Você está na página 1de 91

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
CITOLOGIA E EMBRIOLOGIA (VET102)

Membrana celular: estrutura e função

Prof: M.V. MSc. Daniel Dourado Guerra Segundo


Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Introdução

Membrana Celular

Imagem: Simon, 2015


Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Introdução
Membrana Celular
extracelular

 A Membrana celular separa o meio extra


celular do intracelular

 A observação do aumento volume das


intracelular células após a adição de soluções, foi o que
impulsionou a suposição da existência de
membranas celular
Imagem: Adaptado de Simon, 2015

 Confirmadas após observações com o


microscópio eletrônico

 Funções?
Imagem: https://biomania.com.br/artigo/a-membrana-plasmatica
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Introdução

Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012


Introdução
Membrana Celular – Principais funções

Imagem:
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela
/aula1_2009.pdf
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Membrana Celular – Principais

Imagem: https://biomania.com.br/artigo/a-
funções

membrana-plasmatica
 Mantém a constância do meio intracelular,
mediante a seleção de substancia
desejáveis, impedir a entrada de
substancias indesejáveis ou a expulsão

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5446064/mod_resource/c
ontent/1/Osmorregula%C3%A7%C3%A3o%20Aula%202_Slides.
de substancias citoplasma (metabólitos)

 Exemplos:
 Enterócitos – seleção de nutrientes
 Túbulos renais - Cada segmento
responsável por determinada seleção de
substâncias

Imagem:
 Hepatócitos – metabolização e síntese

pdf
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Membrana Celular –
Principais funções

 Por meio de seus receptores


específicos, reconhece as
células vizinhas e recebe
informações que desencadeiam
cascatas de reação (estímulo ou
inibição)

Exemplos: estímulos de
proliferação mitótica, secreção,
movimentação, síntese de
anticorpos, etc. Imagem: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5041751/course/section/5906871/Aula%209.pdf
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Membrana Celular –
Principais funções

 Adesão de uma célula à outra,


formando camadas que delimitam
compartimentos do corpo (formação
dos tecidos)

 Em tecidos, células contíguas podem


estabelecer canais de comunicação
entre si, por onde moléculas e íons
participam da coordenação de
atividades deste tecido.

Imagem: https://es.wikipedia.org/wiki/Cardiomiocito
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da
membrana celular – Lipídeos de
membrana
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Fosfolipídio
Cabeça
Lipídios de membrana hidrofílica

 50% da constituição da MP Bicamada


fosfolipídica
Cauda
hidrofóbica

Colesterol
 São moléculas longas com
uma extremidade hidrofílica e
uma cadeia hidrofóbica Imagem: Adaptado de Simon, 2015
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Lipídios de membrana

 Entre os lipídios frequentes


presentas nas células:

- Fosfolipídios

- Colesterol

Imagens: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular

https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Lipídios de membrana -
Forma mantida devido suas
propriedades moleculares

Adesão de proteínas

Imagem:
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular

https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Lipídios de membrana - permeabilidade

Imagem:
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Lipídios de membrana – Fluidez da membrana

Imagens: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Fluidez da membrana

 Mosaico fluído: bicamada


fosfolipídica e proteínas inseridas.

 Constitui todas as membranas da


células, externa e compartimentos
internos.

Imagens : Junqueira e Carneiro, 2012


Constituição e estrutura da membrana celular Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Fluidez da membrana

 Camadas hidrofílicas para fora e


hidrofóbicas para dentro. Devido a
interação hidrofóbica

 As ptns de membrana exibem resíduos


hidrofílicos (resíduos ficam na altura das
cabeças polares, em contato com o meio
extracelular e meio intracelular) e
hidrofóbicos (resíduos ficam no nível das
cadeias hidrofóbicas).

