Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARTINS, Ricardo Ramos 1, CALCANHOTTO, Flávio plástico subterrâneo, tonéis de metal, paiol
Abreu 2, MARTINS, Bibiana Volkmer 3, FRANCO, José modelo Chapecó, o armazém graneleiro com
Boaventura da Rosa 4
aeração forçada e, mais recentemente o seca-
dor solar com coletor armazenador em leito
Resumo de pedra britada e o silo secador armazenador
A evolução da secagem e armazenagem de de alvenaria armada, que utiliza ar natural
grãos nas pequenas propriedades do Estado na secagem dos grãos. Todas estas inovações
do Rio Grande do Sul, embora seja um tema tecnológicas tiveram como objetivo oferecer
estratégico aos produtores, somente nas úl- aos produtores maior autonomia na gestão da
timas duas décadas vem ocupando o devido comercialização ou mesmo para uso dos grãos
espaço. Tanto a secagem, como a armazena- na propriedade, tendo como ponto de partida
gem, passam a ser ações importantes na po- a economia no processamento da secagem e
lítica pública de assistência técnica e exten- armazenagem, uma maior flexibilidade para
são rural (ATER) promovida pela Emater/RS. a tomada de decisão no momento de comer-
Desde o final da década de setenta, várias cializar ou usar os produtos, e reflexos na
tecnologias de armazenagem têm sido dispo- melhoria substancial da qualidade dos grãos
nibilizadas aos produtores, cujas primeiras secos e armazenados, bem como um menor
inovações tecnológicas foram o paiol de tela gasto energético no processamento.
com estrutura construída em madeira, silo
1
Engenheiro Agrônomo, Extensionista de Nível Superior da Emater/RS. Mestre em Pré-Processamento de Produtos
Agrícolas pela Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (FEAGRI – UNICAMP).
E-mail: rmartins@emater.tche.br
2
Engenheiro Agrônomo, Extensionista de Nível Superior da Emater/RS. Mestre em Economia Rural pela Faculdade de
Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FCE/IEPE-UFRGS). E-mail: flavioc@emater.tche.br
3
Doutoranda em Administração, Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (PPGA-EA/UFRGS). Mestre em Administração, PPGA-EA-UFRGS. E-mail: bibivolkmer@hotmail.com
4
Engenheiro Agrônomo, Consultor Técnico na área de Pós Colheita de Grãos. E-mail: jotafranco@brturbo.com
8
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
Palavras-chave: Secagem. Armazenagem. gem para produção de farinha, apresenta um
Sustentabilidade. Agricultura familiar. produto altamente competitivo em nível de
mercado. Existe uma tendência dos consumi-
Abstract dores em cidades de menor porte no estado
The evolution of drying and storage of crops em adquirir, mesmo a preços mais altos, fa-
in small farms from Rio Grande do Sul State, rinhas de grãos originários de silos secadores
although a strategic issue for producers, only e com moagem realizada através de sistemas
in the two last decades has been occupying tradicionais como os moinhos de pedra.
the proper spot. Both the drying and stora- A assistência técnica e extensão rural
ge, become important actions in technical (ATER) promovida pela Emater/RS, vem tra-
assistance and rural extension public policy balhado ao longo dos últimos trinta anos, na
(ATER) promoted by Emater/Rio Grande do adaptação de tecnologias sustentáveis e de
Sul State. Since the late seventies, several menor custo para a armazenagem nas peque-
storage technologies have been available to nas propriedades. O escopo deste artigo, em
producers, whose first innovations were the um primeiro momento é resgatar a história
screen with barn structure built in wood, da armazenagem dos grãos nas propriedades
underground plastic silo, metal barrels, familiares, e em um segundo momento, ofe-
Chapecó’s barn model, the warehouse grain recer tecnologias que conduzam a uma maior
with forced aeration and, more recently the sustentabilidade no gerenciamento dos grãos
dryer with solar collector storer in the bed of colhidos bem como discute o tema da sobera-
crushed stones and the silo dryer storer from nia alimentar a ser trabalhado junto às co-
reinforced masonry, which uses natural air munidades rurais quando das ações exten-
drying of grains. All these innovations were sionistas, e concluindo, com a apresentação
designed to offer farmers greater autonomy de alguns cases de sucesso nos municípios de
in the commercialization management as well Casca, Nova Alvorada e Santa Cruz do Sul.
for the use of grains in the property, taking as
its starting point the economy in the process 2 A EVOLUÇÃO DA ARMAZENAGEM NA
of drying and storage, greater flexibility for PEQUENA PROPRIEDADE
taking the time to decision making about the Para que se entenda a real importância
proper time to commercialize or use the pro- dos grãos – principalmente do milho – é fun-
duct, reflects in substantial improvement of damental que antes se conheça de forma
the quality of grain dried and stored, as well breve, a história da colonização no Estado do
as a lower energy expenditure in processing. Rio Grande do Sul e a influência cultural da
subsistência alimentar para as famílias imi-
Keywords: Drying. Storage. Sustainability. grantes.
