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1. Introdução
civilização. Isso pelo simples fato de que, o ato de levar uma carga útil de um ponto de origem
até um ponto de destino é uma necessidade visceral para qualquer comunidade. A propulsão de
um veículo pode se dar por diversas formas de tração porém, há mais de um século, a forma
mais utilizada é sempre dependente de alguma espécie de combustível ao invés do uso de força
humana, animal, eólica, hidráulica, entre outras (RODRELA, S., 1970; DAUSÁ, F. ,1975;
Um combustível determina diversos limites para uma tecnologia de propulsão e, além disso,
tecnologias de propulsão que exigem um estudo mais apurado dos comburentes, são tecnologias
ou, até mesmo, são tecnologias que operam em situações fora da atmosfera – seja no espaço
sideral, seja num setor submarino. Nestes casos, o veículo deve ser dotado de uma tecnologia
que lhe permita levar, com segurança e eficiência, tanto combustível quanto o próprio
comburente (RODRELA, S., 1970; DAUSÁ, F., 1975; VON BRAUN,W & ORDWAY, F.,
espaciais”, “torpedos”, entre outras alcunhas. Apesar das diferenças de engenharia aplicada em
cada tarefa, tais engenhos possuem uma semelhança: sua propulsão depende fundamentalmente
dos próprios combustível e comburente. Logo, o termo “propelente” inclui, ao menos, dois
(componente químico oxidante) (RODRELA, S., 1970; DAUSÁ, F., 1975; VON BRAUN,W
A tecnologia dos propelentes tem uma história bastante antiga e remonta fatos da antiga
Manchúria até nossos dias, passando pela expansão do império britânico, mas o ápice do
aumento da eficiência dos engenhos se dá num ritmo menos violento do que era na segunda
metade do século passado (RODRELA, S., 1970; DAUSÁ, F., 1975; VON BRAUN,W &
2. Objetivos
Apresentar a tecnologia dos propelentes sólidos de foguetes como área que exige o uso
Astronáutica serve de maravilhoso tema transversal entre as ciências além das diversas
aplicabilidades dessas tecnologias nos seus cursos de formação, sejam químicos, engenheiros
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3. Propelentes e Tipos de Foguetes
A ciência que projeta, constrói e opera veículos espaciais e estuda o problema do voo
entre os astros ou entre veículos e bases espaciais construídas no espaço exterior chama-se
Astronáutica. Foguetes são veículos autopropulsados que independem do meio em que operam
pois levam seu propelente e têm, como principal objetivo, transportar uma carga de um ponto
ao outro, seja de um extremo do globo terrestre ao outro, seja uma espaçonave ao espaço
armazenados separadamente (VON BRAUN,W & ORDWAY, F., 1969; GODDARD, R., 1948;
menos numa que é por onde eles escapam. É justamente onde a pressão dos gases atua que
saírem com grande velocidade pela parte aberta (motor) e a câmara reage movendo-se em
sentido contrário (VON BRAUN,W & ORDWAY, F., 1969; GODDARD, R., 1948; SUTTON,
ou líquido. Ainda existem os foguetes híbridos, movidos pela reação entre um sólido depositado
nas paredes do envelope motor com um líquido injetado para reagir com tal sólido – muitas
gerando vapor de água e oxigênio. As diferenças fundamentais podem ser entendidas mais
claramente nas Figuras 1, 2 e 3 (GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986; WIMPRESS, R.,
3
1950; ZAEHRINGER, A., 1958; USA MIL-PRF-16005F, 1968-2003; HUNLEY, J., 1999; BOTT,
M., 2009).
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O jargão corrente na área trata os compostos propelentes como ergóis – o ergol oxidante
combustível. Além disso, o termo propelente se faz usual no meio para tratar da mistura entre
os ergóis oxidante e redutor acrescida de aditivos variados, deixando-se para a mistura sem
formando um meio rico em oxigênio junto ao próprio combustível e que ao ser iniciado, mantém
- Biergol: neste caso o foguete é dotado de dois reservatórios distintos para o transporte de
oxidante e redutor, o que define que mistura propergol só ocorre na câmara de combustão do
motor foguete, isso pode ser melhor entendido pela observação da Figura 1. Um engenho
biergol ainda pode ser chamado de hipergol quando o simples contato entre seus ergóis inicia a
reação espontaneamente – caso dos ergóis hidrazina (redutor) e ácido nítrico (oxidante). Esse
último engenho dispensa ignitores (GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986; HUNLEY, J.,
1999).
