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Capítulo I ............................................................................................................................................................. 2
1.1 Introdução ................................................................................................................................................. 2
1.2 Contextualização. .......................................................................................................................................... 4
1.3 Enquadramento Legal do Tema .............................................................................................................. 5
1.4 Relevância do Tema.................................................................................................................................. 6
0
2.2 A Segurança Social Básica ..................................................................................................................... 15
2.2.1 A Segurança Social Obrigatória ......................................................................................................... 15
2.2.2 Segurança Social Complementar ....................................................................................................... 15
Capítulo III ........................................................................................................................................................ 16
3.1 A Desigualdade na Proteção Social nos Casos de Sanção Disciplinar de Expulsão. ......................... 16
3.1.2 Infração Disciplinar e Contravenção ............................................................................................. 16
3.1.3 Poder Disciplinar ............................................................................................................................. 16
3.1.4 A Relação Laboral no Sector Público e no Privado. ..................................................................... 16
3.1.5 Os Tipos de Sanções Disciplinares. ................................................................................................ 17
9 Glossário ......................................................................................................................................................... 27
1
Capítulo I
1.1 Introdução
A presente monografia é referente ao trabalho de fim do curso de licenciatura em Direito no
Instituto Superior Monitor, o mesmo tem como tema “A Desigualdade na Protecção Social nos
Casos de Sanção Disciplinar de Expulsão em Moçambique – Análise Concreta dos
Magistrados Judicias” Partindo do prossuposto constitucional e legal segundo o qual a
protecção social é um direito fundamental constitucionalmente consagrado no artigo 95 da CRM,
bem como todos homens são iguais perante a lei gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos a
mesmos deveres, independentemente da cor, raça, origem étnica, lugar de nascimento, religião,
grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção politica conforme
artigo 35 da CRM, O tema em análise vem suscitar as desigualdades de tratamento dos
magistrados judicias em caso de sanção disciplinar de expulsão em comparação com os
magistrados do Ministério Público, os demais funcionários públicos e trabalhadores por conta de
outrem concretamente os do sector privado. Ademais a proteção social representa um direito
fundamental o qual o Estado deve garantir ao cidadão, nas situações que a lei prevê,
nomeadamente velhice, invalidez, calamidades, etc.
A legislação, seja ela especial, avulsa ou decreto lei, não pode a seu belo prazer retirar aos
cidadãos direitos consagrados a estes pela constituição sob pena de enfermar de vícios de
inconstitucionalidade… Trazer sanções disciplinares que retiram o direito a segurança social do
indivíduo, viola o Estado de direito democrático que Moçambique e outros Estados modernos
defendem, através da sua respetiva constituição e convenções internacionais que Moçambique
ratificou em particular os da OIT, carta africana dos direitos humanos e dos povos, entre outros.
A protecção social visa em última análise salvaguardar o bem das gerações futuras seja nos casos
naturais como a velhice, a morte, ou infortúnio que seria a invalidez, conformando se desta
forma, com o princípio da solidariedade; e não se pode hipotecar a educação, a assistência
médica e social dos dependentes do trabalhador de ânimo leve por meio de preceitos ou regras
que violam a lex superiore ou a constituição.
2
O tema em alusão, analisado sob prisma do direito comparado com alguns ordenamentos
jurídicos, em particular dos palopes ou comunidade dos países de língua oficial portuguesa –
CPLP, este demostra se extemporâneo ou desenquadrado.
Pelo exposto acima, este trabalho enquadra se no direito constitucional, mas, pela
comunicabilidade das áreas do direito e a linha ténue ou proximidade que este tema tem com as
áreas do direito de trabalho e administrativo, serão igualmente trazidos alguns aspetos relativos a
estas. Este trabalho, visa a obtenção do grau de Licenciatura em Direito pelo Instituto Superior
Monitor. O mesmo está organizado em capítulos e subcapítulos.
