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BATERIA ESSENCIAL

Parte 1

Introdução Pág. 9 Pág. A 3


Conhecimentos Gerais Básicos Pág. 12 Pág. A 6
Estudo 1 Pág. 13 Pág. A 7
Estudo 2 Pág. 18 Pág. A 12
Conhecimentos Essenciais Pág. 23 Pág. A 17
Estudo 3 Pág. 24 Pág. A 18
Estudo 4 Pág. 28 Pág. A 22
Prática Essencial Pág. 48 Pág. A 42
Estudo 5 Pág. 49 Pág. A 43
Estudo 6 Pág. 54 Pág. A 48
Estudo 7 Pág. 58 Pág. A 52
Estudo 8 Pág. 60 Pág. A 54
Estudo 9 Pág. 62 Pág. A 56
Estudo 10 Pág. 64 Pág. A 58
Estudo 11 Pág. 68 Pág. A 62
Estudo 12 Pág. 71 Pág. A 65
Estudo 13 Pág. 73 Pág. A 67
Estudo 14 Pág. 76 Pág. A 70
Estudo 15 Pág. 79 Pág. A 73
Estudo 16 Pág. 83 Pág. A 76
Estudo 17 Pág. 86 Pág. A 79
Estudo 18 Pág. 88 Pág. A 81
Estudo 19 Pág. 90 Pág. A 83
Estudo 20 Pág. 93 Pág. A 86
Estudo 21 Pág. 97 Pág. A 89
Estudo 22 Pág. 99 Pág. A 91
Introdução
Então você quer tocar bateria, certo? Parabéns pela iniciativa, pois acaba de dar o
primeiro passo! Você irá se surpreender quando descobrir que a bateria exerce um
papel ESSENCIAL e importantíssimo em um grupo musical. E o que importa desde
já é que através de sua contribuição como baterista, a MÚSICA esteja sempre em
primeiro plano.
Estar envolvido com os assuntos relacionados a música em geral é o melhor caminho
para poder evoluir. Procure expandir seus conhecimentos musicais para se tornar um
músico melhor a cada etapa, pois quando iniciamos neste caminho nossa primeira
vontade é de tocar com pessoas e para ser ouvido por outras pessoas transmitindo
assim nossas idéias e comunicando nossas emoções. A medida em que for evoluindo,
faça amizades com outros músicos e trate logo de começar a tocar em grupo para
colocar em prática tudo o que irá aprender neste livro. Este é o meu objetivo,
incentivá-lo a experimentar a melhor sensação de todas para nós músicos: tocar
música com outros músicos! Não conheço ninguém que começou a tocar bateria pra
tocar sozinho. O próprio instrumento foi concebido para ser tocado em conjunto com
outros instrumentos. A música verdadeira aproxima, liberta, acalma, harmoniza,
alegra e sociabiliza as pessoas, portanto aproveite esta grande oportunidade que está
tendo a partir de agora. Mãos à obra!

Importante!
Proponho neste livro, o conteúdo que eu acredito ser essencial para o estudante
quando se aventura por este caminho.
A “estrada” é longa, e faz-se necessário entender que é importante tomar
consciência de que tudo o que será estudado aqui tem função prática. Ou seja,
afirmo que o conteúdo aqui apresentado tem como objetivo auxiliar a vida real
do baterista. Por outro lado o que eu chamo de “essencial” para a formação do
aspirante a baterista, a meu ver é tudo o que estudamos e praticamos como base
sólida e que serve para nós como uma “ponte” que nos levará ao “outro lado do
rio”. Faço votos sinceros de que com este conteúdo o estudante possa “alçar vôos”
mais altos no futuro.
Um dos problemas mais comuns que encontramos em bateristas que não tiveram
ou não puderam passar por um estudo fundamental e essencial como este no
início de suas carreiras, é a comprovada falta de estrutura para poder atuar em
diferentes situações musicais. A grande maioria dos estudantes atualmente quer
“começar a construir a casa pelo telhado”. Falta direcionamento, paciência,
constância e disciplina para que possam “alçar os tais vôos mais altos”. Acredito
piamente que este livro auxilia até mesmo quem já toca bateria há mais tempo,
quem está disposto a se organizar melhor e a quem tem consciência de que faltou

ALEX REIS |9
“cobrir” aspectos estruturais em seus estudos que aqui se encontram. Nunca é
tarde para buscar melhorar!
Ao utilizar este livro o estudante perceberá que em vários momentos vou propor a
prática de sua escrita e que desenvolva sua criatividade pessoal. Isto por que meu
objetivo também com este livro é instigar sua própria musicalidade enquanto
artista, mas é de extrema importância ter conhecimento estrutural para que haja
um desenvolvimento coerente e substancial onde possa-se comunicar ideias
musicais com clareza no futuro. Para saber cozinhar bem e misturar bem os
ingredientes, o cozinheiro necessita conhecer estes ingredientes e saber utilizá-
los. Assim poderemos elevar o nosso nível de aprendizagem e de aprendizado, o
que acontece durante toda nossa trajetória enquanto músicos.
Ao invés de “domesticar” o estudante, a minha proposta aqui é com que através
deste estudo de base ele possa despertar-se, descobrir-se artisticamente e
“caminhar com suas próprias pernas” no futuro.
Se você leu até aqui e concorda com o que proponho, seja muito benvindo, e
prepare-se para uma aventura incrível que se inicia agora. Boa sorte!

Dicas aos professores


Este livro foi concebido através de um profundo estudo de constante aprimoramento
direcionado ao principal momento na vida de um aspirante à baterista: O INÍCIO.
O fundamento e a estruturação são as bases sólidas de que um baterista necessita
para poder tocar bem este maravilhoso instrumento de forma coerente e musical.
Ele está dividido por “ESTUDOS” sendo que cada um deles pode ser considerado o
conteúdo necessário para uma aula. Portanto, o professor que fizer uso deste sistema
para lecionar poderá propor para cada aula um novo estudo. Sugiro que evite mudar
de estudo antes de ter realmente desenvolvido e aprimorado o anterior com
segurança e certeza. Também sugiro que utilize os seguintes livros complementares:
 Pozzolli – guia teórico e prático para o ensino do ditado musical – Ed.
Ricordi;
 Bateria contemporânea – Jayme Pladevall – Ed. Vitalle;
 Bass drum control – Colin Bailey – Ed. Hall Leonard.

Estes livros complementares servirão para enriquecer ainda mais a qualidade dos
estudos e para que o aluno possa estar preparado para o próximo passo após
terminar o conteúdo deste livro.

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10 dicas para o estudante
1- Quando estiver estudando e praticando seja um autocrítico positivista.
Procure ser honesto consigo mesmo e use sempre o bom senso. Quando
algo ainda não estiver soando corretamente, procure melhorá-lo antes de
mudar de etapa. Aprenda também a identificar quando há melhora e
evolução;
2- Lembre-se: o bom é pior inimigo do melhor!;
3- Lembre-se também: O bom e o melhor são relativos ao ponto de vista de
cada pessoa, tenha sempre referências! Esteja sempre bem informado
sobre os assuntos que estiver desenvolvendo;
4- Estude e pratique sempre mais do que seu professor lhe pede. “Pode-se
levar o cavalo para beber água no lago... pode-se até forçá-lo a beber a água...
mas não se pode dar sede...”
5- Tenha paciência, perseverança e constância. Essas são as chaves para seu
sucesso! “Nunca, nunca, nunca desista!” (Orson Welles);
6- Respeite as pessoas que fazem ou já fizeram algo positivo pela classe
musical;
7- Nunca subestime ninguém! Quem é iniciante hoje poderá ser um grande
músico no futuro. “Cuide para que suas palavras sejam doces como mel,
pois provavelmente terá de engoli-las de volta!” (Renato Kell);
8- Procure ter uma mentalidade livre de pré-conceitos com relação à música.
Ouça diferentes estilos musicais aos quais está acostumado, e aprenda a
identificar o que tem substância e conteúdo de qualidade nos diferentes
segmentos. Somente aprende-se a tocar de verdade diferentes tipos de
música que realmente se gosta;
9- Tenha um relacionamento saudável com todos os músicos que conhecer,
pois precisará de todos eles e vice-versa. O universo é próspero para todos,
procure ocupar seu espaço e nunca o do outro;
10- Cuide de sua saúde como um todo. Tocar bateria exige uma demanda de
energia considerável.

Planejamento e metas
Proponho que ao iniciar os estudos deste livro, faça um planejamento de estudos e
trace METAS para que consiga concluí-lo. Peça ajuda à seu professor, e se for
estudá-lo sozinho, organize-se para poder manter uma sequência progressiva e
motivada sempre. Você deve conhecer muitas pessoas que começam estudar livros e
nunca os concluem. Isto é muito comum. Mas as pessoas incomuns é que se
destacam dentre os demais. Somente os que se esforçam conseguem resultados
satisfatórios, pois este é o mérito por terem se dedicado com afinco. Não conheço
ninguém que consegue resultados diferenciados positivos sem ter traçado
planejamentos, metas e que não tenha se dedicado com organização, paciência,
constância e persistência. Portanto, quero que você faça um trato consigo mesmo
para concluir os estudos deste livro. Somente assim você conseguirá usufruir de
todos os benefícios do mesmo.

