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Questão 01

Analise as afirmativas (0,5)

I – Na frase: “As pessoas sabem o que fazer, mas precisam de orientação constante.”,
poderíamos substituir o “mas” por “porém” sem prejuízo do sentido e da correção
gramatical.
II – Entretanto e Portanto são conjunções adversativas.
III – Ou é uma conjunção coordenativa alternativa, ou seja, indica soma.
Marque a alternativa que contempla a(s) incorreta(s)
a) I
b) II
c) I e II
d) III
e) II e III

Questão 02

(0,5)
Frase: O guarda observava o trânsito.
Expressão: da avenida.

I. Se a expressão fosse colocada antes de o guarda ela indicaria um lugar, portanto


classificada como locução adverbial de lugar.
II. Se a expressão fosse deslocada para o fim da frase, ou seja, após trânsito e, sem
vírgula, geraria uma ambiguidade.
III. A expressão da avenida, se empregada em qualquer posição na frase, e,
independente da presença da vírgula, será uma locução adverbial.
IV. Se a expressão da avenida fosse empregada sem vírgulas, após guarda, indicaria
uma característica do termo a que se refere.
V. A expressão da avenida, para indicar lugar e não pertencimento, somente poderia
ser empregada no início da frase. 
É correto o que se afirma em

a) I, II e V apenas.
b) II, III, IV e V apenas.
c) I, II, III e IV apenas.
d) III e IV apenas.
e) I, II e IV apenas.
Questão 03

O desenvolvimento urbano orientado pelo transporte de massa


A relação direta entre desenvolvimento e transporte sempre existiu. No início do
século 20, o agrupamento de atividades voltadas ao comércio e serviços no entorno
de polos de transporte fez parte de um modelo de cidade. Ao final do século, o
automóvel tornou-se um dos principais meios de transporte em áreas urbanas, e a
acessibilidade para veículos tornou-se foco nos modelos de planejamento, perdendo
força, portanto, os princípios básicos do crescimento orientado pelo transporte de
massa e pelos movimentos por ele gerados. [...].
Folha de S. Paulo, 01.09.2014.
As conjunções “e” (linha 4) e “portanto” (linha 5) estabelecem, respectivamente, uma
relação de

A) Causa e oposição.
B) Adição e conclusão.
C) Oposição e explicação.
D) Oposição e alternância.
E) Consequência e alternância.
 
Questão 04
Texto 2
O futuro é dos robôs?
(1) Em 17 de março deste ano, o Los Angeles Times deu um furo graças ao trabalho
de um robôjornalista. A notícia relatava a ocorrência de um terremoto de magnitude
4,7 e oferecia informações sobre horário, epicentro, profundidade e abrangência
geográfica do evento geológico. O jornalista e programador Ken Schwencke criou um
algoritmo capaz de, em três minutos, gerar automaticamente e colocar no site do
Times uma notícia sempre que um terremoto ocorre, usando como fonte o US
Geological Survey.
(2) Vários veículos jornalísticos americanos e europeus têm usado robôs para
escrever notícias simples, em especial nas editorias de esportes e de polícia. Já
existem até trabalhos acadêmicos que investigam a reação de leitores a essas notícias
feitas por computadores. Christer Clerwall, da Karstad University (Suécia), submeteu
textos jornalísticos sobre jogos de futebol escritos por seres humanos e por robôs: a
maioria absoluta dos leitores foi incapaz de distinguir uns dos outros.
(3) Em artigo publicado pela revista Journalism Practice, Clerwall diz que os resultados
do trabalho podem indicar que os robôs estão fazendo um bom trabalho ou que os
jornalistas estão fazendo um mau trabalho ou que ambos estão fazendo um bom (ou
mau) trabalho. Ele pergunta: “Se uma notícia feita por robô não pode ser distinguida
de outra feita por jornalista, por que um veículo deve contratar pessoas?”.
(4) Mas, no Times, Schwencke diz que o trabalho do robô, embora poupe tempo e
dinheiro, não substitui o do jornalista.
SILVA, Carlos Eduardo Lins da. Disponível em: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed798_mundo_do_trabalho_muda. Acesso

em: 21/07/14. Adaptado.

Sobre alguns dos mecanismos de coesão do Texto 2, analise as proposições a seguir.


I. No trecho: “A notícia relatava a ocorrência de um terremoto de magnitude 4,7 e
oferecia informações sobre horário, epicentro, profundidade e abrangência geográfica
do evento geológico.” (1º parágrafo), o segmento destacado substitui “terremoto” por
meio de hiperonímia.
II. No trecho: “Christer Clerwall (...) submeteu textos jornalísticos sobre jogos de
futebol escritos por seres humanos e por robôs: a maioria absoluta dos leitores foi
incapaz de distinguir uns dos outros.” (2º parágrafo), os dois pontos assinalam a
coordenação entre as duas ideias, as quais, semanticamente, poderiam ser
conectadas por “e” ou “mas”.
III. No trecho: “os resultados do trabalho podem indicar que os robôs estão fazendo
um bom trabalho ou que os jornalistas estão fazendo um mau trabalho ou que ambos
estão fazendo um bom (ou mau) trabalho.” (3º parágrafo), a repetição sucessiva da
palavra “que” prejudica a articulação e a progressão textuais.
IV. No trecho: “Mas, no Times, Schwencke diz que o trabalho do robô, embora poupe
tempo e dinheiro, não substitui o do jornalista.” (último parágrafo), a oposição
argumentativa em relação ao parágrafo anterior é sinalizada pelas conjunções “mas” e
“embora”.
Estão CORRETAS:
A) I, II e III, apenas.
B) I, II e IV, apenas.
C) I, III e IV, apenas.
D) II, III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
 

