estudo transversal realizado no México por Albores-Gallo et al. (2011)14, crianças que
expressam comportamento de vítimas e agressores no fenômeno de bullying, frequentemente apresentam TOD e
TDAH, ou outro distúrbios externalizante.
Quando não tratado durante a infância, o portador pode evoluir para distúrbios antissociais que afetarão
seu dia a dia, sua relação familiar e profissional, e assim, tornam-se adultos problemáticos8, portando outros
diagnósticos como esquizofrenia, psicoses e transtorno de personalidade antissocial13. Em casos extremos, atos
extremamente radicais podem ser cometidos, como roubos, violação de propriedades privadas e crimes em
grupo, atos estes que podem ser iniciados na adolescência15.
4. CONCLUSÃO
Os estudos analisados demonstraram os principais sinais e sintomas do Transtorno de Oposição
Desafiadora e a importância social e individual do diagnóstico precoce. Não somente o aspecto profissional
do portador estará prejudicado, mas também todos os seus relacionamentos. A ausência de tratamento
psiquiátrico, terapêutico ocupacional, psicológico e familiar promoverá o desenvolvimento de novos
transtornos e comportamentos cada vez mais agressivos. O acompanhamento da comunicação e
aprendizado é necessário para avaliação da necessidade de intervenção fonoaudiológica e correção de
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possíveis atrasos. Não menos importante, a diferenciação ou a associação do TOD com TDAH e TC são
fundamentais para o prognóstico do paciente e para a compreensão das causas e consequências desses
transtornos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Barueri: Editora Manole LTDA; 2016.
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2ª Ed. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda; 2016.
3. Assumpção Jr FB et al. Psiquiatria da Infância e da Adolescência: Casos Clínicos. 1ª Ed. Porto Alegre: Artmed;
2014.
4. Mohammadi MR et al. Prevalência ao longo da vida, preditores sociodemográficos e comorbidades do
transtorno desafiador de oposição: a epidemiologia nacional dos transtornos psiquiátricos iranianos da
criança e do adolescente (IRCAP). Braz. J. Psychiatry. 2020 Mar/Abr; 42(2): 162-67.
5. Krieger FV. Refinando o diagnóstico de Transtorno de Oposição e Desafio na infância e adolescência:
validação e caracterização da dimensão irritável [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2015.
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com trastorno negativista desafiante, uma revisión de la literatura. Rev. Cienc. Salud. 2017 Apr; 15(1): 105-27.
7. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-
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8. Torales J, Barrios I, Arce A, Viola L. Trastorno negativista desafiante: una puesta al dia para pediatras y
psiquiatras infantiles. Pediatr. (Assunção). 2018 Abr; 45(1): 65-73.
9. Rodrigues CI, Sousa MC, Carmo JS. Transtorno de conduta/TDAH e aprendizagem da matemática: um estudo
de caso. Psicol. esc. educ. (Impr.). 2010 Jul/Dez; 14(2): 193-201.
10. Costa DS, Paula JJ, Malloy-Diniz LF, Romano-Silva MA, Miranda DM. Parent SNAP-IV rating of attention-
deficit/hyperactivity disorder: accuracy in a clinical sample of ADHD, validity, and reliability in a brazilian
sample. J. Pediatr. (Rio J.). 2019 Nov/Dez; 95(6): 736-43.
11. Silva LRF. Transtorno de conduta: uma oportunidade para a prevenção em saúde mental?. Interface
(Botucatu). 2011 Jan/Mar; 15(36): 165-73.
12. Ezpeleta L, Osa N, Granero R, Trepat E. Functional impairment associated with symptoms of oppositional
defiant disorder in preschool and early school boys and girls from the general population. Anal. Psicol. 2014;
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13. Caponi, SN. Dispositivos de segurança, psiquiatria e prevenção da criminalidade: o TOD e a noção de criança
perigosa. Saúde Soc. 2018; 27: 298-310.
14. Albores-Gallo L, Sauceda-García JM, Ruiz-Velasco S, Roque-Santiago E. El acoso escolar (bullying) y su
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2011; 53(3): 220-7.
15. Chainé SM, Romero VF, Peña MR, Cervantes FL, Gutiérrez JN. Prácticas de crianza asociadas al
comportamiento negativista desafiante y de agresión infantil. Av. Psicol. Latinoam. 2015 Jan/Jun; 33(1): 57-
76.
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TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR
- COMO ENFRENTAR O TOD NA
ESCOLA
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SUMÁRIO
Introdução
1. Capítulo: Os distúrbios de conduta.
1.1. O ser humano como ser social
1.2. O transtorno.
1.3. Transtorno Opositor Desafiador .
1.4. Causas e fatores
2. Capítulo: Algumas características do TOD
2.1. TOD na infância e adolescência
2.2. Um aluno com TOD na escola
2.3. TOD e indisciplina
3. Capítulo: Proposta de trabalho com alunos com TOD
Conclusão
Referências bibliográficas
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INTRODUÇÃO
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Por isso, o objetivo geral deste trabalho é conhecer as características do
transtorno opositor desafiador e suas influências na escola, enquanto outros
objetivos são, entre outros, analisar as concepções sobre o TOD, esclarecer
dúvidas quanto a este transtorno, propor alternativas de trabalho com alunos
com TOD.
O conhecimento sobre o Transtorno Opositor Desafiador por parte da
escola, irá melhorar o grave problema enfrentado por muitos professores em
sala de aula, visto que ele pode vir associado a outros transtornos
neuropsiquiátricos que contribuem muito para o baixo rendimento escolar.
O trabalho conta com uma pesquisa bibliográfica onde procuramos
levantar alguns autores que têm refletido sobre a questão do transtorno opositor
desafiador e suas influências na escola. A pesquisa bibliográfica que estamos
construindo visa a ratificação das hipóteses levantadas neste trabalho,
apontando para novas possibilidades.
A pouca informação sobre este transtorno por parte das famílias e dos
profissionais da educação pode fazer com que ele seja entendido como falta de
limites, como hiperatividade, desobediência e etc. Entretanto, se conhecido e
adequadamente acompanhado, poderá ter seus efeitos diminuídos e seu
portador levar uma vida mais controlada, com melhor qualidade e mais feliz.
O conhecimento sobre o Transtorno Opositor Desafiador por parte da
escola, irá melhorar o grave problema enfrentado por muitos professores em
sala de aula, visto que ele pode vir associado a outros transtornos
neuropsiquiátricos que contribuem muito para o baixo rendimento escolar.