Palavras Chave:
3
1.2 Contextualização.
Associado ao dito supra, não foi de menor relevância a sede da conquista da liberdade e defesa
da soberania, por parte dos recém Estados africanos independentes após seculos de subjugação
colonial. É nesta senda que as normas de trabalho tiveram o seu percurso próprio convista ao
alcance dos objectivos propostos na carta africana dos direitos dos povos CADHP, na declaração
universal dos direitos humanos e dos povos DHDH e os preconizados pela organização
internacional do trabalho - OIT. As pessoas idosas ou incapacitadas têm igualmente direito a
medidas especificas de proteção que correspondem as suas necessidades físicas ou morais.2
São estes novos conceitos que iluminaram os legisladores a conformar os instrumentos que
regulamentam o labor nos ordenamentos jurídicos de forma a conformar se com os direitos do
trabalhador desde a higiene e segurança no trabalho a proteção social do trabalhador, na
invalidez e na velhice e Moçambique não foi excepção. A codificação do Direito de trabalho em
Moçambique não foi automática, isto é, foi um processo e teve as suas vicissitudes características
da função.
É, neste contesto que o quadro legal ou Estatuto Geral dos funcionários do Estado de 1987 na
alínea f) artigo 178, prevê na sanção disciplinar de expulsão, a perda de todos direitos adquiridos
pelo infractor, situação prevalecente no estatuto que revogou este último nomeadamente o
decreto lei 14/2009 de 17 de Março concretamente artigo 82 alínea f). Não obstante, o estatuto
geral dos agentes e funcionários do Estado que revogou este último, no mesmo capítulo da
1
Artigo 32 CRPM - 1975
2
Número 4 artigo 18 carta Africana dos direitos humanos e dos povos
4
responsabilidade disciplinar, o legislador introduz uma inovação ao estatuir que a expulsão
implica “o afastamento do infractor do aparelho do Estado, podendo ser readmitido decorridos
doze anos sobre a data do despacho punitivo.” 3 Bem como o número 4 do mesmo artigo prevê
a possibilidade de o infractor demitido ou expulso, poder requerer aposentação desde que tenha
pelo menos 15 anos de serviço no Estado.
Esta posição não só implicou uma viragem, mas uma evolução no sentido de igualdade de
tratamento dos trabalhadores ou cidadãos perante a lei, como veio conformar o princípio
de protecção social e da segurança social, que constituem direitos fundamentais. Pois a
cláusula que dispunha a perda de todos os direitos adquiridos pelo infractor em caso de
expulsão, punha em causa os direitos da segurança social e proteção social do trabalhador
o que seria um atropelo a constituição.
3
Alínea f) artigo 112 EGFAE lei 4/2022 de 11 de fevereiro
5
1.4 Relevância do Tema
O tema em apreço tem relevância na medida em que os magistrados judiciais, no ordenamento
jurídico Moçambicano, são discriminados dos seus direitos em caso de sanção disciplinar de
expulsão se comparados com os magistrados do Ministério público, dos demais funcionários de
Estado e do sector privado, contrariando a Constituição pois, esta defende a igualdade dos
cidadãos perante a lei. Ademais a segurança social e a proteção social, constituem direitos
fundamentais consagrados pela constituição nos artigos 85 e 95 da CRM; Em particular o
número 1 do artigo 95 dispõe que: “ todos os cidadão tem direito a assistência em caso de
incapacidade e na velhice” 4
retirar estes direitos ao cidadão, é ilegal, inconstitucional e anti o
Estado de direito e democrático.
4
Artigo 95, Constituição da República de Moçambique - CRM
5
Artigo 73 lei 7/2009 de 11 de Março – Estatuto dos Magistrados Judiciais.
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6
Agentes do Estado. Por sua vez o Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado, na
expulsão, não prevê a perda dos direitos adquiridos pelo infrator mas, apenas o afastamento do
infrator, podendo ser readmitido decorridos oito anos após o despacho punitivo conforme artigo
199 do EGFAE lei 10/2017 de 1 de Agosto; O que sem dúvidas veio compatibilizar este artigo
em particular com a Constituição, salvaguardando o direito do trabalhador a segurança social, na
velhice e invalidez. O legislador neste aspecto em particular, veio protelar o princípio
constitucional de igualdade no caso entre os magistrados do ministério público e os demais
funcionários e agentes regulados pelo estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado.
