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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA URBANA

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA BACIA DO RIO FARTURA:


ABRANGENDO OS MUNICÍPIOS DE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO-SP, SÃO
SEBASTIÃO DA GRAMA-SP, VARGEM GRANDE DO SUL-SP E ÁGUAS DA
PRATA-SP, NA ESCALA 1:50.000.

VOLUME I

CÁSSIA DE ÁVILA RIBEIRO JUNQUEIRA FALEIROS

São Carlos

2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA URBANA

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA BACIA DO RIO FARTURA:


ABRANGENDO OS MUNICÍPIOS DE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO-SP, SÃO
SEBASTIÃO DA GRAMA-SP, VARGEM GRANDE DO SUL-SP E ÁGUAS DA
PRATA-SP, NA ESCALA 1:50.000.

VOLUME I

CÁSSIA DE ÁVILA RIBEIRO JUNQUEIRA FALEIROS

Tese apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Engenharia Urbana da
Universidade Federal de São Carlos,
como parte dos requisitos para a
obtenção do título de Doutor em
Engenharia Urbana.

Orientação: Prof. Dr. Reinaldo Lorandi

São Carlos

2012
Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da
Biblioteca Comunitária/UFSCar

Faleiros, Cássia de Ávila Ribeiro Junqueira.


´F187zg Zoneamento geoambiental da bacia do rio Fartura :
abrangendo os municípios de São José do Rio Pardo-SP,
São Sebastião da Grama-SP, Vargem Grande do Sul-SP e
Águas da Prata-SP, na escala 1:50.000 / Cássia de Ávila
Ribeiro Junqueira Faleiros. -- São Carlos : UFSCar, 2012.
194 f. - (2 v.).

Tese (Doutorado) -- Universidade Federal de São Carlos,


2012.

1. Planejamento físico-ambiental. 2. Zoneamento


ambiental. 3. Bacias hidrográficas. 4. Sistemas de
informação geográfica. I. Título.

CDD: 711.42 (20a)


AGRADECIMENTOS

A Deus por guiar meus caminhos nos momentos mais difíceis.


Ao Professor Reinaldo Lorandi, pelos seus conhecimentos transmitidos, auxílio
nas incursões a campo, apoio, confiança e orientação dispensados durante a elaboração
deste trabalho.
Aos professores Sérgio Antonio Röhm, José Augusto de Lollo, Maria Eugênia
Bruck de Moraes, Edson Augusto Melanda, Cláudio Jorge Cançado e Francisco Antonio
Dupas pela disponibilidade e sugestões valiosas.
Ao técnico do laboratório de mecânica dos solos Sidnei Muzetti, pelo auxílio
nos ensaios de laboratório e ensinamentos práticos.
À Universidade Federal de São Carlos, pela oportunidade de desenvolver a
presente pesquisa.
À CAPES, pela bolsa de estudo fornecida.
Ao meu marido José Herbet, meu maior companheiro, pelos incentivos,
confiança e auxílios em todos os processos desta tese. E principalmente na ajuda nos
trabalhos de campo e laboratório.
Aos meus pais pelo incentivo aos estudos, além do apoio em todos os
momentos difíceis por que passei. Ao meu pai muito obrigada pelos conhecimentos práticos
das incursões à campo. À minha mãe muito obrigada por acolher tão bem em casa na
chegada do campo com cafezinhos e sempre uma palavra amiga de incentivo, além da
grandiosa ajuda nas correções do português.
Aos meus irmãos, Rogério e Thadeu e às minhas cunhadas Michele e Daniela
pelo apoio nas dificuldades.
Aos meus padrinhos Carmen, Sérgio, Marisa e Zinha pela força e confiança
À D. Arlete, Vanessa e Andressa pelo incentivo nesta jornada final.
À minha amiga Bruna Felicio pela grande força em todos os momentos desta
jornada, fazendo acreditar sempre que tudo ia dar certo.
Aos amigos Flávia e Daniel pelos momentos de confraternização distraindo
um pouco a cabeça do doutorado.
E à minha cachorrinha Debby que sempre me olhou com carinho nos
momentos de desespero.
RESUMO

ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA BACIA DO RIO FARTURA: ABRANGENDO OS


MUNICÍPIOS DE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO-SP, SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA-SP, VARGEM
GRANDE DO SUL-SP E ÁGUAS DA PRATA-SP, NA ESCALA 1:50.000.

O presente trabalho traz subsídios para que se discuta a gestão ambiental a partir dos
resultados oriundos da elaboração de um zoneamento geoambiental, observando os
preceitos estabelecidos pelo desenvolvimento sustentável e conjugando a procura do
desenvolvimento econômico às limitações impostas pelo meio ambiente. Toma-se como
área de estudo a bacia hidrográfica do rio Fartura com área de 227 km² que abrange os
municípios de São José do Rio Pardo-SP, São Sebastião da Grama-SP, Vargem Grande do Sul-
SP e Águas da Prata-SP. Busca-se estudar uma forma de organizar as atividades que forem
surgindo à medida que a população cresce, propiciando uma ocupação harmônica ao meio
ambiente envolvido, amparado na legislação e nas diretrizes urbanísticas onde se insere.
Nesse contexto, tratou-se a questão do zoneamento geoambiental, utilizando-se das
tecnologias de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Por meio de um conjunto de
produtos cartográficos, trabalho de campo e ensaios laboratoriais, apresentou-se um
diagnóstico ambiental com informações relevantes ao planejamento ambiental da bacia em
questão. No prognóstico foram desenvolvidos cenários de ocupação da bacia nos períodos
de 1987, 2000 e 2010 evidenciando a dinâmica da expansão urbana nestas cidades, das
atividades econômicas de uso do solo e o modo de preservação da vegetação nativa da
região resultando, por fim, em cenários tendenciais da ocupação na bacia hidrográfica do rio
Fartura e diretrizes do ordenamento territorial. Como resultado verificou-se que o substrato
rochoso da bacia apresentou-se bastante homogêneo com 70% inserido no Complexo
Varginha. Ao verificar a textura do solo na bacia percebeu-se que 47% da bacia possui solo
arenoso e que 86% da bacia possui acima de 50% de composição de areia em sua textura. Ao
constatar a declividade nesta verificou-se que a maioria encontra-se na faixa de 5 a 20%,
entretanto 14% da região possui declividade superior a 30%. Este fator combinado à textura
encontrada na bacia aponta o grande potencial para o desenvolvimento de processos
erosivos. Além disto, o uso inadequado nas APPs, combinado ao tipo de solo arenoso pode
levar a processos erosivos e assoreamentos na região; já em locais com solos mais argilosos
podem vir a ocorrer alagamentos. Pôde-se averiguar ainda que 35% da área possui ocupação
induzida e 24% com ocupação restrita. As demais áreas devem ser ocupadas de maneira
controlada mediante condições específicas e que o uso da agricultura deve ser mesclado à
pecuária tanto para rotatividade como também pela fertilidade do solo; nas regiões planas
podem ser aproveitadas com agricultura mecanizada e técnicas de manejo e conservação do
solo devem ser efetuadas. Quanto ao crescimento das cidades, notou-se um aumento
gradativo da ocupação urbana (1,19%).
ABSTRACT

GEO-ENVIRONMENTAL ZONING OF FARTURA RIVER BASIN, ENCOMPASSING THE


MUNICIPALITIES OF SÃO JOSÉ DO RIO PARDO, SEBASTIÃO DA GRAMA, VARGEM GRANDE
DO SUL, AND ÁGUAS DA PRATA, IN SÃO PAULO STATE, BRAZIL, AT 1:50,000 SCALE

Grounded on geo-environmental zoning, this study seeks to contribute to the discussion


about environmental management in light of sustainable development, thus bringing
together economic development and environmental constraints. The 227km2 study area –
the Fartura river basin – comprises the municipalities of São José Do Rio Pardo, Sebastião da
Grama, Vargem Grande do Sul, and Águas da Prata, in the State of São Paulo, Brazil. The
purpose of this study is to propose ways to organize activities as the populations of these
municipalities increase, thereby promoting sustainable occupation of the physical
environment in accordance with existing urban planning guidelines and legislation. To this
end, geo-environmental zoning of this river basin was conducted by means of remote
sensing and geo-processing (GIS) technologies. From cartographic documentation and
field/lab work results, an environmental diagnosis was produced, including information
relevant to environmental planning of the watershed in question. During prognosis, several
occupation scenarios for the Fartura river basin were worked out for the 1987, 2000, and
2010 periods. They shed light on the urban expansion dynamics, land use/economic
activities, and native vegetation conservation patterns of these municipalities. This prognosis
ultimately indicated emerging occupation trends for this river basin and brought about
guidelines for land-use planning. Moreover, it was possible to verify that its bedrock is quite
homogeneous, 70% of which pertaining to the Varginha Complex. With regard to its soil
texture, it was found that 47% of the Fartura river basin soil is sandy and that 86% of the soil
composition of the total watershed area is over 50% sand. As to its declivity, it was shown
that although 14% of the water basin area displays declivities higher than 30%, most of
which falls within the 5%-20% declivity range. This factor, along with its soil texture, suggests
a high likelihood of erosion processes happening in this water basin. In addition,
inappropriate land use in APPs (Permanent Conservation Areas) can lead to erosion and
silting in sections of the watershed area where sandy soil prevails and to flooding where
more clayey soils occur. It was also attested that 35% of the area has induced occupation
and 24% restricted occupation. The remaining sections should be occupied in a controlled
manner under specific conditions and their use should combine farming with cattle-raising,
with a view to both land rotation and soil fertility. Level sections of the Fartura river basin
area may profit from mechanized farming, to which soil management/conservation
techniques must be applied. As to urban occupation, the area under study showed a gradual
increase (1.19%).
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura de gerenciamento do SIGRH ................................................................................................... 24

Figura 2: Abordagens distintas dos estudos de natureza geoambiental. .............................................................. 33

Figura 3: Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Fartura nas UGRHIs no Estado de São Paulo ......................... 38

Figura 4: Localização dos municípios inseridos na BHRF ....................................................................................... 39

Figura 5: Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo ...................................................................................... 40

Figura 6: Principais Unidades Aquíferas do Estado de São Paulo.......................................................................... 42

Figura 7: Indicador de potabilidade das águas subterrâneas por aquiferos de 2007 a 2009 ................................ 43

Figura 8: Fluxograma de desenvolvimento do banco de dados geográfico da Bacia Hidrográfica do Rio Fartura
(BHRF) na escala 1:50.000, com atributos do meio físico considerados essenciais e necessários à elaboração do
Zoneamento Geoambiental .................................................................................................................................. 54

Figura 9: Fluxograma para o desenvolvimento de diretrizes para o ordenamento territorial perante os conflitos
da ocupação urbana e a capacidade de suporte do meio ambiente .................................................................... 56

Figura 10: MNT da bacia do rio Fartura ................................................................................................................. 59

Figura 11: Regiões Hidrológicas ............................................................................................................................. 64

Figura 12: Regiões Semelhantes quanto ao parâmetro C ..................................................................................... 67

Figura 13: Equipe de campo. Da esquerda para a direita (José Herbet Faleiros Junior, Cássia Á. R. Junqueira
Faleiros e Luiz Antonio Junqueira)......................................................................................................................... 71

Figura 14: Equipe de campo: Reinaldo Lorandi (orientador) e Cássia Á. R. Junqueira Faleiros (orientada) ......... 71

Figura 15: Delimitação das UBCs ........................................................................................................................... 80

Figura 16: Carta de Declividade medida em Graus ............................................................................................... 85

Figura 17: Distribuição das classes de declividade na bacia do rio Fartura ........................................................... 86

Figura 18: Vista de São Sebastião da Grama na bacia do rio Fartura em 3 dimensões ......................................... 87

Figura 19: Vista do distrito de São Roque da Fartura na bacia do rio Fartura em 3 dimensões ........................... 87

Figura 20: Proporção das áreas das sub-bacias e áreas de contribuição .............................................................. 89

Figura 21: Polígonos de Thiessen na bacia hidrográfica do rio Fartura ................................................................. 91

Figura 22: Distribuição dos grupos geológicos na BHRF ........................................................................................ 99

Figura 23: Detalhamento do substrato rochoso no Complexo Varginha e Complexo Pinhal ............................... 99

Figura 24: Foto 03 (Amostra 1) ............................................................................................................................ 100

Figura 25: Foto 05 (Amostras 2, 3 E 4)................................................................................................................. 100


Figura 26: Foto 06 (Amostras 5 E 6) .................................................................................................................... 100

Figura 27: Foto 08 (Amostras 7 E 8) .................................................................................................................... 100

Figura 28: Foto 10 (Amostras 9 E 10) .................................................................................................................. 100

Figura 29: Foto 21 (Amostras 11 E 12) ................................................................................................................ 100

Figura 30: Foto 24 (Amostras 13 e 14) ................................................................................................................ 101

Figura 31: Foto 43 (Amostras 15 e 16) ................................................................................................................ 101

Figura 32: Foto 52 (Amostras 17 e 18) ................................................................................................................ 101

Figura 33: Foto 54 (Amostras 19 a 21) ................................................................................................................ 101

Figura 34: Foto 56 (Amostras 22 e 23) ................................................................................................................ 102

Figura 35: foto 57 amostra 24 ............................................................................................................................. 102

Figura 36: foto 58 amostra 25 ............................................................................................................................. 102

Figura 37: foto 59 amostra 26 ............................................................................................................................. 102

Figura 38: foto 60 amostra 27 ............................................................................................................................. 103

Figura 39: foto 62 amostra 28 ............................................................................................................................. 103

Figura 40: foto 63 amostra 29 ............................................................................................................................. 103

Figura 41: foto 66 amostra 30 ............................................................................................................................. 103

Figura 42: foto 67 amostras 31 e 32 .................................................................................................................... 104

Figura 43: foto 68 amostra 33 ............................................................................................................................. 104

Figura 44: foto 69 amostras 34 e 35 .................................................................................................................... 104

Figura 45: foto 70 amostra 36 ............................................................................................................................ 104

Figura 46: foto 72 amostra 37 ............................................................................................................................. 105

Figura 47: foto 77 amostra 38 ............................................................................................................................. 105

Figura 48: foto 78 amostra 39 ............................................................................................................................. 105

Figura 49: foto 81 amostra 40 ............................................................................................................................. 105

Figura 50: foto 85 amostra 41 ............................................................................................................................. 106

Figura 51: foto 86 amostra 42 ............................................................................................................................. 106

Figura 52: Composição das fotos 87 a 92, local de coleta das amostras 41 e 42 ................................................ 106

Figura 53: Grupo textural I: areno-argiloso ......................................................................................................... 111

Figura 54: Grupo textural II: areno-siltoso .......................................................................................................... 112


Figura 55: Grupo textural III: arenoso ................................................................................................................. 112

Figura 56: Grupo textural IV: argilo-arenoso ....................................................................................................... 113

Figura 57: Grupo textural V: argiloso .................................................................................................................. 113

Figura 58: Quantificação do tipo textural na BHRF ............................................................................................. 119

Figura 59: Quantificação das áreas das UBCs (km²) ............................................................................................ 127

Figura 60: Tipos de substâncias retiradas nos processos minerários .................................................................. 128

Figura 61: Quantificação do Potencial de Escoamento na Bacia Hidrográfica do Rio Fartura ............................ 129

Figura 62: Análise de agrupamentos em cada UBC pelas variáveis: Potencial de Escoamento; Disponibilidade
Hídrica; Declividade; Litologia; Origem, Textura, Espessura e Permeabilidade do Material Inconsolidado e
Pluviometria ........................................................................................................................................................ 130

Figura 63: Análise de agrupamentos em cada UBC pelas variáveis: Potencial de Escoamento; Disponibilidade
Hídrica; Declividade; Litologia; Origem, Textura, Espessura e Permeabilidade do Material Inconsolidado e
Pluviometria onde a distância euclidiana máxima atingida é 100%.................................................................... 133

Figura 64: Análise dos 57 agrupamentos realizados a partir das 66 classes de UBCs ......................................... 134

Figura 65: Quantificação das áreas das unidades geoambeintais na BHRF. ....................................................... 136

Figura 66: Aterro sanitário da zona geoambiental 40 - vista 1 ............................................................................ 154

Figura 67: Aterro sanitário da zona geoambiental 40 - vista 2 ............................................................................ 154

Figura 68: Evolução dos usos na bacia hidrográfica do rio Fartura ..................................................................... 163

Figura 69: Quantificação do ordenamento territorail na BHRF........................................................................... 170


LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Cenário atual das imagens de satélites comerciais .............................................................................. 32

Quadro 2: Metodologias geoambientais ............................................................................................................... 36

Quadro 3: Temperatura do ar e precipitação nos municípios da BHRF ................................................................ 41

Quadro 4: Porcentagem de culturas permanentes nos municípios da BHRF ........................................................ 44

Quadro 5: Porcentagem de culturas temporárias nos municípios da BHRF ......................................................... 45

Quadro 6: Relação dos municípios da BHRF com indicação das áreas de vegetação remanescente e respectiva
condição de fragmentação .................................................................................................................................... 45

Quadro 7: Dados de território e população dos municípios que abrangem a BHRF ............................................. 46

Quadro 8: Estatísticas vitais e de saúde da população dos municípios que abrangem a BHRF ............................ 46

Quadro 9: Grupos de IPRS ..................................................................................................................................... 47

Quadro 10: Parâmetros para a classificação dos municípios, por dimensões do IPRS, segundo categorias ........ 48

Quadro 11: Condições de vida dos municípios da BHRF ....................................................................................... 49

Quadro 12: Economia da BHRF ............................................................................................................................. 49

Quadro 13: Dados sobre o sistema público de abastecimento de água nos municípios ...................................... 50

Quadro 14: Captações e tratamento da água nos municípios .............................................................................. 51

Quadro 15: Condições do esgotamento sanitário nos municípios que abrangem a BHRF ................................... 51

Quadro 16: Condições dos resíduos sólidos domiciliares nos municípios que abrangem a BHRF ........................ 52

Quadro 17: Metodologia para a elaboração do Zoneamento Geoambiental ....................................................... 53

Quadro 18: Critérios adotados para a confecção da carta de legislação ambiental ............................................. 61

Quadro 19: Parâmetros da Regionalização de Vazão............................................................................................ 65

Quadro 20: Cadastro de poços do SIAGAS (Córrego Alegre, UTM 23s) ................................................................ 68

Quadro 21: Cadastro de poços DAEE (Córrego Alegre, UTM 23s) ......................................................................... 68

Quadro 22: Metodologia da criticidade das sub-bacias ........................................................................................ 69

Quadro 23: Metodologia da Carta de Potencial de Escoamento Superficial ........................................................ 81

Quadro 24: Sub-bacias e áreas de contribuição do rio Fartura ............................................................................. 88

Quadro 25: Quantificação das APPs na bacia do rio Fartura ................................................................................. 89

Quadro 26: Postos pluviométricos na região da bacia hidrográfica do rio Fartura (SAD 69) ................................ 90
Quadro 27: Precipitação media por posto pluviométrico ..................................................................................... 92

Quadro 28: Precipitação Média Anual por sub-bacia e área de contribuição ....................................................... 93

Quadro 29: Disponibilidade hídrica por sub-bacia ................................................................................................ 94

Quadro 30: Balanço hídrico nas sub-bacias do rio Fartura.................................................................................... 95

Quadro 31: Massa Específica, Granulometria Conjunta, Permeabilidade, Espessura e Origem ......................... 107

Quadro 32: Mini-MCV e Mini-CBR ....................................................................................................................... 108

Quadro 33: Delimitação das Unidades Básicas de Compartimentação .............................................................. 120

Quadro 34: Uso e Cobertura do Solo em 1987, 2000 e 2011 na bacia hidrográfica do rio Fartura (m²) ............ 162

Quadro 35: Modificação do Uso e Cobertura do Solo no tempo ........................................................................ 163

Quadro 36: Usos nas áreas com restrições à ocupação ...................................................................................... 164

Quadro 37: Pontos cadastrais na bacia do rio fartura (WGS 84)......................................................................... 190

Quadro 38: Pontos de controle na bacia do rio fartura (WGS 84) ...................................................................... 190

Quadro 39: Amostras coletadas na bacia do rio fartura (WGS 84) ..................................................................... 192

Quadro 40: Processos Minerários do DNPM na bacia hidrográfica do rio Fartura ............................................. 194
SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS .......................................................................................................................................... 1

RESUMO .......................................................................................................................................................... 2

ABSTRACT ........................................................................................................................................................ 3

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................................ 4

LISTA DE QUADROS.......................................................................................................................................... 7

SUMÁRIO ......................................................................................................................................................... 9

1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................................14

1.1. HIPÓTESE .................................................................................................................................................. 16


1.2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................ 16
1.3. OBJETIVO .................................................................................................................................................. 17

2. BASE CONCEITUAL ...................................................................................................................................19

2.1. O ZONEAMENTO COMO UM INSTRUMENTO NORTEADOR PARA O PLANEJAMENTO E A OCUPAÇÃO DO SOLO................... 19


2.2. A BACIA HIDROGRÁFICA COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO ............................................................................... 23
2.3. O USO DO GEOPROCESSAMENTO EM ESTUDOS AMBIENTAIS................................................................................. 25
2.3.1. Álgebra de Mapas e Sensoriamento Remoto ................................................................................ 29
2.4. ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL E SUAS APLICAÇÕES ........................................................................................... 33
2.4.1. Histórico ......................................................................................................................................... 33
2.4.2. Métodos empregados .................................................................................................................... 35

3. OBJETO DE ESTUDO .................................................................................................................................38

3.1. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL....................................................................................................................... 40


3.2. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA ............................................................................................................ 45

4. METODOLOGIA .......................................................................................................................................53

4.1. COLETA DE DADOS, TRATAMENTO E MAPEAMENTO DOS ATRIBUTOS ...................................................................... 57


4.1.1. Mapa Cadastral ............................................................................................................................. 57
4.1.2. Modelo numérico de terreno ......................................................................................................... 57
4.1.3. Mapa Hipsométrico ....................................................................................................................... 60
4.1.4. Carta das classes de declividades .................................................................................................. 60
4.1.5. Mapa das sub-bacias hidrográficas e áreas de contribuições ....................................................... 60
4.1.6. Mapa de Restrições à Ocupação ................................................................................................... 61
4.1.7. Mapa pluviométrico....................................................................................................................... 62
4.1.8. Carta de disponibilidade hídrica .................................................................................................... 63
4.1.9. Mapa de substrato rochoso ........................................................................................................... 69
4.1.10. Mapa de materiais inconsolidados ................................................................................................ 70
4.1.11. Mapa de unidades básicas de compartimentação ........................................................................ 77
4.1.12. Mapa com a localização das fontes poluidoras ............................................................................. 80
4.1.13. Carta de Potencial de Escoamento Superficial .............................................................................. 81
4.1.14. Carta de Zoneamento Geoambiental ............................................................................................ 82
4.1.15. Mapa de Uso e Cobertura do Solo ................................................................................................. 83

5. RESULTADOS ...........................................................................................................................................84
5.1. MAPA CADASTRAL ...................................................................................................................................... 84
5.2. MAPA HIPSOMÉTRICO ................................................................................................................................. 84
5.3. CARTA DAS CLASSES DE DECLIVIDADES ............................................................................................................. 84
5.4. MODELO EM 3 DIMENSÕES DA BACIA DO RIO FARTURA ...................................................................................... 86
5.5. MAPA DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS E ÁREAS DE CONTRIBUIÇÕES .................................................................... 88
5.6. MAPA DE RESTRIÇÕES À OCUPAÇÃO .............................................................................................................. 89
5.7. MAPA PLUVIOMÉTRICO ............................................................................................................................... 90
5.8. DISPONIBILIDADE HÍDRICA............................................................................................................................ 94
5.8.1. Balanço Hídrico .............................................................................................................................. 95
5.9. MAPA DE SUBSTRATO ROCHOSO ................................................................................................................... 96
5.10. MATERIAIS INCONSOLIDADOS ................................................................................................................... 99
5.11. MAPA DE UNIDADES BÁSICAS DE COMPARTIMENTAÇÃO .............................................................................. 120
5.12. MAPA COM A LOCALIZAÇÃO DAS FONTES POLUIDORAS................................................................................. 128
5.13. CARTA DE POTENCIAL DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL................................................................................... 128
5.14. ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL ................................................................................................................ 129
5.14.1. Caracterização das Unidades Geoambientais ............................................................................. 137
5.15. CENÁRIOS DA OCUPAÇÃO ESPONTÂNEA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO FARTURA .......................................... 162
5.16. CENÁRIOS TENDENCIAIS NAS UNIDADES GEOAMBIENTAIS ENTRE 1987 E 2011 ................................................. 164
5.16.1. Tendência da ocupação urbana em São José do Rio Pardo ......................................................... 165
5.16.2. Tendência da ocupação urbana em São Sebastião da Grama .................................................... 166
5.16.3. Tendência da ocupação urbana no distrito de São Roque da Fartura ......................................... 168
5.16.4. Tendência da ocupação rural na bacia hidrográfica do rio fartura ............................................. 168
5.17. DIRETRIZES PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL ....................................................................................... 169

6. CONCLUSÃO ..........................................................................................................................................171

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................................175

ANEXO 01: PONTOS DE AMOSTRAGEM DO SOLO: CADASTRO, CONTROLE E AMOSTRA ...............................190

ANEXO 02: PROCESSOS MINERÁRIOS DO DNPM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO FARTURA .....................194
14

1. INTRODUÇÃO

A água, um dos elementos naturais, é um recurso fundamental para a


sobrevivência dos homens. A sua disponibilidade para o consumo sempre foi um fator
determinante na escolha dos locais de fixação de comunidades humanas.

A apropriação das áreas de fundos de vale para fins urbanos no início das
civilizações era feita devido à existência de fonte de água potável, por ser um local de:
fornecimento de alimentos (peixes ou cultivos agrícolas pela irrigação), transporte às
embarcações e de recreação. Entretanto, as cidades foram crescendo e a demanda por água
foi aumentando, tornando-se um produto escasso devido à densidade populacional, ao
adensamento urbano e à forma com que estas áreas foram ocupadas, observando-se um
conflito de usos com o espaço natural e em particular com o convívio das águas.

Para enfrentar esses problemas de conflitos de uso da água e poluição em


geral, foi preciso reconhecer a bacia hidrográfica como um sistema ecológico, a qual abrange
todos os organismos que funcionam em conjunto numa dada área e entender como os
recursos naturais estão interligados e são dependentes. Ou seja, quando o curso de um rio é
alterado para levar esgotos para longe de uma determinada área, acaba por poluir outra. Da
mesma forma, a impermeabilização do solo em uma região provoca o escoamento de águas
para outra, que passa a sofrer com enchentes.

Diante de exemplos como esses, tornou-se necessário reconhecer na


dinâmica das águas que os limites geográficos para trabalhar o equilíbrio ecológico têm que
ser o da bacia hidrográfica, ou seja, o espaço territorial determinado e definido pelo
escoamento, drenagem e influência da água e não aquelas divisões políticas e
administrativas definidas pela sociedade como municípios, estados e países, que não
comportam a dinâmica da natureza.

Com a Política Nacional de Meio Ambiente, surgiu o instrumento zoneamento


ambiental (art. 9º, inciso II da Lei 6938/81 alterada pela Lei 7804/89), com o objetivo de
auxiliar na tomada de decisão e subsidiar o planejamento ambiental, que por sua vez, deve
direcionar as propostas de manejo e educação ambiental, garantindo dessa maneira a
sustentabilidade dos ecossistemas. Este enumera, entre os princípios que regem essa
política, a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar, o planejamento e
15

fiscalização do uso dos recursos ambientais, a proteção dos ecossistemas com a preservação
de áreas representativas, o controle das atividades potencial ou efetivamente poluidoras, a
recuperação de áreas degradadas e a proteção de áreas ameaçadas.

Segundo Griffith et al (1995), o zoneamento ambiental é definido como a


divisão de uma área geográfica em setores, em que determinadas atividades de uso e
ocupação desses setores, são permitidas ou não, de modo que as alterações dos recursos
naturais decorrentes das necessidades antrópicas se harmonizem, na medida do possível,
com a conservação do meio ambiente. Assim, o zoneamento consiste na ordenação do
território de acordo com suas características bióticas e abióticas, a partir do agrupamento de
áreas homogêneas, quanto às suas restrições e seus potenciais, facilitando a análise
integrada da paisagem (SILVA et al., 2000).

Apesar de ter sido criado há mais de 20 anos, a regulamentação da legislação


sobre o zoneamento ambiental e sua implementação prática (especialmente em termos da
estrutura necessária para a sua implementação) ainda não avançaram substancialmente. Há
uma grande distância entre a teoria e a prática, pois a melhoria do meio ambiente tornou-se
“marketing” atualmente, e a prática dos ideais só são postos em execução quando for viável
economicamente.

No escopo do presente trabalho, o entendimento atribuído ao termo


zoneamento geoambiental não deve ser restrito ao processo de parcelamento de um
determinado espaço com o intuito de estabelecer os usos permitidos em sua ocupação, mas
sim, a partir de uma política de desenvolvimento que se deseja implementar ou manter em
um dado território.

Este instrumento é visto como uma divisão de áreas geográficas com base nas
características do geoambiente, suas inter-relações e suas relações com o meio biológico e
com as atividades antrópicas, evidenciando as suas potencialidades ou restrições de uso. A
delimitação das unidades de estudo em zonas e subzonas variam de acordo com a finalidade
pretendida, unidades litológicas, unidades geomorfológicas, bacias hidrográficas, limites
municipais, etc.

O Zoneamento Geoambiental também auxilia o monitoramento de espaços


degradados para o apoio a programas de monitoramento permanente permitindo o
acompanhamento sistemático dos resultados da conservação do solo e controle da
16

degradação ambiental associado às alterações gradativas das condições geoambientais em


relação a solos e vegetação (FONTES, 2004). Ainda segundo a autora op. cit., em geral, nas
regiões tropicais e subtropicais, a ocorrência dos problemas geoambientais está relacionada
aos processos de erosão, escorregamentos e processos correlatos, assoreamentos,
inundações, contaminação de aquíferos e impermeabilizações da superfície, associados à
ação antrópica.

Jiménez-Rueda et al. (1993) utilizaram a análise morfoestrutural para definir o


uso e manejo adequado do solo para fins urbano e rural em razão do condicionamento que
as estruturas exercem sobre os aspectos pedológicos, pedogeoquímicos e fisiográficos.
Concluíram que as características destes blocos de combinações mostram a importância de
uma forma de uso e manejo diferenciado de cada porção do espaço geográfico, o que torna
necessário o planejamento geoambiental.

Dessa maneira, a caracterização de áreas homogêneas de zoneamento


geoambiental permite a implementação de políticas públicas de incentivo ao melhor
aproveitamento do ordenamento do espaço rural, a partir da verificação das condições
geotécnicas e da dinâmica do uso do solo, possibilitando o desenvolvimento econômico-
social das populações envolvidas, aliado à conservação do meio ambiente.

1.1. HIPÓTESE

O Zoneamento Geoambiental é um instrumento eficaz para o disciplinamento


do uso do solo em bacias hidrográficas e auxilia na tomada de decisão entre os conflitos da
expansão urbana e a conservação ambiental, visando à capacidade de suporte do meio
ambiente.

1.2. JUSTIFICATIVA

O zoneamento de bacias hidrográficas é um instrumento bem utilizado para


políticas públicas. Cabe salientar que a adoção da bacia hidrográfica como unidade de
estudo e planejamento justifica-se pelo gerenciamento de forma sistêmica da região,
abordando áreas ecologicamente semelhantes.

As unidades geoambientais delimitadas pela integração de aspectos físicos,


definidas principalmente por limites litológicos e as formas de relevo, permite estabelecer os
17

condicionantes dos processos endógenos e exógenos da dinâmica da paisagem, permitindo


assim, inferir sobre a capacidade de suporte do meio.

A escolha da bacia do rio Fartura para a realização desta pesquisa está


fundamentada nos seguintes fatores:

• Esta região é uma lacuna em termos de mapeamento ambiental em escala


1:50.000, havendo vários trabalhos em áreas vizinhas;
• Esta bacia contém 3 áreas urbanas: São José do Rio Pardo (parcialmente),
São Sebastião da Grama (totalmente) e o Distrito de São Roque da Fartura
em Águas da Prata (totalmente), e o disciplinamento do solo para
expansão destas cidades proporcionará um crescimento ordenado
prevenindo conflitos e problemas oriundos da ocupação espontânea;
• O rio Fartura é um manancial de abastecimento em São Sebastião da
Grama e a preservação da qualidade de suas águas é de suma
importância;
• Os municípios da região estão passando por um processo de mudança no
uso e cobertura do solo, em que os tipos de cultivos estão mudando
devido à economia do Brasil, com a invasão da cana-de-açúcar no estado
de São Paulo.

1.3. OBJETIVO

O objetivo geral deste trabalho é comprovar a hipótese da eficácia do


zoneamento geoambiental para o disciplinamento do uso do solo em bacias hidrográficas e
gerar deste estudo diretrizes para o ordenamento territorial a partir de cenários de
ocupação, analisando o meio físico: geologia, fisiografia, morfoestrutura, estrutura,
pedologia e suas relações com o meio antrópico, visando à capacidade de suporte do meio
ambiente.

Como objetivos específicos:

• Desenvolvimento de um banco de dados geográfico da Bacia Hidrográfica


do Rio Fartura (BHRF) na escala 1:50.000, no sistema Córrego Alegre,
UTM, 23s, diagnosticando o meio físico;

o Produzir o Mapa Cadastral;


o Produzir o Mapa Hipsométrico;
o Produzir a Carta de Classes de Declividades;
o Produzir o Mapa das sub-bacias e áreas de contribuição do rio Fartura;
o Produzir o Mapa de Restrições à Ocupação;
o Produzir o Mapa Pluviométrico;
18

o Produzir a Carta de Disponibilidade Hídrica;


o Produzir o Mapa de Substrato Rochoso;
o Produzir o Mapa de Materiais Inconsolidados;
o Produzir o Mapa de Unidades Básicas de Compartimentação;
o Produzir o Mapa com a Localização das Fontes Poluidoras;
o Produzir a Carta de Potencial de Escoamento Superficial;
o Produzir o Mapa de Uso e Cobertura do Solo;

• Obter diretrizes para o ordenamento territorial perante os conflitos da


ocupação urbana e a capacidade de suporte do meio ambiente;

o Produção da Carta de Zoneamento Geoambiental;


o Produção da Carta-Síntese de Ordenamento Territorial;
o Desenvolvimento de cenários de ocupação entre 1987 e 2011;
o Analisar as vocações para a expansão urbana e o potencial agrícola na
bacia mediante as características geoambientais da área.
19

2. BASE CONCEITUAL

2.1. O ZONEAMENTO COMO UM INSTRUMENTO NORTEADOR PARA O


PLANEJAMENTO E A OCUPAÇÃO DO SOLO

A criação de novos núcleos urbanos e o adensamento demográfico, nesta fase


de explosão do processo de urbanização, fez com que houvesse uma expansão do espaço
físico de forma desordenada deteriorando o meio ambiente e modificando a paisagem
urbana.

Segundo Braga & Carvalho (2004), com o crescimento da cidade, os usos


tendem a se tornar conflitantes entre si e a saturar a capacidade de suporte da infra-
estrutura urbana e do meio ambiente. Os usos se agregam para compartilhar benefícios –
como o agrupamento do comércio, oficinas mecânicas e indústrias - mas também para
enfrentar impactos negativos. Essas afinidades e conflitos de atividades urbanas são os
motivos principais para a realização do zoneamento.

Zoneamento, segundo Santos (2004), é a compartimentação de uma região


em porções territoriais, obtida pela avaliação dos atributos mais relevantes e suas
dinâmicas. Cada compartimento é apresentado como uma “área homogênea”, ou seja, uma
zona (ou unidade de zoneamento) delimitada pelo espaço, com estrutura e funcionamento
uniforme. Cada unidade tem, assim, alto grau de associação entre si, com variáveis
solidamente ligadas, mas com significativa diferença entre ela e os outros compartimentos.

Este conceito, ainda segundo Santos (2004), exprime de forma muito clara
que, para promover um zoneamento, o planejador deve reconhecer, suficientemente, a
organização do espaço e a sua totalidade, e as similaridades dos elementos componentes de
um grupo. Ao mesmo tempo, deve perceber claras distinções entre os grupos vizinhos,
fazendo uso de uma análise múltipla e integradora. É através desse exercício de agrupar e
dividir que se obtém a integração das informações e o diagnóstico da região planejada.

O zoneamento possui dois grandes enfoques: o analítico e o sistêmico. O


enfoque analítico refere-se à definição da regionalização, de inventários e diagnósticos
temáticos de atributos, enquanto que o enfoque sistêmico diz respeito à estrutura proposta
para a integração de diagnósticos, prognósticos e sínteses para cada conjunto de
informações.
20

Segundo Figueiredo (2003), “a falta de um Plano de Zoneamento em áreas de


risco ou potencialmente perigosa permite o adensamento populacional desordenado das
áreas vulneráveis que ficam sujeitas à ocorrência de acidentes com perdas materiais e
humanas”. Desta maneira, consideram-se áreas de risco como locais sujeitos à ocorrência de
fenômenos da natureza geológico-geotécnica e hidráulica que impliquem a possibilidade de
perdas de vidas ou danos materiais.

Para que não haja este tipo de ocorrência, o planejamento deve ter caráter
integrador, tratar dos problemas humanos atuais e potenciais com visão de conjunto, e ter
espírito intersetorial, incorporando critérios de racionalidade ao desenvolvimento, e possuir
enfoque sistêmico.

Dentro desta perspectiva existem diversos tipos de zoneamento, alguns estão


especificados na legislação brasileira e outros foram adaptados de acordo com as
necessidades características de cada estudo.

Conforme Rempel (2009), a lei 6.938 de 31/08/81 e o decreto n° 4.297, de


10/07/2002 tratam do zoneamento e enfocam a preservação, reabilitação e recuperação da
qualidade ambiental, trazendo como meta o desenvolvimento socioeconômico condicionado
à manutenção em longo prazo, dos recursos naturais e melhoria das condições da vida do
homem. O Zoneamento ecológico econômico trabalha, essencialmente, com indicadores
ambientais que destacam potencialidades, vocações e fragilidades do meio natural.

Estes auxiliam na tomada de decisão e subsidiam o planejamento ambiental


que, por sua vez, deve direcionar as propostas de manejo e educação ambiental, garantindo
dessa maneira a sustentabilidade dos ecossistemas.