No primeiro capítulo, buscando compreender o ser humano como ser
social, um ser de relações não só como sua família, mas também com os
vizinhos, a escola, a igreja. Essa convivência é fundamental para o bom
desenvolvimento das potencialidades da criança. Às vezes, porém, há fatores
emocionais ou físicos que interferem no bom desenvolvimento da criança,
causando problemas e dificuldades. Também buscamos esclarecer como
também esclarecer o que são os distúrbios de conduta e o conceito de
Transtorno Opositor Desafiador, trazemos a definição presente no Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, revisto e publicado no ano
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2000. Em seguida, quais são as causas que hoje são compreendidas como
motivadoras deste distúrbio.
No capítulo seguinte, falamos sobre algumas características do TOD
tanto nas crianças como nos adolescentes, o que pode nos ajudar a
compreender melhor o transtorno e suas dificuldades.
Concluímos com o terceiro capítulo, em que apresentamos algumas
propostas de trabalho com os alunos com TOD. Apesar das dificuldades que se
apresentam, as alternativas estão presentes e é possível, de acordo com cada
caso, melhorar a perspectiva de cada aluno com o transtorno, suas relações e
aprendizagem.
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OS DISTÚRBIOS DE CONDUTA
Para formar-se bem como ser humano, a criança precisa ter uma família
que a acolha, que a ensina o básico para viver em sociedade. Ela precisa, então,
ter uma família que a apoie e seja para ela a segurança de crescer aprendendo
a se relacionar bem com os outros.
Alguns problemas, como os distúrbios de conduta, podem dificultar ou
impedir o bom desenvolvimento da criança com seus pares e com os adultos. O
Transtorno Opositor Desafiador é um dos grandes desafios para o
desenvolvimento das boas relações da criança.
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ensinar, e precisa desenvolver afeto, dizer que ama o seu próximo. Também tem
necessidade se organizar enquanto coletividade exigir melhores condições de
vida e transformar o seu ambiente externo, ele precisa expressar desejos e
vontades e, na medida do possível satisfazê-los.
Então, podemos dizer que somos sociais não apenas porque
dependemos de outros para viver, mas porque os outros influenciam a maneira
como convivemos, com aquilo que fazemos, com o modo com que construímos
e criamos e com o modo com que expressamos afeto.
O ser humano é um ser social porque sabe que é mais seguro em todos
os sentidos, viver em grupo. Antes, era para escapar e se proteger melhor das
investidas dos grandes animais e para conseguir alimentar-se, já que despendia
da caça e da colheita de alimentos.
Hoje a realidade é outra, mas ainda assim, sabemos que o ser humano é
frágil demais para viver sozinho. Ele necessita de laços afetivos os quais vai
estabelecendo de acordo com a convivência e interesses comuns. Conviver
significa levar em consideração o semelhante com todas as suas características
pessoais, mas também o diferente com sua maneira de ser numa relação de
respeito. Conviver significa viver junto, compartilhar, repartir, confiar, tolerar,
ajudar, entender e respeitar.
A criança nasce, cresce e vive em grupos humanos, grupos sociais. Mais
do que os outros animais, ela necessita de cuidados e proteção porque não
sobrevive sozinha sem ter quem a alimente, quem cuide dela, quem lhe dê
proteção, carinho, afeto, segurança, quem lhe ensine sua língua materna, quem
lhe ensina as normas da conivência com os outros seres de sua espécie e as
demais relações, como por exemplo, o respeito à natureza numa relação de uso
consciente dos bens.
Segundo Savoia (1989)
O processo de socialização consiste em uma aprendizagem
social, através da qual aprendemos comportamentos sociais
considerados adequados ou não e que motivam os membros da
própria sociedade a nos elogiar ou a nos punir. (SAVOIA, 1989,
p. 55)
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O primeiro grupo social da criança é a família e aos poucos ela vai
estabelecendo outros contatos como creche, escola, igreja e amigos da infância.
Chegando a adolescência, vai descobrindo seu grupo com outros jovens, em
grupo de trabalho, clube, partido, grupo esportivo e outros.
Em todos esses lugares vai se exercitando nas relações interpessoais, é
influenciando e também influencia. Você não teria possibilidade de sobreviver
como indivíduo se não fizesse parte de outros grupos.
O ser humano nasce dentro de uma cultura. Os jogos e brincadeiras
infantis, que tanto marcam as crianças e fazem com que aos poucos comecem
a penetrar o mundo dos adultos através das brincadeiras de imitação acontecem
porque as crianças mais velhas compartilham coma s menores sua “sabedoria.”
Há um saber e uma educação que é transmitida com a convivência.
Segundo Demo (1987),
A nenhuma mãe (...) ocorreria a ideia estranha de que para
educar seus filhos, teria primeiro que estudar educação. Sabe
educar por outros caminhos: pela convivência comunitária, pela
experiência histórica, pela identidade princípios sociais que
norteia a vida do grupo, pelo bom senso. (DEMO, 1987, p. 26)
Essa sabedoria e bom senso fazem com quem os mais velhos “eduquem”
de maneira assistemática os menores. Essas relações de convivência vão
ensinando cultura, idioma, brincadeira, costumes que nenhum outro modo pode
ensinar.
Os distúrbios de conduta são um conjunto de problemas e
comportamentos repetidos agressivos, violentos, antissociais ou desafiadores
capazes de violar regras, deveres e normais sociais. No caso específico deste
trabalho, atinge crianças e adolescentes.
O transtorno
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aprendizagem. Logo, esses alunos são estigmatizados e passam a carregar o
rótulo de “aluno-problemas”. O professor, às vezes com a formação deficiente,
com uma sala super lotada, precisando correr de uma escola para outra para
melhorar seus proventos, sem tempos para uma formação continuada e uma
atualização de seus conhecimentos, acaba por deixar esses alunos de lado,
retirando da sala, aplicando castigos para que possa dar conta de trabalhar seu
conteúdo e satisfazer as exigências da escola e dos pais.
Nem sempre a escola conta com orientador educacional e psicopedagogo
que poderiam avaliar o aluno e encaminhá-los para outros profissionais que
poderiam diagnosticar o problema.
Quando a situação de rebeldia e indisciplina do aluno começam a impedir
que o trabalho do professor seja realizado pelo tipo de comportamento que o
aluno apresenta e que prejudica não só a si mesmo como também aos colegas,
aos profissionais que aturam junto dele na escola é de fato necessário que os
pais sejam orientados e que ele seja encaminhado a um diagnóstico correto. É
que se o comportamento do aluno é contínuo, ele poderá estar sofrendo de
Transtorno de Conduta.
O agrupamento F91 da Classificação Estatística Internacional de Doenças
e Problemas Relacionados à Saúde (ONU, 1989) caracteriza esse distúrbio
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do distúrbio de conduta. O aumento da incidência do desse tipo de distúrbio tem
sido motivo de preocupação para profissionais da saúde, mas também da
educação, que lidam com essa clientela todos os dias. O comportamento do
aluno vai incidir diretamente no trabalho do professor e no resultado desse
trabalho como um todo, com sua turma, e individualmente, como cada aluno.