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MÚSICA
CONHECIMENTOS GERAIS BÁSICOS

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ESTUDO 1
estudo no. 1
S om é todo ruído que impressiona os ouvidos. Resultante de vibrações dos
corpos, e se constitui de 4 qualidades principais fundamentais: altura, duração,
intensidade e timbre.
 Altura/entoação são vibrações executadas pelo corpo sonoro podendo ser
graves ou baixos, médios, agudos ou altos. Vibrações rápidas produzem sons
agudos, enquanto que vibrações lentas produzem sons graves.
 Duração/quantidade significa o maior ou menor tempo produzido pelo
som que é representada por valores chamados positivos, que abordaremos
depois.
 Intensidade é o volume do som. De acordo com a força aplicada para se
conseguir um som mais ou menos forte/intenso.
 Timbre é a personificação do som, característica ou a “cor do som”. Através
do timbre definimos e distinguimos sons de mesma altura, duração ou
intensidade produzidos por vozes ou instrumentos diferentes.

Música
A “arte das musas” para os antigos gregos, é a arte ou ciência que combina diferentes
sons, variando melodias, altura, timbres, duração e ritmo.
É a arte dos sons expressados pelos seus três elementos fundamentais – harmonia,
melodia e ritmo - que combinados entre si e ordenados sob a lei de estética
transmitem sentimentos, ideias e vibrações.
 A harmonia é a junção de vários sons ouvidos ao mesmo tempo, sempre
respeitando as leis que regem tais agrupamentos simultâneos.
 A melodia é a sucessão de sons que forma um sentido musical.
 O ritmo é o movimento ou cadência que definido por uma duração maior ou
menor, dá suporte a harmonia e a melodia em que a combinação dos três seja
definida como música. É a ordem simétrica dos sons e também o movimento
ordenado dos sons originários de uma pulsação musical.

Classificações de diferentes tipos de música:


Música Grega, música religiosa, música sacra, música clássica, música de câmara,
música sinfônica, música aquática, música barroca, música concreta/espacial,
música de programa, música absoluta, música ficta, música ligeira, música serial,
música oriental, música ocidental, música folclórica, música folclórica brasileira,
música popular, música popular brasileira, música eletrônica, música acústica, etc...

Períodos da história da música:


 Pré história – até o nascimento de Cristo
 Música da antiguidade – do nascimento de Cristo até 400 D.C.
 Música medieval – 400 a 1450
 Música renascentista – 1450 a 1600
 Música barroca – 1600 a 1750
 Música clássica – 1750 a 1810
 Romantismo – 1810 a 1910
 Música do século XX – a partir de 1900

Classificação dos instrumentos musicais convencionais:


Cordas, sopros, percussão e elétricos/eletrônicos.

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Origem da escrita e alfabetização musical
Chamamos a escrita musical de “notação musical”. Ao matemático e filósofo
grego Pitágoras (582-500AC) atribui-se a descoberta das razões numéricas dos
intervalos principais da escala musical que era escrita por meio de letras.
A evolução da escrita passou obviamente por etapas diferentes ao longo do tempo
como a notação numérica, notação neumática, notação romana/quadrada, notação
coral alemã, notação mensuralista, etc... Atualmente os sons musicais são
representados graficamente pelas notas musicais ou também conhecidas como
figuras musicais.

Conceitos e princípios básicos de teoria musical


As 7 notas musicais são Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, La, Si.
Ouvidas sucessivamente, estas notas formam uma série sonora que se dá o nome de
escala.
 A escala ascendente segue a ordem natural de Dó a Si.
 A escala descendente segue a ordem inversa de Si a Dó.
É considerada uma escala ascendente completa se for terminada em Dó, e
descendente completa se for iniciada em Dó.

A notação musical é escrita e disposta ordenadamente no pentagrama, também


conhecido como pauta. Do grego penta (cinco), temos então 5 linhas e 4 espaços
(contados de baixo para cima).
É atribuída a invenção do pentagrama ao italiano Guido D’Arezzo que também é o
responsável pela nomenclatura pelas quais as figuras musicais são conhecidas em
países de cultura latina. Resolve-se o problema da representação precisa dos
intervalos com o uso do pentagrama. Entretanto, o pentagrama não é suficiente para
conter todos os sons que podemos apreciar, por isso utilizamos linhas
suplementares superiores ou inferiores dispostas acima ou abaixo do mesmo
quando necessário.

Abaixo temos a representação da pauta/pentagrama com a clave, que são sinais


colocados no início da pauta para fixar a altura sonora de uma de suas linhas e
espaços. Para bateria utilizaremos este sinal chamado de clave de percussão.

Som e silêncio
As várias durações do som ou do silêncio são representadas por figuras positivas e
negativas.

 As positivas indicam a existência do som e sua duração.


 As negativas indicam a ausência ou interrupção de som (silêncio/pausa)
contendo a mesma duração e valor das figuras positivas, mas com aparências
distintas.

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Conceitos e princípios básicos de teoria rítmica
 Compasso – é a divisão da música em pequenas partes e de duração igual ou
variável. Na pauta são representados por barras de separação entre cada um
deles como no exemplo a seguir:

 Tempo – é uma parte do compasso. O que faz o compasso existir.


 Pulsação ou pulso – sequência de impulso-repouso ou vibração-silêncio
que orienta ou sustenta uma melodia constantemente servindo de unidade a
um conjunto. Através de um pulso musical rítmico constante pode-se definir
e identificar um andamento musical ou cadência. Existem pulsações
binárias, ternárias, quaternárias, quinárias, etc...
 Andamento musical – é a expressão ou resultado da pulsação. Pode ser
indicada teoricamente através de nomenclaturas tradicionais italianas ditando
o grau de velocidade que se executa a música.

Classificações de velocidades
 Grave – lentíssimo quase parando – 40bpm (batidas por minuto)
 Largo – lento – 40/60bpm
 Larguetto – pouco mais que lento – 60/66bpm
 Adágio – devagar – 66/76bpm
 Andante – andando – 76/103bpm
 Andantino – andando pouco mais rápido – 84/112bpm
 Moderatto – moderado – 108/120bpm
 Allegretto – pouco alegre – 112/120bpm
 Allegro – alegre – 120/168bpm
 Vivace – muito vivo, ligeiro – 152/168bpm
 Presto – com muita rapidez – 168/200bpm
 Prestíssimo – rapidíssimo – 200/208bpm

Alterações de andamento
O compositor da música opta por seguir e/ou compor em um determinado
andamento seguindo sua única e exclusiva intuição, criatividade, senso, gosto e
estética musical pessoal. Isto lhe dá a liberdade de alterar o andamento da
composição no decorrer da execução da mesma se assim desejar. Ao escrever a
música na partitura (conjunto de pautas), estas transições estarão exemplificadas
através de notações de alterações de andamento. As mais comuns são notações de
“rallentando” e “aumentando” que tem como objetivo alterar o
andamento/velocidade da música para o que a própria palavra está pedindo.

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Guia
Guiaessencial
essencialdedeconsulta
consulta- termos musicais
- termos comuns
musicais comuns
Alguns termos musicais mais comuns e seus significados
Para uma consulta rápida e uma memorização extremamente importante, utilize este
guia abaixo. E já que você deseja ser músico, procure pesquisar e conhecer mais
sobre estes termos a seguir:

 Acento – indica que a nota deve ser tocada com mais intensidade/força.
 Acompanhamento – as partes secundárias em uma textura musical. O ato
de acompanhar um solista por exemplo.
 Acorde – o soar simultâneo de 3 ou mais cordas.
 Acústica – ciência do som e da audição. Trata das qualidades sônicas de
recintos e edificações como também da transmissão do som pela voz, por
instrumentos musicais ou por meios elétricos.
 Afinação – o ajuste da altura dos sons de um instrumento, ou os conjuntos
de altura nos quais os componentes desse instrumento podem ser afinados.
 Anacruse – notas que se dão na última ou últimas pulsações de um
compasso. Compasso incompleto.
 Binário – compasso de pulsação de dois tempos.
 Contratempo – qualquer acento executado no tempo ou parte fraca num
padrão rítmico regular, que não seja sobre o primeiro tempo (forte) precedido
de pausas.
 Crescendo – aumentando gradativamente a intensidade do som.
 Decrescendo – diminuindo gradativamente a intensidade do som.
 Desenho – refere-se às flexões da melodia e/ou desenhos rítmicos.
 Dinâmica – aspecto da expressão musical resultante de variações na
intensidade sonora.
 Levada – ritmo.
 Metrônomo – aparelho para determinar andamentos musicais, podendo ser
mecânicos ou eletrônicos.
 Nota “fantasma” – nota tocada com intensidade menor, leve, quase
imperceptível.
 Ostinato – repetição de um padrão musical por muitas vezes sucessivas.
 Quaternário – compasso de pulsação de quatro tempos.
 Ressonância – fenômeno pelo qual um corpo sonoro vibra quando é
atingido por vibrações produzidas por outro corpo sonoro.
 Síncope – articulação de um som em um tempo fraco do compasso que se
prolonga ao tempo forte seguinte podendo ser regular ou irregular.
 Ternário – compasso de pulsação de três tempos.
 Tessitura – parte de uma extensão vocal ou instrumental em que se
desenrola predominantemente uma peça musical.

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TESTE SUA MEMORIZAÇÃO!
1- Quais são as 4 qualidades do som?
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2- O que significa em termos teóricos a palavra “música”?


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3- Quais são os 3 elementos fundamentais que combinados entre si expressam o


que chamamos de música?
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4- O que significa Rítmo?


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5- Qual é a classificação dos instrumentos musicais convencionais?