Para Acselrad (2000), o ZEE é visto correntemente como um instrumento ao


mesmo tempo técnico e político. Mas os diferentes discursos sobre as metodologias do ZEE
carregam ambigüidades internas, expressivas de sua pretensa duplicidade de caráter. O ZEE
poderá significar, ao mesmo tempo, um meio de identificação técnica de “fatos ambientais”,
vistos separadamente das chamadas “características antrópicas” da ocupação ou,
alternativamente, “um diagnóstico de situações ecossociais em transformação”. Poderá ser
entendido ora como instrumento da identificação das “vocações naturais das células
espaciais”, ora como meio “de caracterização de zonas equiproblemáticas para processos de
negociação e regulação jurídico-política”.
21

A elaboração de um zoneamento ambiental para o território de uma região


requer, num primeiro momento, a definição clara do que se pretende alcançar. Conforme
Silva & Santos (2004), “Zoneamento ambiental” é a identificação e a delimitação de
unidades ambientais em um determinado espaço físico, segundo suas vocações e
fragilidades, acertos e conflitos, determinadas a partir dos elementos que compõem o meio
planejado. Seu resultado é a apresentação de um conjunto de unidades, cada qual sujeita às
normas específicas para o desenvolvimento de atividades e para a conservação do meio.

O zoneamento urbano, definido na legislação de uso e ocupação do solo


urbano de cada município, normaliza as formas de uso e tipos de construções da área
urbana, determinando o que pode ou não ser feito em cada zona. Geralmente as áreas
urbanas são divididas em zona residencial, zona comercial, zona industrial, zona central,
zona de proteção, zona de expansão e zona especial. Este zoneamento deve dar suporte ao
plano diretor da cidade, onde são definidas as grandes diretrizes urbanísticas.

Visando responder quais culturas plantar, quando e onde, o zoneamento


agrícola determina zonas aptas para implantar determinadas culturas, considerando as
exigências bioclimáticas da planta e baseado nas características pedológicas,
geomorfológicas e nas condições climáticas, tais como disponibilidade de água, temperatura
adequada, etc.

No zoneamento agropedoclimático, Chagas et al. (2001) enfatizam a


abordagem integrada entre as variáveis climáticas e pedológicas, considerando-se áreas
importantes do ponto de vista ecológico e paisagístico para manutenção da biodiversidade.
Esse zoneamento vem sendo conduzido considerando as épocas de semeadura das culturas,
dependente das variáveis climáticas e de aptidão dos solos.

Verifica-se, ainda, o zoneamento climático que identifica zonas em função de


aspectos climáticos; o zoneamento edafoclimático por culturas, que identifica zonas para
plantar determinadas culturas; e o zoneamento para locação de empreendimentos, utilizado
para verificar a viabilidade técnica, econômica e ambiental de empreendimentos tais como,
redes, gasoduto, aterro sanitário, indústrias, entre outros (GRIFFITH, 1989; SOUZA, 1990;
RANIERI, 2000).

Outro adjetivo dado para o zoneamento é o “geoambiental”, o qual é o foco


desta pesquisa, caracterizado por um exame sistemático de uma região com a finalidade de
22

obter informação sobre as variáveis litológicas, morfoestruturais, microclimáticas,


fisiográficas e de coberturas/unidades de alteração intempérica, definindo com isto, as
zonas geoambientais que apresentam as potencialidades de suporte do meio físico, de
acordo com os condicionadores naturais e em função dos modificadores sócio-econômicos.

Estas informações permitem a adequação das necessidades sócio-econômicas


às possibilidades físicas e ecológicas da região, resultando na ocupação ordenada e
sustentável do território.

De acordo com Brasil (1984), o zoneamento geoambiental é a setorização do


espaço geográfico, de acordo com as suas potencialidades, restrições e problemas,
estimando-se os limites máximos para a sua exploração racional, tendo em vista a
conservação do meio ambiente. Baseia-se na teoria de sistemas, onde os componentes
físicos e biológicos do meio natural formam uma cadeia de inter-relações, buscando
constantemente sua estabilidade dinâmica.

O zoneamento geoambiental deve ter como meta, o fornecimento de


subsídios técnicos para orientar e elucidar a tomada de decisões na implementação de
alternativas de desenvolvimento regional compatíveis com a sustentabilidade e
vulnerabilidade dos sistemas ambientais (OHARA et al., 2003).

Conforme Shimbo et al. (2007), o zoneamento geoambiental pode ser


considerado um instrumento inter e multidisciplinar de planejamento de uma área,
município ou região, cuja finalidade é fornecer subsídios a projetos de políticas públicas. Por
meio da tecnologia do sensoriamento remoto, caracterização do meio físico, bioclimático e
socioeconômico, pode-se elaborar este zoneamento, sendo fundamental uma análise
geodinâmica da paisagem para definir suas potencialidades e planejar as diversas formas de
usos mais adequados para cada área.

A identificação e a delimitação de zonas podem estar diretamente ligadas às


concepções sobre a paisagem ou espaço geográfico. De acordo com Metzger (2001), a
abordagem geográfica se preocupa com o estudo das paisagens modificadas pelo homem e
o planejamento da ocupação territorial, em função do conhecimento dos limites
(fragilidades) e das potencialidades (vocações) de cada “unidade de paisagem” – um espaço
de terreno com características comuns. Essa abordagem aplica-se mais a macroescalas. De
outra forma, a abordagem ecológica tem aplicação em uma ampla gama de escalas e
23

enfatiza as unidades da paisagem como cada unidade componente da paisagem, como um


ecossistema, por exemplo.

Outra alternativa conceitual e metodológica de “zona” é dada por Pablo


(2000), por meio de premissas de cartografia ecológica e de planejamento. Para esse autor,
é importante reconhecer que existem zonas dentro do território que são homogêneas,
determinadas pelas interações entre seus elementos. Essas zonas são denominadas, por ele,
de “unidades ambientais”, possuindo extensão, delimitação e composição uniformes, sendo
possível reconhecê-las em diferentes escalas espaciais e dispostas segundo uma hierarquia
de diferentes extensões e homogeneidade interna. As características ecológicas do território
são estabelecidas dentro de uma hierarquia de “setores” e “subsetores” territoriais com
área e homogeneidade interna diferentes.

No Brasil, já foram desenvolvidos trabalhos que utilizam o conceito de


zoneamento ou identificação de zonas, sob as mais diferentes perspectivas. Aliás, talvez em
virtude das semelhanças conceituais entre algumas delas, observam-se algumas deturpações
nas aplicações metodológicas.

2.2. A BACIA HIDROGRÁFICA COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO

O objeto de estudo desta pesquisa é uma bacia hidrográfica, sendo o objetivo


desta delimitação adequar melhor as características físicas do estudo.

A bacia hidrográfica pode ser definida como uma área topográfica, drenada
por um curso de água ou sistema conectado de cursos de água de forma que toda vazão
afluente seja descarregada através de uma simples saída. (Polette et al., 2000).

Para Costa et al. (2009), sub-bacias são compartimentos indicados para o


gerenciamento ambiental, possibilitando o monitoramento hidrológico, a conservação do
solo e o disciplinamento do uso da terra para: a produção de água em qualidade e
quantidade, a proteção da biodiversidade e a produção sustentável.

Os componentes de uma bacia hidrográfica podem ser as encostas, topos e


fundos de vales, canais, corpos d’água, águas subterrâneas, sistemas de drenagem urbana e
áreas irrigadas, entre outras unidades espaciais, estando interligados como componentes
das bacias de drenagem.
24

A gestão ambiental caminha progressivamente para adotar as bacias


hidrográficas como unidades de planejamento e para que a gestão dos recursos hídricos no
país ocorra de forma descentralizada, integrada e participativa, de acordo com a Política
Nacional instituída a partir de Lei 9.433/97, foi criado o Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos (SIGRH). A Figura 1 mostra a forma de gerenciamento dos recursos
hídricos.

Figura 1: Estrutura de gerenciamento do SIGRH

fonte: http://www.rededasaguas.org.br

Os comitês de bacias hidrográficas foram criados pela lei que instituiu a


Política Estadual de Recursos Hídricos (lei estadual 7.663/91) para gerenciar a água de forma
descentralizada, integrada e com a participação da sociedade. São colegiados compostos por
representantes de municípios, de órgãos estaduais e de entidades representativas da
25

sociedade civil (ONGs, universidades, associações) em quantidade igualitária. A composição


tripartite visa garantir a todos os integrantes do colegiado os mesmos direitos e o poder de
deliberar na tomada de decisões que irão influenciar na melhoria da qualidade de vida da
região e no desenvolvimento sustentado da bacia.

Antes de sua criação, o gerenciamento da água era feito de forma isolada por
municípios e Estado. As informações estavam dispersas em órgãos técnicos ligados ao
assunto e os dados não eram compatíveis. Era muito difícil obter acesso a informações
concretas. Isso dificultava o planejamento sobre captação, abastecimento, distribuição,
despejo e tratamento da água que consumimos e acarretava a realização de megaobras,
concebidas de forma isolada, muitas vezes com desperdício de dinheiro público. A falta de
políticas públicas integradas e eficientes para manejo dos recursos naturais provocou a
degradação de muitos rios.

Com a criação dos comitês, o estado de São Paulo foi dividido em 22 unidades
de gerenciamento, de acordo com as bacias hidrográficas e afinidades geopolíticas. Cada
uma dessas partes passou a se chamar Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(UGRHI). A função principal desta organização é possibilitar a implementação da Política
Nacional e das Políticas Estaduais de Recursos Hídricos.

Para Salati (1996), o planejamento regional de bacias hidrográficas também


almeja alcançar um desenvolvimento espacialmente equilibrado, de maneira a criar ligações
efetivas entre as áreas urbanas e rurais.

2.3. O USO DO GEOPROCESSAMENTO EM ESTUDOS AMBIENTAIS

Conforme Câmara, Monteiro & Davis (2009), geoprocessamento é uma


tecnologia interdisciplinar, a qual permite a convergência de diferentes disciplinas científicas
para o estudo de fenômenos ambientais e urbanos. Deste modo pode-se entender que “o
espaço é uma linguagem comum” para as diferentes disciplinas do conhecimento. Desta
forma, o geoprocessamento vem influenciando de maneira crescente a área de
planejamento urbano e regional.

De uma maneira mais específica, Câmara et al. (1996) definiu o


geoprocessamento como um ambiente tecnológico e abrangente, sendo o conjunto de
técnicas relacionadas com coleta, armazenamento e tratamento de definições espaciais e
26

georreferenciadas para serem utilizadas em sistemas específicos a cada aplicação que, de


alguma forma, utiliza-se do espaço físico geográfico.

Conforme Veiga (2002), o geoprocessamento muda a forma de coletar,


utilizar e disseminar a informação, possibilitando o acompanhamento e o monitoramento do
desenvolvimento ou da implementação de planos e projetos de desenvolvimento, desde
imagens de satélites até mapas interativos que permitem medir a espacialização da extensão
dos efeitos das políticas e ações de desenvolvimento, em tempo real.

O autor op cit ainda conclui que a possibilidade de processar geograficamente


uma informação confiável, precisa e rapidamente acessível para a elaboração de planos e
estratégias de gestão, compatíveis com as características particulares de cada sociedade e
do espaço por ela ocupado ou produzido, é a maior contribuição do geoprocessamento.

As ferramentas computacionais para o geoprocessamento são comumente


chamadas de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e permitem realizar análises
complexas, ao integrar dados do mundo real, obtidos de diversas fontes em diversos
formatos, criando um banco de dados georreferenciado (MEDEIROS, 1999). Casanova et al.
(2005) utilizaram o termo SIG aplicado para sistemas que realizam o tratamento
computacional de dados geográficos.

Conforme Silva & Santos (2004), os SIGs são conjuntos de programas


computacionais utilizados para armazenar, analisar, manipular e gerenciar dados
geográficos, com ênfase em análises espaciais e modelagens de superfícies. Burrough et al.
(1996) acrescenta que é um poderoso elenco de ferramentas para colecionar, armazenar,
recuperar, transformar e exibir dados espaciais referenciados ao mundo real.

Segundo Câmara et al. (1996), as características principais dos SIGs se


resumem nas seguintes:

• Integrar, numa única base de dados, informações espaciais provenientes


de dados cartográficos, dados de censo e cadastro urbano e rural, imagens
de satélite, redes e modelos numéricos de terreno;
• Combinar as várias informações, por meio de algoritmos de manipulação,
para gerar mapeamentos derivados e;
• Consultar, recuperar, visualizar e plotar o conteúdo de base de dados
geocodificados e georreferenciados.
27

Dentro desta conceituação de SIG, é evidente que podem ser atribuídas


diversas funções nestes e serem utilizados conforme os objetivos dos usuários. No ambiente
SIG, existem duas grandes formas de organização de um ambiente de trabalho:

• Organização baseada num banco de dados geográficos (“à la dBASE”);


• Organização baseada em projetos (“à la AutoCAD”).

No primeiro caso, o usuário define inicialmente o esquema conceitual


associado às entidades do banco de dados geográficos, indicando para cada tipo de dados
seus atributos não-espaciais e as representações geométricas associadas. Procede-se da
mesma forma que num banco de dados tradicional (como o dBASE ou o ACCESS), onde a
definição da estrutura do banco precede a entrada dos dados. O SPRING é um exemplo de
sistema organizado como banco de dados geográficos.

No segundo caso, o usuário define inicialmente um referencial geográfico


(que delimita uma região de trabalho) e a seguir, define as entidades geográficas que
compõem o projeto. O Arcgis é um exemplo desta classe de sistemas.

Nota-se que um banco de dados geográficos pode ser particionado em


projetos, sendo que as definições do esquema conceitual valem para todos os projetos do
banco, mesmo que não haja continuidade espacial entre estes projetos.

É importante ressaltar que a utilização dos SIGs não garante a certeza e a


segurança de que o produto final corresponda às alternativas de soluções corretas. Se por
acaso, não houver um controle da qualidade do banco de dados, isto é, se este for impreciso
e com erros, o resultado final será um mapa que na prática não terá significado e será
impróprio para uso.

Os SIGs são bastante utilizados, atualmente, no que se refere a estudos


integrados sobre o meio ambiente. Diversas aplicações são encontradas em Coulson et al.
(1991), sendo este último referente a dois compêndios sobre o uso de SIGs. Em Rodriguez-
Bachiller (2000a, 2000b), encontra-se uma revisão extensa com exemplos do potencial de
SIGs associados a Sistemas Especialistas e Sistemas de Suporte à Decisão.

Segundo Câmara et al. (1996), dentro de um SIG, os fenômenos relacionados


ao mundo real podem ser descritos de três maneiras: espacial, temporal e temática. Espacial
quando a variação muda de lugar para lugar (declividade, altitude, profundidade do solo);
temporal quando a variação muda com o tempo (densidade demográfica, ocupação do solo)
28

e temática quando as variações são detectadas através de mudanças de características


(geologia, cobertura vegetal). Essas três maneiras de observar os fenômenos que ocorrem
na superfície da terra são coletivamente chamadas de dados espaciais.

Para Jorgensen (1994) os modelos ambientais podem ser classificados em


função dos objetivos e/ou das características dos processos a serem modelados. Os modelos
podem ser categorizados de acordo com seu realismo na relação entre o modelo hipotético
e o sistema real. A capacidade de inferência constitui a habilidade numérica de fazer
previsão e a sua generalidade é demonstrada pela amplitude de utilização do modelo. O
processo de modelagem ambiental é caracterizado pelas seguintes sequências:

• Definir hipóteses a serem testadas;


• Avaliar a coleção de dados e informações disponíveis;
• Compreender sistemas, limites, condições iniciais e idéias correlatas;
• Definir o modelo conceitual;
• Verificar as interações entre os compartimentos;
• Analisar a sensibilidade e calibração dos parâmetros;
• Validar o modelo através de série de dados.

No Brasil, há diversos estudos integrados, com a utilização de SIGs,


abrangendo diferentes tamanhos de áreas geográficas e distintos objetivos. Basicamente,
podem-se identificar dois tipos de estudos: uniobjetivos e multiobjetivos.

Os estudos uniobjetivos seriam aqueles direcionados para produtos ou temas,


tais como zoneamento climático ou zoneamento agrícola, ou ainda, aqueles estudos
voltados para a análise da viabilidade ambiental de um determinado empreendimento, com
o objetivo de otimizar o custo-benefício (econômico, social e ambiental) da sua implantação.

Os estudos multiobjetivos referem-se àqueles que procuram identificar


unidades homogêneas no ecossistema sem a preocupação, a priori, de um empreendimento
ou atividade a ser instalada. Porém, em função da vulnerabilidade e da aptidão do meio
ambiente, buscam determinar uma série de indicações de uso e a construção de cenários
alternativos. Exemplos desses estudos podem ser encontrados em Mato Grosso do Sul
(1989, 1990), Kurkdjian et al. (1992), São Paulo (1996), Brasil (1997) e Silva (2000).

Para Silva et al. (2008), os processos decisórios pretendem satisfazer um ou


múltiplos objetivos e são desenvolvidos com base na avaliação de um ou vários critérios.
Portanto, no contexto de um processo de decisão é frequente que diversos critérios tenham
29

de ser avaliados e combinados, e os procedimentos para fazê-lo consistem o que se designa


por Avaliação Multicritério.

A forma de combinar os critérios, a consideração de todos ou parte deles, a


forma como uns critérios podem compensar outros são aspectos de grande importância nas
decisões. Entre as atitudes mais extremas de risco na avaliação – pessimista (conservador) e
otimista (arriscado) – pode haver lugar para cenários de avaliação que sejam mais
compatíveis com as condições que contextualizam a decisão.

Os sistemas ambientais são sistemas complexos, isto se deve à dificuldade na


identificação dos elementos funcionais mais importantes no tempo e no espaço, sua
natureza alojada (um dentro do outro) temporoespacialmente, à existência de limites do
sistema, à existência de uma retroalimentação criando respostas complexas às forças
externas, além de características desconhecidas dos inputs de energia externa e o impacto
da intervenção e gerenciamento humano.

A tentativa de manter qualquer um desses fatores fixos, enquanto os demais


se modificam, somente é possível hipoteticamente, onde se resolvem os problemas de
controle dos resultados, ou então, quando uma mudança da situação ocorre durante o
monitoramento de campo.

Olhando a partir de um ponto de vista ambiental, a questão chave na


elaboração de um banco de dados ambiental é classificar o mundo de forma a permitir que
dados importantes sejam associados a modelos de elementos ambientais.

2.3.1. ÁLGEBRA DE MAPAS E SENSORIAMENTO REMOTO

Conforme Cordeiro et al. (2007), o tema "álgebra de mapas" foi popularizado


a partir do livro "Geographic Information Syistem and Cartographic Modeling", esta foi a
primeira abordagem em que se buscou explorar de uma maneira formal as propriedades dos
dados representados em SIG, usualmente representados por mapas.

Para selecionar os valores associados a locais envolvidos na caracterização de


cada local de uma área de estudo, devem-se utilizar as operações de álgebra de mapas, as
quais podem ser classificadas em: locais, de vizinhança e zonais (TOMLIN, 1990). Nos
estudos de natureza ambiental, um fator muito importante é o tipo de operação empregada,
pelos sistemas de informações geográficas, no tratamento dos atributos analisados.
30

• Operações locais: são campos cujos valores locais são função dos valores
associados ao mesmo local por uma ou mais representações de outros
campos. Como exemplo deste tipo de operação tem-se o fatiamento, que
subdivide uma grade numérica de altimetria, agrupando locais
pertencentes a faixas específicas de altitude, podendo gerar faixas
hipsométricas, obtendo um campo temático a partir de um campo
numérico. Outras formas deste tipo de operação são a ponderação e a
reclassificação ou agrupamento.
• Operações de vizinhança em que se define o campo de saída com base na
dimensão e forma de vizinhança em torno de cada local. Como exemplos
desta operação, têm-se cálculos estatísticos como mínimo, máximo,
média para uma vizinhança em torno de um ponto; filtros para
processamento de imagens, cartas de declividade e outros.
• Operações zonais definidas sobre regiões específicas de um campo de
entrada, onde as restrições são fornecidas por zonas definidas envolvendo
outros campos, ou de polígonos, linhas e pontos, associados a Objetos
através de mapas Cadastrais. Os operadores zonais incluem as estatísticas
simples tais como: média, máximo e mínimo, diversidade, desvio padrão
etc, envolvendo valores associados a locais de regiões especificas, dadas
por alguma forma de restrição.

Cordeiro et al. (2007) ainda explana que operadores zonais permitem


materializar num SIG conceitos, tais como o de unidade da paisagem (BERTRAND, 1971;
TRICART, 1977; TRICART e KIEWIETDEJONGE, 1992) e área unidade (HARSHORNE, 1978) que
permitem a ligação entre dados físico-bióticos e socioeconômicos, essencial para estudos de
ordenação do território. Desta forma, uma operação de MediaZonal pode ser conveniente
na determinação da vulnerabilidade natural à erosão (CREPANI et al., 1996) ou da fragilidade
das "unidades de paisagem", das "unidades básicas de compartimentação" ou das "unidades
geoambientais" mapeadas a partir de imagens de satélite (Ross, 1993).

Conforme Câmara, Monteiro & Davis (2009), a integração de


Geoprocessamento com Sensoriamento Remoto depende do processo de inserção de
imagens de satélite ou aéreas na base de dados do SIG. Esta inserção ocorre por meio de
procedimentos de correção geométrica de imagens, às vezes chamados de
georreferenciamento ou geocodificação, outras vezes excessivamente simplificados e
reduzidos ao registro de imagens.

Para Moreira (2001) sensoriamento remoto é um conjunto de atividades


utilizadas para obter informações a respeito dos recursos naturais, renováveis e não
31

renováveis do planeta terra, através da utilização de dispositivos sensores colocados em


aviões, satélites ou, até mesmo, na superfície.

Estes sensores podem ser classificados em função da fonte de energia ou do


tipo de produto que ele produz (PERES, 2006):

• Quanto à fonte de energia:

o Passivos: não possuem uma fonte própria de radiação e medem a


radiação solar refletida ou radiação emitida pelos alvos, como por
exemplo, os sistemas Fotográficos;
o Ativos: possuem sua própria fonte de radiação eletromagnética,
trabalhando em faixas restritas do espectro.

• Quanto ao tipo de produto:

o Não-imageadores: não fornecem uma imagem da superfície


sensoriada, como por exemplo, os radiômetros (saída em: dígitos ou
gráficos) e os espectrorradiômetros (assinatura espectral). Ambos são
essenciais para a aquisição de informações minuciosas sobre o
comportamento espectral dos objetos da superfície terrestre;
o Imageadores quando são obtidos como resultado uma imagem da
superfície observada, fornecendo informações sobre a variação
espacial da resposta espectral da superfície observada.

Estes sensores caracterizam-se por serem capazes de transformar alguma


fonte de energia em um sinal passível de ser convertido em informação sobre o ambiente.
Através destas e de outras mais tecnologias de áreas afins, como o geoprocessamento, é
possível a elaboração de variados e diferentes produtos que tenham como enfoque a
representação espacial para diversos e diferentes objetivos.

Segundo Rosa (2003) os satélites para estudos dos recursos terrestres que são
mais utilizados no Brasil são: LANDSAT, SPOT, CBERS, IKONOS, QUICK BIRD, TERRA e AQUA,
destinados ao levantamento, mapeamento e monitoramento dos continentes e oceanos. O
Quadro 1 demonstra o cenário das imagens de satélites comerciais atuais:
32

Quadro 1: Cenário atual das imagens de satélites comerciais

Satélite País/instituição Resolução Resolução Resolução Níveis de Data de


espacial nas espacial na temporal quantização lançamento
bandas banda
(RGB) pancromática
CBERS 2 Brasil & China 20 m - 26 dias 8 bits 10/2003
LANDSAT 7 EUA/NASA 30 m 15 m 16 dias 8 bits 04/1999
LANDSAT 5 EUA/NASA 30 m - 18 dias 8 bits 03/1984
Ikonos 2 Space Imaging 4m 1m 3 dias 11 bits 09/1999
Quickbird 2 DigitalGlobe 2,44 m 0,61m 1 a 3,5 dias 11 bits 11/2001
SPOT 5 França 10 m 2,5; 5 e 10 m 26 dias 8 bits 05/2002
IRS Índia 23,5 m 5m - 7 bits 09/1997
Terra/Aster EUA/Japão 15 m 15 m 16 dias 8 bits 12/1999
fonte: PERES (2006)

A política de facilitar e disseminar a aquisição de imagens de satélite e Fotografias


aéreas por parte de instituições governamentais e, até mesmo, por empresas privadas neste
segmento tem sido de grande valia para o desenvolvimento de pesquisas pela comunidade
acadêmico-científica brasileira.

Segundo Silva (2005), o alto custo financeiro para aquisição de imagens de satélite
sempre consistiu num empecilho para muitos estudantes dos cursos de graduação que
passaram a desconsiderar o uso deste produto em sua vida profissional.

Nesta pesquisa, a imagem de satélite utilizada é a CBERS – 2B, pois sua câmara HRC,
produz imagens pancromáticas de 2,5 m de resolução espacial e é distribuída gratuitamente
pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) no site: http://www.dgi.inpe.br/CDSR/ ,
além desta também será feita a composição colorida da CBERS 2B, com a câmara CCD.

Conforme INPE (2012), o Programa CBERS contemplou num primeiro momento apenas
dois satélites de sensoriamento remoto, CBERS-1 e 2. O sucesso do lançamento pelo foguete
chinês Longa Marcha 4B e o perfeito funcionamento do CBERS-1 e CBERS-2 produziram
efeitos imediatos. Ambos os governos decidiram expandir o acordo e incluir outros três
satélites da mesma categoria, os satélites CBERS-2B, com operações encerradas em
11/05/2010 e os CBERS-3 e 4, como uma segunda etapa da parceria sino-brasileira ainda em
processo para operações.

Estas imagens auxiliaram nas incursões campo e na confecção do mapa de unidades


básicas de compartimentação.
33

2.4. ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL


GEOAMBIENT E SUAS APLICAÇÕES

2.4.1. HISTÓRICO

As leis e políticas ambientais visam assegurar o desenvolvimento econômico-


econômico
social compatível
tível com a conservação do meio ambiente, com a utilização dos recursos
naturais, de maneira mais equilibrada e adequada. A criação da lei nº 4.771 de 15 de
setembro de 1965 alterada
lterada pela Lei nº 7.803/89 – estabelecem o código florestal,
florestal mostrando
uma preocupação
cupação inicial no Brasil com os recursos naturais já na década de 60.

Na década de 70, Cendrero (1975) já ressaltava a importância dos estudos


geoambientais, salientando que o planejamento, de acordo com a capacidade das unidades
ambientais, permite o máximo
máximo uso dos recursos naturais de uma área com um mínimo de
dano ambiental. Com o desenvolvimento da Política Nacional do Meio Ambiente (lei nº
6938/81) e com todo o movimento da sustentabilidade,
sustentabilidade o conhecimento acerca dos
processos ambientais foi se acirrando.
acirra

A partir da elaboração da Política Nacional de Recursos Hídricos (lei 9433/97),


os estudos da área priorizaram a delimitação de projetos regionais em bacias hidrográficas,
devido às características ambientais.

A cartografia geoambiental, enfatizada por


por Grecchi (1998), é um importante
instrumento de planejamento, seja de enfoque local ou regional, e pode suprir as
solicitações ambientais dentro dos processos de planejamento e ordenamento territorial.
Sobreira (1995) enfoca três vertentes para os estudos de natureza ambiental: o
planejamento e o ordenamento territorial, a análise de riscos e os estudos de impacto
ambiental, os quais podem ser tratados de maneira integrada conforme a Figura 2.

Figura 2: Abordagens distintas dos estudos de natureza geoambiental.

Fonte: Sobreira (1995)


34

Para Montaño (2002), nos últimos anos, o zoneamento ambiental tem se


destacado como instrumento estratégico do planejamento regional, estando fortemente
vinculado ao parcelamento do solo e definição de usos específicos.

Já Jacinto (2003) vê o ordenamento territorial como um importante


instrumento de gestão ambiental o qual deve ser aplicado dentro dos princípios do
desenvolvimento sustentável.

Segundo a COMISSÃO TÉCNICA DE CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA E


GEOAMBIENTAL - CTCG (2004), em um Diagnóstico Preliminar da Cartografia Geotécnica e
Geoambiental no Brasil, verificou-se que a Cartografia Geoambiental, de desenvolvimento
mais recente no Brasil, começava a ganhar importância e seu desenvolvimento
metodológico vem se aprimorando, com várias instituições produzindo documentos de
zoneamento geoambiental. Estes trabalhos passaram a usar predominantemente as bacias
hidrográficas como unidade de mapeamento e têm tido aplicação intensa nos estudos
ambientais de caráter mais amplo.

A análise realizada neste diagnóstico mostra que a Cartografia Geotécnica no


Brasil apresenta-se consolidada, com várias instituições produzindo informações há mais de
dez anos. No entanto, observa-se ainda uma variedade de metodologias e enfoques que
necessitam ser melhor discutidos e analisados. Constata-se também que nos últimos anos,
as aplicações dos trabalhos de cartografia geotécnica e geoambiental, vêm apresentando um
incremento tanto em quantidade como em diversidade de enfoques.

Após o diagnóstico Preliminar da Cartografia Geotécnica e Geoambiental em


2004 pela COMISSÃO TÉCNICA DE CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA E GEOAMBIENTAL,
continuaram-se os trabalhos de zoneamento geoambiental em diferentes aspectos
metodológicos e abordagens. Ranieri et al. (2005) e Souza (2009) comentam que, ao
observar os produtos de zoneamentos ambientais ou com denominações variantes
(zoneamento ecológicoeconômico, somente ecológico, geoambiental, entre outros)
realizados no Brasil nas últimas décadas, de acordo com os profissionais ou instituições
envolvidos em sua elaboração, são encontradas distinções quanto aos recortes territoriais
considerados, às escalas, legendas, métodos, objetivos, entre outros fatores. O ponto
comum identificado para estes trabalhos é de buscarem incorporar aspectos ambientais na
divisão do território em zonas.
35

Desta forma, Andersson, et al. (2009) propõem analisar a paisagem urbana,


na região metropolitana de Estocolmo, como um sistema socioecológico complexo
utilizando 21 variáveis, incluindo variáveis demográficas, físicas e métricas de paisagem,
medidas em quatro escalas diferentes.

Por sua vez, Kurucu e Chiristina (2007) destacam a importância dos Sistemas
de Informação Geográfica (SIG) e técnicas de Sensoriamento Remoto na articulação e análise
desses dados, de caracterização dos recursos naturais e dos aspectos socioeconômicos,
facilitando a definição de estratégias de planejamento sustentável da terra.

Já Camolezi e Volkmer (2011), enfocam em estudos geográficos referentes às


potencialidades de uso do solo, aos mapeamentos de zonas de risco aplicadas ao
deslizamento de solos, aos riscos de queimada, e à fragilidade ambiental, com a finalidade
de se reduzir os impactos provocados pelo homem. Além disso, uma gama de produtos
cartográficos e análises integradas estão sendo realizadas para reduzir impactos ao meio. Os
autores veem o zoneamento geoambiental como um ponto de partida para um
planejamento, o qual visa o aproveitamento racional dos recursos naturais, adequado pelas
suas potencialidades e pelo equilíbrio ambiental.

2.4.2. MÉTODOS EMPREGADOS

Há uma grande diversidade de metodologias empregadas em trabalhos que


visam o zoneamento geoambiental. Segundo Cendrero (1990), estas se diferenciam em
função das características geológicas e climáticas, do nível de ocupação humana e das
atividades predominantes em cada região onde são aplicadas.

Dentre as metodologias que utilizam as características geológicas como base


para obtenção de aptidões do terreno merecem destaque as propostas de Cendrero (1975),
Cendrero (1983), Francés et al (1990), Lopes (2000), Vedovello (2000), Amorim (2003),
Ohara et al. (2003), Zuquette & Gandolfi (2004) e Fontes (2004), descritos no Quadro 2.
36

Quadro 2: Metodologias geoambientais

Objetivo Parâmetros
Elaborar o zoneamento geoambiental a partir de
Landforms, propriedades físicas do
comparações de feições geológicas ambientais
substrato rochoso e depósitos
Cendrero (1975) com a capacidade de reuso e uso atual da terra e
superficiais, assembléias biológicas e
da água, obtendo desta forma um mapa de
feições antrópicas
geologia ambiental
Elaborar um mapeamento geocientífico como
Mapa de depósito superficiais e
ferramenta na avaliação e planejamento do meio
substrato rochoso, vegetação, feições
ambiente. Para a preparação de mapas temáticos
Cendrero (1983) estruturais, declividade, orientação,
descritivos, mapas derivados ou de qualidades
dados climáticos, landforms e
significantes e mapas de conflito de uso
processos e uso do solo
recomendado do solo.
Elaborar uma ferramenta no diagnóstico de
unidades territoriais, na fase de planejamento e
gestão do uso da terra. Enfocando nas diferentes
escalas de análise como Diretrizes de
Francés et al (1990) Ordenamento Territorial – DTO (escala regional);
Plano de gestão e Uso dos Espaços Naturais
(implantação de parques naturais) e Plano de
ordenamento urbano do Município (escala de
detalhe).
Geologia, pedologia, materiais
inconsolidados, menor extensão do
percurso de águas superficiais, entre
Elaborar o zoneamento para bacias hidrográficas outros. Sendo as unidades de análise
Lopes (2000)
como unidades de planejamento os landforms, e determina as
características de potencial a
infiltração, potencial agrícola e
susceptibilidade a erosão do meio.
Elaborar o zoneamento geoambiental a partir de
uma abordagem fisiográfica, em que os elementos
são analisados integradamente. Sua metodologia
consiste em três etapas:
• Compartimentação do terreno: identificação de
zonas com características e propriedades
geológico-geotécnicas homogêneas;
Vedovello (2000)
• Caracterização geotécnica: determinação das
características e propriedades geotécnicas das
áreas delimitadas;
• Cartografia temática final ou de síntese: onde as
unidades definidas nas etapas anteriores são
analisadas e classificadas em termos de
fragilidades e potencialidades do terreno.
Elaborar o zoneamento geoambiental com fins ao
planejamento territorial, baseado nas condições
brasileiras e nos procedimentos e produtos da
cartografia geotécnica. A definição do zoneamento
Geomorfológicos, geológicos, o
geoambiental foi feita a partir de procedimentos
AMORIM (2003) comportamento geotécnico dos solos
de geoprocessamento, envolvendo de análises por
e a aptidão agrícola
agrupamentos (cluster). Esta análise estatística
permitiu verificar a adequação do uso dos
landforms como unidade de compartimentação
para análise dos atributos.
37

Objetivo Parâmetros
São considerados principalmente os
aspectos: geológicos (limites
litológicos e aloestratigráficos);
morfotectônicos (falhas, juntas e
fraturas); morfoestruturais (alto e
Elaborar o zoneamento geoambiental a partir da
baixos estruturais); climáticos; de
OHARA ET AL. (2003) análise climática, geomorfológica e
alteração intempérica (alterações
pedoestratigráfica
físicas ou químicas na estrutura das
rochas); fisiográficos;
pedoestratigráficos, ecológicos e/ou
aspectos antigos e atuais da
paisagem
Elaborar o zoneamento geoambiental a partir da
Substrato rochoso, materiais
adoção de unidades de Ottobacias como regiões
Fontes (2004) inconsolidados, declividade,
base para compartimentação e análise do meio
drenagem e landforms
físico, segundo um nível de homogeneidade
Elaborar uma carta de zoneamento geoambiental
com análise de documentos cartográficos
preliminares, os quais são divididos em quatro
grupos:
• Documentos Fundamentais Básicos – mapa de
substrato rochoso, mapa de qualidade das águas,
mapa das feições de terreno (landforms), mapa
dos materiais inconsolidados, carta de declividade,
mapa de bacias hidrográficas, mapa de
profundidade do nível de água, mapa das áreas
úmidas, mapa de geologia estrutural, mapa de
feições resultantes dos processos geológicos, mapa
das feições do tecnógeno, mapa das condições
hidrogeológicas, mapa de documentação e mapa
climático;
• Cartas Fundamentais de Síntese – carta de
zoneamento geotécnico geral, mapa de condições
geológico-geotécnicas e carta de restrições;
São selecionados atributos de acordo
• Cartas Derivadas ou Interpretativas – carta para
ZUQUETTE & GANDOLFI (2004) com a finalidade da carta e
fundações, carta das condições de drenabilidade,
peculiaridades do local de estudo
carta para escavabilidade, carta para erosividade e
erodibilidade, carta de potencial ao escoamento
superficial e infiltração, carta de potencial agrícola,
carta para irrigação, carta das zonas de recarga,
carta para disposição de rejeitos e resíduos, carta
de potencial e corrosividade, carta para exploração
das águas, carta de potencial para estocagem
subterrânea, carta para estradas, carta de
potencial para minerais e materiais para
construção civil;
• Cartas Analíticas Básicas – carta de probabilidade
de ocorrência de eventos naturais, carta das áreas
degradadas, carta de diagnósticos das zonas
degradadas, carta de possibilidade de ocorrer
eventos perigosos, carta de passivos ambientais
(meio físico), carta de potencial de erosão, carta
das áreas sujeitas a eventos perigosos (tipo x
áreas), cartas para gestão ambiental.
38

3. OBJETO DE ESTUDO

A Área de Estudo (AE) da presente pesquisa corresponde à bacia hidrográfica


do rio Fartura (BHRF), um afluente do rio Pardo, integrante da UGRHI-4, gerenciada pelo
CBH-PARDO - Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo (Figura 3). Esta possui 227 Km² e
engloba parte dos municípios de São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Vargem
Grande do Sul e Águas da Prata (SP), conforme Figura 4.

Figura 3: Localização da Bacia Hidrográfica do Rio Fartura nas UGRHIs no Estado de São Paulo
39

Figura 4: Localização dos municípios inseridos na BHRF


40

3.1. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

A BHRF está inserida no Planalto Atlântico, como mostra a Figura 5, tendo


como Unidade Morfoestrutural
strutural o Cinturão Orogênico do Atlântico, Unidade Morfoescultural
o Planalto Atlântico e com o Nível Morfológico Planalto do Alto Rio Grande. A drenagem
manifesta, em seu traçado, as características fundamentais comuns a toda a morfoescultura
do Planalto
o Atlântico, tendo um padrão dendrítico com adaptações às direções estruturais.
Por ser uma unidade de formas muito dissecadas, com vales entalhados e alta densidade de
drenagem, esta área apresenta um nível de fragilidade potencial alto, estando, portanto,
portanto
sujeita aos processos erosivos com possibilidade de ocorrência de movimentos de massas
nos setores de vertentes mais inclinadas (ROSS & MOROZ 1997).

Figura 5:: Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo

Fonte: Modificado de ROSS e MOROZ, 1997

A compartimentação das formas de relevo da região se dá ao longo de 2 eixos


principais: à noroeste-sudeste,
sudeste, está essencialmente sobre os terrenos granito-migmáticos
granito
echarquíticos do Complexo Pinhal e à sudeste-nordeste,
sudeste nordeste, abrange também os terrenos
ter
paragnáissicos
icos do Complexo Itapira (NETO & FIGUEIREDO, 1985).
41

As variações altimétricas da região são intensas chegando a um desnível de


820 m, pois em sua foz na confluência com o rio Pardo possui uma altitude da ordem de 700
m, mas em suas nascentes a altitude chega a 1520 m e a densidade de drenagem é alta,
além do farto volume das águas.