Esse comportamento que acaba se tornando um padrão, favorece muitos
dissabores na vida da criança porque a perspectiva social que se cria em torno
dela poderá estigmatizá-la de alguma maneira ou de muitas maneiras e
certamente a prejudicará.
Estes distúrbios são um sério problema de comportamento. Contudo,
vários autores não o compreendem como doença, o que isentaria, assim, o
portador da responsabilidade conferida a cada um de nós por nossos atos.
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A falta de conhecimento e de compreensão deste padrão de
comportamento pode fazer com que pais e professores o confundam com
hiperatividade, indisciplina, falta de educação e de limites e etc.
Segundo o segundo o DSM – IV – TR caracteriza-se como TOD
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é, por excelência, a idade das contradições, da irritabilidade, do desafio dos
limites impostos pelo mundo adulto.
Para que o comportamento difícil e problemático seja caracterizado como
Transtorno Opositor Desafiador deve haver violações importantes que se
estendem além das expectativas apropriadas à idade da pessoa e que sejam de
natureza mais grave que as travessuras de criança ou a rebeldia que caracteriza
certa parcela dos adolescentes.
Além disso, junto ao TOD, a criança pode apresentar também
características relacionadas ao Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
(TDAH).
Segundo Teixeira (2014)
Causas e fatores
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Segundo Paulo e Rondina (2010)
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relacionado com uma quantidade de fatores de risco presentes
na criança. Todos esses possíveis fatores estão relacionados
com questões sociais, psicológicas e biológicas, sendo suas
interações responsáveis pelo surgimento, desenvolvimento e
curso clínico da condição. É importante salientar a necessidade
de se fazer um diagnóstico através de um profissional
competente que possa fazer o laudo médio. O transtorno se
apresenta em casa, na escola e em lugares públicos, revelando
várias e diferentes teorias que justifiquem seu surgimento.
(TEIXEIRA, 2014, p. 29)
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Desempenho materno e paterno deficiente: comunicações
coercitivas dos pais aos filhos; disciplina inconsciente, punição
severa ou física e pai\mãe permissivos ou excessivamente
controladores; Supervisão deficiente: poucas regras e falta de
supervisão; Perturbação das qualidades das relações familiares:
pouca aceitação dos filhos por parte dos pais; falta de calor
humano, afeição, apoio emocional e apego; Discórdia conjugal:
conflitos e\ou violência doméstica; Tamanho da família: família
muito grande; Irmãos com comportamento antissocial
(especialmente irmão mais velho); Desvantagem sócio
econômica: pobreza, excesso de pessoas no lar, desemprego,
habitação precária, estresse financeiro e falta de apoio.
(GONÇALVES, 2014, p.8)
Não é demais dizer que a família precisa ter atenção e buscar ajuda
sempre que identificar situações conflitantes entre os pais e em relação aos
filhos. E buscar ajudar sempre que não conseguir equacionar os problemas.
Há algumas atitudes e posturas que podem ajudar aos pais a melhorarem
o ambiente do seu lar e contribuindo assim para que o TOD não se desencadeie
com tanta intensidade.
Segundo Teixeira (2014)
1) Tenha um ambiente saudável;
2) Estabeleça regras e limites;
3) Faça pedidos claros e objetivos;
4) Pai e mãe devem falar a mesma língua;
5) Seja um exemplo positivo e pacifico para o seu filho;
6) Seja amigo de seu filho;
7) Fortaleça a autoestima de seu filho;
8) Esteja atento às mudanças da adolescência;
9) Esteja atento à saúde mental de seu filho;
10) Ensine sobre as pressões da juventude;
11) Estimule as práticas de esporte;
12) Comunica-se com a escola (TEIXEIRA, 2014, p. 85-93)
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comportamentos adequados e reforçá-los, tentando
desencorajar os comportamentos desafiadores. Ou seja, é mais
indicado reforçar seletivamente os comportamentos adequados
e, na medida do possível, ignorar, ou não reforçar, os
comportamentos inadequados (FACION, 2013, p. 123-124).
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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO TOD
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aceitam responsabilidade por sua má conduta, incomodam
deliberadamente os demais, possuem dificuldade de aceitar
regras e perdem facilmente o controle se as coisas não seguem
a forma que eles desejam. (SERRA-PINHEIRO et al., 2004, p.
273).
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Em indivíduos com TDO, a percepção de seu próprio
comportamento em geral é contraditória com a realidade, e
normalmente afirmam que os comportamentos desafiadores
opositores são resultado de exigências e eventos absurdos
colocados para ele (Camargo, et al, 2008, p. 34).
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TOD, que parece ser mais comum nas famílias em que o pai ou a mãe teve
algum transtorno. Parece que as famílias das crianças que tem hiperatividade,
por exemplo, tenha mais dificuldade em gerir suas emoções e ensinar os filhos
a fazerem o mesmo.
Segundo Apa (2014)
Quando o transtorno de oposição desafiante é persistente ao
longo do desenvolvimento, os indivíduos com o transtorno
vivenciam conflitos frequentes com pais, professores,
supervisores, pares e parceiros românticos. Com frequência,
tais problemas resultam em prejuízos significativos no
ajustamento emocional, social, acadêmico e profissional do
indivíduo (APA, 2014, p. 465)
Vale lembrar que crianças precisam ser educadas afeto, porém com
firmeza, para que percebam a segurança de seus responsáveis ao educá-la,
mesmo que eles não estejam tão seguros do melhor a ser feito.
O tratamento de uma criança ou adolescente com TOD requer uma equipe
especializada que cuide dela a partir de vários aspectos. Segundo Teixeira
(2014)
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atividades de casa, relaciona-se com colegas e cria laços com seus professores
e outros funcionários deste espaço.
A escola é o lugar onde o aluno aprende e sociabiliza com a comunidade
escolar. Há muitos fatores que dificultam o bom desempenho na escola, seja no
bom relacionamento com a comunidade escolar, seja no aprendizado.
A partir do que lemos até agora como características dos portadores do
Transtorno Opositor Desafiador, pode-se supor as dificuldades para uma criança
ou adolescente ter uma vida escolar equilibrada quando portadora deste
transtorno. Bem como para todas as pessoas que lá convivem com ele.
Segundo Barbosa (2017)
Cumpre ressaltar a importância da equipe pedagógica pensar
em estratégicas que dinamizar essa fragilidade na escola, pois
é essencial que a formação que a escola possibilita aos
indivíduos e, se esse aluno permanecer com esse
comportamento, irá afetar sua formação. Por isso, a escola e os
professores devem se empenhar em proporcionar práticas que
contribuirão para o aluno incluindo-o, pois muitas vezes ele pode
se sentir excluído. (BARBOSA, 2017, p. 167)
A escola pode ser o único lugar onde ele ainda tem esperança de ser
ajudado e acolhido, porque afinal, é um ser humano, uma criança ou adolescente
e necessita de ajuda para conviver com seus pares e ter uma vida normal.