Sem sombra de dúvida, os engenhos líquidos são os mais utilizados pois podem ser
controlados com maior precisão do que os sólidos. Em primeiro lugar podem ser ligados e
desligados diversas vezes; além da direção, o vetor empuxo pode ser alterado ao bel prazer em
módulo bastando pra isso, injetar uma maior ou menor quantidade de propergol na câmara de
combustão. Entre as maiores vantagens de seu uso está o maior conteúdo energético em relação
aos sólidos assim produzindo um empuxo muito superior por unidade de massa consumida
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oxidante não precisa ser ou conter oxigênio, basta que tenha uma ampla capacidade
eletronegativa como, por exemplo, o flúor (F2). O composto redutor, ao contrário do anterior,
deve ter elemento altamente eletropositivo. Além disso, qualquer um dos dois ergóis ocupa
muito espaço na forma gasosa e, por isso, eles são conduzidos na forma liquefeita sob altas
dessas máquinas. Isto tudo, somado às altas temperaturas da câmara de combustão, determina
que tais máquinas trabalhem com fluídos conduzidos pressurizados por dutos preparados para
operar entre duas faixas de temperatura (abaixo de -90º C e acima de 1500º C). Em resumo, o
explosão na câmara (GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986; HUNLEY, J., 1999).
Além dessas dificuldades, nota-se que o propergol não flui com a velocidade necessária
pelas tubulações, exigindo assim que seja “empurrado” até a câmara de combustão. Estes
sua imensa complexidade pois seus mecanismos devem ser de precisão ultrafina, e ao mesmo
tempo muito resistentes e dinâmicos, pois devem operar em meios adversos que se modificam
em poucos segundos (GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986; HUNLEY, J., 1999).
em torno da câmara de combustão, antes deste entrar nela – isto representa uma grande
G., 1986).
os motores são dotados de vaporizadores, mas nem sempre. Assim, algumas vezes líquido,
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outras vezes gasoso, é injetado na câmara. Os injetores, quando existem, devem ser dotados de
veículo e se injetarem de menos o foguete perde rendimento (GODDARD, R., 1948; SUTTON,
G., 1986).
Por outro lado, os engenhos a propelente sólido são um tipo bem mais simples de motor
- primeiro: uma vez iniciada a combustão, não há meio de controlá-la. Apesar de alguns motores
mais modernos apresentarem esquemas mecânicos e hidráulicos com freon liquefeito para
- segundo: seu impulso específico é bem mais baixo que o de foguetes líquidos.
Fora esses dois pontos, o propelente sólido só apresenta vantagens como, seu longo
período de armazenamento e o curto espaço de tempo necessário para lançamento após seu
válvulas, entre outros (VON BRAUN,W & ORDWAY, F., 1969; WIMPRESS, R., 1950;
pode ser tubo motor ou vaso de pressão) entra na forma coloidal semilíquida, geralmente muito
espesso e viscoso. Depois de passar por um processo de curagem é que o propelente fica com
propriedades de uma borracha. O propelente depois de armazenado chama-se grão e pode ser
sólido não queima da base para cima como um charuto, por exemplo. Como pode ser visto na
Figura 2, o grão é oco por dentro e, nesse espaço é que se encontra a real câmara de combustão,
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a qual pode ter variadas configurações, sendo as formas mais comuns a cilíndrica e a estrela.
Esse desenho da câmara que irá ditar o comportamento do empuxo do foguete (WIMPRESS,
R., 1950; ZAEHRINGER, A., 1958; IHA, K et al., 2002; PARTHBAN, B.et al., 1992).
trata-se de um elemento de alto calor de combustão que é detonado por uma resistência elétrica.
