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O autor

Fausto Luiz Pizani é um estudante de teologia, fi-


losofia, religiões e ciências naturais. Seu objetivo
como ser humano é levar conhecimento ao maior
número de pessoas possíveis através de seus peque-
nos escritos e contos, desenvolvendo assim, um
maior entendimento sobre a vida por parte de seus
leitores.

Seus livros digitais são de fácil acesso a todos


aqueles que queiram aumentar seu conhecimento so-
bre Deus, o universo e a vida.

Misturando filosofia, teologia, ciência, religiões e


autoajuda, Fausto tenta despertar em seus leitores a
curiosidade de sempre se questionarem e refletirem
sobre a existência e qual o nosso papel como seres
humanos nessa jornada.

Fausto acredita que o amor é a maior força pre-


sente no universo e que devemos sempre espalhar
esse sentimento por toda parte e para todas as pes-
soas e seres viventes que habitam conosco neste pe-
queno planeta chamado Terra.

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e


abrir-se-vos-á. – Jesus Cristo.
Introdução

Esta coleção é um compendio de todos os livros


que escrevo sobre as religiões e Deus.
Nele você vai encontrar ensinamentos sobre a Bí-
blia, o hinduísmo e outras religiões, assim como
uma ideia sobe um novo conceito de Deus.
O livro está escrito de forma simples que você
possa entender todos os assuntos.
Buscar o conhecimento religioso sobe as escrituras
hoje é de extrema importância para nossa evolução
como pessoa e espírito.
Aqueles que se deixam levar por ensinamentos de
falsos profetas correm o risco de acreditarem em
uma verdade alheia.
Decida por si mesmo aquilo em que deseja acredi-
tar, fazendo o bem e promovendo a paz no mundo,
pois esses são os verdadeiros ensinamentos de Jesus
e outros místicos que passaram por aqui.
Tenha uma boa leitura.
Sinopse

Este pequeno livro, contém um breve resumo sobre


o livro mais vendido do mundo, a Bíblia.
O livro é um resumo bem rápido sobre qual a men-
sagem linear que podemos encontrar nessa obra.
Desde a queda do homem até a vida eterna que nós
tanto aguardamos.
Fiz o livro o mais resumidamente possível, apenas
com o objetivo de que as pessoas possam ler e se in-
teressar mais pelo assunto.
Não é porque escrevi esse pequeno livro que creio
nisto, tampouco que essa é uma verdade, tentei des-
crever no livro o que a maioria dos cristãos acreditam.
Eu acredito que a espiritualidade de alguém deva
envolver tudo aquilo que lhe traz benefício e a Bíblia,
mesmo vista com olhares críticos por alguns, pode
nos ajudar em quase todos os problemas de nossas vi-
das, principalmente os ensinamentos de Cristo.
Espero que esse pequeno livro possa lhe trazer um
conhecimento e despertar em você a curiosidade de
buscar por respostas, pois nem sempre o que algumas
instituições religiosas pregam é a verdade sobre a Bí-
blia.
Um pequeno tratado da Bíblia

O livro que você esta prestes a ler, é um breve re-


sumo sobre a crença bíblica. A Bíblia é o livro mais
vendido da humanidade, mas poucos sabem o que ela
realmente ensina e quais são suas influências.
Ao longo do tempo, a Bíblia sofreu uma série de
mudanças devido ao povo hebreu ficarem cativos em
diversos impérios como os babilônios e egípcios.
Vamos fazer aqui uma análise das crenças que fo-
ram se inserindo na cultura dos hebreus.
A Bíblia é um livro fascinante, o livro nos traz uma
mensagem única de programação e execução da pala-
vra de Deus, segundo o que judeus e cristãos acredi-
tam, embora haja uma diferença entre essas duas
crenças.
Temos que ter em mente, que a Bíblia foi escrita por
homens e nem tudo o que está nela contida, foi reve-
lação de Deus.
Existem sim casos estranhos e condenações desne-
cessárias na Bíblia, mas não é o intuito deste pequeno
livro tratar sobre esses assuntos. Acredito que para
Deus todos somos seres humanos e merecemos seu
amor.
A Bíblia possui 7 pilares fundamentais que são: A
queda do homem, a vinda de Cristo, a destruição do
mal, o Apocalipse, a ressurreição dos mortos, o juízo
final e a vida eterna.
Vamos fazer um breve resumo de cada um desses
detalhes bíblicos, tudo o que falaremos aqui está des-
crito na Bíblia, porém eu não vou colocar as devidas
passagens para que o livro não fique muito cansativo
e sim expor principais ideias que esse livro sagrado
tenta nos trazer.
Começaremos com a queda do homem, seu signifi-
cado e as providências de Deus para redimir a huma-
nidade do pecado, depois abordaremos todos os ou-
tros assuntos da forma mais linear possível.
Tudo começou em um mágico e perfeito jardim, o
Jardim do Éden. Nesse local da Terra é que começa a
história da humanidade para aqueles que creem na Bí-
blia, embora a maioria dos teólogos acreditam que os
relatos desta passagem são simbólicos.
Adão e Eva vivem livremente em um paraíso eterno
e perfeito, mas Deus os da o seguinte mandamento
“De todas as árvores do jardim vocês podem comer,
mas daquela árvore eu os proíbo, porque o dia em que
comeste, certamente morrerás”, Eva, encantada com
a árvore e seu fruto e enganada pela serpente, comete
a transgressão, ou pecado, comendo do fruto e dando
a Adão. Com esse pecado e desobediência de Deus,
Adão e Eva perdem a vida eterna, trazendo para toda
a humanidade o pecado original, visto que somos to-
dos descendentes desse primeiro casal de humanos.
Presenciando isso, Deus condena Adão e Eva e os
expulsa do Éden, assim como promete um descen-
dente dele que destruiria a cabeça da serpente que en-
ganou Eva e que a serpente machucaria seu calcanhar.
Nessa passagem, em momento nenhum Deus diz
que a serpente é um demônio. Nessa passagem a ser-
pente é o ego do homem que preferiu ouvir seu desejo
interior do que os mandamentos de Deus.
Basicamente o Éden simboliza isso, o homem esco-
lher governar a si próprio sem depender de Deus.
Deus permite que o homem continue sua jornada
pela existência, porém, o mal no mundo se alastrou de
tal forma que Deus decide destruir tudo com um dilú-
vio universal. Não vou dar muita ênfase a essa parte,
o dilúvio faz parte de inúmeras crenças ao redor do
mundo, provavelmente quem escreveu o livro de Gê-
nesis que os historiadores acreditam ser Moisés, teve
algumas influências dos sumérios que também tem
um dilúvio global como história de sua civilização.
Um tempo após o dilúvio, surge na religiosidade
dos hebreus a figura de um anjo que se rebelou contra
Deus. Essa ideia não era dos hebreus e sim dos persas
que acreditavam que existiam dois deuses, um do bem
e um do mal e que ambos lutavam constantemente
pelo domínio da humanidade. Quando a Babilônia
onde os hebreus estavam cativos foi invadida pelos
persas, o rei Ciro tentou influenciar os hebreus sobre
esses dois deuses, mas Isaias disse a ele que o deus
dos hebreus era somente um e que era ele quem fazia
o bem e o mal, trazia a luz e as trevas. Mesmo que no
começo os hebreus não aceitaram a influência, com o
tempo ela passou a fazer parte da cultura hebraica.
Os hebreus para fazer expiação de seus pecados
(Pagar um pecado a Deus, como fazemos hoje quando
nos confessamos e os padres nos mandam rezar), cos-
tumavam sacrificar animais no altar porque acredita-
vam que Deus gostava de derramamento de sangue.
Após um período longo de escravidão no Egito, os
hebreus conseguem se libertar e ir de encontro a sua
terra sagrada, as terras de Canaã. Liderados por Moi-
sés, eles passam 40 anos peregrinando no deserto até
encontrar a tão sonhada terra prometida desde as épo-
cas de Abraão, o primeiro patriarca.
Tempos mais tarde, os hebreus foram novamente
dominados por outro império, o império romano. É
nesse cenário que nasce Jesus Cristo, aquele profeta
que Deus disse lá no início que destruiria a cabeça da
serpente que naquela época, era o ego e não um ini-
migo de Deus.
Jesus então se retira para o deserto para ser tentando
por esse inimigo, mas para decepção de Satanás, Je-
sus vence o ego da carne e Satanás se retira.
Jesus começou a pregar nas terras da Galileia, em
pouco tempo estava sendo seguido por uma frota, as
pessoas se maravilhavam com seus ensinamentos. Al-
guns se lembraram da profecia que Deus tinha feito a
Moisés e perceberam que Jesus era esse homem pro-
metido, ou o messias.
Com o tempo isso começou a irritar os judeus, por-
que Jesus não guardava o sábado e se dizia o filho de
Deus. Acusado de blasfêmia pelos fariseus, Jesus é
condenado a morte e ressuscita no terceiro dia, des-
truindo assim o pecado e nos redimindo com Deus
para uma vida nova em sua pessoa. Assim como os
hebreus acreditavam que a expiação dos pecados era
feita através de sangue, a crença cristã acredita que o
derramamento do sangue de Cristo nos curou do pe-
cado original.
Após sua morte, João de Patmos profetiza o livro do
Apocalipse, esse livro descreve o fim de nossa exis-
tência.
Após a morte e ressurreição de Cristo, a crença é a
de que todos nós um dia vamos morrer e voltar ao pó
da terra, mas que nosso fôlego de vida vai voltar a
Deus e ficar em sua memória. A bíblia promete que
um dia haverá uma ressurreição de justos e injustos
para um juízo final onde todas as pessoas serão con-
denadas a uma segunda morte ou viveram eterna-
mente. Assim como Deus vai aprisionar Satanás por
um período de tempo para depois destruí-lo pela eter-
nidade.
A Bíblia ainda nos diz que mesmo após a ressurrei-
ção dos justos e injustos, viveremos 1000 anos sobre
o governo de Cristo e que Satanás antes de ser destru-
ído vai ser solto e ainda carregar muitas pessoas para
morte.
Após tudo isso, viveremos eternamente em um
novo mundo restaurado por Deus onde não haverá so-
frimento, nem lágrima e nem dor.
Basicamente é essa a linha de raciocínio da Bíblia,
é evidente que a Bíblia foi muito influenciada por ou-
tras culturas. A ressurreição talvez tenha vindo dos
egípcios, a dualidade, juízo final e paraíso dos persas
e a imortalidade da alma dos gregos.
Apesar da Bíblia sempre ser clara quanto ao futuro
da humanidade, algumas pessoas se confundem
quando Jesus utilizava o termo reino dos céus,
acreditando que quando morremos, nossas almas
imortais vão para um paraíso espiritual que não seja a
Terra.
A Bíblia sempre ensinou que o paraíso será aqui
nessa Terra mesmo, com a ressurreição dos mortos, a
destruição do mal e que viveremos eternamente sobre
o governo de Deus em um paraíso perfeito como era
antes da queda do homem.
Espero que este pequeno livro possa ter lhe ajudado
de alguma forma, com certeza a Bíblia merece um li-
vro maior e mais estudado que um dia pretendo escre-
ver.
"Eu asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê na-
quele que me enviou tem a vida eterna e não será con-
denado, mas já passou da morte para a vida. - João
5:24

Fim
Sinopse

Há mais de 4 mil anos atrás, o patriarca Abraão faz


um pacto com Deus e decide fugir de Ur e levar seu
povo as terras prometidas de Canaã.
Em troca disso, todo o povo hebreu deveria aban-
donar todas as suas crenças e crer em um único Deus
criador e soberano do universo.
Após Moisés libertar os hebreus dos egípcios, eles
passam um longo tempo caminhando pelo deserto em
busca das terras prometidas, até que finalmente en-
contram.
Mas quem é esse Deus que fez o pacto com Abraão
e se revelou a Moisés, o que ele revela de si mesmo e
qual seu propósito para criação.
Qual era a visão do mal para os hebreus visto que
eles acreditavam em um único Deus.
Vamos juntos neste pequeno livro, explorar um
pouco a história dos hebreus e tentar descobrir como
essa poderosa crença, os manteve vivos em suas raí-
zes em uma época cheia de grandes impérios e inimi-
gos que os cercavam por todos os lados.
Sumário

01-Introdução
02-O nascimento do monoteísmo
03-Somos apenas corpo e consciência
04-Quem era a serpente do Éden
05-A terra prometida
06-A dualidade persa e a resposta de Isaias
07-A visão do mal para os hebreus
08-Quem era os anjos para os hebreus
09-A crença mais poderosa do universo
10-Fim
O Deus dos hebreus

Introdução

A história dos hebreus, pode ser encontrada em um


livro sagrado e especial, a Torá (Que para os católicos
se chama pentateuco, ou os 5 primeiros livros da Bí-
blia). Há mais de 4 mil anos atrás, Abraão estava le-
vando seu filho para sacrificar a pedido de Deus, mui-
tas pessoas acreditam que esse mesmo Deus que pe-
diu para Abraão sacrificar seu filho, foi o mesmo que
o impediu, mas não foi.
Abraão vivia em Ur, uma cidade da antiga Suméria.
A religião predominante dessa cidade idolatrava os
astros, eram os sabianos, que faziam parte da religião
Sabeísta ou Sabeísmo.
Basicamente, a astrologia surgiu dos sabianos e seu
conhecimento do universo e dos astros. Apesar de se-
rem um povo evoluído para época, os sabianos reali-
zavam sacrifícios de seus filhos aos deuses. Imagens
de ouro eram feitas ao deus Sol e imagens de prata
eram feitas ao deus Lua, fora outros deuses que esses
povos idolatravam.
Abraão em sua inocência, mesmo tendo um filho
muito velho e de uma mulher, segundo a Bíblia, esté-
ril, Abraão obedece seu Deus e leva seu filho ao sa-
crifício.
Diz a Bíblia, que Deus o impediu no momento do
ato, fazendo com que um anjo segurasse suas mãos.
Os teólogos alegam que Deus estava testando Abraão,
mas Deus é onisciente, ele sabia que Abraão faria o
sacrifício mesmo antes dele fazer, por isso não pode
ser o mesmo Deus que pediu o sacrifício da criança.
Provavelmente, o que tudo indica, é que Abraão
teve um despertar, nesse momento ele deve ter perce-
bido que o Sol e a Lua assim como os demais astros,
não podiam ser Deus, pois estavam no mesmo plano
existencial que ele.
Ao decidir não sacrificar a criança, Abraão retorna
a sua casa e convida seu povo para se retirar de Ur
dizendo ter feito um pacto com Deus e que ele os da-
ria uma terra prometida, as terras de Canaã e que sua
descendência seria maior que as estrelas do céu, mas
em troca disso, todo o povo deveria abandonar seus
antigos deuses e ter fé em somente um Deus, Yahweh.
Fugindo de Ur Abraão parte então com seu povo es-
colhido por Deus para as terras prometidas de Canaã.
O nascimento do monoteísmo

De toda essa história, nasce o monoteísmo, a crença


em um único Deus fora do espaço tempo, criador de
todas as coisas, um Deus em espírito.
Dessa crença, nasce o Deus dos hebreus, mas quem
é esse Deus, como ele se revela ao seu povo e qual
seu objetivo?
Yahweh é um tetragrama, ele se revelou a Abraão
como Deus único, mas foi somente para Moisés que
ele se revelou como o tetragrama ‫יהוה‬.
Na ciência, o tetragrama é visto como toda a exis-
tencial material do universo, as 3 dimensões mais o
tempo. Portanto, Yahweh deixa claro que o que ele
criou é tudo o que podemos ver e observar, todo o
universo físico e o tempo.
Quando Moisés vai descer do monte Sinai para dar
instruções de Deus aos hebreus, ele questiona Deus
perguntando: O que devo falar de ti quando me ques-
tionarem quem tu és? Yahweh responde: - Eu sou o
que sou, Eu sou aquele que é e Eu sou o existente.
Yahweh significa, ele Faz Que Venha a Ser, ou eu
fui, eu sou e eu serei.
Somos apenas corpo e consciência

No relato da criação, a Bíblia nos diz que Deus mo-


delou o homem do barro e insuflou em suas narinas o
fôlego de vida, tornando o homem assim um ser vi-
vente. O mais interessante de tudo isso, é que a ciên-
cia acredita que o homem realmente veio de uma poça
de lama chamada sopa primordial, água e terra com
vários compostos orgânicos que foram se ajuntando e
formando as primeiras formas complexas de vida.
Para os hebreus, nós humanos não temos um espí-
rito imortal ou alma, na verdade, espírito significa so-
pro, ou vento, o que também está de acordo com a
revelação do tetragrama.
Não existem espíritos, não existem demônios, tudo
o que existe é o universo que Yahweh criou, mas e a
serpente do Éden que mais tarde foi vista como o di-
abo, quem era?
Para os hebreus, não existiam outros Deuses, por-
tanto a única explicação válida de quem a serpente
era, é o ego do homem, o único mal presente no
mundo, essa mesma ideia também é expressada no
hinduísmo, a religião mais antiga do mundo.
Quem era a serpente do Éden