Family farms. A colonização alemã no solo gaúcho foi
motivada pela necessidade de povoar o sul
1 INTRODUÇÃO do Brasil, garantindo a posse do território,
A armazenagem nas unidades familiares ameaçada pelos vizinhos castelhanos. A pri-
do Rio Grande do Sul tem sido um tema re- meira leva de 39 imigrantes que chegou ao
corrente, ao longo dos últimos anos, nos en- Estado remonta ao ano de 1824 e foi desti-
contros técnicos sobre o cultivo de grãos em nada à região do Vale do Rio dos Sinos. Para
diversos eventos ocorridos no estado. Arma- convencê-los a vir para o Brasil, o governo
zenar grãos em pequenos silos, principalmen- brasileiro à época acenou com uma série de
te o milho, além de ser mais econômico para vantagens: passagens a custas do governo;
o agricultor, conduz a uma maior qualidade concessão gratuita de um lote de terra de
do produto processado, refletindo em melhor 78 hectares; subsidio diário de um franco ou
desempenho das criações e quando da moa- 160 réis a cada colono no primeiro ano e me-
9
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
tade no segundo; bem como certa quantida- tural da armazenagem de grãos. O conheci-
de de animais tais como bois, vacas, cavalos, mento trazido com a colonização, de um sis-
porcos e galinhas, proporcional ao número tema simples de estocagem nas propriedades
de pessoas de cada família. não teve inovações tecnológicas que acompa-
A partir de 1875, chegaram os primeiros nhassem pari passu o desenvolvimento atin-
grupos de imigrantes italianos, vindos das re- gido com o modo de produzir (dos insumos e
giões do Piemonte e da Lombardia, e depois das máquinas agrícolas). Pode-se dizer que
do Vêneto, e se instalaram nas colônias Conde de certa forma houve um descuido em apon-
d’Eu (atual cidade de Garibaldi), Dona Isabel tar soluções atualizadas para com a armaze-
(atual cidade de Bento Gonçalves) e Caxias do nagem, capazes de ser compatíveis com a ca-
Sul. Ali eles passaram a viver da plantação pacidade de investimento e de conhecimento
de milho, trigo e outros produtos agrícolas; dos produtores familiares. Esta situação é
porém, a introdução do cultivo da videira na preocupante na medida em que se compa-
região tornou a vinicultura a principal econo- ra com a realidade de países que têm uma
mia dos colonos italianos. estratégia de segurança alimentar consoli-
A criação de animais e o cultivo dos grãos dada. O Canadá chega a 85% dos grãos ar-
nessas regiões, principalmente o milho, re- mazenados nas próprias fazendas, enquanto
montam à época da vinda dos colonos ale- que nos Estados Unidos é de 65% e Argenti-
mães e italianos para o Estado. A utilização na 35%. Já no Brasil esse montante chega a
desse cereal tanto na alimentação humana apenas 14%, sendo que no início da década
como dos animais, apresentava problemas de de oitenta este número não ultrapassava 4%.
provisão ao longo do ano devido a sua sazona- No Brasil ainda se paga um alto preço pela
lidade, o que obrigou os colonos a providencia- ineficiência das políticas públicas de estoca-
rem a construção de locais destinados a sua gem. Tal postura acarreta em perdas em vá-
estocagem, como os paióis simples de madei- rios níveis. Para o País, porque deixa de ar-
ra, que dividiam espaço com outros produtos, recadar mais impostos; para os produtores,
ferramentas e mesmo as próprias criações. porque depois de correrem todos os riscos na
Com o passar do tempo houve evolução lavoura dividem seu lucro ao expor os grãos
nas formas de armazenagem dos grãos no às pragas, tais como os insetos e roedores,
que concerne à sofisticação das construções, e também com os intermediários; para os
ao ponto de alcançar estruturas capazes de consumidores as perdas se traduzem em au-
constituir uma rede de silos e armazéns para mento dos custos de aquisição de produtos
estocagem de grãos. Apesar destes enormes agrícolas, porque além de pagarem mais, a
avanços ocorridos na armazenagem há que se qualidade, não raro, é duvidosa.