 Ptns de membrana, constituem 50% da


MP
Imagens : Junqueira e Carneiro, 2012
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Fluidez da membrana

 Proteínas que não estão fixadas ao


citoesqueleto da células, facilmente se
movimentam pela membrana (fluidez)

Imagens : Junqueira e Carneiro, 2012


Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da
membrana celular - Proteínas de
membrana
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular

https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Proteínas de membrana
 São responsáveis pelas atividades metabólicas das membranas celulares

 Cada tipo de membrana celular, carreia suas proteínas características, para


atender a sua função de membrana específica

Imagem:
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana

 As proteínas se dividem em 2 grandes grupos:

- Integrais ou intrínsecas
- Periféricas ou extrínsecas
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana – Integrais
ou intrínsecas
 Firmemente aderidas a membrana,
separadas somente com o uso de
detergentes (70%).

 Suas regiões hidrofóbicas ligam-se ao


Imagens : Junqueira e Carneiro, 2012
lipídios e as hidrofílicas expostas ao
meio aquoso.

Imagem: https://slideplayer.com.br/slide/292488/
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana – Integrais ou
intrínsecas

 Podem atravessar inteiramente a


bicamada lipídica (ptn transmembrana),
atravessando uma única vez ou várias
vezes (ptn transmembrana de
passagem multiplas.)
Imagens : Junqueira e Carneiro, 2012

ex. glicoproteínas que expressam o tipo


sanguíneo, poros, proteínas
transportadoras, receptores de hormônios
e fármacos, etc.
Imagem: https://slideplayer.com.br/slide/292488/
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana – Integrais ou intrínsecas

Imagem: https://slideplayer.com.br/slide/292488/

Ligações covalentes com lipídios

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana – Integrais ou intrínsecas

Ptns receptoras

Imagem: https://slideplayer.com.br/slide/292488/

Ligações covalentes com lipídios

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana – Integrais ou intrínsecas

Poros hidrofílicos

Imagem: https://slideplayer.com.br/slide/292488/

Ligações covalentes com lipídios

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana – Integrais ou intrínsecas

Ptn não transmembrana

Imagem: https://slideplayer.com.br/slide/292488/

Ligações covalentes com lipídios

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Proteínas de membrana – Periféricas ou
extrínsecas
 Diferentes das integrais, são facilmente
removidas, mediante o uso de solução salina
 Se ligam nas superfícies externas e internas da
membrana celular, se fixando à moléculas Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012
glicosiladas de fosfatidil-inositol (tipo de
fosfolipídio com uma extremidade contendo um

fosfatidil-inositol
monossacarídeo).

Imagem: Imagem:
https://slideplayer.com.br/slide/2 https://gl.wikipedia.org/wiki/
92488/ Fosfatidilinositol
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular

https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Proteínas de membrana – Periféricas ou extrínsecas

Imagem:
Imagem:
https://slideplayer.com.br/slide/2
92488/
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular

https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Proteínas de membrana – Movimentação

Imagem:
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular

https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Proteínas de membrana – Domínios de membrana

Imagem:
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da
membrana celular – Açúcares de
membrana
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Açúcares de membrana – ligações
covalentes c/ MP (ptns e lipídios)
 Formado por:

- Porções glicídicas das moléculas de glicolipídios


Glicocálice
- Glicoproteínas integrais de membrana ou adsorvidas
Imagem:
após secreção https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/
Profa_Elisa/membranas_celulares_e_glicocalice.pdf

- Proteoglicanas secretadas e depois adsorvidas pela


membrana

 Função: reconhecimento químico (papel


imunológico)
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Açúcares de membrana – Funções

Migração de neutrófilos
para sítios infecciosos

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Açúcares de membrana – Funções

Mucosa intestinal

- Enzimática: Peptidase/glicosidase

- Muco protetor

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Açúcares de membrana – Funções

Receptores

- Hormônios

- Neurotransmissores

- Toxinas

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Constituição e estrutura da membrana celular


Açúcares de membrana – Funções

Ligação e reconhecimento
de patógenos

Imagem: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Mecanismos de transportes
através da membrana
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Princípios

 Há uma relação direta da solubilidade dos lipídios de membrana, com substancias


de afinidade lipídica

 Desta forma, compostos hidrofóbicos, atravessam com maior facilidade as


membranas celulares (ex. ácidos graxos, esteroides, hormônios e anestésicos)