O clima na região da BHRF predominante é o Cwa, havendo também o Aw,


segundo a classificação KOEPPEN. Sendo que, o município de São José do Rio Pardo pertence
ao tipo Aw, tropical chuvoso com inverno seco e mês mais frio com temperatura média
superior a 18ºC. O mês mais seco tem precipitação inferior a 60mm e com período chuvoso
que se atrasa para o outono. Já nos demais municípios da região o clima é do tipo Cwa, isto
é, clima de inverno seco e verão chuvoso, com a temperatura média do mês mais frio
inferior a 18°C e a do mês mais quente superior a 22°C.
Quadro 3: Temperatura do ar e precipitação nos municípios da BHRF

São José do Rio Pardo São Sebastião da Grama Águas da Prata Vargem Grande do Sul

TEMPERATURA DO CHUVA TEMPERATURA DO CHUVA TEMPERATURA DO CHUVA TEMPERATURA DO CHUVA


AR (C) (mm) AR (C) (mm) AR (C) (mm) AR (C) (mm)
MÊS
mínima máxima mínima mínima máxima mínima mínima máxima mínima mínima máxima mínima
média média média média média média média média média média média média

JAN
18,2 29,3 257,1 16,8 27,5 258,3 17,3 28,2 262,5 18,1 29,1 260,5

FEV
18,4 29,4 204,4 17 27,4 200,5 17,5 28,2 225,4 18,3 29,2 190,3

MAR
17,7 29,2 156,7 16,3 27,3 192,8 16,8 28 195,9 17,5 28,9 161,1

ABR
15,2 27,9 70 13,8 26 89,4 14,3 26,6 89,4 15 27,6 73,2

MAI
12,5 26,1 56,5 11,1 24,3 76,6 11,6 24,8 71,8 12,3 25,8 52,7

JUN
11,2 25,1 32,5 9,7 23,4 43,9 10,2 23,8 39,5 10,9 24,7 28,3

JUL
10,7 25,4 22,5 9,2 23,6 32,9 9,7 24 27,4 10,4 25 24,9

AGO
12,1 27,7 23 10,6 25,7 32,6 11 26,2 31,4 11,8 27,2 21,5

SET
14,2 28,9 58,2 12,6 27,1 69,8 13,1 27,5 63,4 13,9 28,4 69,2

OUT
15,9 29,1 126,4 14,5 27,2 128,3 14,9 27,7 148,8 15,6 28,7 138,3

NOV
16,6 29,1 170 15,2 27,1 179 15,6 27,8 164,6 16,4 28,8 176,8

DEZ
17,7 28,9 253,4 16,2 27 263 16,8 27,6 263,3 17,5 28,6 254,4

Ano
15 28 1430,7 13,6 26,1 1567,1 14,1 26,7 1583,4 14,8 27,7 1451,2
Fonte: CEPAGRI - http://www.cpa.unicamp.br/outras-informacoes/clima_muni_558.html
42

Segundo Ladeira & Marques (2001), a região pode ser considerada, do ponto
de vista geológico, uma região estável, as rochas que hoje afloram na superfície são
evidências de que a região foi palco de uma história geológica complexa e muito antiga.

Segundo Iritani & Ezaki (2008), a porção leste do Estado de São Paulo (Figura
6) é constituída por rochas mais antigas, formadas há mais de 550 milhões de anos. A este
conjunto de rochas denominamos Embasamento Cristalino, que constitui o Aquífero
Cristalino, composto principalmente por rochas de origem ígnea, como os granitos, e
metamórfica, como gnaisses, quartzitos, calcários etc. O Aquífero Cristalino localiza-se
abaixo da Bacia Sedimentar do Paraná, a grandes profundidades, o que impossibilita sua
utilização.

Figura 6: Principais Unidades Aquíferas do Estado de São Paulo

Fonte: adaptado de Iritani e Ezaki (2008)

De acordo com o tipo de porosidade fissural que se desenvolve nas rochas, o


Cristalino é dividido em duas unidades: o Aquífero Pré-Cambriano e Pré Cambriano Cáustico.
Na bacia do rio Fartura encontra-se o aquífero pré-cambriano, sua produtividade é baixa e
bastante variável, estando condicionada à presença de fraturas abertas. A vazão média dos
43

poços é em torno de 5 m³³/h (equivalente a 5.000 litros por hora), mas é comum encontrar
poços próximos com vazões
azões muito diferentes devido à variação no número, tipo, abertura e
conexão das fraturas.

Segundo SÃO PAULO (2011), foi instituído o Indicador de Potabilidade das


Águas Subterrâneas (IPAS), que representa o percentual das amostras de águas subterrâneas
coletadas em conformidade com os padrões de potabilidade e de aceitação ao consumo
humano da Portaria do Ministério da Saúde nº 518/04.

Quanto aos aquíferos, os menores valores do IPAS foram registrados nos


aquíferos Pré-Cambriano
Cambriano (Cristalino), São Paulo, Taubaté e Bauru. As águas dos Aquífero
Pré-Cambriano
Cambriano e Taubaté apresentaram qualidade regular em dois, dos três anos
monitorados (Figura 7).

Figura 7:: Indicador de potabilidade das águas subterrâneas por aquiferos de 2007 a 2009

Fonte: SÃO PAULO (2011)

Segundo Ladeira & Marques (2001) as rochas na região sofreram processos


metamórficos formando uma grande variedade de tipos litológicos (gnaisses diversos,
44

migmatitos, charnoquitos, kinzigitos, e subordinadamente quartzitos, cálcio-silicáticas e


mármores). Predominam na região o complexo Pinhal e o Complexo Varginha.

O Complexo Pinhal é composto de migmatito granítico, gnaisse e intercalação


de rochas metassedimentares, intrusões graníticas, granodioríticas e charnoquíticas com
intercalações de xistos e gnaisses.

Conforme levantamento do RADAM BRASIL o Complexo Varginha possui


litologias fáceis granulíticas existentes no Maciço de Guaxupé, com rochas de arranjo
complexo associados a migmatitos, podendo exibir variações laterais de fáceis desde
granulito até anfibolito alto. Há predomínio de granitos profiróides ricos em megacristais
róseos microclíneo, com matriz granodiorítica à fonalítica e migmatitos de estruturas
diversas separadas por dreas na bacia do rio Fartura dentro deste Complexo.

Os solos podzólicos vermelho-amarelos (PVA) predominam na região e são


caracterizados pelo grande aumento de argila em profundidade. A velocidade de infiltração
da água é muito rápida na superfície e lenta em subsuperfície, ocasionando erosão severa.
Conforme Oliveira et al 1999, são solos eutróficos composto por argissolos vermelhos, com
horizonte A moderado e textura média argilosa e argilosa,situando-se em relevo
montanhoso e fortemente ondulado. Localizam-se principalmente nos municípios de José do
Rio Pardo, São Sebastião da Gama e São Roque da Fartura.

Em Vargem Grande do Sul há predomínio de terras brunas estruturadas, com


solos distróficos, horizonte A proeminente, textura argilosa e relevo montanhoso.

Quanto ao uso do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Fartura, a caracterização


da agricultura nos municípios que abrangem a região ocorre da seguinte maneira:
Quadro 4: Porcentagem de culturas permanentes nos municípios da BHRF

culturas permanentes (área plantada em 2010)


município café café laranja laranja Maracujá Maracujá Limão Limão
Nome do Município (ha) (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%)
São Sebastião da Grama 25238 6240 24,72% 0,00% 0,00% 0,00%
São José do Rio Pardo 41.918,60 2130 5,08% 13 0,03% 20 0,05% 0,00%
Vargem Grande do Sul 26723,2 502 1,88% 525 1,96% 0,00% 26 0,10%

Águas da Prata 14296,1 1000 6,99% 0,00% 0,00% 0,00%


Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/
45

Quadro 5:: Porcentagem de culturas temporárias nos municípios


municípios da BHRF

culturas temporárias (área plantada em 2010)

batata cana cebola feijão tomate milho soja


Nome do município
Município (ha) ha % ha % ha % ha % ha % ha % ha %
São Sebastião
da Grama 25238 150 0,59% 740 2,93% 0,00% 0,00% 300 0,00% 1,19% 0,00%
São José do 200
Rio Pardo 41.918,60 0,00% 3703 8,83% 1360 3,24% 0,00% 70 0,17% 0 4,77% 0,00%
Vargem 240
Grande do Sul 26723,2 1700 6,36% 7000 26,19% 0,00% 1500 5,61% 0,00% 0 8,98% 200 0,75%

Águas da Prata 14296,1 120 0,84% 70 0,49% 0,00% 70 0,49% 0,00% 600 4,20% 0,00%
Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/

O levantamento da cobertura vegetal do Instituto Florestal mostra que a


maioria dos fragmentos vegetais da região abrange pequenas áreas. Apenas em São
Sebastião da Grama existe uma área superior a 200 hectares e proporcionalmente é o
município que possui uma maior cobertura de vegetação nativa.
Quadro 6:: Relação dos municípios da BHRF com indicação das áreas de vegetação remanescente e
respectiva condição de fragmentação

Fonte: Instituto Florestal. Disponível em: http://www.iflorestal.sp.gov.br/sifesp/tabelas/tabelas.html

3.2. CARACTERIZAÇÃO
RACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA

Para a caracterização sócio-econômica


sócio econômica da região foram utilizados dados do
SEADE, Plano da bacia hidrográfica do Pardo de 2008 a 2011 (CBH-PARDO,
PARDO, 2008), o relatório
de águas do interior da CETESB de 2010 (CETESB, 2010a) e o Inventário
ntário Estadual de Resíduos
Sólidos Domiciliares CETESB (2010b).
(2010b) Apesar da bacia não ocupar os municípios
inteiramente, os dados a seguir caracterizam a região de estudo como um todo.

O quadro seguir mostra que são cidades com baixo índice populacional e alto
a
grau de envelhecimento.. A cidade de Vargem Grande do Sul destaca--se por ter uma maior
densidade populacional e São Sebastião da Grama é a única a ter uma taxa negativa no
crescimento populacional.
46

Quadro 7: Dados de território e população dos municípios que abrangem a BHRF

São José São Vargem


Águas da
Território e População Ano do Rio Sebastião Grande do Reg. Gov. Estado
Prata
Pardo da Grama Sul
Área (Em km2) 2012 142,59 419,02 252,18 266,53 6.198,50 248.209,43

População 2011 7.627 52.075 12.068 39.553 473.641 41.692.668


Densidade Demográfica
2011 53,49 124,28 47,85 148,40 76,41 167,97
(Habitantes/km2)
Taxa Geométrica de
Crescimento Anual da
2010 0,62 0,37 -0,28 0,80 0,49 1,09
População - 2000/2010
(Em % a.a.)
Grau de Urbanização (Em
2010 89,27 88,55 65,88 94,93 88,81 95,94
%)
Índice de Envelhecimento
2011 103,06 76,13 61,56 58,58 67,89 53,79
(Em %)
População com Menos de
2011 17,98 19,12 21,58 21,88 20,37 21,48
15 Anos (Em %)
População com 60 Anos e
2011 18,53 14,56 13,28 12,82 13,83 11,55
Mais (Em %)
Fonte: Fundação SEADE – Perfil dos municípios

Quanto às condições vitais da população nota-se que a taxa de natalidade nos


municípios é bem inferior à do Estado, entretanto São José do Rio Pardo e Vargem Grande
do Sul possuem uma taxa superior à Região de Governo. Cabe destacar também a taxa de
mortalidade da população entre 15 e 34 anos em São Sebastião da Grama e Vargem Grande
do Sul que estão bem abaixo na mesma em comparação à Região de Governo e ao Estado
(Quadro 8).
Quadro 8: Estatísticas vitais e de saúde da população dos municípios que abrangem a BHRF

Estatísticas Vitais e Saúde Ano Águas São José São Vargem Reg. Estado
da Prata do Rio Sebastião Grande Gov.
Pardo da Grama do Sul
Taxa de Natalidade (Por mil 2010 9,37 12,41 11,57 13,84 12,31 14,59
habitantes)
Taxa de Fecundidade Geral 2010 37,00 45,63 44,16 50,92 45,92 51,12
(Por mil mulheres entre 15 e
49 anos)
Taxa de Mortalidade Infantil 2010 - 13,98 - 5,52 12,41 11,86
(Por mil nascidos vivos)

Taxa de Mortalidade da 2010 269,91 121,80 75,38 93,01 102,24 117,98


População entre 15 e 34
Anos (Por cem mil
habitantes nessa faixa
etária)
47

Estatísticas Vitais e Saúde Ano Águas São José São Vargem Reg. Estado
da Prata do Rio Sebastião Grande Gov.
Pardo da Grama do Sul
Taxa de Mortalidade da 2010 3.276,35 3.547,32 3.731,34 4.771,37 4.072,90 3.638,16
População de 60 Anos e
Mais (Por cem mil
habitantes nessa faixa
etária)
Fonte: Fundação SEADE – Perfil dos municípios

Os indicadores do IPRS sintetizam a situação de cada município no que diz


respeito a riqueza, escolaridade e longevidade, e quando combinados geram uma tipologia
que classifica os municípios do Estado de São Paulo em cinco grupos, conforme as
características descritas no quadro a seguir.
Quadro 9: Grupos de IPRS

Grupos Critérios Descrição

Alta riqueza, média longevidade e média escolaridade

Alta riqueza, média longevidade e alta escolaridade Municípios que se caracterizam por um
Grupo 1 nível elevado de riqueza com bons
Alta riqueza, alta longevidade e média escolaridade níveis nos indicadores sociais

Alta riqueza, alta longevidade e alta escolaridade

Alta riqueza, baixa longevidade e baixa escolaridade

Alta riqueza, baixa longevidade e média escolaridade


Municípios que, embora com níveis de
Grupo 2 Alta riqueza, baixa longevidade e alta escolaridade riqueza elevados, não são capazes de
atingir bons indicadores sociais
Alta riqueza, média longevidade e baixa escolaridade

Alta riqueza, alta longevidade e baixa escolaridade

Baixa riqueza, média longevidade e média escolaridade

Baixa riqueza, média longevidade e alta escolaridade


Municípios com nível de riqueza baixo,
Grupo 3
mas com bons indicadores sociais
Baixa riqueza, alta longevidade e média escolaridade

Baixa riqueza, alta longevidade e alta escolaridade

Baixa riqueza, baixa longevidade e média escolaridade


Municípios que apresentam baixos
níveis de riqueza e níveis
Grupo 4 Baixa riqueza, baixa longevidade e alta escolaridade
intermediários de longevidade e/ou
escolaridade
Baixa riqueza, média longevidade e baixa escolaridade
48

Grupos Critérios Descrição

Baixa riqueza, alta longevidade e baixa escolaridade

Municípios mais desfavorecidos do


Grupo 5 Baixa riqueza, baixa longevidade e baixa escolaridade Estado, tanto em riqueza como nos
indicadores sociais
Fonte: Fundação Seade. Índice Paulista de Responsabilidade Social - IPRS

O Quadro 10 dimensiona as categorias de IPRS.


Quadro 10: Parâmetros para a classificação dos municípios, por dimensões do IPRS, segundo
categorias

Dimensões do IPRS
Categorias Ano
Riqueza Longevidade Escolaridade

2000 Até 49 Até 64 Até 40

2002 Até 40 Até 66 Até 50

Baixa 2004 Até 42 Até 68 Até 53

2006 Até 45 Até 70 Até 64

2008 Até 48 Até 71 Até 67

2000 - 65 a 71 41 a 46

2002 - 67 a 72 51 a 55

Média 2004 - 69 a 72 54 a 57

2006 - 71 a 73 65 a 67

2008 - 72 a 73 68 a 70

2000 50 e mais 72 e mais 47 e mais

2002 41 e mais 73 e mais 56 e mais

Alta 2004 43 e mais 73 e mais 58 e mais

2006 46 e mais 74 e mais 68 e mais

2008 49 e mais 74 e mais 71 e mais

Fonte: Fundação Seade. Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS


49

Tanto em 2006 como em 2008 os municípios de Águas da Prata, São José do


Rio Pardo e Vargem Grande do Sul enquadraram-se no grupo 4, já o município de São
Sebastião da Grama enquadrou-se no grupo 5 (Quadro 11).
Quadro 11: Condições de vida dos municípios da BHRF

Condições de Vida Ano Águas da São José São Vargem Reg. Gov. Estado
Prata do Rio Sebastião Grande do
Pardo da Grama Sul
Índice Paulista de 2006 37 baixa 44 baixa 38 baixa 39 baixa 42 baixa 55 alta
Responsabilidade Social - 2008 40 baixa 47 baixa 39 baixa 41 baixa 44 baixa 58 alta
IPRS - Dimensão Riqueza
Índice Paulista de 2006 77 alta 69 baixa 60 baixa 71 média 68 baixa 72
Responsabilidade Social - média
IPRS - Dimensão 2008 78 alta 77 alta 58 baixa 76 alta 69 baixa 73
Longevidade média
Índice Paulista de 2006 63 baixa 66 média 56 baixa 59 baixa 63 baixa 65
Responsabilidade Social - média
IPRS - Dimensão 2008 64 baixa 66 baixa 61 baixa 62 baixa 65 baixa 68
Escolaridade média
Índice de 2000 0,81 0,815 0,778 0,802 ... 0,814
Desenvolvimento
Humano - IDH
Fonte: Fundação SEADE – Perfil dos municípios

Quanto à economia São Sebastião da Grama destaca-se na agropecuária e São


José do Rio Pardo no setor industrial, o setor de serviços trás um grande rendimento aos
municípios vê-se aí um destaque à Vargem Grande do Sul. Ao analisar o PIB per capta, o
município de São José do Rio Pardo possui melhores índices, se posicionado acima da média
da região de governo (Quadro 12).

Quadro 12: Economia da BHRF

São José São Vargem


Águas da
Economia Ano do Rio Sebastião Grande Reg. Gov. Estado
Prata
Pardo da Grama do Sul
Participação nas
Exportações do Estado 2010 - 0,047713 0,020635 0,000437 0,670969 100
(Em %)

Participação da
Agropecuária no Total do 2009 2,96 6,39 14,73 9,13 11,21 1,62
Valor Adicionado (Em %)

Participação da Indústria
no Total do Valor 2009 17,82 35,52 12,87 13,20 24,46 29,04
Adicionado (Em %)
50

São José São Vargem


Águas da
Economia Ano do Rio Sebastião Grande Reg. Gov. Estado
Prata
Pardo da Grama do Sul

Participação dos Serviços


no Total do Valor 2009 79,22 58,09 72,40 77,68 64,33 69,34
Adicionado (Em %)

PIB (Em milhões de reais


2009 192,79 1.017,56 152,93 435,66 6.591,62 902.784,27
correntes)
PIB per Capita (Em reais
2009 24.927,38 19.097,96 11.772,84 11.125,10 14.335,05 22.667,25
correntes)
Participação no PIB do
2009 0,017779 0,093840 0,014103 0,040177 0,730143 100
Estado (Em %)
Fonte: Fundação SEADE – Perfil dos municípios

Segundo CBH-PARDO (2008), o sistema de abastecimento público da região


(Quadro 13) mostra-se com 100% de atendimento, sendo em sua maioria superficial. São
José do Rio Pardo e Vargem Grande do Sul possuem um alto volume de captação, entretanto
não há dados quanto a consumo e perdas. Em São Sebastião da Grama há um alto consumo
per capta e uma grande quantidade de perdas, necessitando de uma otimização do sistema.
Com exceção do Distrito de São Roque da Fartura os demais municípios possuem concessão
municipal.

Quadro 13: Dados sobre o sistema público de abastecimento de água nos municípios

Volume
Volume Micro- Consumo Ext. da
Pop. Atend. nº Captado medido per capta rede Perdas
Município (hab) (%) Manancial Operação ligações (m³/mês) (m³/mês) (l/hab.dia) (Km) (%)
Distrito São
Roque da
Fartura e
Areias (Água 1.500
da Prata**) (***) 100 Superf. Sabesp 200 3348 2652 203 29,2 20,8
São José do
Rio Pardo 5.758 100 Superf. Prefeitura 15456 712800 (*) (*) 280 (*)
São
Sebastião da
Grama 50.036 100 Superf. Prefeitura 2528 90000 45000 375 40 50,0
Vargem
Grande do subt. /
Sul 12.921 100 superf. Prefeitura 11876 456364 (*) (*) 226 (*)
Fonte: Plano de Bacia 2008-2011 (CBH-PARDO, 2008)
(*) não constam informações;
(**) Considerados somente dados referentes à parte do município inserida na UGRHI 4;
(***) Informado pelo próprio município
51

O quadro a seguir mostra que Águas da Prata, São José do Rio Pardo e São
Sebastião da Grama possuem captações que não são outorgadas.
Quadro 14: Captações e tratamento da água nos municípios

nº de nº de poços nº de captações
nº de poços nº de captações Nome do Tipo de estação
Município poços em outorgados superficiais
desativados superficiais manancial de tratamento
operação DAEE outorgados DAEE
Filtro
Águas da Ribeirão da
0 0 0 1 0 Gravitacional
Prata** Fartura
Descendente
São José do Rio Pardo e
0 0 0 4 0 ETA convencional
Rio Pardo Rio Fartura
São
Córrego
Sebastião 0 0 0 1 0 ETA convencional
Anhumas
da Grama
Vargem
Grande do 1 0 1 1 1 Rio Verde ETA convencional
Sul
Fonte: Plano de Bacia 2008-2011 (CBH-PARDO 2008)
(**) Considerados somente dados referentes à parte do município inserida na UGRHI 4

Conforme CETESB (2010a), o sistema de tratamento do esgotamento sanitário


na região mostra-se precário. O Quadro 15 mostra que o corpo receptor de esgoto em São
Sebastião da Grama é o rio Fartura e que apenas 30% do esgoto é tratado com uma
eficiência de 94%.

Quadro 15: Condições do esgotamento sanitário nos municípios que abrangem a BHRF

População IBGE Carga Poluidora


2010 Atendimento (%) (kg DBO/dia)
Corpo
Município Concessão Total Urbana Coleta Tratam. Eficiência (%) Potencial Remanesc. ICTEM Receptor
São José do 51.910 45.974 92 4 55,7 2.483 2.432 1,6
Rio Pardo SAE rio Pardo
São 12.100 7.970 98 30 94,0 430 311 3,9
Sebastião córrego
da Grama DAE da Fartura
Vargem 39.266 37.274 100 98 93,0 2.013 178 9,8
Grande do
Sul DAE rios Verde
Fonte: Relatório das águas do interior CETESB (2010a)

Segundo CETESB (2010b), o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – IQR


baseia-se em critérios que consideram a vida útil dos aterros, características do solo,
proximidade de núcleos habitacionais e de corpos d'água, presença de catadores e de
animais, cercamento da área e outras, são conferidos pontos aos municípios. Os que
alcançam de zero a 6 pontos, são enquadrados no IQR como inadequados (I), de 6 a 8 como
controlados (C) e mais de 8 como adequados (A).
52

Em 2007, São Sebastião da Grama e Vargem Grande do Sul constavam


inadequadas, entretanto Vargem Grande do Sul já possuía um termo de ajustamento de
conduta. Em São José do Rio Pardo o aterro já possuía licença de instalação, mas não a
licença de operação. E São Roque da Fartura possuía um aterro operante e controlado.
Quadro 16: Condições dos resíduos sólidos domiciliares nos municípios que abrangem a BHRF

INVENTÁRIO

1997 1999 2001 2003 2005 2007 2008 2009 2010 Enqua
AGÊNCIA Lixo drame
MUNICÍPIO CETESB (t/dia) IQR IQR IQR IQR IQR IQR IQR IQR IQR nto TAC LI LO
SÃO JOSÉ
DO RIO S J Rio
PARDO Pardo 18,4 7,2 8,5 7,1 4,4 6,2 8,4 8,0 6,3 8,1 A Não Sim Sim
SÃO
SEBASTIÃO S J Rio
DA GRAMA Pardo 3,2 4,4 3,5 4,4 7,0 4,2 3,6 6,2 6,6 5,3 I Não Não Não
VARGEM
GRANDE S J Boa
DO SUL Vista 14,9 3,1 5,5 2,5 2,6 2,2 1,6 1,8 1,8 2,6 I Não Não Não
Fonte: Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares CETESB (2010b)
53

4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do zoneamento


geoambiental e o disciplinamento do uso do solo em bacias hidrográficas com diretrizes para
o ordenamento territorial a partir de cenários de ocupação foi baseada na análise do meio
físico e suas relações com o meio antrópico, visando a capacidade de suporte do meio
ambiente.

Para isto, primeiramente foi desenvolvido um banco de dados geográfico da


Bacia Hidrográfica do Rio Fartura (BHRF) na escala 1:50.000, no sistema Córrego Alegre,
UTM, 23s, com atributos do meio físico considerados essenciais e necessários à elaboração
do Zoneamento Geoambiental a partir da adaptação do método de Zuquette & Gandolfi
(2004). O Quadro 17 apresenta alguns dos atributos e análise dos documentos cartográficos.

Quadro 17: Metodologia para a elaboração do Zoneamento Geoambiental

Componente do
Tipo Atributo
Meio Físico
Escoamento Superficial
Águas Superficiais Bacias Hidrográficas
Carta de Disponibilidade Hídrica
Declividade
Morfometria
Geomorfologia Amplitude de Relevo (hipsométrico)
Morfologia Unidades Básicas de Compartimentação
Substrato Rochoso Litologia
Origem (residual/retrabalhado)
Textura
Geologia Materiais
Variação em profundidade (perfis de alteração)
Inconsolidados (gerais)
Condutividade Hidráulica
Condições de Compactação
Localização das fontes poluidoras (aterros,
Feições do Tecnógeno
cemitérios, indústrias, mineração)
Biológico Restrições à ocupação APPs e Unidades de conservação
Climático Pluviosidade Mapa Pluviométrico
Sócio-econômico Infraestrutura Mapa com Captações e Lançamentos
Fonte: adaptado de Zuquette & Gandolfi (2004).

A Figura 8 mostra o procedimento para obtenção destes atributos.


54

Figura 8: Fluxograma de desenvolvimento do b


banco
anco de dados geográfico da Bacia Hidrográfica do Rio Fartura (BHRF) na escala 1:50.000,
1:50.000, com atributos do meio físico considerados
derados essenciais e necessários à elaboração do
Zoneamento Geoambiental

Fonte: Adaptado de Zuquette & Gandolfi (2004)


55

Para obter as diretrizes para o ordenamento territorial perante os conflitos da


ocupação urbana e a capacidade de suporte do meio ambiente, foram analisados o potencial
de expansão urbana de São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama e o distrito de São
Roque da Fartura em Águas da Prata e o potencial para o uso agrícola na Bacia Hidrográfica
do Rio Fartura em diferentes cenários de ocupação. O fluxograma a seguir mostra os
procedimentos executados (Figura 9).
56

Figura 9: Fluxograma para o desenvolvimento de diretrizes para o ordenamento territorial perante os conflitos da ocupação urbana
urbana e a capacidade de suporte do meio ambiente
57

4.1. COLETA DE DADOS, TRATAMENTO E MAPEAMENTO DOS ATRIBUTOS

O princípio da coleta de dados para o mapeamento dos atributos baseou-se


na elaboração de um banco de dados em Sistema de Informações Geográficas, formado
inicialmente com dados e informações básicas, transformadas em atributos do meio físico
para o mapeamento dos atributos e finalmente a Carta de Zoneamento Geoambiental. A
seguir serão demonstradas as formas de obtenção dos mapas inerentes deste processo.

4.1.1. MAPA CADASTRAL

O mapa cadastral foi elaborado a partir das folhas topográficas do IBGE, na


escala 1:50.000, que cobrem a região (São José do Rio Pardo  SF-23-V-C-VI-1, São João da
Boa Vista  SF-23-V-C-VI-3 e Poços de Caldas  SF-23-V-C-VI-4). O Sistema de projeção
utilizado foi o Universal Transverso de Mercator – UTM, sendo adotado o elipsóide Córrego
Alegre com meridiano central 45º WGr, seguindo as projeções das folhas topográficas.

Encontram-se indicados neste documento os pontos de amostragem de solo,


identificados como pontos de amostra, controle e cadastro. Os pontos puderam ser
inseridos pela obtenção das coordenadas com auxílio de receptor GPS (WGS 84), durante o
procedimento de amostragem. Ao transpor estes dados para o mapa foi realizado o
procedimento de conversão de WGS 84 para Córrego Alegre, UTM 23s.

O planejamento dos pontos de amostragem foi efetuado sobre este mapa,


com auxílio das folhas topográficas, mapa de sub-bacias, carta de declividade e o mapa de
substrato rochoso. Todos os pontos foram transformados para o sistema de projeção
Universal Transverso de Mercator – UTM, elipsóide Córrego Alegre, com meridiano central
45º WGr para compatibilização com as demais informações do mapa.

Este documento apresenta ainda as principais vias rurais, a área urbanizada e


os corpos d’água, elementos estes de grande auxílio na obtenção de pontos de controle e
para o georreferenciamento das imagens de sensoriamento remoto.

4.1.2. MODELO NUMÉRICO DE TERRENO

O termo Modelo Numérico do Terreno (ou MNT) é utilizado para denotar a


representação quantitativa de uma grandeza que varia continuamente no espaço.
Comumente associados à altimetria, também podem ser utilizados para modelar grandezas
58

geoquímicas, como o teor de minerais, ou propriedades do solo, como o teor de matéria


orgânica, a acidez ou a conditividade elétrica. Pode ser definido como um modelo
matemático que reproduz uma superfície real a partir de algoritmos e de um conjunto de
pontos (x, y), em um referencial qualquer, com atributos denotados de z, que descrevem a
variação contínua da superfície. (CÂMARA, 1996).

O procedimento de interpolação utilizado foi o Topo to Raster do software


ArcGis 9.3, o qual utiliza a informação inerente aos contornos para construir um modelo de
drenagem generalizada. Ao identificar áreas de curvatura máxima local em cada contorno,
as áreas de inclinação mais acentuadas são identificadas, e uma rede de fluxos e cristas é
criada (HUTCHINSON, 1988). Esta informação é usada para assegurar propriedades
geomorfológicas adequados da saída do MNT e pode também ser utilizado para verificar a
precisão da saída do MNT.

Este método utiliza uma técnica iterativa de interpolação de diferenças finitas.


Ele é otimizado para ter a eficiência computacional dos métodos de interpolação locais, tais
como a interpolação da distância inversa ponderada (IDW), sem perder a continuidade da
superfície de métodos de interpolação globais, como a Krigagem e Spline.

Para a produção do MNT foram utilizados: curvas de nível, pontos cotados e


hidrografia das folhas topográficas do IBGE na escala 1:50.000, estas informações foram
digitalizadas ultrapassando 2km da abrangência do limite da bacia em toda a sua extensão,
para que não houvessem erros ocasionados pela relação de contorno. Após gerar a
superfície do MNT foi utilizado o Extract by Mask do software ArcGis 9.3, para delimitação
do MNT no limite da bacia hidrográfica do rio Fartura, conforme Figura 10.
59

Figura 10: MNT da bacia do rio Fartura


60

A partir deste MNT foram gerados o mapa hipsométrico, a carta de


declividades e um modelo em 3 dimensões da área de estudo.

4.1.3. MAPA HIPSOMÉTRICO

Esta carta foi gerada, a partir do Modelo Numérico do Terreno, agrupando a


altimetria em faixas de 100 em 100 metros, a partir do comando Reclassify do software
ArcGis 9.3, de modo que as variações de altitude pudessem ser visualizadas de uma forma
mais sintética e abrangente.

4.1.4. CARTA DAS CLASSES DE DECLIVIDADES

A carta das classes de declividades representa as variações topográficas da


superfície do terreno, agrupadas em faixas de inclinação do terreno, classificadas dentro dos
intervalos de interesse para análise da ocupação pretendida.

Esta carta foi desenvolvida a partir do MNT e o comando Slope do software


ArcGis 9.3, o qual calcula a taxa máxima de alteração no valor a partir dessa célula aos seus
vizinhos. Basicamente, a alteração máxima na elevação ao longo da distância entre a célula e
seus oito vizinhos identifica a descida mais íngreme declive a partir da célula.

O valor da inclinação deste plano é calculada utilizando a técnica de média


máxima. O raster inclinação de saída pode ser calculada em dois tipos de unidades: graus ou
porcentagem.

A superfície de declividade foi gerada em graus para a verificação de áreas


restritivas à ocupação e fatiada (comando Reclassify do ArcGis 9.3) nos seguintes intervalos
de declividade: 0 - 17º, 17 - 25º, 25 - 45º e acima de 45º, em função de sua aplicabilidade na
análise da efetividade da legislação ambiental para a proteção dos recursos naturais da
bacia.

Para que se tenha uma melhor visão do relevo da região, foi gerada também
uma superfície em porcentagens %, a qual foi fatiada (comando Reclassify do ArcGis 9.3) nas
classes: 0 – 5%; 5 a 20%; 20 – 30%; 30 – 45% e >45%.

4.1.5. MAPA DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS E ÁREAS DE CONTRIBUIÇÕES

O traçado das bacias foi realizado a partir das curvas de nível, hidrografia e
pontos cotados das folhas topográficas do IBGE. A subdivisão destas foi feita por afluentes
61

que continham sua foz no rio da Fartura, quando o córrego não possuía nome na folha do
IBGE foi traçada uma área de contribuição. A delimitação das sub-bacias e áreas de
contribuição foi feita a partir da margem esquerda e direita do rio Fartura sendo assim:

• Margem direita:

o Área de contribuição da margem direita do rio Fartura (1 a 11);


o Córrego Biazão;
o Córrego do Veado;
o Córrego da Anhuma;
o Córrego da Forquilha;
o Córrego São João;
o Córrego do Cigano;
o Córrego do Leme.

• Margem Esquerda:

o Área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura (1 a 10);


o Córrego do Açude ou de Manuel de Andrade;
o Córrego Ibimbaé;
o Córrego do Batista
o Córrego São Luís.

4.1.6. MAPA DE RESTRIÇÕES À OCUPAÇÃO

Para a delimitação espacial das áreas restritivas à ocupação foram atualizadas


sob as imagens de satélite CBERS-2B (HRC): os rios, lagoas, reservatórios e nascentes e
adotados os critérios mais rígidos quanto ao nível de preservação apresentados pelo Código
Florestal e pelas Resoluções CONAMA 302/02 e 303/02.

Os limites foram determinados a partir do comando Buffer do software ArcGis


9.3 para delimitação das faixas dos rios, lagoas, reservatórios e nascentes. Já a delimitação
dos topos de morros foi realizada manualmente, baseado nas curvas de nível das folhas
topográficas do IBGE na escala 1:50.000 e as APMs (áreas com potencialidade de recarga de
aquífero profundo) foram delimitadas com base nas informações do Mapa de Substrato
Rochoso em escala 1:50.000 (Quadro 18).

Quadro 18: Critérios adotados para a confecção da carta de legislação ambiental

ÁREAS PROTEGIDAS REFERÊNCIA CRITÉRIO


Áreas marginais aos rios com largura até 10m Código Florestal Faixa de 30m
Áreas marginais às lagoas Resolução CONAMA Faixa de 50m
62

ÁREAS PROTEGIDAS REFERÊNCIA CRITÉRIO


Áreas marginais aos reservatórios Resolução CONAMA Faixa de 15m
Áreas marginais às nascentes Resolução CONAMA Faixa de 50m
Áreas de topo Código Florestal Topo de morros
Áreas com potencialidade de recarga de Área de Proteção
Decreto Estadual
aqüífero profundo (APMs) Máxima

Cabe ressaltar que em 25 de maio de 2012 foi instituído o Novo Código


Florestal (LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012) que dispõe sobre a proteção da vegetação
nativa. Altera as Lei nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996,
e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965,
e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001;
e dá outras providências e na mesma data também foi lançada a MEDIDA PROVISÓRIA Nº
571, DE 25 DE MAIO DE 2012 que altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Desta
forma a reaplicação desta metodologia para o desenvolvimento do mapa de restrições à
ocupação deve ser baseada nestas legislações ou noutras novas alterações que surgirem.

4.1.7. MAPA PLUVIOMÉTRICO

Para a obtenção da superfície de precipitação foram selecionados postos


pluviométricos que formam um polígono que abrange a área de drenagem da bacia do rio
Fartura como um todo. Para verificação da abrangência dos poços foram traçados os
polígonos de Thiessen com o comando Create Thiessen Polygons no software ArcGis 9.3.

Em posse dos dados de precipitação média anual por posto pluviométrico


obtido por meio das séries históricas dos postos selecionados para o presente estudo
definiu-se, por meio de geoestatística com a técnica da krigagem (Kriging do ArcGis 9.3)
utilizando o método ordinário linear, a superfície de precipitação gerando o mapa
pluviométrico.

A Krigagem é baseada na teoria regionalizada variável que assume a variação


espacial no fenômeno representado por Z-valores e é estatisticamente homogênea em toda
a superfície. Esta hipótese de homogeneidade espacial é fundamental para a teoria
regionalizada variável. A Krigagem ordinária é representada por semivariogramas: esféricos,
circulares, exponenciais, Gaussianos e linear. Com essas opções, a Krigagem usa a função
matemática específica para o ajuste da linha ou curva aos dados. Para este estudo foram
63

analisadas todas as possibilidades, constatando o melhor resultado na krigagem ordinária


linear.

Ao sobrepor as sub-bacias com a superfície de precipitação com o


procedimento zonal pode-se definir a precipitação média anual por sub-bacia.

4.1.8. CARTA DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA

Em posse da precipitação média anual das sub-bacias calculou-se, pelo


método de regionalização hidrológica, a disponibilidade hídrica (DAEE, 1994). Para o cálculo
da vazão específica foram utilizados a precipitação média anual e os parâmetros regionais a
e b:

Qesp= a + b.P

Em que:

Qesp = descarga específica média (L/s/km²)

a e b = parâmetros regionais,

P = precipitação média anual (mm/ano)

A bacia hidrográfica do rio Fartura está inserida na região hidrológica O,


conforme Figura 11. Desta forma pode-se verificar que os valores dos parâmetros a e b, são -
26,23 e 0,0278 respectivamente, conforme apresenta o Quadro 19.
64

Figura 11: Regiões Hidrológicas

Fonte: adaptado de DAEE (1994)


65

Quadro 19: Parâmetros da Regionalização de Vazão

Fonte: DAEE (1994)


66

A vazão média de longo período é calculada por meio da seguinte relação:

Qmédia = Qesp. Área

Em que:

Qmédia = descarga média de longo período (L/s)

Qesp.= vazão específica média plurianual (L/s/km²), e

Área = áreas das sub-bacias e áreas de contribuição (km²)

Para o cálculo da vazão mínima de 7 dias para o tempo de retorno de 10 dias


utiliza-se a seguinte expressão:

Q7,10 = C. X10.(A+B). Qmédia

Em que:

Q7,10 = vazão mínima de 7 dias para 10 anos de retorno (L/s);

C, A e B = parâmetros regionais;

X10 = valor relativo à probabilidade de sucesso para 10 anos;

Qmédia = vazão média de longo período (L/s).