Não obstante, esta evolução legislativa no sentido de cada vez mais conformar os variados
instrumentos que regulam o labor do erário público no ordenamento jurídico Moçambicano, a lei
dos magistrados judiciais em particular o artigo 73 da lei 7/2009 de 11 de Março, continua
inalterada, ou não foi revista colocando em causa a igualdade dos cidadãos perante a lei e a
proteção social do cidadão/trabalhador na velhice e invalidez. Pois a revisão legislativa do
estatuto dos magistrados judicias de 2011, no caso lei 3/2011 de 11 de janeiro não alterou o
artigo em causa.
1.6 Objectivos
6
Art 199 Estatuto dos magistrados do Ministério Público (lei 1/2022 de 12 de Janeiro)
7
1.7 Problematização.
Da compulsa da Constituição da República de Moçambique, o número 1 do artigo 95 dispõe que
todos os cidadãos têm direito a assistência em caso de incapacidade e na velhice.
Bem como do artigo 35 da mesma, consagra o princípio de universalidade e igualdade no qual:
Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos
mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento,
religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política.
O artigo 73 da lei ou estatuto dos magistrados judiciais, lei 7/2009 de 11 de Março, ao prever a
perda de todos os direitos adquiridos pelo infrator em caso de expulsão, veio retirar o que a
constituição consagrou. Por outro lado esta lei discrimina os magistrados judiciais em caso de
expulsão se comparados com os demais funcionários públicos, visto que tanto o estatuto dos
magistrados do ministério público ( lei 1/22 de 12 de Janeiro), como o estatuto geral do
funcionários e agentes do Estado EGFAE - lei 4/2022 de 11 de fevereiro, não prevêm tal
situação, ou trata de forma diferente a sanção de expulsão. Prevalecendo desta forma a
discriminação pois: A lei geral não revoga a lei específica.7
A lei seja ela específica ou avulsa, não pode a seu belo prazer retirar aos cidadãos direitos
fundamentais consagrados no texto constitucional. A proteção social configura um direito
fundamental essencial na preservação do bem-estar social e económico, assegura e garante o
desenvolvimento sustentável, necessário para o bem-estar individual e coletivo. Assegura
igualmente o sustento, a assistência médica, a educação e continuidade das gerações vindouras
tanto em caso de infortúnio como a invalidez, a morte como na velhice. Daí, ser o papel do
Estado assegurar, garantir e promover o acesso destes direitos ao cidadão, ademais, a limitação
dos direitos fundamentais só é permitida em circunstâncias específicas previstas na lei, o que não
procede no caso em análise.
7
José Oliveira Ascensão, O Direito – Introdução e Teoria Geral, pág. 536, Coimbra 2005
8
1.9 Hipóteses.
9
2.1 Metodologia da Elaboração do Trabalho e Fundamentação.
10
2.1.5 Técnica da Recolha de Dados
A técnica que privilegiamos na recolha de dados, foi a consulta documental destacando a
legislação, os manuais ou livros, e a internet, pois a contextualização histórica e o maior acervo
cientifico do tema em análise, está em leis e manuais, esta técnica, permitiu me trabalhar com
dependência de outrem e foi vantajosa na economia do tempo; Daí a preferência desta opção, na
técnica de recolha de dados.
11
Capítulo II
2.1.3 Igualdade
Etimologicamente Igualdade vem do latim equalitas: Falta de diferenças; de mesmo valor ou de
acordo com mesmo ponto de vista, quando comparados com outra coisa ou pessoa: igualdade
racial; igualdade salarial; igualdade de vagas. Princípio de acordo com o qual todos os indivíduos
estão sujeitos à lei e possuem direitos e deveres.
9
Artigo 35 CRM
12
2.1.5 Segurança Social
A Organização Internacional do trabalho – OIT, define segurança social como uma proteção que
o Estado proporciona a todos os cidadãos através de variadas medidas públicas. Não obstante a
eventual participação de entidades privadas no patrocínio a este direito através de medidas
complementares, cabe ao Estado promover e assegurar o acesso deste direito a todos cidadãos,
pois é um direito Fundamental no caso de Moçambique podemos citar o artigo 95 da CRM.