 Enquanto que as hidrofílicas, encontram maior dificuldade para atravessa-las,


ainda levando em conta seu tamanho molecular e características químicas

 Dependendo da sua configuração molecular, estas moléculas podem ser


transportada por meio desta membrana celular por mecanismos especiais, como o
transporte ativo e a difusão facilitada.
Transporte através da membrana

Imagem:
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Daniela/aula1_2009.pdf
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012

Permeabilidade à água

 A membrana celular é bastante permeável à água

 Apesar de haver a relação da natureza química das substancias lipofílicas


passarem com maior facilidade pela membrana celular, esta também possui uma
alta permeabilidade pela água, além de outra substancias hidrófilas, como a ureia
e glicerol

 Tudo isso graças à proteínas transmembrana que a atravessa a membrana de


uma face a outra

 Poros funcionais – caminho hidrófilo que muitos íons e moléculas tomam para
atravessar esta parede hidrofóbica.
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Osmose

Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012

Imagem: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/osmose.htm

 A água se movimenta através da membrana, quando aquele meio que ela se


direciona é mais concentrado em solutos (tônicidade maior)

 Nesta situação, quem se movimenta, não é o soluto, mas sim o solvente – a


água
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Difusão passiva

 Todos os solutos são uniformes entres os compartimentos do corpo

 Distribuição de um soluto relativo à sua concentração entre o meio


externo e o meio interno (intracelular)

 Respeitando ao gradiente de concentração

 Não existe gasto de energia


Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Difusão facilitada

 Várias substancias como a glicose e aminoácidos


ingressam no interior da célula por meio de uma
difusão facilitada, sem gasto de energia

 Neste caso, a difusão ocorre a favor de um


gradiente, de um ponto mais concentrado, para um
menos concentrado.
Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012

 Mas qual a diferença com a difusão passiva? –


Neste processo, é necessário o auxilio de uma
molécula transportadora ou permeases. Enquanto
que na passiva, o transporte ocorre pela própria
membrana celular. Esse processo é mais rápido
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Transporte ativo

 Neste processo de transporte, há gasto de energia fornecida por ATP

 Para mover uma substancia de um local de baixa concentração, para


outro de alta concentração

 Desta forma, indo contra ao gradiente de concentração, tanto químico


(não ionizado) como elétrico (ionizado)
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Transporte ativo

 Um excelente exemplo para este caso, é a passagem de íons


de Na+ do meio intracelular (que é baixa concentração), para
o meio extra celular (onde sua concentração é alta). Desta
forma, um obstáculo elétrico deve ser vencido, visto que a
concentração de Na+ é muito alta no ME.

 Por isso deve haver o gasto de energia


Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Transporte impulsionado por gradientes iônicos

 A célula pode utilizar a energia potencial de gradientes de íons.


Geralmente para Na+, mas também para K+ e H+, para transportar
moléculas e íons através das membranas.
 Um exemplo para isto, é o mecanismo de absorção da glicose
pelos enterócitos, que adentra a membrana com auxilio do Na+
(concomitância), indo contra o gradiente de concentração da
glicose
 Cotransporte, havendo somente gasto de energia fornecido pelo
gradiente de Na+. De modo que a concentração de Na+ é baixa no
citoplasma dos enterócitos e a glicose se aproveita para penetrar o
enterócito, mesmo havendo uma alta concentração de glicose
intracelular. Cotransporte simporte
 No cotransporte antiporte, o íons fornecedor de energia se
movimenta para o citoplasma e a molécula transportada
(oportunista) é transferida para fora do citoplasma. Ex. bomba de
sódio e potássio.
Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Transporte em quantidade

 Como já vimos anteriormente, pequenas moléculas


e íons, atravessam a membrana celular por meio
de difusões passivas, facilitadas e ativas.

 Contudo, as células também são capazes de


transferir para seu interior, grandes quantidades de
macromoléculas (polissacarídeos, proteínas e
polinucleotídeos) e bem como bactérias e outros
microorganismos – Transporte em bloco

 De modo, que sempre culmina com alterações Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012

morfológicas da membrana, aonde se formam


estruturas que englobam este material incluso
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Transporte em quantidade

 Este processo de transporte em quantidade, é também denominado


como endocitose, sendo efetuado por 2 processos, fagocitose e
pinocitose.