levar em conta dois temas fundamentais: a No sentido de promover mudanças nas ca-
distribuição espacial das unidades de estoca- deias produtivas dos grãos, o serviço de as-
gem e o custo de investimento para construí- sistência técnica e extensão (ATER) oficial
-las. Tais fatores têm sido a causa de perdas do Estado praticado pela Emater/RS vem
tanto quantitativas como qualitativas dos buscando inovações tecnológicas de secagem
grãos colhidos anualmente no Estado, bem e armazenagem de grãos que preconizam se-
como, têm resultado na baixa rentabilidade rem sistemas de baixa complexidade e de cus-
dos pequenos produtores, os quais vendem to reduzido. As tecnologias mais recentes de
antecipadamente suas safras ou a transpor- secadores solares e silos secadores de alvena-
tam para fora da propriedade e depois preci- ria que utilizam ar ambiente na secagem dos
sam fazer o caminho inverso em virtude do grãos têm se demonstrado ao alcance dos pro-
uso dos grãos para alimentação dos animais. dutores e podem representar ganhos expres-
Na verdade, em algum momento da história sivos por meio de uma adequada estocagem
parece ter havido a perda da identidade cul- de suas safras (MARTINS et al., 2002a).
10
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
3 O SURGIMENTO DE TECNOLOGIAS b) Paiol de alvenaria (modelo Chapecó):
APROPRIADAS À PEQUENA as vantagens são a redução sensível das
PROPRIEDADE quebras físicas, pela secagem natural e
A partir do início dos anos oitenta, os técni- pouca movimentação do produto; é uma
cos da extensão rural, dos órgãos de pesquisa técnica economicamente viável; permite
e empresas governamentais buscavam desen- a colheita das espigas com palhas com
volver estruturas viáveis para armazenagem até 24 a 25 % de umidade b.u.5; seca as
de grãos, principalmente de milho, como al- espigas no próprio paiol; protege o mi-
ternativas aos paióis comuns de madeira uti- lho do ataque de ratos; é de fácil carga
lizados pelos produtores que já se mostravam e descarga; permite o expurgo e o reex-
ineficientes (COMPANHIA BRASILEIRA DE purgo para combate aos gorgulhos e tra-
ARMAZENAMENTO, 1981; FRAGA et al., ças sempre que necessário, sem remover
1981; BRESOLIN et al., 1985). As alternati- o milho; reduz a incidência de fungos
vas para armazenagem de milho em espiga que produzem substâncias tóxicas aos
com palha, o paiol de tela e o paiol de alvena- animais e ao homem; pode ser utilizado
ria, modelo Chapecó e as granelizadas, tonéis, para expurgar outros grãos ensacados
silo plástico subterrâneo e armazém granelei- com umidade inferior a 12% b.u.; permite
ro com aeração forçada, apresentavam a épo- operações de carga e descarga com qual-
ca as seguintes considerações (BRESOLIN et quer tempo; permite descarga paulatina,
al., 1985): sem prejuízo da armazenagem; permite
a armazenagem em boas condições e sem
a) Paiol de tela: as vantagens desta tecno-
perdas por períodos longos; as varandas
logia é ser economicamente viável; não é
podem ser utilizadas como abrigo para
de custo elevado; evita o acesso de ratos;
veículos, máquinas, e implementos agrí-
permite a colheita e armazenagem do
colas; permite a contratação de Emprés-
milho em espigas com teores elevados de
timo do Governo Federal (E.G.F.) sem
umidade; permite uma secagem rápida
opção de venda, em nível de propriedade.
do milho e uma aeração intensa. Como
Como desvantagem, apresenta um custo
desvantagens têm-se: parte do milho é
inicial elevado.6
molhada quando ocorrem chuvas acom-
panhadas de vento; umidade relativa
muito alta em certas regiões impossibili-
ta o seu uso; não há facilidade para con-
trole de pragas como carunchos e traças;
é específico para armazenar milho em
espiga; não é próprio para armazenagem
por períodos longos.
Fonte: Emater/RS-Ascar. [198-]. de paiol armazena apenas 270 kg ou 4,5 sacos de 60 kg.
11
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
e roedores; se mantida a hermeticidade é boração de rações caseiras; através da
um método que permite perfeita estoca- aeração forçada evita o aquecimento
gem por longos períodos. Como desvan- dos grãos. Desvantagens: custo elevado;
tagens: se houver perfurações no plástico exige um bom nível de conhecimento do
a infiltração de água deteriorará o pro- produtor.
duto; carga e descarga trabalhosa; nor-
malmente os tubulões são utilizados uma
única vez; o custo é elevado.
ao meio ambiente. A adoção de tecnologias termo como: “Governança é a totalidade das diver-
sas maneiras pelas quais os indivíduos e as ins-
sustentáveis foi somente uma questão de
tituições, públicas e privadas, administram seus
tempo. Segundo Zacher (2000) postula, o problemas comuns. É um processo contínuo pelo
aumento da interdependência entre os Es- qual é possível acomodar interesses conflitantes
tados faz com que os problemas como os ou diferentes e realizar ações cooperativas. Gover-
ambientais, por exemplo, necessitem de nança diz respeito não só a instituições e regimes
formais autorizados a impor obediência, mas tam-
um planejamento mundial. Para Pinheiro bém a acordos informais que atentam aos interes-
e Milani (2012), as relações internacionais ses das pessoas e instituições.” (COMISSÃO SO-
passaram a englobar um leque mais vasto BRE GOVERNANÇA GLOBAL,1996, p. 2).
