Você está na página 1de 34

Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.

com
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Bons
estudos
Olá, aproveite o seu atlas, você o ganhou
por participar do treinamento em
Análises Clínicas da CURSAU em
parceria com a MICROLAB.

Nós da Microlab ficamos muito felizes


em poder ajudar em seu crescimento
profissional.

Se você tiver interesse, conheça os


nossos cursos em nosso site:
microlabassessoria.com.br

Atenciosamente, Prof. João Marcelo


Oliveira, Microbiologista.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Conheça o nosso e-book

Procedimentos
Laboratoriais em
Microbiologia Clínica

COMPRE O SEU EM NOSSO SITE:


https://www.microlabassessoria.com.br/ebook-
procedimentos

de R$ 97,99 por
apenas, R$ 67,99
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Utilize a tabela de reações bioquímicas a seguir


para a identificar as principais Enterobacterales
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Principais características das colônias


de bactérias de interesse médico

Quanto ao tamanho
Pequena1, média2, grande3, gigante4

Quanto a forma
Puntiforme5, circular6, filamentosa, irregular7 ou rizoide

Elevação/espessura da colônia
Achatada8, elevada, convexa9, côncava, polvinada, umbonada10, umbilicada

Quanto a borda/extremidades
Inteira11, ondulada, lobada, irregular, filamentosa, curva

Características da superfície
Apresenta brilho?12, seca8 lisa, rugosa13, papilada?

Densidade
Opaca, translúcida ou transparente

Consistência
Butirácea, viscosa14, quebradiça ou membranosa

Coloração/pigmentação
Branca15, leitosa, esverdeada16, amarelada, vermelha17. Possui pigmento?18 Pigmento
difusível19 ou apenas na colônia20?

Perfil hemolítico
Alfa21, beta22 ou gama hemolítico23

Quanto ao odor
Pútrido, frutado, chulé, cheiro, mofo.
diferentes meios
microbiano em
Glossário de

crescimento

de cultura
placas do
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Interpretação do crescimento
Microbiano em diferentes meios de
cultura

Apesar de ser um meio usado para


coprocultura e bom para o isolamento de
Salmonela-Sigella, o Ágar SS permite o
crescimento de outros bacilos gram negativos,
como Klebsiella, Escherichia coli, Proteus,
portanto, o reconhecimento de colônias de
outros grupos de microrganismos é muito
importante neste meio.

Ágar Cromogênico Candida é um


meio comercial, muito utilizado
para diferenciar as três principais
e mais frequentes espécies de
Candida encontradas em
diferentes materiais.

Candida krusei

Candida tropicalis

Candida albicans
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Observe o crescimento de uma colônia


beta hemolítica e nas suas proximidades
o crescimento de uma colônia bem
pequena. Isso acontece, muito
provavelmente, pois, a bacteria beta-
hemolítica produziu ou liberou nutrients,
favorecendo o crescimento da bacteria
menor.

Nesta placa, observa-se o crescimento de


multiplos microrganismos. Colônias
grandes heta hemolíticas e uma colônia
menor, de borda escura e mucoide,
sugestiva de Klebsiella (seta).
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Crescimento característico de Escherichia coli em ágar


Macconkey, evidenciando colônias secas, umbonadas (centro
protuberante), prescipitado de sais biliares, bordas irregulares.

Crescimento de um não fermentador de lactose em Macconkey,


colônia um pouco mucoide, bordas mal definidas.

Crescimento de um fermentador de lactose em Macconkey.


Observe tonalidade de rosa, mais forte do que o padrão visto em
E. coli, porém, também apresenta prescipitação de sais de bili,
com bordas irregulares, muito sugestivo de Citrobacter spp.

Observe a prescipitação de sais de bili, com bordas irregulares,


muito sugestivo de Citrobacter spp.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Crescimento de um não fermentador em ágar Macconkey, bordas


firmes e lineares. Colônias desse tipo, não é fácil sugerir um
possível “suspeito”.

Crescimento em Macconkey de um não fermentador, produtor de


pigmento verde. Este pigmento é muito característicos de cepas de
Pseudomonas aeruginosa. Oberve também uma colônia um pouco
mucoide, de bordas irregulares (o que sugere motilidade).

