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Pelo termo Animismo, Tylor designou a manifestação religiosa na qual se atribui a todos
os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano,
montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os
fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, chamado de
"ânima", que na visão cosmocêntrica significa energia, na antropocêntrica significa espírito
e na teocêntrica alma.
Evans Pritchard (1987-1980): Historia del pensamiento antropológico, disse que Tylor
pretendia converter a antropologia numa ciência de estatísticas, tabulações e
classificações. Estudou 350 culturas, em fontes escritas, procurando as regras de
matrimônio e descendência. Correlacionou também sistemas de casamentos e sistemas
de residência (materlinhal, neolocal e paterlocal), para elaborar uma teoria da passagem
de culturas maternas a culturas paternas e outra da sobrevivência de costumes de etapas
anteriores.
Tylor foi filho da sua época e, por isso, defendeu a missão de civilização do
imperialismo britânico. Desconhecia o princípio do relativismo cultural e não pensou no
direito de outros a conservar a sua própria cultura.
Tylor influenciou o antropólogo Frazer que escreveu, em 1890, O Ramo Dourado. Este
livro, Frazer elabora a teoria evolucionista, segundo a qual os humanos percorrem as
seguintes etapas: Magia Religião Ciência. A última etapa atribui um poder e
validez superior. Frazer é conhecido porque, certa vez, lhe perguntaram se já tinha
conhecido algum selvagem, ao que ele respondeu: “Livre-me Deus de semelhante
atrocidade”.