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6- O que é o pentagrama?
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7- O que significa compasso?


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8- O que significa tempo?


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9- O que é andamento musical?


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10- Quais são as notações utilizadas quando o andamento é alterado?


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ESTUDO
estudo no.2 2
As notas ou figuras musicais
As notas tem aparências distintas, e são constituídas de diferentes partes. Veja no exemplo a
seguir:

Nomes em português

As notas expressam valores de durabilidade do som e valores numéricos (veremos a


seguir). Estes valores são relativos às diferentes situações musicais que podem
ocorrer durante a notação musical.
 Valores de durabilidade do som das notas – quando as notas
especificam a duração de um som na escrita musical.

Então como ponto de partida utilizando o exemplo básico de uma semibreve valendo
4 tempos de duração, os valores das notas ficarão assim:
Semibreve_______4
Mínima_________2
Semínima_______1
Colcheia________½
Semicolcheia_____¼
Fusa___________1/8
Semifusa________1/16

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 Valores relativos – Em uma pulsação quaternária, utilizando a seguir como
exemplo inicial uma semibreve valendo 4 tempos de durabilidade dentro de
um compasso dividido também por quatro tempos. Observe a seguir no
gráfico que algumas notas (mínimas, semínimas, colcheias e semicolcheias)
sofrerão mudanças de valores de durabilidade em função das Quiálteras.

 Quiálteras – são notas isoladas dentro de grupos rítmicos ou grupos


rítmicos que sofreram alterações de seus valores nos compassos. Antigamente
era considerada quiáltera somente a tercina (advinda do termo italiano
seisquiálteras), mas hoje em dia são consideradas também quiálteras grupos
rítmicos ímpares.

ALEX REIS | 19
Memorize a seguir o gráfico de notas para entender que em se tratando de divisão
musical à partir da semibreve, sempre uma nota valerá duas da seguinte.

Na escrita musical existem infinitas combinações, e as figuras podem ser alteradas


quanto aos seus valores de duração quando submetidas também aos pontos de
aumento.

 Pontos de aumento – são colocados à direita das figuras (positivas ou


negativas / notas ou pausas) e somam à elas a metade de seus valores. Por
exemplo, uma semínima pontuada valerá seu valor somado ao de uma
colcheia. Quando aparecem dois pontos de aumento, o segundo ponto vale a
metade do valor do primeiro.

 Ligaduras – são linhas semicirculares colocadas sobre ou sob duas ou mais


notas. Existem ligaduras de valor, portamento e fraseado.

Fórmulas de compasso
São frações numéricas que aparecem no início do pentagrama após a clave como no
exemplo a seguir:

Para o exemplo acima falamos musicalmente quatro por quatro e nunca quatro
quartos.
Elas servem como uma referência de divisão rítmica para que o músico interprete a
notação de forma esteticamente organizada.
Para compreender melhor as fórmulas de compasso, é de muita importância
conhecer os valores numéricos das notas. Dizer por exemplo que uma semínima vale
1 tempo de som também é correto porque este conceito é o básico e funciona como
um ponto de partida para o ensino e aprendizado. Porém, como visto anteriormente
a semínima poderá não valer 1 tempo de duração em outras situações dependendo da

20 | BATERIA ESSENCIAL
fórmula de compasso a que for submetida, ou devido a alguma alteração de um grupo
rítmico específico em que se utilizam quiálteras ou pontos de aumento.

 Valor numérico das notas – cada figura também possui um valor


numérico determinante próprio, facilitando assim o trabalho no momento de
estudarmos o numerador e o denominador da fração numérica das fórmulas
de compasso. São estes os valores numéricos das figuras musicais:
Semibreve________1
Mínima__________2
Semínima________4
Colcheia_________8
Semicolcheia_____16
Fusa___________32
Semifusa________64

O numerador e o denominador das fórmulas de compasso


 O numerador sempre indica a UNIDADE DE COMPASSO, que nos
mostra qual figura sozinha preenche cada compasso. Numa fórmula de 4/4
por exemplo, a figura que preenche sozinha um compasso inteiro é a
semibreve (valor de duração de som).

 O denominador sempre indica a UNIDADE DE TEMPO/PULSAÇÃO.


Ele mostra qual figura musical valerá uma pulsação, ou qual figura sozinha
completará um tempo naquele determinado compasso.
Em 2/4 por exemplo, indica que é a unidade de tempo é a SEMÍNIMA (valor
numérico) portanto ela sozinha completará 1 tempo nesta fórmula.
Pode-se ter 5 diferentes unidades de tempo nos compassos: 1 (semibreve), 2
(mínima), 4 (semínima), 8 (colcheia), e 16 (semicolcheia).

Existem fórmulas de compasso simples e compostas.


 Simples – quando o denominador da fração for sempre 2 e 4 e dificilmente 1.
Exemplos: 2/4, 3/4, 4/4, 5/4, 6/4, 2/2, 3/2 etc...

 Compostas – quando o denominador da fração for 8. Exemplos: 6/8, 7/8,


9/8, 12/8, etc... o numerador (unidade de tempo) das fórmulas compostas é a
mesma do compasso simples que lhe deu origem somado ao ponto de
aumento.

Existem também os compassos mistos (5, 7 ou mais pulsações) que são a junção
combinada de compassos de 2, 3 e 4 pulsações de onde se originam.

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TESTE SUA MEMORIZAÇÃO!
1- O que as notas musicais ou figuras musicais expressam ao serem escritas?
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2- O que significa durabilidade de som?


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3- O que significa valor numérico?


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4- Quais são os nomes das notas musicais mais utilizadas atualmente?


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5- O que são as fórmulas de compasso?


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6- Quando uma fórmula de compasso é considerada simples?


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7- Quando uma fórmula de compasso é considerada composta?


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8- Qual dos dois números da fórmula de compasso indica a unidade de tempo?


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_____________________________________________________

9- Qual dos dois números da fórmula de compasso indica a unidade de


compasso?
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10- Através de quais símbolos o silêncio é representado na escrita musical?


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Muito bem, agora que você já tem uma noção básica de teoria musical podemos
iniciar. Lembre-se de que existem mais aspectos e diferentes abordagens sobre os
mesmos assuntos que tratamos anteriormente. Se você gostou desta parte, continue
pesquisando e se aprofundando nesta área, pois só tem a ganhar em termos de
conhecimento. Incentivo que na medida do possível, no futuro faça um curso sobre
harmonia com um bom professor desta área. Ser baterista não significa que você não
possa entender sobre estruturação harmônica e demais elementos importantes sobre
música. Isto o ajudará a complementar e enriquecer sua educação musical.

22 | BATERIA ESSENCIAL
BATERIA
CONHECIMENTOS ESSENCIAIS

ALEX REIS | 23
ESTUDOno.3 3
estudo
Breve história da bateria
A bateria é um instrumento originário dos Estados Unidos da América do Norte, e
basicamente foi concebido para que vários instrumentos de percussão pudessem ser tocados
por um instrumentista ao mesmo tempo. Chamado e conhecido por “drum set” “drum kit”
ou “trap kit”, que genericamente se traduz por “conjunto de tambores”, no Brasil
conhecemos por bateria remetendo-nos ao primitivo ato de “bater” nos tambores que em
minha opinião particular ao utilizamos este sub-nome, reduzimos e muito a identificação da
atividade onde ao invés de “bater em algo” prefiro acreditar que estou a “tocar um
instrumento”.
De 1880 à meados de 1930 era comum nos teatros e cabarés norte-americanos shows de
entretenimento onde em meio à dançarinos, atores, mágicos, acrobatas, malabaristas,
animais treinados, os músicos já faziam parte disto tudo onde a bateria no início era um
composto entre o bumbo, a caixa e pratos, todos extraídos das fanfarras e bandas marciais.
Esta “era” norte-americana ou estes tipos de apresentações eram conhecida como
“Valdeville” nome extraído da língua francesa que em português significa “teatro de
variedades” e pode-se dizer que foi o embrião do show business americano que se reflete até
os dias de hoje.
A influência européia e mais precisamente a francesa nesta área artística é extremamente
forte no “novo mundo”. Vale dizer aqui como um exemplo muito importante que no sul dos
Estados Unidos em New Orleans no “quarteirão francês” onde à beira do Rio Mississipi os
cabarés e casas noturnas também se tornaram o celeiro das apresentações de músicos ao
vivo para animar e alegrar aos visitantes e frequentadores destes locais ao som do Foxtrot e
do Dixieland que influenciados pelo Blues mais tarde dariam origem ao Jazz. Assim o
instrumento “bateria” começa a ser utilizado com frequência nestas ocasiões fazendo parte
integral nos grupos musicais. Atribui-se aos músicos “Baby” Dodds e Paul Barbarin em New
Orleans a honra de serem pioneiros no uso do set up de bateria desta era.
A partir de 1890 as primeiras experimentações com pedais começaram a ser feitas e em
1904/05 Dee Dee Chandler também de New Orleans patenteou sua versão, mas em 1909
Theodor Ludwig um dos fundadores da Ludwig & Ludwig Co. patenteou sua versão do que
evoluiu para os pedais de bumbo que utilizamos até hoje. Esta invensão foi um marco
histórico pois abriu a possibilidade aos bateristas de deixarem suas mãos livres para tocar os
outros instrumentos do set up/conjunto que nesta época já continha blocos sonoros (blocks),
sinos de vaca (cowbells), buzinas (klaxons, horns), apitos (whistles) e demais “armadilhas”
no sentido figurado, daí a explicação para o termo “Traps kit”.
As estantes ou “máquinas” de chimbau somente foram aparecer em 1926.
A partir de 1930 fica popularizado o uso dos “kits com 4 peças” sendo 1 bumbo, 1 caixa, 1 tom
tom e 1 surdo, fato curioso pois mesmo se utilizando dos pratos, não costumavam mencioná-
los no conjunto. Atribui-se esta popularização do kit de 4 peças a Ben Duncan
principalmente. Nesta fase desenvolve-se o “consolette” que consiste em uma peça colocada
acima do casco do bumbo para segurar e montar o tom tom, hoje conhecido como “tom
holder”.
Ao contrário do
Ao contrário do que
que muitos acreditam
atualmente os kits
acreditam oscom 2 bumbos
roqueiros, foram
os kits com 2 bumbos foram
no set up na década de 1940 por Louie Bellson.
inseridos na
O primeiro solo de bateria registrado em gravação foi feito por Gene Krupa que além de ser o
primeiro baterista “band leader” da história, também foi o primeiro a trazer o foco da
atenção do público ao instrumento, que após isso começa a notar sua importância.
Seguidos por Gene Krupa, os bateristas mais conhecidos desta época e das próximas décadas
são Art Blakey, Buddy Rich, “Big” Sid Catlett, Cozy Cole, Max Roach, Elvin Jones, Louie
Bellson, Shelly Mane, Papa Jo Jones, Phillie Joe Jones, Rufus Jones, Joe Morello, Kenny
Clark, Shadow Wilson, Roy Haynes, Frankie Dunlop, Louie Hayes, Tonny Williams, Jack
DeJonette , Al Foster e muitos outros não mencionados aqui e não menos importantes para
a popularização e evolução do instrumento até os dias de hoje.