Segundo o dicionário da língua portuguesa infopédia, Segurança Social é um sistema de
assistência e proteção económica que garante um conjunto de regalias sociais aos beneficiários
em situação de reforma, invalidez, doença, desemprego, etc. 10
10
https://www.jm-madeira.pt/opinioes/ver/2166/Universalidade_vs_igualdade edição do dia 20/06/22
13
2.1.7 Segurança Social Obrigatória
A que se destina aos trabalhadores assalariados ou por conta própria e suas famílias, com o
objetivo de protege-los, nas situações de falta ou diminuição da capacidade para o trabalho,
maternidade, velhice e morte. A proteção social obrigatória pressupõe a solidariedade de grupo,
o carácter comutativo e assenta numa lógica de seguro social.11
11
Glossário – Lei de Bases da Proteção social – lei 4/2007 de 7 de Fevereiro
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Artigo 2 - Lei de Bases da Proteção social – lei 4/2007 de 7 de Fevereiro
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2.1.9 A Proteção Social no Ordenamento Jurídico Moçambicano
A proteção social em Moçambique, tem as suas bases na lei 4/2007 de 7 de fevereiro que
estabelece as bases do sistema de proteção social. E esta, estrutura-se em três níveis,
designadamente:
• Segurança Social Básica;
• Segurança Social Obrigatória;
• Segurança Social Complementar.
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Capítulo III
13
Art 14 EGFAE – Lei 4/2022 de 11 de Fevereiro
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privado, a disciplina no local de trabalho é transversal, isto é, deve ser observada por todos os
trabalhadores ou colaboradores, independentemente da sua categoria profissional na empresa,
pois a sua não observância ou a infração, pode dar lugar a instauração de processo disciplinar
contra o trabalhador infractor. O funcionário ou agente do Estado que não cumpre ou que falte
aos seus deveres, abuse das suas funções ou de qualquer forma prejudique a Administração
Pública está sujeito a procedimento disciplinar ou à aplicação de sanções disciplinares, sem
prejuízo de procedimento criminal ou cível.14
17
respeitando se o direito ao trabalho o legislador foi mais longe ao salvaguar a readmissão do
infractor após doze anos do despacho que decreta a sua expulsão.
17
Art. 73 lei 7/2009 de 11 de Março – Estatuto dos Magistrados Judiciais.
18
Capítulo IV
18
Número 2 art. 107 lei 21/85 de 30 de julho, Estatuto dos Magistrados Judiciais de Portugal (EMJP)
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Paradoxalmente no estatuto dos magistrados do ministério Publico de Moçambique – lei 1/22 de
12 de Janeiro no seu artigo 199, o legislador conformou a matéria subvertida em conformidade
com o estatuto geral dos agentes e funcionários do estado (EGFAE), o que é uma controvérsia,
uma discriminação dos cidadãos que constitucionalmente são iguais perante a lei, e que
consubstancia ou põe em causa a segurança social e proteção social desta classe.
19
Artigo 1 Lei 8212 de 24 de Julho – Lei da Previdência Social Brasileira.
20
Artigo 134 Lei 8112/90 de 11 de Dezembro Lei da Função Publica Brasileira.
20
4.1.4 A Sanção de Expulsão do Magistrado no Ordenamento Jurídico Angolano.
O regime disciplinar dos magistrados em Angola é regulado pela lei 7/94 de 25 de Abril, e da
compulsa da mesma, encontramos uma proximidade deste com os sistemas Português e
Brasileiro, em particular no que diz respeito ao capítulo disciplinar.
O estatuto em causa, não tem a Sansão de expulsão, mas sim de demissão e o artigo 79 dispõe
que: A Demissão consiste no afastamento definitivo do magistrado e implica a perda de estatuto
de magistrado e dos correspondentes direitos, sem prejuízo de outras consequências definidas
por lei.
Por sua vez o artigo 83 dispõe que a sanção de demissão prescreve volvidos 2 anos o que
transcreve o efeito disciplinar para o infractor.
O Direito criminal traz a ideia da não coletivização da responsabilidade criminal e esta ideia
vinca no direito do trabalho em particular na responsabilidade disciplinar como diz António
Monteiro Fernandes “As normas do direito colectivo do trabalho, não conformam directamente
as as relações individuais do trabalho, não criam direitos nem deveres para o trabalho
subordinado.”21
21
António Monteiro Fernandes: Direito do Trabalho, 2014 pág. 593 Coimbra.
