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O Evolucionismo cultural

de Edward Burnett Tylor


Explicações e criticas
sobre suas Teorias.
DIVISÃO DO TRABALHO
1- QUEM FOI TYLOR? ( SLIDE 3)

2- O SEU CONCEITO DE CULTURA (SLIDE 4)

3- O EVOLUCIONISMO CULTURAL (SLIDES 5, 6 E 7)

4- JUSTIFICATIVA DA TESE DE TYLOR ( SLIDES 8 E 9)

5- IMAGENS DE ARMAS PRIMITIVAS ( SLIDE 10)

6- O ANIMISMO ( SLIDES 11 E 12)

7- CURIOSIDADES ( SLIDES 13,14 E 15)

8- CRÍTICAS E PROBLEMÁTICAS (Slides 16 e 17)

9- BIBLIOGRAFIA (SLIDE 18)

10- Créditos ( SLIDE 19 )


Quem foi Tylor?
• Edward Burnett Tylor, nasceu na Inglaterra em 1832, numa próspera
família quacre londrina (são membros de um grupo cristão,
conhecido como Sociedade dos Amigos, Sua religião baseia-se na
busca da manifestação divina de maneira pessoal, e não por meio
de padres ou ministros da Igreja. A presença de Deus dentro de
cada pessoa é chamada pelos quacres de “luz interior”, e eles
acreditam que essa luz guia suas vidas.) , trabalhou em negócios
familiares e nunca cursou uma universidade. Suas viagens pelos
Estados Unidos e por Cuba foram responsáveis por observações que
levariam a escrever o livro que se tornaria a sua mais importante
obra, intitulado: Primitive Culture, publicado em 1871. Tylor é por
muitos considerado o pai da Antropologia Cultural, por ter dado
pela primeira vez uma definição formal de cultura, na frase que dá
início ao seu livro, e posteriormente torna-se conhecido como
Cultura Universalista.
O seu conceito de cultura

• Segundo Edward Burnett Tylor o conceito de


cultura ou civilização, tomada em seu mais
amplo sentido etnográfico, é aquele todo
complexo que inclui conhecimento, crença,
arte, moral, lei, costume e quaisquer outras
capacidades e hábitos adquiridos pelo homem
na condição de membro da sociedade .
O Evolucionismo Cultural
• Edward Tylor, seguramente não foi um evolucionista
unilinear(Kroeber, {1950}). Ele era muito cauteloso quanto a
estabelecer uma escala de evolução e apenas sugeria essa
escala a grosso modo, como um pressuposto genérico de que
a humanidade começara sua caminhada numa condição da
qual estavam mais próximos, em termos relativos, os povos sem
escrita ainda existentes. Tylor , considerava no entanto, uma
ilusão acreditar que o progresso das sociedades era coerente
nos vários critérios, tecnológicos, políticos, religioso, etc.

• Constitui-se então o conceito geral de Selvagens


Contemporâneos, para exprimir a ideia que Tylor sempre
apresentava como uma hipótese de que os povos sem
escrita, ou tecnologia e politicamente frustres,
representavam em termos globais um nível cultural mais
próximo de uma condição primitiva.
• É importante salientar que a ideia de selvajaria tinha sobretudo
um valor relativo. Tylor não pretendia dizer que os chamados
selvagens eram fiéis representantes das origens e menos ainda
que eles não tinham cultura ou civilização, palavras sinônimas na
sua obra.

• O grande objetivo da Antropologia de Tylor era demonstrar que o


homem europeu, é mais genericamente o homem dito civilizado,
estava profundamente impregnado de selvajaria

