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Jung, Carl Gustav 421

Jung, Carl Gustav (1875-1961) com Bleuler, experimentava o teste de as-


psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica sociação verbal* que o levaria à psicanálise.
Fundador de uma escola de psicoterapia*, Em abril de 1906, enviou a Freud os seus
amigo e discípulo de Sigmund Freud* de 1907 Diagnostisch Assoziationsstudien (Estudos
a 1913, introdutor com Eugen Bleuler* da psi- diagnósticos de associação), inaugurando as-
canálise* na Suíça alemã, especialista em sim uma longa correspondência: um total de
psicoses* e fascinado pelo orientalismo, Carl 359 cartas. Para Freud, esse encontro foi de
Gustav Jung realizou uma obra tão abundante importância crucial, pois abria para a psicaná-
quanto a de Freud, cuja tradução em francês está lise o “novo continente” das psicoses*. Logo se
muito longe de ser concluída. Dezenas de obras, iniciou um grande debate entre Freud, Jung e
artigos e comentários foram escritos sobre Bleuler sobre o estatuto da esquizofrenia* (que
Jung, e o junguismo se implantou em vários ainda era chamada dementia praecox), e sobre
países: Grã-Bretanha*, Estados Unidos*, Itá- a questão do auto-erotismo* e do autismo*.
lia* e Brasil*. Quando encontrou Freud, Jung já tinha uma
Nascido em 26 de julho de 1875, em Kess- concepção do inconsciente* e do psiquismo,
will, no cantão de Turgóvia, Carl Gustav Jung herdada de Théodore Flournoy*, de Janet e de
era descendente de uma longa linhagem de todos os artífices da subconsciência. Não só não
pastores. Seu avô paterno, Carl Gustav Jung compartilhava as hipóteses vienenses, como
(1799-1864), dito Senior, médico originário de também estava em desacordo com a concepção
Mannheim, encontrara refúgio na Suíça em freudiana da sexualidade* infantil, do com-
1819 e se tornou reitor da Universidade de plexo de Édipo* e da libido*. O que o aproxi-
Basiléia. Uma lenda tenaz fazia dele o filho mava de Freud era, por um lado, o fascínio por
natural de Johann Wolfgang Goethe (1749- uma obra na qual acreditava encontrar a confir-
1832). Contava-se na família que Sophie Zie- mação de suas hipóteses sobre as idéias fixas
gler-Jung tivera uma ligação com o escritor e subconscientes, as associações verbais e os
que o filho ilegítimo dessa aventura fora depois complexos*, e por outro lado, a atração por um
reconhecido por seu marido, Franz Ignaz Jung, ser excepcional com o qual podia se medir. Jung
pai de Carl Gustav Senior. Quanto a Samuel era homem de uma poderosa inteligência, habi-
Preiswerk (1799-1871), avô materno de Carl tado por um mundo interior feito de sonhos*,
Gustav Junior, também era pastor e adepto do de introspecção, de busca de si mesmo e de
espiritismo*. Com sua prima, Hélène Preis- gosto pelo oculto. Era dotado de grande força
werk* e sua mãe, Émilie Preiswerk-Jung (1848- física, apreciava os contatos humanos, os exer-
1923), o jovem Carl Gustav também adquiriu o cícios corporais e o convívio das mulheres;
hábito de se dedicar ao espiritismo. dizia-se polígamo. Interessado desde sempre
Em 1895, Jung começou a estudar medicina pelos espíritas, loucos, marginais e excêntricos,
em Basiléia. Em 1900, tonou-se assistente de gostava dos personagens fora do comum. Tam-
Bleuler na clínica do Hospital Burghölzli e, dois bém apreciava contar histórias, espalhar boatos,
anos depois, defendeu tese sobre o caso de uma confundir razão e desrazão, fazer sessões es-
jovem médium, que depois se revelou ser Hé- píritas, construir mitos e interpretações*. E, se
lène Preiswerk. Em 1903, foi a Paris, para se- tomava o partido de Freud, era antes de tudo
guir os cursos de Pierre Janet* e ao voltar porque considerava seus adversários como mé-
casou-se com Emma Rauschenbach, filha de dicos retrógrados, incapazes de conceber uma
um rico industrial de Schaffhouse, com quem nova teoria psíquica.