24 | BATERIA ESSENCIAL
No Brasil, da mesma forma que as bandas marciais surgiram na América do norte, e
influenciados pelos bateristas do “swing” norte americano a bateria foi inserida
primeiramente nos cinemas (onde a orquestra acompanhava os filmes mudos), teatros,
gafieiras e cabarés. A data precisa de sua entrada no país permanece controversa, mas
acredita-se que foi por volta de 1919. Os bateristas brasileiros mais expressivos na época e
das décadas seguintes aos dias de hoje e de difrentes estilos que cito aqui são Luciano
Perrone, Milton Arizza “Chumbinho”, Rubens Barsotti, João Palma, Dom Um Romão,
Edison Machado, Milton Banana, Jadir de Castro, Nenê, Jayme Pladevall, Sut, Sutinho,
Claudio Slon, Antonio de Almeida (Toniquinho), Celso de Almeida, Argus Montenegro, Raul
de Barros, Paulinho “Briga” Vieira (Pinduca), Airto Moreira, Paulo Braga, Wilson das Neves,
Robertinho Silva, Duda Neves, Vera Figueiredo, Carlos Bala, Pepa D’Elia, Edu Ribeiro, Alex
Buck, Cuca Teixeira, Téo Lima, Paulinho Black, Paschoal Meireles, Renato “Massa” Calmon,
Pantico Rocha, Kiko Freitas, Christiano Rocha, Douglas Las Casas, Maurício Leite, Netinho,
Gel Fernandes, João Barone, Dámaso Cerruti ( baterista argentino mais “brasileiro” que
conheço) Jean Dolabela, Elói Casagrande, Marcos Kinder, Jorginho Gomes, Pablo Silva,
Gigante
GiganteBrasil,
Brasil,Pedrinho
PedrinhoBatera, Marcio
Batera, Bahia,
Marcio AlaorAlaor
Bahia, Neves,Neves,
SergioSergio
Gomes,Gomes,
Alexandre Cunha, Ricardo
Ricardo
Confessori, Aquiles Priester, Lauro Lellis, André Mello, Gledson Meira, André Gonzales,
Sandro Moreno, Maurício Zotarelli, Edson Guilardi, Ramon Montagner, Marco da Costa,
Fernando Baggio, Felipe Continentino e outros tantos que enobrecem e enaltecem a maneira
brasileira de se tocar bateria. O Brasil é um celeiro de excelentes bateristas!
Com a evolução e surgimento do Rock e a invasão dos grupos ingleses nas Américas, a
bateria também passou por mudanças tanto na formação do conjunto dos instrumentos
quanto em sua sonoridade.
Os set ups ficaram maiores e com mais quantidades de peças, apesar de que na era das “big
bands” já se utilizavam tambores grandes para que o baterista pudesse ser ouvido ao meio
dos instrumentos de sopro, no Rock o baterista tinha agora que se fazer ouvir em meio à
guitarras e outros instrumentos eletrônicos plugados em amplificadores e tocados em
volume muito alto. Portanto, obviamente tocar mais forte, utilizar instrumentos com mais
projeção, retirar as peles de resposta buscando em primeiro plano o volume sonoro, ficou
sendo o objetivo dos bateristas desta fase.
Um fato interessante é que os bateristas ingleses introduziram uma maneira muito particular
no rock (criado na América do norte) que até então era desconhecida até dos próprios
americanos. Acredito que pela influência dos ritmos centenários tocados na Europa e mesmo
pela influência musical genética advinda de sua própria natureza musical antecessora,
bateristas como Ringo Star, Charlie Watts, John Bonham, Phill Collins, Cozy Powell, Keith
Moon, Mitch Michell, Ginger Baker, Ian Paice, Bill Bruford e outros mais, desenvolveram
desenvolveam
uma maneira totalmente nova de se tocar Rock.
Após as décadas de 1960 e 1970 o instrumento se popularizou tanto que pode-se dizer que o
set up de bateria é muito conhecido nos quatro cantos do planeta. Consequentemente
também após estas décadas surgiram naturalmente excelentes bateristas nos mais diferentes
continentes destacando-se os brasileiros, cubanos, africanos, norte-americanos, europeus e
australianos, fato que acontece até o presente.
Atualmente o instrumento aparece também de forma “híbrida” se misturando com artefatos
eletrônicos e com instrumentos de percussão de diferentes partes do planeta. Não há limites
nem regras para estas misturas de set ups, isto tudo fica a cargo e ao bom senso do
instrumentista.
Resumindo, a bateria foi “inventada” ou “descoberta” pelos norte-americanos e desde então
este instrumento passa por evoluções incessantes. É um instrumento de origem popular e
não erudita, por isso o instrumento em si e sua forma pessoal de tocá-lo faz com que a arte
criativa seja constantemente explorada pelos que se aventuram por este caminho. A emoção
e o prazer de se tocar bateria é algo indescritível e somente vivenciado por quem toca. Talvez
pelo fato do ato de percutir em algo ter surgido com nossos ancestrais das cavernas, talvez
pelo fato de primitivamente nos comunicarmos através do som, mas a verdade é que tocar
bateria é divertido e faz muito bem!

ALEX REIS | 25
Guia
Guiaessencial de de
essencial consulta 2 - 2rítmos
consulta dasdas
- rítmos américas
américas
Estilos musicais mais expressivos nas Américas:

América do Norte
Basicamente são 4 estilos principais: o Blues, o Ragtime, o Funk e o Rock de
onde se derivaram o dixieland, jazz, swing, be bop, free form jazz, cool jazz,
mainstream jazz, avant-garde jazz, hard bop, fusion jazz, rhythm’n’blues, shuffle
blues, soul, hip hop, rap, house, dance, trance, drumn’bass, techno, rockabilly,
rockn’roll, hard rock, heavy metal, power metal, trash metal, etc…
América Central
 Cuba- guaracha, descarga, bolero, cha cha cha, son montuno/mambo, rumba,
guaguancó, soca, mazacote, bomba, pachanga, bembé.
 Jamaica – nayabing, ska, reggae., raggamuffin
 Costa Rica -calipso, mento, vals, bolero, corrido, callera, chiquichiqui.
 República dominicana – merengue, bachata.
 Equador –passillo, pasacalle, yaraví, sanjuanitoy, tonada, andina, bomba del
chota.
 Guatemala – son, marimba.
 Haití – kompa, zouk.
 México –huapango, ranchera, jarabes, corrido, boleros, abajeño,marimba,
son jarocho.
 Porto rico – bomba, plena, reggaeton.
 Nicarágua – son nica, polka, mazurca, jamaquello.
 Panamá – tamborito, cumbia, punto, passillo, mento, palo de mayo, calipso.
América do Sul
 Paraguay – polka, jopara, zarzuela.
 Perú – landó, zamacueca, festejo, panalivio, cumunanas, socabones, andina
peruana.
 Uruguay - candombe, tango, murga.
 Venezuela – llanero, gaita zuliana, joropo.
 Colômbia – cumbia, porro, vallenato.
 Chile – cachimbo, rin, sirilla, cueca.
 Bolívia – quéchua, aymara.
 Argentina – tango, chacarera, zamba, chamamé.
 Brasil – Boi bumbá (AM), carimbó (PA), cabocolinhos (PA/RN), xote
(AL/PB/PE/MA), marcha/arrasta pé/esquenta mulher (PB/CE/AL), baião
(AL/PB/PE/CE), xaxado (PB/PE), cocos de roda (AL/PE), cocos de embolada
(AL/PB), maracatús (PE), ciranda (PE), frevos (PE), bumba meu boi/cavalo marinho
(PE), maculelê (BA), ijexá (BA), barravento (BA), samba de roda (BA), samba reggae
(BA), tambor de crioula (MA), boi de zabumba/boi de matraca (MA), chula (RS/SC),
boi de mamão (RS/SC), cacumbi (RS/SC/PR), chimarrita (RS/PR/SC), fandango
(RS/PR/SC), siriri cururu (MS), polca pantaneira (MS), calango (MG,RJ), chorinho
(RJ/SP), samba canção (RJ,SP), samba de breque (SP), congos/congado (MG/SP),
sambas
sambasde debatuque/partido
batuque/partido alta/escola(RJ/SP), chorinho,
alto/escola (RJ/SP), canção
maxixe (RJ),(RJ/SP), maxixe (RJ),
jongo/caxambu
jongo/caxambu (SP/RJ),
(SP/RJ), zé pereira zé pereira
(RJ/SP), (RJ/SP),
candombe candombe
(MG), (MG),
ticumbi ticumbi
(ES), catira (ES),catira (MG/SP),
(MG/SP), folia do
folia do divino/folia
divino/folia de reis de reis (MG/SP),
(MG/SP), moçambique
moçambique (SP/MG),
(SP/MG), marchas
marchas de carnaval (SP/MG/RJ),
de carnaval
marchas de rancho
(SP/MG/RJ), (SP/MG/RJ).
marchas de rancho (SP/MG/RJ).