Crescimento em Macconkey de um não fermentador, produtor de


pigmento esverdeado escuro. Este pigmento é muito
característicos de cepas de Pseudomonas aeruginosa. Além do
pigmento escuro, observe também “tons metalizados nas bordas
das colônias. Esse tipo de fenômeno é visto com frequência em
cepas de Pseudomonas de pacientes hospitalizados em uso de
diferentes antimicrobianos e corticoides. Oberve também uma
colônia um pouco mucoide, de boras irregulares.

Observe vários “tons diferentes” de Pseudomonas em Macconkey.


Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Observe a cor verde escura do Mueller-Hinton, em um


antibiograma de Pseudomonas aeruginosa.

Observe as bordas irregulares, cor metalizada (lembra enfeites de


natal) de uma cepa de Pseudomonas aeruginosa proveniente de
uma amostra de secreção traqueal de paciente UTI, em uso de
antimicrobianos e corticoides.

Pseudomonas aeruginosa demostrando motilidade em ágar SIM


disposto em placa de Petri.

Pseudomonas aeruginosa em ágar sangue. Observe que o meio de


cultura ficou escuro por conta do pigmento produzido.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Pseudomonas aeruginosa beta hemolítica.

Pseudomonas aeruginosa beta hemolítica.

Pseudomonas aeruginosa produzindo pigmento em ágar TSI.

Pseudomonas aeruginosa em ágar sangue.


Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Escherichia coli em Macconkey, prescipitando sais de bili.


Observe o centro da colônia com um “afundamento ao centro”.

Escherichia coli em Ágar Sangue produzindo beta hemólise.

Enterobacter, cepa mucoide em ágar Macconkey.

Enterobacter, em ágar sangue.


Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Acinetobacter balmanii em Macconkey.

Diferentes tons de bacilos fermentadores de lactose em ágar


Macconkey.

Diferentes tons de bacilos fermentadores de lactose em ágar


Macconkey (E. coli, na seta).

Crescimento de múltiplos microrganismos em ágar Macconkey (3


BGN diferentes).
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Crescimento de bacilo gram positivo em ágar chocolate.


Crescimento sugestivo de Bacillus cereus.

Staphylococcus aureus (amarelo) e Staphylococcus epidermidis


(rosa) em ágar manitol salgado.

Cepa hiper mucoide de Klebsiella pneumonia. Observe que não é


possível distinguir ou quantificar as colônias, apenas uma massa
de muco sobre a superfície do meio. Assim como as Pseudomonas,
cepas de Klebsiella também podem produzem esse pigmento
metalizado em culturas de pacientes em UTI, especialmente
aqueles em tratamento prolongado por antimicrobianos e
corticoides.

Crescimento de Streptococcus beta hemolítico em ágar sangue.


Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Proteus em ágar CLED.

Staphylococcus aureus em ágar sangue.

Cepa mucoide de Acinetobacter balmanii em ágar Macconkey.

Cepa de Acinetobacter spp demonstrando imotilidade em ágar


SIM semi-sólido em placa pequena.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Streptococcus pneumoniae em ágar chocolate.

Streptococcus agalactiae em ágar sangue.

Colônias de Salmonella spp (pretas) e de E. coli (branco-


amarelada) em ágar XLD.

Enterococcus spp em ágar sangue.


Meios de cultura
utilizados para cultura de
fungos e bactérias em
laboratórios clínicos
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Sangue e
Chocolate
O Ágar Sangue (AS) é um meio de cultura
muito nutritivo, não seletivo para cultivo dos
principais microrganismos como: Gram positivos,
Gram negativos, leveduras e fungos filamentosos, a
partir de diversos tipos diferentes de materiais
clínicos.
O ágar Chocolate (AC) consiste em um meio
enriquecido com suplementos altamente nutritivos
que favorece o crescimento de diversos patógenos
fastidiosos como Haemophilus spp. e Neisseria spp.
isolados de materiais clínicos nobres como: LCR,
aspirados diversos e diferentes líquidos cavitários. É
possível adicionar bacitracina no meio, de modo a
facilitar o desenvolvimento de espécies como
Haemophilus spp., promovendo leve inibição a
alguns microrganismos da microbiota.

