1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas. 4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 4.2 fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto. _____________________________________________________________________________________________ TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I Com mais de 80 milhões de pessoas forçadas a se deslocar no mundo e as travessias em embarcações precárias nas manchetes dos jornais, está cada vez mais comum ver os termos ‘refugiado’ e ‘migrante’ confundidos, tanto nos discursos da mídia, quanto no público em geral. Mas existe alguma diferença entre eles? E essa diferença é importante? Sim, existe uma diferença e sim, é importante. Os refugiados são pessoas que deixaram tudo para trás para escapar de conflitos armados ou perseguições. Com frequência, sua situação é tão perigosa e intolerável que devem cruzar fronteiras internacionais para buscar segurança nos países mais próximos, e então se tornarem um ‘refugiado’ reconhecido internacionalmente, com o acesso à assistência dos Estados, da ONU e de outras organizações. São reconhecidos como tal, precisamente porque é muito perigoso para eles voltar ao seu país e necessitam de refúgio em algum outro lugar. Para estas pessoas, a negação de uma solicitação da condição de refugiado pode ter consequências vitais. O direito internacional define e protege os refugiados. A proteção dos refugiados tem muitos ângulos, que incluem a proteção contra a devolução aos perigos dos quais eles já fugiram; o acesso aos procedimentos de asilo justos e eficiente; e medidas que garantam que seus direitos humanos básicos sejam respeitados e que lhes seja permitido viver em condições dignas e seguras que os ajudem a encontrar uma solução a longo prazo. Já os migrantes escolhem se deslocar não por causa de uma ameaça direta de perseguição ou morte, mas principalmente para melhorar sua vida em busca de trabalho ou educação, por reunião familiar ou por outras razões. Diferente dos refugiados, que não podem voltar ao seu país, os migrantes continuam recebendo a proteção do seu governo. Precisamos nos assegurar que os direitos humanos dos migrantes sejam respeitados. Ao mesmo tempo, também precisamos prover uma resposta legal adequada aos refugiados, devido à sua problemática particular. Disponível em: https://www.acnur.org/. Acesso em 8 jun. 2023 (adaptado). TEXTO II O Brasil já conta com uma nova Lei de Migração, que garante direitos e protege os estrangeiros contra discriminação. A norma (Lei 13.445/2017) substitui o Estatuto do Estrangeiro, herdado do regime militar. A elaboração da legislação, que tem como princípios a igualdade de direitos e o combate à xenofobia e à discriminação, vinha sendo defendida desde a redemocratização do Brasil. O texto entrou em vigor em 24 de novembro de 2017. Segundo o consultor legislativo Tarciso Dal Maso Jardim, a nova lei considera o migrante como um sujeito de direitos no sentido mais amplo possível, incluindo o brasileiro que sai para o exterior, e acolhe todos os tratados ratificados e absorvidos pelo regime constitucional brasileiro. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/. Acesso em 08 jun. 2023 (adaptado).
TEXTO III TEXTO IV
Falta de informação, dificuldades com o idioma e acesso à documentação são os principais obstáculos para os estrangeiros no país. A conclusão é da pesquisa “Migrantes, apátridas e refugiados: subsídios para o aperfeiçoamento de acesso a serviços, direitos e políticas públicas no Brasil”, pelo Ministério da Justiça. O objetivo do estudo foi apontar entraves normativos, institucionais e estruturais de acesso a direitos e serviços dos migrantes no país e identificar gargalos na construção das políticas públicas. Entre os imigrantes que participaram da pesquisa, 74% disseram que se sentiram discriminados no acesso a serviços públicos pelo fato de serem imigrantes e 18% afirmaram ter sofrido violações de seus direitos. A pesquisa revela que, para melhorar a acolhida e a proteção aos imigrantes, é preciso uma série de ações, entre elas assegurar todos os direitos, independentemente do status migratório e da regularidade migratória destas pessoas no Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/; Acesso em 8 jun. 2023 (adaptado). Disponível em: https://www.politize.com.br/. Acesso em: 23 mai. 2023. _______________________________________________________________________________________________ PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre “Do humanitarismo à intolerância: a realidade de estrangeiros no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.