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Jesus

Objetivo

 1. Entender quem é Jesus.


 2. Expor a comprovação estatística que Jesus é o Messias.
 3. Apresentar as características humanas e divinas de Jesus, bem como as etapas de sua
vida.
Introdução

 No mundo ocidental onde vivemos, é muito difícil encontrar alguém que nunca tenha
ouvido falar em Jesus.

 No entanto, tristemente, ainda há milhares de pessoas em lugares remotos do mundo que


ainda não ouviram sobre Jesus.
Quem é Jesus?

 Muito embora Jesus seja uma figura pública conhecida por muitos, há muita controvérsia
a seu respeito.
 As religiões não o negam, mas a divergência reside principalmente na interpretação
conferida a sua pessoa, ou seja, sobre quem é Jesus.
 E é justamente em relação a esta questão que surgiram as mais diferentes heresias a seu
respeito.
Heresias:

 Muçulmanos: Jesus foi um profeta, enviado com uma mensagem de Deus, mas que
morreu sem conseguir cumprir sua missão. Razão pela qual foi enviado Maomé.
 Hindus: Jesus foi um grande sábio que visitou os mosteiros na Índia durante o período
entre sua adolescência e vida adulta.
 Judeus: Jesus era um mestre da lei que se perdeu completamente nos seus ensinos e
acabou morto por cometer heresias.
 Espíritas: Jesus é um espírito superior. Alguém que, após sucessivas reencarnações,
atingiu o estado de deus.
Especulações

 As especulações, e porque não dizer heresias, a respeito de Jesus se dividem em dois


grupos principais:

 1. Há os que olham para Jesus “de baixo para cima” e acabam por favorecer seu aspecto
humano;

 2. Há olham “de cima para baixo”, privilegiando seu lado divino, passando por
interpretações como:
Interpretações:

 a. Ebionismo: que afirma a ideia de que ele era apenas homem;

 b. Docetismo: que apresentou a ideia que Jesus era aparição divina, porque se fosse
homem seria corrompido;

 c. Arianismo: Jesus foi a primeira das criações de Deus, ou seja, ele até chega a ser um
deus, mas não é como o Pai. Ele é menor e mais limitado que o Pai;
Interpretações:

 d. Apolinarianismo: defendia que Jesus era integralmente Deus, mas habitando num corpo
humano;

 e. Nestorianismo: esta doutrina defendia que havia uma completa distinção entre a
natureza humana de Jesus e a natureza divina;

 f. Eutiquianismo: trouxe o conceito de que a união das naturezas humana e divina em


Jesus resultou numa terceira natureza, nem humana, nem divina, mas híbrida.
Concílio de Calcedônia

 Bem, ao longo da história, a Igreja, tentou rebater todas as heresias. Até que para a
cristandade a questão foi resolvida em definitivo no Concílio de Calcedônia, em 451 d.C.
 Neste encontro foi definida a máxima que diz que Jesus é “verdadeiramente homem e
verdadeiramente Deus”. Jesus possuía simultaneamente e em todas as situações todas as
características divinas e humanas. Seu conhecimento era ilimitado, como Deus, e
limitado, como homem.
 O Concílio não conseguiu explicar a natureza de Cristo, mas apenas o aceitou como Ele é.
Reconhecer a Jesus como Filho de Deus é um ato de fé que ultrapassa o conteúdo
elaborado em documentos humanos, talvez seja por isso, que a pessoa de Jesus sempre
causou e causará polêmica.
Fonte da verdade: Bíblia

 O que não se pode ignorar é o que a Bíblia apresenta sobre Jesus, independente de
Concílios ou opiniões e palpites humanos.

 A Bíblia como fonte da verdade nos revela exatamente quem é Jesus, somente ela é capaz
de resolver o mistério que nossa capacidade humana e limitada não pode compreender.

 João 17.17 “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”


Profecias sobre Jesus:

 Comprovação estatística que Jesus é o Messias

 É importante frisar que Jesus não foi um acaso na história de Israel. Ele não foi um
“jeitinho” encontrado por Deus para resolver a enrascada onde o homem se colocara, nem
foi um plano alternativo, adotado apenas após todas as outras tentativas terem fracassado.

 Ao invés disso, Jesus foi e continua sendo o único plano divino para salvação do homem.
Bússula

 No capítulo sobre a Palavra de Deus já foi dito que toda a Bíblia gira em torno de Jesus.

 Ele é a bússola que guia toda a compreensão tanto do Antigo Testamento como do Novo
Testamento.
Vínculo

 Existe um vínculo muito forte entre a morte de Jesus e os rituais de sacrifício praticados
pelos israelitas no templo de Jerusalém.