Adão e Eva vivem no paraíso, Yahweh os dá um


único mandamento, não comam daquela árvore, mas
mesmo assim, seduzida pela serpente, Eva come e da
do fruto a Adão originando assim o pecado e a morte.
Nessa simbologia, Adão e Eva somos nós, a huma-
nidade que Deus criou, a serpente é nosso ego, aquela
voz que fica em nossa cabeça dizendo, “faça isso, faça
aquilo, ninguém está vendo mesmo.” e o fruto é o ob-
jeto de desejo. Vou expor aqui uma passagem que
prova essa ideia, o primeiro homicídio da humani-
dade, Caim e Abel. Preste bem atenção na passagem.
“O homem conheceu Eva, sua mulher; ela concebeu
e deu à luz Caim, e disse: "Adquiri um homem com a
ajuda de Iahweh." Depois ela deu também à luz Abel,
irmão de Caim. Abel tornou- se pastor de ovelhas e
Caim cultivava o solo. Passado o tempo, Caim apre-
sentou produtos do solo em oferenda a Iahweh; Abel,
por sua vez, também ofereceu as primícias e a gordura
de seu rebanho. Ora, Iahweh agradou-se de Abel e de
sua oferenda. Mas não se agradou de Caim e de sua
oferenda, e Caim ficou muito irritado e com o rosto
abatido. Iahweh disse a Caim: "Por que estás irritado
e por que teu rosto está abatido? Se estivesses bem
disposto, não levantarias a cabeça? Mas se não estás
bem disposto não jaz o pecado à porta, como animal
acuado que te espreita; podes acaso dominá-lo? - Gê-
nesis 4:1-7”.
Observe que em momento algum Yahweh diz a
Caim que ele seria influenciado por alguma força es-
piritual do mal e sim que o pecado (Desejo) estaria à
espreita e se Caim seria capaz de dominá-lo. Caim se
retira da presença de Deus, chama Abel para passear
no campo e o assassina.
Para os hebreus, a morte era unir-se aos familiares
no Xeol, ou sepultura, Yahweh nunca prometeu ao
povo hebreu uma vida após a morte. Essa crença viria
mais tarde sobre a influência dos egípcios.

A terra prometida

As terras prometidas de Canaã, como diz a Bíblia,


eram terras que manavam leite e mel, essas terras
eram muito férteis e situadas entre dois grandes reinos
que a disputavam constantemente, o Egito e a Babi-
lônia.
Esses povos vivem em constante guerra por essas
terras porque muitas rotas de comércio passavam por
lá, mas para os hebreus essa terra era muito mais do
que uma zona fértil, era a terra prometida por Yahweh
a seu povo.
Um dia nasceu um grande líder para a nação dos
hebreus, Moisés. Moisés libertou os hebreus da escra-
vidão no Egito, durante anos os hebreus peregrinaram
pelo deserto em busca da terra prometida. Durante
essa época, Moisés subiu ao topo do monte Sinai para
receber os 10 mandamentos de Deus. Esses manda-
mentos eram um código de conduta e ética que os he-
breus deveriam seguir.
Os hebreus possuíam uma arca chamada arca da ali-
ança, onde eles guardavam tudo o que era sagrado, foi
lá que colocaram as tábuas de pedra dos 10 manda-
mentos para transportarem pelo deserto. Mais tarde, o
grande templo de Jerusalém foi construído por Salo-
mão para proteger esses mandamentos. Depois de
muitos anos vagando pelo deserto, os hebreus final-
mente chegaram nas terras de Canaã.
Anos mais tarde, os hebreus foram expulsos das ter-
ras de Canaã, após a morte de Salomão, os hebreus
passaram grandes crises, dividindo Canaã em duas
terras que foram invadidas e conquistadas. Boa parte
do povo hebreu fugiu para outras terras, mas uma
parte significante foi levada para Babilônia. Anos
mais tarde, os persas invadiram a Babilônia liber-
tando os hebreus fazendo com que eles retornassem a
terra prometida.
A dualidade persa e a resposta de Isaias

Após a conquista da Babilônia pelos persas, o povo


hebreu foi libertado, mas os persas tentaram inserir
em sua cultura o que eles acreditavam. Para os persas
existiam dois deuses, um deus do bem e um deus do
mal e ambos lutavam constantemente pelo governo da
humanidade, quando o rei Ciro tentou convencer
Isaias disso, Isaias o deu a seguinte resposta.
“Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há
Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças;
Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o
poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Se-
nhor, e não há outro.
Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio
o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas. - Isaías
45:5-7.”
Como você pode observar, os hebreus acreditavam
que tanto as coisas boas como as ruins vinham de
Deus e não a outro Deus além de Yahweh como é
visto nessa passagem também “Eu, eu sou o Senhor,
e fora de mim não há Salvador. - Isaías 43:11”.
Para os hebreus, Yahweh era único e nada estava
além de seu poder soberano sobre o universo.
A visão do mal para os hebreus

Se os hebreus acreditavam que tudo vinha de Deus,


como eles enxergavam o mal? Os hebreus acredita-
vam que tudo o que acontecia era porque Yahweh
permitia, para eles, o mal era uma forma de Deus fa-
zer com que alguém aprendesse uma lição. Se uma
pessoa cometesse um pecado, Deus a punia para que
ela pudesse se arrepender de suas escolhas e aprender
a não pecar mais. Às vezes, o mal vinha como forma
de ensinar algum aprendizado a pessoa também para
que ela evoluísse espiritualmente.

Quem era os anjos para os hebreus

Para os hebreus, anjos eram forças da natureza sub-


missas a Deus, eles não possuíam livre arbítrio como
os humanos, veja que interessante essa passagem de
Gênesis “E disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança; e domine so-
bre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que
se move sobre a terra. - Gênesis 1:26.” Observe que
Deus diz façamos, o que significa que ele estava
dando ordens a alguém e quem eram? Os anjos.
Os anjos também poderiam ser mensageiros envia-
dos por Deus para avisar os hebreus sobre algo que
Deus iria fazer, como no caso de Sodoma e Gomorra.
Mas o real significado de anjo é mensageiro, aquele
que leva a mensagem de Deus, e esses seriam as força
da natureza, que controlam todo universo e realizam
tudo o que Deus ordena.

A crença mais poderosa do universo

Crer em Yahweh para os hebreus, era a crença mais


poderosa do universo. Foi através dessa crença que os
hebreus conseguiram sempre vencer seus inimigos e
se manter o mesmo povo durante séculos. É muito
raro um povo que mantem suas tradições a mais de
4000 anos, é evidente que hoje em dia existe uma
enorme influência na Bíblia, ela não parou somente
na Torá que conhecemos como pentateuco, mas o
povo hebreu, que hoje são chamados de judeus, man-
tém ainda muito dessa tradição hebraica, alguns se-
guem somente a Torá, outros já acreditam no Tanakh
(Antigo Testamento).
Mais tarde, essa crença monoteísta em um único
Deus influenciou diretamente o Cristianismo e o Isla-
mismo, apesar dessas religiões serem mais henoteís-
tas, que são religiões que acreditam em um único
Deus, mas acreditam que há sub divindades abaixo
dele.
Em um resumo geral, o Deus dos hebreus se revela
aos homens e escolhe os hebreus como seu povo es-
colhido, ele deixa claro que tudo o que existe é o que
podemos ver e sentir. Para os hebreus, não temos uma
alma imortal, Yahweh nunca prometeu eternidade aos
hebreus, quando morremos, nosso fôlego de vida
volta a Yahweh e nos unimos aos nossos antepassa-
dos na sepultura. A única promessa de Yahweh aos
hebreus, foi uma terra prometida e uma enorme des-
cendência. Para um cético que não crê em vida após
a morte nem em espíritos, talvez a crença no Deus dos
hebreus seja a mais correta. Acreditar em um único
Deus criador, que nos guia e nos protege de todos os
males do mundo.
Basicamente a crença dos hebreus era essa, acredi-
tar em Yahweh e seguir seu caminho em busca da ter-
ras prometidas.
Espero que esse pequeno livro possa ter lhe trazido
algum tipo de conhecimento, para entender mais so-
bre a história dos hebreus recomendo o livro a Histó-
ria dos Hebreus de Flávio Josefo.

Fim
Sinopse

Uma breve história do hinduísmo, é um pequeno


livro para aqueles que querem ampliar seu conheci-
mento sobre essa maravilhosa religião.
O hinduísmo é uma das religiões mais antigas do
mundo, das 5 grandes, é a mais antiga.
Alguns de seus ensinamentos, influenciaram dire-
tamente religiões como o budismo e o espiritismo.
Fiz aqui somente um breve resumo para que possa-
mos entender um pouco das crenças e mitos sobre o
hinduísmo.
A ideia de um Deus fora do espaço tempo, criador
do espaço tempo, também influenciou religiões
como o judaísmo que por sua vez fez nascer o cristi-
anismo e o islamismo.
Acredito que o hinduísmo seja o berço das ideias
religiosas de todo mundo.
Usei aqui uma boa parte de um texto chamado Sín-
tese do Hinduísmo cujo autor não consegui encon-
trar, assim como alguns trechos do Bhagavad Gita.
Vamos conhecer as crenças e costumes dessa reli-
gião milenar que conquista o mundo até hoje.
Sumário

01-Introdução
02-As escrituras
03-O conceito de deus
04-Shiva
05-Vishnu
06-Brama
07-Krishna
08-A crença no Karma
09-Vida após a morte
10-Trechos do Bhagavad Gita
11-Considerações finais
12-Fim
Uma breve história do
Hinduísmo

Introdução

O hinduísmo é uma das mais antigas e mais impor-


tantes religiões do mundo. É difícil dizer uma data
certa do início dessa religião. Alguns historiadores
acreditam que o Zoroastrismo, que também é uma re-
ligião muito antiga, tenha se originado a partir das es-
crituras hindus.
Diferentes de todas as demais religiões que surgi-
ram após o hinduísmo, o hinduísmo não tem um fun-
dador (Como Moisés no judaísmo, Buda no budismo,
Jesus no cristianismo e Maomé no islamismo).
Hinduísmo, significa basicamente indiano, acre-
dita-se que a palavra hinduísmo tenha se originado
dos persas, que não conseguiam pronunciar de forma
correta o termo Sindhu, que era atribuído ao rio Indus.
Eles pronunciavam hindu, que também se atribuía aos
arianos que viviam do outro lado nas margens do rio
Indus, daí o surgimento da palavra hinduísmo.
O hinduísmo aborda as principais perguntas que
surgiram desde o início da humanidade tais como:
De onde veio o universo?
Se existe um criador, como é ele? Qual o relaciona-
mento entre a criação e o criador?
O que acontece quando morremos?
Existe vida após a morte?
Será que existíamos antes do nosso nascimento?

Essas perguntas têm desafiado a humanidade desde


o seu nascimento. Os hindus acreditam que somente
uma alma purificada poderia chegar a tais respostas e
conclusões. Essas respostas foram colocadas nas es-
crituras hindus, acredita-se que os grandes mestres
hindus chegavam a essas verdades através da medita-
ção.
Como citamos no início da leitura, o hinduísmo não
tem fundador, pois os mestres que transmitiam os en-
sinamentos de geração a geração, acreditavam que as
verdades contidas nas escrituras já estavam presen-
tem em todo o universo e eles não achavam justo le-
varem créditos por elas.
As escrituras

O hinduísmo é também uma das religiões com o


maior número de escrituras do mundo, os livros mais
conhecidos são os Vedas, Vedas significa conheci-
mento. Por muitos anos, os mestres hindus só passa-
vam esse conhecimento por via oral, devido a acredi-
tarem que essa sabedoria era sagrada.
Existem muitas outras escrituras hindus como os
Upanishads, os Purãnas, o Rãmayana, o Mahabha-
rata, e o Bhagavad Gita que faz parte de um trecho do
Mahabharata e é considerada a alma do hinduísmo ou
a sublime canção.
Os hinduístas, assim como todas as demais religi-
ões, também possuem leis morais sobre casamento,
alimentação, sacrifícios e funerais. Quando falamos
em hinduísmo, logo nos vem à mente os animais sa-
grados como a vaca por exemplo. Essa conexão não
esta correta, os hinduístas acreditam que Deus esta
presente em todas as formas de vida na Terra.
Na antiga e nômade cultura indo-ariana, as vacas ti-
nham um papel muito útil, pois o seu leite nutria os
arianos. A manteiga clarificada, a principal fonte de
óleo comestível para os arianos, era também usada
nas lâmpadas à óleo. Os sapatos e outros bens essen-
ciais eram feitos com o couro da vaca, e o esterco seco
era usado como combustível. Assim, partindo prova-
velmente de um ponto de vista utilitário, os arianos
desenvolveram um sentimento especial de predileção
em relação as vacas. Em países ocidentais, tais senti-
mentos ganham voz em afirmações tal qual: “O ca-
valo é um animal nobre”. Mas tal afirmação não deve
ser interpretada literalmente. Assim como um cavalo
é admirado como sendo um ótimo e extremamente
valioso animal, da mesma forma, os antigos indo-ari-
anos devem ter tido um sentimento de admiração pe-
las vacas, e nada além disso.

O conceito de Deus

O hinduísmo é visto como uma religião politeísta,


ou seja, idolatra muitos deuses, mas seu princípio é
monoteísta, pois tudo vem de Brâman, a alma univer-
sal. Acredita-se que existam mais de milhões de deu-
ses hindus, isso é devido ao fato de que cada família
deveria ter um deus pessoal que os protegesse.
Desde o início, o hinduísmo vem evoluindo. Acre-
ditasse que num estágio inicial, os ancestrais dos hin-
dus tenham sido politeístas. A terra, a água, o fogo, o
vento, o céu, o sol, o amanhecer, a noite e a tempes-
tade eram todos deificados e adorados como deuses.
Mas enquanto eram glorificados pelos hinos védi-
cos, as pessoas dirigiam-se e referiam-se a cada um
desses deuses como sendo o Deus Supremo, o Senhor
de todos os deuses, e o criador deste universo que é
Brâman.
Se perguntarmos, “Quem existia antes da criação?”,
a resposta lógica será “apenas o criador existia, ou
Deus”. Mas se perguntarmos, “Como era Deus antes
da criação?”, então a resposta do hinduísmo será que
Deus, antes da criação, estava em seu estado de exis-
tência transcendental. Aqui, a palavra “transcenden-
tal” significa que a existência de Deus estava além do
nosso tempo, espaço e causalidade. O hinduísmo sus-
tenta que quando Deus criou o mundo, ele também
criou o tempo e o espaço. Portanto, a existência pré-
criação deve estar além do tempo e do espaço, pois
esses pertencem exclusivamente a este mundo. Por-
tanto, a ideia de um Deus fora do espaço tempo e cri-
ador de tudo, surgiu primeiramente no hinduísmo.
Quando uma pessoa, com a sua mente finita, tenta
pensar no infinito Brâman, sem saber, projeta as limi-
tações de sua mente finita em Brâman. Resultando
disso, Brâman parece tornar-se finito para ela, pois a
mente humana só pode pensar em termos humanos, e
sem saber projeta caraterísticas, ou qualidades em
Brâman, que assim adquire uma personalidade que
lembra muito uma personalidade humana, não
importa o quão glorificada. Brâman impessoal parece
tornar-se o Brâman pessoal, ou Deus pessoal. Na rea-
lidade, Brâman não sofre qualquer mudança ou mo-
dificação, e o Deus pessoal não é diferente do Deus
impessoal, ou Brâman, só que experienciado através
do véu do tempo, do espaço e da causalidade. É o
mesmo que uma pessoa olhando para o céu azul atra-
vés de três pares de óculos, um vermelho, um verde e
um cor de rosa. Quando ele usa os óculos vermelhos,
o céu parece avermelhado, quando ele usa os óculos
verdes, o céu parece esverdeado, e quando ele olha
através dos óculos cor de rosa, o céu parece cor de
rosa. Na realidade, essas cores são projetadas no céu
pelos óculos coloridos daquele que olha. O céu não
muda de cor. Similarmente, as mentes finitas das pes-
soas, como os óculos coloridos, projetam suas limita-
ções em Brâman. O imutável e infinito Brâman pa-
rece adquirir as limitações de uma personalidade, em-
bora na realidade não mude absolutamente. Do ponto
de vista de Brâman, Brâman permanece imutável.
Portanto, de acordo com o hinduísmo, a ideia de um
Deus pessoal não é a verdade última. Esse é, relativa-
mente falando, um conceito inferior de Deus. Não
obstante, um Deus pessoal e um Deus impessoal, não
são essencialmente diferentes um do outro. Da
mesma maneira que o céu avermelhado e o céu esver-
deado são na verdade o mesmo céu, assim também, o
Deus pessoal não é outro que não o Deus impessoal.
São essencialmente uma e mesma coisa.
Existem muitas divindades no hinduísmo, vamos
expor aqui somente a trindade e Krishna que seria a
encarnação do deus Vishnu em um avatar humano.
Uma das características dos principais deuses do
hinduísmo, é sua conexão com as forças presentes no
universo, principalmente os deuses da trindade hindu
conhecida como Trimúrti que são Shiva, Vishnu e
Brama. Trimúrti é a parte manifesta tripla da divin-
dade suprema, além das representações do Brâman,
fazendo-se tripla no intuito de liderar os diferentes es-
tados do universo. A Trimúrti é composta pelos três
principais deuses do hinduísmo, Brahma, Vishnu e
Shiva, que simbolizam respectivamente a criação, a
conservação e a destruição.