15
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
políticas orientadas para a modernização localmente, de imediato e minimamente
agrícola; multiplicação das relações mer- processados (o que permite o acesso ao
cantis; orientação produtivista – reforça a alimento mais próximo possível das suas
importância do setor agroindustrial para propriedades naturais). É a ideia do mer-
a segurança alimentar -, ou seja, o comér- cado local, para a revalorização de ali-
cio internacional de alimentos constitui mentos tradicionais como também para
fator chave para a segurança alimentar; construção ou consolidação de cadeias
atualmente bastante contestada devido curtas de produção e consumo (CRUZ;
seus efeitos sociais e ambientais perver- SCHNEIDER, 2010).
sos. Em vez disso, é importante lembrar o De acordo com nota publicada no site
que trata o artigo vigésimo quinto da De- das Nações Unidas no Brasil, no últi-
claração Universal dos Direitos Humanos: mo dia 5 de junho, o relatório “Peque-
nos Agricultores, Segurança Alimentar
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de e Meio Ambiente”, elaborado pelo Fundo
vida suficiente para lhe assegurar e à sua Internacional de Desenvolvimento Agrí-
família a saúde e o bem-estar, principal-
cola (IFAD), apontou que o investimen-
mente quanto à alimentação, ao vestuá-
rio, ao alojamento, à assistência médica e to em pequenos agricultores é a melhor
ainda quanto aos serviços sociais necessá- maneira de superar a pobreza. (NAÇÕES
rios, e tem direito à segurança no desem- UNIDAS, 2013). O relatório também es-
prego, na doença, na invalidez, na viuvez, clarece que investimentos no setor agrí-
na velhice ou noutros casos de perda de cola oferecem mais retorno em prol da
meios de subsistência por circunstâncias
superação da pobreza (IFAD, 2013).
independentes da sua vontade. [...]” (DE-
CLARAÇÃO ..., 2013).
Na mesma nota, o diretor da Divisão
de Clima e Meio Ambiente do Fundo In-
Dentro dessa proposta mais ampla se ternacional de Desenvolvimento Agrícola
enquadra outro aspecto importante nos (FIDA), Elwyn Grainger Jones, afirmou
dias de hoje, a soberania alimentar, que que “[...] os pequenos agricultores pos-
trata do acesso ao alimento em quanti- suem conhecimentos locais que podem
dade e qualidade e não pode resumir-se oferecer soluções práticas, necessárias
simplesmente à oferta abundante de ali- para a agricultura atingir um patamar
mentos de baixo custo para os consumi- mais sustentável. [...]” (NAÇÕES UNI-
dores. A alimentação adequada associa DAS, 2013). A afirmação coaduna-se com
as dimensões étnicas e culturais, o que o posicionamento assumido neste traba-
leva a pressupor a validade de medidas lho de que é fundamental agir localmente
protecionistas e de apoio às agriculturas para que benefícios globais sejam alcan-
locais; necessidade de medidas para as- çados.
segurar o acesso à água, às sementes, ao O outro sistema de governança global,
crédito, entre outros. Se as políticas pú- para o qual o desenvolvimento de tecno-
blicas vão apoiar as agriculturas locais logias rurais se torna importante é o do
na produção de alimentos sadios elas de- meio ambiente. Algumas considerações
veriam montar uma logística de abasteci- sobre o tema foram analisadas em recen-
mento e armazenamento de grãos de for- te matéria publicada sob o título, “Gover-
ma descentralizada e com qualidade, nas nança ambiental global: atores e cená-
propriedades ou no máximo nas comuni- rios”, sendo em parte reproduzido abaixo:
dades mais próximas. Esta ação faz par-
te da lógica das cadeias curtas, ou seja, Inicialmente, observa-se a urgência da cons-
trução de decisões relativas à implantação de
que os alimentos possam ser consumidos
16
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
um efetivo sistema de governança ambiental Utilizar tecnologias limpas, susten-
global, capaz de assegurar a participação de táveis e que economizem mão de obra é
atores representativos dos diferentes interes- de fundamental importância para a pro-
ses envolvidos quando o tema é proteção do
meio ambiente. O debate se estende, eivado
dução da agricultura familiar. Dentro
de disputas e de insatisfações, mas o que é desses conceitos deve se encaixar a pós-
mais grave: sem que o sistema de governança -colheita. Em um mundo globalizado,
socialmente construído para responder aos países importadores de alimentos, além
desafios ambientais que ameaçam o planeta da exigência de qualidade, encaminham
se demonstre capaz de atender, seja a urgên- missões para in loco verificarem como são
cia da situação, seja ao clamor da sociedade
por uma efetiva participação. O que nos leva
produzidos e manipulados os alimentos e
a questionar se Hermet (2005, p. 35) não te- se existe respeito ao ambiente em que são
ria razão ao associar o termo ’governança‘ produzidos (meio ambiente, processos,
à imagem de um processo ’de organizações, pessoas envolvidas, animais, etc.). Mas, e
por organizações e para as organizações – se a agricultura familiar produzir somen-
sejam elas públicas ou privadas, empresa- te para o consumo interno? Qual a dife-
riais ou associativas, com ou sem fins lucra-
rença? O cidadão brasileiro merece tanto
tivos‘, o qual assumiria as características
’de um jogo, progressivamente codificado quanto os estrangeiros consumir alimen-
e no interior do qual as autoridades públi- tos saudáveis e produzidos com respeito
cas clássicas têm cada vez mais dificuldade à natureza.