 Um vínculo que não foi forçado pelos apóstolos para tentarem justificar uma nova religião,
mas que foi revelado pelo Espírito Santo como a própria razão dos sacrifícios existirem.

 A existência dos sacrifícios não é o motivo de Jesus ter que morrer, mas ao contrário, a
morte de Jesus é o motivo pelo qual os sacrifícios foram originalmente introduzidos.
Referência

 Com esta lente sobre nossos olhos, é prazeroso estudarmos o Antigo Testamento e
observar ali tantas referências sobre Cristo. Todo o conjunto de profecias sobre o messias
aponta inevitavelmente para Jesus. Nenhum outro homem é capaz de cumprir tantas
profecias. Vejamos algumas.

 A primeira referência ao salvador está em Gênesis 3.15, quando Deus amaldiçoa a


serpente e afirma que haverá um conflito entre a serpente e o descendente da mulher.
Quando a Bíblia usa o termo descendente ao invés de descendência, ela está indicando
não um povo, mas um homem específico. Este homem irá ferir a cabeça da serpente, ainda
que esta lhe fira o calcanhar.
Referência

 Centenas de anos mais tarde, Moisés declara a Israel que um profeta subiria de dentro do
povo (Dt 18.15- 18). Não seria um profeta qualquer, mas alguém que cumpriria fielmente
tudo o que o Senhor ordenasse.
 Mais algumas centenas de anos e Deus faz uma aliança com o rei Davi, prometendo-lhe
que a sua descendência possuiria o trono de Israel perpetuamente (2Sm 7.16). Aliança está
reforçada por diversas profecias que dizem que o Messias irá estabelecer e reinar sobre o
trono de Davi eternamente.
 Além de armar categoricamente que haverá um Messias, as Escrituras também nos dão
detalhes proféticos sobre a vida e morte deste Messias e que foram cabalmente cumpridas
em Jesus
Profecia

 Nascimento
 Genesis 3:15
 Gálatas 4:4

 Vida
 Isaias 9:1
 Mateus 4:12-13
Profecia

 Morte
 Salmos 41:9
 Mateus 10:4

 Ressureição
 Salmos 136:10
 Atos 2:31
Verdadeiro Homem

 A Bíblia é repleta de passagens mostrando as características humanas de Jesus, e sua


humanidade inclusive, é a característica mais aceita entre os homens que buscam apenas
o Jesus histórico, assim, eliminam de Jesus seu lado divino apresentado pelos Evangelhos
sobre o verdadeiro Jesus, bem como seus:

 milagres,
 sua ausência de pecado
 e ressurreição.
Características humanas: uma vida como
qualquer outra
 Desde seu nascimento até sua morte, Jesus demonstrou por diversas vezes características
humanas, sentimentos humanos, ações e reações humanas.

 A Bíblia nos mostra que Jesus:

 a. Teve um nascimento humano: não houve forma sobrenatural

 b. Teve um desenvolvimento humano. Os poucos relatos sobre a infância de Jesus


mostram que ele cresceu e se desenvolveu como qualquer outra criança.
Características humanas: uma vida como
qualquer outra
 c. Teve limitações humanas: O corpo de Jesus apresentava os mesmos sinais físicos que
todos os outros humanos.

 Ele cansou;
 teve sede;
 teve fome;
 teve fraqueza;
 e até dormiu;

 d. Morreu: Nada mais humano do que morrer


Características humanas: uma vida como
qualquer outra
 Além do corpo humano, Jesus possuía uma alma humana:

 a. Teve sentimentos.
 Ele se angustiou;
 se entristeceu;
 se surpreendeu;
 teve compaixão;
 indignação;
 irou-se.

 b. Tinha conhecimentos limitados. Apesar de que em algumas situações, ele pode ter
apenas sugerido essa limitação, como forma de empatia.
Características humanas: uma vida como
qualquer outra
 Finalmente, as pessoas (e ele próprio) o consideravam como humano.

 a. Seus vizinhos em Nazaré sabiam com certeza quem Ele era, pois conheciam sua família.

 b. Ele foi chamado de homem e chamou a si mesmo de homem.


Impecabilidade
 Como homem, Jesus cumpriu toda a Lei. Isso implica dizer que ele era humanamente e
moralmente perfeito, ou seja, não tinha pecado algum.