Shiva

Um dos deuses mais cultuados em toda a Índia,


Shiva representa o aspecto cíclico da criação, é co-
nhecido como o destruidor ou transformador e tam-
bém é visto como o auspicioso, o propício, amável, o
benigno e o benevolente. Diversas são as representa-
ções de Shiva dançando em um círculo de fogo que
representa a destruição que das cinzas faz nascer o
novo. A naja em volta do pescoço, significa que Shiva
venceu a morte e tornou-se imortal. O rio que flui de
sua cabeça é o rio Ganges. O Tambor representa o
som da criação do universo. O tridente que aparece
nas ilustrações de Shiva é o Trishula. É com essa
arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos.
Suas três pontas representam as três qualidades dos
fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o movimento)
e sattva (o equilíbrio).

Vishnu

Vishnu é o deus responsável pela manutenção do


universo, faz parte da trindade junto com Brama e
Shiva.
A concha que carrega se chama Pantchdjanya e pos-
sui todos os cinco elementos da criação, ar, fogo,
água, terra e éter. Quando se assopra nessa concha,
pode se ouvir o som que deu origem à todo o universo,
o Om.
O disco ou roda de energia de Vishnu se chama Su-
darshana e representa o controle dos seis sentimentos,
servindo de arma para cortar a cabeça de qualquer de-
mônio.
O lótus de Vishnu se chama Padma. É o símbolo da
pureza e representa a verdade por trás da ilusão.
O cajado de Vishnu se chama Kaumodaki e repre-
senta a força da qual toda a força física e mental do
universo são derivadas.

Brama

Brama é o primeiro deus da Trimúrti, a trindade


do hinduísmo (os outros deuses são Vishnu e Shiva).
Brama é o deus da música e das canções, com imagem
representada como um ser de muitas faces. Além
disso é considerado pelos hindus, a representação da
força criadora ativa no universo. A visão do universo
pelos hindus é cíclica. Depois que um universo é des-
truído por Shiva, Vishnu se encontra dormindo e flu-
tuando no oceano primordial. Quando o próximo uni-
verso está para ser criado, Brama aparece montado
numa flor de lótus brotada do umbigo de Vishnu e re-
cria todo o universo.
Como primeiro membro da Trimúrti hindu, Brama
representa a força de Criação, enquanto Vishnu e
Shiva representam, respectivamente, as forças de
conservação e da destruição (que deve ser entendida
como força de renovação e de transformação).
Krishna

Krishna é visto como a suprema verdade no hindu-


ísmo e a encarnação do Deus Vishnu. Krishna é facil-
mente reconhecido por suas representações artísticas.
Sua pele é retratada na cor preta ou azul escura, con-
forme descrito nas escrituras, embora em representa-
ções modernas ele geralmente seja mostrado com pele
azul.
A cena no campo de batalha de Kurukshetra, nome-
adamente quando se dirige a Arjuna no Bhagavad
Gita, é outro tema comum para sua representação.
Nessas cenas, ele é mostrado como um homem de
dois braços atuando como cocheiro, ou com as típicas
características da arte religiosa hindu (tais como bra-
ços ou cabeças múltiplas) e com atributos de Vishnu,
como o chakra. De acordo com o Bhagavata Purana,
Krishna nasceu sem uma união sexual, mas por meio
da "transmissão mental" ióguica da mente de Vasu-
deva no ventre de Devaki. Baseado em dados das es-
crituras e cálculos astrológicos, a data de nascimento
de Krishna, conhecida como Janmastami, é o dia 18
de julho de 3228 a.C.
A crença no Karma

O hinduísmo acredita na doutrina da causa e efeito,


que em sânscrito chama-se Karmavada, a teoria ou
doutrina do karma. A palavra karma significa ação, e
às vezes é usada para determinar o efeito de uma ação.
De acordo com essa doutrina, boas ações produzem
bons efeitos, e más ações, efeitos ruins. Geralmente,
os efeitos ou frutos da ação chamam-se, em sânscrito,
Karmaphala. Os frutos das boas ações trazem prazer
e desfrute àquele que as praticou, enquanto que os
frutos das más ações causam sofrimento e dor.

A física conta-nos a respeito da conservação da


energia, e de acordo com tal teoria, energia nunca é
destruída, ao invés disso, um certo tipo de energia se
transforma num outro tipo de energia. Usando essa
idéia como uma analogia, podemos dizer que a ener-
gia despendida através de qualquer ação, apenas
muda de forma e torna-se força karmica, ou Karma-
phala. Essa força, como um bumerangue, inevitavel-
mente, mais cedo ou mais tarde, retorna a quem pra-
ticou a ação. Ao retornar ao agente, a forca karmica
começa a agir em sua mente e corpo, causando prazer
ou dor. Nenhum agente pode escapar de tal força kar-
mica, que se exaure depois de trabalhar na mente e no
corpo daquele que praticou a ação. Depois disso, essa
energia torna-se parte do vasto reservatório de energia
cósmica.
De acordo com tal doutrina, Deus não é responsável
pelo prazer e dor de suas criaturas. São as criaturas
que são responsáveis pelo próprio desfrute e sofri-
mento, e sofrem ou desfrutam graças às consequên-
cias dos seus próprios atos ruins ou bons. De acordo
com o hinduísmo, Deus é Karmaphaladata, o doador
dos frutos das ações. Ele é o derradeiro distribuidor
da justiça, e garante que todos recebam os seus pró-
prios Karmaphalas, e não uma outra pessoa.
Durante um período médio de vida, o agente pratica
inumeráveis ações, e igualmente incontáveis são os
efeitos. Nem todos os efeitos das ações retornam ime-
diatamente ao agente, embora alguns o façam. Por
exemplo, se uma pessoa planta uma macieira em seu
jardim, em alguns anos ela poderá colher os frutos,
mas se essa pessoa coloca a mão no fogo, isso terá um
efeito imediato, sua mão estará queimada.
Algumas ações, devido a sua natureza inerente, tem
os seus efeitos mais tarde. Algumas delas são como
títulos de longo prazo, que dão retorno somente em
alguns anos. Similarmente, os resultados de algumas
ações podem não vir durante a vida daquele que as
praticou. Tais frutos de ações, ou karmaphala, perma-
necerão guardados até o momento apropriado, e tal-
vez apresentem seus efeitos numa das vidas futuras
daquele que praticou tais ações. Assim, no
hinduísmo, a doutrina do karma está ligada à doutrina
da reencarnacão.
Qualquer ação feita nesta vida, ou o seu efeito, cha-
mam-se em sânscrito kriyamana karma ou agami-
karma. As escrituras hindus nos dizem que tipo de
kriyamana karma, ou ação executada nesta vida, irá
surtir efeito imediato. Uma pessoa que cometeu al-
gum crime horrendo, como matar uma pessoa santa
ou uma mulher, sofrerá os efeitos ruins de tal ação
nesta vida mesmo. Outras ações, boas ou ruins, que
são relativamente triviais, talvez não tenham efeitos
imediatos. Tais ações vão sendo acumuladas durante
a vida de uma pessoa, kriyamana karma, finalmente
formando o vasto reservatório de sanchita karma, ou
karma acumulado.
À luz da doutrina do karma, talvez o homem pareça
ser responsável por tudo que acontece a ele nesta
vida, seja na forma de prazer ou dor. Porque Deus é
apenas o doador do karmaphala do homem, o seu pa-
pel não é diferente do de um banco. O banco não pode
entregar nenhum dinheiro ao depositante, que não
seja o capital de investimento e o seu rendimento. En-
tão, onde então há escopo para a graça de Deus no
hinduísmo?
Em resposta, o hinduísmo diz que a graça de Deus
não pode ser condicional, e qualquer dádiva condici-
onal não pode ser chamada de graça de Deus. Assim,
a graça de Deus deve ser incondicional e imparcial.
Da mesma forma que o sol brilha nos bons e nos
maus, Deus banha a todos com a Sua graça imparcial.
As pessoas boas usam a graça de Deus para o bem, e
as ruins usam-na para o mal.
Sri Ramakrishna nos explica isso com uma bela
analogia. Uma vela está acesa num pequeno quarto, e
à luz de vela, alguém está lendo um livro santo, en-
quanto uma outra pessoa no mesmo quarto está falsi-
ficando dólares. Nessa analogia, a luz da vela repre-
senta a graça de Deus. A graça é imparcial e brilha
igualmente em ambos. As duas pessoas estão usando
a graça de Deus com propósitos totalmente diferentes,
um bom, e o outro mal. Talvez um deles eventual-
mente torne-se um santo, enquanto o outro vai acabar
na prisão.
De acordo com Sri Ramakrishna, a brisa da graça
de Deus está sempre soprando, e todos neste mundo
são como donos de barcos à vela, enquanto as velas
não estiverem desfraldadas, a pessoa não pode apro-
veitar a brisa, a pessoa não pode beneficiar-se da
graça de Deus. Mas assim que as velas estiverem des-
fraldadas, a brisa da graça divina começará a mover o
barco. Nessa analogia, o ato de desfraldar as velas não
é outro que não o de esforçar-se. Sem o esforço pró-
prio, a pessoa não será capaz de beneficiar-se da graça
de Deus.
Vida após a morte

No épico Bhagavad Gita, Krishna estimula o jovem


Arjuna a lutar contra seus inimigos, visto que seus ini-
migos eram seus familiares que usurparam seu pró-
prio reino, Arjuna se recusa a lutar, mas Krishna o en-
sina que a morte física do corpo não é nada, pois todos
nós possuímos um eu eterno.
A principal crença do hinduísmo, é a de que deve-
mos nos afastar de tudo o que esta preso a esse mundo
material. O ego é o mal do homem e é através do ego
que toda maldade e realizada no mundo.
O homem quando esta preso ao ego, vai continuar a
nascer nesse mundo até mesmo sobe outras formas de
vida.
Para se libertar do Samsara, ciclo de nascimento e
morte, o hindu precisa abandonar todo o que provem
do ego e atingir o Moksha, que seria a libertação final
e união com Brâman.
Vou deixar aqui algumas das melhores passagens
do Bhagavad Gita, um livro que me ajudou muito a
evoluir espiritualmente e que sempre aconselho todos
a lerem.
Trechos do Bhagavad Gita

Andas triste por algo que tristeza não merece, e tuas


palavras carecem de sabedoria. O sábio, porém, não
se entristece com nada, nem por causa dos mortos
nem por causa dos vivos.
Nunca houve tempo em que eu não existisse, nem
tu, nem algum desses príncipes, nem jamais haverá
tempo em que algum de nós deixe de existir em seu
Ser real.
O verdadeiro ser vive sempre. Assim como a alma
incorporada experimenta infância, maturidade e ve-
lhice dentro do mesmo corpo, assim passa também de
corpo a corpo, sabem os iluminados e não se entriste-
cem.
Quando os sentidos estão identificados com objetos
sensórios, experimentam sensações de calor e de frio,
de prazer e de sofrimento, estas coisas vêm e vão; são
temporárias por sua própria natureza. Suporta-as com
paciência!
Mas quem permanece sereno e imperturbável no
meio do prazer e do sofrimento, somente esse é que
atinge a imortalidade.
O que é irreal não existe, e o que é real nunca deixa
de existir. Os videntes da Verdade compreendem a
íntima natureza tanto disto como daquilo, a diferença
entre o ser e o parecer.
Perecíveis são os corpos, esses templos do espírito,
eterna, indestrutível, infinita é a alma que neles ha-
bita. Por isto, ó Arjuna, luta!
Quem pensa que a Alma, o Eu, que mata, ou o Eu
que morre, não conhece a Verdade. O Eu não pode
matar nem morrer.
O Eu nunca nasceu nem jamais morrerá. E uma vez
que existe, nunca deixará de existir. Sem nascimento,
sem morte, imutável, eterno, sempre ele mesmo é o
Eu, a alma. Não é destruído com a destruição do corpo
(material).
Quem sabe que a alma de tudo é indestrutível e
eterna, sem nascimento nem morte, sabe que a essên-
cia não pode morrer, ainda que as formas pereçam.
Assim como o homem se despoja de uma roupa
gasta e veste roupa nova, assim também a alma incor-
porada se despoja de corpos gastos e veste corpos no-
vos.
Armas não ferem o Eu, fogo não o queima, águas
não o molham, ventos não o ressecam.
O Eu não pode ser ferido nem queimado; não pode
ser molhado nem ressecado, ele é imortal; não se
move nem é movido, e permeia todas as coisas, o Eu
é eterno.
Inevitável é a morte para os que nascem; todo mor-
rer é um nascer pelo que, não deves entristecer-te por
causa do inevitável.
Imanifesto é o princípio dos sêres; manifesto o seu
estado intermediário; e imanifesto é também o seu es-
tado final. Por isto, ó Arjuna, que motivo há para a
tristeza?
Alguns conhecem o Eu como glorioso; alguns fa-
lam dele como glorioso; outros ouvem falar dele
como glorioso; e outros, embora ouçam, nada com-
preendem.

Considerações finais

Com essa pequena parte do livro, dá para perceber o


conhecimento que o hinduísmo nos trouxe. Pratica-
mente o budismo, o espiritismo e outras crenças que
acreditam na imortalidade da alma, na reencarnação e
no karma, devem tudo ao hinduísmo a mais antiga e
uma das mais belas religiões do nosso planeta.
Basicamente a crença hindu é esta, vivemos em um
ciclo de nascimento e morte sem fim chamado
Samsara. Estamos presos a esse ciclo devido nosso
apego ao mundo físico e ao nosso ego. Para atingir o
Moksha ou libertação, precisamos renunciar ao ego e
praticar serviço devocional a humanidade, ajudar a
humanidade a prosperar. O karma é a crença de que
tudo o que fazemos nesse mundo retorna a nós. O
deus criador de tudo é Brâman, a alma cósmica uni-
versal a qual nos unimos quando atingimos a liberta-
ção do Samsara.
Há também uma hipótese de que quando atingimos
o Moksha, vamos para um reino chamado reino Vé-
dico ou morada dos deuses. A crença diz que quando
as almas chegam lá, se maravilham com a perfeição
do lugar, seria como o paraíso para o cristianismo, é
perfeito e eterno, no princípio as almas alegram-se
por estar lá, mas após um tempo, elas começam a sen-
tir tédio e pedem para voltar como humanos nova-
mente, pois essa perfeição e eternidade tira o sentido
da existência.
Um outro aspecto importante do hinduísmo, é sua
ligação com a física. Essa visão hinduísta de um uni-
verso cíclico é hoje a principal teoria da ciência sobre
nosso universo. Existem também muitas outras teo-
rias da física que já estavam escritas nos livros sagra-
dos hindus a mais de 4 mil anos.
Fiz aqui um breve resumo do hinduísmo que da para
ter uma ideia de como essa religião milenar surgiu e
se desenvolveu ao longo do tempo permanecendo
viva até hoje e influenciando basicamente quase todas
as grandes religiões do mundo.

