Reprise do desastre
Na tragédia de Mariana, duas barragens romperam, liberando 43,7 milhões de metros
cúbicos de rejeitos. Em Brumadinho, o número divulgado pela Vale é de 12 milhões de
metros cúbicos.
Há três anos, a enxurrada de lama matou 19 pessoas; agora, a contagem já bate na casa
das 121. Uma boa parte das vítimas eram funcionárias da própria vale: dos 427
colaboradores, 279 foram resgatados com vida. As vítimas também incluem moradores
da região.
Além da apreensão com a bacio do rio São Francisco, os olhares se voltam para a
Mata Atlântica da região da Serra Dois Irmãos, por onde a lama está descendo. Existe
uma grande preocupação com a fauna e a flora do local.
Responsabilização
Quatro dias após a tragédia em Brumadinho, a Vale havia recebido três bloqueios de
recursos, um total de R$ 11 bilhões. O valor seria destinado ao atendimento às vítimas
(R$ 6 bilhões) e à reparação dos danos ambientais (R$ 5 bilhões). Adicionalmente, duas
multas, somando R$ 349 milhões, foram aplicadas pelo Ibama e pelo governo de Minas
Gerais. E esse número pode aumentar.
A Vale diz que vai pagar R$ 100 mil às famílias por cada vítima do desastre. Famílias
na zona de impacto receberão R$ 50 mil, enquanto profissionais cuja atividade
comercial foi afetada em função da tragédia receberão R$ 15 mil.
1) Política x técnica
3) Recursos renováveis
Por isso, é importante que você se mantenha a par das questões de atualidades e busque
sempre ter argumentos transversais na manga. No caso das tragédias de Mariana e
Brumadinho, pensar no papel do estado, no papel da sociedade civil e no papel da
mídia, por exemplo, são caminhos possíveis. E, veja, são argumentos que podem
facilmente ser usados para outros temas, como direitos coletivos, mobilidade urbana e
porte de armas, para citar apenas alguns.