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Escola Estadual Governador Júlio Strubing Müller

São Bernardo
Graciliano Ramos

Mato Grosso
2022
Escola Estadual Governador Júlio Strubing Müller

São Bernardo
Graciliano Ramos

Trabalho sobre o livro São Bernardo


Livro escrito por: Graciliano Ramos
Apresentado como trabalho bimestral
de língua portuguesa.

Integrantes do grupo:
Jonathas Brandão Felix Marques
Jennifer rodrigues de lima
Érika da silva ramalho
Esther Gabrielly Oliveira da Silva
Jeniffer Francisca de Jesus

Mato Grosso
2022
Resumo da história e personagens citados

Personagens principais da história:

Paulo Honório
Protagonista da história. Frio e violento, Paulo Honório teve
uma relação peculiar com aqueles que o rodearam.

Margarida
Negra, doceira, ajudou a criar Paulo Honório quando era
pequeno.

Madalena
Professora, casou-se com Paulo Honório e foi viver com ele
em São Bernardo.

Glória
Tia de Madalena, esposa de Paulo Honório, mudou-se com
o casal para São Bernardo.

Ribeiro
Contador e guarda-livros de Paulo Honório. Teve um
passado abastado, era feliz, culto, justo, fora considerado
major, mas acabou perdendo tudo.
Luís Padilha
Herdeiro da fazenda São Bernardo, embora sem qualquer
talento para mantê-la. Acabou se afundando em dívidas e
perdendo a propriedade para Paulo Honório.

Mendonça
Foi assassinado por Paulo Honório (quem de fato executou
o crime foi o guarda-costas Casimiro Lopes).

Azevedo Gondim
Jornalista amigo de Paulo Honório.

Casimiro Lopes
Fiel guarda-costas de Paulo Honório, descrito com
“corajoso, laçá, rasteja, tem faro de cão e fidelidade de
cão.”
Resumo da obra:

Criado por uma negra doceira, Paulo Honório foi um


menino órfão que guiava um cego e vendia cocadas
durante a infância para conseguir algum dinheiro. Depois
começou a trabalhar na duro na roça até os dezoito anos.
Nessa época ele esfaqueia João Fagundes, um homem que
se envolve com a mulher com quem Paulo Honório teve sua
primeira relação sexual. Então é preso e durante esse
período aprende a ler com o sapateiro Joaquim. A partir de
então ele passa somente a pensar em juntar dinheiro.

Saindo da prisão, Paulo Honório pega emprestado com o


agiota Pereira uma quantia em dinheiro e começa a
negociar gado e todo tipo de coisas pelo sertão. Assim, ele
enfrente toda sorte de injustiças, fome e sede, passando
por tudo isso com muita frieza e utilizando de meios
antiéticos, como ameaças de morte e roubo. Após
conseguir juntar algumas economias, retorna a sua terra
natal, Viçosa, com o desejo de adquirir a fazenda São
Bernardo, onde tinha trabalhado.

Para tanto, Paulo Honório inicia uma amizade falsa com


Luís Padilha, herdeiro de São Bernardo. Luís era um moço
apaixonado por jogo, mulheres e bebida, e aos poucos
Paulo consegue conquistar a confiança dele. Inexperiente,
Luís Padilha começa a financiar projetos que não trarão
sucesso incentivado por Paulo Honório, que fazia tudo isso
com a intenção de fazer Luís Padilha ficar falido
financeiramente. Tendo sucesso em seu plano, Paulo
consegue comprar a fazenda São Bernardo por um preço
irrisório.
Com a ajuda de seu amigo Casimiro Lopes, Paulo Honório
manda matar Mendonça, fazendeiro vizinho, e consegue
expandir os limites das terras da São Bernardo. Através de
empréstimos bancários, investe em máquinas e na
plantação de algodão e mamona. Para escoar seus
produtos, Paulo Honório constrói estradas e passa a se
dedicar cada vez mais ao trabalho. E, para conseguir obter
tudo isso, ele comete as maiores injustiças e utiliza de
todos os meios que puder, garantindo impunidade através
de uma grande rede de relacionamentos. Seus ajudantes
são: Gondim, o jornalista local; o padre Silvestre; e o
advogado Nogueira, que manipula os políticos locais.

Com a fazenda em ótima situação, Paulo Honório contrata


o Seu. Ribeiro para cuidar das contabilidades, contrata Luís
Padilha como professor e constrói uma escola para
alfabetizar os empregados e agradar ao governador do
Alagoas. Além disso, manda buscar a negra doceira que o
havia criado, a velha Margarida, arranjando moradia para
ela na São Bernardo.

Um dia Paulo Honório percebe que precisa de um herdeiro


para suas ricas terras e por conta disso resolve se casar.
Pensa nas filhas e irmãs de seus amigos, mas nenhuma lhe
agrada. Então, um dia conhece a professora primária
Madalena na casa do juiz Magalhães. Da mesma forma
determinada como conseguiu obter e administrar sua
propriedade, Paulo Honório convence Madalena a se casar
com ele.

Após o casamento a moça e sua tia Glória mudam-se para a


fazenda e o rico fazendeiro vai percebendo que a rotina na
São Bernardo começa a se alterar. Madalena se interessa
pela vida dos empregados e dá opiniões sobre as condições
precárias do professor Padilha, exigindo a compra de
materiais escolares. Além disso, ela passa a dividir as
tarefas de escrituração com Ribeiro.