Os parâmetros A e B foram adotados pelo Quadro 19, sendo A = 0,3599; B =

0,0312 e X10.=2,010 Para identificação do parâmetro regional C, foi necessário verificar na

Figura 12 o enquadramento da bacia hidrográfica do rio Fartura nas regiões semelhantes.


Deste modo, nota-se que a bacia está inserida na região Y (0,80), conforme Quadro 19.
67

Figura 12: Regiões Semelhantes quanto ao parâmetro C

Fonte: DAEE (1994)


68

4.1.8.1. C APTAÇÕES E LANÇAMENTOS

As captações e lançamentos da área de estudo foram identificados pelo cadastro


de outorgas do DAEE e pelo cadastro do SIAGAS. Os quadros a seguir relacionam os poços com
os tipos de usos e finalidade destes, além das respectivas vazões.

Quadro 20: Cadastro de poços do SIAGAS (Córrego Alegre, UTM 23s)

Vazão após
estabilização
Código Y X Uso da Água Localidade Município (m³/h)
Sitio Córrego do 7,2
3500029039 7584100 320870 Outros Leme,S/N Águas da Prata
Abastecimento Av Candido São José do Rio 4,86
3500003260 7608250 304300 industrial Portinari, 359 Pardo
São José do Rio 0,9
3500003263 7607750 304600 Abastecimento urbano Bairro Fartura Pardo
Abastecimento Av. Brasil, 853 - São José do Rio 3,53
3500025641 7608750 304120 industrial Vila Brasil Pardo

Quadro 21: Cadastro de poços DAEE (Córrego Alegre, UTM 23s)

Finalidade de Vazão
Autos Município Usuário Usos uso (m³/h) y x
São José do Rio
9303296 Pardo irrigante captação superficial irrigação 70 7603610 307740
São José do Rio captação superficial
9303465 Pardo irrigante irrigação 80 7603890 307150
São José do Rio captação superficial
9301912 Pardo irrigante irrigação 80 7608350 303220
São José do Rio captação superficial
9303316 Pardo irrigante irrigação 150 7603750 307450
São José do Rio captação superficial
9300384 Pardo aquicultor aquicultura 3 7608500 302750
São José do Rio captação superficial
9302196 Pardo irrigante irrigação 20 7604120 305850
São José do Rio captação superficial
9302284 Pardo irrigante irrigação 27 7605320 302620
27937 Águas da Prata publico captação superficial sanitário 16 7582780 319700
São Sebastião da captação superficial
9303284 Grama irrigante irrigação 9 7585140 318650
São Sebastião da captação superficial
9301674 Grama irrigante irrigação 33 7595540 311430
Vargem Grande do
9301471 Sul irrigante captação superficial irrigação 60 7592100 311950
Vargem Grande do
9300987 Sul irrigante captação superficial irrigação 120 7589510 313590
São José do Rio lançamento
9302825 Pardo publico superficial 0 7610040 302990
69

Finalidade de Vazão
Autos Município Usuário Usos uso (m³/h) y x
São José do Rio lançamento
9300384 Pardo aquicultor superficial aquicultura 3 7608700 302900
lançamento
27937 Águas da Prata publico superficial sanitário 5 7584500 319320
São Sebastião da lançamento
9304332 Grama publico superficial 47 7597400 310350

4.1.8.2. B ALANÇO H ÍDRICO

Ao fazer o balanço hídrico nas sub-bacias e área de contribuição verificou-se a


quantidade de água disponível, a quantidade de água captada e lançada no corpo d’água, da
seguinte forma:

Balanço Hídrico = Vazão disponível + Vazão lançada - Vazão Captada

Logo após, verificou-se a possibilidade de alguma sub-bacia crítica quanto à


quantidade de água disponível, conforme metodologia adotada por São Paulo (2010), disponível
no Quadro 22:
Quadro 22: Metodologia da criticidade das sub-bacias

Demanda total x Qmedio Demanda total x Q7,10


Bom < 10% < 30%
Atenção entre 10% e 20% entre 30% e 50%
Crítico > 20% > 50%
Fonte: São Paulo (2010)

4.1.9. MAPA DE SUBSTRATO ROCHOSO

O mapa de substrato rochoso foi elaborado baseando-se no levantamento


Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo do Programa de
Desenvolvimento de Recursos Minerais (Pró-Minério), no projeto: “Carta Geológica do Estado
de São Paulo em escala 1:50.000. As folhas que cobrem a Bacia do rio Fartura são: SF-23-V-C-VI-
3 (São João da Boa Vista); SF-23-V-C-VI-4 (Poços de Caldas) e SF-23-V-C-VI-1 (São José do Rio
Pardo). Sendo que o levantamento da folha de São José do Rio Pardo foi elaborado no Instituto
70

de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) em 1984 e as demais no Instituto de


Geociências da UNESP de Rio Claro em 1983.

Estas folhas foram digitalizadas, georreferenciadas e vetorizados os limites das


unidades estratigráficas e outras feições geológicas como falhas e contatos gradacionais na
região da área de estudo.

4.1.10. MAPA DE MATERIAIS INCONSOLIDADOS

O Mapa de materiais inconsolidados é um mapa básico fundamental, deve


apresentar todos os materiais que estão sobre o substrato rochoso são ou pouco alterados.
Estes materiais devem ser diferenciados quanto à textura, à origem, à rocha mãe, à espessura
(profundidade do substrato) e outras características.

Este mapa foi produzido através de: Fotointerpretação associada a um trabalho


qualitativo de campo, concomitante à análise de cortes e/ou afloramentos.

O material utilizado para estas incursões foram: notebook, máquina fotográfica


digital, GPS, além dos mapas de: substrato rochoso, declividade, unidades básicas de
compartimentação e cadastral plotados em formato A2, caderneta de campo, enxada
(comprimento 1,61m), saco plástico, barbante e caneta para marcação no plástico.

Nestas incursões estavam presentes:

• Cássia Á. R. Junqueira Faleiros (engenheira civil e doutoranda);


• Reinaldo Lorandi (geólogo e orientador);
• Luiz Antonio Junqueira (engenheiro agrônomo);
• José Herbet Faleiros Junior (engenheiro civil).
71

Figura 13:: Equipe de campo. Da esquerda para a direita (José


(José Herbet Faleiros Junior, Cássia Á. R.
Junqueira Faleiros e Luiz Antonio Junqueira)

Figura 14: Equipe de campo: Reinaldo Lorandi (orientador) e Cássia Á. R. Junqueira Faleiros (orientada)
72

4.1.10.1. E NSAIOS DE LABORATÓRIO

A caracterização dos materiais inconsolidados envolveu os seguintes ensaios


laboratoriais: Granulometria Conjunta, Massa Específica dos Sólidos, Densidade Natural pelo
Método da Parafina, Mini-MCV, Perda de Massa por Imersão e Mini CBR, resultando em um
levantamento de dados já existentes.

4.1.10.1.1. A NÁLISE GRANULOMÉTRICA CONJUNTA :

É a classificação dos solos de acordo com sua composição textural


representando-se, em porcentagem, a distribuição granulométrica a partir de ensaio de
peneiramento para a fração mais grossa e sedimentação para a fração mais fina, conforme
demonstrado na NBR 7181/1984.

Primeiramente foi realizada a preparação do ensaio, peneirando em uma malha


de 200 mm 200g de solo. Do solo peneirado foram retiradas três cápsulas e postas em uma
estufa para verificação da umidade do solo peneirado e homogeneizado.

Também do solo peneirado e homogeneizado foram retiradas 120g de solo e


misturadas 5g de hexametafosfato de sódio e água destilada em um aparelho de dispersão
(batendo por 15 minutos). Após isto foi retirado o material do mixer com o auxílio da água
destilada e colocado em uma proveta até alcançar a marca de 1000 ml e, em seguida, deixou-se
sedimentar o fluido por 24 h.

Após o descanso de 24 h foram feitas as leituras da sedimentação, para isto


completou-se com água destilada a marca de 1000 ml, agitou-se o solo e fizeram-se as leituras e
suas respectivas temperaturas em um período de 15s, 30s, 1 min, 2 min, 4 min, 8 min, 15 min,
30 min, 1 h, 2 h, 4 h e 8 h.

Para o peneiramento fino foi despejado em uma peneira de 200mm o fluido da


peneira de 1000 ml e o solo retido na peneira foi colocado em um pirex e deixado em uma
estufa por 24 h. Após isto pesou-se o solo retido na peneira de 200 mm, 100 mm, 60 mm, 40
mm e 16 mm.
73

A partir da curva da distribuição granulométrica foi identificado o diâmetro


equivalente D50, que posteriormente será empregado no cálculo para a estimativa do índice de
permeabilidade.

4.1.10.1.2. M ASSA E SPECÍFICA DOS S ÓLIDOS

A massa específica real de um solo é o valor médio da massa específica dos grãos
do solo, ou seja, os vazios não são computados. A sua obtenção é necessária para o cálculo do
ensaio de sedimentação e a determinação do índice de vazios e demais índices físicos do solo.
Tem como fundamentação teórica o princípio de Arquimedes segundo o qual um corpo
submerso num líquido desloca um volume deste igual ao volume do próprio corpo.

Para o ensaio de massa específica seguiu-se o procedimento da norma NBR-6508


- Determinação da Massa Específica de Grãos de Solos. Para isto peneirou-se 70g de solo em
uma peneira de 200 mm e colocou-se em um picnômetro com o auxílio de um funil e água
destilada. Após isto, agitou-se o picnômetro colocando-o em um aparelho para retirar o vácuo
por 15 min, completou-se até a marca do picnômetro com água destilada, agitou-se o solo para
homogeneização e mediu-se a temperatura e pesou-se o picnômetro em temperatura
ambiente. Em seguida, colocou-se o picnômetro no gelo, quando o fluido esteve 1 cm abaixo da
marca do picnômetro repetiu-se o procedimento anterior para medição da temperatura e
pesagem do picnômetro. Aquecer o picnômetro até o fluido encontrar-se 1 cm acima da marca
do picnêmetro e repetir o procedimento anterior para medição da temperatura e pesagem do
picnômetro. E finalmente, repetir o procedimento de aquecimento anterior e das medições de
temperatura e peso. Com estes procedimentos obteve-se 4 medidas de Pas (peso do
picnômetro cheio de água e solo)

Obteve-se a curva de calibração do picnômetro o peso do picnômetro cheio


d’água e anotou-se como Pa. Colocar o fluido em um recipiente (já pesado) e deixar na estufa
por 24 h para a pesagem do solo seco (Ps).

Para o cálculo da massa específica dos grãos do solo, utiliza-se a seguinte relação:
γs = d. γw , sendo d = Ps / (Ps + Pa - Pas )
74

γs - massa específica real do solo

d - densidade do solo

γw - massa específica da água na temperatura do ensaio

Ps - peso do solo seco

Pa - peso do picnômetro cheio de água destilada

Pas - peso do picnômetro cheio de água e solo.

4.1.10.1.3. C ÁLCULO DA DENSIDADE NATURAL PELO MÉTODO DA PARAFINA

Preparou-se em laboratório, com o auxílio de uma faca, um torrão com tamanho


entre 50 e 100 cm³. Com um pincel, retirou-se cuidadosamente o solo solto no torrão.

Zerou-se a balança com um tetraedro de arame no prato e foi colocado o torrão


no tetraedro e pesado. Mergulhou-se o torrão em parafina fundida (60° C), até que se obteve
uma perfeita impermeabilização. Pesou-se o torrão parafinado.

O tetraedro com o torrão parafinado foi colocado em um recipiente com água


posicionado para que este fosse medido em imersão. Com o auxílio de uma faca, retirou-se a
parafina. Este solo úmido do torrão ou de parte do torrão foi transferido para um recipiente
previamente pesado (tara do recipiente), pesada novamente com o solo úmido e colocado na
estufa para determinar a umidade.

O coeficiente de permeabilidade pode ser obtido como uma propriedade


estimada através da correlação proposta por Honorato & Mackenna, citado por MENDES
(2001):

K = 14,266 ⋅ (D502,19735) / ρd8,50784

A partir da curva de distribuição granulométrica será possível obter o diâmetro


equivalente (D50) que conjuntamente com os dados de massa especifica seca de campo (ρd)
permitirá a estimativa da permeabilidade.

A densidade natural (ρdc) foi calculada a partir da equação a seguir, sendo que a
umidade média está representada por wmédia:

ρdc = ρd *(1+ wmédia)/100)


75

4.1.10.1.4. M INI -MCV E P ERDA DE M ASSA POR I MERSÃO

O Mini-MCV foi desenvolvido com base no ensaio Moisture Condition Value


(Parson, 1976) e na norma DNER-ME 258/94 (solos compactados por equipamento miniatura –
Mini-MCV), com o objetivo de determinar coeficientes empíricos que são utilizados na
caracterização e classificação dos solos tropicais que passam na peneira de 2 mm de abertura.

Este ensaio obtém como resultados: o gráfico com a variação de altura do corpo
de prova em função do log do número de golpes para cada umidade de compactação, obtendo
o coeficiente empírico C’ correspondente à inclinação da curva de deformabilidade para Mini-
MCV=10 e o gráfico da família de curvas de compactação construídos com pontos de variável
umidade e energia de compactação com o objetivo de obter o coeficiente d’, o qual é um
coeficiente angular do ramo seco da curva de compactação correspondente a 12 golpes.

O ensaio da perda de massa por imersão é baseado na norma DNER-ME 256/94 –


solos compactados por equipamento miniatura – determinação da perda de massa por imersão,
determinado neste ensaio o índice PI que é uma relação entre a massa de solo seco perdida
com a imersão e a massa de solo seco correspondente a 1 cm deslocado para fora do cilindro
antes da imersão.

Após a obtenção destes coeficientes pode-se construir o gráfico da classificação


MCT, o qual prevê as propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos quando compactados. Tal
gráfico determina se o solo possui comportamento laterítico ou não-laterítico, dividindo-se
ainda em 7 subgrupos:

• LG’: argilas lateríticas e argilas lateríticas arenosas;


• LA’: areias argilosas lateríticas
• LA: areias com pouca argila laterítica
• NG’: argilas, argilas siltosas e argilas arenosas não-lateríticas;
• NS’: siltes cauliníticos e micáceos, siltes arenosos e siltes argilosos não-
lateríticos
• NA’: areias siltosas e areias argilosas não lateríticas
• NA: areias siltosas com siltes quartzosos e siltes argilosos não-lateríticos
76

4.1.10.1.5. M INI -CBR

O procedimento utilizado para o ensaio do mini-CBR foi decorrente da norma


DNER-ME 254/97 que tem como objetivo fixar procedimentos para determinação do Mini-CBR e
expansão de solos compactados em corpos de prova miniatura (5 cm de diâmetro), moldados
conforme a DNER-ME 228/94, para fins de avaliação expedita de suporte de solos típicos das
regiões tropicais.

O ensaio envolve uma secagem inicial do solo e separação em 5 amostras, com 5


umidades diferentes, sendo a diferença de umidade entre cada ponto por volta de 2%. Aguardar
24h, no dia seguinte fazer a aferição do aparelho de compactação e retirar 5 amostras para
determinação das umidades, medindo-se as cápsulas iniciais e após 24h dentro de uma estufa.

Para a realização da compactação, iniciou-se com a passagem de vaselina nos 5


cilindros com o auxílio de um pincel. Em seguida, estimou-se uma quantidade de solo para que
o corpo de prova tivesse uma altura semelhante a 50 cm após 10 golpes de compactação.

Para cada amostra, foram moldados 2 corpos de prova, em que um deles é


exposto para secagem ao ar livre, com a instalação de um micrômetro para medição de sua
contração e o outro é submerso em água por 24 h, quando é medida a expansão. Nessas
condições quando o solo se apresenta completamente saturado, estará com a menor
resistência e em seu estado mais crítico, neste momento faz-se o rompimento dos corpos de
prova.

Em uma prensa similar à especificada na Norma DNER-ME 049/94, foram feitas as


leituras do anel dinamométrico correspondentes às penetrações em: 0,25 mm, 0,50 mm, 0,75
mm, 1,00 mm, 1,25 mm, 1,50 mm, 2,0 mm, 2,5 mm, 3,0 mm, 3,5 mm, 4,0 mm, 4,5 mm e 5,0
mm; para o cálculo das cargas em quilogramas-força.

Calculou-se então o valor do Mini-CBR.1 na penetração de 2,0 mm e o Mini-CBR.2


na penetração de 2,5 mm da seguinte maneira:

log (Mini-CBR.1) = -0,254 + 0,896 x log C.1

log (Mini-CBR.2) = -0,356 + 0,937 x log C.2.


77

Em que C.1 e C.2 são respectivamente os valores das cargas obtidas em


quilogramas-força na penetração de 2 mm e 2,5 mm, e log é o logaritmo de base decimal.

Como resultados foram plotados gráficos:

• Densidade x umidade
• Retração x umidade e Expansão x umidade
• Mini-CBR (maior entre mini-CBR 1 e 2) x umidade

Para obter o Mini-CBR correspondente à umidade ótima de uma determinada


energia de compactação, foi necessário fazer uma interpolação gráfica de pelo menos 2 (dois)
valores acima e 2 (dois) valores abaixo dessa condição.

4.1.10.2. D ELIMITAÇÃO DAS C LASSES DE M ATERIAIS I NCONSOLIDADOS

Para a delimitação das classes de Materiais Inconsolidados, foi realizada a


adaptação da metodologia de AMORIM (2003), devido à semelhança das áreas trabalhadas.
Desta forma os materiais inconsolidados foram classificados em função de sua origem, textura e
espessura.

Com relação à origem os materiais inconsolidados de natureza residual foram


divididos de acordo com as unidades do substrato rochoso o qual estão associados. Contudo,
uma vez verificada a presença de materiais de origem não residual, estes foram designados
como materiais retrabalhados.

4.1.11. MAPA DE UNIDADES BÁSICAS DE COMPARTIMENTAÇÃO

A metodologia para a elaboração deste mapa baseia-se em Vedovello (2000) a


qual identifica zonas com características e propriedades geológico-geotécnicas, seguindo a
abordagem fisiográfica, nos princípios e conceitos básicos relativos à avaliação integrada dos
elementos morfoambientais.

A compartimentação fisiográfica consiste em dividir uma determinada região em


áreas que apresentam internamente características fisiográficas homogêneas e que sejam
distintas das áreas adjacentes.
78

O autor supracitado ainda descreve o procedimento para a efetuação da


compartimentação:

• Seleção do produto de sensoriamento remoto  deve levar em consideração


as características espectrais, espaciais e temporais das imagens de satélite, as
características específicas sobre as cenas, tais como ângulo de elevação solar,
cobertura de nuvens, azimute das imagens e as particularidades da área de
estudo
• Compartimentação da área de estudo  identificar na imagem as divisões
fisiográficas em diferentes níveis hierárquicos, através da análise de
elementos texturais e tonais das imagens, e consequente determinação das
Unidades Básicas de Compartimentação (UBCs);
• Avaliação da homogeneidade e da similaridade  análise das propriedades
dos elementos texturais utilizados na interpretação e extraídos da imagem
para um “overlay”, objetivando identificar possíveis heterogeneidades que
determinem sua subdivisão, ou unidades que devam ser classificadas sob a
mesma denominação;
• Trabalhos de campo  nesta etapa há a confirmação e/ou ajuste dos limites
fotointerpretados e a confirmação de características morfoambientais e
genéticas atribuídas aos diversos níveis de compartimentação das unidades;
• Elaboração do Mapa de Unidades Básicas de Compartimentação  produção
de um mapa com UBCs identificadas por siglas ou códigos refletindo seu
contexto fisiográfico e seus níveis hierárquicos.

A relação entre os níveis taxonômicos adotados e as condições morfoambientais


foram as seguintes:

• Província (1° nível): Corresponde a diferenças fisiográficas de natureza


tectônica em nível regional. Neste nível foi identificada que a bacia situa-se
no embasamento cristalino como um todo, desta forma diferenciou-se a
província de acordo com o período em que se encontravam;
• Zona (2° nível): associa-se a variações litoestruturais;
• Subzona (3° nível): considera diferença de sistemas ou formas de relevo;
• Unidade (4° nível): contempla as variações relativas a associações específicas
de rochas (litologias e estruturas), solos (perfis de materiais inconsolidados) a
partir das amostras de materiais inconsolidados definidas de acordo com o
substrato rochoso e formas ou elementos de relevo como amplitude,
declividade, forma do topo, forma da encosta, forma do vale, número de
canais e frequência de canais.
79

Conforme Moraes (2003), o padrão da forma do relevo representa a


predominância de determinadas faixas de amplitudes e declividades, e ainda, a densidade e
característica das linhas de drenagem. Porém, isto não impede que num dado padrão possam
ocorrer trechos com características de outro padrão, mesmo que em áreas pouco expressivas.

As planícies caracterizam-se pela predominância de amplitudes entre 40 e 60m e


declividades geralmente inferiores a 5%, sendo que as planícies aluviais correspondem aos
terrenos baixos e planos junto aos cursos d'água (IBGE, 1995) e apresentam uma relação direta
com a ocorrência de sedimentos aluvionares (IPT, 1986), assim, sempre que possível devem ser
avaliados de forma integrada. As colinas formam um relevo suavizado, caracterizado pela
predominância de amplitudes da ordem de 40m que podem atingir 80m e as declividades de
encostas predominantes são de até 20%. As encostas são levemente sulcadas por linhas de
drenagem e os vales são abertos, enquanto os topos das elevações são amplos e arredondados.
Segundo IPT (1986), os problemas de erosão nesse tipo de relevo se limitam basicamente às
áreas em que o solo de alteração encontra-se exposto, em função de corte ou aterro.

Para Ponçano et al. (1981) diferenciam os morros dos morrotes em função das
amplitudes locais. Os morrotes identificados na AE formam um relevo ondulado com amplitudes
que variam entre 60 e 120m e declividades de encosta de até 30%, enquanto os morros altos
apresentam amplitudes que podem chegar a 200m e declives acima de 30%. A frente da cuesta
corresponde à borda formada pelo recuo erosivo de camadas sedimentares homoclinais de
resistências diferentes em planalto assimétrico, constituída de frente escarpada e, reverso com
fraca declividade (IBGE, 1995). As feições tabulares típicas da frente de cuesta concentram a
maior proporção de terras com altas declividades (mais de 45%) e amplitudes que variam entre
200 e 320m.

As imagens de satélite utilizadas para interpretação foram CBERS 2B de 23 de


setembro de 2008, HRC (Câmera Pancromática de Alta Resolução) com alto potencial de
atender a múltiplos requisitos de aplicações. Na área de estudo foram utilizadas 3 cenas com
imagens pancromáticas HRC, as quais foram unidas (mosaicadas) e recortadas para o limite da
bacia do rio Fartura (Volume II, item 5).
80

Para a interpretação e delimitação das Unidades Básicas de Compartimentação


(UBCs) foram utilizados no software Arcglobe, para visualização em 3 dimensões os seguintes
layers:

• O MNT
• A imagem CBERS pancromática mosaicada – com resolução de 2,5m
• As classes de substrato rochoso;
• As curvas de nível;
• A hidrografia; e
• A delimitação das sub-bacias.

A Figura 15 mostra a visualização da delimitação das UBCs no software ArcGlobe.

Figura 15: Delimitação das UBCs

4.1.12. MAPA COM A LOCALIZAÇÃO DAS FONTES POLUIDORAS

Neste mapa foram localizadas, a partir de Fotointerpretação, referências


bibliográficas e incursões a campo, as fontes poluidoras da região como aterros sanitários,
cemitérios, minerações e postos de combustível. Para as minerações foram identificados os
81

processos minerários no DNPM (Anexo 02), através do cadastro do SIGMINE, averiguou-se


também a relação de Áreas Contaminadas da CETESB de 2009 para a verificação de passivos
ambientais.

4.1.13. CARTA DE POTENCIAL DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Para a confecção da Carta de Potencial de Escoamento utilizou-se a metodologia


de Pejon & Zuquette (1993), considerando os seguintes atributos: declividade; substrato
rochoso (litologia); materiais inconsolidados (textura, gênese, espessura e permeabilidade),
densidade de drenagem e feições de armazenamento superficial (lagoas e represas). O Quadro
23 mostra a metodologia utilizada para a confecção deste mapa.
Quadro 23: Metodologia da Carta de Potencial de Escoamento Superficial

Classes de <=== Potencial de escoamento aumenta


Escoamento 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
Atributos 272-250 249-230 229-210 209-190 189-170 169-150 149-130 129-110 109-90 89-70
> 45% 30 a 45% 20 a 30% 15 a 20% 10 a 15% 5 a 10% 2 a 5% 0 a 2%
Declividade
90 75 66 60 45 36 24 15
Complexo
Varginha e Complexo Pinhal Complexo Pinhal:
Litologia Maciço alcalino de (Migmatitos) suíte granito Arenito do Mirante Aluviões
Poços de Caldas Enclaves Aluminosos charnockítica recentes
40 30 20 16 10
areno –siltoso e
argilo - arenoso e areno-argiloso
Materiais Inconsolidados

Textura e
gênese argilosa e residual residual residual e retrab arenoso, res. e retrab
40 30 20 10
< 1,0 1,0 a 3,0 3,0 a 5,0 > 5,0
Espessura
30 20 16 10
-4 -4 -3 -3
Permeabilid < 10 entre 10 e 10 > 10
ade 10 6 5
Canais de >5 entre 5 e 2 <2
Drenagem 3 20 10
Feições Não Apresenta Lagoas em pequena quantidade Lagoas em grande quantidade
favoráveis
ao
armazenam
ento
superficial 30 20 10
Fonte: adaptado de Pejon & Zuquette (1993)
82

4.1.14. CARTA DE ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL

Na bacia do rio Fartura, foram adotadas, para estabelecimento do zoneamento,


as Unidades Básicas de Compartimentação (UBCs), que caracterizam porções dotadas de
uniformidade e significado com relação aos diferentes atributos do meio. Trabalhos anteriores,
como os de Grecchi (1998), Lopes (2000); Amorim (2003), Silva (2005) demonstraram que as
unidades de básicas de compartimentação podem ser usadas como base para o zoneamento
geoambiental.

A definição do zoneamento geoambiental foi feita a partir de procedimentos de


geoprocessamento, envolvendo de análises por agrupamentos (cluster). Esta análise estatística
permitiu verificar a adequação do uso das UBCs como unidade para análise dos atributos e
delimitação das unidades geoambientais.

De acordo com Landim (2001), diferentemente da estatística univariada, a


multivariada consegue detectar as relações entre o conjunto de dados e suas variáveis de forma
conjunta, tendo como condição fundamental a igualdade de importância entre as variáveis.
Dentre os diferentes tipos de técnicas classificatórias a análise por agrupamentos hierárquicos
foi escolhida, pois de acordo com o autor esta deve ser utilizada quando se deseja explorar a
similaridade entre indivíduos.

Segundo Landim (2001), a aplicação da metodologia utilizada para a formação de


agrupamentos hierárquicos, relativa à análise de dados geológicos multivariados, demonstram
que a técnica de agrupamento pareado igualmente ponderado é superior às demais.

Desta forma, para realizar o agrupamento das UBCs, utilizou-se para isto o

software STATÍSTICA® 7, com as variáveis: Potencial de Escoamento; Disponibilidade Hídrica;

Declividade; Litologia; Origem, Textura, Espessura e Permeabilidade do Material Inconsolidado e


Pluviometria por meio da técnica de agrupamento pareado igualmente ponderado empregando
a medida de distância euclidiana. As variáveis analisadas referem-se aos percentuais em áreas
ocupadas em cada UBC, tais áreas foram obtidas utilizando o procedimento tabulate área do
ArcGis 9.3. Ao agrupar estas classes foram geradas as unidades geoambientais e a Carta de
Zoneamento Geoambiental.
83

4.1.15. MAPA DE USO E COBERTURA DO SOLO

Para a elaboração dos cenários de ocupação espontâneos da bacia foram


elaborados três mapas de uso e cobertura do solo: 1987, 2000 e 2011. O procedimento para o
desenvolvimento destes mapas baseia-se na interpretação de imagens de sensoriamento
remoto. Sendo que, conforme Rosa (2003), embora alguns procedimentos permitam incorporar
informações acerca de características das imagens, como textura e contexto, a maior parte da
classificação de imagens baseia-se exclusivamente na detecção de assinaturas espectrais
(padrões de resposta espectral) de classes de cobertura do solo.

As imagens adotadas foram LANDSAT colorida falsa-cor (bandas 3, 4 e 5) de:


26/09/1987, 29/09/2000, 28/09/2011. A composição colorida foi determinada por meio do
comando Composite Bands do ArcGis 9.3. Para a detecção dos tipos de cobertura do solo foi
utilizada a classificação supervisionada. A classificação supervisionada é utilizada quando se tem
algum conhecimento sobre as classes na imagem, quanto ao seu número e pontos na imagem
representativos destas classes. Antes da fase de classificação propriamente dita, foram obtidas
as características das classes, por exemplo, média e variância de cada classe, que foram
utilizadas como termo de comparação na classificação, fase denominada de treinamento.

Estas áreas de treinamento são exemplos de classes contidas na imagem, esta


seleção foi realizada visualmente em um arquivo shapefile e posteriormente convertida em uma
assinatura espectral pelo comando Create Signature do ArcGis 9.3.

A partir da seleção destas áreas de treinamento é realizado o processamento da


imagem a partir da caracterização estatística das refletâncias de cada classe, esta fase é
considerada a análise de assinaturas. Para este procedimento foi utilizado o comando Maximum
Likelihood Classification gerando o mapa de uso e cobertura do solo. O mesmo procedimento
foi adotado para cada imagem LANDSAT supracitada.

As classes de uso e cobertura do solo determinadas foram: Estradas; Ocupação


Urbana; Agricultura; Solo Exposto para plantio; Floresta (árvores em maior densidade); Campo
sujo (arbustos e subarbustos com densidade média); Campo limpo (áreas com pequenos
arbustos esparsos com baixa densidade) e Água.
84

5. RESULTADOS

5.1. MAPA CADASTRAL

O mapa cadastral (Volume II, item 1), trata-se de um mapa de natureza auxiliar
mais conhecido e útil para mapeamento geotécnico. Neste pode-se notar que a bacia em sua
maioria insere-se na área rural e mesmo assim foram encontrados alguns pontos cadastrais que
serviram de referência no trabalho de campo. Também foram alocados alguns pontos de
controle, nos quais são possíveis locais de coleta de amostra que podem ser revistos e foram
coletadas 42 amostras de solos em 27 pontos diferentes, da bacia nas diferentes unidades
litológicas da Bacia do rio Fartura, para análise em laboratório. O Anexo 01 mostra os pontos
coletados.

5.2. MAPA HIPSOMÉTRICO

O mapa hipsométrico (Volume II, item 2) ilustra as variações altimétricas


encontradas na área de estudo, as quais situam-se entre 689 e 1589, com um desnível total de
900 m. Assim, os locais com altitudes mais elevadas localizam-se na porção sudeste da área de
estudo (distrito de São Roque da Fartura) regredindo em direção noroeste (São José do Rio
Pardo), até atingir áreas de menores altitudes na várzea do rio Pardo.

5.3. CARTA DAS CLASSES DE DECLIVIDADES

Ao analisar a Carta das Classes de Declividades em graus, pôde-se notar na Figura


16 que não há nenhum local com declividade acima de 45º, o que seria considerada uma área
protegida por lei.
85

Figura 16: Carta de Declividade medida em Graus


86

A Carta das Classes de Declividades em % encontra-se no Volume II - item 3


podendo-se constatar que a maioria da bacia encontra-se com declividade entre 5 e 20%,
conforme mostra a Figura 17.

2%

12% 14%

0 a 5%
5 a 20%
20% 20 a 30%
30 a 45%
> 45%
52%

Figura 17: Distribuição das classes de declividade na bacia do rio Fartura

5.4. MODELO EM 3 DIMENSÕES DA BACIA DO RIO FARTURA

O MNT gerado anteriormente foi utilizado no software ArcGlobe, um


componente do ArcGis 9.3, com a sobreposição de um mosaico em três cenas da imagem CBERS
2B, HRC, pancromática com resolução de 2,5m proporcionando uma espacialização em três
dimensões da ocupação da bacia. As figuras a seguir elucidam a visualização formada para a
elaboração do Mapa das Unidades Básicas de Compartimentação, e a identificação do tipo de
ocupação na bacia.
87

Figura 18: Vista de São Sebastião da Grama na bacia do rio Fartura em 3 dimensões

Figura 19: Vista do distrito de São Roque da Fartura na bacia do rio Fartura em 3 dimensões
88

5.5. MAPA DAS SUB-BACIAS HIDROGRÁFICAS E ÁREAS DE CONTRIBUIÇÕES

O Mapa das sub-bacias hidrográficas e áreas de contribuições constam no


Volume II, item 4 e o Quadro 24 mostra a descrição e a quantificação das sub-bacias e suas
respectivas áreas de contribuição.
Quadro 24: Sub-bacias e áreas de contribuição do rio Fartura

Código Descrição Área (km²)


1 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 1 6,37
2 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 1 8,26
3 sub-bacia do córrego do Leme 6,13
4 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 2 6,62
5 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 2 8,18
6 sub-bacia do córrego do Aþude ou de Manuel de Andrade 7,39
7 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 3 1,15
8 sub-bacia do córrego do Cigano 11,16
9 sub-bacia do córrego São João 6,29
10 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 4 2,80
11 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 3 9,41
12 sub-bacia do córrego Ibimbaé 1,82
13 sub-bacia do córrego da Forquilha 23,62
14 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 5 6,23
15 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 4 7,46
16 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 6 5,94
17 sub-bacia do córrego do Batista 1,37
18 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 5 6,90
19 sub-bacia do córrego da Anhuma 16,15
20 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 8 7,52
21 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 6 4,11
22 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 7 9,12
23 sub-bacia do córrego São Luís 6,43
24 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 9 2,73
25 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 10 1,86
26 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 7 8,14
27 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 8 4,65
28 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 9 8,50
29 sub-bacia do córrego do Biazão 4,02
30 sub-bacia do córrego do Veado 20,92
31 área de contribuição da margem esquerda do rio Fartura 10 2,22
32 área de contribuição da margem direita do rio Fartura 11 4,05
89

A Figura 20 mostra a proporção das sub-bacias e áreas de contribuição na bacia


do rio Fartura.

25

20

15

Área (km²)
10

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

Figura 20: Proporção das áreas das sub-bacias e áreas de contribuição

5.6. MAPA DE RESTRIÇÕES À OCUPAÇÃO

O Mapa de Restrições à Ocupação encontra-se no Volume II - item 5, neste pôde-


se verificar que 23% da bacia do rio Fartura possui áreas restritivas conforme legislação vigente.
A quantificação das APPs pode ser averiguada no Quadro 25.

