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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

FUNDAMENTOS PARA ESTUDOS DAS CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS

ERIK GUERRA DE OLIVEIRA - 2023010351


JOÃO HENRIQUE FERREIRA MARTINS DO RIO MACIEL - 2023012937
MARINA JUNKER MENEZES PESSOA - 2023001521
THIAGO PAMPONETE LOPES - 2023004031
WORZILEY VINÍCIUS RODRIGUES DA SILVA – 2023006081

CHUVA INTENSA DO DIA 27 DE FEVEREIRO DE 2023 EM ITAJUBÁ

ITAJUBÁ
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2. DADOS E METODOLOGIA...................................................................................4
3. RESULTADOS........................................................................................................9
4. CONCLUSÃO.......................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................11
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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda e analisa a chuva excessiva que ocorreu em Itajubá


(MG), durante a tarde do dia 27 de fevereiro de 2023 entre 16:20 e 17:15. O evento
meteorológico teve grande impacto socioeconômico na cidade e da Universidade
Federal de Itajubá, com prejuízo milionário.
O estudo de um evento meteorológico é importante para compreensão das causas,
que serão abordadas, além de ajudar especialistas a tomarem medidas preventivas
para futuros fenômenos. Em meio ao grande destaque que o clima e suas mudanças
vêm apresentando nos últimos tempos, viu-se a importância de uma análise das
tendências de precipitação para a compreensão dos possíveis impactos que as
mudanças no clima possam ocasionar na sociedade em geral. (Cera JC, Ferraz.
2015). Ou seja, a análise desses eventos é importante para questões de Segurança
Pública, de Planejamento de Recursos, do Impacto Econômico, do Planejamento
Urbano e Ambiental, por exemplo.

Em suma, ao analisar os dados e resultados da tempestade, tem-se o objetivo de a


descrever e detalhar esse fenômeno tão poderoso e destrutivo. Podendo contribuir
para estudos futuros e principalmente para entender esse evento extremo ocorrido
em Itajubá no início desse ano.
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2. DADOS E METODOLOGIA

O evento meteorológico na área da cidade de Itajubá foi ocasionado por um conjunto


de fatores que aconteceram desde o início do dia. A combinação da alta temperatura
do ar (que intensificou o processo de evaporação) e uma zona de menor pressão
atmosférica ao longo da costa sudeste do país foi responsável por trazer umidade do
oceano para o sul do estado. Isso juntamente com ventos oriundos do sul vindos de
um sistema de alta pressão que ajudou a levar mais umidade para a região de
Itajubá. 
Assim, durante 16:20 e 17:15 h do dia 27 de fevereiro de 2023, foi registrado 59,2
mm de chuva no pluviômetro localizado no bairro Estiva.

A chuva registrada foi decorrente da combinação da concentração de umidade


entre o sul de Minas Gerais e São Paulo e o intenso aquecimento do ar desde o
início do dia 27 (...) no evento de Itajubá, havia uma área de menor pressão
atmosférica ao longo da costa sudeste do Brasil. Essa região de menor pressão e o
intenso aquecimento do ar, principalmente no continente, serviram para induzir o
transporte de umidade do oceano para o sul de Minas Gerais. (REBOITA, 2023)
Vale ressaltar também que a estação da UNIFEI registrou 73,8mm sendo a região
mais afetada durante a chuva. Também pela mesma estação, foi registrado 31,4ºC
no mesmo dia 27 de fevereiro da chuva intensa e foi a maior temperatura máxima
registrada do mês de fevereiro em Itajubá. Ventos muito fortes também foram
registrados pela estação. Vale ressaltar também que dentre os dias 24 e 28 de
fevereiro, houve maior instabilidade atmosférica no mês.
Esses dados podem ser conferidos no boletim meteorológico do site da UNIFEI em:
https://meteorologia.unifei.edu.br/pag/boletim/boletim.php?b=2023-02-28_00-00-00.

Antes do fenômeno ocorrer, o INMET enviou vários alertas de chuvas para 237
cidades de Minas Gerais, sendo que em 41 o risco era de volume até 100mm, com
ventos entre 60km/h e 100km/h. Também foi alertado sobre a possibilidade de
tempestades com queda de granizos. Itajubá e cidades vizinhas do sul de minas
estavam dentro das cidades que receberam os alertas. A notícia pode ser
encontrada em: https://www.itatiaia.com.br/editorias/cidades/2023/02/27/chuva-
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intensa-e-queda-de-granizo-podem-atingir-mais-de-230-cidades-de-minas-veja-a-
lista.

Com base nos dados a seguir providos do Centro Nacional de Monitoramento e


Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) disponíveis em:
http://www2.cemaden.gov.br/mapainterativo/, foi calculado os dados de precipitação
acumulada total com base nos dados de precipitação horária de um pluviômetro
instalado no bairro Estiva registados no dia 27 de fevereiro de 2023. Assim, foi
retomado os 59,2 mm que foi citado anteriormente.