 Quando a transferência destas grande moléculas ocorre no sentido


inverso, é denominado como exocitose.
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Fagocitose

 Formação de pseudópodes, que englobam com o seu


citoplasma partículas sólidas.

 Mas é necessário que esta partícula sólida seja


aderida à receptores específicos da superfície celular,
que ativam este processo (ativando o citoesqueleto)
Imagem: https://cursoenemgratuito.com.br/fagocitose-e-
pinocitose/

 Protozoários utilizam este mecanismo com finalidade


alimentar; Já as células dos animais, como defesa
(células fagocitárias).
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Fagocitose

 Microorganismo recoberto por imunoglobulinas

 Receptores de imunoglobulina que efetuam a


aderência à superfície celular

 Formação de pseudópodes, que envolve


gradualmente todo o microorganismo

 Formando um vacúolo, o fagossoma

 O fagossoma se funde ao lisossomo, ocorrendo


a digestão do material fagocitado, pelas enzimas
hidrolíticas do lisossomo
Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Pinocitose

 Englobamento de gotículas líquidas mediante


expansões delgadas do citoplasma, como
membranas ondulares.
 Formando vacúolos com líquido, que adentram o
citoplasma, tornando-se cada vez menores e
transferindo este material líquido para a matriz Imagem: https://pt.slideshare.net/MARCIAMP/aula-5-secreo-e-digesto-
citoplasmática celular

 Esta atividade também é mediada pela ação do


citoesqueleto - Digestão intracelular
 Em células do endotélio capilar, formam vesículas
que levam o material líquido de uma face do - Transporte
citoplasma à outra, o lançando para o outro lado da
células (lúmen capilar), efetuando assim, o - Inclusão desta substancia
transporte. à matriz citoplasmática
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Pinocitose

 Este processo pode ser seletivo ou não seletivo

 Não seletivo, engloba qualquer partícula fluida no meio extracelular

 Seletivo, a substancia líquida a ser incorporada se adere à receptores específicos


da superfície celular e no momento seguinte a membrana se afunda e o material é
incluso na vesícula pinocítica
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Lisossomos

 Promover a digestão enzimática de elementos adentrados pela fagocitose,


pinocitose e até mesmo de elementos da própria célula
 Sua enzimas também podem ser secretadas no ME
 É uma organela envolvida por unidade de membrana, preenchida por enzimas
hidrolíticas que a se ativam pelo pH ácido
 No seu processo de digestão, esta organela vesícular se funde às vesículas que
englobam o elemento adentrado por endocitose
 No momento seguinte, enzimas presentes na sua superfície de membrana, são
ativadas com gasto de ATP, para translocar prótons de H+ para acidificar o meio
intralisossomico, ativando as enzimas hidrolíticas
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Lisossomos

 Algumas vezes, podem permanecer


depósitos deste material digerido

 Desta forma, estes corpúsculos residuais


que permaneceram, são transportados
novamente até a membrana celular, fundidos
e jogados para fora da célula por exocitose
(clasmoscitose)
Imagem: https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2433751&chapterid=19622

 Ou podem simplesmente, ficar


acumulados no citoplasma
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2012

Transporte através da membrana


Lisossomos

 Com já mencionado, podem também, digerir porções do próprio citoplasma


(organelas), sendo este processo denominado autofagia

 Este processo serve para digerir organelas velhas, inutilizáveis ou defeituosas

 Estas são envolvidas por membranas, que se fundem à vários lisossomas,


promovendo em seguida, a digestão enzimática

 As organelas possuem uma vida curta, são continuamente renovadas


Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

 Constituição e estrutura da membrana celular

 Transporte através das membras e digestão intracelular


Fonte:Junqueira e Carneiro, 2012

Estruturas especializadas de
membrana - Polaridade e
especializações da superfície
celular
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Polaridade e especializações da superfície celular