Quadro 25: Quantificação das APPs na bacia do rio Fartura

Área (km²)
Áreas marginais às nascentes 2,91
Áreas marginais às lagoas 2,95
Áreas marginais aos reservatórios 0,91
Rios com largura até 10m 26,62
Áreas de topo 11,69
Áreas com potencialidade de recarga de aquífero profundo (APMs) 6,94
APPs na bacia do rio Fartura 52,02
90

5.7. MAPA PLUVIOMÉTRICO

A confecção deste mapa foi realizado a partir de um estudo dos postos


pluviométricos da região da bacia hidrográfica do rio Fartura, baseados no cadastro de outorgas
do DAEE de 11/10/2010 com série histórica acima de 20 anos, conforme mostra o Quadro 26.
Quadro 26: Postos pluviométricos na região da bacia hidrográfica do rio Fartura (SAD 69)

Ano Ano Série


Código Nome Município Altitude (m) Y X inicial final histórica
SÃO JOSÉ DO RIOSÃO JOSÉ DO
2146009 PARDO RIO PARDO 660 -21,600000 -46,900000 1942 2004 62
FAZENDA SÃO JOSÉ DO
2146015 GUAXUPÉ RIO PARDO 730 -21,533333 -46,800000 1940 2000 60
FAZENDA SÃO JOSÉ DO
2146052 GUAXUPEZINHO RIO PARDO 780 -21,550000 -46,800000 1940 1968 28
VARGEM GRANDE VARGEM
2146011 DO SUL GRANDE DO SUL 750 -21,833333 -46,900000 1936 2004 68
SÃO JOÃO DA SÃO JOÃO DA
2146014 BOA VISTA BOA VISTA 740 -21,950000 -46,800000 1940 2004 64
FAZENDA SÃO JOÃO DA
2246001 PARAÍSO BOA VISTA 810 -22,083333 -46,733333 1970 2000 30
ÁGUAS DA
2146012 ÁGUAS DA PRATA PRATA 940 -21,933333 -46,850000 1942 2000 58
SÃO ROQUE DA ÁGUAS DA
2146017 FARTURA PRATA 1310 -21,833333 -46,750000 1972 2000 28
ÁGUAS DA
2146057 CASCATA (CMEF) PRATA 1220 -21,866667 -46,700000 1936 1972 36
SÃO SEBASTIÃO SÃO SEBASTIÃO
2146010 DA GRAMA DA GRAMA 920 -21,700000 -46,816667 1936 2004 68
2146007 CACONDE CACONDE 880 -21,533333 -46,633333 1937 2004 67
2147058 CASA BRANCA CASA BRANCA 670 -21,750000 -47,050000 1960 2004 44
2147073 VENDA BRANCA CASA BRANCA 610 -21,933333 -47,133333 1970 2004 34
2147113 LAGOA BRANCA CASA BRANCA 700 -21,900000 -47,033333 1936 2004 68
CASA BRANCA
2147121 (CMEF) CASA BRANCA 720 -21,766667 -47,083333 1942 1971 29
PONTE DO
2146001 CANOAS MOCOCA 524 -21,420278 -46,963056 1966 2006 40
2146003 FAZENDA AÇUDE MOCOCA 840 -21,433333 -46,850000 1940 2000 60
FAZENDA CAMPO
2146054 ALEGRE MOCOCA 750 -21,416667 -46,783333 1940 1968 28
2147023 MOCOCA MOCOCA 600 -21,450000 -47,000000 1940 2000 60
2147048 MOCOCA (IAC) MOCOCA 665 -21,466667 -47,016667 1961 1985 24
2147057 USINA LIMOEIRO MOCOCA 580 -21,633333 -47,016667 1961 1997 36
FAZENDA MORRO
2147083 AZUL MOCOCA 800 -21,466667 -47,000000 1945 1971 26
2147086 SÍTIO ESPLANADA MOCOCA 660 -21,383333 -47,083333 1955 2002 47
2147108 MOCOCA MOCOCA 590 -21,466667 -47,016667 1936 1979 43
2146002 TAPIRATIBA TAPIRATIBA 740 -21,466667 -46,750000 1946 2004 58
2146004 ITAIQUARA TAPIRATIBA 820 -21,466667 -46,816667 1940 2000 60
91

Ano Ano Série


Código Nome Município Altitude (m) Y X inicial final histórica
FAZENDA
2146005 FORTALEZINHA TAPIRATIBA 830 -21,483333 -46,816667 1940 1971 31
POÇOS DE POÇOS DE
2146048 CALDAS CALDAS 1150 -21,783333 -46,550000 1941 1998 57
Fonte: Cadastro de Outorgas DAEE

A verificação da abrangência dos poços foi realizada a partir de polígonos de


Thiessen, conforme Figura 21

Figura 21: Polígonos de Thiessen na bacia hidrográfica do rio Fartura


92

A Figura 21 mostrou os postos selecionados para o estudo, para cada posto foi
calculada a precipitação média anual (Quadro 27).
Quadro 27: Precipitação media por posto pluviométrico

Código Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual
2146009 239,87 205,99 148,94 67,11 53,01 30,46 21,65 22,10 56,37 121,18 163,13 242,89 1372,70
2146015 281,17 216,74 176,78 76,69 56,03 34,30 19,05 22,05 59,91 140,66 184,89 259,04 1527,31
2146052 234,48 187,14 150,65 42,60 30,58 21,76 12,54 12,02 31,63 96,56 152,88 192,23 1165,06
2146011 251,39 188,13 146,08 68,86 51,74 28,42 22,24 20,59 63,50 130,48 168,89 240,42 1380,72
2146014 240,47 199,36 165,31 73,75 59,16 35,38 25,32 26,56 63,81 121,26 161,86 242,86 1415,10
2246001 281,45 206,48 185,04 94,09 71,76 44,53 30,16 29,60 77,23 136,59 170,26 268,64 1595,84
2146012 250,00 221,03 187,61 84,16 69,20 39,66 26,06 29,77 61,50 144,21 163,48 251,60 1528,29
2146017 300,46 230,69 227,85 105,96 84,38 50,41 34,38 36,17 92,80 160,23 196,83 309,88 1830,02
2146057 278,59 239,08 144,45 63,31 39,26 35,90 19,36 25,53 48,75 165,74 191,66 285,27 1536,90
2146010 220,36 175,29 152,14 70,30 59,44 33,83 25,98 25,56 54,98 100,52 146,38 215,19 1279,96
2146012 250,00 221,03 187,61 84,16 69,20 39,66 26,06 29,27 61,50 144,21 163,48 251,60 1527,78
2146007 264,42 204,19 164,42 69,19 56,67 32,93 19,59 23,08 65,37 124,67 179,08 264,06 1467,66
2147058 208,85 181,69 154,38 75,27 50,64 31,85 22,62 22,64 62,55 121,39 148,34 243,96 1324,18
2147073 248,96 200,28 179,02 82,10 72,07 36,60 27,83 29,84 78,93 130,51 167,23 267,26 1520,64
2147113 200,48 163,22 124,36 57,00 45,44 27,93 18,54 19,84 54,40 101,74 135,35 198,81 1147,12
2147121 208,21 152,44 135,42 36,20 31,35 22,01 9,17 12,29 24,33 103,46 118,98 184,49 1038,34
2146001 211,41 177,17 134,79 211,41 71,30 61,82 17,97 21,31 62,34 112,89 144,85 202,18 1429,42
2146003 262,80 213,52 189,87 75,72 57,23 30,95 21,11 21,42 66,28 139,35 196,79 271,09 1546,14
2146054 193,77 181,48 148,54 55,53 32,94 23,07 15,21 9,64 36,53 111,38 161,09 204,29 1173,48
2147023 259,59 198,95 168,57 73,76 54,68 30,87 19,85 22,15 60,53 127,78 175,99 245,90 1438,63
2147048 246,83 187,91 149,76 67,78 53,91 34,05 23,46 24,53 70,79 118,03 169,38 267,05 1413,48
2147057 229,12 186,52 163,19 75,90 58,46 32,29 22,39 24,61 66,40 127,03 166,28 252,66 1404,84
2147083 265,57 224,92 174,53 63,68 41,40 29,13 20,89 19,98 44,92 139,67 169,05 238,63 1432,38
2147086 265,48 257,46 224,66 154,07 123,18 133,22 92,21 93,94 107,39 197,23 221,96 272,61 2143,41
2147108 209,66 171,63 125,51 56,64 38,43 30,09 19,63 18,35 44,46 106,16 157,71 186,40 1164,67
2146002 245,76 188,59 152,23 65,91 55,95 28,95 19,55 22,04 57,84 128,27 158,07 248,26 1371,42
2146004 272,11 206,07 179,32 73,76 50,70 29,30 19,95 19,74 59,60 132,06 181,24 264,03 1487,90
2146005 279,72 249,77 170,27 69,48 38,50 26,19 20,45 15,29 50,20 136,30 190,21 261,16 1507,54
2146055 182,80 170,17 113,56 48,58 35,41 15,22 13,61 8,46 33,49 92,16 113,77 167,55 994,78
2146048 187,71 147,49 123,49 47,40 33,88 17,95 13,05 16,07 47,16 95,42 106,57 169,47 1005,65

No Volume II - item 6 pode-se visualizar a superfície de precipitação média anual


e a delimitação das sub-bacias e áreas de contribuição, além da quantificação da precipitação
93

média anual na bacia hidrográfica do rio Fartura de 1.576,29 mm/ano e nas sub-bacias e áreas
de contribuição, conforme Quadro 28.

Quadro 28: Precipitação Média Anual por sub-bacia e área de contribuição

Código das sub-bacias e Precipitação Média


áreas de contribuição Anual (mm/ ano)
1 1.549,20
2 1.575,75
3 1.603,13
4 1.571,39
5 1.541,40
6 1.514,36
7 1.552,30
8 1.598,53
9 1.585,82
10 1.549,67
11 1.521,25
12 1.539,09
13 1.612,98
14 1.598,55
15 1.571,74
16 1.635,59
17 1.581,94
18 1.589,81
19 1.675,92
20 1.632,63
21 1.589,18
22 1.670,18
23 1.574,38
24 1.611,21
25 1.569,25
26 1.567,17
27 1.531,00
28 1.509,09
29 1.564,13
30 1.616,26
31 1.508,99
32 1529,46
94

5.8. DISPONIBILIDADE HÍDRICA

A aplicação da metodologia da regionalização de vazão, resultou no cálculo da


disponibilidade hídrica por sub-bacia e área de contribuição, onde se tem o cálculo da vazão
específica (Qesp), vazão média (Qmed) e vazão mínima (Q7,10) conforme demonstra o Quadro
29. A espacialização destes dados podem ser vistas na Carta de disponibilidade hídrica (Volume
II - item 7).

Quadro 29: Disponibilidade hídrica por sub-bacia

Código Área (km²) Precipitação Média (mm/ano) *Qesp (L/s/km²) **Qmed (L/s) ***Q7,10 (L/s)
1 6,37 1549,20 69,2978 441,57 277,70
2 8,26 1575,75 70,0359 578,77 363,98
3 6,13 1603,13 70,7970 434,11 273,01
4 6,62 1571,39 69,9146 462,65 290,96
5 8,18 1541,40 69,0809 565,23 355,47
6 7,39 1514,36 68,3292 505,19 317,71
7 1,15 1552,30 69,3839 79,55 50,03
8 11,16 1598,53 70,6691 788,56 495,92
9 6,29 1585,82 70,3158 442,58 278,33
10 2,80 1549,67 69,3108 193,78 121,86
11 9,41 1521,25 68,5208 644,52 405,33
12 1,82 1539,09 69,0167 125,29 78,79
13 23,62 1612,98 71,0708 1678,88 1055,83
14 6,23 1598,55 70,6697 440,46 277,00
15 7,46 1571,74 69,9244 521,40 327,90
16 5,94 1635,59 71,6994 425,66 267,69
17 1,37 1581,94 70,2079 96,29 60,56
18 6,90 1589,81 70,4267 486,10 305,70
19 16,15 1675,92 72,8206 1175,89 739,50
20 7,52 1632,63 71,6171 538,88 338,89
21 4,11 1589,18 70,4092 289,14 181,84
22 9,12 1670,18 72,6610 662,85 416,86
23 6,43 1574,38 69,9978 449,77 282,85
24 2,73 1611,21 71,0216 194,14 122,09
25 1,86 1569,25 69,8552 129,75 81,60
26 8,14 1567,17 69,7973 568,06 357,24
27 4,65 1531,00 68,7918 320,08 201,30
28 8,50 1509,09 68,1827 579,33 364,33
29 4,02 1564,13 69,7128 280,59 176,46
95

Código Área (km²) Precipitação Média (mm/ano) *Qesp (L/s/km²) **Qmed (L/s) ***Q7,10 (L/s)
30 20,92 1616,26 71,1620 1488,72 936,24
31 2,22 1508,99 68,1799 151,08 95,01
32 4,05 1529,46 68,7490 278,13 174,91
* Qesp = descarga específica média

** Qmédio - O Qmédio (também conhecido como QLP – vazão média de Longo Período) é a vazão média de água
presente na bacia durante o ano. É considerado um volume menos restritivo ou conservador, e, são valores mais
representativos em bacias que possuem regularização da vazão.

*** Q7,10 - Vazão Mínima Superficial registrada em 7 dias consecutivos em um período de retorno de 10 anos.
Éconsiderado como volume restritivo e conservador.

No quadro supracitado pode-se notar uma vazão específica média na bacia de


70,05 l/s/km² e como as vazões médias e mínimas levam em conta a proporcionalidade das
áreas das bacias, quanto menor a área menor a vazão calculada. Após o cálculo das vazões foi
necessária a verificação das demandas hídricas de cada área, conforme demonstrado no
Volume II - item 7 para o cálculo do balanço hídrico.

5.8.1. BALANÇO HÍDRICO

O Quadro 30 relaciona o balanço hídrico nas sub-bacias e aponta a criticidade nas


sub-bacias do rio Fartura.

Quadro 30: Balanço hídrico nas sub-bacias do rio Fartura

Área **Qmed ***Q7,10 Captações Lançamentos Demanda total x Demanda total x


Código (km²) (L/s) (L/s) (l/s) (l/s) Qmédio (l/s) % Q7,10 (l/s) %
1 6,37 441,57 277,7 4,44 437,13 1% 273,26 2%
2 8,26 578,77 363,98 2 576,77 0% 361,98 1%
4 6,62 462,65 290,96 2,46 1,39 461,58 0% 289,89 0%
10 2,8 193,78 121,86 50 143,78 26% 71,86 41%
16 5,94 425,66 267,69 9,08 416,58 2% 258,61 3%
24 2,73 194,14 122,09 83,33 110,81 43% 38,76 68%
26 8,14 568,06 357,24 5,56 562,5 1% 351,68 2%
28 8,5 579,33 364,33 7,39 571,94 1% 356,94 2%
31 2,22 151,08 95,01 23,14 127,94 15% 71,87 24%
32 4,05 278,13 174,91 2,58 0,92 276,47 1% 173,25 1%
Legenda:
Bom
Atenção
Crítico
96

Cabe ressaltar que este balanço hídrico foi realizado apenas com captações e
lançamentos outorgados no DAEE e cadastrados no SIAGAS, e que podem existir vários usuários
que utilizam os recursos hídricos, porém não estão regularizados. Mesmo assim a sub-bacia 24 é
considerada crítica, se os usuários não tiverem outorgas com reservação de água, ou seja,
superior ao utilizado, a quantidade de água na bacia tende a cessar com o passar do tempo.

Um avanço neste aspecto é a cobrança dos recursos hídricos, pois com a inserção
da cobrança na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, aumenta-se a fiscalização para regularização
dos usuários de recursos hídricos e usuários que possuem reservação de água terão que pagar
pela concessão da água mesmo que não utilizem ou então atualizarão suas outorgas para a
quantidade utilizada.

5.9. MAPA DE SUBSTRATO ROCHOSO

Há uma discordância entre os mapeamentos da USP e UNESP, pois na Folha de


São José do Rio Pardo (levantamento da USP) houve o abandono da utilização do termo
Complexo Varginha, originalmente definido por Ebert (1971) e foi recuperada a denominação
prioritária de Pinhal, as áreas de ocorrência destas associações foram assumidas Complexo
Pinhal, já no levantamento realizado pela UNESP utilizou-se a nomenclatura de Complexo
Varginha.

Desta forma na linha divisória entre o levantamento das duas instituições houve
uma adaptação da nomenclatura da classe de substrato rochoso, modificando-a por Predomínio
de migmatitos e granitos ocelares (PMGo).

O mapa de substrato rochoso da bacia hidrográfica do rio Fartura (Volume II, item
8) possui as seguintes formações geológicas:

• Era Fanerozóica

o Período Cenozóico

Aluviões recentes  Qa – areia, silte e cascalho de deposição fluvial na


calha atual dos rios

o Período Mesozóico - Terciário Cretáceo


97

Arenito do Mirante  Ka - Arenitos conglomeráticos e arenitos finos,


conglomerados, apresentando estratificação cruzada acalada com
granodecrescência ascendente
Maciço alcalino de Poços de Caldas  Kγt - Tinguaítos e fonólitos

• Era Pré-Cambriano

o Período Proterozóico Superior

PSkzb – enclaves aluminosos kinzigíticos a granada, sillimanita e cordierita


por vezes associados a metaleucogabros
Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal

 PSpme – migmatitos estromáticos a leucossoma granítico a


quartzo sienítico róseo ou cinza rosado, melanossoma de biotita e
opacos e/ou hornblenda e mesossoma inequigranular cinza granito
– granodiorítico a quartzo diorítico. Bandas trondjemíticas
aparecem localmente;
 PSpbγ – granitos inequigranulares grossos leuco a
hololeucocráticos, nebulíticos ou “schlieren” localmente
porfiroblastos de feldspato potássico
 PSpbγp – granitos inequigranulares grossos leuco a
hololeucocráticos, nebulíticos ou “schlieren” localmente
porfiroblastos de feldspato potássico ou com estrutura finamente
bandada por estiramento tectônico

Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio Pardo

 PSprpa - dominância de fácies alasquíticas sienograníticas a alcali


graníticas
 PSprphγ – hornblenda granitóides róseos, leuco a
hololeucocráticos inequigranulares grosseiros, foliados a listrados,
fácies de monzo e sienogranitos e de granitos álcali feldspaticos.
Fácies monzonítica a clinopiroxenio, marrom esverdeado de
transição aos charnoquitóides
 PSprpch – charnoquitóides verdes, leucocráticos inequigranulares
grosseiros e foliados. Dominam mangeritos em um “trend” de
noritos, jotunitos, hiperstenio sienitos e hiperstenio álcali sienitos;
charnoquitos secundários.
98

o Período Arqueano

Complexo Varginha

 Avgf - granitos profiróides ricos em megacristais róseos


microclíneo, com matriz granodiorítica à fonalítica, geralmente
foliada, de coloração cinzenta e granulitos félsicos, alasquíticos
 Avch - granitos profiróides ricos em megacristais róseos
microclíneo, com matriz granodiorítica à fonalítica, geralmente
foliada, de coloração cinzenta e charckitos
 Avmb – migmatitos de estruturas diversas, separadas por dreas
onde ocorre o predomínio das estruturas bandadas
 Avmbo – migmatitos de estruturas diversas, separadas por dreas
onde ocorre o predomínio das estruturas bandadas e oftalmítica

A adaptação realizada entre as folhas das diferentes instituições foi uma


modificação para Predomínio de migmatitos e granitos ocelares (PMGo), enquadrando-se na
Era Pré-Cambriana, no Período Arqueano e dentro do Complexo Varginha agregando as
seguintes descrições dos levantamentos da USP e UNESP:

• Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal

o PSpmo – migmatitos ocelares ou a porfiroblastos de feldspato potássico


em concentrações variáveis dentro de uma matriz mesossomática
inequigranular grossa, cinza a rósea e de composição monzogranítica,
quartzo monzonítica, insubordinadamente monzodiorítica, quartzo
diorítica e e granodiorítica;

• Complexo Varginha

o Avgr - granitos profiróides ricos em megacristais róseos microclíneo, com


matriz granodiorítica à fonalítica, geralmente foliada, de coloração
cinzenta e granulação média
o Avmo – migmatitos de estruturas diversas, separadas por dreas onde
ocorre o predomínio das estruturas oftalmítica

O complexo Varginha de uma maneira geral, refere-se a uma seqüência composta


por micaxistos, metarcóseos, metagrauvacas, quatzitos, granitos, ortognaisses, migmatitos,
granitóides e granulitos. A justificativa de todos estes elementos neste complexo é a falta de
99

elementos cronológicos e estratigráficos que possibilitassem a separação destas rochas (RADAM


Brasil 1983).

Ao analisar a distribuição dos grupos geológicos na bacia, nota-se que é uma área
bastante homogênea, em que 69,58

% desta encontra-se no Complexo Varginha (Figura 22).

0,09% 3,03%
0,26% 0,04% Aluviões recentes

Arenito do Mirante
17,52%
Compl. Pinhal-suíte granito
charnoquítica de SJRP.
Complexo Pinhal: suíte granito
9,48% migmatítica pinhal
Complexo Varginha

69,58% Enclaves aluminosos

Maciço alcalino de Poços de


Caldas

Figura 22: Distribuição dos grupos geológicos na BHRF

A maioria da Bacia encontra-se no Complexo Varginha e Complexo Pinhal, desta


forma viu-se a necessidade de detalhar o substrato rochoso nestes grupos (Figura 23)

Complexo Pinhal: suíte Compl. Pinhal-suíte granito 0,20% Complexo Varginha


granito migmatítica pinhal charnoquítica de SJRP. 16,74 3,36%
4% PMGo
2% 10% %
PSpme PSprpch Avgf
27% Avch
PSpby PSprphy
71% 86%
PSpbyp PSprpa Avmb
74,05
5,66% Avmbo
%

Figura 23: Detalhamento do substrato rochoso no Complexo Varginha e Complexo Pinhal

5.10. MATERIAIS INCONSOLIDADOS

Os primeiros resultados para a confecção do mapa de materiais inconsolidados


foram as amostras coletadas nas incursões a campo, conforme mostram as figuras a seguir:
100

AM 02 1,70m

AM 03 1,40m

Enxada 1,61m

AM 04 1,90m

Figura 24: Foto 03 (Amostra 1) Figura 25: Foto 05 (Amostras 2, 3 E 4)

A 07
1,20 m
AM 06 1,50m

A 08
2,75 m
AM 05 1,30m

Enxada 1,61m Enxada: 1,61m

Figura 26: Foto 06 (Amostras 5 E 6) Figura 27: Foto 08 (Amostras 7 E 8)

AM 10 6,5m AM 12 0,7m
AM 09 4,8m

AM 11 1,4 m

Enxada 1,61 m

Enxada 1,61 m

Figura 28: Foto 10 (Amostras 9 E 10) Figura 29: Foto 21 (Amostras 11 E 12)
101

AM 13 0,6m

AM 15 0,7m

AM 14 1,60m

AM 16 2,3m
Enxada 1,61 m

Enxada 1,61m

Figura 30: Foto 24 (Amostras 13 e 14) Figura 31: Foto 43 (Amostras 15 e 16)

AM18 0,65m AM 19 1,5m

AM 18 6,2 m

AM 20 3,20m

Enxada 1,61m AM 17 2,7m

Enxada 1,61m

Figura 32: Foto 52 (Amostras 17 e 18) Figura 33: Foto 54 (Amostras 19 a 21)
102

Enxada 1,61m

AM 23 0,5m
AM 24 5,0m
Enxada 1,61m

AM 22 1,55m

Figura 34: Foto 56 (Amostras 22 e 23) Figura 35: foto 57 amostra 24

AM 26 1,90m

AM 25 3,20m

Enxada 1,61m Enxada 1,61m

Figura 36: foto 58 amostra 25 Figura 37: foto 59 amostra 26


103

Enxada 1,61m

AM 27 3,3m

AM 28 2,85m

Enxada 1,61m

Figura 38: foto 60 amostra 27 Figura 39: foto 62 amostra 28

AM 29 1,80m

Enxada 1,61m
AM 30 6,30m

Enxada 1,61m

Figura 40: foto 63 amostra 29 Figura 41: foto 66 amostra 30


104

AM 31 1,80m

Enxada 1,61m

Enxada 1,61m
AM 32 2,30m
AM 33 1,50m

Figura 42: foto 67 amostras 31 e 32 Figura 43: foto 68 amostra 33

AM 34 0,80m

Enxada 1,61m

AM 35 2,40m

AM 36 3,20m

Enxada 1,61m

Figura 44: foto 69 amostras 34 e 35 Figura 45: foto 70 amostra 36


105

AM 38 1,20m

Enxada 1,61m

Enxada 1,61m
AM 37 1,83m

Figura 46: foto 72 amostra 37 Figura 47: foto 77 amostra 38

AM 39 2,40m
Foice 1,70m

AM 40 1,80m

Enxada 1,61m

Figura 48: foto 78 amostra 39 Figura 49: foto 81 amostra 40


106

AM 41 1,70m
Enxada 1,61m

Enxada 1,61m

AM 42 1,50m

Figura 50: foto 85 amostra 41 Figura 51: foto 86 amostra 42

Figura 52: Composição das fotos 87 a 92, local de coleta das amostras 41 e 42

Nestas imagens podem-se visualizar os diferentes horizontes de solo em cada


talude e a espessura do material inconsolidado. Em posse destas amostras foram realizadas as
análise de laboratório, os resultados dos ensaios estão demonstrados nos quadros a seguir:
107

Quadro 31: Massa Específica, Granulometria Conjunta, Permeabilidade, Espessura e Origem

Espessura do
Coordenadas Geográficas Massa Específica Granulometria Conjunta Permeabilidade Material
Inconsolidado
Ponto X Y Amostra MEs g/cm3 argila (%) silte (%) areia (%) D50 (mm) textura rd (g/cm³) rdc (g/cm³) K20 (cm/seg-¹) (m) Origem

1 -46,90085 -21,61034 1 2,625 29,09 31,88 39,03 0,030000 areno-siltosa 1,490 1,543 2,23E-04 0 retrabalhado

2 -46,90193 -21,60866 2 2,736 19,77 33,16 47,07 0,043792 areno-siltosa 1,468 1,487 5,62E-04 1,7 residual

2 -46,90193 -21,60866 3 2,670 22,55 25,91 51,54 0,085041 arenosa 1,594 1,597 1,20E-03 1,4 retrabalhado

2 -46,90193 -21,60866 4 2,747 12,03 37,70 50,27 0,060907 arenosa 1,919 1,971 1,19E-04 1,9 residual

3 -46,90873 -21,61620 5 2,675 11,68 19,00 69,32 0,232662 arenosa 2,533 2,561 2,13E-04 1,3 retrabalhado

3 -46,90873 -21,61620 6 2,607 21,01 18,39 60,60 0,077982 arenosa 1,695 1,784 5,88E-04 1,5 residual

4 -46,89876 -21,62740 7 2,690 41,88 7,28 50,84 0,086388 arenosa 1,314 1,507 6,44E-03 1,2 retrabalhado

4 -46,89876 -21,62740 8 2,683 43,78 7,49 48,73 0,014850 areno-argilosa 1,477 1,757 4,97E-05 2,75 residual

5 -46,85768 -21,67444 9 2,672 5,75 21,87 72,38 0,235857 arenosa 1,509 1,531 1,80E-02 4,8 residual

5 -46,85768 -21,67444 10 2,651 3,73 33,12 63,14 0,154694 arenosa 1,384 1,407 1,49E-02 6,5 residual

6 -46,80844 -21,78723 11 2,701 45,55 8,85 45,61 0,005205 areno-argilosa 1,154 1,313 4,04E-05 1,4 residual

6 -46,80844 -21,78723 12 2,692 41,33 15,16 43,50 0,005108 areno-argilosa 1,847 1,905 7,12E-07 0,7 retrabalhado

7 -46,85964 -21,66373 13 2,722 36,30 23,94 39,75 0,007856 areno-argilosa 1,377 1,431 2,22E-05 0,6 retrabalhado

7 -46,85964 -21,66373 14 2,771 24,50 34,10 41,40 0,031469 areno-siltosa 0,995 1,328 7,42E-03 1,6 residual

8 -46,82890 -21,70123 15 2,602 14,47 16,80 68,73 0,404685 arenosa 1,986 2,120 5,71E-03 0,7 retrabalhado

8 -46,82890 -21,70123 16 2,704 43,89 15,35 40,76 0,005000 argilo-arenosa 1,277 1,440 1,80E-05 2,3 residual

9 -46,81771 -21,71418 17 2,705 11,18 37,73 51,09 0,060608 arenosa 1,471 1,608 1,13E-03 2,7 residual

9 -46,81771 -21,71418 18 2,651 26,66 31,06 42,28 0,021198 areno-siltosa 1,584 1,758 6,00E-05 0,65 retrabalhado

10 -46,83238 -21,75467 19 2,652 12,32 39,53 48,15 0,056116 areno-siltosa 1,446 1,483 1,10E-03 1,5 retrabalhado

10 -46,83238 -21,75467 20 2,676 5,02 42,53 52,45 0,077799 arenosa 1,464 1,692 2,03E-03 3,2 residual

10 -46,83238 -21,75467 21 2,702 12,08 33,47 54,45 0,086819 arenosa 1,446 1,717 2,89E-03 6,2 residual

11 -46,73453 -21,84496 22 2,641 24,47 12,92 62,61 0,151000 arenosa 1,202 1,396 4,64E-02 1,55 residual

11 -46,73453 -21,84496 23 2,643 24,78 13,43 61,80 0,076000 arenosa 1,417 1,440 2,54E-03 0,5 retrabalhado

12 -46,83191 -21,74720 24 2,638 26,49 26,67 46,84 0,044610 areno-siltosa 1,598 1,821 2,85E-04 5,00 residual
108

Espessura do
Coordenadas Geográficas Massa Específica Granulometria Conjunta Permeabilidade Material
Inconsolidado
-
Ponto X Y Amostra MEs g/cm3 argila (%) silte (%) areia (%) D50 (mm) textura rd (g/cm³) rdc (g/cm³) K20 (cm/seg ¹) (m) Origem

13 -46,81545 -21,75796 25 2,740 38,80 25,98 35,22 0,005523 argilo-arenosa 1,41 1,59 8,18E-06 3,20 residual

14 -46,81146 -21,76642 26 2,680 45,47 6,76 47,78 0,020727 areno-argilosa 1,638 1,696 4,29E-05 1,90 residual

15 -46,82328 -21,75605 27 2,708 27,21 30,66 42,13 0,022536 areno-siltosa 1,408 1,513 1,86E-04 3,3 residual

16 -46,79002 -21,73662 28 2,702 56,02 5,73 38,25 0,001696 argilosa 1,197 1,356 2,52E-06 2,85 residual

17 -46,81158 -21,75992 29 2,757 46,77 12,40 40,84 0,002767 argilo-arenosa 1,459 1,550 1,37E-06 1,80 residual

18 -46,82310 -21,64235 30 2,665 13,54 30,14 56,33 0,078211 arenosa 1,488 1,518 1,80E-03 6,30 residual

19 -46,71711 -21,84548 31 2,682 32,87 23,15 43,98 0,021703 areno-argilosa 1,472 1,539 1,18E-04 1,80 retrabalhado

19 -46,71711 -21,84548 32 2,702 25,54 34,80 39,66 0,022738 areno-siltosa 1,279 1,473 4,32E-04 2,30 residual

20 -46,71819 -21,82385 33 2,695 40,64 6,47 52,90 0,084074 arenosa 1,420 1,543 3,13E-03 1,50 residual

21 -46,79342 -21,80588 34 2,683 44,51 8,78 46,71 0,005301 areno-argilosa 1,360 1,451 1,04E-05 0,80 retrabalhado

21 -46,79342 -21,80588 35 2,704 25,21 29,09 45,70 0,032139 areno-siltosa 1,363 1,490 5,35E-04 2,40 residual

22 -46,80875 -21,68503 36 2,708 27,92 22,57 49,51 0,060259 areno-argilosa 1,629 1,661 4,67E-04 3,20 residual

23 -46,73323 -21,85583 37 2,740 39,38 12,26 48,36 0,014881 areno-argilosa 1,155 1,476 4,03E-04 1,83 residual

24 -46,84336 -21,73465 38 2,706 43,80 13,23 42,97 0,005432 argilo-arenosa 1,412 1,703 7,98E-06 1,20 residual

25 -46,87842 -21,64497 39 2,704 22,65 18,75 58,61 0,102520 arenosa 1,389 1,591 5,84E-03 2,40 residual

26 -46,83321 -21,63774 40 2,615 39,58 15,93 44,49 0,014351 areno-argilosa 1,291 1,533 1,45E-04 1,80 residual

27 -46,85883 -21,66893 41 2,664 37,80 15,16 47,04 0,028466 areno-argilosa 1,325 1,564 5,23E-04 1,70 retrabalhado

27 -46,85883 -21,66893 42 2,687 12,11 26,99 60,89 0,138825 arenosa 1,360 1,454 1,36E-02 1,50 residual
Legenda: MEs g/cm3 – Massa Específica do Sólido; ρd (g/cm³) – Massa Específica Seca de Campo; ρdc (g/cm³) – Massa Específica Natural; K20 (cm/seg-¹) –
Permeabilidade e D50 (mm) = Diâmetro Equivalente

Quadro 32: Mini-MCV e Mini-CBR

Coordenadas Geográficas Mini-MCV Mini-CBR

Ponto X Y Amostra e’ C’ Pi(%) Sb Wot (%) ρdmáx (g/cm³) Retr (%) Exp (%) Mcbr
1 -46,90085 -21,6103 1 1,09 0,6 91,40 LA 24,7% 1,32 1,00% 2,20% 6,00
2 -46,90193 -21,60866 2 1,78 1,35 292,45 NS' 22,0% 1,40 0,55% 0,32% 5,20
109

Coordenadas Geográficas Mini-MCV Mini-CBR

Ponto X Y Amostra e’ C’ Pi(%) Sb Wot (%) ρdmáx (g/cm³) Retr (%) Exp (%) Mcbr
2 -46,90193 -21,60866 3 1,33 1,48 137,69 NS' 22,2% 1,53 1,10% 0,20% 6,30
2 -46,90193 -21,60866 4 1,95 1,12 363,64 NS' 18,0% 1,35 0,15% 2,20% 6,00
3 -46,90873 -21,6162 5 1,40 1,12 164,59 NA' 13,8% 1,78 0,61% 0,21% 10,00
3 -46,90873 -21,6162 6 1,10 1,10 76,71 LA' 16,6% 1,62 0,70% 0,02% 0,08
4 -46,89876 -21,6274 7 0,84 2,15 0,00 LG’ 20,0% 1,62 1,10% 0,00% 19,00
4 -46,89876 -21,6274 8 0,84 1,40 8,81 LA' 25,0% 1,50 1,30% 0,03% 10,80
5 -46,85768 -21,67444 9 1,50 1,32 284,41 NS' 8,5% 1,62 0,20% 0,60% 7,00
5 -46,85768 -21,67444 10 1,56 1,20 275,43 NS' 8,2% 1,48 0,20% 0,80% 6,20
6 -46,80844 -21,78723 11 1,04 1,80 74,65 LG' 23,0% 1,60 0,90% 0,60% 12,00
6 -46,80844 -21,78723 12 0,89 1,59 40,14 LG' 20,2% 1,58 1,30% 0,17% 10,50
7 -46,85964 -21,66373 13 1,20 1,70 109,55 NG' 23,8% 1,40 1,65% 1,80% 4,00
7 -46,85964 -21,66373 14 1,46 1,60 300,00 NG' 21,0% 1,42 1,00% 2,90% 3,50
8 -46,8289 -21,70123 15 1,16 0,90 101,86 NA' 16,1% 1,72 1,00% 0,03% 6,50
8 -46,8289 -21,70123 16 1,22 2,21 111,10 NG’ 25,3% 1,49 1,42% 0,00% 11,54
9 -46,81771 -21,71418 17 1,55 0,90 278,32 NS' 14,6% 1,50 0,50% 1,25% 4,20
9 -46,81771 -21,71418 18 1,39 1,40 199,91 NS' 23,2% 1,50 1,40% 0,22% 8,00
10 -46,83238 -21,75467 19 1,24 1,35 155,59 NA' 16,2% 1,57 0,60% 1,27% 8,00
10 -46,83238 -21,75467 20 1,84 1,20 295,30 NS' 23,0% 1,41 0,42% 0,48% 9,00
10 -46,83238 -21,75467 21 1,20 1,49 145,20 NA' 18,0% 1,60 1,20% 0,40% 5,00
11 -46,73453 -21,84496 22 1,14 1,70 54,61 LG' 16,2% 1,60 0,34% 0,10% 17,60
11 -46,73453 -21,84496 23 1,26 1,20 113,00 NA' 18,0% 1,60 1,01% 0,00% 13,70
12 -46,83191 -21,74720 24 1,47 1,00 203,10 NA' 21,5% 1,53 1,00% 0,60% 5,60
13 -46,81545 -21,75796 25 1,56 2,10 303,80 NG' 25,6% 1,55 1,30% 0,50% 10,50
14 -46,81146 -21,76642 26 1,02 1,48 77,40 LA' 22,2% 1,57 1,51% 0,02% 11,60
15 -46,82328 -21,75605 27 1,55 0,29 290,20 NA 20,2% 1,38 0,80% 1,40% 4,00
16 -46,79002 -21,73662 28 1,19 1,70 92,70 NG' 24,6% 1,42 1,10% 0,20% 17,00
110

Coordenadas Geográficas Mini-MCV Mini-CBR

Ponto X Y Amostra e’ C’ Pi(%) Sb Wot (%) ρdmáx (g/cm³) Retr (%) Exp (%) Mcbr
17 -46,81158 -21,75992 29 1,27 1,90 109,40 NG' 26,0% 1,49 1,30% 0,25% 0,13
18 -46,82310 -21,64235 30 1,58 1,10 290,50 NS' 14,8% 1,58 0,33% 3,00% 5,00
19 -46,71711 -21,84548 31 1,23 1,50 129,00 NA' 17,0% 1,45 0,30% 1,50% 8,00
19 -46,71711 -21,84548 32 1,61 0,70 332,40 NA' 16,0% 1,40 0,31% 2,50% 6,40
20 -46,71819 -21,82385 33 1,16 1,55 71,80 NA' 24,0% 1,58 2,73% 0,09% 10,10
21 -46,79342 -21,80588 34 1,13 1,90 80,90 LG' 22,7% 1,54 1,60% 0,05% 14,00
21 -46,79342 -21,80588 35 1,51 0,80 301,70 NA' 26,0% 1,47 1,40% 0,52% 0,10
22 -46,80875 -21,68503 36 1,41 1,38 199,20 NS' 15,8% 1,59 0,56% 1,25% 8,00
23 -46,73323 -21,85583 37 1,16 1,40 80,30 NA' 33,5% 1,31 2,00% 0,15% 11,00
24 -46,84336 -21,73465 38 1,23 1,60 128,40 NG' 23,2% 1,53 1,49% 0,50% 12,30
25 -46,87842 -21,64497 39 1,33 1,28 204,20 NA' 15,9% 1,72 0,62% 0,30% 10,00
26 -46,83321 -21,63774 40 1,22 1,80 153,70 NG' 19,2% 1,63 1,70% 0,40% 9,00
27 -46,85883 -21,66893 41 1,32 1,80 170,40 NG' 20,9% 1,61 1,80% 0,49% 0,09
27 -46,85883 -21,66893 42 1,54 0,80 297,20 NA' 10,5% 1,67 0,27% 3,12% 4,50
Pi 20
Legenda: coeficiente e’= 3 + , sendo Pi a perda por imersão em % e d’ = coeficiente angular do ramo seco da curva de compactação referente a
100 d '
energia de 12 golpes no ensaio Mini-MCV; C’ = inclinação da curva de deformabilidade para Mini-MCV=10; Sb = comportamento dos solos nos seus sub-grupos;
Wot (%) = Umidade ótima em porcentagem; ρdmáx (g/cm³) = densidade máxima; Retr (%) = Porcentagem de retração do solo; Exp (%) = Porcentagem de
expansão do solo e Mcbr = Mini-CBR;
111

Conforme quadro supracitado, várias amostras possuíam solo retrabalhado,


desta forma segundo Deere e Patthon (1971), quando o colúvio é formado por sucessivas
ocorrências de corrida de detritos, o topo de cada camada de colúvio fica retrabalhada e zonas
mais permeáveis se desenvolvem nessas posições ou dentro de uma camada individual. O
tamanho das partículas dos materiais e a condutividade hidráulica do colúvio não são somente
mais permeáveis para o fluxo horizontal, mas também são muito permeáveis na direção
vertical, a qual permite uma rápida infiltração para o escoamento superficial.

Os grupos texturais na Bacia Hidrográfica do rio Fartura formam padrões de


curvas granulométricas bem definidas. O grupo textural I possui uma fração de areia de 40 a
50%, silte abaixo de 25% e argila entre 25 e 45%, conforme mostrado na Figura 53.

Figura 53: Grupo textural I: areno-argiloso

O grupo textural II possui uma fração de areia de 40 a 50%, silte entre 25 e 40%, e
argila abaixo de 30% e conforme demonstrado na Figura 54.
112

Figura 54: Grupo textural II: areno-siltoso

O grupo textural III possui uma fração de areia acima de 50%, conforme mostrado
na Figura 55.

Figura 55: Grupo textural III: arenoso

O grupo textural IV possui uma fração de argila de 35 a 45%, areia entre 25 e


40%, e silte abaixo de 25% e conforme demonstrado na Figura 56.
113

Figura 56: Grupo textural IV: argilo-arenoso

O grupo textural V possui uma fração de argila superior a 50%, conforme


mostrado na Figura 57.

Figura 57: Grupo textural V: argiloso

Quanto à classificação das espessuras, dividiu-se em classes mais freqüentes na


área de estudo, sendo estas: menor que 1,0 m; variando entre 1,0 e 1,5 m e maior que 1,5 m.