Formulação básica:
A formulação tanto do AS quanto AC é
composta basicamente por extrato de levedura que
fornece nitrogênio, carbono, aminoácidos e vitaminas.

Como o meio é preparado?


• Após esterilização, o meio base preparado para dar
origem ao AS necessita resfriar a pelo menos 60°C,
assim, ao adicionar o sangue (carneiro, coelho ou
cavalo desfibrinado) não acontecerá hemólise dos
eritrócitos.
• No caso do AC, após a esterilização o meio é
resfriado naturalmente a 90-70°C. Em seguida,
adicionamos o sangue. A cor do meio se torna
marrom, indicando a lise dos eritrócitos.
• AC preparado com sangue não desfibrinado
apresentam riscos e vestígios de hemólise e outros
inesperados.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Mueller-Hinton
O Ágar Mueller-Hinton é um dos meios mais Formulação básica
utilizados para os ensaios de susceptibilidade aos
Sua formulação clássica é composta de
antimicrobianos, especialmente na rotina da
hidrolisados de caseínas e extrato de carne, que por
bacteriologia. Falamos em rotina da bacteriologia, mas,
sua vez são fontes de aminoácidos, nitrogênio,
eventualmente ele é utilizado também para ensaios a
minerais, vitaminas, carbono e outros fatores que
sensibilidade a antifúngicos, apesar da primeira escolha
potencializam o crescimento de microrganismos. O
para esse fim, ser o MOPS-RPMI 1640 com glicose
amido atua como uma substância protetora contra
(2%). Para a rotina da bacteriologia ele é amplamente
moléculas tóxicas que podem estar presentes no meio.
utilizado para os testes por meio da técnica de Kirby-
A hidrólise de amido durante a esterilização fornece
Baue, disco difusão em placa. Na micologia, apesar de
uma pequena quantidade de glicose.
ser o mesmo princípio, utiliza-se além da técnica de
semeadura justaposta em pelo menos cinco direções
diferentes, a técnica de semeadura com a alça de Características e comentários gerais
Drigalski, em nosso curso mostramos como essa técnica
funciona e como é útil para essa finalidade. • No momento do preparo, esse meio de cultura pode
ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua
composição.
• Considerar uma quantidade mínima do meio em
placa, de pelo menos 4mm de espessura.
• Deve ser preservado em geladeira, para evitar
ressecamento.
• O tipo de estriamento feito é específico para os testes
de sensibilidade, para bactérias, fazer estriamento
justaposto em pelo menos cinco direções diferentes.
• Para fungos filamentosos ou leveduras, pode-se
utilizar além da técnica descrita acima, a técnica de
semeadura pela alça de Drigalski.
• O MOPS-RPMI 1640 é um dos meios utilizados para
ensaios de susceptibilidade aos antifúngicos. Nele é
possível usar disco ou fita tipo E-test.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar CLED
Apesar de estar cada vez menos sendo usado Formulação básica
nas rotinas em bacteriologia, visto que hoje o mercado
oferece um número significativo de meios que favorecem Os nutrientes são fornecidos pelas peptonas de
a agilidade da rotina na urocultura, o CLED é um meio caseínas e gelatina e extrato de carne de vaca. A lactose
de cultura que ajuda a presumir alguns isolados fornece uma fonte de energia para os organismos com
fermentadores ou não. Este meio suporta o crescimento capacidade para utilizá-la através de um mecanismo
de agentes patogênicos e contaminantes urinários, mas fermentativo. O indicador de pH nesse meio de cultura é o
evita a proliferação indevida do véu das espécies de azul de bromotimol. A cistina permite o crescimento de
Proteus spp devido a sua deficiência ou até mesmo bactérias coliformes, sendo geralmente de crescimento
ausência de eletrólitos. pobre, evidenciado por colônias pequenas. As fontes de
eletrólitos são reduzidas ou podem estar ausentes para
minimizar a proliferação de espécies de Proteus e seu véu,
que por vez prejudica a identificação de outras bactérias. O
véu de Proteus, atrapalha no reisolamento também, pois, o
seu movimento ocorre para outras regiões do meio, inclusive
sobre outras colônias ou até mesmo suprimindo o seu
crescimento. Deste modo, o meio permite a determinação
quantitativa de agentes patogénicos urinários incluindo o
Proteus.