 A polaridade e especializações estão relacionadas à morfologia e


função das células

 Céls. possuem domínios morfológicos, bioquímicos e funcionais


distintos

 Domínios apicais e basolaterais

- Apicais: cílios e microvilos

- Basolaterais: especializações juncionais e interdigitações


intercelulares
Domínios apicais
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínio apical

 Superfícies livres das céls epiteliais – lúmen

 Alta quantidade de canais iônicos


 ptns. Transportadoras
 H+ - ATPase
 Glicoproteínas
 Enzimas hidrolíticas Imagem: Gartner & Hiatt, 2011
 Aquaporinas
 Eliminação de produtos da secreção regulada

 Modificações de superfície: microvilos, esterocílios e cílios.


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - MICROVILOS


 Projeções citoplasmáticas direcionadas
para o lúmen

 Aumento da superfície de absorção

 Ao MO, planura estriada (céls. absortivas


intestinais) e borda em escova (túbulos
proximais) Imagem: Gartner & Hiatt, 2011

 Diferenças de altura e espaçamento,


dependendo do grau funcional
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - MICROVILOS


 Eixo de actina

 Ligações cruzadas pela


vilina

 Aderência na região amorfa

 Em direção citoplasma, na
trama terminal (actina,
espectrina e filamentos
intermediários)

 Conexão com a MP dos


microvilos (miosina Ie e
calmodulina)
Imagem: Gartner & Hiatt, 2011 Imagem: Gartner & Hiatt, 2011
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - MICROVILOS


 Glicocálix

 Reconhecimento celular e proteção celular

Imagens:
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Elisa/membrana
Imagem: Gartner & Hiatt, 2011
s_celulares_e_glicocalice.pdf
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - MICROVILOS


 ESTEREOCÍLIOS

 Longos microvilos

 Epidídimo
 Canal deferente
 Céls pilosas sensoriais da cóclea

 Não móveis – aumento de superfície e geração


de sinais

Imagem: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - CÍLIOS

 Estruturas móveis (sincronizadas),


semelhante à pelos

 Eixo de microtúbulos (axonema)

 Trato respiratório e na tuba uterina

 Aparelho vestibular (mecanismo


sensorial)

Imagens: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - CÍLIOS


 Complexo de microtúbulos arranjados
uniformemente (axonema)

 Conjunto de microtúbulos longitudinais

 Nove díades (subunidades a e b) e um


mônades

Imagens: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - CÍLIOS


 Filamentos radiais – se projetam
da subunidade A em direção à
bainha central

 Díades vizinhas, conectadas pelas


nexinas

 A dineína possui atividade


ATPásica

Imagens: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Fonte:Junqueira e

Domínio apical - CÍLIOS Carneiro, 2012 ; Junqueira, 2018

 A dineína com atividade


ATPásica

 Hidrólise de ATP

 Energia para o dobramento ciliar


– ligação temporária dos braços
de dineínas com sítios de
protofilamentos das díades
adjacentes

 Subunidade A para subunidade


B
Imagens: Junqueira e Carneiro, 2012
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - CÍLIOS


 Na base, a organização deste
microtúbulos se altera

 9 trincas e nenhuma mônade =


centríolos

 Corpúsculo basal

Imagens: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018

Domínio apical - CÍLIOS


 Desenvolvimento dos cílios é oriundo
de corpúsculos basais

 Desenvolvidos de organizadores de
procentríolos

 Migração dos organizados de


procentríolos para porção apical

 Nove díades e mônade oridundas das 9


trincas

Imagens: Gartner & Hiatt, 2011


Domínios basolaterais
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais

 Compreendem superfícies (regiões)

- MP das superfícies laterais

- MP da superfície basal
Imagem: Gartner & Hiatt, 2011
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral

 Principais especializações: complexos juncionais

 MO: Áreas de contatos adjacentes, observa-se


barras laterais

 ME: observou-se que eram compostas de


intricados complexos juncionais
Imagem: Gartner & Hiatt, 2011

 Manutenção da união:
- Junções de oclusão
- Junções de adesão
- Junções comunicantes
Domínios
basolaterais –
superfície
lateral
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011;
Junqueira, 2018