para fazer valer seus recursos específicos‘. A partir dessas premissas, no final da
Por outro lado, compartilhamos a crença no década de noventa, a Emater/RS passa
slogan da conferência de Estocolmo, que co- a repensar a armazenagem nas proprie-
loca ser fundamental agir localmente para
vislumbrar benefícios globais. Isso implica
dades familiares, com o objetivo final de
também criar espaço no âmbito das decisões preservação ambiental e a melhoria da
globais para que sejam consideradas as es- qualidade dos produtos processados. E
pecificidades locais, inclusive, no que se re- investe em inovações tecnológicas de fácil
fere às formas de participação. Como aponta acesso e baixo custo para os agricultores
Fernandes (1994), com base na análise da familiares, as quais serão apresentadas
sociedade brasileira, ao limitar-se a partici-
pação apenas aos atores formalmente orga-
a seguir.
nizados em instituições, corre-se o risco de
desconsiderar parcelas especialmente signi-
ficativas da sociedade. Caberia, pois, rever 7 SECADOR SOLAR COM COLETOR
os atributos exigidos como condição ao direi- ARMAZENADOR EM LEITO DE
to de participar dos fóruns internacionais, PEDRA BRITADA
de modo a tornar possível também a parti- Os primeiros dois secadores solares,
cipação de novos movimentos sociais. Postu-
instalados com coletor armazenador em
lamos que maior dedicação acadêmica deve
ser direcionada às contribuições das instân- leito de pedra britada, na Região do Vale
cias informais, na medida em que tais espa- Rio do Taquari, no Rio Grande do Sul,
ços têm apresentado vigor ímpar, principal- foram construídos na propriedade dos
mente, através das configurações sociais em agricultores familiares, Cleto e Altair Jo-
rede. Quanto à participação do setor privado hner, e também na propriedade do Celor
na governança ambiental, atenção especial Lorenz, ambos no município de Cruzeiro
deve ser dada a análise da legitimidade das
intenções desses atores. Não podemos es-
do Sul. O Cleto e o Altair instalaram um
quecer que a referência à ’responsabilidade equipamento de 450 sacos de milho de
social’, não raramente, oculta interesses me- capacidade estática e o Celor Lorenz, um
ramente mercadológicos. (LORENZETTI; equipamento com capacidade de 140 sa-
CARRION, 2012, p. 732). cos (Figura 3), no ano de 1999.
17
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
Figura 3 - Secador solar com capacidade de 140 dições climáticas, longo tempo de secagem e
sacos de milho de carga estática e coletor solar ar- deterioração por insetos; já o segundo apre-
mazenador com leito de pedra britada coberto com senta algumas vantagens sobre o anterior
plástico de estufa como: rapidez de secagem, alta capacidade,
uniformidade do produto e independência das
condições atmosféricas (PINTO NETO, 1988).
O equipamento desenvolvido levou em con-
sideração vários fatores quando da sua con-
cepção, sendo que se destacam os seguintes
aspectos (MARTINS et al., 2002b)
a) demanda baixa potência elétrica para
acionar o motor do ventilador. Enquanto
um secador convencional de 50 sacos de
capacidade estática e fornalha a lenha
utiliza um motor de 5 CV, um secador
que usa energia solar, de igual capaci-
dade estática, necessita de somente 1
CV. Este fator torna-se importante uma
vez que as companhias de eletrificação,
no Vale do Rio Pardo no Estado, têm
vinculado a utilização de motores com
maior potência aos horários de menor
demanda, como se constata em alguns
equipamentos instalados no município
de Venâncio Aires/RS, que só podem ser
acionados nos horários compreendidos
Crédito: Katia Marcon, 1999. entre as 6 e as 18 horas;
Nota: Produtor Celor Lorenz, Cruzeiro do Sul/RS.
