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OFICINAS DE HISTÓRIA
PROJETO CURRICULAR DE CIÊNCIAS SÓCIAS E DE HISTÓRIA
ANA MASCIA LAGÔA, KEILA G R I N B E R G
E LÚCIA G R I N B E R G
D I —
tl E IS S A O
O manual de OFICINAS
DE HISTÓRIA incorpora um
método ativo, desenvolvido
em íntima relação com os
Parâmetros Curriculares
Nacionais (Brasília, 1998EF
e 1999EM).
O objetivo fundamental é
colaborar na formação inte-
lectual dos adolescentes,
carreando valores que pro-
porcionam o conhecimento
da trama da História. Em
especial, busca-se ressaltar
os objetivos específicos que
desenvolvem capacidades
para identificar os valores
que permeiam a auto-orga-
nização das sociedades
humanas.
PROJETO CURRICULAR
CDU 937.04
0 f i c i n a s de H i s t ó r i a
PROJETO CURRICULAR
Os materiais que você tem em mãos foram elaborados pensando Para possibilitar o uso deste material por
nos jovens de 11 a 16 anos. alunos e professores brasileiros, algumas
oficinas foram adaptadas, seja em seu
Eles geralmente se aborrecem nas aulas de História. Nós, os autores conteúdo, seja nos exemplos e ilus-
e, supomos, também os professores, ficaremos satisfeitos se, com a trações. A adaptação foi feita com o obje-
utilização destas oficinas, isso não ocorrer. Entretanto, este não é o tivo de adequar os conteúdos apresenta-
dos, na edição original, ao programa de
objetivo fundamental do método que apresentamos.
conteúdos seguido no Brasil. Assim, as
Os professores de História sabem, melhor que ninguém, o quanto oficinas cujo conteúdo foi modificado (de
número 2, 3, 4, 8, 10, 12 e 13) corres-
é difícil prender a atenção dos adolescentes, quando se tenta
pondiam, na edição original, a conteúdos
explicar seriamente a História. Com esses materiais pretendemos
muito específicos da história espanhola,
que os alunos aprendam a desfrutar a História. Ninguém pode que não caberiam ser trabalhados por
viver do passado, mas é bem certo que não se pode caminhar adi- alunos no Brasil. Procurou-se manter, no
ante ignorando o passado. entanto, o mesmo enfoque temático,
além do respeito à época abordada e à
A História dos povos, às vezes, parece adormecida, superada pelo metodologia indicada na edição original.
tempo, mas renasce com força quando menos esperamos. Vemos, Da mesma forma, em todas as oficinas
diariamente, o passado, que parecia morto, renascer: o ressurgi- procurou-se, sempre que possível, com-
mento do fundamentalismo islâmico, os conflitos das nacionali- plementar a bibliografia indicada na
dades no Leste europeu, os separatistas franceses do Canadá e edição espanhola com indicações de
livros em português.
tantos outros. Não se pode pretender que os alunos saibam toda
essa história, mas sim, como funciona o conhecimento do passado
histórico.
Sí»; «ssfc
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O f i c i n a
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A ESTRANHA MORTE DE MARTA
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PROFESSOR A ESTRANHA MORTE DE MARTA
1.1 D e s c r i ç ã o da oficina
Esta é a primeira OFICINA.
Trata-se de uma introdução ao curso de História, que contém um
dossiê no qual se incluem o roteiro de investigação e os elementos
sobre um caso fictício, supostamente ocorrido no Rio de Janeiro. Os
materiais de trabalho dos alunos estão nas páginas 14 a 17. O
documento que levanta o caso é um informe da polícia sobre uma
jovem chamada Marta. Junto a esse detalhado informe há uma
série de documentos que, supõe-se, estavam na bolsa da garota.
(Ver lista na página 8)
1.2 Objetivos
Esta oficina introdutória tem três objetivos:
1.3 Conteúdos
Nesta oficina não são formulados objetivos conceituais ou de con-
teúdos históricos, pois este não estão presentes. O caso é mera-
mente policial e serve como introdução às oficinas seguintes. No
entanto, existem conteúdos que envolvem comportamentos e ati-
tudes, já que se pretende, desde o início do curso, que o aluno
saiba ordenar corretamente uma informação e tente formular
hipóteses sobre qualquer caso que se apresente, assim como
aceitar opiniões contrárias às suas. Finalmente, há que se levar em
conta que esta oficina é importante para iniciar os alunos na téc-
nica de debate.
A ESTRANHA MORTE DE MARTA PROFESSOR
1.4 Estratégias
O professor exporá brevemente em que consiste o trabalho dos his-
toriadores. Destacará a tarefa de busca e seleção de fontes e fará a
comparação entre essa atividade e as que realiza um detetive para
resolver um caso.
1.5 Avaliação
Nesta oficina, pode-se avaliar:
1. Trabalho de d e t e t i v e
APRESENTAÇÃO DO CASO
2 . Guia de investigação
Leia atentamente o relatório da polícia e responda:
1. Que informações ele fornece sobre Marta Lopes e as circuns-
tâncias de sua morte?
DELEGACIA DE POLÍCIA
RELATÓRIO POLICIAL
•y r 7
(Com o informe, mapa da Praça Nossa Senhora da Paz, Ipanema)
°f1ci
[AGENDA
A los desaparecidos • Discurso politico y prensa escriu. de
Hoy, a las 19. se rendirá un homenajc a Irene Vasüachís dc Gialdino. Prescntan
los estudiantcs y docentes de la Facultad Enrique Mari. José M. Pasquini Durán
de Ciências Soctales desaparecidos duran- y Eliseo Verón. A las 20. en Sarmiento
te la última dictadura militar. El acto ten- 1S51, sala C.
drá lugar en su nueva sede, Ramos Mejia • SaUng. de Dóris Cappcnbcrg. A las
841 (aula 208), Parque Centenario, donde 19.30, en Pacheco de Mdo 1818.
se descubrirá una placa y hablarán Horá- • Los versos dei Capitin, de Pablo Ne-
cio Coazi\ez. Nicolás Casullo. Ricardo ruda c ilustraciones de Raúl Soldí. A Ias
faitet, Laura Bonaparte y Zulma Hopen. 19, en Agüero 2502.
• fulio Coirtizar. La fascinadón de las
palabras. De Omar Prego Gadea. A las
Artes en el aietoer
19. en riorid» 943.
^ W ^ m é
81)1 MMtÇO.
DIA INTERNAGONí
IHMIMIIIK.
liPl m m -
2 C a u s a de muerte,
Patrícia Cornwell
(Atlantida S 16.90)
4 L a mujer d e S t r a s s e r ,
Héctor Tizón
(Perfil Libros. $16)
5 El s a s t r e d e P a n a m á ,
John Le Carré
(Emecé, $20)
6 P á l i d a c o m o la luna,
Mary Higgins Clark
(Plaza & Janós, $19 90)
7 El s o c i o ,
John Grisham
(Ediciones B. S19)
8 La c a b e z a perdida de D a m a s c e n o
Monteiro,
Antonio Tabucchi
(Anagrama. $19.50)
10 C u e n t o s d e fútbol,
Roberto Fontanarrosa
(Aguilar. $18)
No ficción
1 L a m a f i a del oro,
Marcelo Zlotogwiazda
(Planeta. $19)
2 El a m o r i n t e l i g e n t e ,
Enrique Rojas
(Planeta, $17)
3 El horror e c o n ó m i c o ,
Viviane Forrester
(Fondo de Cultura Económica, $15)
4 El p e s o d e la v e r d a d ,
Domingo Cavallo
(Planeia, S t 9 )
5 La Bonaerense,
Carlos Dulil y Ricardo Ragendorfer
(Planeta. $1õ)
7 G r a n d e s e n t r e v i s t a s d e la historia,
Chnstopher Silvester
(Aguilar. S39)
8 Orar, s u p e n s a m i e n t o e s p i r i t u a l ,
La Madre Teresa
(Planeta, $15)
9 T i e m p o s d e d e s a f i o s , t i e m p o de
reinvenciones,
Peter Drucker e Isao Nakauchi
(Sudamencana. $18)
10 C u y a n o a l b o r o t a d o r , vida de
D o m i n g o F. S a r m i e n t o ,
Jorge Garcia Hamilton
(Sudamericana. S18)
L i b r e r í a s c o n s u l t a d a s : Ateneo. Del
Turista, Fausto, Gandhi. Hernandez,
Interlibros, La Compania de los Libros,
Librerio. Norte. Prometeo, Santa Fe, Tomas
Pardo. Yenny: Boutique del Libro (Lomas do
Zamora); El Monje (Quilmes): Fray Mocho
(Mar del Plata). Rayuela, Ruben Libros
(Córdoba). Ameghino. Homo Sapiens, Lett.
La Nueve de Julio. R o s s . Técnica (Rosano);
Feria dei Libro (Tucumán).
N o t a : Para esta lista no se toman en cuen-
ta las ventas en kíoscos y supermercados.
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7 March 2 0 0 0
S M T W T F S
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PROFESSOR O CASO DOS SAMBAQUIS
2.2 Objetivos
Da mesma forma que no caso inicial (A estranha morte de Marta),
apresenta-se aqui um enigma aos alunos. Neste caso, não se trata
de um cadáver humano, mas de um amontoado de conchas em
pleno litoral do Rio de Janeiro. Os alunos, ao trabalharem com esse
tema, deverão compreender que:
2.3 Conteúdos
No que diz respeito aos conteúdos conceituais, com a oficina pre-
tende-se que os alunos conheçam as sociedades caçadoras e cole-
toras, tanto do ponto de vista histórico como antropológico.
Também se propõe o estudo de aspectos relativos às variações climáti-
cas e ecológicas do quaternário. Sendo o clima variável dele, depen-
dendo a flora e a fauna, é fator de grande importância para as
sociedades caçadoras e coletoras primitivas.
Os conteúdos relativos aos procedimentos são diversos:
a) Em primeiro lugar, trata-se de formular todas as hipóteses pos-
síveis. É preciso criar o hábito de formular hipóteses diante de
qualquer problema científico.
b) A formulação de hipóteses deve se dar com base nas pistas. Pista,
aqui, equivale a elemento que permite reforçar a hipótese de tra-
balho.
c) Finalmente, trata-se de discutir, com argumentos lógicos, as
hipóteses razoáveis.
Os conteúdos relativos à atitude são aqueles da valorização e
respeito aos vestígios da pré-história por serem patrimônio coletivo
e fonte de conhecimento histórico.
2.4 Estratégias
A oficina deve ser apresentada por meio de breve conversa na
qual o professor apresentará para o grupo algumas perguntas-
chave: Como podemos saber a idade das coisas? Até que ponto
podemos confiar nas descrições do passado remoto da
humanidade, dadas pelos arqueólogos? Insistir que, às vezes,
averiguar esse passado remoto exige que se trabalhe como um
detetive: fixar-se em minúsculos detalhes, relacionar objetos
aparentemente sem nenhuma conexão, recorrer a informes de la-
boratório...
baquis no Brasil, eles não estão abertos à visitação pública. Uma Paulo, Atual, 1994.
honrosa exceção é a Praça do Sambaqui da Beirada, em Saquarema KNEIP, Lina Maria e PALLESTRINI,
(Rio de Janeiro), primeira exposição arqueológica ao ar livre de um Luciana. Brasil antes do descobrimento.
sítio pré-histórico. (Aberto à visitação de terça-feira a domingo, das Curitiba, Educa, 1991.
10h às 16h.)
PROUS, A. A Arqueologia Brasileira.
Brasília, UnB, 1991.
2 . 0 m o n t e de conchas
Os pesquisadores começaram as investigações pelo sambaqui Zé
Espinho porque esse sítio arqueológico estava razoavelmente bem
conservado. Estudos anteriores apontavam a existência de camadas
arqueológicas interessantes e, acima de tudo, havia cerâmica na
superfície. A primeira providência tomada foi limpar cuidadosa-
mente o local. Apesar das dificuldades — lá havia muitos
formigueiros e escorpiões — todos os objetos encontrados eram
cuidadosamente manuseados e fotografados. Isto feito, passaram a
escavar com pincéis e espátulas três camadas de terra de cor negra,
rica em húmus, raízes, conchas e restos de crustáceos. Mais abaixo,
foram encontrados trechos de terra amarela e, finalmente, seções
inteiras formadas por conchas de moluscos. Embora achados
arqueológicos tivessem sido descobertos em todas as camadas, os
mais importantes foram localizados naquelas mais próximas da
superfície.
O CASO DOS SAMBAQUIS
1780/170 B.P.
1920 /170 B.P. CAMADA A M A R E L A
C A M A D A NEORA C A M A D A ESTÉRIL
L E G E N D A
PONTO ALTITUDE
1 2,95
2 2,20
3 4.62
4 2,39
5 2,81
6 2,66
7 2,40
8 2,55
9 2,18
LEGENDA
0 — quadriculamento
sq— subquadriculamento
t— trincheira
p— perfil
3 . Os a c h a d o s
Os arqueólogos encontraram fragmentos de crustáceos, restos de
vertebrados e de carvão, cinza de fogueiras e cerâmicas simples e
decoradas. Além disso, exumaram um considerável conjunto de
ossos, muitos deles fraturados e misturados a instrumentos de
pedra, de osso e de concha. Os ossos eram de seres humanos; os
instrumentos de pedra serviam para cortar, raspar e moer alimen-
tos e os de osso e concha eram usados como enfeite e armas. Os
arqueólogos anotaram cuidadosamente os achados em um mapa,
que reproduzimos, (ver fig. 2.4)
e 0 o
/ • C 'o
O - J V ^ r
LEGENDA
OSTREfDEO
m FRAGMENTOS DE CRUSTÁCEO
LlTICO
CARVÃO
150cm
^ I PONTE-DUPLA
E S C A L A G R Á F I C A EM C E N T Í M E T R O S
1 — Tonna gakiâ
3 - POUDOR-PERCUTOR
Temperaturas Í^L1550"1'
)0.000.000 Homo
Hominóide
primitivo!
10.000
4 . Pistas de Trabalho
PISTA 1
9
crustáceos e vertebrados, (ver fig. 2.6)
PISTA 4
3.2 Objetivos
Ao estudar este caso, espera-se que o aluno continue trabalhando
como detetive e procure dar coerência a todo o conjunto de obje-
tos que apresentamos. Não é preciso abandonar os objetivos da
oficina anterior, mas insistir que, para investigar algo, o primeiro
passo é lançar hipóteses com todos os dados possíveis, para em
seguida confirmá-las ou desmenti-las.
