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O que é o Julho das Pretas?

O Julho das Pretas é um movimento que


garante um espaço de luta e fala para as mulheres pretas na sociedade
brasileira. Sua agenda de atividades resgata as participações sociais e
históricas das mulheres, de forma a terem contribuído para o cenário político,
acadêmico, cultural, entre outros. O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-
Americana e Caribenha foi instituído pela Organização das Nações Unidas
(ONU) e teve origem durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-
Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República
Dominicana, em 1992. No dia 25 de julho se comemora o Dia Internacional da
Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha em homenagem a luta e a
resistência das mulheres negras. No Brasil, a data também é uma homenagem
à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século
XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê. Segundo
documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, incluindo
indígenas. Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de
Parlamento e de um sistema de defesa. Tereza foi morta após ser capturada
por soldados.
No Paraná temos uma Agenda realizada pela Rede de Mulheres Negras
– PR, que organiza uma programação com dez atividades centradas no
protagonismo e na luta da mulher negra.
O Julho das Pretas de 2023 promove uma série de debates, rodas de
conversa, apresentações artísticas, diálogos, lançamentos, encontros e
homenagens pelo Estado. 
Este ano, o Julho das Pretas tem como tema “Pretas pela democracia”
e visa ressaltar “a saúde, o direito da comida na mesa, a luta política, o
pertencimento, a ancestralidade, a escuta, o acolhimento, o respeito às vidas
LGBTQIA+, a religião e o direito à educação”. 
De acordo com a RMN -PR, as ações foram organizadas de forma
descentralizada a fim de ocupar novos espaços e atingir mais pessoas. 
A agenda da 11ª edição do Julho das Pretas tem início na próxima
sexta-feira (30) e vai até o dia 29 de julho, com atividades que acontecem, na
maioria das vezes, aos sábados. A homenageada de 2023 será IALORIXÁ
IYAGUNÃ DALZIRA, personalidade do movimento negro no Paraná.
Dalzira Maria Aparecida, conhecida como Iyagunã Dalzira, é Ialorixá e
sacerdotisa do terreiro Ile Aseo Juboogun, em Piraquara, Região Metropolitana
de Curitiba (RMC). Ela será a homenageada do Julho das Pretas de 2023. 

Programação julho das Pretas


Pretas Acadêmicas  - Data: 30/06 (sexta-feira) às 19h 
Reitoria UFPR – Anfiteatro 100, Prédio D. Pedro I. Rua Gal Carneiro, 460. 
Pretas Acadêmicas - Data: 01/07 (sábado) às 08h
Reitoria UFPR – Anfiteatro 100, Prédio D. Pedro I. Rua Gal Carneiro, 460. 
Mesa: “Julho das Pretas na UFPR”
Mesa: “Pretas pela democracia” às 13h30 
Feira de Afro-empreendedorismo - Pátio Reitoria UFPR

Abertura do Julho das Pretas


Data: 01/07 (sábado) das 15h às 20h - Local: Vila Torres
Participantes: Iyagunã Dalzira Maria Aparecida – Ile Ase Ojubo Ogún – doutora
em Educação/UFPR; Thais Souza – Coordenadora Executiva da Rede de
Mulheres Negras – PR (RMN-PR) e Bloco Pretinhosidade.

Data: 15/07 (sábado) das 18h às 20h30  - Local: Memorial de Curitiba 


1ª Mesa: às 18h – Homenagem à Iyagunã  
Participantes: Iyagunã Dalzira Maria Aparecida – Ile Ase Ojubo Ogún – doutora
em Educação/UFPR; Angela Martins – Sócia fundadora da Rede de Mulheres
Negras – PR (RMN-PR). Mediação: Thais Souza – Coordenadora Executiva da
Rede de Mulheres Negras – PR (RMN-PR).
2ª Mesa: às 19h – Relançamento do livro Relatos no Palco da Vida 
Participantes: Equipe de trabalho do projeto. Mediação: Ivanete Xavier 

2ª Festival Afrolatino Tereza de Benguela


Data: 22/07 (sábado) das 09h às 18h 
Local: Estação Ferroviária de Paranaguá

Feira Afro da Zumbi 


Data: 23/07 (domingo) das 14h às 18h
Local: Praça Zumbi dos Palmares. Pinheirinho. 
Várias atrações culturais

Mulheres Sagradas – 3º Ato 25 de Julho (o ato será cancelado em caso de


chuva) Data: 25/07 das 19h às 20h30  
Local: Descer a ladeira do Largo da Ordem em ato. 
Participantes: Pretinhosidade, Marcha do Orgulho Crespo e Baque Mulher.