Fim
Sinopse

Sobre a luz da cabala é um livro que busca ensinar


aos leitores a lei da atração baseado no sistema caba-
lísticos.
O livro apresenta uma temática sobre o ponto de
vista da cabala.
Como devemos viver a vida? O que devemos agra-
decer e o que devemos pedir?
Fiz um breve resumo sobre os passos que devemos
dar em busca daquilo que sonhamos e temos como
meta para nossas vidas.
Cada pessoa é única no universo, mas todos esta-
mos ligados ao criador da mesma forma e da mesma
forma o criador quer nos dar tudo do melhor.
Este pequeno livro vai lhe ajudar a conquistar mui-
tas maravilhas em sua vida assim como uma cons-
tante luta pelos seus sonhos.
Usei no último capítulo frases do Zohar, o livro
mais sagrado da cabala, assim como partes do livro
Um guia à sabedoria oculta da cabala de Rabi Michael
Laitman compilado por Benzion Giertz.
Vamos em busca desse grande poder que existe
desde o nosso nascimento.
Sumário

01-O ciclo vicioso em busca da felicidade


02-Você é grato pelo que têm?
03-A oferta
04-Alterando a realidade
05-Meditação e oração
06-Esquecendo o passado
07-Sobre a luz da cabala
08-Fim
Sobre a luz da cabala

O ciclo vicioso em busca da felicidade

Nascemos, crescemos, alguns de nós nos reprodu-


zimos e morremos. Qual o sentido de toda essa vida?
Estamos aqui de passagem por um breve período e
depois tudo cessa com a morte? Que significado tem
essa busca incessante por prazer e bens materiais se
tudo não passa de um jogo de ilusão? Qual nosso ob-
jetivo aqui?
Essas são as principais questões filosóficas e até re-
ligiosas que movem a humanidade. Ninguém possui
tais respostas, mas um grande número de pessoas, vi-
vem suas vidas em função de mandamentos e regras
com medo de que a morte é algo ruim.
A morte não pode ser algo ruim, a morte é um pro-
cesso, uma passagem desse plano ou de volta a esse
plano, pelo menos é como alguns cabalistas acredi-
tam.
Epicuro, um filósofo grego, acreditava que a morte
não era nada para nós, pois quando morremos já não
existimos mais, por isso devemos usufruir o máximo
possível essa vida sem a perspectiva de uma vida
eterna. Pois nada há de temível na vida para quem
compreendeu nada haver de temível no facto de não
viver. É pois, tolo quem afirma temer a morte, não
porque sua vinda seja temível, mas porque é temível
esperá-la.
Tolice afligir-se com a espera da morte, pois trata-
se de algo que, uma vez vindo, não causa mal. Assim,
o mais espantoso de todos os males, a morte, não é
nada para nós, pois enquanto vivemos, ela não existe,
e quando chega, não existimos mais.
Não há morte, então, nem para os vivos nem para
os mortos, porquanto para uns não existe, e os outros
não existem mais. Mas o vulgo, ou a teme como o pior
dos males, ou a deseja como termo para os males da
vida. O sábio não teme a morte, a vida não lhe é ne-
nhum fardo, nem ele crê que seja um mal não mais
existir. Assim como não é a abundância dos manjares,
mas a sua qualidade, que nos delicia, assim também
não é a longa duração da vida, mas seu encanto, que
nos apraz. Quanto aos que aconselham os jovens a vi-
verem bem, e os velhos a bem morrerem, são uns in-
génuos, não apenas porque a vida tem encanto mesmo
para os velhos, como porque o cuidado de viver bem
e o de bem morrer constituem um único e mesmo cui-
dado. – Epicuro em, A Conduta da vida.
Com essa base, percebemos que Epicuro achava to-
lice se preocupar com a morte, visto que não podemos
fugir dela em nenhum momento, devemos desfrutar
dessa vida enquanto a temos, pois ela até onde sabe-
mos, é a única vida que vivenciamos.
Sabemos que poucas pessoas no mundo pensam
dessa maneira, a maioria delas vive apressadamente.
Quando foi que você percebeu um sorriso sincero de
alguma pessoa? Nem de sorrir as pessoas são capazes
hoje em dia, e qual o motivo disso? As pessoas sem-
pre querem mais, querem mais luxo, mais viagens,
mais carros e casas. Hoje em dia o sistema impôs uma
disputa na civilização, onde que tem seu status ele-
vado é visto como uma pessoa que venceu na vida,
enquanto aqueles que não possuem um teto é visto
como indigente. Esse é um ciclo vicioso que governa
a humanidade e infelizmente, todos nós fazemos parte
disso.
Mas devemos nós querer pouco? Ou devemos so-
nhar alto? Qual o propósito de Deus para nós? Será
que Deus quer que tenhamos pouco ou muito? Se-
gundo a cabala, Deus quer nos dar todas as coisas pos-
síveis, mas para isso precisamos fazer por merecer.
Deus tem em seu coração o prazer da doação e quer
que todos os seus filhos tenham tudo do bom e do me-
lhor, esse é o principal ensinamento da cabala.
Você é grato pelo que têm?

Muitas dessas pessoas, conseguem ao longo da


vida, atingir seus principais objetivos. Esses objetivos
nem sempre são iguais para todos, mas a maioria das
pessoas possuem um carro, uma casa, alimentação,
saúde e uma vida digna, mas quem de todas essas pes-
soas é realmente grata pelo que já alcançou?
Comece percebendo o que você tem e não o que não
têm, você tem saúde? Tem uma casa, um carro? Tem
uma família que lhe apoia?
Comece a perceber que até esse momento, você
nunca tinha parado para pensar nas coisas que têm,
mas sempre estava pensando nas coisas que queria
ter, você já pensou que o que você tem hoje foi algo
que um dia você queria ter e hoje se realizou? Se não,
faça essa reflexão, que vai perceber que o que você
deseja hoje amanhã pode se tornar realidade.
O grande problema de desejar ter as coisas, não é
quanto você devera lutar para conquistá-las e sim o
quanto você é feliz tendo o que já conquistou.
A ingratidão para Deus é um dos piores desejos que
podemos sentir, esse desejo deixa nossas vidas vazias,
parece que sempre falta algo e não adianta você
conquistar que vai colocar outra meta em cima do que
já têm.
Para que esse desejo seja controlado, você precisa
fazer o que chamamos de prece, um agradecimento ao
criador por tudo o que ele já lhe deu. Mostrar gratidão
a Deus pelas pequenas coisas faz com que ele perceba
que você merece coisas maiores também e sendo as-
sim, ele vai ajudar você a realizar com um passo de
cada vez, aquilo que você deseja.
Quando falamos em oração, a primeira coisa que
vem à mente das pessoas é o que elas precisão, este é
um grande erro, Deus sabe de todas as coisas, ele en-
xerga seu coração, ele sabe do que você precisa antes
mesmo de você pedir pois é onisciente, portanto,
deixe a oração para agradecer a Deus pelo que lhe foi
concedido.
Todos os dias de valor ao que você possui, isso
ajuda a afastar os pensamentos negativos e nos trazer
o que nos falta. Ser feliz não significa ter tudo e sim
ser grato por tudo o que você tem.
Devemos sempre agradecer por tudo o que a vida
nos deu, até mesmo pelas coisas ruins, pois tudo vem
de Deus, como dádiva ou como lição.
A oferta

Muitas pessoas, possuem uma enorme quantidade


de objetos que não fazem mais uso, são roupas, tape-
tes, eletrodomésticos entre outras coisas. Muitas ve-
zes, esses objetos ficam empoeirando em suas casas
sem utilidade alguma enquanto poderia estar aju-
dando outras pessoas que necessitam deles.
Fazer uma oferta a Deus é o maior poder de atração
que podemos ter, quando você oferece uma caridade
ao próximo, na verdade você está sendo mais ajudado
do que aquele que recebeu a caridade, por quê? Por-
que Deus se sente em dívida com você.
Esse princípio é cabalístico, a cabala nos ensina que
Deus tem em seu coração o amor e a doação, que seu
maior desejo é doar a todos os seres humanos tudo o
que existe de melhor em sua criação. Percebemos isso
facilmente observando o Sol, ele não escolhe para
quem nascer, ele nasce sobre os justos e injustos. Ob-
serve também uma planta, o justo que a semeia colhe
da mesma forma que o injusto. Essa ideia de que Deus
julga as pessoas pelos seus atos é uma visão errônea
da realidade. Quando Deus criou o universo e tudo o
que nele há, ele já colocou em seu firmamento todas
as regras para que nós humanos pudéssemos viver e
evoluir. Não é Deus quem julga e sim o próprio
pecado ou transgressão. Com certeza você deve co-
nhecer uma pessoa que todos comentam que é uma
má pessoa, comece a reparar mais nela, ela não sorri,
não tem alegria na vida, está sempre reclamando de
tudo, não sabe o que é felicidade muito menos amor,
o que de pior Deus poderia fazer a uma pessoa assim?
Portanto, quando for fazer sua oferta, não escolha
para quem oferecer, ofereça a quem lhe pedir, como
o ditado popular diz, faça o bem sem ver a quem. Tal-
vez essa pessoa má e ingrata é assim pela criação que
teve, as vezes uma oferta faz com que ela se sinta
amada e cuidada.
“Somos um espelho dos mundos superiores. O que
dizemos e o que fazemos abaixo reflete o que nos é
dado de cima – Karen Berg”.
Portanto, faça sempre ao próximo o que queria que
fizessem com você mesmo, essa é a principal lei que
governa nossos desejos e anseios.

Alterando a realidade

“O futuro não é um lugar para onde estamos indo,


mas um lugar que estamos criando - Shmuel Lemle”.
Muitas pessoas andam ansiosas pelo futuro, elas
querem que tudo aconteça muito rápido, O futuro é
consequência do presente que estamos criando nesse
exato momento.
Se você deseja uma casa, primeiro tem que desejar
um emprego. Se deseja um emprego, primeiro tem
que desejar uma profissão. As coisas são assim na
vida, é um passo de cada vez.
A maioria das pessoas acreditam que porque dese-
jam algo, aquilo já se torna realidade. As coisas não
são bem assim. Para que cada objetivo seja conquis-
tado, primeiramente temos que saber por onde come-
çar. Para criar a vida que desejamos primeiro temos
que saber o que realmente queremos que ela nos
traga.
O futuro ainda não existe, ele esta sendo criado
nesse exato momento com cada atitude e escolha sua.
Para que tudo aquilo que você deseja se concretize,
primeiramente você tem que ter um plano de ação, di-
vidir suas conquistas em metas e alcançar uma de
cada vez e para isso o que você tem que alterar é o
presente.
A fé é um elemento poderoso na busca de nossos
sonhos, mas sem ação a fé é morta, ela não age por si
mesma ela age conforme você acredita. Ter fé não
significa ficar parado visualizando tudo aquilo que
você deseja e sim trabalhar no presente visando seus
desejos lá no futuro. A fé é como um homem que arou
seu terreno e plantou uma enorme plantação de milho,
todos os dias esse homem vai cuidar do que ele plan-
tou, vai regar, eliminar as pragas e cuidar com amor
de sua plantação, meses depois ele ira ter uma enorme
fartura em sua vida. Assim é a fé e o que devemos
fazer para alterar através do que acreditamos o que
desejamos de Deus.
A fé é a certeza das coisas que esperamos a convic-
ção dos fatos que não vemos – Hebreus11:1
A muito tempo atrás, em torno de 80 anos, um ho-
mem foi condenado a morte por enforcamento dos
Estados Unidos. Durante o julgamento, esse homem
descobriu o amor de Deus e se arrependeu de seu
crime que era um homicídio. Após ler a Bíblia e ver
seus ensinamentos, esse homem passou a acreditar
que Deus iria salvá-lo e mentalizou isso todos os dias.
Quando o prisioneiro foi levando para o enforca-
mento, o alçapão que geralmente abre sobre os pés do
condenado travou e não abriu. Os guardas tentaram
repetidas vezes corrigir o problema, mas não conse-
guiram. No fim, o condenado foi trazido de volta a
cela e a pena passou a ser perpétua, pois se algo da
errado em uma pena de morte não podem mais matar
a pessoa em outra ocasião.
Portanto, quando queremos que algo aconteça, te-
mos que visualizar isso todos os dias. No caso desse
homem, travar o alçapão era tudo o que poderia
acontecer, mas em muito dos nossos casos o que vi-
sualizamos depende de nós criarmos na realidade.

Meditação e oração

Quase todos nós queremos que nossos desejos já se


realizem do dia para noite, porém, a realidade não
funciona dessa forma. A oração e a meditação são as
ferramentas poderosas que você vai utilizar nesse pro-
cesso de atração sobre os seus desejos.
Sempre que possível, tire um dia para meditar, se
deitar em um lugar calmo, até mesmo sua cama, por
uma música agradável, fechar os olhos e imaginar
aquilo que você gostaria que acontecesse. Sinta como
se já tivesse acontecido, se você deseja um carro, sinta
você o dirigindo, se deseja uma casa, sinta-se an-
dando por ela, se deseja uma cura, sinta-se curado.
Respire fundo e com calma para que esses desejos se
instalem de forma mais intensa em sua mente.
Uma outra ferramenta poderosa para atrair aquilo
que deseja é a oração, mas ao contrário do que você
pensa na oração você não vai pedir nada, pois deus já
sabe de seus desejos. Use a oração para agradecer por
aquilo que você já conquistou, agradeça a Deus por
tudo de bom que ele lhe proporcionou nessa vida, já
dissemos isso no início, mas é algo importante a re-
forçar. Agradeça pela sua casa, seu emprego, sua sa-
úde, sua família. Quando não estamos felizes com o
que temos nem adianta tentar focar na lei da atração,
como você pode conquistar algo se é ingrato pelo que
já recebeu? Não é dessa forma, que a realização de
nossos desejos funciona.
Acorde um dia de manhã, antes do Sol nascer, se
possível em meio a natureza, repare nas árvores se
movimentando lentamente pelo vento, escute o cantar
dos pássaros anunciando o novo dia, sinta o cheiro da
natureza, veja como as melhores coisas da vida Deus
nos deu de graça sem custo algum porque assim é seu
desejo e assim como Deus se sente extremamente ale-
gre em lhe dar tudo isso sem preço algum, sinta-se
extremamente alegre em receber tudo o que Deus lhe
deu, mesmo que isso tenha um custo. No mundo dos
humanos tudo tem um preço, seu objetivo e lutar para
conquistar aquilo que deseja.
Lembre-se do conceito de felicidade de Epicuro que
falamos lá no início da leitura, essa é a vida que temos
certeza ter, portanto, aproveite-a com o máximo de
felicidade e gratidão que puder, Deus sempre lhe de-
seja tudo de bom nessa vida, busque e encontrarás a
felicidade nos pequenos detalhes do dia a dia
Esquecendo o passado

Todas as pessoas têm algum tipo de trauma, seja por


pessoas que viveram conosco na infância, seja por al-
gum amigo ou parente próximo. Guardar rancor é o
sentimento que mais nos atrapalha a criarmos um fu-
turo que desejamos, por quê? Porque ainda estamos
vivendo as dores do passado. Quando nos permitimos
guardar rancor das pessoas, criamos muros que são
difíceis de derrubar e que nos isolam dos outros.
Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus.
Que nenhuma raiz de amargura brote e cause pertur-
bação, contaminando a muitos. - Hebreus 12:15.
Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos
do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti
mesmo. - Levítico 19:18.
A Bíblia esta repleta de passagens que nos aconse-
lham a não guardar mágoas das pessoas e ela não nos
alerta isso sem motivo e sim para o nosso próprio
bem.
Quando você guarda mágoa de alguém, você vive
aprisionado a essa pessoa, esse tipo de pensamento
bloqueia seu espírito para receber as dádivas de Deus,
portanto, perdoar é o melhor caminho para que o cri-
ador possa chegar até nós.
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas,
também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se,
porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas,
também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofen-
sas. - Mateus 6:14,15.
Foi por esse motivo que Jesus enfatizou tanto o per-
dão em seus ensinamentos, quando lhe perguntaram
quantas vezes devemos perdoar alguém, ele responde,
não 7 vezes, mas até 70 vezes 7.
A melhor maneira de começar a perdoar alguém é
refletir sobre o que teria levado essa pessoa a agir de
tal maneira. Talvez você descubra que ela também
está perdida e que só age assim porque não conhece
outro jeito de ser.
Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de co-
mer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo
isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o
bem. - Romanos 12:20,21.
São muitos os exemplos que temos na Bíblia sobre
o perdão, isso nos prova que quando guardamos ran-
cor quem perde somos nós mesmos. Nós não somos
perfeitos, também cometemos erros e assim como
gostaríamos que as pessoas nos perdoassem de nossas
falhas, devemos perdoar a todos pelas suas dividas
conosco.
Sobre a luz da cabala