teria cinco filhos: Agathe, Anna, Franz, Ma- Durante sete anos, entusiasmou-se pelo as-
rianne, Emma. pecto espiritual da aventura psicanalítica. Mas,
Emma Rauschenbach-Jung (1882-1955) em contato com o movimento, elaborou uma
tornou-se discípula do marido, depois de ser doutrina completamente estranha ao sistema de
analisada por ele. Em 1905, Jung foi nomeado pensamento freudiano, embora se alimentasse
Privatdozent, no momento em que, em contato dele. E é evidente que esse encontro permitiu a

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Jung tornar mais claras suas divergências com e estou cansado de lutar. Estamos todos em
o freudismo*. perigo. Os suíços nos salvarão, eles me salvarão
Quanto a Freud, o apego e o amor que ele e a todos vocês.” Fritz Wittels* transcreveu
dedicava a Jung mostravam uma vontade deter- essas palavras em sua biografia de Freud.
minada de tirar a psicanálise do gueto da judei- Em 1912, o conflito entre Freud e Jung se
dade* vienense. Se Sandor Ferenczi* era para tornou evidente, quando Jung preparou a publi-
ele o melhor dos filhos, aquele que mais amaria cação de Metamorfoses da alma e seus símbo-
(com Otto Rank*), Carl Gustav Jung teria outro los, que teria muitas reedições. A discordância
destino. Estranho à tribo vienense, mas de cul- foi completa a respeito da teoria da libido. Mas
tura alemã (e conseqüentemente mais próximo a gota d’água foi um acontecimento menor.
dele do que Ernest Jones*), era de fato conside- Freud foi visitar Ludwig Binswanger*, operado
rado como um filho enfim capaz de reinar sobre de um tumor maligno e não passou por Küs-
a causa analítica, e até de conduzi-la a outras nacht, que ficava apenas a cinqüenta quilôme-
conquistas. Sem nenhuma dúvida, Freud sus- tros de Kreuzlingen. Jung interpretou esse gesto
peitava que Jung era anti-semita. Mas, pelas como uma ofensa. Depois de várias disputas,
necessidades da causa, queria absolutamente durante as quais Jung tentou convencer Freud
reconciliar os judeus e os anti-semitas, como da necessidade de dessexualizar sua doutrina
escreveu em uma carta a Karl Abraham*, a 23 (nem que fosse, disse ele, para que ela fosse
de julho de 1908: “Presumo que o anti-semitis- mais bem acolhida), a ruptura se consumou em
mo contido dos suíços se refere um pouco a 1913. Freud tomou a iniciativa de romper, de-
você [...]. Nós devemos, como judeus [...], mos- pois de ter uma síncope em Munique durante o
trar um certo masoquismo, estar dispostos a que jantar do congresso da IPA.
nos prejudiquem um pouco.” A partir de 1914, Jung se demitiu progres-
Entre 1907 e 1909, tornando-se o príncipe sivamentee de todas as suas funções. Nas socie-
herdeiro da causa, Jung fundou a Sociedade dades psicanalíticas já formadas, os junguianos
Sigmund Freud de Zurique e o Jahrbuch für se separaram dos freudianos para organizar seu
psychoanalytische und psychopathologische próprio movimento. Mas este nunca teria a am-
Forschungen*, animou o debate sobre a demên- plitude do de Freud.
cia precoce através do “caso Otto Gross*,” en- Depois de um longo período de crise interior
frentou as peripécias de sua paixão por Sabina e depressão, que coincidiu com a duração da
Spielrein*, e enfim acompanhou Freud quando Primeira Guerra Mundial, Jung iniciou a elabo-
este fez uma viagem de conferências aos Es- ração de sua obra. Deu o nome de psicologia
tados Unidos*. Aliás, voltaria a esse país em analítica à corrente de pensamento em que se
1912, obtendo um grande sucesso. Em 1909, baseia seu método de psicoterapia. Com essa
deixou o Hospital Burghölzli para se dedicar à denominação, pretendia significar que a psique
sua clientela particular e retirou-se para uma não tinha nenhum substrato biológico. Quanto
bela casa espaçosa, construída segundo seus à clínica, ela tinha como objetivo reconduzir o
planos e situada em Küsnacht, perto do lago de sujeito à realidade e libertá-lo de seus “segredos
Zurique. Ficaria ali durante toda a vida. patogênicos”, segundo a expressão de Moritz
Em 1910, em Nuremberg, foi eleito primeiro Benedikt*. O método junguiano se inscrevia
presidente da Internationale Psychoanalytische assim na continuidade das antigas “curas de
Vereinigung (IPV), futura International Psy- alma” dos pastores protestantes.