Paulo Honório, que imaginava Madalena como uma mulher


frágil e normalista, incomoda-se profundamente com o
comportamento da moça e então começam as brigas do
casal, que evidenciam a personalidade violenta do
fazendeiro. Não conseguindo dominar a mulher como
controlava todos, Paulo Honório se torna cada vez mais
agressivo com todos e revela um ciúmes excessivo. Mesmo
o nascimento do filho não ameniza o ciúmes que sente de
Madalena e suas desconfianças de traição.

Certa noite, o juiz Magalhães visita o casal e conversa


animadamente com Madalena. Isso deixa Paulo Honório
com mais ciúmes ainda e ele fica se atormentando durante
a madrugada imaginando o prazer que um intelectual
poderia despertar na esposa. Comparando-se ao juiz,
sente-se bruto e inculto e chega à conclusão de que a
traição era inevitável e Madalena grosseiramente.

No dia seguinte Paulo Honório vê a esposa muito abatida


escrevendo uma carta direcionada a Azevedo Gondim e
novamente se descontrola exigindo explicações. Ela então
rasga a carta e o chama de assassino. Depois, ele se
arrepende do que fez, mas não esquecendo o insulto
recebido, convenceu-se de que Padilha havia contado algo
para Madalena e resolve expulsá-lo. Porém, o professor diz
que é fiel e obediente a Paulo Honório e que ela deve ter
ouvido as histórias por meio da população local.

E assim Paulo Honório vai ficando cada vez mais paranoico


em relação a suposta infidelidade da mulher e se torturava
ao som de passos imaginários durante a noite e outros
delírios. Enquanto isso, Madalena sofria e sua solidão só
aumentava, sentindo-se humilhada e sem dignidade. Por
fim, perde o interesse pelo próprio filho.

Um dia Paulo Honório, ao contemplar orgulhoso sua


propriedade do alto da torre da igreja, vê Madalena
escrevendo. Ele desce, confere o trabalho dos empregados
e acha uma folha no chão. Lendo e relendo o trecho escrito,
Paulo Honório tem certeza que é uma carta endereçada
para um homem e é tomado por intenso ódio.
Então ele sai atormentado à procura da esposa e a
encontra na igreja com uma aparência muito calma. Ele
exige explicações, mas ela lhe diz muito desanimada que o
restante das folhas estava no escritório. Por fim, ela lhe
pede perdão por todos os aborrecimentos e diz que o
ciúmes estragou a vida dos dois. Paulo Honório passa a
noite sozinho no banco da sacristia.
Chegando em casa no dia seguinte, ele ouve gritos e
descobre que Madalena havia se suicidado. Ela havia
deixado sobre a bancada uma carta de despedida para o
marido, sendo que faltava uma página, justamente aquela
que ele havia encontrado no chão no dia anterior.

Após a morte de Madalena, D. Glória e Seu. Ribeiro deixam


a fazenda. Luís Padilha junta-se os revolucionários para
lutar na Revolução de 30 e também deixa São Bernardo. O
juiz Magalhães é afastado do cargo e os limites da fazenda
passam a ser contestados judicialmente. Com tudo isso,
Paulo Honório se encontra abandonado.Por fim, em meio a
solidão e somente com a companhia de Casimiro Lopes e
seu cachorro, Paulo Honório escreve sua narrativa.
Amargurado pelo passado, toma consciência da
desumanização por que passou enfrentando a dureza do
sertão. Incapaz de mudar, Paulo Honório busca algum
sentido para a sua vida refletindo sobre o passado e
escrevendo sua história sentado à mesa da sala, fumando
cachimbo e bebendo café.
Sobre o autor: Graciliano Ramos.
Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em
Quebrangulo, Alagoas, em 27 de outubro de 1892.
Terminando o segundo-grau em Maceió, mudou-se
para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como
jornalista durante alguns anos. Em 1915 volta para o
Alagoas e casa-se com Maria Augusta de Barros, que
falece em 1920 e o deixa com quatro filhos.
Trabalhando como prefeito de uma pequena cidade
interiorana, foi convencido por Augusto Schmidt a
publicar seu primeiro livro, “Caetés” (1933),
com o qual ganhou o prêmio Brasil de Literatura.
Entre 1930 e 1936 morou em Maceió e seguiu
publicando diversos livros enquanto trabalhava
como editor, professor e diretor da Instrução Pública
do Estado. Foi preso político do governo Getúlio
Vagas enquanto se preparava para lançar “Angústia”,
que conseguiu publicar com a ajuda de seu amigo
José Lins do Rego em 1936. Em 1945 filia-se ao
Partido Comunista do Brasil e realiza durante os anos
seguintes uma viagem à URSS e países europeus
junto de sua segunda esposa, o que lhe rende seu
livro “Viagem” (1954).
Artista do segundo movimento modernista,
Graciliano Ramos denunciou fortemente as mazelas
do povo brasileiro, principalmente a situação de
miséria do sertão nordestino. Adoece gravemente
em 1952 e vem a falecer de câncer do pulmão em 20
de março de 1953 aos 60 anos.
Suas principais obras são:
“Caetés” (1933), “São Bernardo” (1934), “Angústia”
(1936), “Vidas Secas” (1938), “Infância” (1945),
“Insônia” (1947), “Memórias do Cárcere” (1953) e
“Viagem” (1954).

Bibliografia:
https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/sao-
bernardo-resumo-da-obra-de-graciliano-ramos/

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