Um aluno com TOD apresenta, na escola um comportamento
característico. Segundo Teixeira (2014)
Discute com professores e colegas; recusa-se a trabalhar em
grupo; não aceita ordens; não realiza deveres escolares; não
aceita críticas; desafia autoridade de professores e
coordenadores; deseja tudo ao seu modo; é o “pavio curto” ou
“esquentado” da turma; perturba outros alunos; responsabiliza
os outros por seu comportamento hostil. (TEIXEIRA, 2014, p. 25,
grifos do autor).
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resiste em frequentar a escola, tem manifestações agressivas
verbais ou físicas para com os colegas e professores,
desobedece muito, destrói objetos e apresenta condutas
explosivas. Seu comportamento cria muitas dificuldades de
convivência, pelo clima que gera na sala de aula e no próprio
processo de ensino e aprendizagem da turma. Problemas
externalizantes antecedem as dificuldades escolares, mas
também podem ser exacerbados por elas. (NUNES e
WERLANG, 2008, p. 212)
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mecanismos mais adequados para reintegrar o aluno em sala de
aula e no recreio. Técnicas comportamentais podem ser
aprendidas para que a promoção e o estímulo de
comportamentos aceitáveis do aluno sejam introduzidos e
atitudes de desrespeito e agressão sejam desencorajadas.
(TEIXEIRA, 2014, p. 50)
É importante que os pais compreendam que tanto eles quanto seu filho
precisam da ajuda e apoio dos professores/instituição de ensino e outros
profissionais como numa equipe multidisciplinar. Trazendo esses profissionais
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para sua causa, é preciso que os pais façam deles seus parceiros para que
juntos possam ter êxito no desenvolvimento e sucesso do seu filho.
Diz-nos Teixeira(2014) que
A comunicação entre pais e professores é muito importante para
a identificação e o monitoramento do comportamento do
estudante. Portanto, comunique-se com professores e
coordenadores pedagógicos sempre que necessário. A
experiência diária de professores com aluno poderá ser de
grande valia para discussões e a busca conjunta por estratégias
e soluções de problemas de indisciplina do estudante presentes
tanto na escola quanto em casa (TEIXEIRA, 2014, p. 93).
Isso implica num maior acompanhamento dos pais em relação aos seus
filhos na escola. É realmente necessário fazer uma parceria entre pais e
professores. As observações e intervenções de ambos podem ser
compartilhados e assim podem compreender melhor a criança/adolescente que
está sob sua responsabilidade.
Crianças com Transtorno Opositor Desafiador podem apresentar outros
transtornos associados. E pode ser que, a partir da sua experiência negativa na
escola, venham a desenvolver mais alguns. Vale lembrar que quando o TOD não
é tratado, ele pode evoluir, por exemplo, para o transtorno de conduta.
Segundo Valle (2015)
Quando o TDO não é tratado, a evolução para o transtorno de
conduta pode ocorrerem até 75% dos casos. Naquelas em que
o início dos sintomas se iniciaram antes dos oito anos de idade,
o risco de evolução será maior. O diagnóstico e o tratamento
precoces exercem um papel preventivo importante. (VALLE,
2015, p. 14)
Vale lembrar que um adulto que cresceu com TOD, além de não ter
avançado muito nos estudos, certamente poderá ter problemas com substâncias
entorpecentes, problemas afetivos com o(a) parceiro(a) e tendência ao suicídio,
já que dificilmente se sentirá compreendido e acolhido.
E para qualquer tipo de melhora no processo de sofrimento e dificuldade
de adaptação e convivência, a pessoa precisa se sentir acolhido, se sentir parte
do grupo. Um adulto com TOD desde a infância ou adolescência é alguém que
sofreu o estigma do indisciplinado durante toda a sua vida.
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TOD e indisciplina
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Ou seja, há na concepção de indisciplina sempre um desequilíbrio entre
as relações que deveria seguir um determinado passo para uma convivência
mais harmônica, mas essas relações ficam prejudicadas a partir da prática de
alguns alunos.
Vendo uma outra definição sobre indisciplina, para Munhaes (2015)
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O aluno indisciplinado não é necessariamente alguém com transtorno e
medidas pedagógicas efetivas podem “recuperá-lo” para o compromisso com o
bom comportamento, com a escola e com a aprendizagem.
Claro que o professor não vai alcançar seus objetivos se ficar sozinho
nessa tarefa porque a escola hoje não está mais fechada, pelo menos na lei, às
diferenças.
Afinal, segundo Cardoso-Bucklei (2011)
Com uma abordagem inclusiva, [...] passa a ser aceitável o que
antes era tabu – todos os educandos (portanto todas as
pessoas...) têm diferenças, talentos particulares e necessidades
específicas que devem ser considerados e atendidos. Se
levarmos esta afirmação às suas últimas consequências - os
mais ousados o afirmamos – chegasse a uma visão da pessoa
humana onde, com suas diferenças, todos, sem exceção, são
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únicos, insubstituíveis, trazendo suas deficiências e seus dons
que apontam necessidades que, embora sejam variadas em
tipo, número e grau, requerem reconhecimento e algum tipo de
ação por parte da comunidade (CARDOSO-BUCKLEI, 2011, p.
19).
É também é claro que, antes de mais nada, o aluno com TOD não pode
simplesmente ficar na escola. Um aluno que tenha um transtorno precisa ser
tratado, apenas ficar na escola não resolverá nenhum problema, pelo contrário.
Além de estar na escola, ele precisa ser acompanhado pela equipe disciplinar
que trate o TOD com competência.
Segundo Bordin,
Em nosso meio, muitas vezes não dispomos dos recursos
necessários para o tratamento da criança ou adolescente com
comportamento antissocial. Quando esses recursos existem,
nem sempre as famílias têm condições de comparecer ao
serviço na frequência recomendada. O profissional de saúde
mental pode ser útil estabelecendo prioridades entre as diversas
condutas terapêuticas possíveis e recomendando ao paciente
aquela que julgar mais imprescindível. (BORDIN, 2000, p. 14)
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“...desenvolver alguns conhecimentos, competências e
habilidades básicas.... Necessitam ainda adquirir competências
e habilidades para identificar rapidamente dificuldades e
entraves no processo de ensino de cada aluno. Isto requer
competências e habilidades para observar o comportamento
humano e para lidar com registros de desempenhos.”
(TEIXEIRA, 2004, p. 97).
Por isso, não só o professor precisa estar preparado para receber o aluno
com TOD, como também toda a comunidade escolar, afinal, a convivência e o
trabalho pedagógico não se resumem ao professor apenas.