Figura 1: Tabela com Dados de Precipitação

Fonte: Autoria Própria

A seguir segue imagens que demostram o impacto da chuva em Itajubá, desde


impactos na própria Universidade Federal de Itajubá, na Avenida BPS até outros
vários bairros da cidade:
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Figura 2: Impacto da Chuva na UNIFEI

Fonte: Reprodução / Redes Sociais

Figura 3: Impactos da Chuva em Áreas da UNIFEI e na Avenida BPS em frente

Fonte: Reprodução / Redes Sociais


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Figura 4: Forte Chuva Inundando as Ruas de Itajubá

Fonte: Reprodução / Redes Sociais

Figura 5: Árvores Caídas por conta do temporal em Itajubá

Fonte: https://itajuba.mg.gov.br/obras/prefeitura-mobiliza-equipes-apos-forte-chuva-
atingir-itajuba-na-tarde-desta-segunda-feira-27-de-fevereiro/
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Figura 6: Retirada de Árvores Caídas na AV. BPS

Fonte: https://itajuba.mg.gov.br/obras/prefeitura-age-prontamente-apos-forte-chuva-
na-tarde-desta-terca-feira-21-de-fevereiro/
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3. RESULTADOS

Com isso, a chuva de 27 de fevereiro de 2023 que ocorreu durante 16:20h e 17:15h
em Itajubá-MG foi responsável por diversos impactos na cidade. Com ventos fortes,
precipitação intensa, alta temperatura do ar e instabilidade atmosférica isso em um
período consideravelmente curto para tanta intensidade.
Segundo dados de reportagens, a chuva foi responsável pelo aumento do nível do
ribeirão José Pereira que transbordou e levou ao congestionamento de veículos na
Avenida BPS. Dados do site da Prefeitura de Itajubá também registraram Quedas de
árvores e de postes de energia também ocorreram, com o bairro Cruzeiro sendo
prejudicado ao ficar sem luz. Bairros como o Vila Isabel, Vila Rubens, Vila Poddis,
Cantina, Medicina e Centro se destacam como os mais prejudicados. Segundo
reportagem do G1:https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2023/02/28/chuva-
deixa-moradores-desalojados-no-sul-de-minas.ghtml, nove pessoas foram
desalojadas em Itajubá, o corpo de bombeiros informou que precisou empenhar
militares de folga para auxiliar no atendimento às ocorrências. Também houve 12
chamados de pessoas ilhadas nos Bairros Santo Antônio, São Vicente, Cantina,
Varginha, Boa Vista, Medicina, Vila Rubens, São Sebastião e Nossa Senhora de
Fátima. Resultando em três pessoas desalojadas. Os militares também receberam
um chamado de queda de muro no cemitério do Bairro Cruzeiro, o que resultou mais
seis pessoas desalojadas. Além disso, os bombeiros atenderam a queda de uma
árvore no Bairro Estiva e fizeram vistoria em um deslizamento de terra no Bairro Vila
Isabel.
A área da UNIFEI foi a mais prejudicada em relação a quantidade de chuva e onde
também foi registado o maior volume de precipitação com 73,8mm em comparação
com o pluviômetro do CEMADEN na Estiva que registrou 59,2mm.
Sendo essa comparação importante já que medir a chuva em diferentes pontos de
uma cidade é crucial para compreender as variações espaciais e temporais desse
fenômeno. Através de uma rede de estações pluviométricas distribuídas
estrategicamente, é possível captar dados precisos sobre a distribuição da
precipitação, fornecendo informações valiosas para a gestão de recursos hídricos,
planejamento urbano e previsão de enchentes. Essas medições permitem identificar
áreas suscetíveis a alagamentos, avaliar o desempenho de sistemas de drenagem e
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calibrar modelos hidrológicos, contribuindo para a construção de cidades mais


resilientes e adaptadas às mudanças climáticas (Silva, A. et al. (2019).
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4. CONCLUSÃO

De forma geral, a análise da tempestade estudada permitiu tanto reconhecer


assuntos já abordados nas disciplinas como mais definições e aplicações da área da
Meteorologia. Por exemplo, ao identificar que o fenômeno em questão foi resultado
de um conjunto de fatores como: Temperatura do Ar muito elevada, Alta
concentração de umidade entre o Sul de Minas e o estado de São Paulo, a zona de
baixa pressão que se instaurou ao longo da costa sudeste do país que foi
responsável por trazer mais umidade e além dos ventos que vieram do sul
originados de uma zona de alta pressão. O conceito de Instabilidade Atmosférica
também foi retomado, já que esse fenômeno também é um dos principais para
causar uma tempestade.

Além de também entender como funciona os dados recebidos por uma estação de
órgãos e empresas da área meteorológica e como eles são aplicados para
disponibilizar para a mídia e para a população. Com isso entender que isso ajuda a
Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, outros órgãos e a Prefeitura das cidades
entrarem em ação quando desastres ou eventos extremos ocorrem.

Com isso, uma sugestão é sobre estudos que se concentram na interação de fatores
globais e locais onde se aprofunda a compreensão dos processos atmosféricos
utilizando dados de radares, estações meteorológicas etc. Para entender também o
processo de previsão de um possível evento extremo em diferentes contextos
geográficos. Um outro âmbito também seria entender como melhorar a comunicação
e estratégias de alerta e conscientização para a população sobre esses fenômenos
para reduzir os impactos socioeconômicos em nossa sociedade e
consequentemente impactos também no Meio Ambiente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REBOITA, Michelle. A chuva do dia 27/02/2023 em Itajubá, 2023. Disponível em:


https://conexaoitajuba.com.br/a-chuva-do-dia-27-02-2023-em-itajuba/. Acesso em:05 julho
2023
Cera, J. C., & Ferraz, S. E. T.. (2015). VARIAÇÕES CLIMÁTICAS NA
PRECIPITAÇÃO NO SUL DO BRASIL NO CLIMA PRESENTE E FUTURO. Revista
Brasileira De Meteorologia, 30(1), 81–88. https://doi.org/10.1590/0102-
778620130588

(Silva, A. et al. (2019). Analysis of Rainfall Spatial Variation in Urban Areas Based on a
Dense Network of Rain Gauges. Water, 11(5), 994.)

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