3.3 Conteúdos
Levando em conta os conteúdos conceituais, a oficina pretende
mostrar a complexidade das sociedades da pré-história, nas quais
se destaca a importância dos rituais de sepultamento e da magia.
3.4 Estratégias
Esta oficina pode ser apresentada como um caso enigmático que os
alunos devem resolver. O professor deve falar da tradição do uso de
covas nos remotos períodos da pré-história. Depois, deve apresen-
tar os achados com o objetivo de que formulem hipóteses sobre a
possível natureza das grutas.
Introdução
Para reconstruir os acontecimentos do passado, o historiador
deve se esforçar para conseguir o maior número possível de
provas. É provável que algumas perguntas permaneçam sem
resposta, que não se chegue à explicação satisfatória... Por isso,
a arqueologia, assim como o trabalho do detetive, pode se
tornar atraente e apaixonante. Agora, você vai investigar o 3.2 0 interior da caverna de C o n f i n s .
A - . Í i j ^ f S —
1884
2 . Os achados
Em 1976, foi iniciado um estudo científico dessa região, por uma
expedição de pesquisadores franceses e brasileiros, baseado naque-
les e em vários outros achados arqueológicos, para averiguar qual
das hipóteses formuladas era a correta. Foram encontrados vestí-
gios em várias grutas diferentes. Em algumas delas, a presença con-
tínua da ocupação humana pôde ser comprovada.
3.6 Cauda e parte da carapaça do tatu
encontrado na gruta de Borges
M
s a \ > X
C —"
- A àL
S
u*- —*•*» —' w
D
3.5 Vista l a t e r a l do crânio do urso de face curta, extinto, encontrado na gruta
de Lagoa Funda.
ACHADO NÚMERO 1
Em uma das grutas, foram encontrados corpos curvados, deposita-
dos em redes, acompanhados de colares de grãos de coloração ver-
3.7 Alguns animais que habitavam a
região de Lagoa Santa: melha, de noz-de-palmeira, sementes oleaginosas de Caryocar e de
estilhaços bipolares de quartzo, como se fossem raspadeiras. Em
A. SMIL0D0N
várias outras também foram encontrados restos humanos seme-
B. MYL0D0N ROBUSTUS
lhantes a esses.
C . MAST0D0N
D . GLYPT0D0N
O MISTÉRIO DAS GRUTAS
ACHADO NUMERO 2
Na maioria dessas grutas, foram encontrados: preguiças terrestres,
lhamas, tatus, cervídeos, pequenos roedores e répteis.
ACHADO NÚMERO 3
Nos solos das galerias, foram encontrados restos de vegetais, como
sementes de pequi, frutos de palmáceas, cocos de lituri, nozes-de-
palmeira e grãos de milho.
ACHADO NÚMERO 4
Diversos objetos encontrados no interior das grutas:
— lascas de cristal de quartzo para afiar pedras 3.8 Artefatos rudimentares de pedra
encontrados em Campo Alegre e
— pontas de cristal de quartzo Carrancas.
— colares de grãos
— machados de pedra polidos e afiados, colocados em cabo de
madeira
— martelos de pedra
— pilões de pedra
ACHADO NÚMERO 5
Nessa gruta, também foram encontrados vários desenhos, pintados
em amarelo. A tinta parece ter sido preparada na parte sul da
gruta, onde foram encontradas manchas de coloração vermelha e
amarela.
PROCEDÊNCIA DATAÇÃO
Cerca Grande
Gruta número 6 7770 a.C.
Níveis 6 e 7
Caieiras 7650 a.C
Lapa Vermelha IV
Profundidade: 1030-1080 cm 7630 a.C.
Cerca Grande
Gruta número 6
7076 a.C
Níveis 2 e 3
Lapa Vermelha IV
Profundidade: 865 cm 4880 a.C.
Fazenda Manguera
2720 a.C.
Grutas de extração de argila
Lapa Vermelha IV
Profundidade: 1,90 m 1770 a.C.
^RJ,
ntFAr»n«/<;^rC0iQ7BÇã0
Forense/SESC, 1978, p. 194/195.
P r é ' H 1 s t ó r 1 a <*> ^tado do R1o de J a n e i r o .
PARECER TÉCNICO 2
O estudo geológico das grutas permitiu demonstrar que os únicos
minerais encontrados junto com os esqueletos, suscetíveis de
aproveitamento, são o quartzo e a hematita.
PISTA 1
Sepultura.
3.11 Sepultamento de adulto em PISTA 2
Serranópolis, Goiás. Pedro Ignacio
Schultz, Caçadores e Coletores da Pré-
H1stór1a do B r a s i l . São Leopoldo, 1984. Mapa de localização de hematita em Minas Gerais.
oficina 3 página 43
PISTA 3
PISTA 4
Desenhos rupestres
3.14 Desenhos rupestres de grutas situadas no Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
PISTA 5
j^uia de i n v e s t i g a ç ã o
As páginas precedentes se referem aos achados nas grutas de pedra
de Santana do Riacho (Minas Gerais) e a alguns pareceres técnicos
a respeito. Com a ajuda das pistas, complete todos as etapas dessa
pesquisa. Para isso, propomos a utilização do esquema seguinte,
semelhante a um relatório arqueológico.
5. Relatório arqueológico sobre o sítio
de S a n t a n a do Riacho (Minas Gerais)
Alurio:
Disciplina:
Escola:
Data:
e) Restos humanos.
f) Objetos de enfeite; origem do material.
g) Pinturas rupestres; características dos desenhos.
a) A cronologia do conjunto.
6. Conclusões
Formas de sobrevivência encontradas pelos homens que habitavam
a região. Havia necessidade de organização do trabalho coletivo?
Justifique sua posição.
O f i c i n a
O E N I G M A DE ALDOVESTA
PROFESSOR O ENIGMA DE ALDOVESTA
4 . 1 D e s c r i ç ã o da ofi ci na
A proposta é uma escavação arqueológica complexa. Em primeiro
lugar, há uma descrição do sítio arqueológico, em que se apresenta
sua localização geográfica, seguida das características da escavação.
4.2 Objetivos
0 objetivo fundamental da oficina continua sendo o de ordenar a
informação e formular hipóteses que permitam dar coerência ao
conjunto de fontes arqueológicas e literárias. Contudo, não é demais
dedicar uma quarta oficina a este objetivo tão importante. O pro-
fessor deve ter em mente que os hábitos de estudo do aluno nem
sempre o introduzem na análise hipotético-dedutiva. Uma boa parte
dos conceitos que conhece ou formulou partiram de hipóteses que
não foram questionadas. Não carece insistir que toda investigação
parte de algumas hipóteses de trabalho que devem ser verificadas.
Nesta oficina, o objetivo deve ser alcançado em duas etapas: em
primeiro lugar, formulam-se algumas hipóteses básicas, que. uma
vez analisadas, dão base a outras hipóteses mais complexas, que
serão estudadas na segunda etapa. É importante que o aluno des-
cubra que a formulação de hipóteses não se dá apenas no início da
investigação. Ao contrário, é parte do processo dialético e deve ser
retomada continuamente.
4.3 Conteúdos
Esta oficina é rica em conteúdos conceituais. Em primeiro lugar,
propõe-se o problema dos estabelecimentos humanos e sua relação
com o meio físico (por que se fixaram exatamente neste ou naque-
le lugar?). Em segundo lugar, analisam-se em detalhe a cultura
material, técnicas de construção de moradias, organização
econômica das sociedades peninsulares pré-dássicas. Em seguida,
propõe-se a questão das colonizações da época arcaica e sua
incidência sobre os povos indígenas (processos antropológicos de
aculturação). Finalmente, são abordadas questões fundamentais
para entendimento do comércio primitivo.
4.4 Estratégias
Sendo possível, o professor, poderá iniciar a oficina com uma escava-
ção simulada no pátio ou em alguma área fora da escola. O objetivo é
descobrir como funciona um sítio arqueológico, antes de iniciar a ofici-
na. Apresentamos um exemplo de escavação simulada e convidamos
os alunos (a metade da turma) a construir uma cabana. Um esquema
de construção pode ser o da figura (4.1).
1. 0 começo
Em um campo de prospecção arqueológica que abarcava a zona do
baixo Ebro (Espanha), no verão de 1986, foram localizados restos
que pareciam muito antigos. As amostras recolhidas foram anali-
sadas em um laboratório: confirmadas as conjecturas, tiveram iní-
cio os trabalhos de escavação.
2. 0 lugar
Na margem esquerda do Ebro, junto a uma curva, eleva-se um
promontório chamado Aldovesta. É um morro escarpado de cerca
m de 80 metros de altura. A vizinhança é terreno acidentado. O rio é
o único meio de comunicação: até hoje não há pontes e só se pode
cruzá-lo de barco. Os recursos naturais são bastante escassos, por
causa do terreno acidentado, e há terras planas somente nas mar-
gens, hoje transformadas em hortas.
3. A escavação
No alto do morro descrito, existe uma pequena esplanada (e ali se
escondeu o exército do governo, escavando várias trincheiras e
ninhos de metralhadoras, durante a guerra civil espanhola de 1936).
A planta
As construções descobertas na escavação eram de barro, tinham um
esteio de lajes de pedra fincadas verticalmente no solo, e eram de
traçado irregular. Destacava-se um grande recinto semicircular. Na
planta, os recintos se denominam com as letras a, b, c, d, e.
Relação de objetos encontrados nos diferentes recintos, que
apareceram na planta da figura 4.8. com os seguintes números:
I V è ^
3. Grande quantidade de verrumas e limas de cobre.
9. Banqueta de pedra.
10. Anzol de metal.
4.10 Molde para fundir metal.
11. Aguadeiro.
12. Manjedoura talhada na rocha.
HIPÓTESES BÁSICAS
HIPÓTESES A D I C I O N A I S
<r~>
1700 a.C.
900-800 a.C.
700-600 a.C.
Ânfora grega de Marselha Ânfora romana
(século VI-IV a . C . ) . (século I I - I a . C . ) .
4.14 Diversos tipos de machados de
4.15 Diversos tipos de ânforas.
cobre.
O E N I G M A DE ALDOVESTA
Moinho
do tipo Ibérico do século I I a.C
-J ..ûÂïf.xi^^; ai
_ •. . „-
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Üito ..
O f i c i n a
EGITO EM IMAGENS
COMO DECIFRAR AS MENSAGENS DOS FARAÓS
oficina 5 página 72
PROFESSOR
EGITO EM IMAGENS
5.1 D e s c r i ç ã o da oficina
A oficina consta, em primeiro lugar, de um pequeno dicionário de
chaves simbólicas, elementares, utilizadas pela iconografia egípcia,
seguido da simbologia de algumas cores.
5.2 O b j e t i v o s
O objetivo básico desta oficina é familiarizar o aluno com a leitura
de imagens. Ele deve chegar a descobrir que as imagens sempre
dizem mais coisas do que aparentam. Ao mesmo tempo, a oficina
requer meticulosidade para examinar todos e cada um dos detalhes
de uma série de desenhos. Outro objetivo consiste em ajudar o
aluno a concentrar a atenção em elementos e objetos menores, que
proporcionam, em muitos casos, uma valiosa informação.
5.3 Conteúdos
Os conteúdos conceituais são os seguintes:
a) Descrição de imagens.
a breve águia
i-à pena
M duas penas
y
— a longo antebraço
% u pintainho
A b pé
•
p local
f lesma
m coruja
m corpete
n riacho
n chapéu vermelho
r boca
Ü
h (aspirado) cercado
! h trança de linho
•
_± placenta
— s ferrolho
)
s cinto dobrado
— s represa
A encosta de areia
a
q suporte de jarra
jm pãozinho
t
f t pilão
t tenazes
PROFESSOR EGITO EM IMAGENS
7. •a
1 Velhice, senilidade. 32. <• Carne.
1
Paladar.
15. Sepultura, rito, uso. 40. \ Chifre, ataque, oposição.
16. à Homem. 41. ' — Espetar, buscar, apanhar (no sentido de
17. i Mulher. «.y Pousar, estacionar.
18. J Deus. (ver n. 89) 43."V Pequenez, miserável.
19. Deusa (ver n.90) 44. V Ave, vôo.
20. Rei, personaqem ilustre (ver n.89) 45. As mesmas idéias.
21. Ê Palavra, pensamento, alimentação 46.**« Peixe, natação.
22. à Repouso, lassidão, abandono.
1 4L> Serpente, réptil, taturana.
23. & m ~ Soldado, exército. 48. ^ Árvore, arbusto.
24. ê Personaqem importante. 49 .<Et Flor, planta.
25. Queda, derrubada, ofensa.
' Madeira, objeto de madeira.
EGITO EM IMAGENS PROFESSOR
X
10.000 1 inj
La civilisation égyptienne, Ed. Payot, djab
1976. (N.A.: Não há tradução em por- 100.000
^ O© hefennu
tuguês destas duas últimas obras 1.000.000
citadas.) 11 heh
Q.
10.000.000
Shennu
Para uma leitura renovada do Egito Esta escrita hieroglífica é muito ligada à <imh«u •
antigo a partir do cotidiano: Scott pelos signos ideográficos. Esses signo J S ^ ^ ^
Steedman, Jornal do Egito Belo se adaptaram ao sistema de p e n s a m ^ ^ é'3S q u e d e p 0 , S
Introdução
Para desvendar as mensagens que nos deixaram os antigos egíp-
cios, tornou-se necessário decifrar sua escrita. Essa façanha teve
lugar há cerca de 200 anos. Sem dúvida, os egípcios não transmi-
tiram suas mensagens apenas mediante signos escritos. Por meio de
desenhos, pinturas e esculturas, que se chamam fontes iconográfi-
cas, eles proporcionaram também informação abundante sobre sua
cultura. Para entender o que significam essas fontes e o que eles
queriam comunicar, é preciso ter presente que, quando um artista
egípcio fazia uma obra, utilizava uma grande quantidade de sím-
bolos, com os quais transmitia diversos conceitos.
1. Chaves simbólicas
ASAS — Significam ascensão aos céus e, por extensão, natureza divina.
o Sol, que nasce no Oriente e morre no Ocidente. Por isso, este ani-
mal era um dos grandes símbolos do deus Sol (Rá).