Esse tipo de equipamento é de suma importância e seu projeto e execução são uma arte à parte
conjunto câmara de combustão mais tubeira de escape, mas isto é errado, pois as tubeiras são
bastante complexos. Para que cada parte de um foguete tenha sua determinação específica,
chama-se de motor a tubeira do veículo. Este motor sempre deve ser do tipo
convergente/divergente, o que acelera violentamente os gases que por ali passam, e é composto
adaptado ao bocal do divergente ainda pode-se ter um cano de escape para aumentar ainda mais
o empuxo do veículo (muito comum nos foguetes a propergol líquido) (WIMPRESS, R., 1950;
outro lado, os principais parâmetros a caracterizar um foguete podem ser resumidos em:
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3.1.1 Razão de Mistura
estequiométrica mas, na realidade, não é. Embora esta produza a temperatura mais elevada,
devemos lembrar da relação termodinâmica que versa sobre o quociente entre a temperatura de
chama e o peso molecular médio dos gases, isto tudo na unidade de tempo. Por exemplo: como
CO é mais leve que o CO2, apesar da combustão completa gerar maior quantidade de energia,
mesmo quociente, se o redutor fosse mais leve do que os gases de combustão, seria mais
vantajoso que o mesmo saísse sem ser queimado, livre. Isto elevaria a velocidade de ejeção
gasosa, na unidade de tempo. Resumindo, a razão da mistura é que vai ditar a melhor relação
propelente relacionando a energia liberada com a leveza dos gases produzidos (GODDARD,
R., 1948; SUTTON, G., 1986; WIMPRESS, R., 1950; ZAEHRINGER, A., 1958; DEJAN, M.
Quanto maior a razão, maior será a velocidade final do foguete, determina-se isso
através da equação da conservação do momento linear, como pode ser visto na dedução da
Equação 1.
𝑀. 𝑑𝑣 = 𝑐. 𝑑𝑀
Onde:
M = massa do foguete;
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dv = velocidade;
R = razão.
Esta equação está supondo que as forças de arraste aerodinâmico estão nulas e que a
gravidade não está agindo sobre o veículo. Na verdade, mesmo que “R” de um foguete seja
maior que “e”, ele nunca atingirá a velocidade de ejeção dos gases devido às perdas que
equação:
∫ 𝑑𝑣 = 𝑐. ∫ → ∆𝑣 = 𝑐. 𝑙𝑛 → 𝑣 = 𝑣0 + 𝑐. 𝑙𝑛 →
entender que, para conseguir uma velocidade final do foguete que seja um múltiplo da
velocidade dos gases é necessário que o termo “R=e” tenha “e” elevado na potência
gravitacional justificam o uso de estágios para que se atinja velocidades superiores a "c”.
Aumentar o número de motores no primeiro estágio aumenta o empuxo, porém aumenta o peso
na mesma proporção (GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986; WIMPRESS, R., 1950;
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3.1.3 Impulso Específico do Propelente
O empuxo pode ser tratado como a força gerada pela energia mecânica obtida pela
conversão da energia química da reação. A medida que os gases escapam pela tubeira, a energia
entalpia. Disso nasce a importância de obter-se um baixo peso molecular para atingir-se uma
Esta pode ser obtida pelo impulso específico, que indica as libras de empuxo conseguidas com
a queima de uma libra (453,59g) de propelente por segundo. Assim, o impulso do foguete
depende basicamente da quantidade de propelente que é queimada por segundo. Por exemplo,
propelente, produzindo um empuxo de 420 libras. O impulso específico é usado para comparar
a eficiência de diferentes propelentes. Houve época, até os anos de 1950, na qual um impulso
específico de 170 s era tido como muito bom. Atualmente, são muito raros os foguetes que
possuem um impulso específico menor que 250s. Através do impulso específico comprova-se
que um foguete se afasta da terra, deixando de sofrer atração e rendendo melhor no espaço. O
Impulso específico pode ser calculado pela Equação 2, a qual também demonstra que o empuxo
aumenta com o afastamento do veículo em relação ao centro da terra. É claro que a unidade “s”
se faz incoerente com a correta linguagem da Física, a qual trata de forma diferenciada “kg” de
“kgf” – porém é corrente o uso da unidade “s” para o valor de “Isp” no linguajar da área
astronáutica (VON BRAUN,W & ORDWAY, F., 1969; GODDARD, R., 1948; SUTTON, G.,
𝑐 𝐸
𝐼𝑠𝑝 = 𝑜𝑢 𝐼𝑠𝑝 =
𝑔 𝑐𝑠
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Onde:
c = velocidade gases;
g = aceleração da gravidade.
E = empuxo;
Cs = consumo de propelente.
foguete é igual ao momento dos gases ejetados, isto é, a velocidade do foguete é diretamente
proporcional a velocidade de ejeção dos gases. Para obter-se um valor elevado de “c” vários
- o consumo de propelente por segundo deve ser alto para que a velocidade de combustão torne-
se elevada e possa gerar altas temperaturas, as quais irão gerar altas pressões.