Infelizmente, em geral as licenciaturas não preparam o futuro professor
para lidar com problema sem sala de aula. As aulas de psicologia da educação,
por exemplo, resumem-se a um ou dois períodos e voltam-se para o estudo das
principais abordagens psicológicas e seu ponto de intercessão com a educação.
Por isso, em muitas situações ele não sabe como lidar com os problemas
mais comuns da sala de aula, muito menos saberá lidar com problemas como o
Transtorno Opositor Desafiador. Então, o professor recém formado busca ajuda
e conta com a boa vontade dos que têm mais experiência com a sala de aula.
O que não quer dizer que este saiba o que fazer. De qualquer modo, pedir
ajuda à orientação educacional da escola pode ser um primeiro passo porque
este profissional poderá assessorar o professor na busca por compreender os
desajustes do seu aluno.
Segundo Hubner & Marinotti (2004)
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No contexto educacional e familiar, as dificuldades de
aprendizagem tendem a ser atribuídas às próprias crianças ou
ao adolescente. O aluno não consegue acompanhar a escola e
por isso precisa de ajuda. Com isso, dificuldades para ler,
escrever, calcular ou manter a atenção nas atividades são
interpretadas de acordo com a inadequação de cada um à
proposta escolar. As crianças e os adolescentes que
apresentam tais dificuldades são, muitas vezes, considerados
preguiçosos e incapazes, sendo até punidos por meio de
reprovações, castigos e críticas. (Hubner & Marinotti, 2004, p.
221)
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Um primeiro passo para um professor lidar com um aluno com TOD é ficar
calmo. A maioria das crianças quer agradar seus professores, mas este não é o
caso de um aluno com Transtorno Opositor Desafiador.
O professor é um adulto e um líder, por isso será desafiado pelo aluno.
Se o professor responder às provocações, discutir, força-los a cooperar e
participar das atividades certamente estimularão comportamento ainda piores
porque o aluno com TOD se sente instigado numa situação como essa. É preciso
estabelecer regras claras, específicas e objetivas ditas de maneira normal e
efetiva.
Crianças com TOD acreditam que adultos punem e são severos. Partindo
desse princípio é importante que o professor procure estabelecer uma relação
pacífica, harmônica e de confiança com o aluno porque estes alunos podem
estabelecer essa boa relação com adultos que se controlam e se coloquem à
disposição para conversas honestas e objetivas sobre seus comportamentos.
Segundo Mitchel (2013)
O apoio positivo pode ser complicado com alunos com TDO, pois
eles procuram críticas para que possam responder desfazendo
qualquer coisa boa que tenham feito antes. Os professores
podem contornar essa situação fazendo elogios ao trabalho, em
vez de ao aluno, como "esse trabalho está excelente" em vez de
"você está indo bem" ou fazendo elogios por escrito em vez de
dizê-los pessoalmente. Os professores também podem premiar
bons comportamentos com privilégios ou oportunidades
especiais, como ajudando a preparar os materiais para uma
experiência de ciências.
Alunos com TDO têm pouca tolerância ao tédio ou estresse,
então, eles funcionam melhor quando a carga acadêmica está
no ritmo e nível certo para eles. Os professores podem incentivar
esses alunos a concluir os trabalhos dos quais eles não gostam
"subornando-os" com tarefas divertidas; por exemplo, quando
eles terminarem um certo número de exercícios de matemática,
poderão deixar os estudos um pouco de lado e ler um livro por
um certo tempo antes de retomar os exercícios. Os professores
também devem dar segundas chances a esses alunos quando
eles não forem bem nas tarefas. (MITCHELL, 2013, p. 3)
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também, uma formação específica, diferente da que ele recebe durante a
licenciatura.
O professor precisa conhecer melhor o Transtorno Opositor Desafiador,
suas causas, sintomas, consequências para, a partir daí, traçar metas de como
realizar um trabalho pedagógico diferenciado e eficiente. Faz-se necessário que
o professor mantenha contato com a equipe multidisciplinar que atende o aluno
para que possam avaliar situações e desenhar caminhos alternativos.
Segundo Silva et al. (2012)
Para o docente é bastante delicado e exige ter conhecimento
sobre o assunto para que, então, possa identificar o
comportamento do aluno como um transtorno de conduta. Não
é fácil para o professor lidar com essa situação em sala de aula,
uma vez que, o portador desse problema gera situações que
causam um grande desconforto na aula, atrapalhando o bom
desempenho da turma, levando, muitas vezes, o docente a
tomar medidas drásticas como, por exemplo, retirar o aluno da
sala, o que não seria o certo segundo os métodos de
inclusão. (SILVA et al, 2012, p. 2)
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Em se tratando de crianças diagnosticadas com qualquer
transtorno, o primeiro passo para o professor ajudar é buscar
informações a respeito do transtorno, assim poderá ter maior
compreensão a despeito das dificuldades enfrentadas pela
criança;
Motivar sempre os alunos, tendo em mente que o resultado
estará diretamente ligado à diferença entre a quantidade de
reforço positivo em relação a uma pressão em excesso;
Peça ajuda ao aluno com TDO, permitindo assim, motivá-lo, de
forma intermitente, exemplo, apagar a lousa, ajudar na
distribuição de materiais para a classe;
Peça gentilmente para o aluno ficar mais próximo de você,
sentado a frente, de preferência longe de janelas ou porta;
Evitar criticar na presença de outras crianças, evitando assim
uma indisposição do aluno para com o professor;
Procurar ressaltar as regras e anotar na lousa o plano de aula,
bem como as tarefas e datas de provas;
Considerar a possibilidade de mudança na forma de avaliação,
possibilitando provas orais ou com maior tempo para a execução
ou menor número de questões, em relação ao restante da
classe;
Procure tornar o ensino prazeroso, estimulando a participação
dos alunos e a interação social em atividades de grupo;
Demonstre percepção dos resultados e progressos alcançados
pelo aluno;
Ajude os pais com uma maior comunicação, monitorando os
progressos ou dificuldades, além da participação no controle em
anotar as atividades e datas de provas;
Evitar fazer reclamações do aluno ao entrega-lo aos pais na
saída. Qualquer reclamação deve ser feita via agenda ou em
particular (agendar reunião);
As tarefas acadêmicas devem ser compatíveis com as
habilidades da criança, ir reforçando passo a passo até igualar
com as demais crianças da classe;
Trabalhar questões relacionadas ao planejamento e
organização do estudo na escola e em casa (rotina diária);
Intercalar as aulas expositivas ou períodos de estudo com
breves momentos de atividade física, ajudando a minimizar a
fadiga e a monotonia de períodos longos de estudo;
Evitar corrigir as lições com canetas vermelhas ou lápis;
Criar momentos de descontração para minimizar o stress e
ajudar na socialização com colegas de classe;
Procurar compreender que a criança não tem controle dos seus
comportamentos, elas estão tão assustadas quanto todos
envolvidos e precisa de ajuda;
É importante comunicar via agenda os comportamentos
inadequados, entretanto é primordial comunicar os
comportamentos positivos da criança, evitando que venham
escritas somente reclamações. (EL HAJJ, 2013, p. 7)
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A autora é Neuropsicóloga e Psicoterapeuta, tem várias especializações
e mestrado na área. Seu blog é um dos únicos que apresentam sugestões
práticas do trabalho. Pedagógico com alunos com Transtorno Opositor
Desafiador. Mas não há nele nenhum comentário com dúvidas ou retorno do
trabalho efetivado a partir das sugestões dadas.