 A Bíblia arma claramente a impecabilidade de Jesus em várias passagens:


 Jo 8.46 (quem me convence de pecado?);
 2Co 5.21 (aquele que não conheceu pecado);
 Hb 4.15 (em tudo tentado, mas sem pecado);
 Hb 9.14 (ofereceu imaculado);
 1Pe 1.19 (cordeiro sem defeito, sem mácula);
 1Pe 2.22 (não cometeu pecado);
 1Jo 3.5 (nele não há pecado).
A importância de que Jesus seja totalmente
homem
 a. Para possibilitar uma obediência representativa. Paulo traça um paralelo entre Adão
e Cristo. As tentações no deserto também podem fornecer um paralelo entre os dois. Ao ser
obediente em tudo ao Pai, ele pode ser o representante que Adão não foi para cada um de
nós.

 b. Para ser um sacrifício substitutivo. Se não fosse humano, Jesus não poderia nos
substituir na cruz.

 c. Para ser o nosso padrão de vida. O Novo Testamento é repleto de passagens


mostrando Jesus como nosso alvo, nosso modelo último de vida a ser seguido.
Verdadeiro Deus

 A comprovação da divindade de Jesus pode ser obtida de várias formas.

 As afirmações da divindade de Jesus

 Muitos afirmam que a ideia de que Jesus fosse Deus foi elaborada tardiamente pelos
discípulos, sendo que o próprio Jesus nunca afirmou claramente que fosse Deus.
Entretanto, os evangelhos mostram claramente que a postura e as palavras de Jesus
apontam claramente em direção à sua divindade.
As afirmações da divindade de Jesus

 a. Jesus afirmou que era igual ao Pai. “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30-33); “meu Pai
trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17-18).

 b. Jesus aceitou adoração. A Bíblia é muito clara em afirmar que a adoração deve ser
dada apenas a Deus. Entretanto, Jesus aceita abertamente a adoração a Ele. As canções do
Apocalipse mostram como Jesus de fato é digno de todo louvor e adoração.
As afirmações da divindade de Jesus

 c. Jesus afirma compartilhar a honra com o Pai: “Para que todos honrem o Filho, como
honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.” (Jo 5.23)

 d. Atribui às suas palavras o mesmo peso que à Palavra de Deus. No Antigo


Testamento, a forma usual dos profetas transmitirem a palavra de Deus era começar com a
expressão: “Assim diz o Senhor”. No entanto, Jesus não apenas nunca utilizou esta forma
de expressão, como teve a autoridade para dizer “Eu, porém, vos digo”.
As afirmações da divindade de Jesus

 e. Usou diretamente o nome de Deus. Durante a discussão entre Jesus e os fariseus


registrada em Jo 8.21-59, Jesus deliberadamente utiliza por três vezes a forma em grego
do nome sagrado de Deus (YHWH) registrada em Ex 3.14.

 f. Foi condenado por dizer que era Deus. Durante seu julgamento, Jesus foi questionado
se era o não o Messias.
Atributos divinos de Jesus

 Além das palavras de Jesus, seus atos também demonstram sua divindade. Ele
compartilhava com o Pai atributos divinos.

 1. Onipotência: Jesus demostrou seu poder para realizar todas as coisas quando, por
exemplo, acalmou o mar, multiplicou pães e peixes, transformou água em vinho, e
ressuscitou pessoas.

 2. Onisciência: Jesus demonstra um conhecimento sobre-humano como o conhecimento


que tinha de Pedro; a Sua descoberta de Filipe; seu reconhecimento de Natanael; a mulher
samaritana; as pescas maravilhosas; a morte de Lázaro; o jumentinho; o cenáculo; a
negação de Pedro; a forma como Ele morreria; a forma como Pedro morreria; a queda de
Jerusalém. Também sabia quem creria nele e quem o trairia.
Atributos divinos de Jesus

 3. Soberania: A soberania de Jesus é demonstrada na sua autoridade tanto para perdoar


pecados como para mudar a Lei. Também tem autoridade sobre o sábado e sobre o destino
dos homens.

 4. Imortalidade: Jesus afirma que a vida que Ele possui é da mesma natureza que a vida
do Pai. Além disso, Ele tem poder pleno sobre sua própria vida, tanto para dá-la como para
retomá-la.
O estado de Cristo

 O conceito de estados de Cristo está relacionado às etapas da vida de Cristo como homem,
ou ao relacionamento dele com a Lei.

 Assim, pode-se afirmar que Jesus passou por dois estados:

 humilhação, quando ele deixou sua glória e como homem se sujeitou à Lei;

 exaltação, quando ele termina sua missão e recupera sua glória inicial com o Pai.
O estado de humilhação

 O estado de humilhação abrange toda a vida na terra de Jesus, do seu nascimento até sua
morte na cruz.