A velocidade de ejeção dos gases é medida a partir da garganta da tubeira, sendo que
esta velocidade é máxima no bordo do divergente. Assim sendo, um bom projeto de tubeira
- o desenho do motor (tubeira) deve gerar uma velocidade máxima de ejeção de gases.
na câmara, nos sólidos depende exclusivamente da superfície de combustão imposta pelo formato
da câmara à reação como pode ser observado na Figura 4 (VON BRAUN,W & ORDWAY, F.,
1969; GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986; WIMPRESS, R., 1950; ZAEHRINGER, A.,
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1958; IHA, K et al., 2002; PARTHBAN, B.et al., 1992; DEJAN, M. et al., 2003; SOURABH,
A. et al., 2002).
unidade de tempo (Cs). Nos motores a propelente líquido esse valor modifica-se de acordo com
a necessidade no decorrer do voo. Acontece que em certas etapas do vôo exige-se, ora mais, ora
menos, potência. Isto é feito por que os injetores são controláveis. No caso do sólido as variações
de potência têm de ser planejadas previamente e obtidas pelo formato adequado de câmara de
combustão como foi visto na Figura 3 pois, depois de iniciada a combustão é impossível controlar
a reação (VON BRAUN,W & ORDWAY, F., 1969; GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986;
WIMPRESS, R., 1950; ZAEHRINGER, A., 1958; DEJAN, M. et al., 2003; SOURABH, A. et
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3.1.6 Densidade
Quanto maior a densidade do propelente maior sua massa dentro do foguete (volume
fixo). Porém, alguns combustíveis de baixa densidade são usados devido ao seu grande poder
energético (exemplo: H2), apesar disso implicar em aumento de tamanho e peso do veículo
causados, principalmente, pelo excesso de maquinária exigida para que o veículo funcione bem
contendo grandes tanques destes ergóis (GODDARD, R., 1948; SUTTON, G., 1986;
Outros fatores são importantes para caracterização de propelentes e foguetes, entre eles:
número de estágios, empuxo momentâneo, empuxo total, aceleração, perdas pela gravidade e
curvas sinergéticas. Todavia, não serão explanados neste artigo devido ao interesse do mesmo
ser voltado à química. Este artigo se restringe ao propelente sólido devido às grandes dificuldades
foguete:
𝑀𝑑. 𝑀𝑣 𝑀𝑑. 𝑀𝑣
𝐹= 𝑜𝑢 𝐹 =
9,81 32,17
Onde:
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Equação 4 – Velocidade do Foguete
mc
Va = Vj.
mt
Onde:
Dentre a ampla gama de receitas propelentes sólidos, destacam-se algumas com valor
histórico como a pólvora negra, as cordites, as balististes e as galcites – todos com impulso
específico inferior a 170s e uso corrente até meados da década de 1950. Os exemplos estão
Em plena guerra fria deu-se tremenda evolução das receitas propelentes em prol da
obtenção de impulsos específicos maiores que 250s. Isso ocorreu com troca de oxidantes
geradores de dejetos sólidos por oxidantes que geram apenas gases e a troca de redutores de
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geralmente com polibutadieno hidroxilado (-(C2H4O)-). Além de um melhor impulso específico,
tais propelentes apresentam melhores propriedades físicas como textura regular, manutenção da
forma da câmara, densidade do grão e desprezível risco de autodetonação. Tais propelentes são
exemplificados na Tabela 2 (WIMPRESS, R., 1950; ZAEHRINGER, A., 1958; IHA, K et al.,
COMPOSIÇÃO A B C
NH4ClO4 50 a 85%
NH4NO3 80%
Picrato de Amônio 40 a 70%
Catalisador 2%
KNO3 20 a 50%
-(C2H4O)- 15 a 50% 18% 10%
composições contam, atualmente, com NH4ClO4 ao invés de NH4NO3 para melhorar ainda mais
as características de propulsão (WIMPRESS, R., 1950; ZAEHRINGER, A., 1958; IHA, K et al.,
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3.4 Propelente à Base de Sacarose
de sacarose que emula a pólvora negra compilando melhores propriedades físicas como
combustão. A reação de combustão dessa composição pode ser definida pelos valores
48NaNO3(s)+5C12H22O11(s)+4S8(romb)→55H2O(g)+24N2(g)+60CO2(g)+8SO3(g)+24Na2S(*)
em “National Bureau of Standards - Circular 500 – Selected Values of Chemical Thermodynamic Properties”).