Preparo, caracterização dos isolados e estudos


preliminares
• No momento do preparo, esse meio de cultura pode ser
esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua função.
• O semeio feito no CLED é específico para quantificação,
sendo necessário fazer um risco no centro da placa e em
Ágar CLED, estriamento para
seguida estriamento sobreposto ao risco central (imagem 1).
quantificação, indicando fermentação
• Fermentadores da lactose, crescem com colônias
negativa para lactose.
amareladas, tornando o meio também amarelo ou
transparente ao redor da colônia (imagem 2).
• Não fermentadores da lactose, crescem com colônias
translúcidas, não alterando a cor do meio, permanecendo
esverdeado.

Ágar CLED, estriamento para


quantificação, indicando fermentação
positiva para lactose.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar MacConkey
O ágar de Macconkey é um meio
diferencial ligeiramente seletivo, utilizado para o
isolamento e diferenciação de Enterobacterales e
uma variedade de outros bastonetes Gram negativos
provenientes de amostras clínicas. Fala-se de um
meio ligeiramente seletivo pois a concentração de
sais biliares, que inibe os microrganismos Gram-
positivos, é reduzida quando comparados a outros
meios de cultura, como é o caso do ágar SS.

Formulação básica

Sua formulação clássica traz como


principais nutrientes, que podem variar entre os
fabricantes, as peptonas fornecem os nutrientes. O
cristal violeta inibe as bactérias Gram positivas,
especialmente Enterococcus e os Staphylococcus. A
Características e comentários gerais
diferenciação de microrganismos entéricos faz-se
através da combinação de lactose e do indicador de • No momento do preparo, esse meio de cultura pode
pH vermelho neutro. Produzem-se colónias ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua
incolores ou de cor rosa a vermelho consoante a função. É importante sempre atentar-se para as
capacidade do isolado para fermentar o hidrato de orientações do fabricante.
carbono.
• Crescimento de microrganismos fermentadores de
lactose apresenta colônias de coloração rosa, com ou
sem zona de precipitado de sais biliares (imagem 1,
seta branca).
• Não fermentadores de lactose apresentam colônias
sem coloração (imagem 2, seta preta).
• Klebsiella spp cresce em abundância, apresentando
sua característica espessa, cremosa e mucoide
(imagem 3).
• Proteus ssp pode reduzir o meio alterando a
coloração de vermelho para amarelo.
• Serratia spp, crescem com colônias de cor vermelho
intenso, podendo demorar mais que 24 horas para
apresentar essa característica (imagem 4).
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar e Caldo BHI


O meio de cultura a base de infusão de
coração e cérebro, mais conhecido como BHI (do
inglês Brain Heart Infusion) é um meio de cultura
não seletivo e não diferencial para microrganismos
exigentes. Apresenta-se em forma de caldo (caldo
BHI) e sólido (ágar BHI). É usado frequentemente
na rotina da bacteriologia ou micologia para o
cultivo de organismos fastidiosos e amostras
aparentemente pobres em microrganismos. É
utilizado para manutenção de cepas em geladeira
e/ou freezer -80°C, adicionando-se glicerol.