Desde o alvorecer da humanidade, indivíduos ex-


cepcionais subiram a escada espiritual e atingiram o
nível mais elevado de união com a Força Superior, o
Criador. Essas pessoas são o que chamamos de “Ca-
balistas”.
Através dessa ligação, vieram a entender que toda a
realidade, desde os mais altos mundos espirituais até
o nosso mundo, se baseia no amor e na doação. Eles
perceberam que não há nada no mundo exceto essa
Força, e que tudo o que acontece, na realidade ocorreu
apenas para levar a humanidade à existência perma-
nente com essa sensação.
Todos os Cabalistas sonharam com a nossa geração,
quando a humanidade inteira poderia descobrir as coi-
sas maravilhosas que eles já sabiam. Eles esperavam
que, através da leitura das fontes autênticas que ha-
viam nos deixado, nós também, como eles, atingísse-
mos um vínculo com a Força Superior. Em seu co-
mentário sobre O Livro do Zohar, Baal HaSulam nos
atirou uma corda, “uma bóia de salvamento”. Ao
fazê-lo, pavimentou nosso caminho para um futuro de
abundância e prosperidade.
Baal HaSulam nos exortou a dar maior peso ao en-
gajamento na sabedoria da Cabalá e acelerar a difusão
dessa sabedoria. Ele sabia que somente a sabedoria da
Cabalá poderia alçar o mundo ao reino espiritual e à
eternidade que os Cabalistas experimentaram através
de gerações.
Como podemos ver, a cabala é uma das diversas fer-
ramentas que podemos utilizar para atrairmos aquilo
que desejamos, porém, seu método de ensino é com-
plexo e leva anos a ser estudado, vamos tentar aqui
com algumas passagens do Zohar, expor um pouco
dessa ciência exotérica que acreditasse ter surgido a
mais de 4 mil anos.
A Cabalá explica como cada parte da pessoa, cha-
mada “a alma”, pode ser mudada de modo a se alcan-
çar o objetivo da criação, o estado desejado por am-
bos, o Criador e o próprio homem, contanto que este
último o perceba. Não existe no mundo uma ciência
que possa descrever, seja gráfica ou analiticamente,
mediante o uso de fórmulas, nossas sensações e dese-
jos, e quão diversos e multifacetados eles são. Isto é,
quão instáveis, imprevisíveis e absolutamente distin-
tos eles são em cada um. Isto é porque nossos desejos
emergem em nossa mente e sensações em uma ordem
gradual, em uma certa sequência, de modo que pos-
samos reconhecê-los e corrigi-los.
Nosso ser é nossa essência, o único fator que carac-
teriza um indivíduo. No entanto, ele está em constante
mudança e o que permanece é meramente uma casca
externa animada. Por isso se diz que o homem nasce
novamente a cada momento. Porém, se assim é, como
encararíamos um ao outro e como nós próprios nos
veríamos? Como seria possível “estabilizar” algo
dentro e fora de nós se estamos mudando constante-
mente, e tudo o que percebemos é uma função do
nosso estado interior? O Criador é a fonte de Luz (pra-
zer). Os que se aproximam Dele, O sentem como tal.
Essas pessoas, que se aproximam do Criador e, dessa
forma, O sentem, são chamados Cabalistas (do verbo
Lekabel, receber a Luz do Criador). Só podemos nos
aproximar do Criador através da equivalência de de-
sejos. O Criador é incorpóreo e só pode ser sentido
com nosso coração. Naturalmente, o que se quer dizer
por “coração” não é o músculo que bombeia o sangue
por nossas veias, mas o centro de todas as sensações
do homem. Contudo, não se pode sentir o Criador
simplesmente com o coração, mas apenas com um pe-
queno ponto nele. E para sentir esse ponto, cada um
deve desenvolvê-lo por si.
Quando alguém desenvolve e expande esse ponto,
a sensação do Criador, de Sua Luz, pode penetrá-lo.
Nosso coração é a soma de nossos desejos egoístas e
o pequeno ponto em seu interior é parte do desejo es-
piritual e altruísta implantado das Alturas pelo pró-
prio Criador. É nossa tarefa nutrir esse embrião de um
desejo espiritual, a tal ponto que este (e não nossa
natureza egoísta) venha a determinar todas as nossas
aspirações. Ao mesmo tempo, o desejo egoísta do co-
ração se renderá, se contrairá, murchará e diminuirá.
Tendo nascido neste nosso mundo, a pessoa é obri-
gada a mudar seu coração, de egoísta para altruísta,
enquanto aqui viver. Este é o propósito de sua vida, a
razão por trás de seu aparecimento neste mundo, e a
finalidade de toda a criação. Uma completa substitui-
ção de desejos egoístas por altruístas é chamada “o
Fim da Correção”. Cada indivíduo e toda a humani-
dade devem alcançá-lo neste mundo juntos. Até que
consiga isso, ele continuará a nascer neste mundo. A
Torá e todos os profetas falam exclusivamente disso.
O método de correção é chamado “Cabalá”.

Só pode mudar seus desejos, quem quiser mudá-los.


O homem écriado como um egoísta absoluto; ele não
pode adotar desejos diferentes de outras pessoas, nem
do mundo que o cerca — pois todos ao seu redor são
exatamente iguais a ele — nem tem qualquer vínculo
com os mundos espirituais, pois tal vínculo só é pos-
sível através de propriedades mútuas. O espiritual só
pode ser percebido em desejos altruístas. Por conse-
guinte, um indivíduo em nosso mundo não tem opor-
tunidade de transcender os limites deste mundo por si
só.
É por isso que nos foi dada a Torá(Pentateuco, os 5
primeiros livros da Bíblia e livro sagrado para os ju-
deus) e sua parte mais efetiva, a Cabalá, para ajudar o
homem a alcançar os desejos dos mundos espirituais.
A fim de criar o homem distanciado Dele, de modo
que tivesse consciência de sua insignificância e che-
gasse por si só ao desejo de elevar-se, o Criador con-
cebeu toda a criação em forma de degraus descenden-
tes a partir Dele. A Luz do Criador desceu por esses
degraus e, no mais baixo deles, criou o nosso mundo
e, neste, o homem. Ao perceber sua insignificância e
desejando ascender ao Criador, o homem (na medida
em que almeje aproximar-se do Criador) sobe pelos
mesmos degraus por onde se deu sua descida inicial.

Como você pode ter observado, o segredo da cabala


é desenvolver em nós os atributos do criador, vou ex-
por aqui a árvore da vida para que você possa sabe
quais são esses atributos.
Como você esta observando, o desenho descreve os
atributos de Deus, expus o desenho aqui mais para
que você se interesse e pesquise mais sobre o assunto,
pois para escrever um livro sobre a Árvore da vida,
levaria muito tempo. Mas basicamente, esses são os
atributos que devemos desenvolver em nós para nos
aproximar do criador.
Você já deve ter percebido que cabala é algo bem
complexo, mas para quem gosta de estudar lei da atra-
ção eu aconselho que comece com essa ciência exo-
térica, ela vem funcionando muito bem para mim e
para quase todas as pessoas que a estudam.

O homem sempre procurou respostas às perguntas


básicas da existência: Quem sou? Qual é o propósito
de minha existência? Por que existe o mundo? Segui-
mos existindo depois que o corpo físico completou
sua tarefa?

Cada um à sua maneira tenta responder a tais per-


guntas a partir das fontes de informação de que dis-
põe. Cada um de nós formula sua concepção do
mundo a partir de sua experiência. A realidade e a
vida cotidiana encarregam-se de pôr à prova constan-
temente esta percepção, obrigando-nos a reagir, me-
lhorá-la ou então mudá-la. Alguns o fazem conscien-
temente, em outros ocorre como um processo incons-
ciente.
A necessidade de efetuar mudanças e de procurar
respostas provém do desejo de receber prazer e de
evitar o sofrimento. As leis da natureza, nossa expe-
riência de vida e a conduta das criaturas viventes nos
ensinam que não existe um modo lógico de evitar por
completo o sofrimento. Neste sentido, somos iguais
aos demais seres vivos. Uma vaca, uma rã ou um
peixe também procuram, à sua maneira, a maior
quantidade de prazer com a menor quantidade de es-
forço.

As questões essenciais a respeito do ser humano


agregam outra dimensão ao sofrimento humano. Não
nos permitem nos sentirmos satisfeitos mesmo depois
de termos alcançado tal ou qual objetivo particular.
Ao atingir a meta ansiada, sentimos rapidamente a
carência de algum outro prazer. Isto nos impede de
desfrutar nossas conquistas, reativando assim o nosso
sofrimento. Vemos retrospectivamente que gastamos
a maior parte do tempo esforçando-nos por atingir
nossos objetivos, obtendo muito pouco prazer pelo
sucesso em si. Nos últimos anos iniciou-se uma busca
em massa a nível mundial por respostas. Muitos se
voltam para o longínquo oriente e para a Índia em
busca da verdade. Alguns encontram satisfação tem-
porária mediante técnicas e procedimentos de relaxa-
mento ou de redução do sofrimento por minimização
das expectativas e da força do desejo.
Estas ações meramente camuflam o fato de que não
se tem obtido satisfação. Diversas formas de medita-
ção, alimentação e exercícios físicos e mentais aquie-
tam os instintos animais do ser humano, permitindo-
lhe sentir-se fisicamente mais confortável.

Sente-se senhor de suas reações, desenvolvendo a


autoconsciência. Aprende a escutar as necessidades
de seu corpo e de sua personalidade e a satisfazê-las.
Este procedimento, que lhe ensina a diminuir suas ex-
pectativas, representa uma mera alternativa aos seus
verdadeiros desejos.

Em lugar de soluções, recebe anestesia local na


fonte de
seu sofrimento. Mas quando os efeitos da anestesia
desaparecem, descobre que não pode ignorar a ver-
dade: minimizar o desejo de receber prazer não nos
permite escapar dele. Qualquer um que, tendo esco-
lhido este caminho, realizar um honesto auto-exame,
comprovará que ainda não atingiu o objetivo dese-
jado, deixar para trás o sofrimento e encontrar prazer
ilimitado.

A Cabala é um método preciso para investigar e de-


finir a posição do ser humano no universo. A sabedo-
ria da Cabala nos diz por que existe o homem, por que
nasce, por que vive, qual é o propósito de sua vida, de
onde vem e para onde vai quando completa sua vida
neste mundo.
A Cabala é um método para alcançar o mundo espi-
ritual. Ensina-nos a respeito do mundo espiritual, e,
ao estudá-la, desenvolvemos um sentido adicional.
Com a ajuda deste sentido, podemos estabelecer con-
tato com os mundos superiores.

A Cabala não é um estudo abstrato ou teórico, mas


pelo contrário, muito prático. O homem aprende a
respeito de si mesmo, quem é e como é. Ele aprende
o que deve fazer para mudar, etapa por etapa, passo a
passo. A sua investigação direciona-se ao seu mundo
interior.

Toda a experimentação ocorre no homem, dentro de


si mesmo. É por isso que a Cabala se denomina "A
Sabedoria Oculta". Através dela, a pessoa sofre mu-
danças internas, ocultas aos olhos dos demais, que só
ela sente e sabe que estão ocorrendo. Esta atividade,
própria, específica e peculiar ocorre em seu interior,
e só ela tem conhecimento do que ocorre.

A palavra "Cabala" vem da palavra hebraica "le-


kabbel", que significa “receber”. A Cabala descreve
os motivos das ações como "o desejo de receber".
Este desejo se refere a receber diversos tipos de pra-
zeres. Com o objetivo de receber prazer, uma pessoa
está geralmente disposta a fazer um grande esforço.
A questão é: como atingir o máximo prazer pagando
o mínimo preço? Cada um tenta responder a esta per-
gunta à sua maneira.

Este desejo de receber se desenvolve e cresce se-


gundo uma ordem determinada. No primeiro estágio,
deseja-se o prazer dos sentidos. Depois se busca o di-
nheiro e a honra. Um desejo ainda mais poderoso
torna a pessoa sedenta de poder. Mais adiante, quem
sabe, poderá surgir um desejo muito especial, que está
no pico da pirâmide dos tipos de desejos que podemos
possuir: a espiritualidade. Quem reconhece a força
deste desejo, começa a procurar os meios de satisfazê-
lo.

Ao passar pelas etapas do desejo, a pessoa se fami-


liariza com suas habilidades e limitações. A Cabala
ocupa-se com os mundos superiores, com as raízes
dos nossos sentimentos e pensamentos, que não po-
demos deter nem controlar. Como não temos controle
sobre esses mundos, não sabemos como e nem por
que nossos sentimentos são criados. Não sabemos
como são criados os sentimentos. Maravilhamo-nos
diante das experiências do doce, do amargo, do agra-
dável, do áspero etc. Não conseguimos construir ins-
trumentos científicos para examinar nossos sentimen-
tos, nem sequer no campo da Psicologia, da Psiquia-
tria e demais Ciências Humanas. Os fatores da con-
duta permanecem ocultos ao nosso entendimento.
A Cabala é um sistema para avaliar cientificamente
nossos desejos: toma todos os nossos sentimentos e
desejos, os divide e dá uma fórmula matemática exata
para cada fenômeno, a cada nível, para cada tipo de
compreensão e de sentimento. É um trabalho de sen-
timentos combinado com o intelecto. Para os inician-
tes, utiliza geometria, matrizes e diagramas. Quando
se estuda a Cabala, começamos a reconhecer nossos
sentimentos e a entendê-los. Os que avançam encon-
trarão uma ciência muito exata que examina os senti-
mentos. Saberão que nome dar-lhes, segundo sua
força, direção e caráter.

A sabedoria da Cabala é um método antigo e com-


provado, pelo o qual o ser humano pode receber uma
consciência superior, atingindo a espiritualidade. Este
é seu real objetivo no mundo. Se alguém sente um de-
sejo e um anseio por espiritualidade, poderá dar-lhe
vazão mediante a sabedoria da Cabala, outorgada
pelo Criador.

A palavra "Cabala" descreve a meta do Cabalista:


atingir tudo aquilo que o ser humano é capaz, como
ser pensante e a mais elevada de todas as criaturas.

Como você percebeu, falar de cabala é algo bem


complicado, mas a essência da ciência cabalística é o
doar e o receber e com o tempo desenvolver os atri-
butos do criador.
A cabala acredita que todos temos um messias den-
tro de nós e é questão de aperfeiçoamento para desen-
volvermos esse ser iluminado que esteve conosco
desde o nosso nascimento.
Deixarei como fim desse livro uma passagem de Je-
sus que foi o maior cabalista de todos os tempos.

