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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Atualidades����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Brasil: Tópicos Relevantes e Atuais Sobre Ecologia, Meio Ambiente, Economia�����������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Atualidades
Brasil: Tópicos Relevantes e Atuais Sobre Ecologia, Meio Ambiente,
Economia
TCU encontra falhas nas ações de integração do rio São Francisco
O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou falhas em ações do Ministério da Integração
Nacional e do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) para recuperação de re-
servatórios estratégicos para o projeto de integração do Rio São Francisco.
As inconsistências encontradas pelo Tribunal foram no orçamento e no cronograma das ações.
Procurado pela reportagem, o Ministério da Integração Nacional informou que não foi notificado
oficialmente e que irá verificar as ações necessárias após receber as determinações do TCU.
O projeto prevê a adução das águas do Rio São Francisco para o Ceará, Paraíba, Pernambuco e
Rio Grande do Norte, o que vai beneficiar reservatórios já existentes. Esses reservatórios, por serem
antigos, precisam ser recuperados para operar com segurança após a transposição.
O TCU identificou que, enquanto o cronograma de execução das obras de recuperação dos reser-
vatórios prevê a necessidade de R$ 195 milhões neste ano, o governo federal só destinou R$ 1 milhão
no Projeto de Lei Orçamentária Anual para essa finalidade.
Outro problema verificado pelo TCU foi a incompatibilidade de cronogramas. Segundo o órgão,
em alguns casos, as datas estimadas para a conclusão de obras de alguns reservatórios é posterior à
data em que o Ministério da Integração estima disponibilizar água por meio da transposição.
Algumas barragens, segundo o TCU, vão receber águas da transposição e não têm estudos de
recuperação sendo elaborados. O Tribunal determinou que o Ministério e o DNOCS elaborem um
plano de ação, em 60 dias, para a execução das intervenções de recuperação das barragens, obser-
vando as falhas apontadas.
A transposição do rio São Francisco, a maior obra hídrica do Brasil, chegou, em março deste ano,
a 81% de seu andamento. Um dos mais importantes cursos d’água da América do Sul e cuja extensão
se dá por 5 estados, o rio São Francisco está tendo parte de seu curso desviado para regiões do sertão
brasileiro, no intento de melhorar as condições de vida da população local e viabilizar a produção
agrícola da região. Na previsão do Ministério da Integração Nacional, a obra, cuja intenção é benefi-
ciar cerca de 12 milhões de pessoas, será finalizada até o início de 2017.
A transposição, analisada pela sua divisão estrutural, já completou 82,2% no eixo norte e 79,2%
no eixo leste. No total, mais de 10 mil pessoas estão trabalhando na obra.
Transposição já Funciona em Algumas Regiões
˃˃ Embora pouco divulgada pelos meios de comunicação, a integração do Rio São Francisco já
opera em algumas regiões. Em agosto de 2015, iniciou-se o funcionamento no interior de Per-
nambuco, por meio da Estação de Bombeamento 1 (EB1), em Cabrobó. O canal da transposição
local chega até a Barragem de Tucutu, localizada no eixo norte do empreendimento. Também
em 2015, um trecho do Canal do Sertão, que passa pelas cidades de Olho d’Água do Casado,
Inhapi, Senador Rui Palmeira e Água Branca, todas em Alagoas, foi inaugurado pela presidente
Dilma Roussef.
Tragédia em Mariana: Perguntas & Respostas
˃˃ Duas barragens da mineradora Samarco se romperam na cidade de Mariana (MG), dia 5 de
novembro. Nessas barragens havia lama, rejeitos sólidos e água. Esses detritos são resultado da
mineração na região.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Qual é o Tamanho do Estrago?