26 | BATERIA ESSENCIAL
TESTE SUA MEMORIZAÇÃO!
1- Por qual motivo a bateria foi concebida?
_____________________________________________________
_____________________________________________________

2- Quais eram os primeiros locais no Brasil onde se usava a bateria como um dos
instrumentos musicais?
_____________________________________________________
_____________________________________________________

3- Quais os ritmos e estilos musicais deram origem ao Jazz?


_____________________________________________________
_____________________________________________________

4- Cite o nome de algum baterista pioneiro no uso do set up de bateria no início


da história do instrumento?
_____________________________________________________
_____________________________________________________

5- Quando e quem patenteou o primeiro pedal de bumbo?


_____________________________________________________
_____________________________________________________

6- Quem introduziu o uso dos 2 bumbos ao set up de bateria? Em que década?


_____________________________________________________
_____________________________________________________

7- Quem registrou em gravação o primeiro solo de bateria? Porquê?


_____________________________________________________
_____________________________________________________

8- Cite alguns nomes dos pioneiros da bateria norte americanos no Jazz.


_____________________________________________________
_____________________________________________________

9- Por que os bateristas de Rock tiveram que adaptar os set ups de bateria para
se tocar este estilo de música?
_____________________________________________________
_____________________________________________________

10- Cite alguns nomes dos pioneiros da bateria inglesa no Rock.


_____________________________________________________
_____________________________________________________

11- Cite alguns nomes dos pioneiros da bateria brasileira.


_____________________________________________________
_____________________________________________________

ALEX REIS | 27
estudo no. 4
ESTUDO 4
Posição das peças da bateria na pauta
Para este livro utilizaremos a escrita relacionada a um set up de bateria considerado
comum: 1 bumbo, 1 caixa, 1 chimbau, 1 surdo, 2 toms, 2 pratos.

Barras

28 | BATERIA ESSENCIAL
Abreviaturas básicas
Para notas musicais

=
=
=
Para grupos rítmicos
Existem também os sinais de abreviação de repetição que indicam que os
agrupamentos de notas ou de células rítmicas deverão ser executados da mesma
forma no compasso posterior:

Para repetição de grupos de compassos


Os sinais de abreviatura indicando a repetição dos últimos grupos de compassos
podem aparecer para que os últimos dois, quatro ou mais compassos sejam
executados novamente:

Demais abreviaturas que utilizaremos


MD ou d= mão direita, ME ou e= mão esquerda, PD= pé direito, PE= pé esquerdo,
Bb= bumbo, Ch= chimbau, Cx= caixa, T1= tom 1, T2= tom 2, Sd= surdo, Cr= prato
de ataque/crash, Rd= prato de condução/ride, Sim...= símile ou similar, bpm =
batidas por minuto.

ALEX REIS | 29
O metrônomo
O metrônomo é um aparelho criado para que possamos marcar a velocidade e o
andamento no rítmo. Utilizamos este aparato para que enquanto bateristas,
possamos desenvolver e aprimorar o sentido de rítmo interno. Como bateristas,
somos grandes responsáveis por cuidar do andamento das músicas que tocamos,
principalmente junto aos outros músicos e acabamos sendo a maior referência neste
aspecto no ato da execução musical. Não somos os únicos responsáveis pelo
andamento, pois todos os músicos devem se preparar no quesito “ritmo” também. A
pulsação rítmica de todos é importante para que a música seja executada com mais
qualidade, porém vale lembrar que maior parte da responsabilidade sobre o tempo é
do baterista. Raciocine comigo: quando o baterista toca a música de forma mais
rápida ou mais lenta, os outros músicos o acompanham, certo? Portanto, a bateria
não somente acompanha como é acompanhada, pois o ritmo na música é a base
primitiva onde a harmonia e a melodia se apoiam. Então se somos nós o apoio
rítmico para os outros músicos, quem nos apoia para termos esta segurança rítmica?
A resposta é o uso constante do metrônomo como condicionamento.
Para estudar e praticar faça uso este aparato regularmente, então com o passar do
tempo perceberá que seu “andamento interno” estará mais desenvolvido e mais
seguro, e quando estiver tocando ao vivo consequentemente transmitirá esta
segurança aos outros músicos.
Há situações profissionais em que o uso do metrônomo pode ser coerente durante as
apresentações ao vivo onde através de monitores de áudio “intra canal auditivo” ou
“in ear” os músicos ouvem o “click click” do metrônomo para tocarem
sincronizadamente com instrumentos pré-gravados de samplers e computadores.
Neste caso a responsabilidade do baterista se transfere para a máquina.
Existem metrônomos mecânicos e eletrônicos.
Os mecânicos são os mais antigos, possuindo um pêndulo que manualmente é
ajustado para a velocidade desejada e seu som do “tic tac” ou “click click” é de menor
volume. Geralmente são mais utilizados pelos pianistas. Os eletrônicos são muito
comuns hoje em dia e além do som digital, geralmente possuem uma luz piscante
auxiliando visualmente ao estudante, e também saída de áudio para fones de ouvido
ou amplificadores.
Seja qual for o que escolher, use-o sempre que puder pois ele será seu companheiro
nesta caminhada que se inicia. Afinal de contas, baterista que atrasa não adianta!

Metrônomo mecânico

30 | BATERIA ESSENCIAL
Posturas técnicas
Postura sentada
Parece algo sem muita relevância levar em consideração a maneira como se senta ao
banquinho da bateria, mas a verdade é que este quesito é extremamente importante!
Cada pessoa tem composição corporal e estatura diferente da outra, portanto é
imprescindível conhecer este detalhe. Dependendo de qual técnica o baterista usa
nos pedais, deverá então levar em conta a altura em que seu banquinho estará.
Independente de usar a postura dos pés plantados inteiros na plataforma dos pedais
com os calcanhares apoiados nos mesmos (em inglês “heel down”), ou a postura dos
pés com calcanhares levantados (“heel up”), algumas dicas importantes devem ser
levadas em conta. É constatado cientificamente que movimentos repetitivos fora do
ângulo adequado podem causar lesões irreparáveis à coluna vertebral, e às
articulações das pernas e pés. Geralmente, regular o banquinho muito alto para sua
estatura o fará se curvar demais sobre o instrumento e a coluna cervical sofrerá com
isso, sem falar que dá a impressão de que está pedalando uma bicicleta para quem o
assiste, pois normalmente quem faz isso fica com o tronco balançando lateralmente.
Se regular o banquinho muito baixo para sua estatura, a coluna lombar é que sofrerá
mais com dores, etc... e com o passar dos anos a situação pode piorar. Há pessoas
com o tronco maior do que o comprimento das pernas, e vice-versa. Analise sua
composição corporal e verifique em qual das duas você se encaixa. Se suas pernas
forem mais longas, obviamente que o uso do banquinho regulado mais alto será mais
confortável, se for o contrário (tronco mais longo) o banquinho regulado mais baixo
será mais confortável. Mas quando digo regulagem mais alta ou mais baixa, estou
falando de regulagens “ligeiramente” mais altas ou baixas. Às vezes um giro a mais
ou a menos na regulagem do banco faz uma imensa diferença no resultado tanto
técnico quanto sonoro do instrumento como um todo, e influencia até nas peças que
tocará com as mãos. Pessoalmente eu regulo o banco usando como referência a
altura dos meus joelhos. Eu fico na postura em pé ao lado do banco e subo ou desço o
seu assento até a altura de minhas rótulas. Esta é uma regulagem que me deixa muito
confortável para tocar os pedais. Enfim, tocar bateria é um constante “observar-se” e
uma constante atenção em sua postura corporal para obter o melhor resultado com o
mínimo de esforço. Em outras palavras, fazer “mais com menos”. Para isso que
servem as diferentes posturas técnicas.

ALEX REIS | 31
Posições dos pés nos pedais

Pedal do bumbo

Calcanhar no pedal

Calcanhar levantado

32 | BATERIA ESSENCIAL
Pedal do Chimbau

Calcanhar no pedal

Calcanhar levantado

Diferentes posturas ao segurar as baquetas


Postura convencional – alemã / palmas das mãos na horizontal

ALEX REIS | 33
Postura convencional – francesa / palmas das mãos na vertical

 Atualmente a postura convencional que assume um ângulo entre a alemã e a


francesa, ou seja não é nenhuma nem outra ficando entre as duas, com as
mãos na diagonal está sendo conhecida como postura americana.