As sugestões da autora são claras e podem ajudar não só profissionais
da educação, mas também os pais dos alunos. Ela começa sugerindo a busca
de informações sobre o transtorno. Antes de iniciar alguma intervenção
pedagógica, o professor precisa de fato conhecer o tipo de transtorno que seu
aluno tem. As ações que a autora propões são em diálogo com o aluno.
Uma outra gama de sugestões para o trabalho em sala de aula vem de
Castro e Nascimento (2009)
1) Orientação da família que concorda em procurar ajuda;
2) Manter encontros frequentes de profissional de saúde mental
com a família;
3) Manter contato com outros especialistas da escola ou que
estejam em contato com o aluno;
4) Ter uma dose extra de paciência;
5) Incentivar os professores a elogiar seu aluno quando
conseguir se comportar ou realizar algo;
6) Deixar que o aluno se sente próximo ao professor e a colegas
afetivos e positivos;
7) Evitar que janelas, portas ou coisas possam distraí-los;
8) Deixar regras claras, explícitas e visíveis;
9) Estabelecer contato com a criança pelo olhar;
10) Falar baixo e de forma clara, de forma gentil e afetuosa;
11) Dar orientações curtas e claras;
12) Dividir as tarefas complexas em várias partes, com
orientações simples;
13) Esperar pela resposta do aluno, cada um tem seu tempo;
14) Repetir ordens sempre que for necessário;
15) Ensinar o aluno a usar a agenda;
16) Estabeleça metas individuais;
17) Alternar métodos de ensino, evitando aulas repetitivas e
monótonas;
18) Deixar o aluno ser ajudante do professor;
19) Deixar o aluno sair por alguns instantes da sala, se estiver
muito agitado;
20) Possibilitar o uso de equipamento eletrônicos, multimídia.
(CASTRO E NASCIMENTO, 2009, p. 46)
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que trabalha a partir de vários aspectos e abordagens tentando reintegrar o aluno
ao convívio pacífico.
Uma outra sugestão de intervenção fala das adaptações organizativas
que o professor pode fazer em sala de aula no atendimento do aluno com
transtorno opositor desafiador
Segundo Brasil (2002)
É importante que o professor estabeleça claramente, com os
alunos, os limites necessários para a convivência num coletivo
complexo.
2. É fundamental que seja identificada a forma mais adequada
de comunicação para cada aluno, de forma a permitir que ele
trabalhe com compreensão, com prazer e com a maior
autonomia possível.
3. É importante que o ensino seja individualizado, quando
necessário, norteado por um Plano de Ensino que reconheça as
necessidades educacionais especiais do aluno e a elas
responda pedagogicamente.
4. É importante que o aluno possa, sempre que possível,
relacionar o que está aprendendo na escola, com as situações
de sua própria vida.
5. É importante, também, que as atividades acadêmicas ocorram
em um ambiente que por si só seja tenha significado e
estabilidade para o aluno.
6. A previsibilidade de ações e de acontecimentos pode diminuir
em muito a ansiedade do aluno que apresenta comportamentos
não adaptativos. Assim, é importante que o professor estruture
o uso do tempo, do espaço, dos materiais e a realização das
atividades, de forma a diminuir ao máximo o caos que um
ambiente complexo pode representar para esse aluno. (BRASIL,
2002, p. 19)
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do dia a dia da escola precisa se fazer para que ao aluno perceba a atenção e o
cuidado que si família tem com sua vida escolar.
Quando o professor recebe uma nova turma com a qual irá trabalhar
durante todo o ano, ele sonha que a turma será homogênea, os alunos serão
atenciosos, interessados e não haverá nenhum problema de comportamento o
ou aprendizagem. Talvez nenhuma turma um dia tenha sido assim.
Segundo Ballone (2008)
Como se sabe, a escola é um universo de circunstâncias
pessoais e existenciais que requerem do educador (professor,
dirigente ou staff escolar), ao menos uma boa dose de bom
senso, quando não, uma abordagem direta com alunos que
acabam demandando uma atuação muito além do
posicionamento pedagógico e metodológico da prática escolar.
O tão mal afamado "aluno-problema", pode ser reflexo de algum
transtorno emocional, muitas vezes advindo de relações
familiares conturbadas, de situações trágicas ou transtornos do
desenvolvimento, e esse tipo de estigmatização docente passa
a ser um fardo a mais, mais um dilema e aflição emocional
agravante. (Ballone, 2008. P.4)
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diferenças que a vida apresente. E se a sociedade é assim tão diversificada, a
sala de aula também é, visto que uma é reflexo da outra.
A inclusão dos alunos com necessidades e3ducacionais especiais, seja
TOD, seja qualquer outro nas turmas do ensino regular da educação é
fundamental, porque se eleva a consciência de cada um dos atores presentes
no processo, seja o próprio professor, quanto a comunidade escolar, quanto os
pais, em relacionar a escola cada vez mais à vida, já os benefícios que todos
partilharão serão importantes para a formação das crianças e adolescentes e
para que os adultos vivam a experiência da inclusão.
De fato, com a experiência da inclusão por mais desafiadora que ela
pareça, acontece um ganho de consciência e de humanidade, respeito e afeto.
Um aluno de inclusão geralmente muda o ambiente e as pessoas ao redor, por
mais difícil e cheio de obstáculos que apareça o caminho.
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CONCLUSÃO
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Certamente, o desafio não é simples, mas a educação não pode prescindir
do seu papel transformador.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GADOTTI, Moacir. Marx. Transformar o mundo. 2ª ed. São Paulo: FTD, 1991.
Educare Pedagogia ®.
RELVAS, Marta Pires. Neurociências e transtornos de aprendizagem. 4ª ed. Rio
de Janeiro: Wak Editora, 2010.
ROSA, C.C. Os limites da Inclusão. Revista Pátio. Porto Alegre, ano III, n. 32, p.
08-
12, nov. 2004/ jan. 2005.
Webgrafia
Educare Pedagogia ®.
CASTRO, Eliane. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Disponível
em http://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/transtorno-deficit-
atencao-hiperatividade.htm. Acesso em 26/08/2017.
Educare Pedagogia ®.