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e


abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o
que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. -
Mateus 7:7,8

Fim
Sinopse

Buscar a Deus nem sempre é uma tarefa fácil, inú-


meros são os caminhos que nos levam até Deus, ape-
sar de existirem vários, buscar a Deus é como cami-
nhar por uma estrada repleta de curvas, cujo fim será
uma reta igual para todos, independentemente do ca-
minho que cada um escolher.
Entre o caminho da fé, vive a ciência, acreditando
ter o esclarecimento de toda vida. Este livro é uma
auto ajuda para quem tem dificuldade em encontrar
um Deus que seja verdadeiro e coerente com a reali-
dade, assim como também trazer ensinamentos para
vivermos dia após dia na felicidade plena, em paz e
em harmonia com Deus e o universo.
Através dos 5 maiores místicos e profetas que apa-
receram na história, vamos analisar o que cada um
pensava a respeito de Deus, assim como o que as teo-
rias da ciência nos dizem.
Com paciência e dedicação, podemos buscar a Deus
onde ele realmente existe, em nossos corações.
Sumário

01-Introdução
02-Krishna
03-Moisés
04-Maomé
05-Buda
06-Jesus
07-Evolução e Criacionismo
08-Geocentrismo e Heliocentrismo
09-Semelhanças
10-Busque a Paz
11-O Maior Profeta
12-Encontrando Deus
13-Nós e a Vida
14-Gratidão
15-Deus
Deus
Introdução

“No princípio Deus criou o céu e a terra”


Provavelmente uma quantidade significável da hu-
manidade deve ter lido ou ouvido falar dessa expres-
são durante sua vida, seria essa uma verdade? Quem
foi realmente a primeira pessoa a se questionar sobre
isso? No entanto, é uma questão extraordinária, acre-
dito que em algum ponto da evolução pré-histórica os
nossos primeiros ancestrais já se faziam essa questão.
O nosso conhecimento científico hoje argumenta com
uma teoria cosmológica razoável sobre a origem de
tudo, uma explosão, com certeza você já ouviu falar
do Big Bang, imagine uma esfera tão densa e quente
a ponto de explodir e dar origem a tudo o que existe,
seria uma verdade absoluta? Perguntas, sempre nos
movendo a buscar uma alternativa para justificar que
temos conhecimento sobre tudo. Seria essa uma ca-
racterística humana? Questionar-se é algo que todo
mundo faz? Eu acredito que sim, no entanto, o que
seriam de nossas questões tantos no passado como no
futuro se a consciência racional não tivesse a capaci-
dade de criar ilusões quando não se pode resolver uma
determinada questão. O homem é realmente racional?
Talvez a racionalidade seja relativa, mas o fato é que
ela existe.
Em algum lugar no passado, o homem ou seu an-
cestral mais próximo se fez essa pergunta, de onde
venho, ou seja, quem me criou? Para onde vou? O que
significa tudo isso? Foi então que a mente humana
começou o processo de busca pela sabedoria e por
Deus, mas porque buscar a Deus? Primeiramente, o
que é Deus? Até hoje ninguém chegou a uma resposta
convincente sobre essa questão existencial, mas é im-
pressionante o número de ideias que foram surgindo
ao longo dos tempos! Seria essa a resposta para a
questão de que somos relativamente racionais? Com
certeza, se a racionalidade fosse exatamente igual
para cada ser humano, não existiria a quantidade de
Deuses que conhecemos hoje, basta pesquisar, essa
seria uma suposta prova de que a mente humana tem
a capacidade de criar uma ilusão para cada questão
que ainda não se pode chegar a uma resposta conclu-
siva, característica fundamental da imaginação, antes
da imaginação vem a questão, e a imaginação é seu
meio de se justificar diante dela.
É através dessa racionalidade humana que existe
tudo o que conhecemos hoje, todas as invenções do
homem no plano físico, são a prova de que possuímos
uma extrema inteligência, mas e Deus? Ele continua-
ria nos seguindo pela eternidade? Acredito que sim!
Na realidade acredito que ele até tenha um motivo
para fazer isso.
Nascemos, e creio que tudo o que lembramos antes
do nascimento, sejam as trevas, sinal de que viemos
de uma existência que não possui luz, algumas pes-
soas afirmam se lembrar de vidas passadas, recente-
mente eu ouvi um caso de um avô que era tão apegado
à família que nasceu como neto, filho do filho dele e
contou ao pai que já tinha vivido tudo aquilo como
pai dele, impressionante não é, seria isso possível?
Com o passar do tempo vamos adquirindo sabedo-
ria, muitos de nós, num passado talvez não muito dis-
tante, chegamos a acreditar em alguma história que
ouvimos, mas a maioria delas, o tempo nos dá provas
de que não tem realmente uma coerência com a reali-
dade e o que um dia era fé, passa se tornar entendi-
mento.
Partindo deste princípio, chegamos a conclusão que
somos uma esfera negra no universo, cuja racionali-
dade busca sobreviver e responder a todas as questões
existenciais, onde o único resultado seja uma luz es-
clarecedora eficiente a ponto de nos manter em equi-
líbrio.
É difícil se lembrar do momento que realmente co-
meçamos abrir os olhos e enxergar todas as maravi-
lhas do universo, dificilmente uma criança se
questiona sobre questões existenciais. O foco e a aten-
ção são mais importantes para a abstração através dos
sentidos no mundo físico, mas ao decorrer do tempo
as primeiras ilusões que tínhamos na consciência se
desintegram como uma folha seca de uma árvore ao
fogo e começamos refletir mais sobre nós mesmos e
sobre a natureza humana como um todo, nos tornando
filósofos, talvez essa seja a idade mais importante do
ciclo da vida, quando começamos a busca pelo enten-
dimento sobre tudo e principalmente sobre nós mes-
mos.
A questão agora é outra, em que vou escolher acre-
ditar? Existem cinco pontos de referência conhecidos
que vamos estudar aqui para podermos buscar conhe-
cimento sobre isso, farei um breve resumo sobre os
cinco personagens mais conhecidos relacionados a
suas religiões, no entanto, existiram ao longo dos
tempos, infinitas possibilidades que hoje o homem
não consegue descobrir a existência de todas elas.
Mas a questão aqui é qual escolha fazer, com certeza
todos já passaram por isso algum dia e creio que a
maioria tenha escolhido um único caminho para acre-
ditar, tendo absoluta certeza de que seu caminho é o
correto e muitas vezes acreditando que o caminho do
próximo está errado.
Os primeiros Deuses que ouvimos falar nos pare-
cem meio duvidosos, um criador espetacular que
estralou os dedos e deu origem a tudo o que conhece-
mos, no entanto, com características muito semelhan-
tes ao espírito primitivo do homem, um ser que pro-
cura fazer justiça, que se vinga de sua própria criação,
mas ao mesmo tempo um Deus cheio de amor e mi-
sericórdia, meio confuso, não é?
Dizem que Deus criou o homem a sua imagem e
semelhança, eu creio que ocorreu o inverso.
A vida vai caminhando lentamente rumo à morte e
quanto mais nos aproximarmos dela, mais significa-
tiva se torna a questão, no fundo por mais que uma
pessoa possa acreditar fielmente que irá para um su-
posto paraíso após a morte esse fato me parece duvi-
doso também, como poderemos chegar a uma conclu-
são onde o fato era que você ao conhecer o destino de
sua alma, não poderia voltar e contar para nós todos o
que realmente aconteceu? Outra brilhante questão
que inspira o homem ao conhecimento. Existem pes-
soas que passaram por experiências em que pessoas
estiveram quase mortas e relatam que viram os médi-
cos as operarem como forma de espírito.
A primeira ideia que ouvi falar sobre a questão da
morte foi a existência de um paraíso e de um inferno,
e tanto um como outro eram pela eternidade, o que
levaria você a algum deles eram suas atitudes como
ser humano aqui na terra, daí nasceu o pecado, algo
que Deus abomina literalmente, e acredito que depois
do pecado veio o perdão, conclusão racional para evo-
lução do espírito. Mas o que é esse inferno e esse pa-
raíso?
De um lado há paz e felicidade eterna, de outro a
condenação e o sofrimento eterno, teria isso um sen-
tido? Partindo da suposta ideia que isso seja uma ver-
dade, toda a intenção dessa mitologia é nos dizer que
existem dois seres, ou duas forças interagindo sobre
os seres humanos, Deus e diabo, um soberano no céu
e um no inferno, e segundo algumas tradições esse
suposto diabo teria sido o anjo mais belo que o pró-
prio Deus já criou, mas que se sentiu rejeitado pelo
seu próprio pai quando ele amou mais a sua criação
humana do que a celestial. É realmente um conto ad-
mirável, mas creio que isso ainda não explique de
forma evidente que tudo isso seja uma verdade.
Essa suposta mitologia nos diz que as coisas boas
vêm de Deus, e as pessoas que as praticam serão os
escolhidos, já as más, vêm do diabo e suas ações serão
penalizadas. O que te lembra isso? Um júri com um
réu, uma audiência ainda realizada até hoje pela civi-
lização humana, o que nos dá mais evidências de que
essa suposta mitologia é baseada no pensamento hu-
mano.
Se acreditarmos que estamos vivendo no meio de
uma guerra celestial onde dois seres que podem exer-
cer influência sobre nós estão lutando para nos fazer
de fantoches, cada um de acordo com suas leis, che-
gamos a conclusão de que o livre arbítrio não existe e
que todas nossas ações estão sendo feitas através de
mandamentos superiores, o que me parece bem im-
provável também, se isso fosse verdadeiro o homem
não poderia criar leis para criminosos e assassinos,
pois eles estão sendo manipulados pelo diabo . O que
poderemos provar de tudo isso como sendo verdade?
Aliás, se uma pessoa realmente acreditasse em qual-
quer ilusão criada pelo raciocínio humano isso não
poderia passar a existir mesmo no mundo dela? Creio
que sim e também creio que não podemos acreditar
que a crença do próximo seja uma mentira, o mundo
das ideias existe, só não sei se é da maneira que Platão
descreveu, mas voltando a lógica, nada disso parece
nos convencer.
Esse Deus era realmente confuso até que surgiu um
profeta que entregou a própria vida para que a huma-
nidade pudesse compreender esse Deus de outra ma-
neira.
Falar sobre Jesus nos levanta muitas dúvidas, se es-
tudarmos bem o que conhecemos sobre ele chegare-
mos à conclusão que até ele mesmo por um momento
se questionou sobre o próprio Deus que ele acredi-
tava, quando profetizou sua própria morte, ele se afas-
tou de todos e pediu ao pai que afastasse dele esse
cálice, no entanto, disse que Deus fizesse a sua
vontade e não a dele. Após ser condenado à crucifica-
ção e sofrer tudo o que sofreu, sua última frase pre-
gado na cruz foi: “Senhor porque me abandonaste
nessa hora?” Um claro sinal de que até ele próprio
perdeu a fé por um momento, mas não demorou muito
para se redimir e disse: “Perdoe-os senhor, pois eles
não sabem o que fazem” Toda a humilhação e sofri-
mento de Jesus foi por uma razão, a sua fé em Deus,
e uma fé que só ele teve, aprendi em história que Jesus
poderia ter derrotado Roma se quisesse fazer uma re-
volução, mas lutar em uma guerra era totalmente con-
traditório aos seus princípios e ensinamentos, o le-
vando a morte pelas suas escolhas. A questão agora é
o que aprendemos com tudo isso? Porque um ser hu-
mano entregou sua própria vida acreditando que car-
regaria o fardo de todo o sofrimento humano nas cos-
tas? Jesus no fundo sabia que aquele Deus mitológico
que ele mesmo aprendeu e provavelmente deve ter es-
tudado, não era muito convencional para a evolução
espiritual das pessoas, então ele resumiu Deus em
uma única palavra: “Amor”, e trocou uma série de en-
sinamentos por duas leis universais, amar a Deus so-
bre todas as coisas, e amar ao seu próximo como a ti
mesmo. Jesus enfatizou também a importância do
perdão, ele sabia muito bem que o maior mal desse
Deus que as pessoas acreditavam era a condenação,
isso as torturavam por dentro, porque muitos dos an-
tigos mandamentos eram ações da própria natureza
humana, e quase todo mundo um dia já as praticou,
através do perdão nos sentimos confortáveis com
Deus, mas ele só nos daria o perdão se perdoássemos
a todos nossos inimigos também. Uma nova lei emer-
giu a partir deste momento, o conceito de um Deus
vingativo e cruel, mas também misericordioso, pas-
sou a ser visto como um ser cheio de amor e disposto
a perdoar todos os pecados da humanidade, mas es-
pere aí, o que é o pecado? Segundo as tradições é um
ato que Deus abomina, mas baseado segundo os va-
lores éticos e morais dos homens. Creio que o pecado
é uma das invenções criadas pela mente para determi-
nar tais atitudes que o homem não tem entendimento.
Em algumas outras tradições, o pecado era visto de
uma forma diferente, em certas culturas não existia o
pecado, tudo vinha de Deus, o que nós acreditávamos
que fosse o mal era somente uma ilusão, uma ausên-
cia do bem, essa filosofia de vida se chama panteísta.
O mal que nós experimentamos não era percebido por
Deus, portanto nada poderia ser feito, já em outras fi-
losofias de vida não existiu o mal e o bem e sim o
conhecimento e a ignorância, o que me parece bem
lógico. De que outra maneira um ser humano vai rea-
lizar uma ação, onde o resultado dela ainda não é
compreendido pela própria pessoa?
Quase todo os seres humanos um dia fizeram algo
estúpido, isso é bem provável, mas de que outra
maneira se aprenderia sem experimentar todos os
efeitos dessa atitude?
Não somos mais do que a somatória de resultados
de nossas escolhas de vida desde o início até o fim?
Essa me parece a forma mais correta de enxergar essa
situação.
Vamos deixar o consciente um pouco de lado e ana-
lisar o plano metafísico da existência. Através da luz,
enxergamos toda a forma material existente no uni-
verso, existem até micro partículas que não enxerga-
mos, no entanto vemos em tudo, somente aquilo que
nossa mente está preparada para enxergar. A inteli-
gência humana é comparada com um sistema opera-
cional, ela faz somente o que você determina, suas
ideias são como os vários programas instalados em
infinitos computadores, cada um com sua finalidade,
todas as percepções da vida são percebidas através do
sentido da metafísica, no entanto é nossa própria ra-
zão que faz com que nos sentimos a necessidade de
moldar o universo a nossa maneira, é somente uma
quantidade pequena de pessoas que conseguem se
questionar sobre toda essa complexidade, uma grande
maioria já tem suas ideias conclusivas sobre tudo.
Para muitas pessoas o plano metafísico é visto como
uma verdade absoluta, elas conseguem perceber que
tudo que existe não precisa ter naturalmente um su-
posto criador, as leis da cosmologia e até as leis
naturais da evolução, nos provam que podemos ser
obra de um suposto acidente, mas seria verdade que
somente a matéria traz uma compreensão da existên-
cia? O homem não possui uma consciência para per-
ceber que tudo o que existe possui uma estrutura?
Como pode um arquiteto construir um monumento
sem usar a sua imaginação? Parece improvável que
não há um arquiteto Universal em toda a existência, e
isso basta ter um pouquinho de senso de sabedoria
para chegar a essa conclusão, no entanto, quase todas
as ciências lutam para chegarem a evidências de que
a própria existência possa ser explicada, a biologia
nos ensina a mutação, característica da vida que rea-
liza mudanças em todos os seres vivos fazendo com
que se adaptem ao meio em que vivem.
A terra é um planeta espetacular, seu perfeito equi-
líbrio e posição no universo, nos mostra que a vida
não é tão fácil assim de se desenvolver, tudo precisa
estar em perfeita harmonia e em seu devido lugar,
pelo menos para a vida que conhecemos na terra, isso
não implica que não pode existir outros planetas com
vida semelhante ou diferente à nossa.
Quase todas as formas de ciência através do tempo
foram provando que alguns argumentos como a evo-
lução substituíram o criacionismo, isso faz sentido?
Somos realmente fruto de um acaso da vida ou fomos
projetados por uma ordem superior? Ao analisarmos
a existência como um todo e estudarmos todas as con-
cepções sobre o início da civilização, com certeza nos
sentiremos perdidos em algum ponto da história, são
tantas ideias que é mais fácil chegar à compreensão
de que todas são ilusões e que nenhuma merece nossa
fé, um número considerável de pessoas vivem dessa
maneira, não acreditando em nada além do plano ma-
terial e das leis do universo, da física e da cosmologia.
Mas e a morte? Ao caminharmos em direção a ela
não é evidente que vamos andar rumo a um precipício
sem volta? E a maior pergunta, o que acontece de-
pois? Para onde vamos? Esse livro tem a intenção de
explicar um pouco sobre algumas doutrinas assim
como uma nova maneira de enxergar Deus, não é um
livro religioso, tanto é que não mencionei nenhuma
religião até agora, somente fatos sobre elas.
A maioria das religiões oferece algum tipo de sal-
vação, para alguns é a promessa de um paraíso simé-
trico e perfeito, outras filosofias de vida acreditam
que estamos destinados a morrer e voltar a vida na
própria Terra em um processo sem fim onde a inten-
ção é se livrar desse ciclo de nascimentos e mortes
através do desapego da matéria e das próprias vonta-
des e prazeres que acabam afastando o homem de
Deus, em outras filosofias de vida, também se acre-
dita que os espíritos fiquem nesse plano após a morte,
ou que continuariam a viver como espírito em planos
diferentes e com a capacidade de se relacionar co-
nosco através de rituais específicos.
Com certeza existem mais ideias que desconheço
sobre a morte, afinal, cada ser humano pode criar o
seu destino obscuro que é essa dúvida que provavel-
mente nunca vamos esclarecer de forma concreta, a
maioria das pessoas, ou uma grande parte delas, já es-
tão com suas ideias formadas, e quanto mais velhas
vão ficando, mais difíceis mudarão de opinião em re-
lação à sua fé. Mas o que é a fé afinal? Seria uma
forma do ser humano se sentir mais confortável na es-
perança da salvação por esse suposto Criador, seria o
desejo enorme que o homem tem de se justificar sobre
tudo? Ou seria apenas crer que existe uma ordem su-
perior a nós no universo?
Incrível não, como existem tantas perguntas sem
explicação e tão poucas pessoas dispostas a chegar a
uma conclusão mais lógica da realidade, mas será que
Deus se alcança através da lógica? Com certeza não,
a lógica ajuda e muito a entendermos as leis que re-
gem o universo em que vivemos, mas ela de nenhuma
maneira esclarece de onde viemos e quem deu o pri-
meiro passo para toda a existência que existe.
Os fósseis de dinossauros nos provam que muitas
mitologias de vida já começam mentindo, se no prin-
cípio Deus criou tudo e depois o homem, como seria
essa criação anterior que conhecemos hoje? Quem
haveria criado essas criaturas colossais que se extin-
guiram por algum motivo? Dúvidas e mais dúvidas,
vamos parar de nos fazer tantas questões e tentar bus-
car um entendimento que possa ser coerente com a
realidade em que vivemos, vamos penetrar na mais
profunda natureza humana e tenta desvendar esse
mistério que atinge toda a humanidade.
Infelizmente para estudarmos todas essas questões
primeiro temos que conhecer cada filosofia de vida e
os supostos profetas que deram origem a elas, é evi-
dente que estudaremos os cinco maiores profetas ou
mestres da vida do mundo e suas religiões, mas isso
não significa que não possam ter existido ideias mais
conclusivas sobre essas questões e nem de que as
ideias que estudaremos possam de modo único nos le-
var a um maior entendimento de Deus, mas se tirar-
mos de cada uma um pouco do que faz sentido, pode-
remos chegar a uma resposta através de nós mesmos,
partindo do princípio de acreditar no que faz sentido
para nós.