Papiro
PAPIRO — Planta simbólica do vale do Nilo. Representava o Alto
Egito, assim como a flor de lótus representava o Baixo Egito.
Cruz Alçada
2.2_Simbol i smo d a s c o r e s
BRANCO — Indicava pureza, candura, nobreza e nascimento. Ptah,
deus criador, estava coberto com vestido branco, símbolo do ovo
do qual nasceu. Como, em certa medida, morrer significa nascer
para outra vida, ele era também sinal da morte. Os antigos uti-
lizavam os mesmos símbolos para a vida e para a morte.
FIGURA DA DIREITA
Base - Linhas horizontais retas. Representam a terra firme ou o
barro.
Planta — Flores de lótus.
Animal — Pelicano.
Que significado têm as figuras separadamente?
E juntas?
EGITO EM IMAGENS
5. Guia de investigação
Caracterizar a vida do Egito Antigo a partir de seus desenhos e pin-
turas murais.
Para que seja possível fazer esse relatório de forma ordenada, ofe-
recemos o seguinte esquema:
/vjniti%4— L-T-fTS"
(
I °o °o °c,°o°= I • . » a ««:»•••
ltT*10:: 1 Cr °oi
a" 1 •
j rKüaíJiJ -íi. l.UT. : 1 1 1
• •® 1
1 o°oD °° ° ». Ji^iruA^A^AU-rfaJitu^nus.i
nlj " r i
i:- V J - « ^ MJnfc
Èfy^&l: __
•Üt.tU.'It.-A-
EGITO EM IMAGENS
6.2 Objetivos
O objetivo mais evidente desta oficina é introduzir um critério para
ordenar a informação e inculcar a idéia de que, se não se armazena
bem a informação, ela se torna inútil, já que não se pode utilizá-la
quando necessário.
Outro objetivo é mostrar que, para empreender qualquer investigação
séria sobre um tema, devemos escolher, em primeiro lugar, o méto-
do para classificar e guardar a informação.
6.3 Conteúdos
O conteúdo conceituai desta oficina refere-se à descrição e h análise das
sociedades escravistas da Antigüidade Clássica. 0 aluno deve descobrir
as relações que se estabelecem entre os homens no mundo greco-lati-
no. Também se pretende que o aluno se familiarize com a historiografia
clássica. É preciso deixar claro que, ainda que na Grécia e em Roma a
sociedade fosse de tipo escravista, o escravismo era muito diferente numa
e noutra. Enquanto na Grécia, durante o período arcaico, o escravo domés-
tico era quase um membro da família, em Roma, a escravidão chegou
a alcançar proporções enormes, até o ponto de os escravos serem a força
de trabalho mais importante.
6.4 Estratégias
A proposta do tema consistirá em uma conversa com os alunos abor-
dando os aspectos a seguir. Quando alguém inicia um trabalho de
pesquisa, pode ser que muitos outros tenham pensado no problema
antes dele. Assim, qualquer que seja o tema de nosso trabalho,
quase sempre podemos conseguir muita informação sobre ele. É
necessário, antes de levantar hipóteses, recolher toda informação
possível. Normalmente, os pesquisadores utilizam fichas para reco-
lher ordenadamente a informação existente sobre o tema que
querem trabalhar. É importante saber armazenar bem todos os
dados, para poder utilizá-los logo. Do contrário, não podemos fazer
nenhuma pesquisa; nossos trabalhos serão sempre cópias de enci-
clopédias ou simples repetições do que outros escreveram.
Introdução
Durante a época denominada de Antigüidade Clássica (mundo
grego e mundo romano), os escravos eram a classe social mais
baixa. Sobre eles recaía todo o trabalho manual; não tinham liber-
dade e eram considerados meros objetos que podiam ser compra-
dos ou vendidos, segundo o interesse e desejo de seus senhores.
Nesta oficina, vamos conhecer melhor a verdadeira condição des-
ses homens e mulheres, seus modos de vida, o tratamento que
recebiam etc. Para isso, vamos investigar o que os escritores da
época nos dizem sobre a escravidão.
1. Método de investigação
Para realizar a pesquisa, vamos facilitar seu trabalho. Recolhemos em
um fichário diversos testemunhos dos principais escritores gregos e
latinos. Seu trabalho consistirá em ordenar por temas a informação,
para, dessa maneira, poder redigir um relatório bem estruturado que
terá por título A escravidão no mundo antigo.
1. Justificativa da escravidão.
a) Fontes primárias.
b) Fontes secundárias.
c) Escritores gregos.
d) Escritores latinos.
e) Antes de Cristo: a. C.
f) Depois de Cristo: d. C.
4. Relatório sobre a e s c r a v i d ã o no
mundo^cTássic o
ESQUEMA
2. A escravidão.
Justificativa dos escritores de época — latinos e gregos — para
a escravidão.
Como se adquiria a condição de escravo.
Modo de vida dos escravos (trabalho, tratamento etc.).
A família dos escravos.
As relações senhor-escravo.
A alforria dos escravos.
3. Diferenças e semelhanças mais destacadas entre a escravidão no
mundo grego e no latino.
4. Evolução da escravidão.
5. Apêndice
APIANO - Historiador grego nascido em Alexandria, no ano de 95
d.C. Escreveu, com grande objetividade, uma história sobre os
povos submetidos e as lutas civis romanas.
ARISTÓTELES - Filósofo grego (384-322 a.C.). Escreveu numerosas
obras nas quais defendeu a necessidade da escravidão, o conceito
de que existem raças que nasceram para ser escravas e a idéia de
que é preciso reservar a política e a moral para uma minoria aris-
tocrática. Todas essas idéias eram um reflexo do que se pensava nas
cidades gregas do século IV a.C.
O F I C I N A 6
OS ESCRAVOS NO M U N D O ANTIGO
1 2 3 4 S 6 7 8 g 10 i i 12 a b c d e ( 1 II III IV V VI
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 a b c d e f 1 II III IV V VI
1 2 3 4 5 6 7 B 9 10 11 12 a b c d e f 1 II III IV V VI
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 a b c d e f 1 II III IV V VI
"Mostrei à minha jovem mulher o aposento das escravas, que estava se-
parado daquele dos escravos por uma porta fechada a chave para evitar
que levassem algo indevidamente e que os escravos não tivessem filhos
sem nossa permissão. Os bons escravos, realmente, quando têm filhos se
mostram mais leais."
(Xenofonte, O Econômico)
r
j 1 J 21 3 I 4 I 5 ! 6 I T j 8 ~g ,' 10j 111 12; a • b j c j d I e I I J j I j II j III j IV j V j VI
'I b
.........
1 a| 3j 4 s 6 7 8 S 10 11 ,a| c d e ( 1 I I I 111 IV V VI
I !,„„,,
"No ano 326 a.C. ... se obrigou os cônsules a proporem ao povo que
ninguém, exceto os criminosos provados, fosse encarcerado e acorrentado
e que os credores cobrassem as dívidas dos bens e não do corpo dos deve-
dores. Desse modo, todos aqueles que haviam sido reduzidos à escravidão
por dívidas foram libertados e se proibiu seguir esse costume daí em
diante."
(Tito Lívio, VIII, 28)
8 9 10 11 12 III IV V VI
10
1 2 3 4| 5
6 7 8 9 10 11 " I a| b c d 1 II III IV v VI
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|l|;|j|<|5|í|7|t'8 10 j 11 j 12 j I a I b I c I d I Tj
13
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5! "1 7 1
14
1 2 3 4 s 6 7 8 9 10 11 12 a b c d e f II III IV V VI
17
DI 10 11 12 c d VI
(Columela, De agricultura, I, 7)
19
1 z ) 3 | 4 j S 6 7 8 9 10 11 j 12 a b c d 'I ' I II III IV V VI
18
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 a b | c |d e » I II III IV V VI
"Àquelas escravas que se distinguem por ter muitos filhos, e com quem con-
vém, portanto, ter uma certa consideração, são concedidas dispensas do
trabalho e, às vezes, também a liberdade. Para ser exato: se dispensa do
trabalho àquelas que têm três filhos e se liberta àquelas que têm mais de
três". (Columela, De agricultura, I, 19)
21
10 11 12 VI
22
1 2 3 4 5 6 7 e 9 10 11 12 a b c d e f II III IV V VI
25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 101 11 12 a b c dl e » II III IV V VI
"Nas fazendas isoladas, aqueles que o proprietário não pode visitar sem-
pre, é preferível encarregar qualquer trabalho a um colono livre do que a
um administrador escravo; esta regra se refere particularmente aos cam-
pos onde se cultivam cereais."
(Columela, De agricultura)
2 , 4 . 6 7 8 9 J 10 11 b c d e f 1 II III IV V VI
'I H •! l
"É necessário que os escravos tenham alguma coisa, assim como que se
unam com escravas e que tenham filhos, já que assim estarão mais vincu-
lados ao local." (Varrão, De agricultura, lib. I, XVII, 7)
"As habitações, para os escravos que podem se mover em liberdade,
devem estar orientadas em direção ao sol; para os algemados, se existem
muitos, convém ter um cárcere de escravos (ergástula) nos sótãos dos
edifícios que responda o máximo possível às exigências sanitárias, com
muitas janelas pequenas para a luz, situadas a uma altura tal que não pos-
sam alcançá-las com as mãos. Para o resto do gado se faça construir
estábulos com características tais que os protejam tanto do frio como do
calor excessivo; para os bois de trabalho se devem determinar duas rações
diferentes de verão e de inverno; para os outros animais..." (Columela, De
agricultura, 56, 59)
26
1 2 3 4 S 6 7 8 9 10 11 12 a| b | c d | e f | 1 II III IV V v i l
29
1 2 3 s 6 9 10 11 12 8 b c d e f 1 II III IV V VI
• •
Mapa, e reconstrução da casa de Pompéia denominada Dos mistérios.
(Segundo Maiuri. Villa dei Misteri, Roma, 1945.) Os escravos residiam no
bairro rústico, nas habitações número 31, 32, 33, 35, 52, 58 e 60.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 a b c d e f 1 II III IV V VI
"Em Boscorreale, a casa 26 tinha chão de terra batida, muros sem reboco,
mobiliário pobre, e em Gragnano, a casa 34 oferece um plano idêntico ao
do quartel de gladiadores-escravos: ao redor de um pátio aparece um
grande número de pequenas habitações, algumas das quais deviam ser
destinadas aos escravos teimosos, já que nelas foram descobertos troncos
para amarrá-los.
0LC Catingam Uuàm ri <hr (jmpjnun wlí* n/soc* en J.R.S.. XXI. 19)1. p. 120)
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 a b c d e f II III IV V VI
oficina 7 página 130
7. T De s c M ç ã o da o fiei n a
A oficina consta de duas partes. Na primeira é descrita a escavação de
uma aldeia da Alta Idade Média, estabelecendo-se paralelos que servem
como pistas. Há também um guia de investigação. A segunda parte trata
da escavação do castelo da Baixa Idade Média, que foi construído em
cima da aldeia anteriormente citada; para investigar o castelo são ofere-
cidas pistas e paralelos, como na fase anterior. Finalmente, no guia de
investigação do aluno, solicita-se um estudo comparado das duas fases.
7.2 Objetivos
O objetivo principal desta oficina é iniciar o aluno na compreensão
dos problemas de mudanças históricas e continuidade. Isso é impor-
tante, já que vivemos em uma época de rápidas mudanças, e os
jovens devem tomar consciência disso. A visão que os adolescentes
têm do mundo está muito mais condicionada pelo presente, e a
história nos mostra exemplos — esta oficina responde a isto — de esti-
los de vida muito diferentes dos do mundo atual. Por isso, é impor-
tante que possam comparar, que percebam que a vida não é prede-
terminada, e que o homem faz caminho ao andar. Nesta oficina, o
objetivo básico é estudar a mudança de aspectos da vida material,
não nas atitudes e modos de pensar. Isso pode parecer muito simples,
mas às vezes é difícil imaginar formas de vida radicalmente diferentes
das nossas e, por isso, se recorre a elementos da cultura material, que
permitem liberar a imaginação em direção ao passado.
Iil_jstratég1as
Esta oficina poderia ser introduzida indagando-se dos alunos se têm
e i a de como era, há mil anos, o lugar onde vivem. Ou se são
Nesse contexto, a aldeia de Calafell mostra o processo típico de estão publicados em SANTACANA, J.,
uma boa parte da Europa, ainda que com a variante do fator L'excavac/0 i restauració dei castell de
muçulmano, que converteu esse território do centro da Catalunha Santa Creu (Calafell. Baix, Penedés),
Monografies Arqueológiques, número
em limite das terras cristãs com as muçulmanas (a fronteira estava
6. Dispuitació de Barcelona, Barcelona,
perto do rio Gayá, na proximidade de Tarragona).
1986. Um resumo dos achados, assim
A aldeia dos camponeses livres, que por direito de conquista ou de como sua interpretação histórica, se
primeiro ocupante, se estabeleceram no lugar, buscando um local acham em GARCIA, C , y SANTACANA,
estratégico, é substituída pela fortaleza senhorial desde os fins do )., El conjunt ait medieval dei Castell de
século XII, quando, uma vez postas em funcionamento as terras Calafell. Fonaments, número 9,
planas dos arredores, os senhores iniciam o processo de expropria- Barcelona, 1990.