Formulação
Esse meio é rico em nutrientes como peptonas
para o fornecimento de nitrogênio, vitaminas, enxofre
e carbono para esse tipo de cultura. Apresenta também
glicose como fonte de carbono para o processo de Ágar BHI com semeadura simples. S. aureus.
produção de energia.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar
Salmonella-Shigella (SS)
Esse meio de cultura é considerado
diferencial e seletivo, frequentemente utilizado no Formulação básica
isolamento de bacilos entéricos patogênicos, Sua formulação clássica contém extratos de
especialmente os que pertencem ao gênero carne bovina, hidrolisados péptico de tecido animal,
Salmonella, provenientes de amostras clínicas. Sua pancreático de caseína, sais biliares, verde brilhante,
seletividade, considerada moderada, está baseada no lactose e outros que fornecem diferentes fontes de
grau de inibição dos microrganismos Gram-positivos nutrientes.
e outras Enterobacterales que não a Salmonella e a
Shigella. Neste meio há um teor considerado de sais Características e comentários gerais
biliares, verde brilhante e citratos. A diferenciação
• No momento do preparo, esse meio de cultura não
presuntiva de organismos entéricos é feita por meio
pode ser esterilizado em autoclave. É importante
da fermentação da lactose. Os organismos que
sempre atentar-se para as orientações do fabricante.
fermentam a lactose acidificam o meio, tornando
essas colônias de cor rosa a tons avermelhados. Os • Os organismos que fermentam a lactose produzem
não fermentadores da lactose produzem compostos ácido que, na presença do indicador vermelho neutro,
tóxicos, como o Sulfeto de Hidrogênio, evidenciado resulta na formação de colônias rosas ou vermelhas
pela presença do tiossulfato de sódio e citrato férrico. (imagem, seta branca e amarela, respectivamente).
• Os organismos não fermentadores da lactose
eventualmente formam colônias de centro preto,
indicando a produção de H2S (imagem, seta azul).

Ágar SS, estriamento simples localizado, indicando


fermentação positiva para lactose, rosa, (seta
branca), sugerindo Salmonella spp, considerando a
característica mucoide da colônia. Na seta amarela,
sugere colônias de E. coli, de cor mais forte,
aproximando-se ao vermelho. As colônias pretas
sugerem Proteus spp (seta azul).
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Eosina Azul de


Metileno (EMB)
O ágar EMB é um meio de cultura Formulação básica
ligeiramente seletivo, para isolamento e
diferenciação de bacilos entéricos Gram negativos Sua formulação clássica contém corantes de
provenientes de amostras clínicas. Apesar de ser eosina Y e azul de metileno que inibe as bactérias
utilizado para isolamento e identificação presuntiva Gram-positivas na maioria das vezes. Os corantes
de organismos de interesse clínico, os coliformes funcionam também como indicadores de
podem crescer produzindo colônias pretas-azuladas. diferenciação em resposta à fermentação da lactose
Esse meio de cultura é incluído no conjunto de e/ou sacarose por microrganismos. Falamos em um
meios de isolamento de seletividade reduzida para a e/ou outro carboidrato pois a primeira formulação
Salmonella de amostras fecais e de outros tipos. (Holt-Harris e Teague 1916) tinha como fonte de
Isolados de Salmonella e Shigella apresentam energia a glicose. A sacarose é inserida (Levine) pois
colônias incolores ou ligeiramente âmbar sua fermentação é rápida. Mais rápida do que a
transparente. Escherichia coli poderão apresentar lactose, como proposto na formulação original de
um reflexo verde metalizado característico, isso se Holt-Harris e Teague.
deve à rápida fermentação da lactose.

Características e comentários gerais


• No momento do preparo, esse meio de cultura
pode ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a
sua função.
• Colônias de E. coli têm crescimento bom a
excelente; apresentam-se em cor preta azulada com
reflexo verde metalizado (imagem 1).
• Gram positivos, leveduras e outro tem seu
crescimento inibido ou parcialmente inibido.
• Isolados de Salmonella e Shigella apresentam
crescimento que pode variar de razoável, bom a
excelente. Suas colônias são acinzentadas ou âmbar,
eventualmente incolores, respectivamente.

Ágar EMB, estriamento por esgotamento, indicando


fermentação positiva para sacarose, por meio das
colônias de rastro metalizado, E. coli (seta).
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Manitol Salgado


O Ágar Sal Manitol é um meio seletivo Caracterização dos isolados e estudos preliminares
para isolamento de Staphylococcus patogênicos a
partir de amostras clínicas. A concentração de 7,5%
de cloreto de sódio determina uma completa • A fermentação com manitol, conforme indicada por
inibição da maioria das bactérias, exceto uma alteração no indicador vermelho de fenol, ajuda
Staphylococcus. A fermentação do manitol é na diferenciação das espécies de Staphylococcus.
indicada pela tonificação do vermelho de fenol e • Os Staphylococcus com resultados positivos para a
permite a diferenciação de cepas desse grupo de coagulase produzem colônias amarelas amarelando
microrganismos. também o meio, indicando a fermentação do manitol,
como é o caso do Staphylococcus aureus (seta preta).
Formulação • Quando na presença de um Staphylococcus coagulase
negativa, a cor da colônia pode variar.
Sua formulação tradicional apresenta • Staphylococcus epidermidis geralmente formam
extrato de carne e a peptona especial, esses colônias rosadas ou vermelhas (seta branca).
consistem em fontes de nitrogênio, carbono,
enxofre e outros fatores necessários para o
crescimento.