choanalytical Association* (IPA). Aos vienen- Em 1919, Jung elaborou a noção de arquéti-
ses invejosos, Freud declarou: “Vocês são ju- po, oriunda da noção de imago*, para definir
deus na maioria, e por isso inaptos para conquis- uma forma preexistente inconsciente que deter-
tar amigos para a nova doutrina. Os judeus mina o psiquismo e provoca uma representação
devem se contentar com um papel modesto, que simbólica que aparece nos sonhos, na arte ou na
consiste em preparar o terreno. É absolutamente religião. Os três principais arquétipos são o
essencial que eu estabeleça laços com os meios animus (imagem do masculino), a anima (ima-
científicos menos restritos. Não sou mais jovem gem do feminino) e o selbst (si-mesmo), verda-

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deiro centro da personalidade. Os arquétipos pie”) e publicado na Zentralblatt für Psychothe-


constituem o inconsciente coletivo, base da psi- rapie (ZFP) assumiu posições nitidamente anti-
que, estrutura imutável, espécie de patrimônio semitas. Essa revista da AÄGP acabava de pas-
simbólico próprio de toda a humanidade. Essa sar ao controle de Matthias Heinrich Göring*.
representação da psique é complementada por Depois de distinguir o inconsciente “ariano”
“tipos psicológicos”, isto é, características in- do inconsciente “judeu”, Jung afirmou que o
dividuais articuladas em torno da alternância primeiro possuía um “potencial superior ao
introversão*/extroversão, e por um processo de segundo”, e acrescentou que o judeu “tem algo
individuação, que conduz o ser humano à uni- do nômade e é incapaz de criar uma cultura que
dade de sua personalidade através de uma série lhe seja própria: todos os seus instintos e seus
de metamorfoses (os estádios* freudianos). A dons exigem, para se desenvolver, um povo-
criança emerge assim do inconsciente coletivo hospedeiro mais ou menos civilizado”. Jung
para ir até a individuação, assumindo a anima acusava a psicologia médica de ter aplicado aos
e o animus. alemães categorias judaicas. Enfim, evocando
Com a noção de arquétipo, Jung se afastou a lembrança de Freud, observou que este sus-
radicalmente do universalismo freudiano, mes- peitava que ele, Jung, fosse anti-semita: “Essa
mo desejando encontrar o universal nas grandes suspeita emanava de Freud. Ora, Freud, não
mitologias religiosas. Na verdade, é antes com compreende nada da psique alemã, como aliás
a idéia de pattern, próxima dos culturalistas, os seus epígonos germânicos. O grandioso fe-
que se pode comparar o arquétipo. E Jung a nômeno do nacional-socialismo, que o mundo
aprofundou, aliás, ao se interessar cada vez inteiro contempla com olhos admirados, os es-
mais pelo estudo etnológico das civilizações clareceu?”
ditas “arcaicas”. Por ocasião de várias viagens, Atacado em fevereiro de 1934 pelo psiquia-
que o levariam até tribos indígenas ou africanas tra suíço Gustav Bally (1893-1966), que se
(México, Quênia), adotou as teses da psicologia surpreendia com o fato de que Jung pudesse
dos povos e afirmou que existiam diferenças presidir uma associação que tinha a função de
radicais entre as “raças”, as culturas e as men- eliminar os judeus e os adversários do nacional-
talidades. socialismo, este tentou justificar-se em março
Foi nessa época que foi criado em Ascona, do mesmo ano em um artigo intitulado “Zeitge-
perto do Lago Maior, um grupo de intercâmbio nössisches”, no qual evocava as diferenças en-
entre as filosofias orientais e ocidentais. Tomou tre as “raças” e as “psicologias”: “Deveríamos
o nome de Eranos, e reuniu todos os anos, em realmente pensar que uma tribo que atravessa a
torno de Jung, intelectuais, psicólogos, historia- história há milhares de anos como povo eleito
dores das religiões e das ciências, entre os quais por Deus não tivesse sido levada a uma tal idéia
Lancelot White, Henry Corbin (1903-1978) por uma disposição psicológica particular? En-
(1903-1978) e Mircea Eliade (1907-1986). fim, se não existe diferença, o que faz com que
Em 1933, quando se tornou um chefe de os judeus sejam reconhecidos? Diferenças psi-
escola, Jung aceitou substituir Ernst Kretsch- cológicas existem entre todas as nações e todas
mer* à frente da Allgemeine Ärztliche Gesell- as raças, e até entre os habitantes de Zurique, de
schaft für Psychotherapie (AÄGP, Sociedade Basiléia e de Berna [...]. É por isso que combato
Alemã de Psicoterapia). Reunindo membros de toda psicologia uniformizante quando pretende
vários países, mas baseada na Alemanha e logo a universalidade, como a de Freud e a de Adler,
sob controle nazista, a AÄGP tornou-se com por exemplo.”