21
Capítulo V
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6 Conclusão
Concluindo não procuramos defender a impunidade dos que dos que infligem a disciplina
laboral, mas sim, apontar a inconstitucionalidade patente no estatuto dos magistrados. Pois, o
desenvolvimento sustentável harmonioso e de justiça social, só será possível se a nossa
legislação seja ela laboral ou económica ser constituída por normas justas, onde a discriminação,
e a irracionalidade, tendem a ser cada vez mais diminutos.
Procuramos trazer uma reflexão e um subsídio válido aos estudantes e cultores do direito,
sindicalistas e constitucionalistas sobre a segurança social e a proteção social no geral. Ao
abordar o direito comparado sobre o tema em análise, procuramos perceber a posição dos outros
estados ou ordenamentos jurídicos sobre a matéria, sobretudo os da CPLP por força dos laços
históricos comuns.
Não nos parece ser propositada a manutenção desta cláusula discriminatória no estatuto dos
magistrados judiciais, daí confirmar a hipótese segundo a qual, “A não revisão do estatuto dos
magistrados judicias em particular da cláusula (artigo 73), concorre para a descriminação dos
magistrados judiciais em relação aos demais funcionários públicos nos casos de expulsão.”
O debate sobre a proteção social, a eliminação de qualquer forma de discriminação laboral e a
segurança social são temas cada vez mais pertinentes nas várias geografias, e Moçambique não é
excepção, mas sim membro deste bloco ou grupo geopolítico; Bem como Moçambique é
membro das nações unidas e recentemente eleito membro não permanente do órgão mais
importante da ONU, nomeadamente o conselho de segurança. Daí a necessidade de cada vez
mais conformar se com os instrumentos normativos do concerto das nações, em especial os já
ratificados como a DHDH, e as convenções da OIT.
A igualdade dos cidadãos perante a lei é um princípio basilar de qualquer estado que se logra
democrático e Moçambique consagrou este princípio na sua constituição no artigo 35. A
regulação da vida em sociedade não é feita exclusivamente pela ordem jurídica, pelo que, há que
valorar outras ordens como a moral e a religiosa sem as quais, não haveria coexistência pacifica
e harmoniosa entre os homens, bem como não teríamos paz e desenvolvimento.
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7 Recomendações
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8 Referências Bibliográficas
ASCENSÃO, José de Oliveira (2005) O Direito Introdução a Teoria Geral, 13ª ed, editora
Almedina, Coimbra.
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8112/90 de 11 de dezembro – Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Brasil
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9 Glossário
Prestações - são os benefícios a que os destinatários de qualquer uma das formas de proteção
social tem direito.
Proteção Social - é um sistema dotado de meios aptos a satisfação de necessidades sociais,
obedecendo a repartição dos rendimentos no quadro da solidariedade entre os membros da
sociedade.
Reforma - designa o estado do beneficiário que, por reunir os requisitos legais, habilita-se a
receber a pensão de velhice ou a de invalidez, conforme os casos.
Riscos - são os acontecimentos perniciosos futuros, incertos e involuntários.
Segurança Social Básica - e a que visa prevenir situações de carência, bem como a integraτπo
social através da proteção especial a grupos mais vulneráveis. A proteção social básica tem como
fundamento a solidariedade nacional, reflete as características distributivas e é essencialmente
financiada pelo Orçamento do Estado.
Segurança Social Complementar - e a que se destina a proteger os trabalhadores assalariados
ou por conta própria e suas famílias, complementando de modo facultativo as prestações
concedidas no âmbito da segurança social obrigatória.
Segurança Social Obrigatória - é a que se destina aos trabalhadores assalariados ou por conta
própria e suas famílias, com o objetivo de protege-los, nas situações de falta ou diminuição da
capacidade para o trabalho, maternidade, velhice e morte. A proteção social obrigatória
pressupõe a solidariedade de grupo, o caracter comutativo e assenta numa lógica de seguro
social.
Trabalhador por Conta Própria - é aquele que exerce uma atividade humana produtiva sem
sujeição a um contrato de trabalho subordinado.
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