Ágar Manitol com estriamentos simples localizados.


Sugerindo S. aureus (colônias amarelas, seta preta) e S.
epidermidis (colônias rosas, seta branca).
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Meios para Série


Bioquímica
Ágar TSI
O Ágar Tríplice Açúcar Ferro (TSI) é um Características e Comentários Gerais
meio utilizado para diferenciação de
enterobactérias de acordo com: fermentação de
lactose, glicose e sacarose e produção de sulfeto • Este meio possui indicador de pH vermelho de fenol
(H2S) de hidrogênio e dióxido de carbono (CO2) que em meio ácido muda sua coloração de vermelho
para amarelo, ou seja, se bactéria fermentar algum dos
açúcares o meio tem sua coloração alterada.
Formulação

Sua formulação clássica traz peptona,


lactose, sacarose, glicose, cloreto de sódio, extrato
de bife e levedura, sulfato férrico, tiossulfato de
sódio e vermelho de fenol
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Citrato Caldo Malonato


Algumas bactérias utilizam o citrato como Determina a habilidade do microrganismo de
única fonte de carbono. O Citrato de Simmons Ágar utilizar malonato de sódio como fonte de carbono, e o
permite avaliar a utilização do citrato pela bactéria sulfato de amônio como única fonte de nitrogênio,
em análise através de seu crescimento ou através da produzindo hidróxido de sódio, o qual alcaliniza o
alcalinização do meio (mudança da coloração meio e o mesmo torna-se azul.
esverdeada original para azulada). A mudança de cor verde para azul é propiciada
pela redução do pH visualizada através da viragem do
indicador Azul de Bromotimol.
Ágar SIM
Ágar Indol Sulfeto Motilidade (SIM) é um
Caldo Lisina
meio semi sólido usado para diferenciar bacilos
entéricos com base na produção de sulfeto de
Descarboxilase
hidrogênio, formação de indol e motilidade.
As descarboxilases são um grupo de enzimas,
capazes de reagir com o grupo carboxila dos
Ágar Ureia aminoácidos para formarem aminas alcalinas.
O Caldo Lisina Descarboxilase possui peptonas
e extrato de leveduras que favorecem o crescimento
Meio de cultura é utilizado principalmente bacteriano. A fermentação de glicose abaixa o pH e
na diferenciação de microrganismos, especialmente este fica amarelo. Se ocorrer atividade da enzima lisina
da família Enterobacteriaceae, com base na descarboxilase o pH aumentará, devido a
produção da enzima urease. transformação da lisina em uma amina primária: a
Os microrganismos que possuem atividade cadaverina , e o meio voltará a apresentar uma
urease hidrolisam a uréia. A alteração da cor do coloração roxa.
indicador para rosa (pH alcalino) é devido a
produção de íons de amônia.

Ágar Fenilalanina
É um meio que verifica a capacidade da
bactéria de produzir ácido fenilpirúvico a partir da
fenilalanina por ação da enzima fenilalanina
desaminase.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Sabouraud

O Ágar Sabouraud dextrose é um meio de


cultura para cultivo de fungos filamentosos e
leveduriformes de amostras diversas. Atualmente
sua composição apresenta componentes que
favorecem o crescimento de diferentes grupos de
fungos. As peptonas existentes no meio de cultura
são fontes de compostos nitrogenados, excelentes
para o desenvolvimento de fungos. A dextrose em
grandes quantidades, proporcionam uma fonte de
energia para o desenvolvimento de microrganismos,
ao mesmo passo que auxilia na diminuição de
contaminantes bacterianos, uma vez que as
bactérias não toleram altas concentrações desse
carboidrato. Associada a presença de grandes
quantidades de dextrose, o baixo nível de pH que
naturalmente é ideal para os fungos, torna o meio
inapropriado para o desenvolvimento de bactérias.
O cloranfenicol é um antibiótico de largo espectro Ágar Sabouraud com semeio por pique central.
que inibe uma grande variedade de bactérias Gram Cultura de Aspergillus niger.
negativas e Gram positivas e pode ser adicionado,
na nossa aula de preparo dos meios de cultura
mostramos como e quando fazer a adição.