ção das mesmas. Esse fato leva os camponeses a deslocar suas casas Um caso paralelo ao de Calafell é o
para a parte baixa da colina e a abandonar a plataforma superior publicado por IMMA OLLIC, El poblat
do penhasco, onde acabou instalado o castelo. Deve-se mencionar de l'Esquerda (Masies de Roda), na
a importância da igreja, nesta primeira fase, porque a aldeia se Catalunya românica, vol. Il (Osonal), Ed.
articula em torno da igreja e do cemitério, ou seja, a paróquia; com Enciclopédia Catalana, Barcelona,
a feudalização do lugar, a igreja acabou integrada ao domínio 1984, pág. 237 e seguintes.
senhorial, que se apropria da mesma e, em parte, monopoliza suas Um apanhado geral sobre os povoados
medievais e sua escavação arqueológi-
funções.
ca pode ser encontrado em DE
Cabe lembrar a farta bibliografia sobre esse tema, que não se pode
BOÜARD y M. Riu, Manual de arqueo-
abordar nesta breve nota. Em todo caso, o professor deve ser muito
logia medieval. De la prospecc/ón a la his-
Prudente ao comentar esses aspectos com os alunos de 13 ou 14
toria, Ed. Teide, Barcelona, 1977.
anos, já que a problemática feudal requer que se man.pulem con-
É especialmente útil o capítulo sobre
ceitos abstratos, difíceis de serem compreendidos nesta idade.
arqueologia hispânica Núcleos de
población, págs. 442-445. Embora não
existam obras em português específicas
sobre o assunto, há bons manuais
sobre a história medieval da Península
Ibérica, que trazem importantes infor-
mações sobre o assunto, tais como:
Serra Pré-litorânea
3. Cabanas de madeira
4. Poço
6. Cemitério
2. A escavação
A escavação evidenciou que no subsolo do castelo, que se vê atual-
mente, havia restos de um povoado bem mais antigo. Em função
disso, podem ser distinguidas duas etapas muito claras. A mais
recente corresponde ao castelo: fossos, torreões, muradas, cisternas,
muralhas, capela, salão nobre, cárcere, cavalariças e outras
dependências. (Ver fig. 7.2.) A etapa mais antiga corresponde a
uma aldeia onde havia uma capela, um recinto ou cercado de
madeira, silos escavados na rocha, para armazenar grãos, um
pequeno cemitério (junto à capela) e algumas choças. (Ver fig. 7.3.)
3 . A c h a d o s da f a s e ajnt^ga correspondente
à aldeia
Poste de madeira
7-6 Reconstrução Ideal de uma cabana de camponeses pertencente a esta
fase.
4 . R e i a t ó r i o s o b r e os r e s t o s do
cemitério:
"De um total de 85 pessoas estudadas, 30 eram homens, 17 mu-
lheres, 5 adolescentes e 33 crianças menores de 8 anos. A mortali-
dade infantil supera, portanto, os 39%. A maioria das crianças mor-
ria antes de completar um ano. A média de vida era de cerca de 34
anos para as mulheres e a dos homens era ainda menor. A altura dos
homens adultos era de 1,65 m; a das mulheres era um tanto mais
baixa. A totalidade dos indivíduos enterrados tinha a mandíbula
muito desgastada, resultado de um regime alimentar ruim ou defi-
ciente que pesava no desgaste prematuro da dentição... Grande parte
dos ossos tinha sinais claros de má nutrição, descalcificação e outras
patologias, o que indicava terem sofrido em vida várias afecções
osteoarticulares." (Do relatório antropológico dos esqueletos)
NÚMERO 3
NÚMERO 4
=0 ° ! g
C o p
te longitudinal d e Olérdol«
DA ALDEIA AO CASTELO
5 1 n V e s t i gação s o b r e os a c h a d o s da
p r i m e i ra fase
7
- 1 5 Reconstrução Ideal da segunda fase do castelo
DA ALDEIA AO CASTELO
7.21 Tumba da segunda fase. Era formada por uma caixa de pedra da qual sobraram
algumas lajes. (Na foto. o Indicador de escala está em decímetros)
corpo da guarda
cárcere
sala nobre
7
-22 Reconstruçlo Ideal da sala nobre do castelo.
7 , 2 6
Diversos tipos de vigias.
9 . Investigação sobre a segunda fase
7 Levando em conta as fontes primárias, os paralelos históricos e
as pistas, situe cronologicamente esta segunda fase.
2. Descreva todo o conjunto seguindo o roteiro:
— muros que rodeiam o morro
—elementos que constituem o castelo (recintos, torres, salas, igrejas etc.)
— mobília doméstica
—transformações por que passou a igreja, de acordo com a plan-
ta. (Fig. 7.2 e 7.3)
ANÁLISE COMPARATIVA
i 0 . Concl usão
DEBATE SOBRE A MUDANÇA NA HISTÓRIA
* Guerras.
O f i c i n a
"RAINHA DE PORTUGAL
8•rDescrição da oficina
O caso de D. Maria I de Portugal é uma oficina que apresenta
os problemas que podem ser colocados pelas fontes em uma
investigação histórica.
O trabalho desta oficina focaliza a investigação sobre o caso de D.
Maria I de Portugal, que é conhecida nos livros de História pelo
apelido de D. Maria, a Louca.
8
-2 Objetivos
0 objetivo fundamental da oficina é fazer os alunos compreenderem
a dificuldade em se interpretar os fatos do passado, pois as fontes
históricas podem apresentar diferentes problemas: ser insuficientes,
s e r contraditórias, refletir os pré-julgamentos ou a visão subjetiva dos
8.4 Estratégias
A oficina desenvolve um tema de investigação que é, por si mesmo,
interessante e motivador para os adolescentes: saber se D. Maria I
de Portugal era ou não louca. Mesmo assim, não é conveniente con-
fiar nisso e sim estimulá-los. Pode-se introduzir a oficina como um
jogo de simulação, que sirva para demonstrar que, ao descrever
um acontecimento atual, é freqüente que existam diversas opiniões
sobre o mesmo.
BEIRÃO, Caetano. D. Maria I - Convém que os alunos compreendam as razões que obrigaram D.
1777/1792. Lisboa, Empresa Nacional
João VI, seu filho e sucessor, a substituir D. Maria no reino de
Portugal. Que saibam, também, discernir a veracidade dos argu-
de Publicidade, 1944, 3a. ed.
mentos empregados pelas testemunhas das atitudes de D Maria ao
LIMA, Oliveira. D.João VI no Brasil. Rio conhecerem, por sua biografia, seus interesses pessoais
de Janeiro, Topbooks, 1996.
É interessante insistir na análise das provas iconográficas, pois, em
LUCCOCK, John. Notas sobre o Rio de caso de enfermidade mental, esta pode se manifestar fisicamente.
Janeiro e Partes Meridionais do Brasil. Também é interessante conhecer o valor das cartas que D. Maria
Belo Horizonte, Itatiaia / SP, USP, 1975. escreve à sua avó.
LUÍS EDMUNDO. A Corte de D. João VI
A quarta fase do trabalho é a preparação da simulação do julga-
no Rio de Janeiro. Vol. 1. Rio de Janeiro,
mento de D. Maria. Com ele, os alunos poderão dar um veredicto
Imprensa Nacional, 1939.
do caso, que supõe uma ocultação e destruição deliberada de
MARIZ, Pedro. Diálogo de Varia Historia, provas. Nessa parte se podem utilizar outras fontes para apoiar os
em que se continuam as vidas dos próprios argumentos, desde que citada a fonte da informação.
senhores reis de Portugal com os seus
A informação sobre as sessões de julgamento oral está descrita no
retratos, e notícias dos nossos reinos, e
material dos alunos, porque eles é que devem organizar as sessões.
conquistas, e vários sucessos do mundo.
O professor entrará em ação se o grupo pedir e, nesse caso, dis-
Lisboa, Impressão Régia, 1806.
tribuirá entre os alunos as funções de juiz, promotores, advogados
MONTEIRO, J. P. Franco. As Donatárias de defesa,- jurados
y
e público.
i
de Alemquer (História da Casa das
É correto escolher um grupo amplo de promotores e defensores
Rainhas). Lisboa, M. Gomes Editor, 1893.
para suprir ausências e favorecer os trabalho em equipe. A função
NOVAIS, Fernando Antonio. Portugal e do professor, nessa fase, é a de orientador que motiva a investi-
Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial gação, traz as fontes solicitadas, prepara material adiciona .
esclarece dúvidas e corrige erros. Em nenhum caso deve expor sua
(1777-1808). São Paulo, Hucitec, s/d.
própria teoria, já que realmente importante é o processo de investi- OLIVEIRA MARTINS et alii. D. João VI
gação que os alunos estão realizando. Salvar ou condenar a rainha no Brasil. Brasília, MEC, s/d.
não deixa de ser um acidente no contexto geral do processo de
PERES, Damião. História de Portugal.
aprendizagem.
Barcelos, Portucalense, 1934.
Com alunos jovens ou pouco preparados são suficientes os conhe-
ROCHA POMBO. História do Brasil. Rio
cimentos adquiridos com a explicação do professor e a análise das
de Janeiro / SP / RS, W. M. Jackson,
fontes primárias que a oficina contém.
1942, vol. III.
Outras estratégias alternativas ao julgamento são as seguintes:
SANTOS, João Felício dos. Carlota
— A preparação de um programa radiofônico em que a história de
Joaquina - a rainha devassa. São Paulo,
D. Maria seja narrada, com a intervenção dos personagens da sua
Círculo do Livro, 1967.
época. O fato de realizar uma pauta para uma entrevista fixa apro-
funda os conhecimentos adquiridos. VARNHÄGEN, Francisco Adolfo. História
Geral do Brasil, tomo I. Rio de Janeiro,
— A edição de um periódico que contenha artigos e entrevistas
Melhoramentos, 1953.
com personagens da época ou historiadores de hoje, para oferecer
o contraste das diversas opiniões que existem sobre o caso de D.
Maria I de Portugal.
— Ver o filme "Carlota Joaquina", dirigido por Carla Camurati, e
Procurar fazer um juízo crítico sobre a forma de tratar a figura de
Maria I, no cinema.
— Representar alguma cena sobre a época de D. Maria: a infância
de D. Maria I e suas irmãs, seu governo, a invasão francesa, a vinda
da corte para o Rio de Janeiro...
g ^ Informação adicional
s oficinas dedicadas a compreender os problemas das provas são
res: D. Maria I de Portugal; Drake, pirata ou herói, e Almirante
9ro. As duas primeiras podem ser utilizadas alternadamente em
r s o s su
cessivos para evitar o cansaço dos alunos que repetem o
0 ou, simultaneamente, em um mesmo grupo. A seleção de
de° a invest '9 a <; â o, tanto pela seleção de fontes como pelo tipo
Introdução
Para explicar os acontecimentos do passado, os historiadores uti-
lizam diferentes tipos de informação. A análise dessa informação
pode ser muito complicada, dependendo dos problemas que apre-
sentem as fontes.
Muitas vezes, as fontes contêm opiniões contraditórias sobre o
mesmo acontecimento ou a mesma pessoa, devido a algum pre-
conceito do autor.
1 . Os f a t o s do caso
1. Em janeiro de 1729 se casaram José I, filho de D. João V, rei de
Portugal, e Mariana Vitória, filha de Felipe V, rei da Espanha. O
nascimento de quatro mulheres, principalmente da primogênita,
criou o problema da sucessão real: o futuro esposo de Maria
Francisca Isabel tinha que ser muito bem escolhido.
9. Em seu reinado, D. Maria I ficou conhecida pelos vários tratados Maria I coroada rainha de
Portugal (Coleção Biblioteca Nacional -
firmados com a Espanha, França, Rússia, e por ter conseguido man- RJ).
ter a neutralidade nas guerras entre a Inglaterra e suas colonias
americanas, coisa que a França e a Espanha não lograram fazer.
Além disso, prossegue com várias das reformas iniciadas por seu
pai: cria uma junta de jurisconsultos para formar um novo codigo
de leis; cria outra junta, para cuidar das manufaturas e da industria,
cria a Academia Real de Ciências.
d
e sua alma.
'mpedir que ela sentisse por inteiro a extensão de sua desgraça. Sua pes-
SOd
estava no Rio, mas sua imaginação, diziam, apresentava-lhe geral-
mente
cenários de Lisboa. 8.7 Maria I, Portugal e Algarve: Regina
Fidelíssima.
José de Seabra, 1792:
Que nas presentes circunstâncias do notório impedimento da Rainha N.
Senhora para expedir os Negócios do Governo, na triste situação (...) de
não poder a mesma Senhora, nem ouvir agora, nem aplicar-se antes de
passar muito e indefinível tempo, a coisas tão embaraçadas e poderosas,
como as do Governo, que até retardariam e empeceriam ao seu tão
desejado restabelecimento; (...) havia de ser servido que o exercício da
administração fosse por ele [o Príncipe D. João VI] mesmo suprido em
nome da Rainha Nossa Senhora (...).
Amaral, 1791:
[D. José Maria de Melo] tomou a peito o negócio [a súplica da família
Távora] (...) e instou com a Rainha com motivos de consciência para
deferirão requerimento dos Fidalgos, restituindo-lhes casas e títulos (...).
O Decreto se lavrou (...); a Rainha, depois de o ter assinado, pega da
pena, risca e cancela a Sua assinatura exclamando que estava condena-
da aos infernos.
4. Informação adicional
5 . Guia de 1nvestigação
8 12 D. M a n a i, pintura de Leandro de 9. Imagine que você é juiz e tem que ditar uma sentença sobre este
carvalho. (Coleção Museu Histórico c a s o : £|a e r a | 0 uca? Sã? Impossível determinar, por falta de provas?
Nacional RJ).
6. Organização do j u l g a m e n t o
a) Participantes
— promotores
— defensores
— juiz
— jurados
— secretário
c) Preparação do julgamento
Promotores e defensores: na preparação da acusação e da defesa os
advogados terão que analisar todas as fontes, com o objetivo de
conhecer os argumentos que podem ser apresentados pela parte
contrária.
As bases da acusação podem apoiar-se nos seguintes aspectos:
— personalidade de D. Maria;
— dados objetivos que possam corroborar sua loucura;
ficar a acusação;
Posição.
Promotores e defensores dirigirão suas alegações ao júri, tratando
de convencê-los da veracidade de seus argumentos. No caso de os
ad
vogados utilizarem provas que não figurem na oficina, terão que
Justificar sua procedência ante o juiz antes de poder usá-las.
Juiz: se prepara para presidir o julgamento e dirigir as sessões.
Deve saber como se outorga a palavra a promotores e defen-
d e s ; como se limita o tempo de atuação de cada parte; como
se
refutam os argumentos que não se relacionam com o caso.
°r isso, tem que conhecer previamente os fatos do caso em jul-
p
d) Desenvolvimento do julgamento
TURNO DA ACUSAÇÃO:
TURNO DA DEFESA:
SENTENÇA DO JÚRI:
!
«srnfläMM*—j^Be^SBSMfei • '
•Mise»' -
• -
>
• -
d r a k e , pirata o u h e r ó i
D R A K E , PIRATA O U H E R Ó I
9.2 Objetivos
O primeiro objetivo desta oficina, como no caso de D. Maria I de
Portugal, ou no do Almirante Negro, é que os alunos adquiram
experiência sobre alguns dos problemas que podem encontrar ao
manusear as fontes históricas. Por isso a oficina se centra no estudo
de um tema que, de algum modo, é problemático e sujeito a dis-
cussão.