SILVA et al. Processo ensino-aprendizagem e transtorno de conduta: um diálogo
possível. Disponível em
http://www.editorarealize.com.br/revistas/setepe/trabalhos/Modalidade_1dataho
ra_29_09_2014_20_36_57_idinscrito_354_5d425e712dc06505a5acc473bc85c
ce7.pdf. Acesso em 01/09/2017.
VALLE, Leonardo. Dicas para lidar com crianças transtorno dasafiador opositor.
Disponível em http://revistavivasaude.uol.com.br/familia/dicas-para-lidar-com-
criancas-transtorno-desafiador-opositivo/5652/#. Acesso em 28/08/2017.
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Transtorno de Oposição Desafiante: Uma
análise a partir da Terapia Analítico
Comportamental Infantil
Educare Pedagogia ®.
Resumo
O presente trabalho teve objetivo de discutir o transtorno opositor desafiante – TOD a partir da
terapeuta deve trabalhar com orientação aos pais para tornar o processo eficaz e rápido, em que
ou seja, psiquiatra, com os devidos medicamentos, entre outros profissionais, como educador
físico, fonoaudiólogo, psicólogo é destacada. A conclusão sugere que ainda deve haver mais
cautela para este diagnóstico, sendo avaliado pela equipe e juntos proporem diagnóstico.
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As crianças frequentemente apresentam comportamentos considerados
pela primeira vez na infância ou na adolescência. O TOD possui dois tipos: um que se
pelo menos um critério esteja presente durante os últimos seis meses de forma
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Ballone e Moura (2008) citado em Farias et al (2011) apontam ainda que a
simples mentira, falta às aulas e/ou desobedecer aos pais podem ser início dos sintomas
entre outros, que serão discutidos mais adiante, que são comportamentos característicos
conduta agressiva são aqueles que podem causar ameaça ou prejuízo a pessoas, os de
conduta não agressiva podem causar dano a algum patrimônio, defraudação e incluem
horário devido, mesmo que os pais proíbam. Antigamente este transtorno era nomeado
dos portadores deste transtorno pode vir a praticar delitos (Farias et al., 2011; Riggs
1997).
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que não a totalidade, dos adultos com transtorno da personalidade antissocial
muitas vezes, porque além da dificuldade própria de aprender, a criança geralmente não
de ansiedade ocorrem em média 10% a 33% junto com o transtorno de conduta (Bordin
& Offord, 2000; Riggs, 1997). Grevet et al. (2007), ao analisar diversos estudos
inter-relacionados.
vezes faz com que algumas pessoas do contexto da criança identifiquem a necessidade
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uma modalidade de atendimento que busca auxiliar as crianças diagnosticadas com o
1997).
TOD (F91.3) que são: (1) fica enfurecido com frequência; (2) contesta os adultos com
frequência; (3) não aceita as regras; (4) aborrece-se facilmente com as pessoas; (5)
culpa os outros pelos seus próprios erros; (6) fica ofendido com frequência; (7) fica
contrariado por qualquer motivo; e por fim (8) mostra-se vingativo, ou ainda tem o
sentimento de crueldade.
menos seis meses” (p. 462). Deve ser evidenciado por pelo menos quatro sintomas das
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categorias citadas abaixo e exibido na interação com pelo menos um indivíduo que não
seja um irmão.
Índole Vingativa: ser malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos
últimos seis meses, neste caso deve ser avaliado a idade da criança para
do transtorno e para seu contexto social imediato (família, escola), ou ainda causa
psicótico.
prejudicado, não por, necessariamente, possuir um déficit, mas por não conseguir
2007). O DSM-V (2014) mostra que essas crianças e adolescentes podem apresentar
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outros tipos de transtornos na idade adulta como, por exemplo, ansiedade, fobias e/ou
anteriormente.
inicio de um tratamento preventivo para que as crianças não se tornem adultos com
possíveis transtornos antissociais (Silva, 2011). Outro dado relevante é que famílias que
dificuldades nestes fatores, elas têm maior probabilidade de ter filhos que venham a
desenvolver tais transtornos (DSM-V, 2014; Farias et al., 2011). O DSM-V cita estudos
que indicam que a parte genética também tem influência nestes transtornos, mas os
estudos realizados não separaram o TC do TOD, então não ficou entendido se existem
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Terapia Analítico Comportamental Infantil – TACI
pouca observação dos comportamentos da criança era feita. Como o comportamento dos
Nos eventos privados, a análise dos sentimentos e das emoções são elementos
importantes para o terapeuta, pois assim pode-se formar uma análise funcional desses
elementos. Porém, deve-se ter muito cuidado por se tratar de sentimentos encobertos, ou
seja, são desenvolvidos na história de vida do indivíduo e, portanto, pode não ser
semelhante ao que outros indivíduos sentem. Skinner (1967) utiliza ainda a expressão
“sob a pele” o que quer dizer que é algo inacessível à observação pública, mas com o
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profissional, valores), a explicação do trabalho na terapia deste determinado
que exigem respostas abertas e bem completas, além da observação direta dos
cuidadores durante a entrevista inicial, ou seja, que tipo de relação afetiva eles têm com
controle no que diz respeito a reforço e punição do que outros indivíduos que interagem
terapeuta e muito mais além é a forma que o profissional conduz o processo terapêutico,
que sempre deve envolver interações lúdicas na sua relação com a criança (Conte &
Regra, 2000).
perturbadores relatados pelos pais (queixa inicial), pode-se formar a tríplice relação de
autoconhecimento, pois por meio dele a criança pode identificar as relações entre seus
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comportamentos alternativos. A análise funcional é um processo ideográfico, sendo
comportamento, pois pode ser base para algumas intervenções, ela permite avaliar as
relações que o cliente tem com seu ambiente, e também quais consequências
determinada ação pode causar. Além disso, é um método que facilita a avaliação das
relações entre variáveis dependentes e independentes, para não ter inferências pessoais
Segundo Pinheiro (2008), os passos para uma análise funcional adequada são:
dados.
O analista deve estar atento quando fizer a análise funcional, pois a mesma deve
seu mundo de fantasia, com brinquedos, fantoches, desenhos, dentre outros. Os mesmos
ajudam o profissional, juntamente com a criança, a criar histórias, que muitas vezes
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dentro do consultório pode ajudar a estabelecer uma convivência melhor na vida da
emocionais dos pais podem interferir na relação com a criança e isso pode trazer
antecedentes que os pais relatam na primeira sessão que devem ser analisados, ou seja,
qual contexto que a criança está atualmente e o que pode ter ocasionado o
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Tratamento para o TOD
Desafiante, este trabalho tem como objetivo geral de ser apoio para o acompanhamento
Segundo Riggs (1997), o tratamento deste transtorno pode ser feito a partir de
quatro tipos de intervenções, tais como: (1) o treinamento com os pais; (2) programas
ainda colocam que é difícil avaliar se realmente há resultados com este tipo de
intervenção, um dos motivos seria a heterogeneidade das crianças que foram estudadas.
familiar. O autor ainda traz que os terapeutas comportamentais buscam levar os pais a
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utilizando-se de reforçadores sociais (e.g., elogio) ou tangíveis (e.g., ganhar algo do
opositivos.
