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1ª PROPOSTA DE REDAÇÃO

ORIENTAÇÕES:

Imprima a folha de rascunho e faça sua redação ESCRITA, em seguida, nos envie o documento digitalizado. O
nome do documento deve seguir a seguinte lógica:

Redação_Número_Seu_Nome_Completo.

Por exemplo, se seu nome for Ana Raíssa da Luz e esta for sua primeira redação enviada, o documento deve
ser nomeado como "Redação_1_Ana_Raíssa_da_Luz".
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Proposta de Redação
Leia os seguintes textos:

Texto 1

Afundamento do solo em Maceió pode durar até 10 anos; entenda a formação dos bairros fantasmas

Por Cau Rodrigues, Heliana Gonçalves, G1 AL

Mais de 14 mil imóveis condenados em cinco bairros de Maceió: Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e
Farol. Após décadas de mineração, parte da capital alagoana passa por um lento processo de afundamento do
solo que abre rachaduras em ruas, prédios e casas, obrigando cerca de 55 mil pessoas a abandonarem suas
residências e seus negócios.

A tragédia urbana em curso transforma áreas inteiras em bairros fantasmas, um problema que ainda está longe
do fim, já que o solo continua afundando lentamente. "10 anos é o tempo médio necessário à estabilização.
Poderá ser mais ou um pouco menos", avalia o pesquisador e especialista em geotécnica e geologia, Abel
Galindo Marques As primeiras rachaduras surgiram no bairro do Pinheiro, após fortes chuvas em fevereiro de
2018. Ainda eram poucas, mas elas aumentaram quando um tremor de terra foi sentido em diversos bairros
duas semanas depois, no dia 3 de março do mesmo ano. Era o início de um vasto trabalho de investigação e de
um drama para milhares de famílias.
A empresária Áurea Montes morou durante 22 anos no bloco 23 do Conjunto Jardim Acácia, no Pinheiro. Ela
relembra com carinho os episódios que marcaram sua vida durante o tempo em que viveu no apartamento com
o marido e o filho, até ser obrigada a abandonar o lar por risco de desabamento.

Somente um ano depois das primeiras rachaduras foi confirmado pelas equipes do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM), órgão ligado ao governo federal, que a extração de sal-gema (minério utilizado na fabricação de soda
cáustica e PVC) feita pela Braskem na região onde existiam falhas geológicas provocaram a instabilidade no
solo. As rachaduras vistas nas ruas e nos imóveis são reflexo dessa movimentação.
Em maio de 2019, a petroquímica multinacional interrompeu a mineração e paralisou a operação da fábrica de
cloro-soda na cidade. Nessa época, as rachaduras já tinham atingido bairros vizinhos: Mutange, Bebedouro e
Bom Parto. A fábrica voltou a operar em fevereiro de 2021, mas com sal importado do Chile.
A Defesa Civil de Maceió elaborou o Mapa de Linhas de Ações Prioritárias (clique aqui para abrir em alta
resolução), que está em sua quarta versão. O documento (imagem acima) recomenda a realocação dos imóveis
e monitoramento constante das áreas com instabilidade (na cor verde). Ele mostra também a localização de
cada mina explorada pela empresa (em círculos cinza). Porém, a mineração já tinha deixado cavidades, minas
ou cavernas sob o solo. Atualmente, 35 cavernas estão identificadas e a mineradora informou que segue
monitorando a região para acompanhar a evolução de sua estabilização.

Além das regiões afetadas diretamente, foram identificadas localidades afetadas indiretamente: Flexal de
Baixo, Flexal de Cima e parte da Rua Marquês de Abrantes, no bairro de Bebedouro, que sofrem os efeitos da
desocupação de imóveis no entorno, perdendo comércio, equipamentos públicos e força econômica, entrando
em um processo chamado de ilhamento socioeconômico.

Uma tragédia sem precedentes em Maceió, com impactos ambientais, sociais e econômicos que vão deixar na
população feridas difíceis de cicatrizar

Texto 2:

Quatro anos da tragédia em Brumadinho: 270 mortes, três desaparecidos e nenhuma punição

Por Rafaela Mansur, g1 Minas — Belo Horizonte

Passados quatro anos desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que deixou 270 pessoas
mortas e despejou milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração na bacia do Rio Paraopeba, ninguém foi
responsabilizado pela tragédia. Além de justiça, familiares de três vítimas ainda aguardam a chance de se
despedir. Os bombeiros mantêm buscas diárias pelos desaparecidos.

Nesta terça-feira (24), a Justiça Federal aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF)
contra 16 pessoas e as empresas Vale e Tüv Süd pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão. Os
envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado, além de crimes contra a fauna, crimes contra a flora
e crime de poluição.