• Em analogia com Charles Darwin, que já havia demonstrado à


burguesia e aristocracia vitorianas que dentro delas tinham um
primata, Edward Tylor queria por em evidencia a costela
culturalmente selvagem dos seus pares. A própria expressão tinha
uma componente provocatória, não apenas em relação ao
homem civilizado moderno, mas também em relação aos
domínios sacrossantos da Antiguidade Clássica, cujos peritos não
queriam nem ouvir falar em comparações dos ilustres Gregos e
Romanos com os aborígenes australianos ou outros
• Tylor constatava que todos os tipos de crenças das
sociedades civilizadas, do presente ou do passado,
tinham os seus equivalentes de uma forma ou de
outra, em populações cujo grau de cultura era
julgado mais arcaico, mais primitivo. Por exemplo , a
metempsicose, ou seja, a transmigração ou
reencarnação das almas, era uma crença que se
encontrava tanto em povos selvagens da África
Ocidental, da Austrália ou das Américas, como em
populações civilizadas, hinduístas e budistas, dos
meios urbanos da Ásia meridional. Tylor não hesitava
em reconhecer os fundamentos pré-históricos desse
artigo de fé, mas considerava naturalmente que
Hinduísmo e Budismo tinham introduzido nele crenças
“subtilezas metafísicas” segundo o espírito ético de
contextos refinados.
JUSTIFICATIVA DA TESE DE
TYLOR
• Baseado no texto “A Ciência da Cultura”,
observamos que a tese justificou-se na proposta de
existência de uma uniformidade que permeia a
civilização em geral; reconhecendo os estudiosos
das ciências da natureza uma unidade com
sequência definida de causa e efeito ao longo da
qual todo fato depende do que se passou antes dele
e atua sobre o que vem depois

• “UM EVENTO é SEMPRE FILHO DE OUTRO E NÃO


DEVEMOS ESQUECER O PARENTESCO” . Comentário
de um chefe banto a um missionário africano. Aponta
uma conexão entre os eventos registrados no curso
da história
• “ UM GRUPO DE SELVAGENS É IGUAL A OUTRO” ,
comentário do Dr. Johnson, de maneira depreciativa,
quanto leu sobre os patagões e os ilhéus dos Mares do
Sul.
Há verdade em tal afirmação?

• Observando os exemplos e as situações apresentadas


no texto, o autor julgou razoável afirmar que as
coincidências observadas na história da civilização
devem-se ao surgimento de fatos semelhantes em vários
distritos da cultura, como resultado de causas similares
de ampla atuação, que surgem repetidamente no
mundo, descrevendo as ações em termos de uma
média geral
O ANIMISMO
• O animismo caracteriza tribos situadas muito na
base da escala da humanidade, e daí ascende,
profundamente modificado na sua transmissão,
mas conservando do princípio ao fim uma
continuidade ininterrupta, até o seio da cultura
moderna mais elevada.
• Ao empregarmos o termo animismo para designar
a doutrina dos espíritos em geral, estamos a
afirmar que as ideias relativas às almas, aos
demônios, às divindades e às outras classes de
seres espirituais, são todas elas concepções com
uma natureza análoga.
• Apesar de tão profundas mudanças, é bem
claro que a concepção da alma humana, no
que toca de mais perto à natureza, não
modificou desde a filosofia do pensador
selvagem até a do moderno professor de
teologia. A alma, desde a origem, continuou
sendo definida como uma entidade
animadora, separável do corpo e sobrevivente,
e concebida como veículo da existência
individual. A teoria da alma é uma das partes
essenciais de um sistema de filosofia religiosa
que une numa cadeia ininterrupta, do
selvagem adorador de fetiches ao cristão
civilizado.
CURIOSIDADES
• Pesquisas e conclusões : empirismo

Esse tipo de pesquisa da Antropologia cultural, aonde ele está


inscrito, inserido, é o tipo de pesquisa de gabinete, então essas
conclusões que Edward Tylor chega , dessa diferenciação de cultura,
de toda a teoria e de todo o trabalho que é elaborado por essa
escola antropológica, que é uma das primeiras escolas, são análises
que passam por gabinete, ou seja, eles não fizeram pesquisa de
campo, chegam a conclusões sem estar in loco, sem estar em
contato direto com esses povos que são julgados como primitivos,
eles não fazem as jornadas como outros fizeram.
Taylor teoriza sobre dados obtidos pelo trabalho de campo de
terceiros e não pela observação direta.
É curioso como não tiveram contato com o que julgam ser selvagem.
Ao usar essa terminologia de “selvagens” remetem a ideia de que
estes povos ainda não alcançaram o status de industrializados, de
evoluídos, e que não estavam inseridos no desenvolvimento da
história.
• Referência de ser evoluído e desenvolvido o ser europeu
Etnocentrismo – A sua etnia como centro. Eurocentrismo –A
Europa como centro do mundo, como referência de
desenvolvimento, tanto industrial como humano.
O branco europeu como evoluído e o restante do universo
não é evoluído e sim em processo de evolução.