b) utiliza para o aquecimento do ar de se-
As pesquisas com secadores solares, com ar cagem uma fonte de energia renovável
forçado, porém, é bem mais antiga, tanto no (energia solar);
Brasil como nos Estados Unidos. Como exem-
plo, podemos citar, o Grupo de Energia da c) a radiação solar é uma fonte limpa de
Universidade de Campinas, no estado de São energia, o mesmo não ocorrendo com a le-
Paulo (UNICAMP), que nos anos 70 desenvol- nha, grandemente utilizada na secagem
viam trabalhos nesta área, pelos pesquisado- de grãos em nosso país;
res Luiz Gabriel Villa e Gonzalo Roa. d) o secador que utiliza energia solar é um
Os trabalhos gerados neste período eviden- poupador de mão de obra na pequena
ciaram que a secagem poderia ser feita de propriedade, pois, uma vez carregado o
duas maneiras: equipamento e ligado o motor do venti-
a) exposição direta dos raios solares e às lador, o agricultor não precisa acompa-
condições atmosféricas do ar; nhar o processo de secagem. O mesmo
não ocorre com os equipamentos que uti-
b) uso de equipamentos que utilizam o ar lizam lenha;
aquecido como agentes de desumidifi-
cação. e) o secador solar foi projetado para ser
construído com material e mão de obra
O primeiro método apresenta uma série local, em princípio somente o ventilador é
de desvantagens como: dependência das con- adquirido fora da localidade. Esta é uma
18
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
grande vantagem quando o equipamen- caracteriza o processo como não sendo mais
to apresenta algum defeito; o agricultor de baixa temperatura.
não perde tempo com as demoras da as- A secagem com ar natural em silos segue
sistência técnica das indústrias, além do as seguintes características, de acordo com
equipamento possuir menor custo de ma- Hansen, Keener e Gustafson (2013): o pro-
nutenção, pois o produtor tem condições cesso de secagem é lento, geralmente reque-
de ele mesmo ou alguém muito próximo rendo 4 a 8 semanas; o conteúdo inicial de
executar o conserto; umidade é normalmente limitado na faixa
de 22 a 24%; os resultados de secagem são
f) a qualidade do produto é muito superior.
conseguidos forçando o ar sem aquecimento,
Como os grãos são secos em temperatu-
através dos grãos, em taxas de fluxo de ar
ras baixas, em média 5°C acima da tem-
entre 1,13 a 2,26 m³/min/t; a secagem e a ar-
peratura ambiente, o produto não trinca,
mazenagem ocorrem no mesmo silo, minimi-
não perde a cor e reduz muito pouco de
zando a movimentação do produto; os silos
volume, o que comprova que a secagem
são equipados com fundo totalmente perfu-
com altas temperaturas retira do produ-
rado, um ou dois ventiladores de alta capaci-
to algo mais do que simplesmente água.
dade, um distribuidor de grãos e escadas; e
máquinas de limpeza devem ser usadas para
8 SILO SECADOR ARMAZENADOR remoção de grãos quebrados e finos.
A busca permanente por maior raciona- Nas máquinas de limpeza, para milho,
lização na secagem dos grãos, fez com que tem sido usado a peneira superior com fu-
a construção de silos, em meados da déca- ros redondos de 13mm de diâmetro e a infe-
da de 2000, buscasse o aprimoramento do rior com furos redondos com 6,5mm de diâ-
sistema de secagem nas propriedades fami- metro. É claro que o produto que está sendo
liares. O secador solar que já era uma tec- colhido deve passar por uma avaliação em
nologia bastante difundida, principalmente termos de tamanho dos grãos, e se neces-
no município de Casca/RS e com resultados sário diminuir ou aumentar os diâmetros
em outros municípios do Estado, demons- sugeridos.