Krishna

No hinduísmo, Krishna é considerado um avatar ou


manifestação do deus Vishnu, é considerado a su-
prema personalidade de Deus, é uma das divindades
mais cultuadas em toda a Índia, Krishna é muito
comparado a Jesus em alguns aspectos, ele também
significa a manifestação de Deus vivo e também foi
concebido sem união sexual, através do pensamento
ióguico da mente. Krishna significa suprema verdade
absoluta. Ele é facilmente reconhecido por suas repre-
sentações artísticas. Sua pele é retratada na cor preta
ou azul-escura, conforme descrito nas escrituras, em-
bora em representações pictóricas modernas ele ge-
ralmente seja mostrado com pele azul. A data de nas-
cimento de Krishna, conhecida como Janmastami, é o
dia 18 de julho de 3228 a.C. Kamsa havia sido aler-
tado por Narada Muni que, em breve, Vishnu nasceria
na família de Vasudeva. Soube também, através deste
sábio, que em uma encarnação anterior, Kamsa havia
sido um demônio chamado Kalanemi que tinha sido
morto por Vishnu. Conta a tradição védica que
Kamsa, temendo que Vishnu nascesse em qualquer
uma das famílias do reino, mandou matar todos os
meninos com até dois anos de idade, a fim de evitar o
cumprimento da profecia. Isso não lembra muito um
conto bíblico sobre Jesus? Segundo as Escrituras hin-
dus, o desaparecimento de Krishna ocorreu na meia-
noite de 17 para 18 de fevereiro de 3102 a.C. Um dos
livros mais sagrados do hinduísmo se chama Bhaga-
vad Gita, onde Krishna encoraja o guerreiro Arjuna a
lutas contra sua própria família que queria roubar seu
trono, para aprender mais sobre esse assunto eu indico
o Baghavad Gita
Moisés

Moisés que significa, tirado das águas, foi um líder


religioso, legislador e profeta a quem a autoria da
Torá é tradicionalmente atribuída. Ele é o profeta
mais importante do Judaísmo, e igualmente reconhe-
cido pelo Islamismo, assim como em outras religiões.
É o grande libertador dos Hebreus, tido por eles como
seu principal legislador e mais importante líder reli-
gioso. A Bíblia o denomina o mais humilde dos ho-
mens que havia sobre a face da terra (Números 12:3).
Também é considerado um grande profeta pelos mu-
çulmanos. De acordo com a Bíblia e a tradição ju-
daica, Moisés realizou diversos prodígios após uma
epifania. Libertou o povo israelita da escravidão no
Antigo Egito, tendo instituído a Páscoa Judaica. De-
pois guiou o seu povo através de um êxodo pelo de-
serto durante quarenta anos, que se iniciou através da
famosa passagem em que Moisés abre o Mar Verme-
lho para possibilitar a travessia segura dos filhos de
Israel. Ainda segundo a Bíblia, recebeu no alto do
Monte Sinai as Tábuas da Lei de Deus, contendo os
Dez Mandamentos, o livro sagrado da religião judaica
se chama Torá, é o velho testamento da bíblia.

Maomé
Maomé foi um líder religioso e político árabe. Se-
gundo a religião islâmica, Maomé é o mais recente e
último profeta de Deus. Para os muçulmanos, Ma-
omé, foi precedido em seu papel de profeta por Jesus,
Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como
figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que
permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser
um império islâmico que se estendeu da Pérsia até a
Península Ibérica. Não é considerado pelos muçulma-
nos como um ser divino, mas sim, um ser humano,
contudo entre os fiéis, ele é visto como um dos mais
perfeitos seres humanos.
Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira
parte da sua vida um mercador que realizou extensas
viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito
retirar-se para orar e meditar nos montes perto de
Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610 d.C,
quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto reali-
zava um desses retiros espirituais numa das cavernas
do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe
ordenou que recitasse os versos enviados por Deus e
comunicou que Deus o havia escolhido como o úl-
timo profeta enviado à humanidade. Maomé deu ou-
vidos à mensagem do anjo e após sua morte, estes ver-
sos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante
o califado de Abu Bakr.
Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o
cristianismo, duas religiões monoteístas já conheci-
das pelos árabes. Em vez disso, declarou que é neces-
sária proteção a estas religiões e informou que tinha
sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos
originais destas religiões, que tinham sido corrompi-
dos e esquecidos. Muitos habitantes de Meca rejeita-
ram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem
como aos seus seguidores. Em 622 d.C, Maomé foi
obrigado a abandonar Meca, numa migração conhe-
cida como a Hégira, (Hijra) tendo se mudado para
Yathrib (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-
se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Se-
guiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de
Meca e Medina, que resultaram em geral na vitória de
Maomé e de seus seguidores. A organização militar
criada durante estas batalhas foi usada para derrotar
as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé
tinha unificado praticamente todo o território sob o
signo de uma nova religião, o islã, cujo livro sagrado
se chama Alcorão, que eu também indico a leitura.

Buda

Buda, que significa "Desperto", do radical Budh


"despertar" é um título dado na filosofia budista
àqueles que despertaram plenamente para a verda-
deira natureza dos fenômenos e se puseram a divulgar
tal descoberta aos demais seres. "A verdadeira natu-
reza dos fenômenos," aqui, quer dizer o entendimento
de que todos os fenômenos são impermanentes, insa-
tisfatórios e impessoais. Tornando-se consciente des-
sas características da realidade, seria possível viver de
maneira plena, livre dos condicionamentos mentais
que causam a insatisfação, o descontentamento e o so-
frimento. Do ponto de vista da doutrina budista clás-
sica, a palavra "Buda" denota não apenas um mestre
religioso que viveu em uma época em particular, mas
toda uma categoria de seres iluminados que alcança-
ram tal realização espiritual. As escrituras budistas
tradicionais mencionam pelo menos 24 Budas, que
surgiram no passado, em épocas diferentes.
O budismo reconhece três tipos de Buda, dentre os
quais o termo Buda é normalmente reservado para o
primeiro tipo, o Samyaksam-buddha (em páli:
Samma-Sambuddha). A realização do nirvana é exa-
tamente a mesma nos três tipos de buda, mas um
Samyaksam-buddha expressa mais qualidades e ca-
pacidades que os outros dois tipos de Buda.
Atualmente, as referências ao Buda referem-se em
geral a Siddhartha Gautama, mestre religioso e fun-
dador do budismo no século VI antes de Cristo. Ele
seria, portanto, o último Buda de uma linhagem de
antecessores cuja história perdeu-se no tempo. Conta
a história que ele atingiu a iluminação durante uma
meditação sob a árvore Bodhi, quando mudou seu
nome para Buda, que quer dizer "desperto".
Existe uma passagem nas escrituras a qual frequen-
temente é interpretada de maneira superficial em que
o Buda nega ser alguma forma de ser sobrenatural,
mas esclarece: "Brâmane, assim como uma flor de ló-
tus azul, vermelha ou branca nasce nas águas, cresce
e mantém-se sobre as águas intocada por elas; eu tam-
bém, que nasci no mundo e nele cresci, transcendi o
mundo e vivo intocado por este. Lembre-se de mim
como aquele que é desperto."
Com isso, ele rejeitava qualquer possibilidade de
ser tomado como um deus, mas reafirmava a caracte-
rística transcendente da sua vivência espiritual e do
caminho de libertação que oferecia para os demais se-
res. Nesse sentido, o Buda exerceu um papel impor-
tante de democratização da religião, que até então, es-
tava sujeita ao arbítrio da casta dos brâmanes. Para
Sidarta Gautama, não há intermediário entre a huma-
nidade e o divino; deuses distantes também estão su-
jeitos ao carma em seus paraísos impermanentes (Que
não se mantém de maneira permanente; que não dura
ou muda com facilidade; efêmero ou inconstante). O
Buda é apenas um exemplo, guia e mestre para os se-
res vivos sencientes (Capaz de sentir ou perceber
através dos sentidos) que devem trilhar o caminho por
si próprio.
Dentre as religiões mundiais (a maioria das quais
proclama a existência de um Deus criador), o bu-
dismo é considerado incomum por ser uma religião
não teísta. Para o Buda, a chave para a libertação é a
pureza mental e a compreensão correta e, por esse
motivo, ele rejeitou a noção de que se conquista a sal-
vação implorando para uma deidade distante.
De acordo com o Buda Gautama (Sirdhata), a feli-
cidade desperta do nirvana que ele atingiu está ao al-
cance de todos os seres, porém, na visão ortodoxa, é
necessário ter nascido como um ser humano. No Ti-
pitaka, a escritura budista mais antiga fala-se dos nu-
merosos Budas do passado e de suas vidas, bem como
sobre o próximo Bodisatva, que será chamado Mai-
treya.

Jesus

Jesus, também chamado Jesus de Nazaré, que nas-


ceu entre 7–2 a.C e morreu por volta de 30–33 d.C., é
a figura central do cristianismo e aquele que os ensi-
namentos de maior parte das denominações cristãs,
além dos judeus messiânicos, consideram ser o Filho
de Deus. O cristianismo e o judaísmo messiânico con-
sideram Jesus como o Messias aguardado no Antigo
Testamento e referem-se a ele como Jesus Cristo, um
nome também usado fora do contexto cristão.
Praticamente todos os acadêmicos contemporâneos
concordam que Jesus existiu realmente, embora não
haja consenso sobre a confiabilidade histórica dos
evangelhos e de quão perto o Jesus bíblico está do Je-
sus histórico, a maior parte dos acadêmicos concorda
que Jesus foi um pregador judeu da Galileia. Foi ba-
tizado por João Batista e crucificado por ordem do
governador romano Pôncio Pilatos. Os acadêmicos
construíram vários perfis do Jesus histórico, que ge-
ralmente o retratam em um ou mais dos seguintes pa-
péis: o líder de um movimento apocalíptico, o Mes-
sias, um curandeiro carismático, um sábio e filósofo,
ou um reformista igualitário.
A investigação tem vindo a comparar os testemu-
nhos do Novo Testamento com os registros históricos
fora do contexto cristão de modo a determinar a cro-
nologia da vida de Jesus. Algumas linhas cristãs acre-
ditam que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo,
nasceu de uma virgem, praticou milagres, fundou a
Igreja, morreu crucificado como forma de expiação,
ressuscitou dos mortos e ascendeu ao Paraíso, do qual
regressará. A grande maioria dos cristãos venera Je-
sus como a encarnação de Deus, o Filho, a segunda
das três pessoas na Santíssima Trindade. Alguns gru-
pos cristãos rejeitam a Trindade, no todo ou em parte.
No contexto islâmico, Jesus (transliterado como
Isa) é considerado um dos mais importantes profetas
de Deus. Para os muçulmanos, Jesus foi aquele que
trouxe as escrituras e é filho de uma virgem, mas não
é divino, nem foi vítima de crucificação. O judaísmo
rejeita a crença de que Jesus seja o Messias aguar-
dado, argumentando que não corresponde às profe-
cias messiânicas do Tanach.
Bom, ouvimos falar até agora desses cinco profetas
que levaram suas respectivas religiões para caminhos
diferentes, no entanto, em qual caminho deveremos
acreditar? Creio que inteiramente em nenhum, pois
todas essas religiões, tem ensinamentos bons e ensi-
namentos não coerentes com as características da per-
sonalidade humana, o mais certo a se fazer é tirar um
pouco de cada uma delas, seus bons ensinamentos e
procurar a chave que abre a porta do céu dentro de si
mesmo, para alcançar uma compreensão maior de
Deus é preciso um profundo estudo sobre todas essas
filosofias de vida, assim como os ensinamentos de
seus criadores, o que eu realmente recomendo para
todos, e após um estudo detalhado procurar entender
o que faz sentido ou não para nossas vidas, através da
Bíblia, da Torá, do Alcorão, do Bhagavad Gita e atra-
vés dos vários livros de ensinamentos budistas como
o evangelho de Buda, podemos encontrar dentro de
nós o caminho para a descoberta sobre Deus.
As cinco maiores religiões do mundo, vem da ideia
desses 5 profetas ou professores da vida, o judaísmo,
o budismo, o hinduísmo, o cristianismo e o isla-
mismo, não vou perder tempo aqui escrevendo sobre
essas religiões, suas diferenças e semelhanças, mas
indico que todos que querem se aprofundar na teolo-
gia estude cada uma delas.

Evolução e Criacionismo

A teoria da evolução de Charles Darwin(12 de fe-


vereiro de 1809 a 19 de abril de 1882) nos ensina que
através do tempo e de geração em geração o homem,
tanto quanto os animais foram evoluindo até atingi-
rem a forma atual, já as religiões tem base no criacio-
nismo, onde Deus criou cada ser humano e o homem
para dominar toda forma de vida na terra.
Darwin em sua teoria escrita no livro a origem das
espécies, nunca disse que uma forma de vida se trans-
formou em outra no decorrer do tempo, o que ele des-
cobriu foi que alguns seres vivos se adaptaram para
viverem com mais facilidade no ambiente em que vi-
viam. Isso se chama adaptação e não evolução.
Acredito que uma suposta evolução não é viável para
entender todas as formas de criação, é evidente que
Deus arquitetou toda uma mecânica no universo e na
vida. Talvez, não evoluímos do macaco como dizem
as teorias, mas através dos macacos a própria natureza
percebeu que um ser com características semelhantes
a ele poderia se adaptar mais facilmente ao mundo e
assim criou o homem, a mutação também nos ensina
que indivíduos sofrem alterações em suas caracterís-
ticas, talvez esse seja o fator para a chave da evolu-
ção, a própria natureza da criação divina percebe o
que é útil ou não em cada indivíduo e muda suas ha-
bilidades e características para uma melhor adaptação
ao ambiente, e não seria essa uma ideia criacionista?
O fato de que existe uma ordem para evolução das
espécies, não quer dizer que tudo isso e consequência
do acaso, dificilmente toda a complexidade da exis-
tência, desde uma simples borboleta até nós seres hu-
manos, veio fora de uma ordem sem inteligência e
consciência sobre tudo o que criou? Outro fator intri-
gante é que se a evolução fosse como a ciência exata,
por qual motivo teríamos milhares de espécies dife-
rentes de todos os seres, e se realmente viemos dos
macacos eles não deveriam existir mais, porque
houve uma transformação em determinada espécie ao
mesmo tempo em que essa espécie ainda se manteve
em sua forma original?
Realmente o criacionismo deu lugar a teoria da evo-
lução no mundo de hoje, teoria essa, que o homem
não consegue provar com absoluta certeza e isso
prova que o criacionismo é mais consideravelmente
lógico do que o acaso.

Geocentrismo e Heliocentrismo

Outra teoria que foi muito questionada durante sé-


culos era o geocentrismo, teoria que diz que tudo gi-
rava em torno do planeta Terra cuja igreja afirmava
ser o centro do universo até que através de Nicolau
Copérnico e Galileu Galilei essa teoria foi perdendo
o seu valor, dando origem assim, ao heliocentrismo,
teoria que diz que a terra gira em torno do sol e não o
contrário.
Essa é uma questão realmente difícil, de se enten-
der, vamos pensar de seguinte maneira, o universo
pode ter um fim correto, mas o espaço não, quando
pensamos nisso ficamos louco porque nossa mente é
limitada a compreender algo infinito, mas veja um
exemplo simples de que o infinito existe, comece a
contar e veja até onde consegue chegar, sim, na
matemática encontramos a prova do infinito, mesmo
que os números após o nove sejam combinações dos
mesmos números a quantidade que se pode obter com
essa sequência não tem fim e se o espaço não tem fim,
onde será seu centro então? O centro seria relativo de
objeto para objeto, para mim o centro do universo sou
eu porque tudo se expande ao meu redor assim como
para o nosso planeta o centro seria ele, e se a cosmo-
logia nos diz que tudo está girando sobre outras forças
gravitacionais, quem pode provar que tudo realmente
não esteja se movendo em torno do nosso planeta
também? E realmente complicado quando a ciência
entra em conflito com a religião, graças ao tempo,
hoje ambas parecem caminhar de mãos dadas, a única
diferença são suas teorias, a ciência baseada nos ex-
perimentos e a religiosa baseada na intuição e na fé.