• Observação da Comunicação dos homens surdos-


mudos
Diante dessa significativa ampliação da aplicação da
categoria cultura, tanto em sua dimensão geográfica e
histórica como abrangendo diversas áreas etnológicas –
mito, língua, artefato, religião, ritual, costume – , Tylor, em
suas obras, manipula enorme quantidade de dados para
demonstrar as leis do pensamento e da ação humana. É
nesse alargamento significativo das fontes empíricas que
de modo pioneiro ele toma a forma de comunicação dos
homens surdos-mudos como objeto de reflexão. É capaz de
pensar de maneira racional sem recorrer à fala .
• Conceito de alma e corpo – permitiram

compreender o surgimento de todas as categorias,


incluindo os diferentes tipos de deuses.
Segundo Tylor, a humanidade primitiva teria meditado
sobre as causas de certos fenômenos biológicos, tais como
o sono, o sonho, a doença, a morte, e chegado à
conclusão muito natural de que cada indivíduo possuía
uma alma separável do corpo, cujas deslocações
explicavam aqueles fenômenos. Quando a alma deixava
o corpo definitivamente, este morria.
Duas concepções sobre a ideia de alma:
1) Animação ou personificação da natureza, ou seja a
atribuição de uma alma a animais, plantas, montanhas e
outros objetos exteriores.
2) Formação espontânea da noção de espírito a partir da
noção de alma separada do corpo.
Em síntese, Deus não criara o homem à sua imagem, mas
sim o contrário .
CRÍTICAS E PROBLEMÁTICAS
DA TEORIA DE TYLOR
A teoria evolucionista de Tylor sendo vista superficialmente, parece uma
ideia bem pré-histórica, isso não é nenhuma novidade. mas permita pensar
como o autor pensou para criar essa teoria, e faça um exercício de
reflexão saudável, que vai te estimular a ter olhares mais diferentes das
coisas.

A pergunta que te faço é, qual foi a importância da teoria de Tylor para a


ciência antropológica?
Bem, como sendo o primeiro a enxergar a cultura ligada a definição de
costumes e ações de povos, ele acabou passando esse conceito para
frente, assim dando base para conseguintes.
Enxergamos cultura como é hoje por causa da forma que ele a definiu
tempos atrás. Podemos dizer que a ideia da teoria de Tylor esteve há muito
tempo ultrapassada e está, pois, fazer a comparação do mundo todo só
com a sua sociedade denota um etnocentrismo que também mostra que o
julgamento critico pode estar contaminado. Mas como tudo tem seus lados
relevantes e não relevantes, podemos ver que o pai do conceito atual de
cultura é o Tylor.
VAMOS CONTINUAR TENDO UM OLHAR MAIS
ANALITICO:
Ressaltando o etnocentrismo, podemos presumir que
o costume etnocêntrico subjuga outras culturas. Dessa
forma, Se essa cultura etnocêntrica tiver muito poder
e influência, ela pode resultar no fim de povos e
sociedades Ao longo prazo.
A definição, conceituação, conservação e
identificação de cultura, é muito importante para que
as sociedades se mantenham em pé e não sejam
derrubadas por outras culturas. E assim, não se
perdendo seus valores, costumes e todo resto incluso
nesta.
A teoria da cultura evolutiva de Tylor também nos faz
ter um olhar analítico perante outras culturas; pois, na
questão de julgamentos, esta nos faz analisar detalhes
ricos das outras.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
• Edward Tylor e a extraordinária evolução religiosa
da humanidade – Frederico Delgado Rosa -
Cadernos de Campo, São Paulo, n.19, p.297-308,
2010.
• A antropologia está levando o animismo a sério
demais? - Rane Willerslev - Revista de Antropologia
da UFSCar, 7(1), jan./jun.2015.
• Revista de Antropologia Experimental,16. Texto 19.
2016
• Antropologia Cultural - M.J. Herskovits - p.269-289.
• Antropologia Cultural Man and his Work - p.200-220 .
• Revista do núcleo de antropologia urbana da USP
–n°4/2009
• Livro a ciência da cultura – Edward Burnett Tylor
CRÉDITOS
• Adriana Carvalho Soares – RGU: 11920007

• Eliana Nocelli de Paula – RGU: 11910216

• Luciana L. Umbelino – RGU: 11920141

• MONICA GUIMARAES SUTTER PESSURNO – RGU:


11910460
• PEDRO DA SILVA SIQUEIRA – RGU: 11920034

• Raphaela de Souza de Carvalho – RGU: 11910472

• Soraya Vieira da Cunha - RGU: 11720244


Fim

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