Formulação básica
Sua formulação clássica apresenta diferentes
fontes nutricionais para os fungos como: peptonas,
glicose, digestão enzimática de caseína, de tecidos
animais e ágar como componente solidificador.

Caracterização dos isolados e estudos preliminares


• No momento do preparo, esse meio de cultura pode
ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua
função. É importante sempre atentar-se para as
orientações do fabricante. Esse meio é altamente
higroscópico.
• Fungos filamentosos e leveduras crescem
abundantemente nesse meio.

Ágar Sabouraud com semeio por pique central.


Cultura de Aspergillus spp.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Mycosel
O Ágar Mycosel é um meio de cultura altamente seletivos usados no isolamento de fungos
patogênicos provenientes de materiais que possuem uma microbiota contaminante como alguns fungos ou
bactérias. É especialmente útil no isolamento de dermatófitos. Eventualmente é utilizado para auxiliar no
diagnóstico da Criptococose, tendo em vista que as espécies complexas de Cryptococcus neoformans e
Cryptococcus gattii são sensíveis a cicloheximida.

Formulação básica
Sua formulação clássica contém nutrientes fornecidos pelas peptonas. A dextrose é a principal fonte de
energia. A Cicloheximida é usada numa variedade de meios para o isolamento de fungos patogênicos, para
inibir fungos não patogênicos, como os bolores e leveduras saprófitas. O Cloranfenicol é um antibiótico de
largo espectro, que possui uma ação inibidora para uma grande variedade de bactérias Gram-negativas e Gram-
positivas, mas que poderá ter um efeito inibidor sobre vários fungos, portanto é importante saber a finalidade e
como o meio será usado para fazer tais suplementações.

Caracterização dos isolados e estudos preliminares


• No momento do preparo, esse meio de cultura pode ser esterilizado em autoclave sem prejuízos a sua função.
É importante sempre atentar-se para as orientações do fabricante. Esse meio é altamente higroscópico.
• Fungos filamentosos e leveduras crescem abundantemente nesse meio.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Semente de Niger


ou de Girassol
O Ágar Semente de Niger (ASN ou NSA)
é frequentemente utilizado para diferenciar culturas Preparo do meio propriamente dito
sugestivas de Cryptococcus de outras leveduras que
não Cryptococcus, quando a amostra foi • Preparar o extrato de semente (niger ou girassol), se
confirmada por Gram ou Nanquim com sugestão possível quebradas em liquidificador, utilizando 100g
para levedura capsulada. Dentre as leveduras do de semente.
gênero Cryptococcus, apenas C. neoformans e C. • Aquecer em panela de pressão por aproximadamente
gattii são capazes de produzir melanina. Na 10 min.
ausência da semente de niger, é possível substituir
por semente de girassol, uma vez que ambas as • Utilizar essa infusão após filtração e adicionar água
sementes apresentam compostos orto e para- até completar 1000ml.
difenólicos para produção de melanina por essas • Em seguida adicionar os demais componentes:
leveduras. • 2g de glicose.
• 0,2g de creatinina.
Formulação
• 20g de ágar tipo 1.
Sua formulação clássica é muito simples, apresenta
infusão das sementes de niger ou girassol, peptona, • 2g de peptona.
glicose, eventualmente ureia e ágar como
componente solidificador. • Misturar e aquecer até ferver.
• Esterilizar em autoclave.
Forma de preparo • Após resfriamento (60C aprox.) adicionar 10mg
• Para o preparo desse meio de cultura se faz cloranfenicol.
necessário ambiente estéril, assim como todos os
• Verter em placas ou tubos (sugiro tubo)
equipamentos envolvidos no processo.
• Equipamentos de proteção individual também
estéril como luvas e jaleco.