trava ser uma tecnologia simples, eficiente Existe ainda a possibilidade da utiliza-
e sustentável. Porém os produtores necessi- ção de coletores solares acoplados nos silos
tavam de dois equipamentos: o secador e o secadores para locais com neblina cons-
silo armazenador. Foi então, a hora de mais tante ou épocas de maior umidade relati-
uma vez a Emater/RS inovar e difundir o va ou, ainda, propiciar a entrada de milho
uso de silo secador no Estado para as uni- com maior teor de umidade nos silos. Em
dades familiares. trabalho desenvolvido por Converse, Fos-
Segundo Silva, Afonso e Donzelles (2000), ter e Sauer (1978) foi testado o uso e o tipo
na secagem com ventilação forçada se pode de coletores solares em silos e demonstra-
empregar baixa temperatura, alta tempe- do que: o uso de aquecimento suplemen-
ratura, secagem combinada e outros. Seca- tar reduziu o consumo de energia elétri-
gem em baixas temperaturas é um méto- ca dos ventiladores; o uso de coletores na
do artificial de secagem em que se utiliza secagem torna o processo efetivo, nos pe-
ar natural ou ar levemente aquecido – até ríodos de menor temperatura e maiores
10ºC acima da temperatura ambiente. A se- umidades relativas do ar. Todos os testes
cagem com alta temperatura é aquela em com coletores acoplados nos silos tiveram
que o ar de secagem é aquecido a uma tem- o tempo de secagem menor do que os silos
peratura superior a 10ºC acima da tempe- que utilizaram somente ar natural, entre
ratura ambiente. Naturalmente, esse limi- outras observações. Na observação do tipo
te não é rígido, mas esta é a diferença que de coletor, aquele que armazenou energia
19
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
em leito de pedra foi mais eficiente nos pe- cos de capacidade e somente necessitou de
ríodos mais frios. profissionais especializados para emboçar10
No Estado, os silos secadores são maneja- as paredes dos silos. Algumas vantagens
dos dependendo do produto e da região; em são apontadas com esta nova prática, sendo:
secagem com enchimento em uma única vez maior rapidez na elevação das paredes de
para silos de menor porte, ou em camadas, tijolos, realizando o serviço em um terço do
para silos de maior porte. Para o milho, o li- tempo do sistema tradicional com argamas-
mite de sacos para um silo com secagem em sa, e não necessidade de profissional especia-
camada única é de 2.500 sacos. Para o arroz, lizado; a parede colada é 30% mais leve que a
pode ser de até 3.000 sacos, mas é aconse- tradicional; usa-se menos cimento – lembra-
lhável que o produtor construa silos de me- mos que a produção de 1 kg de cimento libe-
nor porte. Em secagem e armazenagem de ra 600 gramas de dióxido de carbono (CO2)
qualidade, o melhor é ser pequeno. O estudo para atmosfera; usa-se menos areia, evi-
da região onde o silo secador vai ser instala- tando a constante mineração nos leitos dos
do é de fundamental importância, somente rios; economia de 30% em relação ao sistema
após análise técnica detalhada é que se têm tradicional; sem perdas, diminui o entulho e
condições de definir o projeto. Cabe salientar mantém a obra limpa; não requer cal, água
também, que durante todo o processo decisó- ou betoneira.
rio da obra haja participação dos agriculto- Segundo Meneguetti (2010), a possibilidade
res, pois é deles a opinião do melhor mane- de construção com material e mão de obra lo-
jo, para um processo mais adequado à suas cal possibilita ampla difusão no País por tor-
necessidades. Como o consumo elétrico está nar o sistema viável para pequenas e médias
diretamente ligado ao volume de ar produ- propriedades. Além disso, o consumo ener-
zido pelas pás do ventilador e a pressão to- gético para a produção de blocos cerâmicos é
tal a ser vencida pelo ar no sistema, quanto consideravelmente menor quando comparado
mais alta for a camada de grãos no silo, tan- ao do concreto e ao do aço. A energia utilizada
to maior será a pressão estática requerida e para a produção destes materiais se relaciona
maior será o consumo energético. numa proporção de 1:2, 5:15. Num período em
A partir de 2012, houve inovação no modo que são discutidos métodos construtivos mais
de construção no que se refere à elevação sustentáveis, este menor consumo energético
dos silos. Há que se destacar a necessida- é outro importante fator para utilização de
de de avaliar mudanças que impliquem em blocos cerâmicos nesse estudo.
custo da mão de obra, visto que esta repre- Todo o silo secador é, potencialmente, um
senta algo ao redor de 35% do valor dos controlador de insetos dos grãos armazena-
materiais para silos pequenos e de até 60% dos de alta eficiência (WILKE, 2013). Como
para silos de maior porte. Observando ino- os fluxos de ar utilizados na secagem são bas-
vações introduzidas no mercado por empre- tante elevados e para aeração bem inferio-
sas de construção no município de Lajeado/ res, se for utilizado um fluxo de 2,5 m³/min/t,
RS, foi possível identificar o uso de novo pode-se secar milho, em aproximadamente
material na elevação das paredes internas 15 dias e completar uma dose de aeração em
e externas dos edifícios: as argamassas po- 10 horas. A Emater/RS tem acompanhado
liméricas (alvenaria colada). por meio de medições frequentes a campo,
A partir desta experiência consolidada no temperaturas em silos secadores abaixo de
mercado imobiliário, a Emater/RS adotou 15 ºC, o que leva ao desenvolvimento muito
esta tecnologia na elevação dos silos de al- lento dos insetos
venaria. Um exemplo clássico é o produtor
Daniel De Bona, no município de Dois Laje- Aplicar emboço ou base do reboco em uma parede
10
ados/RS, que construiu dois silos de 600 sa- (HOUAISS; VILLAR; FRANCO, 2009).