Postura tradicional – alemã

Postura tradicional – francesa

 Note nas posturas tradicionais a diferença entre os dois exemplos da mão


direita.

34 | BATERIA ESSENCIAL
Postura tradicional – mão esquerda / palma da mão na vertical

Postura tradicional – mão esquerda / palma da mão na horizontal

Considerações importantes sobre posturas de mãos


 A postura convencional é conhecida mundialmente como “postura africana”, e
a tradicional é conhecida como “postura europeia”;
 Associa-se o termo “tradicional” à Europa pelo fato dos estudos rudimentares
de caixa-clara de guerra (rudimentos marciais) terem sido desenvolvidos
naquele continente;
 Há “escolas” distintas de posturas de mãos para se tocar tambores
(principalmente caixa) onde os ângulos vertical, horizontal e nos tempos de
hoje a diagonal de ambas as mãos demonstram qual sua origem;
 Não há regras para a escolha de qual postura irá utilizar. Escolha a que mais
se adequa a sua preferência pessoal, o que não lhe impede de experimentar
todas elas;
 O ítem anterior também vale para as posturas/posições dos pés nos pedais.

ALEX REIS | 35
Tocando nos pratos

Hi hat / Chimbau
Há várias maneiras de se tocar o Hi hat. Aqui exponho somente duas. A primeira
toca-se com o “ombro” da baqueta, e a segunda toca-se com a ponta da baqueta.

Ride / Prato de condução


Como o Hi hat, o Ride e o crash também são tocados de várias maneiras diferentes.
Nos primeiros exemplos de toque no Ride (mão na vertical ou na horizontal),
procure pelo “ponto doce” ou o melhor local no instrumento onde consegue-se um
resultado sonoro mais agradável, onde perceba que o prato vibra por inteiro e o som
fica mais bonito. Nos outros dois exemplos exponho o toque na cúpula do prato
simulando um cowbell, ou mesmo um efeito de sino.

Crash / Prato de ataque


O Crash na maioria das vezes é tocado com o “ombro” da baqueta. Como o Hi hat e o
Ride, há diferentes modelos de crash com diferentes medidas e espessuras, portanto
de acordo com o prato que estiver tocando a intensidade que usará deverá ser
adequada ao instrumento para fazê-lo vibrar por inteiro também.

36 | BATERIA ESSENCIAL
Movimentação das baquetas / baquetamento

Convencional

Tradicional

Aquecimentos
Estar em boa forma física ou ter um bom condicionamento físico não é algo que se
deve desenvolver somente para tocar bateria, e sim algo fundamental para a saúde
como um todo. Neste tópico irei abordar e demonstrar um aquecimento ou
esquentamento corporal para que basicamente em poucos minutos antes das
práticas, estudos ou apresentações ao vivo farão com que o organismo esteja
prevenido contra lesões e que o início da atividade seja mais prazeroso. É importante
que siga uma ordem escolhendo começar de cima para baixo (da cabeça para os pés)
ou vice versa. Isto porque o aquecimento da circulação sanguínea está associada a
esta sequencia onde músculos e tendões serão preparados para a prática.
 Importante: se você tiver algum tipo de problema físico de
qualquer natureza, consulte seu médico antes de fazer estes
exercícios de aquecimento questionando-o se você está apto a
executá-los. A decisão de fazê-los é de inteira responsabilidade sua.
O autor e a editora deste livro estão isentos de quaisquer
responsabilidades relacionadas à decisão de fazer estes exercícios
físicos.

Pescoço – olhar para os dois lados / alongamentos

ALEX REIS | 37
Ombros – tensionar subindo e relaxar descendo

Antebraços – giros sem mudar a altura dos cotovelos

38 | BATERIA ESSENCIAL
Punhos – giros com cotovelos encostanto no tronco / braços abertos

Hélice – cotovelos tocando o tronco / braços abertos

ALEX REIS | 39
Pinça – somente os dedos sem movimentos de punho, antebraço ou ombro

40 | BATERIA ESSENCIAL
Dedos – fechar forte e abrir alongando ao máximo

Multi alongamento - tronco, braços, antebraços, punhos, dedos e pescoço

Alongamentos para os braços e ombros

ALEX REIS | 41
42 | BATERIA ESSENCIAL
Cintura – alongamentos laterais / giro de tronco com os joelhos esticados

Pernas – alongamentos / agachamentos

ALEX REIS | 43
Joelhos – giros

Panturrilhas e tornozelos – giros /suspensão

Pronto! Após estes exercícios você já estará aquecido e alongado!


A seguir estudaremos sobre afinação dos tambores para depois começarmos a prática
no instrumento.

Boa sorte!

44 | BATERIA ESSENCIAL
Guia
Guiaessencial
essencialde
deconsulta
consulta3 3- afinação dos
- afinação tambores
dos tambores

Afinação básica dos tambores da bateria


Como acima está mencionado este é um guia de afinação básica dos tambores, então
farei aqui uma explanação me limitando a dar um “ponto de partida” ao iniciante
para que sirva de incentivo e que o ato de estudar e praticar com sua bateria seja
mais divertido e prazeroso. Nada melhor do que curtir o som de seu instrumento
soando melhor, tanto você quanto seus vizinhos agradecerão por isso.
Este assunto sobre afinação é vastíssimo onde ao pesquisar melhor e ao adquirir
mais experiência no assunto, irá descobrir que diversos fatores influenciam sobre a
afinação de um tambor.
Pois bem, o primeiro ponto onde iremos começar é entendendo que os
membranofones ou instrumentos musicais com membrana ou “pele” possuem o que
se chama de “tessitura” sonora, ou “região” sonora levando em consideração seu
tamanho ou diâmetro, espessura do casco e profundidade do tambor em questão.
É importante conhecer isto primeiramente para que você entenda que um tambor
pequeno com pouca profundidade por exemplo na medida de 10x9 jamais irá soar
em tonalidade baixa ou grave como outro na medida de 16x16, e vice versa. Por mais
que os afine em tonalidades diferentes, eles foram construídos para soar melhor em
suas determinadas “regiões” ou tessituras sonoras. Portanto devemos respeitar esta
regra para obter o melhor resultado na afinação e que soará mais agradável aos
ouvidos.
O segundo ponto importante é entender que a quantidade de parafusos de
tensionamento existentes no aro também farão diferença quando for afinar as peles
dos tambores.
A regra aqui é simples: mais parafusos distribuídos uniformemente ao redor do
tambor equivalem à uma tensão mais precisa e mais balanceada.
Mas cuidado! Às vezes mais parafusos significam maior chance de obter uma
afinação ruim, pois o risco de cometer um equívoco no momento da afinação é
maior. Por isso geralmente as baterias de iniciantes vem com menos parafusos de
afinação do que as profissionais hoje em dia.
No passado muitas baterias profissionais vinham com menos parafusos de afinação.
Estes instrumentos soavam mais “abertos” como mais harmônicos pois quanto
menos parafusos ou outros elementos presos ao casco do tambor, mais vibração
conseguimos.
Como terceiro ponto não menos importante que os anteriores, é conhecer sobre as
peles ou membranas que irá usar em seu tambor. Quando eu iniciei meus estudos de
bateria era comum usarmos no Brasil peles de animais nos tambores, como ainda
hoje em dia se utilizam em outros instrumentos de percussão. Quando a temperatura
ambiente estava fria a pele afrouxava e o tambor soava mais grave, quando estava
calor ela esticava e soava mais aguda, daí desenvolveram as peles de nylon ou
plástico que seguram a afinação de uma forma mais adequada sem estar suscetível
aos fatores climáticos nos assegurando um maior conforto enquanto bateristas.
Existe uma grande quantidade de marcas e modelos de peles atualmente, e esta é
mais uma indústria de acessórios para baterias que não para de crescer e de
melhorar, o que é muito benvindo por nós.
A regra para as peles também não tem complicações: peles mais grossas que
podendo ser de um filme (membrana) ou duplo filme, produzem uma sonoridade
mais grave vibrando mais lentamente e tem menos sustentação do que as de filme
simples ou mais finas que terão um resultado sonoro oposto.
Peles que contém em sua superfície uma aplicação de tinta áspera em inglês
conhecidas como “coateds” (revestidas) que no Brasil as chamam erroneamente de

ALEX REIS | 45
“porosas” tem o intuito de imitar a sonoridade das antigas peles primitivas de
animais. Aliás, seriam porosas se fossem cheias de poros como nossa pele humana.
As peles lisas (clear) ou “limpas” tem mais projeção e ataque sonoro do que as
anteriores mencionadas.
Nosso quarto ponto diz respeito sobre a natureza do tambor novamente levando
em conta se ele tem apenas uma pele superior que é conhecida como “batedeira”
(outro nome popular que não concordo, pois como o músico-baterista toca/percute
e não bate, deveria ser conhecida como “tocadeira”) e nenhuma outra embaixo ou
no lado oposto do tambor, conhecida como “pele de resposta”. Se o instrumento tem
apenas a pele de cima, ele projetará mais volume e menos harmônicos, se tiver as
duas o volume, projeção e harmônicos serão mais balanceados.
A partir daí entramos em nosso quinto ponto a ser entendido no caso do tambor
conter as duas peles. Existem dois “efeitos” relacionados ao som que o tambor
projeta após o toque. O primeiro deles é o “Bend down” que acontece quando se afina
a pele de resposta em tonalidade mais grave do que a de cima. Ouve-se então uma
descendência tonal em que existe uma sensação de que o som está realmente indo do
agudo ao grave. O segundo é o “Bend up” onde se afina a pele de resposta
ligeiramente mais aguda que a de cima, e após o momento do toque ela “devolve” ou
responde de maneira mais rápida jogando o som de volta em que claramente temos
uma ascendência tonal vinda do grave para o agudo. A preferência é pessoal nestes
casos, experimente as duas e escolha a que melhor lhe agrada.
Ouve um tempo em que se afinavam as peças da bateria respeitando diferentes notas
da escala musical primária, mas com o passar dos anos isto mudou e hoje em dia no
geral a afinação da bateria segue mais uma preferência timbrística e pessoal.
Há bateristas que buscam no instrumento um aspecto mais melódico e assim prezam
muito pela qualidade de suas afinações.