˃˃ Pelo menos 128 residências foram atingidas pela onda de lama e dejetos. Oficialmente, o número
de mortos é de seis pessoas e o de desaparecidos, 12. Os detritos das barragens tomaram conta
do rio Gualaxo e chegaram ao município de Barra Longa, a 60 km de Mariana e a 215 km de Belo
Horizonte. Seis localidades de Mariana, além de Bento Rodrigues, foram atingidas. Segundo
especialistas, a lama que desce pelo rio Doce atingirá, no total, uma área de cerca de 10 mil
quilômetros quadrados no litoral capixaba – área equivalente a mais de seis vezes o tamanho da
cidade de São Paulo. Os prejuízos são calculados em mais de R$ 100 milhões, segundo o prefeito
de Mariana, Duarte Júnior.
De Quem é a Culpa Disso? Terremoto? Chuvas? Negligência?
˃˃ A Samarco disse ter registrado dois pequenos tremores na área duas horas antes do rompimen-
to, por volta das 16h20min de quinta-feira. Não se sabe o que teria causado estes tremores – se
seriam abalos sísmicos ou a força do próprio rompimento. Em 16 de novembro, a Samarco fez
um acordo com o Ministério Público e concordou em pagar R$ 1 bilhão para começar a com-
pensar os danos materiais e ambientais. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões da
empresa para os ressarcimentos. A intenção é fazer com que a empresa repare completamen-
te o dano causado pela lama, com ações como a limpeza, resgate dos animais, reconstrução
das casas, entre outros. O IBAMA vai multar a Samarco em R$ 250 milhões (atualizado). Se a
empresa for condenada a pagar uma indenização coletiva, o dinheiro vai para um fundo des-
tinado a ações de melhoria da qualidade ambiental. A partir disso, os moradores podem pedir
uma indenização pelos seus danos pessoais, inclusive, em caso de morte de parentes, podendo
até haver pagamento de pensões às famílias das vítimas.
Essa Lama Pode Contaminar as Pessoas?
˃˃ A mineradora garantiu que não há nada tóxico nos 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos
de minério de ferro liberados durante o acidente. Mas foram encontrados resíduos de metais
pesados na lama. O site R7 afirmou que o Serviço de Água e Esgoto da cidade de Valada-
res “aponta um índice de ferro 1.366.666% acima do tolerável para tratamento – um milhão
e trezentos mil por cento além do recomendado”. Há também altos níveis de manganês, que
“superam o tolerável em 118.000%, enquanto o alumínio estava presente com concentração
645.000% maior do que o possível para tratamento e distribuição aos moradores”.
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A Região Vai se Recuperar?


˃˃ Dificilmente. Especialistas dizem que pode levar séculos para o ambiente se recuperar. A lama
que se espalhou por Minas Gerais e Espírito Santo impede que matéria orgânica cresça. Uma
das consequências que a lama está causando é o assoreamento, o acúmulo de sedimentos na
calha do rio, causando impactos socioeconômicos e ambientais. Segundo o IBAMA, houve al-
terações nos padrões de qualidade da água. Um dos impactos é a morte de animais, terrestres e
aquáticos, por asfixia.
Que empresa é essa, Samarco? É do governo?
˃˃ Não, é uma empresa privada. A Vale (mineradora que era estatal e foi privatizada durante o
governo FHC) é uma das acionistas da Samarco, com uma participação de 50% no capital por
meio de uma joint venture com a BHP Billiton, a maior empresa de mineração do mundo.
Marinha coloca relatório da lama do Rio Doce sob sigilo por 5 anos
˃˃ O resultado das pesquisas feitas por um navio da Marinha do Brasil na foz do Rio Doce está sob
sigilo por cinco anos, limitando o acesso apenas à União. A pesquisa mostra o impacto da lama
de rejeitos da mineradora Samarco, que poluiu o rio e parte do mar no Norte do Espírito Santo,
após o rompimento de uma barragem.
Apesar de ter como uma das propostas utilizar os dados das análises na região para que órgãos
de diferentes esferas do governo desenvolvessem ações de recuperação da área, o documento não
está à disposição da sociedade. O navio hidroceanográfico Vital de Oliveira realizou pesquisas em
Regência, no município de Linhares, no Norte do estado, em novembro de 2015.
De acordo com um dos integrantes do Fórum Capixaba de Entidades em Defesa da Bacia do Rio
Doce e membro da ONG Transparência Capixaba, Edmar Camata, os órgãos solicitaram à Marinha
do Brasil o acesso ao resultado das pesquisas, mas a resposta foi negativa.
A alegação é de que o documento estava classificado como ‘informação sigilosa’. O termo de clas-
sificação de informação, que coloca o documento na condição de reservado, foi publicado em 11 de
janeiro de 2016.
Sem Informações
Para Edmar, os resultados são relevantes para a sociedade, e impedir que os cidadãos saibam o
real conteúdo da pesquisa infringe a Lei de Acesso à Informação.
“Existe uma carência muito grande de informação. Não há como estimar os danos produzi-
dos pelo desastre, pela tragédia criminosa, que se abateu na bacia do Rio Doce, sem informações”,
informou.
Resposta
˃˃ A Marinha do Brasil informou que, conforme tratado entre todos os envolvidos no processo de
pesquisa, caberia a ela repassar aos órgãos ambientas os resultados dos dados coletados, o que
foi feito em 11 de janeiro, para então ser emitido, por aqueles órgãos competentes, um parecer
técnico conclusivo do impacto ambiental.
˃˃ Dessa forma, encerrou-se a participação da Marinha no processo de pesquisa. Em relação ao
status de sigilo do relatório, a Marinha não se posicionou.
O IEMA informou, por meio de nota, que recebeu o documento da Marinha, mas em caráter
reservado. Os resultados obtidos até o momento com esta análise integrada das informações, foram
apresentados em um seminário realizado com pesquisadores da UFES e de outras universidades do
país e representantes do IEMA, Tamar, ICMBio e IBAMA.

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