As investigações concluíram que a realização de perfurações verticais foi o gatilho para a liquefação que
provocou o rompimento da estrutura, que já estava frágil, no dia 25 de janeiro de 2019. Apesar de ter
conhecimento dos problemas da barragem, a consultora Tüv Süd emitiu Declarações de Condição de
Estabilidade que permitiram que a estrutura continuasse funcionando mesmo com fator de segurança abaixo do
recomendado por padrões internacionais. A mineradora sabia da situação e apresentou os documentos às
autoridades

Mais de 1,4 mil dias após o rompimento, a recomendação de não utilização da água bruta do Rio Paraopeba
para qualquer fim, entre Brumadinho e Pompéu, permanece. A pesca de espécies nativas também segue
proibida em toda a bacia.

De acordo com a vice-presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da
Barragem (Avabrum), Andressa Rocha, a impunidade é um dos principais temores de quem perdeu um ente
querido na tragédia. O único filho da professora, Bruno Rocha, que trabalhava na Vale, foi um dos 270 mortos
Um dos projetos previstos em acordo assinado ainda em 2019 com o Ministério Público era a construção de
uma nova estação de captação de água no Rio Paraopeba e a entrega da obra em setembro de 2020, mas até
hoje isso não aconteceu. Um aditivo ao acordo estabeleceu um novo prazo, quase três anos depois, para o
início da operação assistida na vazão plena: fevereiro de 2023

Texto 3:

Capitólio: geólogos dizem que tragédia poderia ser evitada com estudos prévios

Iuri Corsini e Thayana Araújoda CNN

O desabamento de uma rocha sobre lanchas na região de Capitólio, em Minas Gerais, que deixou oito mortos,
32 feridos e ao menos dois desaparecidos neste sábado (8), poderia ter sido evitado caso fosse feito um estudo
geológico prévio na região. A opinião é de especialistas que analisaram a tragédia.

Para Joana Sanches, professora de geologia da Universidade Federal de Goiás (UFGO) e doutora em
mapeamento geológico, o local do acidente fica em uma área de risco e o turismo tinha que ter sido suspenso
na região.

“A área deveria ter sido fechada para o turismo até que se fizesse uma intervenção de técnicos capacitados,
além de uma análise mais precisa dos riscos no local. Já havia uma fratura prévia na rocha que se desprendeu.
Essa fratura ia desde o topo até a base e são preenchidas pelo solo [terra]. Com a intensidade das chuvas, esse
solo que fica entre as fraturas foi lavado e levado embora. Além disso, a água ajudou a fazer mais peso dentro
da fratura. Como já estava previamente deslocado do paredão rochoso, com a intensidade dessas chuvas, o
pedaço se deslocou por completo”, disse Joana.

A pesquisadora explicou que uma das intervenções primordiais seria a derrubada prévia do pedaço de rocha
com a realização de um trabalho geotécnica para essa análise. “É preciso debater tais medidas dentro da lei em
vigor, o que pode ou não pode se fazer na prática”, complementou.

Outra medida que devia ter sido adotada, segundo Ingrid Ferreira, PhD em geociências e consultora em Gestão
de Riscos de Desastres, era o atirantamento das rochas, ou seja, utilizar cabos de aço para, grosso modo,
prender as formações geológicas, a fim de evitar o deslizamento.

A especialista também alertou que tais medidas teriam que ser adotadas caso houvesse um acompanhamento
mais preciso em relação ao comportamento destas formações rochosas na região.

“O Brasil explora muito o seu turismo em locais de interesse geológico, somos muito ricos nisso. Os laudos
geológicos e geotécnicos, que caracterizam se um local é ou não de risco, precisam ser encaminhados e ter o
suporte das autoridades. É fundamental ter um efetivo de geólogos e geotécnicos realizando esse parecer para
a liberação dessas áreas. É necessário também que os órgãos públicos aumentem a elaboração desses laudos
para ampliar a percepção de risco da população e da própria equipe de agência de turismo que executam”,
ressaltou.

A PhD em geociências destacou que o Brasil possui alguns órgãos importantes no monitoramento de
formações geológicas, que podem e devem capacitar profissionais e orientar gestores públicos sobre eventuais
riscos e, consequentemente, mitigá-los para garantir um turismo mais seguro.
PROPOSTA: Com base na leitura dos Textos 1, 2 e 3, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre
Desastres Ambientais Causados por Atividades Humanas. Em seu texto, aborde, com argumentos claros e
consistentes, as consequências e importância das ações preventivas e do apoio de instituições governamentais
e não governamentais para evitar eventos como estes. Para isso, utilize no mínimo 20(vinte) linhas e no
máximo 30(trinta) linhas
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