4ª Arraiá das Pretas - Data: 29/07 (sábado) das 14h às 20h


Local: ACNAP – Rua Francisco José Lobo, 214. Sítio Cercado. 
Mesa de abertura: RMN-PR e ACNAP  
Evento para associadas. Traje: Caipira. 

1° Ato de união reafirmando o espaço do Julho das Pretas


Data: 29/07 (sábado) das 16h às 20h
Local: Faísca – Feira Agroecológica de Inclusão Social, Cultura e Artes – Av.
Ângelo Moreira da Fonseca, 5030, Umuarama. Ao lado do Sesc. 
Violência e invisibilidade
A mulher negra é, ainda hoje, a principal vítima de feminicídio, das violências
doméstica e obstétrica e da mortalidade materna, além de estar na base da
pirâmide socioeconômica do país.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que produz o Anuário
Brasileiro de Segurança Pública, confirmam essa triste realidade. Das 1.341
mulheres vítimas de feminicídio em 2021, 62% negras. Já nas demais mortes
violentas intencionais, 70,7% são negras e apenas 28,6% são brancas.
Conforme o levantamento, demais estudos ainda devem ser realizados para
aprofundar o fenômeno, entretanto, levanta-se a hipótese de que as
autoridades policiais enquadram menos os homicídios de mulheres negras
como feminicídio.

ATRAÇÕES DA ZUMBI DIA 23 JUL 2023

Slam da Zumbi – 14:10 – 15:00


O Slam da Zumbi no dia 23 Julho, terá com a presença de Samuka, a qual
terá o orgulho de apresentar as Slammers: Rosane Arminda, Preta
Macário, Céu Aires e Nicklaine Rodrigues.

Quadrilha 15:00 - 15:45

A Quadrilha será formada pelo Afroempreendedores e seus convidados, e


pessoas da comunidade que queiram participar, então nesse dia venham
a caráter, pra fazer Parte da Quadrilha Julina das Pretas

Julia Thomaz 15:50 – 16:30

Leo Fé e Batucada Reza – 16:40 – 17h40h

Quadrilha 17h 40 - 18h

A Quadrilha será formada pelo Afroempreendedores e seus convidados, e


pessoas da comunidade que queiram participar, então nesse dia venham
a caráter, pra fazer Parte da Quadrilha Julina das Pretas

Os historiadores apontam que as origens da festa junina estão


diretamente relacionadas a festividades pagãs realizadas na Europa na
passagem da primavera para o verão, momento chamado de solstício de
verão. Essas festas eram realizadas como forma de afastar os maus espíritos e
qualquer praga que pudesse atingir a colheita. Para melhor entendermos isso,
é preciso considerar que o solstício de verão no hemisfério norte acontece
exatamente no mês de junho.
No Brasil, a Festa Junina foi adaptada para homenagear três santos
católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro, a festa é marcada por danças
típicas, como a quadrilha, e comidas tradicionais, como o milho cozido e a
canjica.
A decoração é caracterizada por bandeirinhas coloridas e fogueiras.
A Festa Junina é uma tradição muito forte no Nordeste do Brasil, mas
também é celebrada em outras regiões do país; Além das festas populares,
também há eventos juninos em grandes cidades, como shows e festivais de
gastronomia.
A Festa Junina é uma forma de valorizar a cultura popular brasileira e
manter viva as tradições do passado, e o aculturamento das variadas etnias
que compõe a sociedade; os indígenas inserem nessa tradição as fogueiras, os
africanos escravizados incorporam nessa festividade o batuque e o ritmo. E no
Brasil é um festejo que se estende pelo mês de Julho também e aproveitamos
para brincar com a tradição brasileira.

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