Afinando os tambores na prática


Agora que você entendeu acima sobre os elementos básicos que deve respeitar para
obter uma boa afinação, mãos à obra!
Siga estes passos:
1- Solte ou afrouxe todos os parafusos do tambor;
2- Faça o inverso agora e aperte somente o suficiente para sentir que eles tocaram as
arruelas e o aro do tambor, mas cuidado, ainda evite apertar ao ponto em que a pele
começa a esticar. Todos os parafusos devem estar tocando o aro porém ainda não há
tensão na pele;
3- Agora escolha um deles e gire uma volta ou duas completas dependendo da espessura
de sua pele escolhida (se for fina um giro, se for grossa dois giros);
4- Após isso vá direto ao parafuso oposto (segundo) e repita o processo;
5- Assim que terminar de fazer o mesmo com o segundo parafuso vá ao parafuso do lado
direito deste mesmo (que será o terceiro) e repita o processo;
6- Então vá ao parafuso oposto (quarto) repita o mesmo processo até completar os giros
em todos os parafusos;
7- Se mesmo assim ainda não estiver soando como deveria soar, vá ajustando seguindo
a mesma ordem que efetuou para que todos possam estar com a mesma tensão e a
pele esteja apertada o mais uniformemente possível;
8- Para checar e ter certeza de que a pele está tensionada uniformemente toque
suavemente na pele com a baqueta ou mesmo com o dedo médio próximo aos
parafusos e verifique com seus ouvidos se existe algum que esteja mais ou menos
apertado que outros pois próximo à ele soará mais agudo ou mais grave.

46 | BATERIA ESSENCIAL
Ex:

A principal função do baterista


Agora que você já começa a entender aspectos importantes sobre música e sobre a
bateria em si, antes de iniciarmos a seção prática no instrumento é muito importante
conhecer sua principal função enquanto baterista. Se você perguntar para um leigo
em música o que ele acha que o baterista faz, a resposta mais comum é que o
baterista “acompanha” os outros músicos. Mas se perguntar a qualquer outro músico
que não seja baterista qual é a função e qualidade principal que eles procuram em
um baterista, a resposta é unânime: a capacidade de “manter o tempo”! E manter o
tempo/andamento/pulsação/estrutura rítmica significa primeiramente executar o
que de primordial o baterista deve desempenhar em grupo.
Se o baterista acelera ou diminui o andamento da música, todos os outros músicos
fazem o mesmo, porque a bateria é um instrumento rítmico em sua essência e é o
instrumento onde os outros (harmônicos e melódicos) se apoiam. Então quem
acompanha quem?
As pessoas irão lhe convidar pra tocar em grupo primeiramente porque tem um
senso rítmico de pulsação/tempo aprimorado. Se você “segura” bem o tempo será
sempre benvindo em qualquer situação musical. Outros aspectos importantes para
um baterista também são analisados pelos outros músicos, porém manter o tempo e
dar segurança aos outros músicos é o principal!

Parabéns por ter chegado até aqui! A partir de agora iniciará seus estudos práticos,
boa sorte!

ALEX REIS | 47
BATERIA
PRÁTICA ESSENCIAL

48 | BATERIA ESSENCIAL
ESTUDO 5
estudo no. 5
Conteúdo prático
Em nossos estudos práticos iremos nos aperfeiçoar fazendo diferentes tipos de
exercícios. Seguiremos uma sequência de aprimoramento utilizando exercícios para
os pés (base estrutural), rudimentos para as mãos, exercícios de
coordenação motora combinando mãos e pés (ambidestria e independência
parte rítmica
entre os membros) e parte rítmica ouou ritmos
ritmos fundamentais
essenciais de diferentes
de diferentes
maneiras em diferentes estudos. A medida em que formos evoluindo, o nível de
dificuldade irá aumentando gradativamente e iremos experimentando exercícios
práticos mais avançados guardadas as devidas proporções e levando em conta o
propósito e a natureza deste livro de base essencial.
fundamental.

Pés – base estrutural


Bumbo (Bb)
1)

1e2e3e4e 1e2e3e4e 1e2e3e4e 1e2e3e4e


2)

3)

4)

Chimbau (Ch)
5)

6)

7)

8)

ALEX REIS | 49
Bb+Ch

9) Pedalação “1 e 1”

10)

11) Pedalação “2 e 2”

12)

13) Pedalação “3 e 3”

14)

15) Pedalação “4 e 4”

16)

50 | BATERIA ESSENCIAL
Mãos - manulações e rudimentos

Caixa (Cx)
Rudimento “1 e 1” ou toque simples
1)

2)

Rudimento “2 e 2” ou toque duplo


3)

4)

Rudimento “3 e 3” ou toque triplo


5)

6)

Rudimento “4 e 4” ou toque quadruplo


7)

8)

2 compassos com cada mão – “3 e3”


9)

2 compassos com cada mão – “4 e 4”


10)

ALEX REIS | 51
Coordenação - combinações entre mãos e pés
Sugiro para esta seção, após estudar com as duas mãos somente na caixa, distribua
os toques de mãos juntas por todas as outras peças de sua bateria. Cuidado e atenção
ao tocar com as duas mãos juntas! Elas devem soar realmente juntas tocando apenas
uma nota a cada movimento.

1)

2)

3)

4)

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7)

8)

52 | BATERIA ESSENCIAL
Rítmo - levadas ou “grooves”
Conduções com as semínimas.
Você poderá neste momento escolher tocar com a MD no Ride ou no chimbau
fechado.
A ME deverá estar tocando a caixa.

1)

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3)

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6)

ALEX REIS | 53
estudo no. 10
Pés
Com o Ch
1)

2)

3)

4)

5)

6) Solo

Mãos
Continuação do estudo anterior de acentuações com tercinas

1)

2)

3)

Obs.: ao terminar esta parte, por enquanto ainda não inverta a ordem das
mãos. Antes disso é necessário deixar este estudo muito bem interiorizado.
Coordenação - Distribuindo os grupos rítmicos pelos tambores.
Agora chegou o momento esperado para explorarmos mais o instrumento!
1)4 tempos por tambor, de 1 nota por tempo até 4 notas por tempo e retornando a
1 nota novamente.

2) 2 tempos por tambor, repita o mesmo procedimento de “ida e volta”.


3) 1 tempo por tambor, o mesmo procedimento de “ida e volta”.

Rítmo
Continuação do estudo anterior, porém com Bb e Cx no contratempo e toques
seguidos de Bb

1)

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6)
Vamos criar?
Utilize este espaço para exercitar sua escrita musical e sua criatividade!
estudo no. 11
Pés
Tercinas de colcheias com o Bb
1)

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3)

4)

5)

Mãos
Acentuações com semicolcheias

1)

2)

3)

4)

5)

Coordenação
Coordenação
Com a ME “a tempo”, faremos o mesmo que anteriormente, porém vamos iniciar
do Surdo indo até à Caixa em movimento “anti-horário”

1) 4 tempos por tambor

2) 2 tempos por tambor


3) 1 tempo por tambor

Rítmo
Continuação do estudo anterior
1)

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estudo no. 12
Pés
Com o Ch
1)

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5)

6) Solo

Mãos
1)

2)

3)

4)

5) Refaça todos os exercícios anteriores propostos invertendo a ordem das mãos (Ex.: EDED EDED
etc...). Poderá também neste momento retornar aos estudos 9 e 10 e refazer os exercícios de mãos
tercinados também começando com a ME. Congratulações pois estamos evoluindo!!!
Coordenação - Exercício similar ao de coordenação do estudo anterior,
porém agora faremos com a manulação alternada (toques simples).
1)

2) Com a ME “a tempo”

Rítmo - Dois toques seguidos na caixa


1)

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8)
estudo no. 13
Pés
Quartinas, semicolcheias ou grupo de 4 notas

Com o Bb
1)

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3)

4)

5)

Mãos
Exercícios para resistência física e manutenção técnica
Após ter interiorizado estes exercícios, altere a velocidade aumentando-a sempre
utilizando um metrônomo. Faça-os sempre que puder para se aquecer ou manter sua
técnica com as mãos em dia.

1)

2)

3)

4)
Coordenação
Distribuindo alternadamente pelos 4 tambores. MD “a tempo”

1) 4 tempos por tambor

2) 2 tempos por tambor


3) 1 tempo por tambor

3) Repita os exercícios de coordenação anteriores começando com a ME “a tempo”,


mas lembre-se de iniciar pelo surdo seguindo para o tom 2, tom 1 e caixa. Sempre no
sentido anti-horário!