Semelhanças

Quando paramos para nos questionar sobre essas


questões sentimos uma enorme sede na alma, tenta-
mos desesperadamente encontrar uma solução rápida
e eficiente para o problema, o que resulta em explica-
ções absurdas sobre tudo, quando se estuda teologia é
preciso paciência em primeiro lugar, sentir se
relaxado com o pensamento voltado para dentro de si
mesmo, procurando respostas em seu consciente do
que parece mais correto ou não.
No fundo, cada ser humano pensa e sente Deus de
uma forma diferente, isso devido aos profetas e as re-
ligiões que falamos no capítulo anterior, mas teriam
muitas diferenças ou são apenas formas diferentes
para um mesmo caminho?
No hinduísmo acredita-se que a salvação ou
moksha é alcançada pelo homem quando ele aban-
dona todo seu egocentrismo e passa a trabalhar não
para colher seus frutos e sim para sair do ciclo de re-
nascimento e morte chamado samsara, seu trabalho
deve ser fruto da ação voltada para o bem da humani-
dade, já no budismo o homem deve evitar toda forma
de prazer que no final acaba em sofrimento e que atra-
vés dessa doutrina de uma vida de rejeição contra to-
dos os prazeres humanos se alcança o nirvana, já no
cristianismo existe a mesma filosofia de vida, mas é
chamada de reino dos céus, onde todo ser humano
pode alcançar em vida ou morte se pôr em prática os
ensinamentos de Deus e Cristo.
São apenas palavras diferentes para um mesmo sen-
tido, sentido que esse pode ser alcançado por qualquer
ser humano quando se há vontade e determinação.
Busque a Paz
Comece seu dia sempre agradecendo, independente
de como for a sua vida, o valor da existência não está
no plano físico como acreditamos, não que você não
deva usar os objetos materiais para seu bem, mas não
precisa ser escravizado por eles, permita que todos os
seus desejos carnais desapareçam, dando lugar a uma
tranquilidade absoluta.
Tente sentir felicidade pelo simples fato de existir,
e acredite, essa é a maior dádiva que Deus poderia ter
dado ao homem. Retire todo ressentimento de seu co-
ração e perdoe todas as pessoas que um dia lhe fize-
ram algum mal, é preciso o perdão para atingir essa
meta, mesmo porque não somos perfeitos e comete-
mos erros com as pessoas também, vai praticando es-
sas sensações todos os dias, escolhe alguns dias para
uma meditação, quando meditar, tente tirar da cabeça
todos os problemas do cotidiano da vida, comece a
desejar de coração o bem para todas as pessoas no
mundo, inclusive seus inimigos, se for capaz de reali-
zar esses mandamentos todos os dias, com certeza
sentira essa sensação que essas filosofias de vida nos
ensinam, e acreditem, isso é verdadeiro e o senti-
mento é maravilhoso.
O Maior Profeta

Jesus, segundo relatos históricos era um carpinteiro


com uma extrema inteligência e percepção sobre a
vida e Deus, isso não quer dizer que ele seja um ser
sobrenatural enviado por Deus para nos salvar, como
eu disse, até mesmo ele duvidou da existência de
Deus no auge de sua dor, mas vamos deixar essa his-
tória de lado e pensar em seus ensinamentos, pois ne-
nhum dos profetas de que falamos foi tão generoso na
arte de amar e de ensinar as pessoas a viverem uma
vida feliz e sem sofrimento. Jesus nos ensina que o
maior mandamento de todos é amar a Deus sobre to-
das as coisas, este é um verdadeiro mandamento, pois
se viemos de Deus e tudo que existe vem dele, deve-
mos ter gratidão a Deus acima de tudo em nossas vi-
das, depois Cristo nos ensina a amar os outros como
a si mesmo, essa é a famosa regra de ouro, não fará
ao próximo o que não queres que façam a ti mesmo,
isso me parece também uma lei absoluta, infelizmente
poucas pessoas a põem em prática.
Jesus nos ensina que devemos viver uma vida sim-
ples e encontrar felicidade em Deus e nas pequenas
coisas, para ele, o verdadeiro tesouro que um ser hu-
mano pode encontrar e acumular é o sentimento de
paz interior e de harmonia com Deus, quando Jesus
sabia que seria entregue as autoridades acusado de
blasfêmia contra os judeus, ele se retirou e pediu a
Deus que afastasse dele aquele cálice, mas que fosse
feita a vontade de Deus e não a dele, quando vieram
capturar Jesus iniciou-se uma reação de alguns discí-
pulos, mas Jesus conteve a fúria de seus seguidores
no mesmo instante, entregando-se para os seus acusa-
dores. Após ser condenado e crucificado, Jesus deu
um último suspiro e entregou sua vida e seu espírito a
Deus, e mesmo após ter passado tudo o que passou
mandou Deus perdoar os seres humanos porque eles
não sabiam o que estavam fazendo, seja pela vontade
de Deus ou não, Jesus nunca tentou uma reação ao ser
reprimido, porque acreditava que quem controlava
suas escolhas era Deus e não ele mesmo.
Se com um exemplo como o de Jesus Cristo, que
deu a vida para salvar toda a humanidade perante
Deus, nós vivemos em um mundo caótico e egoísta,
imaginem se não tivéssemos esse exemplo de fé? É
evidente que as religiões usam o nome de Jesus e até
mesmo de Deus para conquistar fortunas enormes
sendo que o próprio Jesus nos ensinou que a riqueza
de nada serve ao homem, do que adianta ganhar o ho-
mem o mundo todo se perder sua alma, sem contar o
fato que ele nasceu em uma manjedoura, dando o
maior exemplo de humildade.
De todos os mestres da vida, Jesus foi realmente o
maior exemplo de amor e compaixão. Muitas religi-
ões e pessoas acreditam que no dia do juízo final Je-
sus voltará a Terra para separar as pessoas boas, das
pessoas más e as levar para o paraíso.

Encontrando Deus

Não importa qual religião você siga e nem qual


culto frequenta. O mais importante quando se quer al-
cançar Deus e através dos sentidos que estão dentro
de você. Deus é único, mas ao mesmo tempo é pes-
soal para cada ser humano, de acordo com suas ne-
cessidades e estilo de vida. O mais importante de tudo
isso é que você acredite em um Deus, muitas pessoas
no mundo se consideram ateus, atribuem toda a exis-
tência da vida as leis da física, Stephen Hawking, fa-
moso cosmólogo americano, passou toda sua vida
tentando elaborar uma suposta fórmula ou teoria que
explicasse todo o universo, quando percebeu que isso
era impossível, atacou a filosofia, única ciência que
realmente pode se chegar a uma conclusão mais evi-
dente sobre Deus. Disse ele que a filosofia estava
morta e que pelo fato de existir uma lei como a gravi-
dade, nós não precisaríamos de um Deus, ou se ele
existisse, não alterava em nada a vida das pessoas.
Milhares de pessoas no mundo todo são curadas pela
fé todos os dias, a fé traz alegria, paz de espírito e
tranquilidade a todo ser humano que acredita que so-
mos apenas poeira no universo infinito.
Muitas dessas pessoas que se curam, acreditam que
Deus as curou, mas na verdade, a fé delas próprias
que as curaram, mas a fé é um atributo que vem de
Deus, todos nós temos a capacidade de acreditar em
algo e ninguém tem o direito de achar que você esteja
errado seja lá em que você acredite, sendo uma fé ba-
seada no amor.

Nós e a Vida

Observe o céu em uma noite limpa de inverno em


um local com ausência de luz, perceba o tamanho e o
número de astros que conseguimos enxergar, e tudo
isso que vemos é somente nossa galáxia, agora ima-
gine se poderíamos ver tudo como seria? Muitas teo-
rias nos dizem que há outros planetas e outras formas
de vida no universo, é bem provável que sim, mas até
agora nunca houve uma prova verdadeiramente cien-
tífica e se essa hipótese é verdadeira ou não, então
tente imaginar o quanto especial você é e o quanto
Deus quer te ver feliz! Somos os únicos seres capazes
de mudar tudo ao nosso redor, infelizmente fazemos
isso de forma trágica na maioria das vezes e com o
passar do tempo, o homem está destruindo todo o
meio ambiente e se prendendo ao materialismo.
A cada dia que se passa, esse processo não parece
ter fim. Mas acredite! Essas pessoas não sabem o que
é a verdadeira felicidade, porque atribuem suas vidas
ao que elas podem comprar e muitas vezes até resu-
mem ser felizes através de outras pessoas, muitos ca-
sais se amam por interesse ou posse e não pelo verda-
deiro significado do amor, se você é uma delas, saiba
que pode mudar sua vida a qualquer segundo, talvez
você esteja se sentindo triste agora, mas acredite, se
você seguir os ensinamentos de Jesus, Buda, Krishna
e outros mestres da vida e procurar estudar mais sobre
essas filosofias de vida e sobre esses mestres na arte
de viver, sua vida vai mudar radicalmente e você vai
se sentir feliz independente de como sua vida for.
Ter alguém ou algum objeto qualquer já não vai
mais fazer tanto sentido em sua vida. Procure viver
sua vida com paz e amor em seu coração e nunca se
esqueça que a caridade é a forma mais pura, sublime
e bela de agradar a Deus e as pessoas.
Seja altruísta e reserve um tempo de sua vida para
ajudar alguém que esteja realmente precisando. Hoje
em dia, temos centenas de amigos em nossas redes
sociais e até na vida real, mas quando surge uma do-
ença, um desemprego ou qualquer outro contratempo,
acredite, você vai contar nos dedos de uma só mão as
pessoas que lhe darão uma ajuda. Por isso, valorize
sua família, desde de que seja uma família com bons
costumes e todos que realmente se importam com
você, quando estiver com alguma dificuldade ore e
converse com Deus e sinta-se tranquilo! Aos poucos,
virão pensamentos bons como resposta de como você
têm que agir para enfrentar seus problemas, Deus fala
conosco através de pensamentos, basta você querer
escutá-lo, abrindo sua mente e coração.

Gratidão

Observe a natureza! Seu perfeito equilíbrio! A be-


leza e simplicidade de um jardim florido, o canto das
aves, veja a complexidade que existe na criação, é im-
possível alguém acreditar que tudo isso é obra de um
acaso e que somente as leis da física podem explicar
toda sua existência, a maioria dos físicos de sucesso
acreditavam fielmente em Deus, creio que quase to-
dos, talvez as pessoas que não acreditam nunca pas-
saram por um problema onde a única alternativa seja
a fé, por isso elas acreditam ser desnecessário acredi-
tar em um ser Superior. Veja a imensidade do uni-
verso, é incalculável para o homem saber o quanto o
universo é infinito e o número de astros que existem
nele, e nós seres humanos, somos egocêntricos, cruéis
e cheio de maus desejos, quando na realidade, somos
apenas um grão de areia perante o cosmos.
Vivemos mais para agradar as pessoas sendo o que
não somos do que viver uma vida plena e em paz
sendo o que realmente somos, porque na verdade, não
significamos nada no universo e ao mesmo tempo sig-
nificamos tudo, você faz parte de toda essa criação,
tudo vive em harmonia e você teve a felicidade de vir
parar aqui, já tentou imaginar como seria se nunca ti-
vesse nascido e presenciado toda essa beleza da cria-
ção? Muitas vezes reclamamos sobre nossas vidas
quando deveríamos estar agradecendo, em alguns pa-
íses infelizmente não há nem o que comer para as pes-
soas e sabe qual a diferença delas entre nós? Isso sim
eu chamo de acaso, não existe diferença, eu ou você
poderíamos estar em uma tribo miserável na África e
uma criança africana poderia estar em nosso lugar,
isso é um acaso, portanto sejamos sempre gratos por
tudo que Deus nos dá gratuitamente e vamos tentar
sempre nos colocar no lugar das pessoas quando re-
solvemos tomar alguma atitude insensata, pois o mal
que causamos volta para nós, cedo ou tarde! É a lei
do carma. Às vezes inconscientemente você esteja so-
frendo sem saber o motivo, e pode ser que você tenha
errado com alguém e se sinta culpado por isso. Pri-
meiro perdoe a si mesmo, todos erramos, qual outra
forma de aprender que erramos sem cometermos o
erro? Por isso devemos sempre perdoar, porque pre-
cisamos do perdão também, sinta-se bem e alegre, tire
de seu coração todo ódio, ressentimento, orgulho, vai-
dade e ambição e procure encontrar a felicidade no
amor que nossos profetas nos ensinaram, com pouco
esforço e buscando a Deus todos os dias. Acredito que
sua vida irá melhorar muito e um dia sentirá essa ver-
dadeira felicidade que se chama o reino dos céus.

Deus

Tudo o que existe vem de Deus, não temos a capa-


cidade de entender porque existe a maldade, o ódio e
a ambição no mundo, creio que porque Deus nos deu
a livre escolha, acredito que temos os mesmos dons
de Deus, criamos as coisas como fomos criados, te-
mos sentimentos e transformamos o planeta Terra da
nossa maneira, talvez Deus não seja um ser que pode
fazer tudo da maneira que ele quer, talvez ele siga re-
gras também, mas e os milagres? A fé cura as pessoas,
e a fé vem de Deus, isso não significa que haja uma
intervenção divina, mas isto também não prova que
Deus não é capaz disso, mas que sentido teria a vida
e toda a criação se Deus toda hora mudasse o rumo
das coisas?
Não parece ter sentido criar tudo isso para depois
controlar os humanos como robôs, assim como tenta-
mos descobrir todas as coisas, talvez Deus também
esteja fazendo isso através de nós, o universo está ten-
tando entender a si mesmo e pode ser que nossas vi-
das enviem sinais para Deus dizendo como tudo é, ou
talvez quando morremos levamos todos esses sinais.
Nunca vamos chegar a uma conclusão exata de quem
é Deus, existem milhares de teorias, mas só existe um
lugar que você possa realmente perceber que Deus re-
almente existe: dentro de si mesmo! Não acredite no
que as pessoas falam sobre Deus para você, descubra
você mesmo, Deus é relativo para cada ser humano,
creia no que lhe faz sentido acreditar ou não, viva de
modo simples, procure felicidade nas pequenas coi-
sas, entre em harmonia com o universo e estude sem-
pre, pois a única maneira de sairmos dessa utopia cri-
ada pela mídia e pelas religiões é através do conheci-
mento sobre a verdade, a filosofia ajuda e muito sobre
isso, por mais difícil que seja a situação, acredite,
existe uma força além de sua imaginação que é capaz
de transformar todo o medo, o ressentimento e a culpa
em amor, esperança, confiança e paz. Não pense que
a busca por Deus será fácil, mas com boa vontade e
mente aberta você poderá descobrir um universo fan-
tástico através da teologia e perceber que tudo o que
somos muitas vezes é só o reflexo da cultura em que
nascemos.
No Brasil, milhares de pessoas são cristãs, mas se
alguma delas tivessem nascido na China ou Japão
com certeza a probabilidade de serem budistas seriam
maior, reflita sobre isso, muitas pessoas vão a cultos
e igrejas mas não conseguem resolver seus problemas
porque acreditam que aquele é o único caminho, mas
Deus é como uma árvore cheia de galhos onde todos
os caminhos nos levam a um único tronco, ou seja, as
religiões são diferentes e com conceitos adversos,
mas que nos levam a um mesmo Deus, não se deses-
pere se sua intenção daqui para frente for encontrar
um Deus que realmente faça parte da verdade, man-
tenha a paciência e persevere na fé, pois onde há fé a
esperança e onde há esperança existe a possibilidade
de um futuro melhor e pacífico dentro de nós mes-
mos, acredite, a busca por Deus é eterna, mas sua re-
compensa é rápida e eficaz, por isso busque sempre a
Deus, busque primeiramente seu reino, assim como
Jesus disse, buscai primeiramente ao reino dos céus e
todas as outras coisas vos serão acrescentadas e é so-
mente dentro de você mesmo que esse sentimento
pode existir.
Fim

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