Jung uma associação realmente internacional. O percurso de Jung ficaria pois marcado por
Os psicoterapeutas judeus podiam aderir a ela esse episódio. Fundando suas hipóteses doutri-
a título individual, mesmo sendo excluídos da nárias sobre uma tipologia psicológica, não po-
filial alemã. Jung pretendia assim protegê-los. dia evitar que o seu discurso assumisse tons
Entretanto, em janeiro de 1934, em um texto racistas e anti-semitas. E se esse anti-semitismo
intitulado “A situação presente da psicoterapia” jamais tomaria a forma de um engajamento
(“Zur gegenwärtigen Lage der Psychothera- militante, suas afirmações inigualitárias leva-

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riam a que sua doutrina fosse utilizada pela râneo (1936, GW, X), Petrópolis, Vozes, 1988; “Docu-
política de nazificação da psicoterapia alemã. ments inédits en français” (1933-1937, GW, X, sob o
título Zivilisation im Übergang), Cahiers Jungiens de
A comunidade internacional junguiana se Psychanalyse (CJP), 82, primavera de 1995; 5-35; “Zur
dividiria sobre a questão da responsabilidade de gegenwärtigen Lage der Psychotherapie”, Zentralblatt
Jung, e foi Andrew Samuels, psicoterapeuta für Psychotherapie, 7, 1934, 1-16 (não traduzidos em
junguiano, membro da Sociedade Londrina de CJP); Psicologia e religião (1938-1940, GW, XI), Pe-
Psicologia Analítica, que redigiu em 1992 um trópolis, Vozes, 1979; Psicologia do inconsciente
(1943, GW, VII), Petrópolis, Vozes, 1978; Psychologie
dos comentários mais notáveis sobre esse perío- du transfert (1946, GW, XVI), Paris, Albin Michel, 1980;
do doloroso da história. Dizendo-se ele próprio Essays on Contemporary Events. Reflections on Nazi
adepto do culturalismo*, mostrou que foi a Germany (1946), Princeton, Princeton University Pres-
tentativa de instaurar uma psicologia das nações s, 1989, precedido de um prefácio de Andrew Samuels;
que conduziu Jung a aderir à ideologia nazista Aion (1950-1951, GW, VIII, IX), Paris, Albin Michel,
1983; Resposta a Jó (1952), Petrópolis, Vozes, 1979;
e conclamou os “pós-junguianos” a reconhecer Ma vie (Zurique, 1962), Paris, Gallimard, 1966; Conflits
a verdade. de l’ âme enfantine. La Rumeur. L’Influence du père,
Na França*, no número especial dos Cahiers Paris, Aubier-Montaigne, 1935; O eu e o inconsciente,
Jungiens de Psychanalyse dedicado a esse epi- Petrópolis, Vozes, 1978; Phénomènes occultes, Paris,
sódio, o artigo da Zentralblatt de janeiro de Aubier-Montaigne, 1939; Le Mythe moderne, Paris,
Gallimard, 1961; Mysterium conjunctionis, I e II (GW,
1934 (“Zur gegenwärtigen Lage der Psychothe- XIV), Petrópolis, Vozes, 1990; Correspondance, 1906-
rapie”) foi suprimido da lista dita “completa” 1961, 5 vols., Paris, Albin Michel, 1992-1997; Carl
das declarações de Jung entre 1933 e 1936, o Gustav Jung parle. Rencontres et entretiens, Paris,
que permitiu aos diversos comentadores isentar Buchet-Chastel, 1985 • Freud/Jung: correspondência
Jung de qualquer suspeita de anti-semitismo. completa (Paris, 1975), Rio de Janeiro, Imago, 1993 •
Fritz Wittels, Freud, l’homme, la doctrine, l’école (Viena,
Carl Gustav Jung morreu em sua casa de Küs- Leipzig, Zurique, 1924), Paris, Alcan, 1929 • Gustav