Também foram analisados os demais resultados dos ensaios de laboratório, além


de outras considerações como as formas de relevo, a densidade de drenagem e declividade.
114

Após todas estas considerações foi realizada a delimitação das Classes de


Materiais Inconsolidados e produzido finalmente o mapa de materiais inconsolidados (Volume
II, item 9). A descrição de cada classe estipulada encontra-se a seguir:

• Materiais Retrabalhados

o Unidade 01: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo


textural III, com comportamento não laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade superior a 10-3 cm/seg-1 e espessura variando entre 1,0 e
1,5 m. Situa-se em um relevo colinoso com encosta convexa, composto
por migmatitos estromáticos.
o Unidade 02: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural II, com comportamento laterítico, de origem aluvionar, com
permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1 e espessura variando entre 1,0 e
1,5 m. Situa-se em planície fluvial com vale aberto.
o Unidade 03: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural III, com comportamento laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade > 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,0 e 1,5 m. Situa-se em
morro alto com encosta côncava e vale aberto., composta por hornblenda
granitóides róseos.
o Unidade 04: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural I, com comportamento não laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura < 1,0 m. Situa-se em vale
aberto com encosta côncava e é composto por enclaves aluminosos.
o Unidade 05: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural I, com comportamento não laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
morro alto, anguloso com encosta côncava e vale fechado, composta por
granitos inequigranulares.
o Unidade 06: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural III, com comportamento não laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade > 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
vale, com encosta convexa e predomina migmatitos e granitos ocelares
em sua composição.
o Unidade 07: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural V, com comportamento não laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
morro alto e predomina migmatitos e granitos ocelares em sua
composição.
115

o Unidade 08: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo


textural I, com comportamento laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura < 1,0 m. Situa-se em morrote e
predomina migmatitos e granitos ocelares em sua composição.
o Unidade 09: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural I, com comportamento laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura < 1,0 m. Situa-se em morrote e
predomina migmatitos de estrutura de granulitos félsicos.
o Unidade 10: Formada por materiais retrabalhados pertencentes ao grupo
textural I, com comportamento não laterítico, de origem coluvionar, com
permeabilidade > 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
morro alto e predomina migmatitos de estrutura charckitos.

• Materiais Residuais

o Arenito de Mirante

Unidade 11: Formada no período Mesozóico – Terciário Cretáceo tem-se o


Arenito de Mirante. Pertencentes ao grupo textural I, com
comportamento não laterítico, com permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e
espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em colina, com topo plano.

o Maciço Alcalino de Poços de Caldas

Unidade 12: Formada no período Mesozóico - Terciário Cretáceo, o


chamado Maciço Alcalino de Poços de Caldas é composto por tinguaítos e
fenólitos. Pertencentes ao grupo textural III, com comportamento não
laterítico, com permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1 e espessura entre
1,0 e 1,5 m. Situa-se em vale aberto, com encosta côncava.
Unidade 13: Formada no período Mesozóico - Terciário Cretáceo, o
chamado Maciço Alcalino de Poços de Caldas é composto por tinguaítos e
fenólitos. Pertencentes ao grupo textural III, com comportamento não
laterítico, com permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1 e espessura entre
1,0 e 1,5 m. Situa-se em colinas, com encosta côncava e topo plano.

o Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal

Unidade 14: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado


Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal é composto em sua
maioria por migmatitos estromáticos. Pertencentes ao grupo textural III,
116

com comportamento não laterítico, permeabilidade entre 10-4 e 10-3


cm/seg-1 e espessura maior que 3,0 m. Situa-se em escarpa e vale fechado.
Unidade 15: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal é composto em sua
maioria por migmatitos estromáticos. Pertencentes ao grupo textural III,
com comportamento não laterítico, permeabilidade entre 10-4 e 10-3
cm/seg-1 e espessura maior que 3,0 m. Situa-se em morro alto, com topo
arredondado e encosta convexa.
Unidade 16: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal é composto em sua
maioria por migmatitos estromáticos. Pertencentes ao grupo textural III,
com comportamento não laterítico, permeabilidade entre 10-4 e 10-3
cm/seg-1 e espessura maior que 3,0 m. Situa-se em morrotes e vales
fechados.
Unidade 17: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal é composto em sua
maioria por migmatitos estromáticos. Pertencentes ao grupo textural IV,
com comportamento não laterítico, permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e
espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em morrotes com encosta convexa.
Unidade 18: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal é composto por
granitos inequigranulares. Pertencentes ao grupo textural I, com
comportamento não laterítico, com permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e
espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em morrotes, com encosta côncava e
vale aberto.
Unidade 19: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal é composto por
granitos inequigranulares potássico. Pertencentes ao grupo textural I, com
comportamento não laterítico, com permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e
espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em morro alto, com topo plano, com
encosta côncava e vale fechado.

o Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo

Unidade 20: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado


Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto em sua maioria por charnoquíticos verdes. Pertencentes ao
grupo textural III, com comportamento não laterítico, com permeabilidade
117

entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em colina
com topo arredondado, encosta convexa e vale aberto.
Unidade 21: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto em sua maioria por charnoquíticos verdes. Pertencentes ao
grupo textural III, com comportamento não laterítico, com permeabilidade
entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
morrote com topo plano, encosta convexa e vale fechado.
Unidade 22: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto em sua maioria por charnoquíticos verdes. Pertencentes ao
grupo textural III, com comportamento não laterítico, com permeabilidade
entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em morro
alto com encosta convexa e vale fechado.
Unidade 23: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto em sua maioria por hornblenda granitóides róseos.
Pertencentes ao grupo textural I, com comportamento não laterítico, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
escarpa com topo de morro arredondado, encosta retilínea e vale fechado.
Unidade 24: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto em sua maioria por hornblenda granitóides róseos.
Pertencentes ao grupo textural I, com comportamento não laterítico, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
morrotes, em vales abertos.
Unidade 25: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto em sua maioria por hornblenda granitóides róseos.
Pertencentes ao grupo textural I, com comportamento não laterítico, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
colinas com encosta convexa e vale aberto.
Unidade 26: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto por dominâncias de fáceis alasquíticas. Pertencentes ao grupo
textural IV, com comportamento não laterítico, com permeabilidade < 10-4
cm/seg-1 e espessura entre 1,0 e 1,5 m. Situa-se em morrotes, com topos
arredondados e encosta convexa.
118

Unidade 27: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado


Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto por dominâncias de fáceis alasquíticas. Pertencentes ao grupo
textural IV, com comportamento não laterítico, com permeabilidade < 10-4
cm/seg-1 e espessura entre 1,0 e 1,5 m. Situa-se em morro alto, com topos
anguloso e encosta convexa.
Unidade 28: Formada no período Proterozóico Superior, o chamado
Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do Rio Pardo é
composto por dominâncias de fáceis alasquíticas. Pertencentes ao grupo
textural IV, com comportamento não laterítico, com permeabilidade < 10-4
cm/seg-1 e espessura entre 1,0 e 1,5 m. Situa-se em vales fechados, com
encosta convexa.

o Complexo Varginha

Unidade 29: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo


Varginha é composto por predomínio de migmatitos e granitos ocelares.
Pertencentes ao grupo textural IV, com comportamento não laterítico,
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
colina, encosta convexa e vale aberto.
Unidade 30: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo
Varginha é composto por predomínio de migmatitos e granitos ocelares.
Pertencentes ao grupo textural IV, com comportamento não laterítico, <
10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em escarpas, com
topos angulosos e encosta côncava.
Unidade 31: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo
Varginha é composto por migmatitos de estrutura bandadas e oftalmítica.
Pertencentes ao grupo textural I, com comportamento não laterítico, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
morro alto, com topo plano, encosta côncava e vale aberto.
Unidade 32: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo
Varginha é composto por migmatitos de estrutura bandadas e oftalmítica.
Pertencentes ao grupo textural I, com comportamento não laterítico, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em
escarpa, encosta côncava e vale fechado.
Unidade 33: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo
Varginha é composto por migmatitos de estrutura bandadas e oftalmítica.
Pertencentes ao grupo textural I, com comportamento não laterítico, com
119

permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-se em


morrote, com topo plano, encosta côncava e vale fechado.
Unidade 34: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo
Varginha é composto por migmatitos de estrutura charckitos.
Pertencentes ao grupo textural III, com comportamento não laterítico,
com permeabilidade > 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-
se em escarpa, encosta côncava e vale fechado.
Unidade 35: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo
Varginha é composto por migmatitos de estrutura charckitos.
Pertencentes ao grupo textural III, com comportamento não laterítico,
com permeabilidade > 10-3 cm/seg-1 e espessura entre 1,5 e 3,0 m. Situa-
se em morrote, com topo arredondado, encosta convexa e vale fechado.
Unidade 36: Formada no período Arqueano, o chamado Complexo
Varginha é composto por migmatitos de estrutura de granulitos félsicos.
Pertencentes ao grupo textural I, com comportamento laterítico, com
permeabilidade < 10-4 cm/seg-1 e espessura < 1,0 m. Situa-se em morro
alto, com topo anguloso, encosta côncava e vale aberto.

Após a delimitação das classes atentou-se pelo fato da grande extensão na bacia
que possui areia na maioria de sua composição, conforme Figura 58.

0,31; 0%

32,26; 14%
areno-argiloso
82,37; 36% areno-siltoso
arenoso
argilo-arenoso
105,64; 47%
argiloso

6,94; 3%

Figura 58: Quantificação do tipo textural na BHRF


120

A figura supracitada mostra que 47% da bacia possui solo arenoso e que 86% da
bacia possui acima de 50% de composição de areia em sua textura. Este fato é possível devido à
homogeneidade do substrato rochoso da região.

5.11. MAPA DE UNIDADES BÁSICAS DE COMPARTIMENTAÇÃO

O Mapa das Unidades Básicas de Compartimentação (Volume II, item 10) foi
definido em 66 classes conforme mostra o Quadro 33.

Quadro 33: Delimitação das Unidades Básicas de Compartimentação

Domínio Regional Cristalino


Província Zona Subzona UBCs
Cenozóico (C) Aluviões recentes (Al) Planície Fluvial (P) CAlP 1 e 2
Colina (C) CAlC
Mesozóico – Terciário Arenito de Mirante (Ar) Colina (C) MarC
Cretáceo (M) Maciço alcalino de Poços Vale (V) MMaV
de Caldas (Ma) Colina (C) MMaC
Proterozóico Superior Enclaves Aluminosos (Ea) Vale (V) PEaV
(P) Complexo Pinhal: suíte Escarpa (E) PPmE 1 e 2
granito migmatítica pinhal Morro Alto (Ma) PPmMa 1 a 7
(Pm) Morrote (Mt) PPmMt 1 a 6
Colina (C) PPmC
Complexo Pinhal: suíte Escarpa (E) PPcE
granito charnockítica de Morro Alto (Ma) PPcMa 1 a 5
São José do Rio Pardo (Pc) Morrote (Mt) PPcMt 1 a 4
Vale (V) PPcV
Colina (C) PPcC 1 a 3
Arqueano (A) Complexo Varginha (Cv) Escarpa (E) ACvE 1 a 3
Morro Alto (Ma) ACvMa 1 a 11
Morrote (Mt) ACvMt 1 a 8
Vale (V) ACvV 1 a 3
Colina (C) ACvC 1 a 3
Planície Fluvial (P) ACvP

Cada classe definida no mapa supracitado está descrita a seguir:

• CAlP 1 = Aluviões recentes em planícies fluviais, amplitude de 0 a 5 m,


declividade de 0 a 5%, vale aberto, com baixa frequência de canais.
• CAlP 2 = Aluviões recentes em planícies fluviais, amplitude de 0 a 5 m,
declividade de 5 a 20%, encosta convexa, topos planos e média frequência
canais.
• CAIC = Aluviões recentes em colinas, amplitude de 5 a 60 m e declividade de 5
a 20%, encosta convexa, topos planos e baixa frequência de canais.
121

• MarC = Arenito de mirante, em colinas, com amplitude de 0 a 5 m,


declividade de 5 a 20%, encosta convexa, topos planos
• MMaV = Tinguaítos fenólitos em vales abertos, com encosta côncava,
declividade de 5 a 20% e amplitude de 5 a 60m e isenta de canais de
drenagem
• MMaC = Tinguaítos fenólitos em colinas, com encosta côncava e topos
planos, declividade de 5 a 20% e amplitude de 5 a 60m e isenta de canais de
drenagem
• PEaV = Enclaves aluminosos, com vales abertos, com encosta côncava e
declividade de 0 a 5% e amplitude de 5 a 60m e baixa frequência de canais
• PPmE 1 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), em
escarpas, com topo arredondado e encosta retilínea, declividade de 30 a 45%
e amplitude de 200 a 320 m e baixa frequência de canais
• PPmE 2 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), em
escarpas, com topo anguloso e encosta convexa, declividade de 5 a 20% e
amplitude de 200 a 320 m e média frequência de canais
• PPmMa 1 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morros altos, com topo pontiagudo e encosta convexa, declividade de 5 a
20%, em vale aberto e amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência de canais
• PPmMa 2 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morros altos, com topo anguloso e encosta côncava, declividade de 5 a 20%, e
amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência de canais
• PPmMa 3 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morros altos, com topo plano e encosta convexa, declividade > 45%, em vale
aberto e amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência de canais
• PPmMa 4 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morros altos, com topo arredondado e encosta convexa, declividade de 30 a
45%, em vale fechado e amplitude de 60 a 120 m e baixa frequência de canais
• PPmMa 5 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morros altos, com topo plano e encosta côncava, declividade de 5 a 20%, em
vale fechado e amplitude de 120 a 200 m e média frequência de canais
• PPmMa 6 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morros altos, com topo anguloso e encosta côncava, declividade de 5 a 20%,
em vale fechado e amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência de canais
• PPmMa 7 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morros altos, com topo arredondado e encosta convexa, declividade de 5 a
20%, amplitude de 120 a 200 m e isento de canais de drenagem
122

• PPmMt 1 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com


morrotes, com topo plano e encosta côncava, declividade de 5 a 20%,
amplitude de 60 a 120 m, vale aberto e média frequência de canais
• PPmMt 2 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morrotes, com topo arredondado e encosta convexa, declividade de 5 a 20%,
amplitude de 60 a 120 m, vale fechado e isento de canais de drenagem
• PPmMt 3 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morrotes, com topo plano e encosta côncava, declividade de 5 a 20%,
amplitude de 60 a 120 m, vale fechado e média frequência de canais
• PPmMt 4 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morrotes, com topo arredondado e encosta côncava, declividade de 5 a 20%,
amplitude de 60 a 120 m, vale fechado e isento de canais de drenagem
• PPmMt 5 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morrotes, com topo arredondado e encosta côncava, declividade de 5 a 20%,
amplitude de 60 a 120 m, vale aberto e baixa frequência de canais
• PPmMt 6 = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com
morrotes, com topo anguloso e encosta convexa, declividade de 5 a 20%,
amplitude de 60 a 120 m e baixa frequência de canais
• PPmC = Complexo Pinhal: suíte granito migmatítica pinhal (Pm), com colinas,
com topo arredondado e encosta convexa, declividade de 5 a 20%, amplitude
de 5 a 60 m, vale aberto e baixa frequência de canais
• PPcE = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio Pardo
(Pc), com escarpas, com topo arredondado e encosta retilínea, declividade de
30 a 45%, amplitude de 200 a 320 m, vale fechado e baixa frequência de
canais
• PPcMa 1 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morro alto, com topo anguloso, encosta convexa, declividade
de 20 a 30%, amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência de canais
• PPcMa 2 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morro alto, com topo plano, vale fechado, encosta côncava,
declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e média frequência de
canais
• PPcMa 3 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morro alto, com topo arredondado, encosta convexa,
declividade de 5 a 20%, vale aberto, amplitude de 120 a 200 m e média
frequência de canais
• PPcMa 4 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morro alto, com topo plano, encosta convexa, vale fechado,
123

declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência de


canais
• PPcMa 5 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morro alto, com topo arredondado, encosta côncava, vale
aberto, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência
de canais
• PPcMt 1 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morrote, com topo arredondado, encosta convexa, vale
fechado, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e média frequência
de canais
• PPcMt 2 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morrote, com topo arredondado, encosta convexa, vale
aberto, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e baixa frequência
de canais
• PPcMt 3 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morrote, com topo plano, encosta retilínea, vale aberto,
declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e média frequência de
canais
• PPcMt 4 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), com morrote, com topo plano, encosta convexa, vale fechado,
declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e baixa frequência de canais
• PPcV = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio Pardo
(Pc), com vale fechado, encosta convexa, declividade de 5 a 20%, amplitude
de 60 a 120 m e alta frequência de canais
• PPcC 1 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), colina, com vale aberto, encosta convexa, topo anguloso,
declividade de 5 a 20%, amplitude de 5 a 60 m e isento de canais de
drenagem
• PPcC 2 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), colina, com vale aberto, encosta convexa, topo plano, declividade
de 5 a 20%, amplitude de 5 a 60 m e isento de canais de drenagem
• PPcC 3 = Complexo Pinhal: suíte granito charnockítica de São José do Rio
Pardo (Pc), colina, com vale aberto, encosta convexa, topo arredondado,
declividade de 5 a 20%, amplitude de 5 a 60 m e média frequência de canais
• ACvE 1 = Complexo Varginha (Cv), escarpa, com vale fechado, encosta
côncava, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 200 a 320 m e
média frequência de canais
124

• ACvE 2 = Complexo Varginha (Cv), escarpa, com vale fechado, encosta


côncava, topo anguloso, declividade de 5 a 20%, amplitude de 200 a 320 m e
média frequência de canais
• ACvE 3 = Complexo Varginha (Cv), escarpa, encosta côncava, topo anguloso,
vale aberto, declividade maior que 45%, amplitude de 200 a 320 m e média
frequência de canais
• ACvMa 1 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale aberto, encosta
côncava, topo anguloso, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
média frequência de canais
• ACvMa 2 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale fechado, encosta
côncava, topo anguloso, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
média frequência de canais
• ACvMa 3 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale aberto, encosta
convexa, topo anguloso, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
baixa frequência de canais
• ACvMa 4 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale fechado, encosta
convexa, topo anguloso, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
baixa frequência de canais
• ACvMa 5 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale fechado, encosta
côncava, topo arredondado, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200
m e baixa frequência de canais
• ACvMa 6 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale aberto, encosta
convexa, topo arredondado, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200
m e média frequência de canais
• ACvMa 7 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale aberto, encosta
côncava, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
baixa frequência de canais
• ACvMa 8 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale fechado, encosta
côncava, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
baixa frequência de canais
• ACvMa 9 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale aberto, encosta
convexa, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
baixa frequência de canais
• ACvMa 10 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale fechado, encosta
convexa, topo plano, declividade de maior que 45%, amplitude de 120 a 200
m e alta frequência de canais
125

• ACvMa 11 = Complexo Varginha (Cv), morro alto, com vale aberto, encosta
côncava, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e
baixa frequência de canais
• ACvMt 1 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale aberto, encosta
côncava, topo arredondado, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m
e baixa frequência de canais
• ACvMt 2 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale aberto, encosta
convexa, topo anguloso, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e
baixa frequência de canais
• ACvMt 3 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale aberto, encosta
convexa, topo arredondado, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m
e baixa frequência de canais
• ACvMt 4 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale fechado, encosta
convexa, topo arredondado, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m
e baixa frequência de canais
• ACvMt 5 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale aberto, encosta
côncava, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e baixa
frequência de canais
• ACvMt 6 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale fechado, encosta
côncava, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e
média frequência de canais
• ACvMt 7 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale aberto, encosta
convexa, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e baixa
frequência de canais
• ACvMt 8 = Complexo Varginha (Cv), morrote, com vale fechado, encosta
convexa, topo plano, declividade de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e
média frequência de canais
• ACvV 1 = Complexo Varginha (Cv), vale fechado, encosta côncava, declividade
de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e média frequência de canais
• ACvV 2 = Complexo Varginha (Cv), vale aberto, encosta convexa, declividade
de 5 a 20%, amplitude de 60 a 120 m e média frequência de canais
• ACvV 3 = Complexo Varginha (Cv), vale fechado, encosta convexa, declividade
de 5 a 20%, amplitude de 120 a 200 m e baixa frequência de canais
• ACvC 1 = Complexo Varginha (Cv), colina, topo arredondado, vale aberto,
encosta convexa, declividade de 5 a 20%, amplitude de 5 a 60 m e baixa
frequência de canais
126

• ACvC 2 = Complexo Varginha (Cv), colina, topo plano, vale aberto, encosta
côncava, declividade de 5 a 20%, amplitude de 5 a 60 m e baixa frequência de
canais
• ACvC 3 = Complexo Varginha (Cv), colina, topo plano, vale aberto, encosta
convexa, declividade de 5 a 20%, amplitude de 5 a 60 m e baixa frequência de
canais
• ACvP = Complexo Varginha (Cv), planície fluvial, vale aberto, declividade de 5
a 20%, amplitude de 0 a 5 m e alta frequência de canais

A Figura 59 mostra a quantificação das áreas em (km²) das UBCs na Bacia


Hidrográfica do Rio Fartura, nesta pode-se destacar a homogeneidade da classe ACvMt - 03 que
ocupa 10,17% da área da bacia.
127

PPmMt - 6 0,78
PPmMt - 5 0,11
PPmMt - 4 0,11
PPmMt - 3 0,60
PPmMt - 2 0,96
PPmMt - 1 0,87
PPmMA - 7 0,18
PPmMA - 6 4,59
PPmMA - 5 0,46
PPmMA - 4 0,23
PPmMA - 3 1,96
PPmMA - 2 4,63
PPmMA - 1 1,73
PPmE - 2 3,65
PPmE - 1 0,26
PPmC 1,37
PPcV 0,31
PPcMt 4 4,05
PPcMt 3 2,43
PPcMt 2 1,33
PPcMt 1 0,43
PPcMa 5 2,64
PPcMa 4 4,15
PPcMa 3 6,66
PPcMa 2 6,27
PPcMa 1 0,53
PPcE 4,52
PPcC 3 4,21
PPcC 2 0,83
PPcC 1 0,96
PEaV 0,59
MMaV 0,16
MMaC 0,06
MarC 0,08 área (km²)
CAIP - 2 0,34
CAIP - 1 6,23
CAIC - 1 0,15
ACvV - 03 1,71
ACvV - 02 1,28
ACvV - 01 2,37
ACvP 0,02
ACvMt - 08 2,40
ACvMt - 07 3,00
ACvMt - 06 0,70
ACvMt - 05 12,12
ACvMt - 04 0,61
ACvMt - 03 23,12
ACvMt - 02 2,74
ACvMt - 01 10,84
ACvMa - 11 12,16
ACvMa - 10 1,33
ACvMa - 09 6,67
ACvMa - 08 6,06
ACvMa - 07 5,78
ACvMa - 06 1,51
ACvMa - 05 0,74
ACvMa - 04 0,92
ACvMa - 03 3,02
ACvMa - 02 7,72
ACvMa - 01 7,50
ACvE - 03 9,53
ACvE - 02 6,44
ACvE - 01 13,05
ACvC - 03 9,61
ACvC - 02 3,31
ACvC - 01 1,62
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00

Figura 59: Quantificação das áreas das UBCs (km²)


128

5.12. MAPA COM A LOCALIZAÇÃO DAS FONTES POLUIDORAS

No mapa com a localização das fontes poluidoras (Volume II, item 11), pode-se
notar que 31% da área da bacia já está coberta por processos minerários, sendo esta uma forte
fonte de poluição. Além disso, a Figura 60 mostra os tipos de substâncias retirados da Bacia
nestes processos minerários.

3%
1% 3%
Água Mineral
1% Areia
7%
Argila
Argila Refratária
40%
Bauxita
20%
Charnoquito
Granito
Granito Ornamental
13% Minério de Alumínio
11%
Sienito
1%

Figura 60: Tipos de substâncias retiradas nos processos minerários

Em posse da carta de zoneamento geoambiental, estas fontes poluidoras foram


analisadas quanto à adequabilidade de suas localizações e o tipo de impacto que podem estar
causando.

5.13. CARTA DE POTENCIAL DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL

A Carta de Potencial de Escoamento Superficial (Volume II – item 12) mostra que


a maioria da bacia fica dentro do potencial de escoamento 3, 4 e 5, o que eqivale a 77,2% da
área da bacia. Isto mostra um grau de potencial de escoamento de médio a baixo, conforme
demonstram as figuras a seguir:
129

1,44% 0,12% 0,48%


70 1
61,88 63,94
60 7,85%
12,93% 2
49,56
50 3
Área (km²)
40 21,81% 4
29,37
30 28,14% 5
17,83 6
20
10 27,23% 7
3,28
1,10 0,28 8
0
1 2 3 4 5 6 7 8

Figura 61: Quantificação do Potencial de Escoamento na Bacia Hidrográfica do Rio Fartura

5.14. ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL

O zoneamento geoambiental (Volume II – item 13) foi obtido com a análise


integrada das informações geológicas, fisiográficas, estruturais, morfoestruturais e de unidades
e coberturas de alteração intempéricas. Essas informações foram correlacionadas com as
determinações laboratoriais de análises físicas e químicas, de materiais coletados ao longo de
perfis de alteração intempéricos, as quais resultaram na determinação e cartografia das diversas
unidades geoambientais.

O dendograma produzido para o agrupamento das 66 variáveis das UBCs aponta


para a possibilidade de agrupamentos que variam de 66 agrupamentos quando a distância
euclidiana é 6 a 2 grupos quando a distância euclidiana for 28 (Figura 62).
130

Figura 62: Análise de agrupamentos em cada UBC pelas variáveis: Potencial de Escoamento; Disponibilidade Hídrica; Declividade; Litologia; Origem, Textura,
Espessura e Permeabilidade do Material Inconsolidado e Pluviometria
131

Analisando as similaridades e verificando o ponto ótimo para o agrupamento


chegou-se ao resultado de 57 agrupamentos, na distância euclidiana de 11. Em que se agrupou
da seguinte forma:
Unidade Geoambiental Unidade Básica de Compartimentação
Geoambiental 01 CAIP – 2
Geoambiental 02 PPmE – 2
Geoambiental 03 PPmE - 1
Geoambiental 04 PPcMt – 1, PPcMa – 1, PPcV
Geoambiental 05 ACvP
Geoambiental 06 PPcE
Geoambiental 07 PPmMA – 2
Geoambiental 08 PPmMA - 5
Geoambiental 09 MMaC
Geoambiental 10 CAIC -1, PPmMA – 3, PPmMt – 5, PPmMA – 1 e ACvMa - 10
Geoambiental 11 MMaV e ACvMa - 6
Geoambiental 12 PPmMA - 4
Geoambiental 13 PPmMt - 4
Geoambiental 14 ACvV - 01
Geoambiental 15 PPcMt 3
Geoambiental 16 PPcMa 5
Geoambiental 17 ACvMt - 08
Geoambiental 18 PPmMA - 7
Geoambiental 19 ACvMt - 07
Geoambiental 20 ACvMa - 03
Geoambiental 21 PPcC 3 e PPcMa - 4
Geoambiental 22 PPcMa 2
Geoambiental 23 PPcMa - 3
Geoambiental 24 PPcMt - 4
Geoambiental 25 PPmMA - 6
Geoambiental 26 ACvMt - 02
Geoambiental 27 ACvE - 01
Geoambiental 28 ACvC - 01
Geoambiental 29 ACvV - 03
Geoambiental 30 ACvMt - 03
Geoambiental 31 PPmC
Geoambiental 32 ACvC - 02
Geoambiental 33 ACvMt - 05
Geoambiental 34 CAIP - 1
Geoambiental 35 PEaV
Geoambiental 36 ACvMt - 01
Geoambiental 37 ACvMt - 04
Geoambiental 38 ACvMa - 08
Geoambiental 39 ACvMa - 04
Geoambiental 40 ACvMa - 09
Geoambiental 41 ACvMa - 01
Geoambiental 42 ACvMa - 11
Geoambiental 43 ACvMa - 02
Geoambiental 44 ACvMa - 05
132

Unidade Geoambiental Unidade Básica de Compartimentação


Geoambiental 45 ACvMa - 07
Geoambiental 46 ACvV - 02
Geoambiental 47 PPcMt 2
Geoambiental 48 PPcC 1 e PPcC 2
Geoambiental 49 PPmMt - 6
Geoambiental 50 ACvMt - 06
Geoambiental 51 ACvC - 03
Geoambiental 52 ACvE - 03
Geoambiental 53 ACvE - 02
Geoambiental 54 MarC
Geoambiental 55 PPmMt - 3
Geoambiental 56 PPmMt - 2
Geoambiental 57 PPmMt - 1

Com relação à homogeneidade das UBCs agrupadas a partir dos atributos do


meio físico, verifica-se no dendograma da Figura 63 que nos 57 agrupamentos do dendograma
anterior (Figura 62) na distância euclidiana de 11, agora correspondem a 38,2% ou seja, as UBCs
agrupadas apresentam sempre mais de 61,8% de similaridade, podendo atingir até 72% de
similaridade no caso das UBCs: PPcMt – 1, PPcMa – 1 e PPcV, na composição da Unidade
Geoambiental 04.
133

Figura 63: Análise de agrupamentos em cada UBC pelas variáveis: Potencial de Escoamento; Disponibilidade Hídrica; Declividade; Litologia; Origem, Textura,
Espessura e Permeabilidade do Material Inconsolidado e Pluviometria onde a distância euclidiana máxima atingida é 100%
134

Para efetividade dos resultados foi gerado um novo dendograma com os agrupamentos realizados (Figura 64).

Figura 64: Análise dos 57 agrupamentos realizados a partir das 66 classes de UBCs
135

Pode-se verificar na Figura 64 que na distância euclidiana igual a 11 não formam


mais agrupamentos entre as unidades geoambientais, sendo este o ponto ótimo.

Após a delimitação das zonas geoambientais foram quantificadas e analisadas as


áreas, percenturais e informações cadastrais do escoamento superficial, disponibilidade hídrica,
declividade, litologia, materiais inconsolidados (origem, textura, espessura e permeabilidade),
pluviometria, nascentes, mancha urbana, fontes poluidoras, captações e lançamentos e
restrições à ocupação de acordo com o Código Florestal e CONAMA 302 e 303 e cada zona
geoambiental para verificações de aptidões do meio físico.

Como resultado foi obtido o zoneamento da região em unidades geoambientais,


as quais constituem porções individualizadas que reportam os aspectos de potencialidade e
susceptibilidade naturais do meio, condicionados pelos atributos presentes, os percentuais de
restrições ao uso e ocupação estabelecidas por leis ambientais e as atividades de uso do solo
vigentes.

A figura 64 mostra a quantificação das áreas de cada unidade geoambiental


representada na bacia. Cabe destacar que a unidade geoambiental 30 representa 10% da área
da bacia sendo a maior unidade delimitada.
136

Geoambiental 57
Geoambiental 56
Geoambiental 55
Geoambiental 54
Geoambiental 53
Geoambiental 52
Geoambiental 51
Geoambiental 50
Geoambiental 49
Geoambiental 48
Geoambiental 47
Geoambiental 46
Geoambiental 45
Geoambiental 44
Geoambiental 43
Geoambiental 42
Geoambiental 41
Geoambiental 40
Geoambiental 39
Geoambiental 38
Geoambiental 37
Geoambiental 36
Geoambiental 35
Geoambiental 34
Geoambiental 33
Geoambiental 32
Geoambiental 31
Geoambiental 30
Geoambiental 29
Geoambiental 28
Geoambiental 27
Geoambiental 26
Geoambiental 25
Geoambiental 24
Geoambiental 23
Geoambiental 22 Área km²
Geoambiental 21
Geoambiental 20
Geoambiental 19
Geoambiental 18
Geoambiental 17
Geoambiental 16
Geoambiental 15
Geoambiental 14
Geoambiental 13
Geoambiental 12
Geoambiental 11
Geoambiental 10
Geoambiental 09
Geoambiental 08
Geoambiental 07
Geoambiental 06
Geoambiental 05
Geoambiental 04
Geoambiental 03
Geoambiental 02
Geoambiental 01
0 5 10 15 20 25

Figura 65: Quantificação das áreas das unidades geoambeintais na BHRF.


137

5.14.1. CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES GEOAMBIENTAIS

Unidade Geoambiental 01: encontra-se em uma área de baixo potencial de


escoamento, sendo que 82,16% de sua área possui uma precipitação média anual entre 1550 e
1600 mm/ano, com 53,86% de sua área com disponibilidade hídrica entre 75 a 150 l/s e 77,38%
com baixa declividade (0 a 20%). Formado por aluviões recentes, com solo retrabalhado, areno-
siltoso, com espessura do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade entre 10-4 e
10-3 cm/seg-1. Nestas áreas não possuem fontes poluidoras, são localizadas em área rural, não
existem nascentes e apenas uma captação superficial. Estes locais estão em uma área 100%
restrita à ocupação, pois são áreas propícias a alagamentos.

Unidade Geoambiental 02: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, com disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s e 47,11% com baixa declividade (5 a 20%). Inserida no Complexo
Pinhal - suíte granito migmatítico pinhal, com solo residual, arenoso, com espessura do material
inconsolidado superior a 3,0 m e permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1. Como fonte de
poluição tem-se um processo minerário de extração de areia o qual ocupa 4,70% da região. Esta
zona está localizada inteiramente em área rural, existem 8 nascentes nesta, apresentando-se
com uma área bem drenada. Não existem captações e nem lançamentos na região. De acordo
com a legislação ambiental 31,18% da região está com ocupação restrita. Economicamente, a
área é utilizada para extração de areia, agricultura e pastagem, entretanto o solo arenoso não
favorece a agricultura, devido ao grande número de vazios característico deste. Por ser uma
área bem drenada e com solo arenoso, dependendo do tipo de ocupação há uma tendência ao
assoreamento do rio.

Unidade Geoambiental 03: encontra-se em uma área de baixo potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, com disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s e 58,96% com baixa declividade (0 a 5%). Inserida no Complexo Pinhal
- suíte granito migmatítico pinhal, com solo residual, arenoso, com espessura do material
inconsolidado superior a 3,0 m e permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1. Nestas áreas não
possuem fontes poluidoras, são localizadas em área rural, não existem: nascentes, captações e
lançamentos. De acordo com a legislação ambiental 31,09% da região está com ocupação
138

restrita. Economicamente, a área é utilizada para agricultura e pastagem, entretanto o solo


arenoso não favorece a agricultura, devido ao grande número de vazios característico deste.

Unidade Geoambiental 04: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, com disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s e 48,66% com baixa declividade (5 a 20%), 25,12% de declividade
média (20 a 30%) e 24,30% com alta declividade (superior a 30%). Inserida no Complexo Pinhal -
suíte granito charnoquítico de São José do Rio Pardo, com falhas geológicas, solo residual,
argilo-arenoso, com espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade
inferior a 10-4 cm/seg-1. Nestas áreas não possuem fontes poluidoras, são localizadas em área
rural, existem: 1 nascente, 2 captações superficiais e nenhum lançamento. De acordo com a
legislação ambiental 17,71% da região está com ocupação restrita. Economicamente, a área é
utilizada na agricultura e pastagem, por ser uma área montanhosa há uma dificuldade para o
plantio mecânico, entretanto o solo possui uma grande parcela de argila e baixa permeabilidade
o que favorece a fertilidade do solo.

Unidade Geoambiental 05: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, 65% da área com
disponibilidade hídrica entre 150 e 300 l/s e 83,33% com baixa declividade (5 a 20%). Inserida
no Complexo Varginha, solo residual, arenoso, com espessura do material inconsolidado entre
1,0 e 1,5 m e permeabilidade superior a 10-3 cm/seg-1. Como fonte de poluição tem-se um
processo minerário de extração de bauxita o qual ocupa 91,67% da região. De acordo com a
legislação ambiental 51,67% da região está com ocupação restrita. Economicamente, a área é
utilizada para extração de bauxita. Por ser uma área bem drenada, com solo arenoso e atividade
extrativa há uma tendência ao assoreamento do rio.

Unidade Geoambiental 06: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s, em 49,97% da área com baixa declividade (0 a 20%), mas tendo
também áreas com alta declividade (27,80% acima de 30%). Está inserida no Complexo Pinhal -
suíte granito charnoquítico de São José do Rio Pardo, solo residual, areno-argiloso, com
espessura do material inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1.
139

Nestas áreas não possuem fontes poluidoras, são localizadas em área rural, existem: 8
nascentes, 1 captação superficial e 1 lançamento. De acordo com a legislação ambiental 17,09%
da região está com ocupação restrita. Economicamente, a área é utilizada na agricultura e
pastagem, por ser uma área montanhosa há uma dificuldade para o plantio mecânico,
entretanto o solo possui uma grande parcela de argila e baixa permeabilidade o que favorece a
fertilidade do solo.

Unidade Geoambiental 07: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual superior a 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s, em 73,37% da área com declividade entre 5 e 30%, mas tendo
também áreas com alta declividade (24,27% acima de 30%). Inserida no Complexo Pinhal - suíte
granito migmatítica Pinhal, solo retrabalhado, areno-argiloso, com espessura do material
inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. Como fonte de
poluição tem-se um processo minerário de extração de argila o qual ocupa 41,29% da região.
Localiza-se parcialmente na área rural, tendo 5,79% na área urbana de São Sebastião da Grama.
De acordo com a legislação ambiental 10,55% da região está com ocupação restrita, possuindo
7 nascentes. Economicamente, a área é utilizada para extração de argila, agricultura e
pastagem. Por ser uma área montanhosa há uma dificuldade para o plantio mecânico,
entretanto o solo possui uma grande parcela de argila e baixa permeabilidade o que favorece a
fertilidade do solo. Quanto ao crescimento urbano esta área não faz parte do vetor de
crescimento espontâneo da cidade.

Unidade Geoambiental 08: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual superior a 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s, em 73,32% da área com declividade acima de 20. Inserida no
Complexo Pinhal - suíte granito migmatítica Pinhal, solo residual, areno-argiloso, com espessura
do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. Nestas
áreas não possuem fontes poluidoras, são localizadas em área rural. De acordo com a legislação
ambiental 59,56% da região está com ocupação restrita, com uma nascente. A maioria da área
está coberta por vegetação nativa, mas também há áreas com agricultura. Por ser uma área
140

montanhosa há uma dificuldade para o plantio mecânico, entretanto o solo possui uma grande
parcela de argila e baixa permeabilidade o que favorece a fertilidade do solo.

Unidade Geoambiental 09: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 150 e 300 l/s, em 60,99% da área com declividade de 5 a 20%. Está inserida no
Maciço Poços de Caldas, solo residual, arenoso, com espessura do material inconsolidado entre
1,0 e 1,5 m e permeabilidade entre 10-3 e 10-4 cm/seg-1. Como fonte de poluição tem-se um
processo minerário de extração de bauxita o qual ocupa 97,43% da região. De acordo com a
legislação ambiental 97,14% da região está com ocupação restrita, por estar localizada em uma
área de topo de morro. Economicamente, 50% da área estão ocupadas com agricultura e as
demais áreas estão cobertas por vegetação nativa e o processo para extração de bauxita está
arquivado. Por estar inserida em uma área de topo de morro recomenda-se a preservação
desta.

Unidade Geoambiental 10: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s e 60,51% da sua área com baixa declividade (0 a 20%), tendo também
áreas com média e alta declividade. São solos retrabalhados, em que 2,93% provindos de
aluviões recentes, areno-siltoso, espessura inferior a 1,0 m e permeabilidade entre 10-3 e 10-4
cm/seg-1, 71,90% no Complexo Pinhal - suíte granito migmatítico Pinhal, com solo areno-
argiloso, espessura entre 1 e 1,5 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1 e 25,17% no
Complexo Varginha. Existem diversos processos minerários na região sendo 27,88% de minério
de alumínio, 5,03% de argila e 0,10% de granito ornamental. Localiza-se parcialmente na área
rural, tendo 3,60% na área urbana de São Sebastião da Grama. De acordo com a legislação
ambiental 16,57% da região está com ocupação restrita, possuindo 8 nascentes.
Economicamente, a área é utilizada com atividade extrativa (principalmente com minério de
alumínio) e agricultura, com algumas áreas de preservação conservadas. Quanto ao crescimento
urbano esta área não faz parte do vetor de crescimento espontâneo da cidade.