20
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
9 RESULTADOS ALCANÇADOS Figura 5 - Vista dos coletores solares armazena-
dores e uma vista geral do pavilhão que abriga os
9.1 Irmãos Damo: município de Casca/RS silos, a moega e os secadores
23
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
REFERÊNCIAS
24
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.
MARQUES, P. Embates em torno da seguran- -pequenos-agricultores-e-a-melhor-maneira-de-
ça e soberania alimentar: estudo de perspectivas -superar-a-pobreza-aponta-relatorio-da-onu/>.
concorrentes. Segurança Alimentar e Nu- Acesso em: 6 jul. 2013.
tricional, Campinas, v. 17, n. 2, p. 78-87, 2010.
NOLL, I. B. Avaliação da contaminação de
Disponível em:<http://www.unicamp.br/nepa/ar-
carnes por hidrocarbonetos poliaromáticos.
quivo_san/volume_17_2_2010/a8-MORUZZI-so-
1993. 104 f. Tese (Doutorado)– Universidade Es-
berania-24-11-10.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2013.
tadual de Campinas, Campinas, 1993.
MARTELLO, Lauro. [Secador solar]. In: EN-
PINHEIRO, L.; MILANI, C. R. S. Introdução. In:
CONTRO DE SUINOCULTORES, 17., 2008, Vila
______ (Org.). Política externa brasileira: as
Maria, RS: ASSUIVIMA; Emater/RS-Ascar; Prefei-
práticas da política e a política das práticas. Rio de
tura Municipal de Vila Maria, 2008. Depoimento.
Janeiro: FGV, 2012. p. 13-30.
MARTINS, R. R. Secagem intermitente com flu-
PINTO NETO, M. Estudo do desempenho de um
xo cruzado e altas temperaturas e sua influên-
coletor solar armazenador utilizado para secagem
cia na qualidade do trigo duro (Triticum durum
de alimentos. Coletânea do ITAL, Campinas, v.
L.). 1997. 160 f. Dissertação (Mestrado)- Universida-
18, n. 1, p. 53-68, jan./jun. 1988.
de Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia
Agrícola, Campinas, 1997. Disponível em: <http:// SILVA, J. S.; AFONSO, A. D. L.; DONZELLES, S.
www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/Dis_ri- M. L. Secagem e secadores. In: SILVA, J. S. Seca-
cardo_martins.pdf>. Acesso em: 4 jun. 2013. gem e armazenagem de produtos agrícolas.
Viçosa: Aprenda Fácil, 2000. p. 107-138. cap. 5.
MARTINS, R. R. et al. Armazéns para proprieda-
de familiar. In: LORINI, I.; MIIKE, L. H.; SCUSSEL, UNITED NATIONS. Declaração Universal dos
V. M. Armazenagem de grãos. Campinas: IBG, Direitos Humanos. Disponível em: <http://
2002a. p. 117-155. cap. 3.2. www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.
aspx?LangID=por>. Acesso em: 6 maio 2013.
______. Secador de grãos com uso de energia
solar. Agroecologia e Desenvolvimento Ru- WILKE, B. Using aeration to control stored
ral Sustentável, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 29- grain insects. Disponível em: <http://www.
35, jan./mar. 2002b. Disponível em: <http:// smallgrains.org/techfile/aeration.htm>. Acesso
www.emater.tche.br/site/sistemas/administracao/ em: 6 maio 2013.
tmp/958934218.pdf>. Acesso em: 4 jun. 2013. WONGTSCHOWSKI, R. Secagem de produtos
MENEGHETTI, L. R. C. Silos circulares em alve- agrícolas. São Paulo: ULTRAGÁZ, [1998]. 6 p.
naria de blocos cerâmicos: análise da influência ZACHER, M. W. Os pilares em ruína do tem-
da forma no comportamento estrutural. 2010. 86 plo de Vesfália: implicações para a governança e
f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)- a ordem internacional. In: ROSENAU, James N.;
-Escola de Engenharia, Universidade Federal do CZEMPIEL, Ernest-Otto (Org.). Governança
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível sem governo: ordem e transformação na políti-
em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/hand- ca mundial. Tradução de Sérgio Bath. Brasília, DF:
le/10183/26054/000755674.pdf?..>. Acesso em: Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Ofi-
4 jun. 2013. cial do Estado, 2000. p. 83- 141.
NAÇÕES UNIDAS (Brasil). Investimento em pe- ZANCHE, C. Secaderos de cereales. Madrid:
quenos agricultores é a melhor maneira de superar Mundi-Prensa. 1991. 96 p.
a pobreza, aponta relatório da ONU. ONUBR:
Nações Unidas no Brasil, 5 jun. 2013. Disponível
em: <http://www.onu.org.br/investimento-em-
25
Agroecologia e Desenv. Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 6, n. 1/2, p. 8-25, jan./nov., 2013.