Rítmo
Continuação do estudo anterior com 1 e 2 toques de caixa e/ou bumbo
1)

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9)
estudo no. 14
Pés
Com o Ch
1)

2)

3)

4)

5)

6) Solo

Mãos - manulação alternada


1) Sextinas - Semicolcheias sextinadas ou grupo de seis toques.

2)

3) Octinas - Fusas de oito notas ou grupos de oito toques.

4)

5) Agora faça com a manulação alternada na caixa indo de 1 nota por tempo a 8
notas por tempo. Ex.: 1-2-3-4-6-8-6-4-3-2-1. Depois refaça também começando
com a ME.
Coordenação
Vamos inserir sextinas e fusas no execício de coordenação indo de 1 a 8 toques e
voltando . Faça todos com a manulação alternada (tudo com toques simples).

1) 4 tempos por tambor

2) Repita o mesmo procedimento distribuindo os grupos rítmicos 2 tempos por


tambor, e depois 1 tempo por tambor.

3) Refaça agora todo o processo anterior (4, 2 e 1 tempo pelos tambores)


começando com a ME “a tempo” como já está habituado.
Rítmo
Acentuações no Chimbau

Na borda do chimbau fechado, acentue com o “ombro” da baqueta”, que é


exatamente onde ela começa a “afinar” ou diminuir seu diâmetro, o ponto exato
entre o “pescoço” e o “corpo” da baqueta. As notas não acentuadas devem ser tocadas
com a ponta da baqueta no centro do prato de chimbau entre o furo do meio e a
borda. Você perceberá que após este estudo seus ritmos soarão “mais humanos” e
orgânicos com contrastes que os farão ficar muito mais interessantes!

Acentuação 1 – mais utilizada para ritmos de Rock (e seus derivados) e Pop em


geral pela sua ênfase na marcação dos tempos.
1)

2)

Acentuação 2 – mais utilizada para ritmos de Funk (e seus derivados) e Reggae (e


seus derivados) pela ênfase no contratempo.
3)

4) Agora com estes dois exemplos de acentuações, refaça os exercícios rítmicos dos
estudos anteriores.
estudo no. 15
Pés - Combinações entre colcheias, colcheias tercinadas e semicolcheias
Bb
1)

2)

3)

4)

5)

6)

7)

Mãos
Double stroke roll/ toque duplo/ “papa mama”/ “tata mama”/ 2 e 2
Assim como o toque simples, o toque duplo é muito usado e muito eficiente!
Pratique com atenção e faça bom uso!
1)

2)
“Papa mama” indo de 1 a 8 notas por tempo e voltando a 1 nota por
tempo na caixa
1)

2)

Coordenação - Distribuindo pelos tambores com o toque duplo.


Apresentarei nesta seção somente os exemplos de 2 tempos e 1 tempo por tambor por serem
diferentes da maneira que vínhamos fazendo com o toque simples (muita atenção aos
grupos de tercinas e sextinas), porém comece antes distribuindo os grupos rítmicos de 1 a 8 e
voltando ao 1, por 4 tempos em cada tambor.

1) 2 tempos por tambor.


2) 1 tempo por tambor.

3) Repita o mesmo processo feito nos exercícios anteriores com o toque duplo
começando pela ME. E lembre-se, faça no sentido anti-horário!

Rítmo - Condução em colcheias no Ride – prato de condução


Conduzir no Ride é muito prazeroso, e sua função é preencher melhor os espaços entre as
notas. O Ride servirá muito bem quando você estiver tocando em grupo e tiver que
preencher mais o som em momentos como introduções, refrões ou solos de outros
instrumentos. Para todos os toques de condução, esteja certo de que a ponta da baqueta da
MD está sendo usada. Existe um “ponto doce” ou um ponto exato entre o furo do prato e a
borda em que o som fica mais agradável e mais bonito. Procure por este ponto em seu prato.

1) Com o Ch nos tempos 2 e 4.

2)

3) Com o Ch nos tempos 1, 2, 3 e 4.

4)

5) Agora com estes exemplos de condução mostrados, você já pode refazer todos
exercícios rítmicos (condução em colcheias) dos estudos anteriores.
estudo no. 16
Pés
Com o Chimbau
1)

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5)

6) Solo

Mãos - Paradiddles
É um rudimento composto pela junção do toque simples (1 e 1) com o toque duplo (2
e 2). Serve para inúmeras funções quando o tocamos, mas a função primordial do
paradiddle é possibilitar a mudança de “direção” de um rudimento simples ou duplo.
Ao fazer toques simples sequencialmente com a MD a tempo e desejar inverter para
que a ME fique a tempo, faça uso do paradiddle. No Brasil antigamente o chamavam
de “paradilho”.
Proponho praticá-lo também com as tercinas, conhecidos como “paratriplets”.

1) PAradiddle
2) paRAdiddle

3) paraDIddle

4) paradiDDLE

Coordenação - Distribuindo o paradiddle pelos tambores


1) 4 tempos por tambor

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3)

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Rítmo - Abrindo o Chimbau no contratempo e fechando-o no tempo
O sinal “o” significa “abrir/soltar a pressão” do chimbau mas deixando-o na verdade semi-aberto
produzindo um som de “ssshhhh” onde o prato de cima fica mais solto mas continua em contato com
o de baixo. O sinal “+” significa o momento exato em que deve-se fechá-lo, ou seja, apertar os dois
pratos contra si. Procure perceber que o ar entra no meio dos pratos ajudando no efeito sonoro.
1)

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Com estas “ferramentas” você poderá escolher qualquer um dos ritmos estudados
anteriormente e aplicar a abertura de chimbau da maneira que desejar. As
combinações são inúmeras! Utilize agora o seu bom gosto!
estudo no. 17
Pés - Bumbo e Ch juntos
1)

2)

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Mãos
1)Paradiddles com sextinas - “para-sextuplets”

2)Paradiddles com octinas. E para não perder o bom humor eu as chamo de:
“parafusas!”

Como no estudo anterior, você pode “deslocar” a acentuação pelas outras 3 notas do
paradiddle.

Coordenação - Continuação do estudo anterior distribuindo pelos tambores


1) 2 tempos por tambor

2)
3) 1 tempo por tambor

Rítmo
Solo com condução em colcheias simples
estudo no. 18
Pés
Continuação do estudo anterior
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6) Solo com acentuações

Mãos
De 1 a 8 notas por tempo e voltar a 1 nota na caixa com paradiddles

1)
Coordenação - Distribuindo os paradiddles pelos tambores
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Rítmo
Condução em colcheias com os paradiddles!
Sim, você pode usar o paradiddle também como rítmo/groove. Divirta-se!
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estudo no. 19
Pés
Bumbo e Chimbau alternados

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Mãos
Deslocando a acentuação – paRAdiddle.
1)
Coordenação
Continuação do estudo anterior com os paradiddles distribuídos pelos tambores,
agora com octinas.

1)

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Rítmo
Continuação do estudo anterior com os paradiddles rítmicos/ groove paradiddles.

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13)
estudo no. 20
Pés
Continuação do estudo anterior com Bb e Ch alternados.
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Inverteremos a ordem desta vez estudando primeiro a coordenação e depois


as mãos.

Coordenação
Estruturação para grooves tercinados. As notas não acentuadas de ch são
feitas com a ponta da baqueta.
1)

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Mãos
Sequência de análise para rulos. Usaremos os grupos de semicolcheias como
guia até atingirmos 15 toques por compasso.

1)
Rítmo
Shuffle
Agora começamos nossos estudos com as levadas/grooves em sentido “Shuffle”, que
quer dizer “arrastado/bêbado”. Pode ser dizer que o groove do Shuffle está entre o
Jazz e o Rock para que a compreensão deste fabuloso rítmo seja melhor. O sentido e
o sentimento do Shuffle é aplicado sobretudo no Blues como sua principal formação.
Reza a lenda de que esta cadência foi incorporada ao Blues quando os escravos das
plantações de algodão do estado do Mississipi nos EUA ouviam o som dos
mecanismos de locomoção dos trens de ferro ao passar, e assim incorporaram este
elemento de pulsação ao rítmo de suas canções.

1)

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8)
estudo no. 21
Pés
Continuação do estudo anterior.
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5)Solo

Mãos - Flams
Apogiatura é o nome desta pequena nota que aparece antes da seguinte. Conhecida na
liguagem percussiva como a onomatopeia “flam”. É muito utilizado e é um dos rudimentos
fundamentais a serem aprendidos. Estudaremos a “manulação espelhada” (uma mão copia o
movimento da outra), e depois a “manulação alternada”, sempre iniciando com a MD a
tempo, e logo após repetindo tudo com a ME a tempo. Após estudar com a caixa, iremos
acrescentar o Bb e o Ch. Repetiremos várias vezes o primeiro grupo de flams a cada novo
exercício para que fique bem claro e estruturado a inversão das mãos.
1)

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Coordenação - Continuação do estudo anterior de estruturação para Shuffle.
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7)

Rítmo
Continuação do estudo anterior de Shuffle acrescentando dois toques seguidos de caixa.
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estudo no. 22
Pés
Estudos específicos com tercinas
1)

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Mãos
Continuação do estudo anterior com os flams

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Coordenação
Continuação do estudo anterior de coordenação com o bumbo nas terceiras notas das
tercinas.
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Rítmo
Continuação do estudo anterior de Shuffle
1)

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