Unidade Geoambiental 11: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual inferior a 1500 mm/ano, a disponibilidade
141

hídrica entre 300 e 450 l/s, com altas declividades e amplitudes. Inserida 9,36% no Maciço
Poços de Caldas com solo residual e 90,64% no Complexo Varginha com solo retrabalhado e
areno-argiloso, ambos com permeabilidade entre 10-3 e 10-4 cm/seg-1 e espessura do material
inconsolidado de 1,0 a 1,5%. Existem 2 tipos de processos minerários na região sendo 64,25%
de minério de alumínio e 14,77% de granito. De acordo com a legislação ambiental 19,38% da
região está com ocupação restrita, com 6 nascentes. Economicamente, a área está ocupada com
agricultura e as demais áreas estão cobertas por vegetação nativa, os processos minerários
ainda não estão em atividade. Atenta-se para o fato que as áreas restritas estão parcialmente
protegidas e a grande quantidade de areia existente, em altas declividades favorece os
processos erosivos.

Unidade Geoambiental 12: encontra-se em uma área com alto potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 150 e 300 l/s, com altas declividades e amplitude. Inserida no Complexo Pinhal –
suíte granito migmatítica Pinhal, solo retrabalhado, areno-argiloso, com espessura do material
inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. Nestas áreas não
possuem fontes poluidoras, são localizadas em área rural. De acordo com a legislação ambiental
12,19% da região está com ocupação restrita, com uma nascente. A maioria da área está
coberta por vegetação nativa, mas também há partes com agricultura, por ser uma região
montanhosa há uma dificuldade para o plantio mecânico, entretanto o solo possui uma grande
parcela de argila e baixa permeabilidade o que favorece a fertilidade do solo.

Unidade Geoambiental 13: encontra-se em uma área de médio a baixo potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual inferior a 1550 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s, 76,43% da área está situada em baixas declividades (0 a 20%). Está
inserida no Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica Pinhal, solo residual, areno-argiloso,
com espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade inferior a 10-4
cm/seg-1. Estas áreas não possuem fontes poluidoras, são localizadas em área rural. De acordo
com a legislação ambiental 16,07% da região está com ocupação restrita, com uma nascente. A
maioria da área está coberta por agricultura, mas também há áreas com vegetação nativa, por
142

ser uma área relativamente plana pode-se utilizar o plantio mecânico, pois o solo possui uma
grande parcela de argila e baixa permeabilidade o que favorece a fertilidade do solo.

Unidade Geoambiental 14: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s, área está situada em vale onde as declividades variam de 5 a 45%.
Inserida no Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, arenoso, com espessura do material
inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade superior a 10-3 cm/seg-1. De acordo com a
legislação ambiental 16,06% da região está com ocupação restrita, com 4 nascentes. Nota-se
também que 70% da área está coberta por agricultura, e as demais áreas com vegetação nativa,
entretanto nem todas as vertentes e nascentes estão protegidas. Tem-se também um processo
minerário de 13,86% da área ocupado por extração de água mineral, entretanto não há
nenhuma outorga de uso dos recursos hídricos de captação. O solo arenoso, em um vale com
em altas declividades favorece a erosividade do solo, principalmente nas áreas em que houve
desmatamento.

Unidade Geoambiental 15: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s, 94,12% das declividades estão na faixa de até 30% e sua amplitude
varia de 60 a 120 m. Inserida no Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítico de São José do
Rio Pardo, possui solo residual, areno-argiloso, com espessura do material inconsolidado entre
1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. De acordo com a legislação ambiental
17,16% da região está com ocupação restrita, com 7 nascentes e 1 captação superficial. A
ocupação da área é dada pela rodovia Deputado Eduardo Vicente Nasser, resquícios de
vegetação nativa, e agricultura. Nota-se que a área restrita foi desmatada e precisa ser
recomposta. Tem-se também um processo minerário de 13,86% da área ocupado por extração
de água mineral, entretanto não há nenhuma outorga de uso dos recursos hídricos de captação.
O solo areno-argiloso, as baixas declividades e a baixa permeabilidade favorecem a agricultura.

Unidade Geoambiental 16: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 150 e 450 l/s, alta declividade e amplitude. Inserida no Complexo Pinhal – suíte
143

granito charnoquítico de São José do Rio Pardo, possui solo retrabalhado, arenoso, com
espessura do material inconsolidado entre 1 e 1,5 m e permeabilidade superior a 10-3 cm/seg-1.
De acordo com a legislação ambiental 10,88% da região está com ocupação restrita, com 1
nascente e 1 captação superficial. A ocupação da área é dada por 1 posto de combustível que
faz parte da relação de áreas contaminadas da CETESB de 2010, pela rodovia SP – 350. Esta
poluição em solo arenoso mostra um grande risco de contaminação do lençol freático. A
ocupação urbana (6,39%) está dentro de vetor de crescimento espontâneo da cidade e as
demais áreas com agricultura e vegetação nativa. Nota-se que na área restrita, grande parte foi
desmatada e precisa ser recomposta. O solo arenoso, em altas declividades e a alta
permeabilidade desfavorecem a agricultura e possibilita o desencadeamento de processos
erosivos.

Unidade Geoambiental 17: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 300 l/s, com 95,41% de sua área na faixa inferior a 30% de declividade e
amplitude de 60 a 120 m. Inserida no Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, areno-
argiloso, com espessura do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade inferior a
10-4 cm/seg-1. Possui 2 processos minerários de minério de alumínio e granito ornamental,
ocupando 9,52% e 51,75% da área respectivamente. De acordo com a legislação ambiental
7,93% da região está com ocupação restrita, com 2 nascentes. A ocupação da área é dada por
agricultura e a vegetação nativa existente situa-se principalmente nas áreas de ocupação
restrita. O solo areno-argiloso, as baixas declividades e a baixa permeabilidade favorecem a
agricultura. Quanto aos processos minerários, a extração de granito está na fase de verificação
de disponibilidade de área para a atividade e o minério de alumínio tem autorização para
pesquisa.

Unidade Geoambiental 18: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 150 a 300 l/s, com 95,41% de sua área na faixa inferior a 30% de declividade e
amplitude de 120 a 200 m. Inserida no Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica Pinhal,
possui solo residual, arenoso, com espessura do material inconsolidado superior a 3,0 m e
144

permeabilidade entre 10-3 e 10-4 cm/seg-1. Encontra-se totalmente inserida na área rural, sem
fontes poluidoras. De acordo com a legislação ambiental 0,23% da região está com ocupação
restrita. A ocupação da área é dada por agricultura, sendo propícia para o local.

Unidade Geoambiental 19: encontra-se em uma área de médio a baixo potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual superior 1550 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s, com 99,95% de sua área na faixa inferior a 30% de declividade e
amplitude de 60 a 120 m. Inserida no Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, areno-
argiloso, com espessura do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade inferior a
10-4 cm/seg-1. Possui 1 processo minerário de minério de alumínio ocupando 53,60% da área. De
acordo com a legislação ambiental 15,66% da região está com ocupação restrita, com 2
nascentes. A ocupação da área é dada por agricultura e a vegetação nativa existente situa-se
principalmente nas áreas de ocupação restrita. O solo areno-argiloso, as baixas declividades e a
baixa permeabilidade favorecem a agricultura. Quanto ao processo minerário, a extração de
minério de alumínio tem autorização para pesquisa.

Unidade Geoambiental 20: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual superior 1550 mm/ano, a disponibilidade hídrica
entre 150 e 300 l/s, com 96,38% de sua área na faixa inferior a 30% de declividade e amplitude
de 120 a 200 m. Inserida no Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, arenoso, com
espessura do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade superior a 10-3 cm/seg-1.
Possui 1 processo minerário de água mineral ocupando 0,15% da área. De acordo com a
legislação ambiental 12,14% da região está com ocupação restrita, com 4 nascentes. A ocupação
da área é dada por pastagem, agricultura e a vegetação nativa esparsa. O solo arenoso e a alta
permeabilidade desfavorecem a agricultura. Quanto ao processo minerário, a extração de água
mineral não possui outorga para a captação.

Unidade Geoambiental 21: encontra-se em uma área de baixo a médio potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual inferior 1650mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 300 l/s, com altas declividades e amplitudes. Inserida no Complexo Pinhal–
suíte granito charnoquítico de São José do Rio Pardo, possui solo residual, arenoso, com
espessura do material inconsolidado entre a 1,5 e 3m e permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/s-1.
145

Possui 1 processo minerário de água mineral ocupando 6,87% da área. De acordo com a
legislação ambiental 24,89% da região está com ocupação restrita, com 10 nascentes e 1
captação superficial. A área está parcialmente inserida na área urbana (0,63%) dentro do vetor
de crescimento espontâneo da cidade, os 99,37% da área inserida na área rural tem como
atividades a pastagem, agricultura e possui vegetação nativa. Além disso, a SP-211 passa por
esta zona. O solo arenoso e a alta permeabilidade desfavorecem a agricultura. Quanto ao
processo minerário, a extração de água mineral não possui outorga para a captação e nas áreas
restritivas ainda faltam vegetações nativas.

Unidade Geoambiental 22: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 150 e 450 l/s, com altas declividades e amplitudes. Inserida no Complexo Pinhal –
suíte granito charnoquítico de São José do Rio Pardo, possui solo residual, arenoso, com
espessura do material inconsolidado entre a 1,5 e 3,0 m e permeabilidade entre 10-4 e 10-3
cm/seg-1. Possui 1 processo minerário de água mineral ocupando 11,68% da área. De acordo
com a legislação ambiental 9,69% da região está com ocupação restrita, com 14 nascentes e 1
captação superficial. A área está inserida na área rural e tem como atividades a pastagem,
agricultura e possui vegetação nativa. O solo arenoso, as altas declividades e a alta
permeabilidade desfavorecem a agricultura e propiciam a formação de processos erosivos. A
vegetação nativa encontra-se espalhada na zona, mas com baixa densidade, o grande número
de nascentes e a alta densidade de drenagem e o tipo de solo arenoso torna esta área
prioritária para recomposição vegetal.

Unidade Geoambiental 23: encontra-se em uma área de baixo potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 75 e 300 l/s, 93,85% de declividade na faixa de 0 a 30% e amplitudes altas. Inserida
no Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítico de São José do Rio Pardo, possui solo residual,
arenoso, com espessura do material inconsolidado entre a 1,5 e 3,0 m e permeabilidade entre
10-4 e 10-3 cm/seg-1. De acordo com a legislação ambiental 16,02% da região está com ocupação
restrita, com 25 nascentes e 1 lançamento. A área está inserida na área rural e tem como
atividades: a pastagem e agricultura. A vegetação nativa está presente na maioria dos córregos
146

da região, mesmo assim ainda há trechos em que precisa ser feita a recomposição florestal, por
ser uma área muito drenada e repleta de nascentes, em uma região com solo arenoso, para
prevenção de processos erosivos. As condições do meio físico favorecem a agricultura.

Unidade Geoambiental 24: encontra-se em uma área de baixo a médio potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 150 e 300 l/s, 91,84% de declividade na faixa de 0 a 20% e amplitudes de 60 a 120
m. Inserida no Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítico de São José do Rio Pardo, possui
solo residual, arenoso, com espessura do material inconsolidado entre a 1,5 e 3,0 m e
permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1. Existem 2 processos minerários na região: areia
ocupando 0,42% e argila refratária com 8,52% da área. Os 61,63% da região encontram-se na
área urbana de São José do Rio Pardo, dentro do vetor de crescimento espontâneo da cidade, o
crescimento nesta área é dirigido para loteamentos sociais e indústria. Os demais 38,07% da
região estão inseridos na área rural e tem como atividades: a mineração e a agricultura. De
acordo com a legislação ambiental 7,40% da região está com ocupação restrita, com 5
nascentes e 1 captação superficial. As condições do meio físico favorecem a agricultura
mecanizada, sendo que o plantio de cana-de-açúcar sobressai na região. Entretanto, as
vertentes e nascentes nestes locais foram devastadas para o plantio da cana-de-açúcar e com o
tipo de solo arenoso há uma tendência ao assoreamento destes.

Unidade Geoambiental 25: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 75 l/s, com altas declividades e amplitudes. Inserida no Complexo Pinhal –
suíte granito migmatítica Pinhal, possui solo retrabalhado, areno-argiloso, com espessura do
material inconsolidado entre a 1,0 e 1,5 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. Existe 1
processo minerário de água mineral ocupando 2,66% da região. Está inserida na área rural e
tem como atividades: a mineração e a agricultura. De acordo com a legislação ambiental 11,43%
da região está com ocupação restrita, com 8 nascentes. Cabe ressaltar que 60% desta área
possui uma densa vegetação nativa, estando as vertentes e nascentes protegidas, mesmo assim
parte do topo de morro existente foi devastado. A baixa permeabilidade e a fração de argila
147

existente no solo propiciam a atividade da agricultura, entretanto o relevo montanhoso


favorece o plantio de culturas que não exijam mecanização.

Unidade Geoambiental 26: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 75 e 150 l/s, com 96,25% das declividades na faixa de 0 a 30% e amplitudes de 60 a
120 m. Inserida no Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, areno-argiloso, com espessura
do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. Existe 1
processo minerário de areia ocupando 3,33% da região. Está inserida na área rural e tem como
atividade a agricultura, quanto à mineração, em fevereiro de 2012 foi dada a concessão de
pesquisa pelo DNPM. De acordo com a legislação ambiental 10,76% da região está com
ocupação restrita, com 3 nascentes e 1 topo de morro. Cabe ressaltar que o topo de morro
encontra-se preservado, entretanto uma das vertentes já foi devastada. A baixa permeabilidade
e a fração de argila existente no solo propiciam a atividade da agricultura nas áreas planas da
região.

Unidade Geoambiental 27: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s, com altas declividades e amplitudes de 200 a 320 m. Inserida no
Complexo Varginha, possui solo residual, arenoso, com espessura do material inconsolidado
entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade superior a 10-3 cm/seg-1. A área urbana contempla 8,08%
desta área, englobando o distrito de São Roque da Fartura, tendo como fontes poluidoras 2
postos de combustíveis e 1 cemitério. Os demais 91,92% estão inseridos na área rural e tem
como atividades a mineração e a agricultura. Existem variados processos minerários: de bauxita
ocupando 3,33% da região, minério de alumínio com 4,43%, charnoquito com 62,83%, granito
com 1,60% e granito ornamental com 5,78%. De acordo com a legislação ambiental 15,85% da
região está com ocupação restrita, com 29 nascentes. Cabe ressaltar que os morros existentes
encontram-se preservados, existem grandes áreas ocupadas por uma densa vegetação nativa,
entretanto as vertentes próximas à área urbana encontram-se devastadas. A alta
permeabilidade, as altas declividades e o tipo de solo arenoso mostram um cenário propício ao
148

desenvolvimento de processos erosivos e, com as atividades de mineração, apenas pioram este


cenário.

Unidade Geoambiental 28: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual superior a 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 300 l/s, com 72,46% de declividades na faixa de 0 a 20% e amplitudes até 40
m. Inserida no Complexo Varginha, possui solo residual, argilo-arenoso, com espessura do
material inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. De acordo
com a legislação ambiental 52,54% da região está com ocupação restrita, com 4 nascentes. A
atividade econômica da região é a agricultura, existem remanescentes de vegetação nativa, mas
boa parte da área de ocupação restrita está devastada. As características do meio físico
propiciam a atividade de agricultura.

Unidade Geoambiental 29: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 150 e 450 l/s, com altas declividades e amplitudes. Inserida no Complexo Varginha,
possui solo retrabalhado, arenoso, com espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e
permeabilidade superior a 10-3 cm/seg-1. De acordo com a legislação ambiental 10,12% da
região está com ocupação restrita. Encontra-se totalmente inserida na área rural, com um
processo minerário de argila verificando a disponibilidade de área, o qual ocupa 32,20% desta
zona, o mesmo processo também abrange a zona 43 com característica argilosa. A atividade
econômica da região é a agricultura, com áreas de pastagem e vegetação nativa remanescente.
A área de ocupação restrita está praticamente preservada, com alguns resquícios de
devastação. As características do meio físico propiciam processos erosivos.

Unidade Geoambiental 30: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1600 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s, com 96,62% de declividades na faixa de 0 a 30% e amplitudes entre
60 e 120 m. Inserida no Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, areno-argiloso, com
espessura do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1.
De acordo com a legislação ambiental 12,26% da região está com ocupação restrita. Ao norte
desta zona tem-se uma porção na mancha urbana de São Sebastião da Grama, onde é o vetor
149

de crescimento espontâneo da cidade. O restante da área está inserida na área rural, com
processos minerários de areia (0,84% da área), minério de alumínio (11,86%), água mineral
(0,02%) ao sul e argila (1,75%) a leste. Além da mineração ainda há atividades de agricultura
predominando o plantio de cana-de-açúcar. A vegetação nativa remanescente encontra-se por
toda a zona, com áreas restritas à ocupação invadidas pela agricultura. As características do
meio físico são propícios ao uso de agricultura, podendo ser mecanizada em vários trechos.

Unidade Geoambiental 31: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, a disponibilidade
hídrica entre 75 e 300 l/s, com 86,64% de declividades na faixa de 0 a 20% e amplitudes até 40
m. Inserida no Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica Pinhal, possui solo retrabalhado,
arenoso, com espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade superior
a 10-3 cm/seg-1. De acordo com a legislação ambiental 8,60% da região está com ocupação
restrita. Ao norte desta zona tem-se uma porção na mancha urbana de São José do Rio Pardo
(51,49%), onde é o vetor de crescimento espontâneo da cidade. O restante da área está inserida
na área rural, com processos minerários de areia (5,56% da área) e argila refratária (0,58%) a
leste ainda fora de atividade. Predomina na região a agricultura com o plantio de cana-de-
açúcar. A vegetação nativa encontra-se bastante devastada. Com o tipo de solo arenoso, o alto
potencial de escoamento, a baixa declividade e a alta devastação da vegetação os córregos da
região tendem a assorearem.

Unidade Geoambiental 32: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, sendo a precipitação média anual entre 1550 e 1650 mm/ano, a disponibilidade
hídrica superior a 75 l/s, com 65,93% de declividades na faixa de 0 a 20% e amplitudes até 40 m.
Inserida no Complexo Varginha, possui solo residual, argilo-arenoso, com espessura do material
inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. De acordo com a
legislação ambiental 11,94% da região está com ocupação restrita. Inserida na área rural, esta
área possui 1 processo minerário de água mineral (3,56% da área), é cortada pela rodovia SP –
207 e o que predomina na região é a agricultura prevalecendo o plantio de cana-de-açúcar. A
vegetação nativa encontra-se bastante devastada, mas existem alguns remanescentes de
150

vegetação nativa. Este tipo de solo apresenta-se com boa fertilidade e a baixa declividade
propicia o plantio mecanizado.

Unidade Geoambiental 33: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, prevalecendo precipitações entre 1550 e 1650 mm/ano, com o predomínio de
disponibilidade hídrica entre 150 e 450 l/s, com 90,44% de declividades na faixa de 0 a 30% e
amplitudes entre 60 e 120 m. Inserida no Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, areno-
argiloso, com espessura do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade inferior a
10-4 cm/seg-1. Praticamente toda a área urbana de São Sebastião da Grama está inserida nesta
zona, sendo que o vetor espontâneo de crescimento está no sentido de leste para oeste,
contendo como fontes poluidoras 2 postos de combustíveis. Na área rural (81,88%), existem 2
processos minerários de bauxita e minério de alumínio, ocupando 8,61% e 6,84%
respectivamente. Outra atividade na área rural é a agricultura com o predomínio de culturas de
café e cana-de-açúcar, existem também áreas de pastagens na região. Além disto, é cortada
pela SP - 344. De acordo com a legislação ambiental 11,08% da região está com ocupação
restrita. A vegetação nativa encontra-se bastante devastada, mas existem alguns
remanescentes de vegetação nativa. Este tipo de solo apresenta-se com boa fertilidade e a
baixa declividade propicia o plantio mecanizado.

Unidade Geoambiental 34: encontra-se em uma área de baixo potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1650 mm/ano, 66,95% de sua
área com disponibilidade hídrica entre 150 a 300 l/s e 24,13% com declividade na faixa de 0 a
5% e 57,17% com declividade de 5 a 20%. É formada por aluviões recentes, com solo
retrabalhado, areno-siltoso, com espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e
permeabilidade entre 10-4 e 10-3 cm/seg-1. Estas áreas são cortadas pelas principais rodovias da
região: SP – 207, SP – 344 e SP – 215, por estarem na área mais plana da bacia. Possuem
processos minerários de areia (18,68% da zona), minérios de alumínio (3,85%), charnoquito
(1,33%), argila refratária (8,74%), água mineral (0,09%) e granito ornamental (11,43%). Não há
nascentes e existem 3 captações superficiais. Estes locais estão ocupados por agricultura e
vegetação nativa, mas são áreas 100% restritas à ocupação, pois são áreas propícias a
alagamentos.
151

Unidade Geoambiental 35: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, 59,18% de sua
área com disponibilidade hídrica entre 75 a 150 l/s e 75,98% com declividade inferior 30%.
Formado por Enclaves Aluminosos, com solo retrabalhado, areno-argiloso, com espessura do
material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1. Não existem
fontes poluidoras nestas áreas. Inserida na área rural, esta região é cortada pela rodovia SP –
207, ocupada por áreas de agricultura e pastagem. De acordo com a legislação ambiental
19,37% da região está com ocupação restrita, por ser uma área densamente drenada,
entretanto há apenas alguns resquícios de vegetação nativa. Por ser uma área de vale, solo
areno-argiloso e pouca vegetação há uma maior preocupação com os processos erosivos.
Devido à grande porcentagem de argila este solo mostra-se adequado para a agricultura,
entretanto recomenda-se o plantio nas áreas mais planas.

Unidade Geoambiental 36: encontra-se em uma área de baixo a médio potencial


de escoamento, com uma precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, 59,18% de sua
área com disponibilidade hídrica entre 150 a 300 l/s e 94,08% com declividade inferior a 30% e
amplitude entre 60 e 120 m. Inserido no Complexo Varginha, com solo residual, areno-argiloso,
com espessura do material inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-
1
. Existem processos minerários de Bauxita (27,12% da área) e minério de alumínio (0,35%).
Inserida na área rural, esta área é cortada pela rodovia SP – 207, ocupada por áreas de
agricultura e pastagem. De acordo com a legislação ambiental 13,64% da região está com
ocupação restrita, contendo 11 nascentes e várias lagoas naturais e artificiais. Entretanto há
apenas alguns resquícios de vegetação nativa. Por ser uma área com baixa declividade, baixo
potencial de escoamento, baixa declividade e solo com uma grande parcela de argila, há uma
tendência a alagamentos. A área está ocupada por agricultura com resquícios de vegetação
nativa nos corpos d’água e algumas áreas de remanescentes florestais. O tipo de solo é
favorável à agricultura.

Unidade Geoambiental 37: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 300 a 450 l/s e 92,90% com declividade inferior a 30% e amplitude
152

entre 60 e 120 m. Inserido no Complexo Varginha, com solo residual, arenoso, com espessura
do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1. Existem
processos minerários de Bauxita (81,37% da área) e sienito (18,63%). Inserida na área rural,
ocupada por áreas de agricultura. De acordo com a legislação ambiental 15,27% da região está
com ocupação restrita, contendo 1 nascente. Ao verificar a ocupação da área nota-se que 50%
desta é ocupada por vegetação nativa, com florestas densas, os outros 50% são ocupados pela
agricultura na área mais plana desta zona. Esta utilização é favorável, pois a vegetação nas áreas
mais altas ajudam a reter o solo, evitando erosões e desmoronamentos.

Unidade Geoambiental 38: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, com uma precipitação média anual entre 1550 e 1650 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 150 a 450 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no
Complexo Varginha, com solo residual, arenoso, com espessura do material inconsolidado entre
1,0 e 1,5 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1. Existem processos minerários de Bauxita
(34,35% da área) em fase de autorização de pesquisa e sienito (5,27%) e minério de alumínio
(49,83%) estão em fase de requerimento de lavra. Está inserida na área rural, ocupada por áreas
de agricultura e remanescentes florestais, cortada pela SP – 215, com 0,09% de sua área na
zona urbana do distrito de São Roque da Fartura, em Águas da Prata. De acordo com a
legislação ambiental 13,12% da região está com ocupação restrita, contendo 9 nascentes e 1
topo de morro. As altas declividades combinadas com solo arenoso formam uma tendência para
processos erosivos. Existem na área diversos pontos de remanescentes florestais, mas sua
localização não prioriza na beira dos córregos, nascentes e topos de morros. Quanto à
fertilidade dos solos para a agricultura, os solos arenosos não são favoráveis devido à alta
permeabilidade e grandes espaços de vazios.

Unidade Geoambiental 39: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual inferior a 1550 mm/ano, com disponibilidade
hídrica entre 300 a 450 l/s e com 67,38% da área com declividade superior a 30% e amplitudes
entre 120 e 200 m. Inserido no Complexo Varginha, com solo retrabalhado, arenoso, com
espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1.
Existem processos minerários de minério de alumínio (94,9% da área) em fase de autorização de
153

pesquisa e 5,10% de charnoquito em fase de requerimento de pesquisa. Está inserida na área


rural, ocupada por áreas de agricultura e baixa quantidade de remanescentes florestais. De
acordo com a legislação ambiental 14,90% da região está com ocupação restrita, contendo 2
nascentes e 1 topo de morro. As altas declividades combinadas com solo arenoso formam uma
tendência para processos erosivos. Quanto à fertilidade dos solos para a agricultura, os solos
arenosos não são favoráveis devido à alta permeabilidade e grandes espaços de vazios.

Unidade Geoambiental 40: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1600 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 300 a 450 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no
Complexo Varginha, com solo retrabalhado, arenoso, com espessura do material inconsolidado
inferior a 1,5 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1. Como fontes poluidoras há um aterro
sanitário, localizado em solo arenoso. Existem processos minerários de bauxita (8,23% da área)
ao sul e 1,22% de água mineral ao norte, ambas em fase de autorização de pesquisa. Inserida na
área rural, é cortada pela SP – 344 e ocupada por áreas de agricultura e grande quantidade de
remanescentes florestais. De acordo com a legislação ambiental 31,70% da região está com
ocupação restrita, contendo 18 nascentes e 1 topo de morro. As altas declividades combinadas
com solo arenoso formam uma tendência para processos erosivos. Quanto à fertilidade dos
solos para a agricultura, os solos arenosos não são favoráveis devido à alta permeabilidade e
grandes espaços de vazios. Quanto ao aterro sanitário o uso é inapropriado, pois em solo
arenoso caso não tenha feita uma boa impermeabilização na construção do aterro pode ser um
gerador potencial de contaminação das águas subterrâneas. As figuras a seguir mostram as
condições do aterro.
154

Figura 66: Aterro sanitário da zona geoambiental 40 - vista 1

Figura 67: Aterro sanitário da zona geoambiental 40 - vista 2


155

Unidade Geoambiental 41: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 300 a 450 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no
Complexo Varginha, com solo retrabalhado, arenoso, com espessura do material inconsolidado
inferior a 1,0 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1. Existe 1 processo minerário de minério
de alumínio (15,71% da área) em fase de autorização de pesquisa. Na área ao norte há um topo
de morro e nascentes preservadas e uma área densa de floresta, já nas demais áreas há apenas
alguns remanescente florestais e uma maior ocupação da agricultura. De acordo com a
legislação ambiental 19,04% da região está com ocupação restrita, contendo 12 nascentes,
sendo que 6 delas estão protegidas por vegetação nativa e 3 topos de morros protegidos. As
altas declividades combinadas com solo arenoso formam uma tendência para processos
erosivos, quanto à fertilidade dos solos para a agricultura, os solos arenosos não são favoráveis
devido à alta permeabilidade e grandes espaços de vazios.

Unidade Geoambiental 42: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, com uma precipitação média superior a 1650 mm/ano, com disponibilidade
hídrica entre 150 a 300 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no Complexo
Varginha, sua área ao norte possui solo retrabalhado, arenoso, com espessura do material
inconsolidado inferior a 1,0 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1, já na área ao sul possui
solo residual, areno-argiloso, com espessura do material inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e
permeabilidade inferior a 10-4 cm/seg-1. Existem processos minerários de minério de alumínio
(5,17% da área) em fase de autorização de pesquisa, bauxita (26,36%) e água mineral (0,18%)
todos localizados na área ao sul e em fase de requerimento de lavra. Na área ao norte há um
topo de morro e nascentes já devastados, com apenas alguns remanescentes de vegetação,
2,45% desta está inserida na mancha urbana de São Sebastião da Grama, entretanto esta zona
não faz parte do vetor de crescimento da cidade. Na área ao sul, há um topo de morro
devastado, as nascentes e córregos com apenas resquícios de vegetação nativa, pois a área está
tomada por atividade de agricultura. De acordo com a legislação ambiental 29,57% da região
está com ocupação restrita, contendo 26 nascentes e 2 topos de morros. As altas declividades
combinadas com solo arenoso, na área ao norte, formam uma tendência para processos
156

erosivos. A área ao sul é mais propícia ao uso de agricultura, mesmo que em relevo
montanhoso.

Unidade Geoambiental 43: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 150 e 300 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no
Complexo Varginha, possui solo retrabalhado, argiloso, com espessura do material
inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1. Existem processos
minerários de minério de alumínio ao sul (24,73% da área) em fase de autorização de pesquisa e
de argila (23,20%) em fase de disponibilidade de área. A área ao norte é ocupada por vegetação
nativa nas áreas mais altas e agricultura nas áreas mais baixas, as nascentes e corpos d’água
estão preservados. Na área ao sul existem apenas alguns remanescentes de vegetação no
entorno dos corpos d’água e o restante é ocupado com agricultura. De acordo com a legislação
ambiental 14,56% da região está com ocupação restrita, contendo 13 nascentes. O solo argiloso
tende a ser um solo mais fértil e adequado à agricultura.

Unidade Geoambiental 44: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual superior a 1650 mm/ano, com disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no Complexo
Varginha, com solo retrabalhado, arenoso, com espessura do material inconsolidado inferior a
1,0 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1. Não existem fontes de poluição no local. A área
é ocupada por vegetação nativa do tipo florestas e algumas devastações, utilizado atualmente
como campo limpo. De acordo com a legislação ambiental 53,08% da região está com ocupação
restrita, contendo 1 nascente. O solo arenoso e altas declividades favorecem processos erosivos
e desmoronamentos, entretanto a grande área de vegetação nativa na área ameniza este
cenário.

Unidade Geoambiental 45: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual superior a 1650 mm/ano, com disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no Complexo
Varginha, com solo retrabalhado, arenoso, com espessura do material inconsolidado inferior a
1,0 m e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1. Não existem fontes de poluição no local. A área
157

é ocupada pela agricultura, predominando a cana-de-açúcar e remanescentes de vegetação. De


acordo com a legislação ambiental 31,26% da região está com ocupação restrita, contendo 8
nascentes. O solo arenoso e altas declividades favorecem processos erosivos e
desmoronamentos, o cultivo da cana não é o mais recomendado para esta área, devido às altas
declividades e o solo arenoso.

Unidade Geoambiental 46: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 300 e 450 l/s e com 89,81% de declividade na faixa de 0 a 30%.
Inserido no Complexo Varginha nas classes Avgf com granitos profiróides e granulitos félsicos ao
sul (50,98% da área), com solo residual, com espessura do material inconsolidado inferior a 1,0
m e PMGo com predomínio de migmatitos e granitos ocelares ao norte (49,02%), com solo
retrabalhado e com espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m, ambos com textura
arenosa e permeabilidade superior 10-3 cm/seg-1.Existe 1 processo minerário do DNPM de
minério de alumínio em fase de autorização de pesquisa o qual ocupa 1,18% desta zona ao sul.
A área é ocupada pela agricultura, predominando a cana-de-açúcar nas áreas ao sul e ao norte
remanescentes de vegetação nativa e áreas de pastagem. De acordo com a legislação ambiental
15,08% da região está com ocupação restrita, contendo 1 nascente. Nestas áreas os corpos
d’água estão devastados e por se localizarem em uma região de vale com solo arenoso podem
acarretar processos erosivos e assoreamento.

Unidade Geoambiental 47: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1650 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 150 e 450 l/s e com 95,23% de declividade na faixa de 0 a 30% e
amplitudes de 60 a 120 m. Inserido no Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São
José do Rio Pardo, com solo residual, com características de 75,25% de textura areno-argiloso e
espessura do material inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m na área a oeste e 24,75% de textura
argilo-arenoso e espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m na área a leste. Ambos
com permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1. Não existem fontes de poluição nesta zona. A área é
ocupada por agricultura, remanescentes de vegetação nativa e campo limpo. De acordo com a
legislação ambiental 28,28% da região está com ocupação restrita, contendo 1 nascente a qual
158

encontra-se protegida por vegetação nativa. A grande quantidade de argila encontrada neste
solo aponta para um solo mais fértil, aliado a declividades mais amenas torna-se uma área
propícia à agricultura.

Unidade Geoambiental 48: encontra-se em uma área de baixo potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 150 e 450 l/s e com 75,00% de declividade na faixa de 0 a 20% e
amplitudes até 40 m. Inserido no Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São José do
Rio Pardo, com solo residual, textura areno-argilosa, espessura do material inconsolidado entre
1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1. Existem processos minerários de água
mineral (um em fase de autorização de pesquisa e outro na fase de concessão de lavra) e areia
(em fase de concessão de lavra), ocupando 12,07% e 0,02% respectivamente. A área rural
(99,71%) é ocupada por agricultura, pastagem e campo sujo, além de ser cortada pela SP – 207
rodovia que liga São José do Rio Pardo a São Sebastião da Grama. Os demais 0,29% estão
inclusos na área urbana, dentro do vetor de crescimento da cidade. De acordo com a legislação
ambiental 10,99% da região está com ocupação restrita, contendo 1 captação superficial. A
grande quantidade de argila encontrada neste solo aponta para um solo mais fértil, aliado a
declividades mais amenas torna-se uma área propícia à agricultura.

Unidade Geoambiental 49: encontra-se em uma área de baixo a médio potencial


de escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 300 e 450 l/s e com 90,17% de declividade na faixa de 0 a 30% e
amplitudes entre 60 e 120 m. Inserido no Complexo Pinhal – suíte granito charnoquítica de São
José do Rio Pardo, com solo residual, textura argilo-arenosa, espessura do material
inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1. Existe 1 processo
minerário de água mineral (em fase concessão de lavra), ocupando 19,70% desta zona. A área
rural é ocupada por agricultura e campo sujo. De acordo com a legislação ambiental 4,78% da
região está com ocupação restrita, contendo 1 nascente. A grande quantidade de argila
encontrada neste solo aponta para um solo mais fértil, aliado a declividades mais amenas torna-
se uma área propícia à agricultura.
159

Unidade Geoambiental 50: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 150 e 450 l/s e com 53,16% de declividade na faixa de 0 a 30% e
amplitudes entre 60 e 120 m. Inserido no Complexo Varginha, com solo residual, textura areno-
argilosa, espessura do material inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior 10-4
cm/seg-1. Existem processos minerários de bauxita (em fase autorização de pesquisa) ocupando
87,94% desta zona, minério de alumínio (em fase autorização de pesquisa com 5,40% da área) e
granito ornamental (6,95%), em fase de disponibilidade de área. A área rural é ocupada por
agricultura e alguns fragmentos de mata ciliar e remanescentes florestais. De acordo com a
legislação ambiental 16,59% da região está com ocupação restrita, contendo 2 nascentes. A
baixa permeabilidade, aliado à textura areno-argilosa neste solo aponta para um solo mais fértil.

Unidade Geoambiental 51: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, predomina precipitação média anual entre 1550 e 1600 mm/ano e disponibilidade
hídrica entre 300 e 450 l/s e com 61,18% de declividade na faixa de 0 a 20% e amplitudes de até
40 m. Inserido no Complexo Varginha, com solo residual, textura argilo-arenosa, espessura do
material inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1. Existem
processos minerários de charnoquito (em fase concessão de lavra) ocupando 5,87% desta zona,
minério de alumínio (em fase autorização de pesquisa com 12,08% da área) e granito
ornamental (19,90%), em fase de disponibilidade de área, sendo todos os processos localizados
ao sul. Parte desta zona está localizada no meio urbano (2,11%) de São Sebastião da Grama,
entretanto não se localiza no vetor de crescimento espontâneo da cidade, por ser uma área
cortada pela rodovia SP-344, que liga São Sebastião da Grama a Divinolândia, há um certo
crescimento no entorno da rodovia. As demais áreas estão localizadas no meio rural, a qual tem
como atividades a agricultura, com o predomínio de cana-de-açúcar, alguns fragmentos de mata
ciliar e remanescentes florestais nas áreas mais íngremes. De acordo com a legislação ambiental
13,48% da região está com ocupação restrita, contendo 9 nascentes. Este solo mostra-se
apropriado para agricultura.

Unidade Geoambiental 52: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1600 e 1650 mm/ano, com predomínio
160

de disponibilidade hídrica entre 150 e 300 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no
Complexo Varginha sua área possui com solo residual, argilo-arenoso, com espessura do
material inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1. Existem 2
processos minerários de minério de alumínio (84,77% da área) em fase de autorização de
pesquisa. Nota-se que 40% desta área é coberta por vegetação nativa, com florestas densas,
entretanto, há nesta área topos de morro e nascentes com sinais de devastação. Nas áreas mais
planas, tem-se atividades agropastoris. De acordo com a legislação ambiental 29,49% da região
está com ocupação restrita, contendo 30 nascentes e 3 topos de morros.Devido a alta
densidade de drenagem e altas declividades, recomenda-se uma maior preservação desta área,
recuperando a vegetação das áreas restritas à ocupação, nas demais áreas o solo é propício à
agricultura.

Unidade Geoambiental 53: encontra-se em uma área de alto potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1550 e 1650 mm/ano, com predomínio
de disponibilidade hídrica superior a 450 l/s e com altas declividades e amplitudes. Inserido no
Complexo Varginha sua área possui solo residual, areno-argiloso, com espessura do material
inconsolidado entre 1,5 e 3,0 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1 Existem processos
minerários de charnoquito (em fase de concessão de lavra) ocupando 6,19% desta zona,
minério de alumínio (em fase de autorização de pesquisa e requerimento de lavra com 32,55%
da área), granito ornamental (7,42%) em fase de disponibilidade de área e bauxita (4,33%) em
fase de autorização de pesquisa. De acordo com a legislação ambiental 20,00% da região está
com ocupação restrita, contendo 17 nascentes e 1 topo de morro.Quanto à ocupação há
grandes áreas com remanescentes florestais, mas no topo de morro verificam-se sinais de
devastação, assim como as nascentes das áreas mais baixas onde foi ocupada com agricultura,
campo sujo e campo limpo. Devido à alta densidade de drenagem e altas declividades,
recomenda-se uma maior preservação desta área, recuperando a vegetação das áreas restritas
à ocupação. Nas demais áreas o solo é propício à agricultura.