Neste caso, trata-se do polêmico personagem s/r Francis Drake, ele-
vado à categoria de herói nacional britânico e considerado pela his-
toriografia ibérica como um verdadeiro pirata, quase o protótipo do
mau pirata dos livros de contos (porque também existem bons
piratas). Ao apresentar os textos a favor e contra esse personagem,
espera-se que os alunos percebam que as afirmações dos livros for-
madores de juízos sobre personagens ou sobre ações nem sempre
estão corretas, e podem se basear em pré-julgamentos nacionalistas
ou de outro tipo.
9
-4 Estratégias __ —
A oficina trata de piratas, que não o são, e de heróis, que podem ser
Piratas. O tema pode ser, em si mesmo, muito motivador para o aluno.
^ dúvida, não há como pressupor e é melhor introduzir o tema
<omo foi feito no caso de D. Maria I de Portugal. Neste caso, o tipo
Pré-julgamentos dos testemunhos é diferente, já que se trata de
Pessoas de países diferentes, cada uma das quais emite seu parecer.
^ função de sua origem. Devemos e x p l i c a r claramente o motivo
Pelo qual
vamos investigar este caso: trata-se ae
Emento merece s/r Francis Drake hoje. Naturalmente, devemos
â d ^ t i r aos alunos que deveríamos saber mais sobre piratas
I nR Ã K I T I RATA^ÕITh E R Ó I ]
d e ' â v °recia o aparecimento de empresários que pediam a patente ABELLA, R. Los Piratas dei Nuevo
p e r C O r s 0 , Malmente era uma alternativa ao comércio regular, já que Mundo. Planeta, Madrid, 1990.
3 Quem o praticava tornar-se rico e livrava o monarca dos
SALMORAL, Manuel Lucena. Piratas,
do de manutenção de uma esquadra, pois o corso era financia-
Bucaneros. Flibusteros y Corsários de
Peios capitais privados. A guerra prejudicava os inimigos e os com-
erc 'ântes não se arruinavam America. Madrid, Mapfre.
Introdução
PODEMOS CONFIAR EM TODAS AS PROVAS, EM TODOS OS TESTE-
MUNHOS?
O trabalho desta oficina pode ser chamado "O caso de Francis Drake". 9.2 Óleo de autor a n ô n l m ^ ? ™ 1
Francis Drake (1545 - 1596) é conhecido pelos espanhóis como pira- tando Sir Francis Drake (National
Portralt G a l l e r y de Londres)
ta e, pelos ingleses, como descobridor e patriota. A primeira parte
da oficina (Os fatos do caso) apresenta os fatos-chave relacionados
com o navegante. A segunda recolhe testemunhos de historiadores
e inclui a visão de vários poetas. A terceira traz provas a favor e con-
tra Drake. Como epílogo, oferecemos informações adicionais referentes
aos personagens cujos testemunhos utilizamos.
i- Os f a t o s do caso
1 Francis Drake nasceu por volta de 1545, em Devonshire
( n 9'aterra), no seio de uma família humilde.
2 r
eu pai era um protestante fervoroso que odiava os católicos,
entre os puais incluía todos os espanhóis, que considerava anti-
cistãos, porque o haviam perseguido durante um levante
católico, em 1549. Nos últimos anos de sua vida, foi um pre-
dador fanático.
Desde os treze anos, como grumete, Francis Drake navegou
as costas do mar do Norte e logo começou a pilotar seu
Próprio barco.
9.4 Sistemas de navegação astronômica 9.5 Quadro de Willen van de Velde no qual t representado um navlo no
em meados do século XVI com uso do
astrolábio e balança de Jacob. ss: s z f z
DRAKE, PIRATA OU HERÓI
—
IIIN4HA
A X « U S LL
«"ãíCsrwn
"mm muiiMwirv*
9.6 A agulha de bltácola ou de navegar, 9.7 Atlas de Joan Martinez (1587), no qual é representada
normalmente conhecida como bússola. a costa do Brasil.
DRAKE, PIRATA O U H E R Ó I
L O N D O N
0 r 4 k
J v e a t a c a n d o Sio D o m i n g o , em 1586, segundo gravura do século
DRAKE, PIRATA O U HERÓI
1957, p . 12.)
(...)
Jenho que dormir ocioso e ver em sonhos
QlJe as índias me oferecem seus tesouros
E que tu me negas as mesmas embarcações
Que ao teu solo voltam carregados de ouro?
E tão alegres seus covardes sonhos
Que contra minha opinião e decoro
Passa a frota da índia à Espanha
Que apenas um soldado a acompanha?
Drake,
Nas colunas de Hércules escreve estas palavras:
Tu foste mais longe que qualquer mortal havia ido
Ainda que Hércules tenha se sobressaído em suas viagens,
Tu superaste a ele e a outros.
Valente Drake, que ao redor do mundo navegaste
E viste os dois pólos, quando me esqueça
De elogiar-te, as estrelas que rodeiam o sol
Não esquecerão que deste toda a volta como ele.
Esse barco cujo bom êxito fez teu nome
Ressoará com a trombeta da Fama:
Merece que o rodeiem estrelas divinas
Em vez de ondas, a brilhar no céu.
QUESTÕES
Analise os testemunhos dos historiadores e responda:
d) "Ao primeiro, digo que do valor não posso dizer nada, sendo a coisa
desconhecida para mim; só pegou prata e algum ouro, mas quanto
não sei. Sem dúvida, muito menos do que se conta. Ao segundo,
confesso que se tomaram barcos, mas é completamente falso que
um deles tenha sido rendido com sua tripulação e marinheiros. Ao
terceiro, que, segundo meu conhecimento, nenhum de nós matou
nenhum espanhol, nem lhes cortou os braços nem as mãos, nem se
executou nenhuma crueldade nem mutilação. Só lembro que um
homem foi ferido no rosto, ao qual nosso general fez com que o le-
vassem e o alojou em seu próprio barco, e o sentava em sua mesa
e não permitiu que fosse embora até que estivesse recuperado de
todo, e então o pôs em liberdade." (Lawrence Elyot)
e) "...Levaram a testemunha ao dito navio e quiseram enforcá-la,
pedindo-lhe ouro que diziam que trazia escondido no navio.
Como não tinha esta testemunha nenhuma coisa, não podendo
lhes dar nada, colocaram-lhe uma corda à garganta para enfor-
cá-lo e o deixaram cair do alto ao mar e com a lancha o tiraram
e o devolveram ao navio de onde vinha e assim se separou
deles..." (Francisco Jacome)
f) "E se o rei da Espanha não lhes desse licença para comerciar, coisa
que desejam, estando dispostos a lhe pagar o tributo que deviam,
viriam aqui e levariam a prata. O dito capitão inglês deu ao
informante um negro que havia capturado na África, porque o
dito negro, na presença do informante, se ajoelhou ante o dito
capitão e lhe pediu que se apiedasse dele e que lhe deixassef
com o informante, porque seu amo era muito idoso. O dito capitã0
lhe disse: — Pois se queres ir vai-te com Deus, que eu não quet°
levar a ninguém contra sua vontade. E disse a esta testemunha q ü e
lhe enviasse a seu amo e assim se fez e o traz consigo e não sabe
como se chama. Ouço dizer que o dito capitão Francis falava que
vinha roubar por mandado de sua rainha da Inglaterra e trazia
suas armas e provisões." (Domingo de Lizarza)
b) "Já sabiam, pois era notório, o dano que havia sido perpetrado
nos portos dessas regências, desde os do Chile aos desta Cidade
dos Reis, por um barco de corsários ingleses que, havendo-se
apoderado do barco chamado A Capitania, que pertencia ao
licenciado Torres, que estava no porto de Santiago do Chile e
havendo-lhe roubado uma quantidade de mais de mil e quatro-
centos pesos de ouro e mais de mil e setecentas jarras de vinho e
outras coisas, entrou na dita cidade de Santiago e roubou os
ornamentos e sinos da igreja, tendo levado consigo o dito barco
A Capitanid até o porto de Arica. Ali capturaram uma embarcação
que pertencia a um tal Felipe Corço, de quem roubaram trinta e
quatro barras de prata e logo lhe tocaram fogo, queimando tam-
bém outro barco que ali estava e que pertencia a um tal mestre
Benito." (Vice-rei Francisco de Toledo)
9) Disse que porque dizia que lhes cortara a cabeça e que, como
éramos muitos, não se importava nada de matá-los a todos e que
çm seu próprio navio todos o temiam quando dava um murro
sobre a cobertura, passavam tremendo diante dele com o chapéu
na mão e o reverenciavam até o chão." (juan Pascual)
'Ma sexta-feira, 13 de fevereiro de 1578 entre as dez da noite e
3 meia-noite, o barco de alguns corsários ingleses, com uma bar-
caÇa e um reboque, chegaram ao porto de Callao de Lima.
Vlr am, sem dúvida, que não continha as riquezas esperadas, pois
d prata ainda não havia sido embarcada. Então foram com a bar-
i^Jnformação adicional
AURCÓN, Diego de. Sacerdote e notário que depôs, em Guatulco, ante
0 bispo do Prata, Alonso Granero de Avalos, no dia 12 de maio de
SILVA, Nuno da. Piloto português cujo barco foi apresado por Drake,
em 19 de janeiro de 1578. O inglês o liberou, em Guatulco, em 13 de
abril do ano seguinte. Foi prisioneiro da Inquisição, por ser suspeito de
Gresia e levado ao México e, mais tarde, à Espanha. Seu diário de bordo
se conserva no Arquivo das índias de Sevilha (Patronato, E.1, C.1,1.2-
núm. 30) e foi uma das provas que ele deu para demonstrar que,
apesar de ter convivido com Drake, não incorreu em heresia.
5 . Guia de investigação
1. Analise as provas a favor e contra a atuação de Francis Drake nas
possessões espanholas da América.
$ 6. Francis D r a k e em julgamento
JOGO DE SIMULAÇÃO HISTÓRICA
ORGANIZAÇÃO DO JULGAMENTO
1. Participantes
2. Promotores e defensores
aspectos:
â) Personalidade de Drake e contexto histórico.
b) Interesses políticos que explicam a atuação de Drake.
c> Debilidade das provas apresentadas para demonstrar a cruel-
dade de Drake.
d) C í v e i s benefícios que obteriam as testemunhas, se demons-
trassem a crueldade de Drake.
3. O juiz
Preside as sessões, outorga a palavra a promotores e defensores, limi-
ta os tempos de atuação de cada parte e rejeita os argumentos que não
se relacionem com o caso. Exige a utilização de expressões jurídicas ade-
quadas ("com a devida vénia", "senhores jurados", "senhoria"). Mantém
a ordem na sala, chamando a atenção do público quando seu com-
portamento não esteja correto. Pode até suspender a sessão.
4. O secretário
Toma nota das intervenções, fazendo um resumo (ou ata) de todas aque-
las que fazem parte da sessão, para lê-las no começo da sessão seguinte.
5. O júri
DESENVOLVIMENTO DO JULGAMENTO
1. Tempo da acusação
10.2 Objetivos
Ao trabalhar esta oficina, espera-se que os alunos possam com-
preender a variedade de motivos que levam as pessoas a realizar
ações. E, ao mesmo tempo, compreender a variedade de causas,
algumas desejadas ou provocadas conscientemente, outra ditadas
pelas circunstâncias ou por acidentes, que atuam em qualquer situ-
ação histórica.
Um segundo objetivo é levar o aluno a ter experiências de formu-
lação de perguntas e, desta forma, estimular a investigação sobre
as causas e a motivação na História.
10.3 Conteúdos
A oficina que apresentamos tem conteúdos conceituais muito con-
cretos: a compreensão de um fato histórico — neste caso, os desco-
brimentos da era espacial e os dos navegantes do século XV —
implica saber diferenciar entre as causas que os tornaram possíveis
e os motivos que levaram as pessoas a participar deles. Por meio de
fontes primárias, trataremos de investigar as causas e os motivos do
descobrimento da América, levado a efeito por espanhóis e por-
tugueses, assim como os das grandes potências na segunda metade
do século XX, em relação à conquista do espaço. Em suma, trata-se
de começar a ver como e por que a civilização européia se
expandiu no passado, e quais as razões subjacentes aos descobri-
mentos do século XX.
1o.4 Estratégias
0 espaço.
c °mo fontes.
C A U S A S [TRÕFÍSSÕ?
<as mesmo não sendo um P ' ^ *^7dade MAHN-LOT, Marianne. Retrato Histérico
£ Seu subsolo esconde . n a o r m a d e j l o , ^
f
M ^ Riodejane.o,
d e água, como na Terra... Todos os trabalhos em DUbcd
Mas a busca de vida não deve limitar-se ao sistema solar... O uni- T 0 D Q R 0 V j T z v e t a n A conquista d a
Vei"so contém milhões de galáxias. No entanto, nada sabemos alem A m é r j c â R i o d e Janeir0< M a r t j n s
d0 nosso sistema, e a ciência ainda não tem respostas. Toda tenu^ ^
^ de responder a essas questões não pode ainda se valer de
hipóteses científicas V I N C E N T ' B e m a r d 1492 " descobertd
No n, J . respeito às viagens do
que diz , màfi M XV
século XV ee XVI,
AV., algumas
y leituras ou invasão? Rio de Janeiro, Jorge
Zahar
p°dem ajudar o aluno interessado nesses temas.
r a n m F MOTIVOS DOS DESCOBRIMENTOS GEOGRÁFICOS
f
I
TTl N1 x o n , K e n n e d y , K r u s h o v .
1. Causas e motivos d o s d e s c o b ri m e n t o s ^
geográficos
Há épocas da História em que a humanidade se lança a grandes
aventuras. Ela desafia a imensidão dos mares, viaja incansavel-
mente, descobrindo continentes ou se dedica a explorar o espaço
infinito. Isso ocorreu no século XV, quando espanhóis e portugue-
ses iniciaram a busca de novos caminhos para chegar ao longínquo
Oriente. De uma forma semelhante, na segunda metade do século
XX, norte-americanos e soviéticos se lançaram à exploração do
espaço.
Por que não foram os países árabes ou a Europa culta que inicia-
ram essas viagens?
2 . As e x p l o r a ç õ e s espaciais do sécufõ~XX"
Os jornais brasileiros, em suas edições de 17 a 25 de julho de
1969, estampavam manchetes aqui apresentadas, nas páginas 222
e seguintes, que vinham desenvolvidas em muitos artigos.