A família deve ser acompanhada para que mudanças significativas ocorram, pois
mais rápidos e eficazes (Farias et al, 2011). Os pais e/ou cuidadores devem aderir ao
tratamento, pois os comportamentos hostis dos pais para com o filho podem
ajuda no tratamento do indivíduo com TOD, pois a orientação de pais fica mais focada
criança diagnosticada com TOD e também permite realizar uma intervenção mais
mais eficaz, isso porque existe uma orientação e reeducação para os pais, para a escola,
entre outros ambientes da criança. Essa orientação para os pais deve ser enfática e se
para se atingir melhores resultados. No caso de famílias cujos demais membros que
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Chequer et al (2010) citam a importância do treinamento de pais e trazem cinco
modelos que podem ser utilizados que facilitam a socialização, educação e controle de
criança. No caso da criança com diagnóstico de TOD é indicada a procura deste tipo de
treinamento, porém deve ser feito com seriedade e seguindo cada passo, cumprindo as
individual dos pais. Com isso os pais devem ser responsáveis, não somente em levar a
criança até a terapia, mas serem participantes ativos do processo terapêutico, tendo
outros têm mais dificuldade e isso torna o tratamento mais lento, o que é um desafio
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A intervenção na escola busca dar suporte para o profissional que acompanha o
adolescente em regra deveria ser baixo, pois os mesmos possuem limitações ou ainda
também podem ser prejudicados. Em sala de aula, dificuldades mais comuns expostas
por professores é que os portadores deste transtorno não conseguem ficar quietos, ou
seja, sentados, querem ser o centro das atenções, ficam levantando o tempo todo. É
importante que a escola tenha um suporte especial para este tipo de perfil de aluno.
Muitas vezes eles não sabem lidar com os colegas. Por isso, a importância do
profissional da psicologia realizar visitas rotineiras na escola (Bordin & Offord, 2000).
As intervenções com a criança devem ser semanais e, se possível, até duas vezes
contextos, não sendo somente dentro do consultório. Além disso, a interrupção deste
onde a criança tem oportunidade de aprender novas estratégias em suas situações com
As regras devem estar bem estabelecidas, pois o seu excesso pode acarretar em
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facilita a aprendizagem de comportamentos adequados de serem emitidos em sociedade.
Por isso, a ideia de ter regras formuladas pelo terapeuta e pela criança neste novo
contexto pode ser essencial para a relação terapeuta – criança (Conte & Regra 2000).
Facion (2005), citado em Farias (2011) aponta que quando existe uma regra
Alguns pais demonstram resistência para determinados tipos de mudança, mas quando
psicológica. Quando a criança tem horários para estudo, descanso e higiene pessoal, isto
presença dos pais guiando esta rotina traz sentimentos de segurança, confiança e amor.
pais são orientados semanalmente para verificação da adesão dos mesmos nas
extracurriculares. Muitas vezes, esse tipo de paciente exalta-se com situações simples,
em que eles se sentem ameaçados, ou ainda quando recebem não como resposta, muitas
vezes se batem, gritam, e não conseguem se controlar. Quando pacientes deste perfil
recebem o diagnóstico e tem seu devido tratamento controla-se melhor, pois tem a
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medicação e o acompanhamento psicoterápico, além de outros profissionais que atuam
com a criança.
mesmo deve ser acolhedor e ajudar na promoção de uma mudança. Além disso, a
da psicologia tem papel importante nesta relação como mediador, tentando entender a
possível.
transtorno não tem uma cura, por isso os autores Bordin e Offord (2000) trazem a
terapia ocupacional, educador físico. A intervenção nestas áreas deverá ser intensiva
desde o diagnóstico, ou seja, da infância até a fase adulta, por isso é importante que os
estabelecidas novas regras e atitudes para estes pais. Para facilitar este processo, pode
2009, p. 210).
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De acordo com DSM-V (2014), nos casos que os critérios diagnósticos
um transtorno de conduta.
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Conclusão
É importante ressaltar que o trabalho conjunto da educação e da saúde traz
para perceber certos comportamentos inadequados por parte de seus alunos que muitos
criança não deve ser privada disso, ela é eficiente tanto para prevenção, como para o
tratamento. No que diz respeito ao tratamento, a criança terá interação com os colegas e
em muitos momentos estar tomando decisões, além disso, tem as regras dos esportes
que devem ser seguidas. De certa forma, é um recurso que deve ser utilizado pelo
2004).
se deparar com problemas na sua vida conjugal e/ou profissional. Os autores ainda
citam que o fato de ser do sexo masculino, receber cuidados paternos ou maternos
inadequados, viver na discórdia conjugal, ter pais agressivos, mãe com problema de
saúde mental, residir em áreas urbanas, podem estar relacionados aos comportamentos
desorganização deste ambiente familiar, que já é precário na vida conjugal (Bordim &
Oxfford, 2000).
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Sabendo dos riscos que existem na vida adulta, é importante a participação dos
pais com seu filho, buscando o diagnóstico e tratamento adequado. Evitando assim
problemas na vida adulta do indivíduo. Sugere-se que para o diagnóstico, haja uma
um resultado satisfatório, pois o diagnóstico rotula a criança e isso pode dificultar suas
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Referências Bibliográficas
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Chequer, M.A. A., Martinelli, J. C. M., Almeida, M. L. L., Magalhães, R. C., & Cunha,
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Dias, L. C. D. (2012). Considerações acerca do transtorno de conduta. Monografia
Disponível em
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/49109/000828783.pdf?sequen
ce=1
Farias, C. S., Silva, C. M., Dores, M., Guimarães, R. J. S., & Santos, V. S. (2011).
http://reuni.unijales.edu.br/unijales/arquivos/28022012095411_242.pdf
Grevet, E. H., Salgado, C. A. I., Zeni, G., & Belmonte-de-Abreu, P. (2007). Transtorno
Marcelli, Daniel & Cohen, David. (2009). Infância e Psicopatologia. Trad. Fátima
Meyer, S., Del Prette, G., Zamignani, D., Banaco, R., Neno, S., & Tourinho, E. (2010).
históricas, conceituais e aplicadas (pp. 153- 174). São Paulo, SP: Roca.
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de Brasília, Brasília.
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Regra, J. A. G. (2004). Modelagem. Em C. N. Abreu & H. J. Guilhardi (Orgs), Terapia
na clínica, em exames orais e escritos. (pp. 378-383). Porto Alegre, RS: Artes
Médicas.
psicologia, 7, 223-234.
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