 Neste estado os seguintes elementos podem ser observados:

 1. Encarnação. O primeiro estágio da humilhação está na sua encarnação. Ainda que seja
mais usual dizer que Jesus nasceu, o mais correto é dizer que ele encarnou, pois Ele
sempre existiu.
O estado de humilhação

 2. Nascimento virginal. A Bíblia atesta ricamente o nascimento virginal de Jesus, tanto no


Antigo Testamento como no Novo. No Antigo Testamento vemos passagens como Gn 3.15
sobre o descendente da mulher, e não do homem ou do casal, e mais claramente em Is 7.14,
que afirma claramente o nascimento virginal. No Novo Testamento o nascimento virginal é
descrito

 3. Vida Guiada pelo Espírito Santo. Ao longo de toda a sua vida Jesus foi constantemente
guiado pelo Espírito Santo. As Escrituras relatam que Ele foi gerado pelo Espírito; ungido
pelo Espírito; conduzido à tentação; levado à cruz; ressuscitado pelo Espírito; fortalecido
para realizar.
O estado de humilhação

 4. Morte. As diversas passagens que falam sobre a morte de Jesus e principalmente seu
sentido e propósito permitem entender que a morte de Jesus foi:

 a. uma provisão. O próprio Deus forneceu uma forma e um caminho para a salvação dos
homens.

 b. um exemplo. O sofrimento e morte de Jesus servem como exemplo a todos os cristãos,


de que, ainda que estejam sobre a boa mão de Deus, como Jesus estava, a vida cristã irá
exigir sacrifícios.
O estado de humilhação

 c. um resgate. Em várias passagens a morte de Jesus está associada à palavra grega anti,
expressando a ideia de “substituição, resgate, preço, em lugar de, câmbio”.

 d. um ato de obediência. A morte de Jesus, ainda que voluntária, foi um ato de obediência
a Deus e à Lei. Ele afirma que veio para cumprir a Lei, e não para anulá-la e sua morte
demonstra o perfeito cumprimento da Lei.

 e. uma oferta sacrificial. Tendo recebido sobre si a culpa pelo pecado, Jesus acrescenta a
purificação do pecado. Jesus sofre a pena pelo pecado, mas Jesus também remove o
pecado do homem, e, ao fazê-lo, restaura a condição de amizade entre o homem e Deus.
O estado de Exaltação

 O estado de exaltação de Cristo tem início na sua ressurreição e perdura por toda a
eternidade. Neste estado estão incluídas sua ressurreição, ascensão, sessão ao lado do
Pai e segunda vinda.

 1. A ressurreição. A ressurreição é o pilar central da fé cristã, até mais do que a morte


de Jesus. Fomos efetivamente aceitos e perdoados por Deus pela cruz, mas a ressurreição é
a confirmação dela. Na ressurreição temos a confirmação de que:

 a. O sacrifício de Jesus foi aceito por Deus. Os apóstolos usaram a ressurreição para
atestar a autoridade de Jesus e o perdão dos pecados.
O estado de Exaltação

 b. Mostra a vitória de Jesus sobre a morte. Nenhuma religião declara qualquer tipo de
vitória sobre a morte, exceto o cristianismo, e isso em função da vitória de Jesus sobre a
morte.

 c. Nos dá esperança de vitória. Aplicada a nós, a ressurreição de Cristo fornece a


esperança de que nós também, um dia, seremos transformados e venceremos a morte.
O estado de Exaltação

 2. A ascensão. A ascensão de Jesus, ou seja, seu retorno ao Pai, é registrada com muito
menos ênfase do que sua ressurreição. Naturalmente, a ressurreição é muito mais
importante do que a ascensão, mas o retorno de Jesus a Deus era necessário para que
outros eventos pudessem ocorrer.

 3. A sessão de Cristo. Após sua ascensão, a Bíblia afirma que Jesus se assentou à destra
de Deus. Esse fato é denominado pelos teólogos como a sessão de Cristo. Há várias
passagens que afirmam claramente que Jesus está, hoje, à destra de Deus, um lugar que
indica honra e autoridade.
O estado de Exaltação

 4. A segunda vinda. O salmo 110 descreve tanto a sessão de Cristo, afirmando seu
governo e autoridade, como o momento final da História, quando efetivamente “todos os
inimigos forem postos debaixo dos teus pés”.

 A Bíblia não apenas afirma claramente a sua segunda vinda como também exorta os
cristãos a aguardarem ansiosamente pelo Seu retorno.

 Nesse momento, o mundo será dividido. De um lado, aqueles que estavam aguardando
ansiosamente o tocar da trombeta e a visão do cavalo branco de Cristo. Do outro os que
perceberão, naquele instante, que estão perdidos.
 Obrigada pela atenção!!!

 Deus Abençoe!!!

 Juliana Rabelo

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