n (mol) 48 5 4 55 24 60 8 24
Teor (%) 59,844 25,105 15,052 14,534 9,862 38,733 9,395 27,475
3 08
(Kcal.mol-1.K-1)
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Os valores tabelados levam a diversos outros valores físico-químicos importantes, os
quais podem ser determinados sem levar-se em consideração substâncias estranhas ao grão
propelente e perdas para o meio. Assim sendo, estima-se os valores das variações de entalpia e
até a fusão do Na2S (1,2Kcal.mol-1 até 1453K) e o aquecimento final dos produtos até a
𝐶𝑝(𝑇) 𝑑𝑇
𝐶𝑝𝑖𝑚 = . 𝑑𝑇 = (𝑎 + 𝑏. 10 𝑇 + 𝑐. 10 . 𝑇 ).
, ∆𝑇 , ∆𝑇
∆𝑇 ∆𝑇
(𝑎. ∆𝑇) + 𝑏. 10 . + (𝑐. 10 . −1 )
2
=
∆𝑇
aquecimento e mudança de fase de agregação dos produtos. Isto permite descontar tais valores
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Equação 7 – Cálculo de Energia gasta para Aquecer os Produtos
𝐻𝑖 = ( 𝑛𝑖. 𝐶𝑝𝑖) . 𝑑𝑇
,
Aplicando-se a Equação 9, a qual trata de entropia com valores em Joule, encontra-se a pressão
na câmara durante a queima na temperatura adiabática de chama. Com a Equação 10, determina-
S ∆Cpi
∆S𝐓𝐜𝐡 = ∆S , + + . dT
T , T
Tch P2
∆S = ∆S − ∆S , = Cp . ln − n. R. ln
298,15 P1
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Equação 10 – Impulso Específico nas Condições de T e P da Combustão
ᵧ
Tch ᵧ Pe ᵧ
Isp = . . 1− . 13,15
Mm ᵧ − 1 Pc
Onde:
ᵧ = Cp/Cv = 1,2128 (razão média entre as capacidades caloríficas a pressão e volume constantes, respectivamente.);
4. Discussão
disparo estático na APE (Associação para Pesquisas Espaciais) da cidade do Rio Grande (estado
do Rio Grande do Sul – Brasil), obtidos durante a década de 1990, corroboram com os valores
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(estado do Rio Grande do Sul – Brasil) durante a última década, podem servir de exemplo e
educação científica bem como na pesquisa universitária para desenvolver propelentes com
reais de tais reações bem como do uso dos mesmos cálculos em prol do desenvolvimento de
Um tema gerador tão poderoso como este consegue motivar e desafiar professores e
alunos a pesquisar, estudar e redigir em mais de uma língua os conhecimentos de várias áreas
sólidos como eixo temático transversal para trabalhos científicos educativos, porém uma
questão permanece incógnita: haverá motivado outros mestres e pupilos a aventurar-se na área
oxidante por algum composto que não gere dejetos sólidos, por exemplo NH4NO3 ou NH4ClO4,
hidroxilado, o que melhoraria muito a textura do propelente, seu manuseio, sua capacidade em
Não menos interessante seria um estudo sobre adição de agentes balísticos como Al ou Mg em
em grande valor, na temperatura de chama. Num futuro mais distante ainda, poderia ser
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vislumbrado um trabalho sobre propulsão híbrida, atualmente um dos focos mais visados pelas
grandes potências mundiais ou, encarar estudos sobre propelentes da química verde – menos
2008).
6. Referências Bibliográficas
BERMAN, R. & GUNSTON, B.(1984). Foguetes e Mísseis da III Guerra Mundial. Rio
de Janeiro: ALTCLtda (Tradução para o português: Azevedo, F.).
BOTT, M.(2009). Unique and Complementary Characteristics of the U.S. ICBM and
SLBM Weapon Systems. Washington D.C.: CSIS.
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VON BRAUN,W & ORDWAY, F.(1969). History of Rocketry and Space Travel. New
York.
WIMPRESS, R.(1950). Internal Ballistics of Solid-Fuel Rockets. New York: Mc-Grow-
Hill.
ZAEHRINGER, A.(1958). Solid Propellant Rockets. 2a ed., Wyandotte, Michi.: American
Rocket Company.
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