Em caso afirmativo, indique com uma cruz quais são as razões que
o impulsionariam a participar desse empreendimento:
— O espaço me fascina.
~~ Outras razões.
O GLOBO
S a t u r n o - A p o l o - M ó d u l o , o mais perfeito j á construído, está
"-*1
arrancando h o j e e m direção ã Lua, para o primeiro pouso
humano e m s o l o selenita T ô d a s as providências foram to-
madas para que a missão alcance pleno êxito. S e g u n d o a
A N A E , o s três tripulantes chegaram à hora da partida
"animosos, serenos e confiantes". E m todo o mundo, mi-
lhões de pessoas acompanham o vôo pela T V e invocam FI » D % C % O IH: IKI\I:I M A E W H O
para os astronautas o amparo de Deus. ( P Á G S , 7, 10 E 11) DUOM«-Redator OKIC.
so da Itália
'Apolo faz de piloto"
A TKIBUI-M'. - A forno d* («uai» Pt*BJ®ffl
UtmàuraM res-
me w*p>"> "Se « sMmk> pit- U» * Tm« o», ( jpciuu um $c*to RsWA MOVA MtA ,
* Cru*âr». Irrt. JmM, algum» «ponivo O fbuo h,
BASTA BNUNCIA* «
«ri* (wi . .itethur «tu- Ruhen ]mmw, tu, ta*,.«., (iaMMl
ponde «o ata-
A Bn Cámk» * fefMcia». <te N.«. Yort.
que de SI Sal-
vador e
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quatro aviões Dl I'M MODOG&ftAi,«*
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1
M^ « «kl«* Ar
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RwilewMiiilo»:
( MN bl«r, hi * Iv..-,
UM
130 mdbõr.
mmmm I'«. » TAM»ÉM I
Cai a barreira do impossível
O GLOBO
ANO XIJV Rh) M Janeim. domingo 3D de julho de !%•» N ' 11252
IIIKIIAÇÂO UK IKINtili M A R I N H O
Diretor-Redator-Chefc \ Diretor-Tewjureiro:
l)iwtof-Sccr«áfK>: nCANOO MAWNHO Diretot Substituto:
Horas
terríveis
MÓDUT I O POUSOU AS 17h 18m CENTRO ESPACIAL DE
HOUSTON (AP-UP1 F P - 0
ySGENTE! Urgent«! GLOBO)
"Pousamos, comunicou,
com voz tranqüila, Neil
MUSALHAM » KK>,|U> trazendo o Armstrong, depois que o
»»nragom da Houilon. i» Toar» O Módulo Lunar desceu na
«
A 1 garrar da Aguio acanham o «do
nopárico do taMlila No mire da Águia
rapousqm doit homens Neil Armslrong
• Ed«m Aldrin
O HOMEM IA a» na Un Montante
Pi»u Ainda ndo « hora da AMuta
Volta,oo d. |0» A catott.ofe podo iO
chôma,-», po» «aamplo. parakso »alto ARMSTRONG
Como lomfarou Warnhar Ver íraun, « superfície da Lua, culmi-
nando a façanha mais
•"npo d * oração perigosa de tôda a história
da Humanidade. A nave
"DEVEMOS TIO « TO.«» desceu às !7h I8m, cipos ter
P°dam «ut mal lua «to > premi. reduzido sua velocidade
para pouco mais de 3km
4 postivol* — advertiu Nul
Annilpong
r'nWtu, quo kmeo o* dentre» o efetuada to H h 1 6 " U " « < " B , M Í ""'
acredita que a na»« aoviíttca seja
»•r*. omorgo o paladar do angustio «tocando a aparelho numa orttta coto
tripulada O O b s e r v a t ó r i o de J o d r e l l
B a n k . ..lin»» que o L u n é - I S teria de
" H * N O ««MAMeNTO/ UM h o l u ™ / „ „,,1,1« carKlertouc.- >H»»»' COUJNS
a l u m s « , a p d ' ">»'« u m > "'k'"1
«rrogo / E un« angu«. IrW I iflkm, perilunio. 160km inclhaç»»
(fomondo ftpwl
V '
oficina 10 página 226
>A)|c|ftc, F MnTiwnW^_DESCOBRIMENTOS GEOGRÁFICÔT]
EXERCÍCIO NÚMERO 1
F °nte número 1
F °nte número 2
F o n te número 3
10.5 Primeiro foguete de combustível
1 t „..-{ An
líquido.
prjrneiras notícias sobre o uso de foguetes para a guerra. O
Prirneiro-ministro britânico sir Winston Churchill recolhe em suas
^ m ó r i a s sobre a Segunda Guerra Mundial a seguinte informaçao,
bebida pe|0 Ministro da Guerra:
"R*vi*i os dados sobre a construção do foguete de longo alcance
ta bricado pelos alemães. Parece que faz tempo que os alemaes tem
> d o aperfeiçoar um foguete pesado capaz de efetuar bom-
ârdejos de longa distância. Provavelmente, esse trabalho foi leva-
oficina 10 página 228
Fonte número 4
Fonte número 5
Fonte número 6
Fonte número 7
F °nte número 8
0 povo soviético e o povo norte-americano combateram juntos na
Segunda Guerra Mundial contra o inimigo comum. Agora, em
momentos de paz, temos até mais razões e mais possibilidades de
Praticar a amizade e a cooperação entre nossos povos..."
F °nte número 9
E *ERCÍCIO NÚMERO 2
â) Assinale os motivos das descobertas espaciais que aparecem nes-
^ fontes, especificando se são econômicos, sociais ou ideológicos.
b ) p rocure nas fontes as respostas das questões formuladas no iní-
Cl° da atividade.
c) Sendo conhecidos os motivos e as causas que permitiram ao
h°mem do século XX pisar na Lua, tente imaginar quais foram
ds razões que, no século XV, levaram portugueses e espanhóis a
es cobrir novos mundos neste planeta.
oficina 10 página 230
3. Qs^descõbri mentos do s é c u l o XV
Todos sabemos que, no final do século XV, em 1492, Cristóvão
Colombo chegou às ilhas da América. Pouco depois, em 1498, os
portugueses alcançaram a índia, quando contornaram o continente
africano. Em 1500, foi a vez de Pedro Álvares Cabral chegar à terra
que mais tarde seria denominada Brasil. Em princípios do século
XVI, em 1522, Fernão de Magalhães completava a primeira volta
ao mundo, confirmando a esfericidade da Terra. Todas essas aven-
turas e descobrimentos geográficos foram realizados em um tempo
relativamente curto. Diante disso, podemos nos perguntar:
Fonte número 1
Fonte número 2
Fonte número 3
p onte número 4
(Bernal Diaz dei Castillo Soldado da expedição de Hernán Cortez, que con-
s t o u O México em 1521. Diaz narrou esta expedição em sua Verdades
s(ór'a da Conquista da Nova Espanha)
F °nte número 5 j
Astrolábio. Este instrumento permitia observar a posição dos astros
e determinar a sua altura em relação à linha do horizonte.
N.10.10)
F°nte número 6
10.10 A s t r o l á b i o .
oficina 10 página 232
10,11 "Armada de Pedro Álvares Cabral", reproduzida em painel de azulejos. (E$cola Naval do Rio de
Janeiro)
oficina 10 página 233
| CAUSAS E MOTIVOS DOS D E S C O B M E N T Õ r G Ê Õ G ^ 7 ? ^ F
Fonte número 7
Fonte número 8
Fonte número 11
Fonte número 12
4 G u I a de J _ n v e s t i gação
a) Analise cada uma das fontes que forneçam informações sobre
os descobrimentos do século XV.
b) Classifique as informações coletadas de acordo com o tipo de
causas ou motivos a que se referem: econômicos, sociais, políti-
cos ou ideológicos.
c) Escreva um texto sobre os motivos dos descobrimentos geográ-
T|cos do século XV.
d) Compare os descobrimentos espaciais do século XX com os
yeográficos do século XV. Anote as semelhanças e as diferenças
u m quadro, no qual devem figurar os seguintes elementos:
r c -. i
_
11.1 Descrição da oficina
Esta oficina começa com uma simulação, à qual se seguem três blo-
cos de informação. O primeiro é um conjunto de dados sobre mor-
talidade infantil no século XVII e no século XX. O segundo bloco apre-
senta dados da mortalidade epidêmica no século XVII e uma série
de testemunhos em torno desta situação. O terceiro bloco se consti-
tui de fontes literárias, da época e de tempos posteriores. Finalmente,
há um roteiro de trabalho, centrado na análise dos dados e um
questionário sobre a causalidade dos fatos.
11.2 Objetivos
Diante de um fato, o historiador deve formular constantemente per-
guntas. Como ocorreu? Por que ocorreu? Para responder, não é sufi-
ciente conhecer as circunstâncias concretas do fato; é preciso obser-
var uma série de acontecimentos similares, suas inter-relações, suas
repetições etc. Não é possível tirar conclusões de narrativas nem de
fatos isolados. Um objetivo básico desta oficina é que os alunos
cheguem a compreender que a história resolve os enigmas do pas-
sado utilizando também estatísticas. É o manejo de milhares de
dados, tabulados em grandes séries, o que nos permite explicar os
fatos e relacioná-los com as circunstâncias e fatores que puderam ser
as causas dos mesmos.
Outro objetivo desta oficina é que o aluno entenda que, também para
a História, é importante o desenvolvimento da capacidade de manip-
ular estatísticas, de resolver problemas numéricos e de interpretar a
informação que os gráficos fornecem.
11.3 Conteúdos -
Esta oficina tem os conteúdos conceituais muito definidos: o concelt°
<>ina sã° 3
Os objetivos relativos à atitude que se destacam nesta onc»10
compreensão dos grupos sociais marginalizados e dos problemas que
padecem e a solidariedade para com eles.
11.4 E s t r a t é g i as
Esta oficina deverá ser utilizada começando com as perguntas da intro-
dução. Ao escolherem a resposta que daria um camponês do sécu-
lo XVII à pergunta "Por que faleceram três de seus cinco filhos?", é
provável que os alunos não acertem, que a resposta majoritária não
seja a "d". É claro que esta resposta é muito diferente das possíveis
explicações que dão os homens e mulheres de hoje.
1. Documentos: BTOCO I
DOCUMENTO 1
3índices
d
,
U em a ° S é C U ' ° Xinfantil
mortalidade
V
" e oque
u í r a atua1, , e v a n d o e m c o n í a
apare cem nos documentos 1 e
os
2. Documentos: B I oco 11
DOCUMENTO 1
M o r t e s e m u m a e p i d e m i a do
s é c u l o X V I I no norte d a Itália de 1630 a 1631
Entre os anos de 1630 e 1631 as cidades do none da Itália foram afetadas por u m a terrive
"Os pobres são os mais atingidos pela peste (...), pela falta de au-
mentos e casas pequenas como nos chamados estábulos onde ca
moradia, por estar lotada, tem mau cheiro e facilita o contágio-
Testemunho 3. Rondinelli, cronista florentino (1629):
DOCUMENTO 3
Pântanos (...). Não poucas, depois desse trabalho, são tomadas pela
t e b r e e morrem.'
(1595
" « - H « ' - . - " -1648)' MUSeU d
° S a l e r f a " a c i o n a i .Pragal ^
DOCUMENTO 4
Gráficos sobre a m o r t a l i d a d e e preços do trigo nos sécu-
los XVI e X V I I , na Toscana, e l a b o r a d o s pelo historiador
Bacci.
Índices de preços dos grãos e de falecimentos em Siena índices de preços dos grãos e dos falecimentos e m Toscana
(1674-1684 = 100)
(1643-1653 = 100)
• preços
O falecimentos • preços
O falecimentos
anos anos
DOCUMENTO 5
SITUAÇÃO DA MEDICINA NO SÉCULO XVII
DOCUMENTO 6
1.500
R0TE'R0 DE TRABALHO
5 I
A n á 'ise dos dados
otid deSienafToscana)?
a s mor tãndades foi mais importante? A cada quantos anos essas
^ r , s e s se repetiam?
Mo s C A U S A S DA M0RTAL,DADE CATASTRÓFICA
Pai â ^ r á f l c o s d o documento 4, a evolução do preço do trigo, princi-
1 mento da época, é paralela à evolução da mortalidade.
Alguns, vendo-a tão sem pêlos, tomavam por couro de rã; outros diziam
que era ilusão; de perto parecia negra, e de longe tendia para o azul.
Usava-a sem cinto; não tinha gola, nem punhos. Parecia, com os cabe-
los grandes e a túnica miserável e curta, um emissário da morte. Cada
sapato podia ser a tumba de um filisteu (2). Em seu aposento, só fal-
tavam aranhas. Conjurava os ratos a que não roessem algumas miga-
lhas de pão duro que guardava. A cama ficava no chão, e dormia
cada vez de um lado para não gastar as colchas. Enfim, ele era
arquipobre e protomiserável.
— "Como gatos? Ora, quem disse a vós que os gatos são amigos de
jejuns e penitências. De cara dá para ver que vós sois novos aqui.
Eu, diante disso, comecei a ficar aflito; e fiquei mais assustado quan-
do percebi que todos que viviam ali, estavam como lesmas, com umas
caras que pareciam se enfeitar com emplastros. O licenciado Cabra
sentou-se e deu a bênção. [...] Trouxeram caldo em cumbucas de
madeira, [...]. Notei com nojo que os macilentos dedos mergu-
'havam atrás de um grão-de-bico solitário e que estava no fundo. Dizia
Cabra a cada gole:
— "Certo que não há outra coisa como a panela, digam o que dis-
serem; tudo o mais é vício e gula".
QUANDO SOBREVIVER ERA UM PROBLEMA
— "É, demos lugar aos criados, e vão até as duas fazer exercícios,
não lhe faça mal o que comeram". Então, não pude conter o riso,
escancarando a boca. Ficou muito enojado, e disse-me que apren-
desse a modéstia, e três ou quatro antigos provérbios, e se foi.
— "Como nesta casa não são necessárias, não há. [...] Estou aqui há
dois meses e só fiz as minhas necessidades no dia em que cheguei,
como agora, como vós agora, do que tinha jantado na minha casa
no dia anterior".
Como aumentarei minha tristeza e infelicidade? Foi tanta, que con-
siderando o pouco que haveria de entrar no meu corpo, não ousei,
apesar do desejo, tirar nada dele.