Unidade Geoambiental 54: encontra-se em uma área de médio a alto potencial


de escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, com
predomínio de disponibilidade hídrica entre 150 e 300 l/s e com altas declividades e amplitudes.
161

Inserido no Arenito de Mirante sua área possui solo residual, areno-argiloso, com espessura do
material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade inferior 10-4 cm/seg-1 Existem
processos minerários de minério de alumínio (com 1,51% da área) e bauxita (42,21%) ambos em
fase de requerimento de lavra. De acordo com a legislação ambiental 94,97% da região está
com ocupação restrita, pois se situam em uma área de topo de morro. Quanto à ocupação é
coberta por agricultura, sendo inapropriado este uso.

Unidade Geoambiental 55: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1600 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 150 e 300 l/s e com 82,13% de declividade na faixa de 0 a 30% e
amplitudes entre 60 e 120 m. Inserido no Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal,
com solo residual, textura arenosa, espessura do material inconsolidado superior a 3,0 m e
permeabilidade inferior entre 10-3 e 10-4 cm/seg-1. A área rural é ocupada por agricultura e mata
ciliar, em que 70% de sua áreas está preservada. De acordo com a legislação ambiental 10,14%
da região está com ocupação restrita, contendo 1 nascente. O solo arenoso não é indicado para
o tipo de cultivo na agricultura da região, aumentando os custos para correção do solo.

Unidade Geoambiental 56: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual entre 1500 e 1550 mm/ano, com
disponibilidade hídrica entre 150 e 300 l/s e com 94,96% de declividade na faixa de 0 a 20% e
amplitudes entre 60 e 120 m. Inserido no Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal,
com solo residual, textura arenosa, espessura do material inconsolidado superior a 3,0 m e
permeabilidade entre 10-3 e 10-4 cm/seg-1. A área rural é ocupada por pastagem, a mata ciliar
encontra-se totalmente devastada e os rios apresentam sinais de assoreamento. De acordo com
a legislação ambiental 19,93% da região está com ocupação restrita, contendo 2 nascentes.

Unidade Geoambiental 57: encontra-se em uma área de médio potencial de


escoamento, com uma precipitação média anual superior a 1650 mm/ano, com disponibilidade
hídrica superior a 450 l/s e com 90,39% de declividade na faixa de 0 a 30% e amplitudes entre
60 e 120 m. Inserido no Complexo Pinhal – suíte granito migmatítica pinhal, com solo residual,
textura areno-argilosa, espessura do material inconsolidado entre 1,0 e 1,5 m e permeabilidade
inferior a 10-4 cm/seg-1. Existe 1 processo de minério de alumínio em fase de autorização de
162

pesquisa no DNPM, ocupando 11,88% desta zona. A área rural é ocupada por cana-de-açúcar e
mata ciliar. De acordo com a legislação ambiental 10,36% da região está com ocupação restrita,
contendo 2 nascentes. O cultivo de cana-de-açúcar é apropriado na região.

5.15. CENÁRIOS DA OCUPAÇÃO ESPONTÂNEA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO


FARTURA

Após o mapeamento do uso e cobertura do solo no período de 1987, 2000 e 2011


(volume II, itens 14, 15 e 16 respectivamente) foram quantificadas as áreas de cada classe na
Bacia Hidrográfica do Rio Fartura podendo-se perceber a ocupação espontânea na região neste
período (Quadro 34).

Quadro 34: Uso e Cobertura do Solo em 1987, 2000 e 2011 na bacia hidrográfica do rio Fartura (m²)

Tipo 1.987 2.000 2.011


Estradas 435.750,69 493.569,64 495.358,74
Ocupação Urbana 2.956.921,82 3.968.159,11 5.675.944,58
Agricultura 47.680.335,43 34.546.009,36 58.016.256,07
Solo Exposto - plantio 44.076.663,72 23.380.598,18 22.225.221,51
Floresta 16.717.995,01 33.853.360,36 21.538.971,69
Campo sujo 15.324.803,97 32.424.031,32 32.952.914,48
Campo limpo 98.822.282,36 98.501.085,76 86.395.650,74
Água 1.503.759,61 367.775,49 245.041,45

A Figura 68 mostra de maneira clara o processo de ocupação na bacia em 1987,


2000 e 2011. Pode-se notar que a evolução da ocupação urbana no período é levemente
crescente, pois se tratam de cidades de pequeno porte e com características e potencialidades
agrícolas. A agricultura teve decréscimo no período de 1987 a 2000, entretanto com a vinda da
cana-de-açúcar os cultivos foram mais extensivos e a agricultura voltou a tomar grandes
proporções em 2011, isto também se reflete nas áreas de florestas que tiveram um decréscimo
em 2011.
163

120.000

100.000

80.000
Área (m²)

60.000
1.987
40.000
2.000
20.000 2.011
0

Figura 68: Evolução dos usos na bacia hidrográfica do rio Fartura

O Quadro 35 mostra as taxas de crescimento e decaimento de cada tipo de uso e


cobertura do solo no tempo. Cabe destacar que no período de 1987 a 2011 houve um aumento
de 2,12% da quantidade de florestas na região, mesmo com a queda de 5,41% que ocorreu no
período de 2000 a 2011. A maior dinâmica no período de 1987 a 2011 foi a queda no campo
limpo (-5,41%) e solo exposto (-9,61%) que possivelmente foram transformados em campo sujo
(7,75%) com o plantio de vegetação nativa e agricultura (4,54%), mostrando a recuperação
florestal no período e o aumento da produtividade agrícola, além do aumento gradativo da
ocupação urbana (1,19%).

Quadro 35: Modificação do Uso e Cobertura do Solo no tempo

Tipo 1987 a 2000 2000 a 2011 1987 a 2011


Estradas 0,03% 0,00% 0,03%
Ocupação Urbana 0,44% 0,75% 1,19%
Agricultura -5,77% 10,31% 4,54%
Solo Exposto - plantio -9,10% -0,51% -9,61%
Floresta 7,53% -5,41% 2,12%
Campo sujo 7,51% 0,23% 7,75%
Campo limpo -0,14% -5,32% -5,47%
Água -0,50% -0,05% -0,55%
164

O Quadro 36 mostra os usos nas áreas de restrições da Bacia Hidrográfica do Rio


Fartura. Considerando como usos inadequados as estradas, ocupação urbana, agricultura e solo
exposto foi averiguado que 37,27% das áreas de restrições à ocupação em 1987 foram ocupadas
inadequadamente, em 2000 foram 17,12% e em 2011 foram 35,92%.

Quadro 36: Usos nas áreas com restrições à ocupação

Tipo Área em 1987 (km²) Área em 2000 (km²) Área em 2011 (km²)
Estradas 0,08 0,07 0,09
Ocupação Urbana 0,17 0,35 0,55
Agricultura 10,17 4,47 11,80
Solo Exposto 6,57 2,91 3,87
Floresta 3,88 8,68 4,83
Campo sujo 4,28 9,30 8,86
Campo limpo 19,78 19,48 15,39

5.16. CENÁRIOS TENDENCIAIS NAS UNIDADES GEOAMBIENTAIS ENTRE 1987 E


2011

A elaboração de cenários de ocupação urbana, visa auxiliar no processo de


tomada de decisão para os gestores públicos locais, no sentido de implementar um
desenvolvimento em bases sustentáveis, ou seja, economicamente viável, socialmente justo e
ecologicamente compatível.

A Bacia Hidrográfica do Rio Fartura tem uma característica peculiar, a


abrangência de 3 núcleos urbanos, sendo estes: São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama
e o Distrito de São Roque da Fartura, cada núcleo com tipos de expansão diferenciada. Por
serem todas cidades pequenas, com bastante área disponível para expansão é possível pensar
em um crescimento planejado de acordo com as características geoambientais locais, para que
no futuro estas cidades não sofram com problemas ambientais como erosões,
desmoronamentos e alagamentos.

Para análise dos cenários foram utilizadas imagens LANDSAT 5, câmara TM, de
26/09/1987, 29/09/2000 e 28/09/2011 com a composição colorida das bandas 3, 4 e 5. Como
são cidades de pequeno porte, a evolução urbana é melhor visualizada em grandes intervalos
de tempo.
165

5.16.1. TENDÊNCIA DA OCUPAÇÃO URBANA EM SÃO JOSÉ DO RIO PARDO

Pode-se verificar no Mapa de Uso e Cobertura do Solo de 1987 que a mancha


urbana de São José do Rio Pardo continha-se exclusivamente na unidade geoambiental 24,
sendo que na unidade geoambiental 16 havia apenas o trevo que ligava as rodovias SP – 350 a
SP – 207.

A unidade geoambiental 24 mostra-se favorável ao adensamento e expansão


urbana, pois possui solos arenosos, sem características de expansividade, com baixas
declividades e com grande composição de granito na sua litologia o que favorece as condições
para fundações e estradas. A unidade geoambiental 16 possui maiores declividades, entretanto
a ocupação urbana está sendo feita no entorno da SP – 350, local onde possui baixa declividade.
A composição de granito em sua litologia e os solos arenosos (não expansivos) favorecem a
implantação de estradas e fundações, entretanto em alguns locais seriam necessários maiores
custos com cortes e aterros e possibilidades de construção de muros de arrimo, para contenção
do solo arenoso em declividades mais acentuadas.

Verifica-se que no Mapa de Uso e Cobertura do Solo de 2000, a mancha urbana


de São José do Rio Pardo sofreu um adensamento e expansão na unidade geoambiental 24 o
que se verifica como uma ocupação favorável às características encontradas no local. O
adensamento mostra a ocupação de vazios urbanos, sendo um modo mais econômico de
crescimento das cidades, por crescer em local que já possui infraestrutura urbana. Nesta zona, o
crescimento foi dado na forma de loteamentos. Nota-se também que neste período houve uma
expansão nas unidades geoambientais 31, na forma de loteamento mostrando-se adequada a
expansão devido às mesmas características geoambientais da unidade 24. E, por fim, na
unidade geoambiental 16, o crescimento foi direcionado em função de equipamentos existentes
como: o posto de combustível, a concessionária de carros, a cooperativa de cafeicultores,
forçando um desenvolvimento nos vazios urbanos destes.

Já no Mapa de Uso e Cobertura do Solo de 2011 pode-se averiguar que a mancha


urbana de São José do Rio Pardo sofreu um adensamento e expansão na unidade geoambiental
24, desta vez o adensamento foi feito por loteamento social em que o tamanho do lote é menor
obtendo uma maior densidade de domicílios. Neste momento há uma maior preocupação com
166

a expansão urbana, pois houve uma infiltração na unidade geoambiental 34 em áreas


compostas por solos aluvionais, em uma região de várzea propícia a alagamentos. As unidades
31 e 16 mantiveram suas expansões com o mesmo tipo de ocupação de 2000.

5.16.1.1. C ENÁRIO TENDENCIAL DE S ÃO J OSÉ DO R IO P ARDO

5.16.1.1.1. A DENSAMENTO U RBANO

O tipo de crescimento “espalhado” que está sendo feito em São José do Rio
Pardo favorece a especulação imobiliária e, conseqüentemente, o aumento do valor da terra.
Com exceção da expansão na unidade geoambiental 24, o crescimento se deu de forma
apropriada às condições geoambientais, além de ficar evidente que há uma preocupação com
as matas ciliares, pois não houve muita diminuição ao longo do tempo.

5.16.1.1.2. I NDICATIVO DE POSICIONAMENTO DAS FONTES POLUIDORAS

Quanto à localização de fontes poluidoras preliminarmente, aponta-se:

• Unidade geoambiental 48: para a implantação de aterro sanitário ou


cemitério, pelas características de solo areno-argiloso, baixa declividade,
baixa permeabilidade, fora de zonas de recarga, zonas úmidas e litologia de
granitos; e
• Unidade geoambiental 49: para implantação de tanques sépticos, fossas e
lagoas de águas residuárias devido ao solo argilo-arenosa, baixa declividade,
litologia adequada, fora de zonas de recarga, zonas úmidas, distância maior
que 100m de fontes e poços e proximidade de corpos d’água.

5.16.2. TENDÊNCIA DA OCUPAÇÃO URBANA EM SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA

Em 1987, a mancha urbana de São Sebastião da Grama localizava-se nas unidades


geoambientais 33, 07 apenas um pequeno trecho na porção superior e 51 (entorno da SP –
344). As unidades 33 e 07 têm solo areno-argilo possuindo uma menor expansividade que a
unidade 51 em que o solo é argilo-arenoso, as condições de baixa declividade facilitam a
construção, entretanto, a baixa permeabilidade propicia a formação de alagamentos,
principalmente se houver invasão das APPs. Quanto à litologia a composição de granitos
favorece este uso. A implantação da cidade nestas condições geotécnicas mostra-se mais
propícia nas unidades 33 e 07.
167

Em 2000, São Sebastião da Grama adensou a unidade geoambiental 33


preenchendo vazios urbanos e expandiu para as unidades: 42 (loteamento em fase de
construção no período) e 30 (loteamento de interesse social). Nesta fase também se pode notar
um pequeno avanço da mancha urbana para a unidade geoambiental 10, por ter se tornado um
vazio urbano com a ocupação das unidades 33 e 51.

Quanto às condições geoambientais: a unidade 30 possui solo areno-argiloso,


baixa declividade, com litologia de granitos e migmatitos; a zona 42 possui solo arenoso e situa-
se em uma área mais alta, torna-se adequada para a implantação de loteamento, entretanto
deve-se tomar cuidado com os cortes, aterros e muros de arrimo para que o loteamento fique
plano diminuindo os riscos com erosividade. Na unidade 10 o avanço foi pequeno e o tipo de
solo é areno-argiloso e com baixa declividade, o que mostra uma condição moderada à
implantação devido à expansividade da argila.

Em 2011, São Sebastião da Grama expandiu na unidade geoambiental 51 entorno


da SP-344, com ocupações pontuais, avançou com mais um loteamento na unidade 33 e
adensou a ocupação dos loteamentos nas unidades 42 e 30. Nota-se também que a ocupação
na unidade geoambiental 07 manteve-se estagnada em todo o período.

5.16.2.1. C ENÁRIO TENDENCIAL DE S ÃO S EBASTIÃO DA G RAMA

5.16.2.1.1. A DENSAMENTO U RBANO

O crescimento de São Sebastião da Grama se deu principalmente pela ocupação


de 3 novos loteamentos e de vazios urbanos, obtendo um crescimento menos distribuído do
que em São José do Rio Pardo. Quanto às condições geoambientais, os solos desta região
possuem uma maior porcentagem de argila, evidenciando a característica de expansividade,
entretanto como a maior porcentagem nestes solos é de areia a ocupação da área torna-se
adequada para o uso, mesmo porque as declividades são baixas e a litologia é adequada.

5.16.2.1.2. I NDICATIVO DE POSICIONAMENTO DAS FONTES POLUIDORAS

Quanto à localização de fontes poluidoras preliminarmente, aponta-se:


168

• Há um aterro localizado inapropriadamente na unidade geoambiental 40, em


que possui solo arenoso e altas declividades. Para a implantação de aterro
sanitário ou cemitério, pelas características de solo areno-argiloso, baixa
declividade, baixa permeabilidade, fora de zonas de recarga, zonas úmidas, e
litologia de granitos recomenda-se a implantação nas unidades
geoambientais 07, 33 ou 30; e
• Para implantação de tanques sépticos, fossas e lagoas de águas residuárias
devido ao solo argilo-arenosa, baixa declividade, litologia adequada, fora de
zonas de recarga, zonas úmidas, distância maior que 100m de fontes e poços
e proximidade de corpos d’água, recomenda-se a unidade 51, localizado ao
norte da cidade de São Sebastião da Grama e próximo à rodovia SP – 207 para
facilidade de acesso.

5.16.3. TENDÊNCIA DA OCUPAÇÃO URBANA NO DISTRITO DE SÃO ROQUE DA FARTURA

Após visualizar o distrito de São Roque da Fartura no decorrer dos anos, nota-se
que a mancha urbana praticamente manteve-se, crescendo minimamente em direção ao norte
e oeste. Além disto, ela manteve-se na unidade geoambiental 27, a qual necessita de um
cuidado especial para o crescimento urbano, pois há uma combinação na área de altas
declividades e solo arenoso o que acarreta a formação de erosões e desmoronamentos. Como
fontes poluidoras, existem na região 1 cemitério e um posto de combustível, mas também são
inadequados por se localizarem em solos arenosos com alta permeabilidade.

5.16.3.1. C ENÁRIO TENDENCIAL NO DISTRITO DE S ÃO R OQUE DA F ARTURA

5.16.3.1.1. A DENSAMENTO U RBANO

Não há uma tendência de crescimento para a área.

5.16.4. TENDÊNCIA DA OCUPAÇÃO RURAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO FARTURA

Grande parte da bacia possui solos arenosos. Sendo que, em geral, esses solos
apresentam uma série de limitações em relação à baixa fertilidade natural: são deficientes em
quase todos os nutrientes essenciais para as plantas; apresentam pH ácido e baixíssimos teores
de matéria orgânica; podem ter deficiência de cálcio e toxidez de alumínio no subsolo, o que
limita o desenvolvimento do sistema radicular em profundidade das plantas cultivadas. Estes
ainda apresentam uma baixa capacidade de retenção de água, uma alta suscetibilidade ao
169

processo erosivo, em decorrência de suas características físicas, baixa estruturação e da


intensidade das chuvas no período chuvoso.

As culturas permanentes (café, laranja, maracujá e limão) e culturas temporárias


(batata, cana, cebola, feijão, tomate, milho, sorgo e soja), plantadas na região necessitam de
manejo e correção do solo, aumentando o custo desta atividade. A maioria da plantação de
milho, sorgo e soja é utilizada para alimentação do gado da região, esta rotatividade entre
cultivos e pastagem é saudável para a recuperação do solo.

Na região de São Sebastião da Grama já há um aumento na quantidade de argila


na composição do solo, favorecendo a fertilidade do solo e ao norte de São Roque da Fartura a
região é muito propícia à agricultura, entretanto tem que serem levados em conta os cultivos
que melhor se adequam em grandes altitudes, como o café por exemplo.

Ao levar em conta a preservação das APPs na bacia, nota-se que grande parte
desta encontra-se com pequenos resquícios de devastação. Esta tendência deve ser mantida,
pois devido à grande quantidade de solos arenosos e altas declividades na região a formação de
processos erosivos torna-se evidente.

5.17. DIRETRIZES PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL

Em posse das análises do potencial de expansão urbana das cidades de São José
do Rio Pardo, São Sebastião da Grama e o distrito de São Roque da Fartura e do potencial de
expansão agrícola na bacia nos cenários de ocupação; da evolução espontânea do uso e
cobertura do solo de 1987, 2000 e 2011 e das características de: relevo (UBCs), escoamento
superficial, disponibilidade hídrica, declividade, litologia, materiais inconsolidados (origem,
textura, espessura e permeabilidade), pluviometria, nascentes, mancha urbana, fontes
poluidoras, captações e lançamentos e restrições à ocupação de acordo com o Código Florestal
e as resoluções CONAMA 302 e 303 analisadas na Carta de Zoneamento Geoambiental para
verificação da capacidade de suporte do meio ambiente gerou-se o Mapa Síntese do
Ordenamento Territorial da Bacia Hidrográfica do Rio Fartura (Volume II - item 17), o qual
identifica o zoneamento efetivo da região.

As classes de ordenamento foram subdivididas em:


170

• ZOUI - Zona de Ocupação Urbana Induzida (alto potencial de expansão


urbana);
• ZUAI - Zona de Uso Agrícola Induzido (alto potencial de expansão agrícola);
• ZOUI + ZUAI - Zonas de Ocupação Urbana e Agrícola Induzidas (alto potencial
de desenvolvimento tanto urbano como agrícola);
• ZOUC - Zona de Ocupação Urbana Condicionada (médio potencial para
expansão urbana, deve-se ter cuidado com remanescentes florestais na
região);
• ZPOR - Zona de Proteção e Ocupação Rural Restrita (altas declividades, solos
arenosos e grande quantidade de nascentes, maior potencial para
preservação ambiental, se desmatadas são áreas propícias à ocorrência de
processos erosivos e deslizamentos);
• ZROC - Zona de Regulação e Ocupação Urbana Controlada (áreas de várzeas
propícias a alagamentos ou então áreas com altas declividades e solo arenoso
propício a deslizamentos e erosões).

Pode-se notar na Figura 69 que 35% da área possui ocupação induzida e 24% com
ocupação restrita, as demais áreas devem ser ocupadas de maneira controlada mediante
condições específicas.

Área (km²)

ZOUC - Zona de Ocupação Urbana


Condicionada
23,75
36,11 ZOUI - Zona de Ocupação Urbana
4,05
Induzida
ZOUI + ZUAI - Zonas de Ocupação
57,14 Urbana e Agrícola Induzidas
ZPOR - Zona de Proteção e Ocupação
51,92
Restrita
ZROC - Zona de Regulação e
Ocupação Controlada
54,55 ZUAI - Zona de Uso Agrícola Induzido

Figura 69: Quantificação do ordenamento territorail na BHRF.


171

6. CONCLUSÃO

A realização deste trabalho possibilitou o estudo e a discussão de um conjunto de


sugestões e de diretrizes práticas para o ordenamento e gestão territorial, simuladas em
diversos cenários de ocupação, utilizando o zoneamento geoambiental como uma importante
ferramenta para auxiliar na elaboração de políticas públicas, analisando o meio físico por
características geológicas, fisiográficas, morfoestruturais, estruturais, pedológicas e as relações
dos meios biológicos e antrópicos.

O levantamento de dados, a sua sistematização, a análise e o monitoramento


constituem a base necessária para o estudo de problemas ambientais no meio urbano e para o
estabelecimento de políticas e programas que norteiem uma provável ocupação de projetos
urbanísticos, de forma a compatibilizar as necessidades da sociedade com a capacidade de
suporte dos elementos naturais do meio.

A base conceitual foi feita a partir de uma visão ampla do zoneamento como um
instrumento norteador para o planejamento e a ocupação do solo, sobre a utilização da bacia
hidrográfica como unidade de planejamento. Nesta análise e embasamento teórico viu-se que
há muitos avanços no setor, entretanto esta área continua sendo um laboratório de tentativas e
erros. A preocupação do planejamento ambiental torna-se cada vez mais presente nas políticas
públicas atuais, mas os conflitos entre as questões ambientais, econômicas, políticas e sociais
continuam sendo um grande desafio. Grande parte das ações atuais possuem um caráter
imediatista, muitos planos encontram-se não executados e o marketing ambiental cada vez
mais presente.

Assumindo a postura de mudança, este trabalho buscou uma área com cidades
pequenas, com possibilidades de usos diferenciados do solo, locais que nunca tinham sido
mapeados para o planejamento geoambiental, acreditando que os usos devem ser disciplinados
de acordo com as características do meio físico.

Para isto, foi montada uma ampla base de dados georreferenciada, a qual serviu
de base para o desenvolvimento do trabalho. As tomadas de decisões foram feitas com o
172

embasamento de geoprocessamento em estudos ambientais, utilizando tecnologias de


sensoriamento remoto e técnicas de álgebras de mapas.

Para o embasamento conceitual do zoneamento geoambiental foi constatada a


existência de uma imensa gama de métodos e técnicas de avaliação ambiental com grandes
diferenças desde a sua concepção até o modo de utilização dos dados de entrada e saída, a
complexidade, a forma de análise e outras características.

Ao analisar a metodologia empregada para determinar diretrizes para o


ordenamento territorial, verificou-se um procedimento eficaz pois o indicativo de expansão
tanto agrícola como urbana foi baseada em características geotécnicas, legislação ambiental e
um histórico do uso e ocupação da região, verificando tendências e potencialidades, analisando
conflitos da expansão urbana, agrícola e a conservação ambiental, visando a capacidade de
suporte do meio ambiente. Em vista disto, considera-se a metodologia replicável em outras
regiões, ressaltando a importância de verificar os atributos mais importantes na região para um
resultado mais efetivo.

Quanto ao substrato rochoso a bacia apresentou-se bastante homogênea com


70% desta, envolvida no Complexo Varginha. Ao verificar a textura do solo na bacia percebeu-se
que 47% da bacia possui solo arenoso e que 86% da bacia possui acima de 50% de composição
de areia em sua textura. Este fato é possível devido à homogeneidade do substrato rochoso da
região. Ao constatar a declividade nesta verificou-se que a maioria encontra-se na faixa de 5 a
20%, entretanto 14% da região possui declividade superior a 30%. Este fator combinado à
textura encontrada na bacia aponta o grande potencial na bacia para o desenvolvimento de
processos erosivos.

No mapeamento do Uso e Cobertura do Solo de 1987 a 2011, destacou-se que no


período de 1987 a 2011 houve um aumento gradativo de 2,12% da quantidade de florestas na
região, mesmo com a queda de 5,41% que ocorreu no período de 2000 a 2011. Este fato pode
ter ocorrido devido à expansão da cana-de-açúcar na região neste período.

A maior dinâmica no período de 1987 a 2011 foi a queda no campo limpo


(-5,41%) e solo exposto (-9,61%) que possivelmente foram transformados em campo sujo
(7,75%) com o plantio de vegetação nativa e agricultura (4,54%), mostrando a recuperação de
173

remanescentes florestais no período e o aumento da produtividade agrícola, além do aumento


gradativo da ocupação urbana (1,19%).

Foi constatado também que 23% da região localiza-se em áreas restritivas à


ocupação devido à legislação ambiental vigente. Considerando como usos inadequados as
estradas, ocupação urbana, agricultura e solo exposto foi averiguado que 37,27% das áreas de
restrições à ocupação em 1987 foram ocupadas inadequadamente, em 2000 foram 17,12% e
em 2011 foram 35,92%. O uso inadequado nas APPs, combinado ao tipo de solo arenoso pode
levar a processos erosivos e assoreamentos na região, já em locais com solos mais argilosos
pode-se ocorrer alagamentos.

Ao verificar o balanço hídrico na bacia, há uma preocupação na disponibilidade


háidrica das sub-bacias 10 e 24 sabendo-se que são cálculos de demandas verificados apenas
por captações e lançamentos outorgados no DAEE e cadastrados no SIAGAS e que podem existir
vários usuários que utilizam os recursos hídricos, porém não estão regularizados. Um avanço
neste aspecto é a cobrança dos recursos hídricos, pois com a inserção da cobrança na Bacia
Hidrográfica do Rio Pardo, aumenta-se a fiscalização para regularização dos usuários de
recursos hídricos.

Pôde-se averiguar ainda que 35% da área possui ocupação induzida e 24% com
ocupação restrita, as demais áreas devem ser ocupadas de maneira controlada mediante
condições específicas. Cabe ressaltar que este estudo direciona e auxilia nas tomadas de
decisão, entretanto para análises de usos específicos devem ser realizadas novas análises.

Os objetivos da pesquisa foram cumpridos comprovando a hipótese da eficácia


do zoneamento geoambiental para o disciplinamento do uso do solo em bacias hidrográficas e
gerando deste estudo diretrizes para o ordenamento territorial a partir de cenários de
ocupação. Entretanto, verificou-se como limitação do trabalho a falta de estudo na área
subterrânea, verificando a possibilidade de contaminação do aquífero cristalino em suas
diversas falhas geológicas e a disponibilidade hídrica subterrânea.

Desta maneira recomenda-se um maior estudo geotécnico aprofundando a visão


subterrânea da bacia e verificando suas potencialidades, além da investigação da qualidade das
águas, já que a lei de enquadramento dos rios é de 1977. Recomenda-se ainda que seja feita
174

uma atualização do mapa de restrições à ocupação com o novo código florestal e suas
alterações.

O maior dilema em trabalhar com políticas públicas é que os objetivos são mais
difusos e as metas, na maioria das vezes, não são perseguidas, o que desafia ainda mais
trabalhar com gestão ambiental neste meio, onde se necessita de escalas compatíveis de
trabalho e uma análise dinâmica e sistêmica do meio em estudo. Além disso, há a necessidade
de uma visão estratégica e democrática.

Por fim, esta pesquisa alia-se aos que acreditam que o planejamento urbano
participativo, desde que se incorporem as metas da justiça social e do equilíbrio ambiental, seja
um dos principais caminhos para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras.
175

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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socioambientais na Amazônia. Novos Cadernos Naea. V. 3, N. 2 - P. 005-015 DEZ. 2000.

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ANDERSSON, E.; AHRNÉ, K.; PYYKONEN, M.; ELMQVISTY, T. Patterns and scale relations among
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BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: Esboço Metodológico. Caderno da Ciência


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1965 setembro 16.

BRASIL. Casa Civil. Lei 4771/65 de 15 de setembro de 1965. Diário Oficial da União, Brasília, 16
de setembro de 1965.

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setembro 2.

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BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. 2002. Resolução
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ANEXO 01: PONTOS DE AMOSTRAGEM DO SOLO: CADASTRO, CONTROLE E AMOSTRA

Os quadros a seguir mostram os pontos de amostragem do solo para: Cadastro,


Controle e Amostra, respectivamente.
Quadro 37: Pontos cadastrais na bacia do rio fartura (WGS 84)

Pontos x y Tipo Fotos Referência


1 -46,90286 -21,60073 cadastro 1-2 Usina Santa Alice
2 -46,87813 -21,64545 cadastro Motel Cachoeira
3 -46,83282 -21,71885 cadastro Ponte rio Fartura na entrada de S. S. da Grama
4 -46,83498 -21,73083 cadastro Posto de Combustível
5 -46,82711 -21,75250 cadastro 9-10 ponte sobre o rio Fartura
6 -46,83491 -21,73170 cadastro posto A Morada do Sol
7 -46,74849 -21,83576 cadastro cemitério de S. R. da Fartura
8 -46,74427 -21,83507 cadastro Auto Posto São Roque
9 -46,84218 -21,73387 cadastro 1346-1347 aterro / lixão

Quadro 38: Pontos de controle na bacia do rio fartura (WGS 84)

Pontos x y Tipo Referência


1 -46,70704 -21,84351 controle
2 -46,85806 -21,64829 controle SP-211 (estrada de terra para Divinolândia)
3 -46,82820 -21,70391 controle SP-344
4 -46,80514 -21,70040 controle
5 -46,82615 -21,70375 controle
6 -46,81231 -21,71023 controle Estrada para Anhumas
7 -46,81755 -21,71580 controle
8 -46,78763 -21,73884 controle
9 -46,89066 -21,63401 controle
10 -46,87048 -21,65335 controle
11 -46,85991 -21,68611 controle
12 -46,85945 -21,68531 controle
13 -46,83276 -21,72334 controle
14 -46,76467 -21,83194 controle
15 -46,83522 -21,73500 controle
16 -46,80826 -21,79208 controle
17 -46,83372 -21,73918 controle
18 -46,83043 -21,74587 controle
19 -46,83217 -21,75377 controle
191

Pontos x y Tipo Referência


20 -46,73577 -21,84272 controle
21 -46,73500 -21,84400 controle
22 -46,83148 -21,74983 controle
23 -46,81161 -21,71032 controle
24 -46,80008 -21,71893 controle
25 -46,78082 -21,74496 controle
26 -46,85884 -21,64806 controle
27 -46,84485 -21,64534 controle
28 -46,81980 -21,64060 controle
29 -46,79865 -21,80747 controle
30 -46,76782 -21,82897 controle
31 -46,72270 -21,84381 controle
32 -46,70710 -21,84368 controle
33 -46,73080 -21,83289 controle
34 -46,72408 -21,82924 controle
35 -46,71832 -21,82410 controle
36 -46,72147 -21,82742 controle
37 -46,72492 -21,82962 controle
38 -46,77859 -21,82545 controle
39 -46,78444 -21,81755 controle
40 -46,80534 -21,69337 controle
41 -46,80688 -21,69006 controle
42 -46,80859 -21,68487 controle
43 -46,73386 -21,84763 controle
44 -46,72870 -21,85674 controle
45 -46,77572 -21,80912 controle
46 -46,76626 -21,80773 controle
47 -46,75228 -21,79948 controle
48 -46,74531 -21,79664 controle
49 -46,73941 -21,80501 controle
50 -46,73984 -21,80926 controle
51 -46,83707 -21,72644 controle
52 -46,83302 -21,71957 controle
53 -46,83558 -21,64009 controle
54 -46,83500 -21,64249 controle
55 -46,85629 -21,66942 controle
192

Quadro 39: Amostras coletadas na bacia do rio fartura (WGS 84)

Identificação das
amostras em
Pontos amostra x y tipo data campo Fotos
1 1 -46,90085 -21,61034 amostra 25/11/2009 1 3-3
2 2 -46,90193 -21,60866 amostra 25/11/2009 2 centro 4-5
2 3 -46,90193 -21,60866 amostra 25/11/2009 3 alto 4-5
2 4 -46,90193 -21,60866 amostra 25/11/2009 4 baixo 4-5
3 5 -46,90873 -21,61620 amostra 25/11/2009 5 alto 6-7
3 6 -46,90873 -21,61620 amostra 25/11/2009 6 baixo 6-7
4 7 -46,89876 -21,62740 amostra 25/11/2009 7 alto 8-9
4 8 -46,89876 -21,62740 amostra 25/11/2009 8 baixo 8-9
5 9 -46,85768 -21,67444 amostra 25/11/2009 9 alto 10-20
5 10 -46,85768 -21,67444 amostra 25/11/2009 10 baixo 10-20
6 11 -46,80844 -21,78723 amostra 25/11/2009 11 baixo 21-22
6 12 -46,80844 -21,78723 amostra 25/11/2009 12 alto 21-22
7 13 -46,85964 -21,66373 amostra 26/11/2009 13 alto 23-24
7 14 -46,85964 -21,66373 amostra 26/11/2009 14 baixo 23-24
8 15 -46,82890 -21,70123 amostra 26/11/2009 15 alto 25-43
8 16 -46,82890 -21,70123 amostra 26/11/2009 16 baixo 25-43
9 17 -46,81771 -21,71418 amostra 26/11/2009 17 baixo 51-52
9 18 -46,81771 -21,71418 amostra 26/11/2009 18 alto 51-52
10 19 -46,83238 -21,75467 amostra 26/11/2009 19 alto 53-54
10 20 -46,83238 -21,75467 amostra 26/11/2009 20 centro 53-54
10 21 -46,83238 -21,75467 amostra 26/11/2009 21 baixo 53-54
11 22 -46,73453 -21,84496 amostra 26/11/2009 22 baixo 55-56
11 23 -46,73453 -21,84496 amostra 26/11/2009 23 alto 55-56
12 24 -46,83191 -21,74720 amostra 21/03/2011 1 57
13 25 -46,81545 -21,75796 amostra 21/03/2011 2 58
14 26 -46,81146 -21,76642 amostra 21/03/2011 3 59
15 27 -46,82328 -21,75605 amostra 21/03/2011 4 60-61
16 28 -46,79002 -21,73662 amostra 21/03/2011 5 62
17 29 -46,81158 -21,75992 amostra 21/03/2011 6 63
18 30 -46,82310 -21,64235 amostra 21/03/2011 7 66
19 31 -46,71711 -21,84548 amostra 22/03/2011 8 alto 67
19 32 -46,71711 -21,84548 amostra 22/03/2011 9 baixo 67
20 33 -46,71819 -21,82385 amostra 22/03/2011 10 68
21 34 -46,79342 -21,80588 amostra 22/03/2011 11 alto 69
21 35 -46,79342 -21,80588 amostra 22/03/2011 12 baixo 69
22 36 -46,80875 -21,68503 amostra 22/03/2011 13 70-71
23 37 -46,73323 -21,85583 amostra 22/06/2011 1 72-73
193

Identificação das
amostras em
Pontos amostra x y tipo data campo Fotos
24 38 -46,84336 -21,73465 amostra 22/06/2011 2 76-77
25 39 -46,87842 -21,64497 amostra 22/06/2011 3 78-79
26 40 -46,83321 -21,63774 amostra 22/06/2011 4 80-81
27 41 -46,85883 -21,66893 amostra 22/06/2011 5 alto 82-92
27 42 -46,85883 -21,66893 amostra 22/06/2011 5 baixo 82-92
194

ANEXO 02: PROCESSOS MINERÁRIOS DO DNPM NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO FARTURA


Quadro 40: Processos Minerários do DNPM na bacia hidrográfica do rio Fartura

Processo Fase Substância Uso UF


825969/1972 requerimento de lavra sienito não informado sp
821070/1995 concessão de lavra areia não informado sp
821419/1996 requerimento de lavra bauxita não informado sp
821423/1996 autorização de pesquisa bauxita não informado sp
830823/1981 requerimento de lavra minério de alumínio não informado sp
820917/1995 licenciamento areia não informado sp
821075/1999 requerimento de lavra minério de alumínio não informado sp
820438/1990 concessão de lavra charnoquito não informado sp
821323/1999 autorização de pesquisa granito não informado sp
821050/2002 autorização de pesquisa argila refratária industrial sp
820628/1995 autorização de pesquisa areia não informado sp
820048/2004 requerimento de pesquisa minério de alumínio metalurgia sp
820737/2004 autorização de pesquisa minério de alumínio metalurgia sp
820268/2001 concessão de lavra água mineral engarrafamento sp
821419/1996 requerimento de lavra bauxita não informado sp
821422/1996 autorização de pesquisa bauxita não informado sp
820048/2004 requerimento de pesquisa minério de alumínio metalurgia sp
820758/2002 autorização de pesquisa minério de alumínio metalurgia sp
820048/2004 requerimento de pesquisa minério de alumínio metalurgia sp
820202/2008 autorização de pesquisa água mineral engarrafamento sp
820496/2009 autorização de pesquisa água mineral engarrafamento sp
820436/2009 autorização de pesquisa areia construção civil sp
820237/2009 licenciamento areia construção civil sp
821421/1996 requerimento de lavra minério de alumínio não informado sp
820898/2002 autorização de pesquisa granito industrial sp
820904/2009 autorização de pesquisa água mineral engarrafamento sp
821080/2010 requerimento de pesquisa água mineral engarrafamento dado não cadastrado
820757/2002 autorização de pesquisa minério de alumínio metalurgia sp
820447/2009 autorização de pesquisa água mineral engarrafamento sp
820923/2002 requerimento de lavra água mineral engarrafamento sp
820687/2011 requerimento de pesquisa areia construção civil sp
821424/1998 disponibilidade argila não informado sp
820586/1993 disponibilidade granito ornamental não informado sp
820338/2003 disponibilidade granito ornamental revestimento sp
820338/2003 disponibilidade granito ornamental revestimento sp
820338/2003 disponibilidade granito ornamental revestimento sp
Fonte: DNPM - SIGMINE

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