Ágar Semente de Girassol, semeio


por estriamento simples em placa
tripartida, evidenciando colônias
de cor marrom, sugerindo
Ágar Niger, semeio por estriamento
simples localizado para controle de Cryptococcus spp (seta branca).
qualidade com cepa de Candida Contaminante filamentoso (seta
preta).
albicans (seta preta) e Cryptococcus
neofornans (seta branca).
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Ágar Canavanina-Glicina-
Azul de Bromotimol

O ágar Canavanina-Glicina-Azul de Bromotimol (CGB) é o meio de cultura utilizado quando o


objetivo é diferenciar fenotípicamente os dois complexos de espécies Cryptococcus neoformans de
Cryptococcus gattii. A L-Canavanina, um análogo de arginina, é um inibidor natural de Cryptococcus
neoformans. Cryptococcus gattii cresce normalmente, mesmo na presença desse aminoácido, considerando-se
resistente a sua presença.

Formulação
Sua formulação clássica traz diferentes fontes nutricionais. Apresenta glicina, sendo essa a sua única fonte de
carbono e nitrogênio, sulfato de magnésio e fosfato de potássio, cloridrato de tiamina, L-canavanina, ágar como
componente solidificador e outros.

Forma de preparo
• Para o preparo desse meio de cultura se faz necessário ambiente estéril, assim como todos os equipamentos
envolvidos no processo.
• Equipamentos de proteção individual também estéril como luvas e jaleco.

Preparo da solução A
10g de glicina.
1g de fosfato de potássio. • Todos os componentes devem ser
adicionados em 100ml de água destilada
1g de sulfato de magnésio. estéril.
30mg de sulfato de L-canavanina. • O pH deve ser ajustado para 5,6.
• A solução A deve ser filtrada em filtro tipo
1mg de Cloridrato de tiamina. Milipore 0,45.

Preparo da solução B
• 0,4g de azul de bromotimol.
• Dissolver em 100ml de água destilada estéril.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Preparo do meio de cultura propriamente dito Atenção


• 20ml de solução B. • Em nossa experiência, para fins de testes apenas,
usamos meios de até 1 ano mantidos em geladeira sem
• 20g de ágar base tipo 1. congelamentos e/ou descongelamentos. Atenção para
• Adicionar em 880ml de água destilada, agitar e usar apenas meios não ressecados.
homogeneizar por aquecimento e esterilizar em • A solução A, pode ser mantida em congelador. Em
autoclave por 15min a 121C. nossa experiência, temos solução que foi congelada
• Após esterilizar, enquanto ainda quente, adicionar por um ano e 9 meses e ainda mostrou viabilidade.
100ml da solução A. • Para o meio que sobrou, pode armazenar na
• Homogeneizar muito bem. geladeira, mas não pode autoclavar novamente. Em
• Dispensar em placas/tubos. nossa experiência, descongelamos em micro-ondas.
• Em nossa rotina, “autoclavamos” por 10 min a 110°C
• Guardar em geladeira, passando fita tipo parafilm. e mesmo assim mostrou viabilidade.
• A validade pode variar de 4 a 6 meses. • Para padronizar o processo de re-autoclavar o meio
remanescente, testamos com as cepas padrão WM:
148 (VNI), 626 (VNII), 628 (VNIII) e 629 (VNIV)
para Cryptococcus neoformans; e 179 (VGI), 178
VGII, 161 VGIII e 779 VGIV, para Cryptococcus
gattii.

Placas amarelas, não apresentam crescimento ou alteração


na cor do meio quando semeia-se C. neoformans. Placa
com semeio em azul cobalto, indica crescimento de C.
gattii.
Licenciado para - Mayara Aparecida da Silva Nascimento - 16282798779 - Protegido por Eduzz.com

Conheça o nosso e-book

Procedimentos
Laboratoriais em
Microbiologia Clínica

COMPRE O SEU EM NOSSO SITE:


https://www.microlabassessoria.com.br/ebook-
procedimentos

de R$ 97,99 por
apenas, R$ 67,99

Você também pode gostar