Divertimo-nos até a noite. Dom Diego me disse o que ele faria para
persuadir as tripas de que havia comido, porque não queriam crer
nele [...]
[... e chegou a hora da ceia]
Com estas coisas, nós passávamos como se pode imaginar. Dom Diego
e eu nos vimos tão acabados que, [...] combinamos de dizer que tínha-
mos algum mal. Não ousamos dizer febre, porque como não a tínha-
mos era fácil de reconhecer a mentira. Dor de cabeça ou dos m o l a r e s
era pouco estorvo. Dissemos, finalmente, que tínhamos dor de bar-
riga, que estávamos passando muito mal, por não termos feitos nos-
sas necessidades durante três dias e nos confiamos em que, para não
gastar dois quartos (*) num medicamento não buscaríamos o r e m é -
dio. Mas o diabo ordenou outra sorte para nós, porque tinha um r e m é -
dio que havia herdado do seu pai, que foi boticário. Soube do mal,
e indicou o medicamento; e fez chamar uma velha de 70 anos, sua
tia, que servia-lhe de enfermeira, dizendo-lhe que nos aplicasse um
tremendo emplastro.
saria da sua casa, que estava na cara que tudo era uma velhacaria.
Eu rogava a Deus que se enojasse tanto, que me despedisse, de fato,
mas não o quis a minha sorte.
[...] Um colega passou mal. Cabra, para não gastar, não deixou que
chamassem um médico, até que ele pedisse pela confissão, mais do
que qualquer outra coisa. Cabra chamou, então, um praticante, o qual
tomou-lhe o pulso e disse que a fome tinha ganho e já estava morto.
Deram-lhe o sacramento, e o coitado, quando o viu, apesar de não
falar há um dia, disse: -"Meu senhor Jesus Cristo, foi preciso vê-lo
entrar nesta casa para persuadir-me de que aqui não é o infer-
no.'^...]. Morreu o coitado do moço, o enterramos muito pobremente
por ser forasteiro,[...].
N
- da T . :
4. Documentos: bloco IV
TEXTO EXTRAÍDO DE OBRA EM NEGRO, DE MARGUERITE YOURCENAR.
Madri
8 Pablillo de Valladolid, de V e l á s q u e z . Museu do Prado
O f i c i n a
DA F O R J A A O ALTO F O R N O
PROFESSOR D A FORJA A O ALTO-FORNO
12.1 Descrição da o f i c i n a
Na primeira parte, vamos conhecer os elementos que constituem a
siderurgia tradicional e que fazem referência ao trabalho do fer-
reiro, abordando duas indústrias localizadas no estado de São
Paulo: a de Santo Amaro, localizada perto do sítio do Ibirapuera,
hoje um dos bairros da cidade de São Paulo, e a de Ipanema,
localizada próximo a Sorocaba.
12.3 Conteúdos
A maior parte dos conteúdos é conceituai. A descrição detalhada da
Fábrica de Ipanema tem o objetivo de que o aluno entenda o
processo fabril de início do século XIX, no contexto das idéias
reformistas e ilustradas da época. Esse estudo é a base para, poste-
riormente, fazerem comparações com as siderurgias modernas.
12.4 E s t r a t é g i a s "
Sugere-se que, ao começar a trabalhar com psta oficina, o profes-
sor mostre aos alunos objetos feitos com materiais diferentes:
assim, por exemplo, um garfo de aço inoxidável, uma vareta de aço
flexível (como, a dos guarda-chuvas), uma peça de ferro fundido
(um forninho — do tipo que se usa em casas de campo, em geral
fabricados em Minas Gerais —, um velho objeto etc.) e uma barra
ou arame de ferro forjado ou maleável. Não é difícil obter algumas
das amostras citadas.
AS PRIMEIRAS INDÚSTRIAS
Em 1795, o Rei de Portugal manda abolir um dos tributos mais
pesados pagos pela colônia brasileira: o imposto sobre o ferro. A
atitude do monarca é uma resposta às demandas da elite colonial
que, pedindo o fim da proibição de instalação de indústrias no
país, pretendia investir nesse setor da economia. De fato, há pelo
menos vinte anos o monarca português vinha recebendo cartas de
governadores do Brasil, especialmente de Minas Gerais e São
Paulo, recomendando o investimento na exploração desse metal.
I . P r o d u ç ã o de f e r r o no e n g e n h o de
Santo Amaro
A exploração de ferro do engenho de Santo Amaro, às margens do
rio Jeribatuba, data do início do século XVII. As ferramentas utilizadas
para fundição (dois malhos, duas bigornas de ferreiro e duas chapas)
pesavam, ao todo, 410 quilos, e só podiam ser utilizadas com suces-
so porque havia, nas margens dos rios da região, uma densa mata,
que servia de combustível na produção. Nessa época, o ferro era pro-
duzido em barras e usado como moeda local. Consta que Francisco
Lopes Pinto, um dos donos da fábrica, usava-o para pagar seus
aluguéis. As barras, depois de prontas, seguiam para o mercado de
Santos por via fluvial ou terrestre, passando pela serra de Cubatão.
D A FORJA A O A L T O - F O R N O
O FORNO
O MARTELO
Tal como indica a figura 12.2, é um grande martelo movido por uma
roda que aproveita a força de uma queda-d'água: a chamada roda
hidráulica. Está posicionada verticalmente e se move através da cor-
rente de água, produzindo um movimento de rotação no eixo. No
extremo do eixo, há "palmas de ferro" que convertem o movimento
circular em movimento vertical sobre uma base de pedra, onde se 12.2 Esquema de um martelo.
0 CARVÃO
2. A p r o d u ç ã o de ferro f u n d i d o
Vimos que a produção tradicional de ferro, mediante o procedi-
mento conhecido como forno catalão, não funde o mineral, quer
dizer, não o transforma em líquido, apenas em uma massa pastosa.
Fundir o ferro é, sem dúvida, uma operação mais complicada.
planta
OOS TERRENOS DA
FABRICA DE IPANEMA.
7
$ 0 R N 0 Dl . # S T U I A A Ç A O .
i:
DEPÓSITO 1 trabalhador
2 chefes 2 serventes
TOTAL 90 trabalhadores
Tamanho do forno
Produção de ferro
Energia utilizada
Produção do ar que
facilita a combustão
Tipo de combustível
FORJA DE REFINO
coro
Ksciilartf 150
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• r ^ E M O R I A - S O B R E A F A B R I C A DE F E R R O D E IPANEMA
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' F O R N O S A L T O S
Cliqiu de Daina(repreza)
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Escala )40tí
FORN O ALTO
(viu ojwjtf mottipcfnb nu
NOVO FORNO-ALTO
Mr im-C D
O ferro assim obtido não era muito útil para o uso industrial, por
ser muito quebradiço. Só se podia utilizá-lo mediante um processo
de moldagem, porque o ferro colado tem uma proporção de car-
bono que oscila entre 2 e 4 por cento. Se esse carbono se reduzisse
a uma proporção inferior a 1,8 por cento, o produto resultante
seria um metal maleável, duro e resistente, chamado aço.
A produção industrial do aço necessita de um procedimento que
permita eliminar parte do carbono do ferro fundido. Isso foi o que
conseguiu sir Henry Bessemer, ao inventar, em 1855, o conversor
que leva seu nome, que consegue reduzir uma parte do carbono do
ferro fundido.
trcry
12.13 Esquema de uma siderúrgica do século XIX
D A FORJA A O A L T O - F O R N O )
4._ T r a b a i h o de investigação
1. Observe o alto-forno com conversor Bessemer e assinale as dife-
renças que existem entre esse sistema e um alto-forno daqueles que
funcionavam no início do século XIX. Para isso, complete este
esquema:
Tipo de ar
Tipo de combustível
Produção diária
Forma
Tamanho
Conversor Bessemer
« S ä ® » « * » »au» ••.^»••"-sii^..^,^.
fcSääilS»»®^*'
• »rvnwlit"-' jWirlty— ~
—B» Win'i «ni—«#MI88SMoim^IW
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C i É i s , - - -y .
n^miuem •--• -
O f i c i n a
O ALMIRANTE NEGRO
E A REVOLTA DA CHIBATA DE 1910
13.1 Descrição da oficina
Trata-se da figura de João Cândido, o Almirante Negro, conhecido
por sua participação nos eventos da Revolta da Chibata, no Rio de
Janeiro, em novembro de 1910. Na primeira parte, com fragmen-
tos dos jornais da época, relatam-se os acontecimentos daqueles
dias. A segunda parte é um conjunto de fontes primárias relativas
às provas de participação de João Cândido, acusado de instigador
e provocador dos excessos; depois, há um pequeno conjunto de
fontes secundárias. Finaliza com um guia de investigação.
13.2 Objetivos
Espera-se que os alunos compreendam que as fontes primárias e
secundárias, relativas ao mesmo personagem ou acontecimento,
podem ser contraditórias, devido a pré-julgamentos do escritor.
Também se pretende que adquiram experiência na emissão de juí-
zos críticos e, neste caso, utilizando a imprensa como fonte básica.
13.3 C o n t e ú d o s
Entre os conteúdos conceituais pode-se destacar o fato de que João
Cândido é representante de um segmento social importante da
República Velha brasileira. Estudar este caso é tentar entender a
trama política da sociedade brasileira do princípio do século XX, e
as tentativas de rebeldia contra uma ordem autoritária e injusta.
Esta oficina é um reflexo dessa situação, centrada em torno da figu-
ra de um homem que, seguramente, não teria alcançado grande
notoriedade em outra situação. Transformado em símbolo da luta
contra a violência e os resquícios da escravidão, foi incensado por
alguns, enquanto outros o consideraram um doutrinador perigoso.
RODRIGUES Marly O Brasil na Década de com OS códigos do século XVIII. Trabalho duro, excessivo, maus
10- a fábrica e a rua, dois palcos de luta. tratos, baixos salários somavam-se a freqüentes castigos corporais.
São Paulo Ática 1997 E m 1 8 9 0 0 9 o v e r n o P r o v i s ório havia permitido vinte e cinco chi-
batadas para as faltas graves. Sem especificar quais eram estas fal-
CARONE, Edgar. A Primeira República taSi d e jxava 0s marinheiros sob o arbítrio de uma oficialidade que
(1889-1930). Rio de janeiro, Bertrand, p 0SSU ,' a u m profundo desprezo pela maruja. Educados e treinados
1988. (1a. edição, 1969). p e | o s técnicos estrangeiros, tais oficiais não assumiram a mentali-
Rui Barbosa:
"Direi mais: nunca compreendi como na República se tenha feito,
com tanta liberdade, com tanta profusão, aumentos de soldos,
todos os anos, sob pretextos vários, às classes armadas, aos oficiais,
ora sob pretexto de equiparação, ora notificando-os à organização
do quadro de generais, estabelecendo-se um quadro especial, de
modo que temos, no país, um quadro numeroso de generais, sem
termos soldados. Nunca compreendi que, para atender às necessi-
dades da organização das forças armadas, fosse este o processo
republicano, abandonando-se o interesse dos praças e dos desfa-
vorecidos."
Ministro da Marinha:
"As guarnições rebeldes, com a decretação da anistia, haviam obti-
do o perpétuo olvido do massacre de seus oficiais e, sob as ordens
dos comandantes das vítimas que haviam trucidado, voltavam ao
serviço ordinário nos mesmos navios em que se tinham rebelado.
[...] Com essa situação dificilmente conformava-se a oficialidade
que, pelos meios mais equívocos, demonstrava seu desgosto e
repugnância pela permanência no serviço da Armada."
Pinheiro Machado:
"Pode e deve surgir dentro do país e fora dele a suspeita, senão a
humilhante convicção, de que o princípio da autoridade - que
principalmente os governos democráticos devem manter forte e
intangível - foi profundamente ferido com a nossa responsabili-
dade e co-participação. [...] Uma revolta capitaneada por nenhum
chefe de responsabilidade, não dirigida por elementos que tenham
um certo grau de cultura suficiente para avaliarem os danos que
podem causar... Não são os fortes armamentos que produzem revo-
luções — mas sim a indisciplina e a anarquia das classes sociais [...]".
O ALMIRANTE NEGRO E A REVOLTA DA CHIBATA DE 1910
13.6 A disciplina do futuro: "Eu tô vendo que num aguento ocês sem chibata".
Charge de J . Carlos, publicada na revista fon-fw de 10 de dezembro de 1910).
(Coleção Fundação Casa de Ru1 8arbosa-RJ)
Almirante Luís Autran de Alencastro Graça:
"Se João Cândido tivesse algum merecimento, ele não continuaria a
carregar cestos de peixes no Entreposto. João Cândido é um indiví-
duo de poucas prendas, até inócuo, solicitando dinheiro aos oficiais
a troco de lavagens de roupas, o que obstava que sofresse por vezes
castigos corporais pelos vícios de pederastia e alcoolismo."
Vivaldo Coaracy:
"[João Cândido era] ... um negrão poltrão, aureolado por uma
lenda, fruto da fantasia popular."
Evaristo de Moraes:
"Quando, no começo do governo Marechal Hermes, explodiu a
revolta chefiada por João Cândido, admirei, como todas as pessoas
libertas de preconceitos, a habilidade técnica do improvisado 'almi-
rante', fazendo evoluir os navios, a sua capacidade disciplinadora,
evitando a alcoolização dos companheiros, e a generosidade de
que deu sobeja prova, não atirando cruelmente contra a capital da
República."
CHARGES E CARICATURAS
ORDEM E PROGRESSO!...
P ~~~——"' .
13.12 "Sempre o primeiro. Imagine lá, seu repórter, que lá para as tantas da
noite, não se sabia a bordo a hora certa... Fu1 eu o escolhido para vir a
terra buscar um bom relógio. No dia seguinte, como não havia condução, fui a
nado, levando comigo um excelente cronômetro Royai... Pois o diabo até debaixo
d'água trabalhou!". (Charge publicada na revista 0 Malho de 3 de dezembro de
1910. Coleção Fundação Casa de Rui Barbosa-RJ)
A C T U A L I D A D E S NA MARINHA
O JMCJAZJHO
RUA DO OUVIDOR, 184
K •«-
RUA DO ROSARIO, 173
•Scvrriiia, «»inpos Null«, l'cmmiila tir mir«, (»Irrrrl» llrirll.. 7» r. ~T " "
Irtmendp
Rrosso» canhöesi
»varai», .quequer iej grunuc» csquauux a laicr iiijuraçao iro mundy I Ipologi»
Votem I Votem,« çspdfem pelo^lo^ie vir* depois... (E/o, attim ,c volou a ammihj ..)