Questão 05

Dentro da norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa que apresenta a


sequência correta quanto ao emprego das conjunções de acordo com a relação que
estabelece entre as orações.
1. Estava preparado para a prova, ___________ obteve uma pontuação baixa.
2. Desmereceu os companheiros, _____________ já havia conhecido o caráter deles.
3. Acertou o caminho, _______________ seguiu as orientações do GPS.
4. Leve o guarda-chuva, _________ pode chover.

A) 1. Mas/ 2. pois/ 3. uma vez que/ 4. porque


B) 1. Embora/ 2. já que/ 3. quando/ 4. no entanto
C) 1. Desde que/ 2. porque/ 3. entretanto/ 4. desde que
D) 1. Porque/ 2. desde que/ 3. que/ 4. já que
 

Questão 06

Assinale a alternativa em que a sequência de conjunções coordenativas preenche,


correta e respectivamente, os espaços do texto abaixo.
Na época de minha infância, quase não havia brinquedos eletrônicos, _____ os
computadores eram raros. O poder aquisitivo de nossos pais era pequeno, _____
brincávamos na rua com as outras crianças. Muitas vezes, inventávamos brincadeiras
_____ conseguíamos nos divertir apenas com uma bola improvisada, feita com uma
meia velha. Financeiramente, a vida era mais difícil, _____ éramos mais felizes e mais
livres.

A) E, contudo, ou, por isso


B) Contudo, ou, por isso, e
C) E, por isso, ou, contudo
D) Por isso, ou, e, contudo
 
Questão 07

Para responder a esta questão, considere a seguinte passagem:


Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular. Cada vez mais,
se rendem. A vida ficou impossível sem ele.
A alternativa em que o emprego de conjunções expressa, com correção, a adequada
relação de sentido entre as orações é:

A) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; ora, cada
vez mais, se rendem, contanto que a vida ficou impossível sem ele.
B) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; entretanto,
cada vez mais, se rendem, embora a vida ficou impossível sem ele.
C) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; todavia,
cada vez mais, se rendem, pois a vida ficou impossível sem ele.
D) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; apesar de
que, cada vez mais, se rendem, mesmo se a vida ficou impossível sem ele
E) Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular; então, cada
vez mais, se rendem, como a vida ficou impossível sem ele.
 
Questão 08

O médico e apresentador Dráuzio Varella, que é também colunista da Folha de S.


Paulo, publica um novo artigo em que defende a legalização da maconha.
“Acho que a maconha deve ser legalizada por outras razões. A principal delas é o
fracasso retumbante da política de guerra às drogas”, diz ele. “A que levou a
famigerada política de guerra às drogas, senão à violência urbana, crime organizado,
corrupção generalizada, marginalização dos mais pobres, cadeias abarrotadas e
disseminação do consumo?”, questiona.
Dráuzio também aponta que os efeitos da maconha à saúde são menos nocivos do
que os do cigarro. “Nos anos 1960, mais de 60% dos adultos brasileiros fumavam
cigarro. Hoje, são 15% a 17%, números que não param de cair, porque estamos
aprendendo a lidar com a dependência de nicotina, a esclarecer a população a
respeito dos malefícios do fumo e a criar regras de convívio social com os fumantes.
Embora os efeitos adversos do tabagismo sejam mais trágicos do que os da maconha,
algum cidadão de bom senso proporia colocarmos o cigarro na ilegalidade?”
Por fim, ele condena o que chama de estratégia dos avestruzes. “Manter a ilusão de
que a questão da maconha será resolvida pela repressão policial é fechar os olhos à
realidade, é adotar a estratégia dos avestruzes. É insensato insistirmos ad eternum
num erro que traz consequências tão devastadoras, só por medo de cometer outros.”
Disponível em: . Acesso em 20 de nov. de 2014.
Considere as afirmativas abaixo, segundo o texto:
I – Em “fracasso retumbante”, retumbante é um adjetivo de dois gêneros que significa
alguma coisa que ressoa, ecoa.
II – “A que levou a famigerada política...” a substituição do termo famigerada por
“fracassada” não altera o significado da frase.
III – “Os efeitos da maconha à saúde são menos nocivos...” A palavra em destaca
morfologicamente é um
advérbio de intensidade.
IV – “... repressão policial...” a classe morfológica do termo policial é um adjetivo, mas
nesse trecho ele tem função substantiva.
É correto apenas o que se afirma em:

A) I e III.
B) II e IV.
C) III e IV.
D) I, II e IV.
E) I, II, III e IV.
 

Questão 09
Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam
banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A estouros. O
calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento
batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia
parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as
sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.

LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado.


Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos
que articulam o texto, o conectivo mas (1,0)

a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.


b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

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