nacht em 6 de junho de 1961. Suas cinzas foram Bally, “Deutschstammige Psychoterapie”, Neue Zücher
depositadas no túmulo da família, que ele próprio Zeitung, 343, 27 de fevereiro de 1934 • Richard Evans,
decorara. Nessa época, seus adversários continua- Entretiens avec Carl Gustav Jung, Payot, 1964 • Henri
vam a tratá-lo de colaboracionista, enquanto seus F. Ellenberger, Histoire de la découverte de l’incon-
scient (N. York, Londres, 1970, Villeburbanne, 1974),
amigos e próximos afirmavam que ele nunca
Paris, Fayard, 1994; Médecines de l’âme. Essais d’his-
participara da menor tomada de posição em favor toire de la folie et des guérisons psychiques, Paris,
do nazismo ou do anti-semitismo. Fayard, 1995 • André Virel (org.), Vocabulaire des psy-
chothérapies, Paris, Fayard, 1977 • Vincent Brome,
• Carl Gustav Jung, Gesammelte Werke, 20 vols. (com Carl Gustav Jung. L’Homme et le mythe (Londres,
um índice e um volume de bibliografia), Zurique, Ra- 1978), Paris, 1986 • Peter Homans, Jung in Context,
scher Verlag, e Olten, Walter Verlag, 1960-1991; The Chicago, The University of Chicago Press, 1979 • A
Collected Works, 21 vols. (com um índice, um volume Critical Dictionary of Jungian Analysis, Andrew Sa-
de bibliografia e um suplemento), Londres, Routledge muels, Bani Shorter e Fred Plaut (orgs.), Londres, N.
e Paul Kegan, 1957-1983; A energia psíquica (1902- York, Routledge e Paul Kegan, 1986 • Linda Donn,
1934, GW, I, VIII), Petrópolis, Vozes, 1983; Métamor- Freud et Jung. De l’amitié à la rupture (N. York, 1988),
phoses de l’âme et ses symboles (Leipzig-Viena, 1912- Paris, PUF, 1995 • Sonu Shamdasani, “A woman called
1952, GW, IV, V, Paris, 1931, sob o título Métamor-
Frank”, A Journal of Archetype and Culture, 50, prima-
phoses et symboles da libido), Paris, Buchet-Chastel,
vera de 1990, 26-56 • Andrew Samuels, Jung and the
1953; Tipos psicológicos (1921, GW, VI), Petrópolis,
Post-jungians, Londres, Routledge e Paul Kegan,
Vozes, 1991; Dialectique du moi et de l’inconscient
1985; “Psychologie nationale, national-socialisme et
(1928, GW, VII), Paris, Gallimard, 1964; Commentaire
psychologie analytique: réflexions sur Jung et l’antisé-
sur le mystère de la fleur d’or (1929, GW, XIII), Paris,
Albin Michel, 1978; La Guérison psychologique (1929- mitisme”, Revue Internationale d’Histoire de la Psycha-
1934, GW, IV, X, XVI), Paris, Buchet-Chastel, 1953; nalyse, 5, Paris, 1992, 183-221 • Yosef Haiym Yerus-
Problèmes de l’âme moderne (1929-1948, GW, VIII, X, halmi, Le Moïse de Freud. Judaïsme terminable et
XV, XVII), Paris, Buchet-Chastel, 1961; L’Homme à la interminable (New Haven, 1991), Paris, Gallimard,
découverte de son âme (1931-1948, GW, VIII, XVI), 1993 • Cahiers Jungiens de Psychanalyse, “Jung et
Paris, Albin Michel, 1987; Psicologia e alquimia (1935- l’histoire, les années 30”, 82, primavera de 1995.
1936, GW, XII), Petrópolis, Vozes, 1991; Les Racines
de la conscience (1934-1954, GW, IX, XIII), Paris, ➢ CINCO LIÇÕES DE PSICANÁLISE; GROSS, OTTO;
Buchet-Chastel, 1970; Aspectos do drama contempo- SPIELREIN, SABINA.

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