( C h â r 9 6 P U b l , C â < f a
Casa^de ^ R u V W r b o s a - R J ) 3 de dezembro de 1910. Coleção Fundação
FONTE PRIMÁRIA NÚMERO 9
Marly Rodrigues. 0 Brasil na Década de 10: a fábrica e a rua, dois palcos de luta.
Sáo Paulo, Ática, 1997.
Mario Maestri Filho. 1910: A Revo/ta dos Marinheiros. São Paulo, Global, 1982.
Edmar Morel. A Revolta da Chibata. Rio de Janeiro, 1986, p. 94. (1a ed 1958)
ou
3. Escreva uma carta a uma revista dando sua opinião sobre o des-
tino de João Cândido, do ponto de vista de um membro da alta
hierarquia da Marinha e do ponto de vista de um marinheiro.
7. Faça uma lista dos fatos do caso João Cândido não comprovados
que você gostaria de estudar. Como você faria essa pesquisa?
Que testemunhas entrevistaria e que fontes você usaria?
—>
"
.„—-' « >4
••••*
PROFESSOR O M U N D O EM GUERRA
1 4 . 1 D e s c r i ç ã o da oficina
Trata-se de uma cronologia da II Guerra Mundial de seis textos que
correspondem a personagens que tiveram algum papel relevante na
contenda.
14.2 Objetivos
A oficina tem como objetivo central que os alunos compreendam a
multicausalidade dos fatos históricos.
Também se pretende que entendam que os protagonistas dos fatos
tentam justificar suas próprias ações e justificar o passado- por essa
razão, as fontes históricas devem ser submetidas a rigorosa análise
crítica. Neste caso, trata-se de pôr em evidência as contradições exis-
tentes nos testemunhos relacionados.
14.3 Conteúdos
Os conteúdos conceituais são os antecedentes da II Guerra Mundial;
a situação da Alemanha, a crise de 29 e a aparição do fascismo. Nos
conteúdos metodológicos se cai na comparação de diversas respostas
a uma mesma pergunta que está determinada por múltiplas causas.
A oficina pressupõe que o aluno tenha participado das oficinas re-
ferentes a Juízo crítico de fontes (Caso de D. Maria I de Portugal e
de O Almirante Negro).
Os conteúdos referentes às atitudes se expressam no repúdio aos
regimes totalitários e às guerras, na defesa da democracia e da soli-
dariedade aos povos que vivem sem liberdade.
14.4 E s t r a t é g i a s
Esta oficina deveria ser trabalhada depois que os alunos tivessem visto
a matéria sobre a II Guerra Mundial; o professor deve apresentar os
fatos do caso tentando incluir juízos de valor sobre as causas da guer-
ra, e os fatos que a desencadearam.
14.5 Informação a d i c i o n a l
Não se trata de estudar em detalhes a II Guerra Mundial, mas de dis-
cutir a sua multicausalidade. Naturalmente, este é um tema muito
polêmico e sobre o qual existe tanta informação bibliográfica, que
não caberia nos estendermos aqui.
necessária para conseguir seus objetivos, e em uma reunião com seus essas o n t e s e p r e c i s o b u s c a r infor-
a Alemanha não poderia entrar em conflito com a França e a '° rmenta: o r ' 9 e n s d a Sç9unda Guerra
Inglaterra. Até então, os conflitos deveriam ser locais e de desenlace undlâL 1 9 1 9 ' , 9 3 g - Campinas, ünicamp.
rápido. A facilidade com que atingiu seus objetivos - ocupação da FERRO, Mare. História da Segunda Guerra
Renânia, incorporação da Áustria, os Sudetos etc. — o levou a reivin- Mundial. São Paulo, Ática.
dicar a Polônia, e isso foi a última gota que fez o corpo transformar.
, , , . . . CHURCHILL, Winston. Memórias da
Todos esses fatores foram as causas do desencadeamento da crise, Segunda Cuerra Mundja/ r . q d e
até a guerra se fazer inevitável. N o v a Fronteira _
O MUNDO EM GUERRA
II
14.1 Da e s q u e r d a para a d i r e i t a : Lloyd G e o r g e , V 1 t t o r 1 o E m a n u e l e O r l a n d o ,
G e o r g e s C l e m e n c e a u e W o d r o w W i l s o n r e u n i d o s em V e r s a l h e s para a s s i n a r a
paz com a A l e m a n h a .
14.2 A c a m p a m e n t o m i l i t a r d o s aliados,
na II G u e r r a M u n d i a l .
O M U N D O EM GUERRA
1. Cronologia:
0 d i a - a - d i a do i n i c i o da segunda
guerra mundia 1
18 de janeiro de 1919: Realiza-se a Conferência de Paz no Palácio
de Versalhes. Nessa conferência, é posto um ponto final à Primeira
Guerra Mundial (a Grande Guerra). A Alemanha cede parte de seu
território e como sanção deve pagar os custos do conflito às potên-
cias vencedoras; seu exército fica limitado a cem mil homens.
2 . As c a u s a s da g u e r r a s e g u n d o
A l e m a n h a e Itália (o E i x o )
TESTEMUNHO NÚMERO 1
De Joachim von Ribbentrop, ministro de Relações Exteriores da
Alemanha nazista.
Texto escrito em 1946, depois da vitória aliada, quando o autor esta-
va na prisão de Nuremberg. Foi condenado à morte como criminoso
de guerra e enforcado.
"Em 1929, sobreveio na Alemanha uma tremenda crise econômica
[...]. As exportações alemãs não podiam cobrir as importações; as
reservas de ouro do Reichbank (Banco da Alemanha) esgotaram-se
rapidamente; a vida comercial estancou-se; a produção foi diminuindo;
massas de trabalhadores foram despedidas de suas fábricas; havia
milhares de homens sem trabalho; o capital fugiu para o estrangeiro
[•••]•"
Países do Eixo
Países ocupados pelo Eixo
Neutros
1 4 . 1 2 M a p a da Europa.
O M U N D O EM GUERRA
"Polônia não somente se negou a entrar em acordo com a Alemanha,
como acentuou a perseguição das minorias alemãs assentadas em seu
território [...]• Não cabe nenhuma dúvida de que a Inglaterra teve
possibilidades de evitar a guerra fazendo uma ligação para Varsóvia.
O fato de que o governo britânico não o tenha feito demonstra clara-
mente que a Inglaterra estava decidida a ir à guerra."
TESTEMUNHO NÚMERO 2
2. "Duce:
TESTEMUNHO NÚMERO 3
* \
1 4 . 1 5 M o n t a g e m d e um t a n q u e b l i n d a d o em uma f á b r i c a d e a r m a m e n t o s da
Alemanha.
O M U N D O EM GUERRA
L
- f i
41 •
14.18 Hitler com os m a g n a t a s da
indústria alemã V o g l e r , Thissen e
B o r b e t , que apoiaram sua política
belidsta.
9
"Os acordos territoriais de Versalhes que deram fim à Primeira Guerra
Mundial (1914-1918) deixaram a Alemanha praticamente intacta.
Ainda continuava sendo a principal potência da Europa. Quando o
marechal francês Foch escutou o conteúdo do Tratado de Versalhes,
disse com singular justiça: "Isto não é uma paz, é uma trégua por
vinte anos". [...] A Alemanha ficava condenada a pagar reparações
em uma quantia enorme, [...] e nenhuma nação derrotada jamais pode
pagar os custos da guerra moderna."
A
nazistas obtinham armas muito mais rapidamente do que nós [...];
x
finalmente, um fato a mais: só em 1938, Hitler anexou à Alemanha
mais de seis milhões de austríacos e três milhões e meio de tcheco-
eslovacos habitantes da região dos Sudetos. Em resumo, mais de dez
i n g l ê s C h(as me bn et ra ld ao )i n ,e WPi n^
14.19 s t o™
n C h u r c m li milhões de novos súditos: trabalhadores e soldados. A balança
, . da
(de pé). guerra, que ele ja estava preparando, se inclinava a seu favor."
TESTEMUNHO NÚMERO 5
De Edouard Daladier, ministro da Defesa do governo francês de
1936 ao mês de maio de 1940, e também presidente do governo
em 1938. Em 1939, depois da assinatura do pacto entre Hitler e Stalin
(Pacto germano-soviético), decidiu entrar em guerra contra a Alemanha.
Foi obrigado a renunciar ao ser preso pelo governo pró-nazista
francês presidido pelo general Pétain e, dois anos depois, foi entregue
aos alemães.
TESTEMUNHO NÚMERO 6
De Charles de Gaulle, general francês que se rebelou contra o go-
verno de seu país, presidido por Pétain, que colaborava com Hitler.
Destacou-se por sua luta contra a invasão alemã à França, mesmo
que sua força militar fosse quase inexistente. Depois da guerra foi
presidente da República. Os testemunhos foram extraídos de suas
memórias, publicadas em 1955:
"Era evidente que o fim da Primeira Guerra não havia assegurado a
Paz. A Alemanha retornava com suas ambições à medida que reco-
brava forças [...], e, enquanto isso, era só a França quem tinha que
conter o Reich. Os EUA viravam as costas ao perigo que ia caindo
por sobre a Europa."
14.24 D e s f i l e d e p a n z e r s ( t a n q u e s de g u e r r a ) no c o n g r e s s o de Nuremberg.
4 . Guia de t r a b a l h o
ANÁLISE DOS TESTEMUNHOS
INTERPRETAÇÃO
Depois de analisar os testemunhos, escreva um relatório em que cons-
tem as contradições entre as distintas visões. Com a ajuda de infor-
mações extraídas de livros de texto ou enciclopédias, tente estabelecer
uma opinião sobre as causas imediatas que provocaram a guerra mais
sangrenta de todos os tempos.
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A v a l i ação
1. Relatórios
São muitas as oficinas que terminam com um relatório por escrito.
É claro que ele deve ser um dos elementos-chave para a avaliação
dos alunos. As oficinas que necessariamente devem ter relatório por
escrito ao final são:
O caso dos sambaquis, O mistério das grutas, O enigma de
Aldovesta, Egito em imagens, Os escravos no mundo antigo,
Da aldeia ao castelo e As causas dos descobrimentos geográ-
ficos.
Os alunos devem ter claro o que se exige nesses relatórios: sempre
devem começar apresentando o caso a ser estudado, seguido das
hipóteses formuladas. Em seguida, devem indicar os elementos fun-
damentais de que dispõem para resolver as questões, sejam fontes
arqueológicas, jornalísticas, documentais, iconográficas. Todo esse
material deve ser apresentado em ordem, em função da classificação
feita pelo aluno.
Em terceiro lugar, pede-se a discussão de todos os prós e contras das
hipóteses, para encerrar com uma conclusão pertinente.
2. Debates
Em algumas oficinas especifica-se a utilidade de fazer debates. Eles
são recomendados especialmente nas seguintes oficinas:
TFMAS A DEBATER
OFICINAS
O caso dos sambaquis A sobrevivência dos povos caçadores
3. Juízos críticos
Há três oficinas que permitem formular juízos:
• O Almirante Negro.
Para os dois primeiros casos há, nas oficinas correspondentes, nor-
mas concretas sobre a forma de fazer essas avaliações; no último caso,
o professor pode optar pela modalidade que preferir.
4._ E x e r c í c i o s
Todas as oficinas contêm muitos exercícios, a maioria dos quais devem
ser feitos na sala de aula. O aluno deve ter um caderno, em que anote
tudo o que é discutido, os resumos diários, os exercícios sobre gráfi-
cos... Esse caderno que deve ser um verdadeiro diário da atividade
de classe, será objeto de uma avaliação global por parte do profes-
sor em relação a perguntas pontuais sobre um exercício ou um tema.
Sugerimos controle regular desse caderno, pois nele se refletem a con-
stância, a ordem, o trabalho diário...
[AVALIAÇÃO
6. Provas escritas
Entende-se por prova escrita todo questionário ou estudo que o pro-
fessor faz sobre as características e condições da aprendizagem de
um aluno. Neste método são formulados diferentes tipos de provas
escritas. Destacamos as mais freqüentes.
NOME
CURSO
DATA
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Lugares utiteadoe em' 1971
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— Marcar com um círculo as áreas de esquartejamento.
Avaliação de conteúdos
NOME
SOBRENOME
CURSO
GRUPO
NOME
SOBRENOME
CURSO
GRUPO
DATA
PALHEIRO
NOME
SOBRENOME
CURSO
GRUPO
DATA
c)
1. Quando começou a colonização fenícia?
d)
1. Como os egípcios antigos viam o mundo? (desenhe).
AVALIAÇÃO DE CONTEÚDOS
NOME
SOBRENOME
CURSO
GRUPO
DATA
b)
1. Quando as armas de fogo foram introduzidas na península?
Em que aspectos repercutiram na vida da região?
2. Assinale algumas das obrigações que os camponeses tinham
para com o senhor.
3. Em que momento da história da Idade Média aparecem, com
regularidade, objetos procedentes de países longínquos, obti-
dos pelo comércio?
c)
1 • Quais são os elementos técnicos que tornaram possíveis as via-
gens de descobrimentos no século XVI?
2. Quais são os fatores que tornaram possível o descobrimento?
d)
1 • Que razões levaram o Rei a casar a princesa Maria com Pedro
Clemente Francisco?
2. O que você sabe sobre a administração de Pombal?
— Reinado de D. Maria I.
— Descobrimento da América.
Avaliação de conteúdos
NOME
SOBRENOME
CURSO
GRUPO
DATA
A B
• preços
O falecimentos
• I | | | | | I
1650 1511 1552 1551 155« 1555 1556 155Í 1558 1559 HM
anos
Avaliação de conteúdos
A sensação não é a de
andar em estrada asfaltada,
de pista dupla. Uma metá-
fora mais adequada seria a
da descoberta de trilhas no
meio do bosque. Mais do
que a conclusões tranqüilas
e certas, chega-se a ques-
tionamentos históricos e a
posicionamentos pessoais
frente aos dados.
OFICINAS DE HISTÓRIA
oferece materiais críticos e
ativos, em uma linha peda-
gógica que potencializa o
ensino alternativo e liberta-
dor. Com metodologia socio-
interacionista aplicada ao
meio ambiente natural e
social, atende especialmente
ao desenvolvimento da au-
toformação e ao trabalho
criador e cooperativo.