Imagem: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Zônulas de oclusão

 Estão localizadas entre céls adjacentes, próx. da


área apical

 Cinturão – sítio de fusão (claudinas e ocludinas)

 Caderinas

Imagem: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Zônulas de oclusão
 2 Principais funções:

- prevenir/impedir mov. de ptns de membrana


entre os domínios de superfície de membrana

- Fusão das MP de céls. adjacentes

 Tipos de junções – permeáveis e impermeáveis

 Manter a integridade da barreia epitelial

Imagem: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Zônulas de oclusão

Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Zônulas de adesão
 Estão localizadas logo abaixo das junções de
oclusão – relação com área apical

 O espaço intercelular desta área contém:


domínios extracelulares de Caderinas (Ptns
transmembranas de ligação)

 O domínio intracelular liga-se à trama terminal

Imagem: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Zônulas de adesão
 Estas Caderinas formam as zônulas de adesão

 Junção:
- MP das céls adjacentes
- Citoesqueleto das céls adjacentes (junções de
ancoragem.

 Envolvem toda circunferência da célula

Imagem: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Zônulas de adesão

Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Desmossomas (máculas de adesão)
 Junções espalhadas pela MP
lateral

 Resistencia à estresses mecânicos

 Numerosas em epitélios de alto


atrito e estresse
Imagem: Junqueira e Carneiro, 2012
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Desmossomas (máculas de adesão)

 Cada desmossoma apresenta duas placas de


adesão

 Cada placa é composta por uma série de


ptns de adesão: desmoplaquinas e
pecoglobinas
Imagem: https://pt.khanacademy.org/science/biology/structure-
of-a-cell/cytoskeleton-junctions-and-extracellular-

 Filamentos intermediários (citoqueratinas), structures/a/cell-cell-junctions

inseridas nas placas, formato de grampo de


cabelo
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Desmossomas (máculas de adesão)

 O espaço intercelular é composto por material


filamentoso, observado no ME

 Desmogleínas e desmocolinas – famílias das Imagem: https://pt.khanacademy.org/science/biology/structure-of-a-


cell/cytoskeleton-junctions-and-extracellular-structures/a/cell-cell-
caderinas (Ca+ dependentes) junctions

 Essenciais para a união dos desmossomos

Imagem: Gartner & Hiatt, 2011


Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Junções comunicantes (nexus ou gap junctions)

 Presente em céls epiteliais e céls


musculares cardíacas estriadas e lisas e
neurônios Imagem: http://biologiaresolvida.com.br/resumo/especializacoes-
membrana-plasmatica/

 Diferente das junções de oclusão e adesão

 Comunicação celular – peq. Moléculas

Imagem:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3336788/mod_resource/content/1/Epitelios
%20FisioTO_2017.pdf
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Junções comunicantes (nexus ou gap junctions)
 São formadas por 6 que formam os conexons

 Poros aquosos

 20 conexinas com várias combinações

 Variedade de funções

 Transporte de íons, aminoácidos, vitaminas,


monofosfato cíclico de adenosina, hormônios
e pequenas moléculas.
Imagem: http://biologiaresolvida.com.br/resumo/especializacoes-
membrana-plasmatica/
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Junções comunicantes (nexus ou gap junctions)

 Não permanecem abertas permanentemente

 Diminuição do pH citológico e elevação do


Ca+, promovem o seu fechamento

 O contrário é verdadeiro

Imagem: http://biologiaresolvida.com.br/resumo/especializacoes-
membrana-plasmatica/
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície lateral
Junções comunicantes (nexus ou gap junctions)

Imagem: https://www.youtube.com/watch?v=NO9WrBI7eL4
Imagem: https://docplayer.com.br/110750543-Fisiologia-do-sistema-muscular.html
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície basal

 Lâmina basal – Invaginações de MP – Hemidesmossomas

Imagem:
https://slideplayer.com.br/slide/1853429/7/images/26/INVAGINA%C3%87%C3%95ES+DE+BASE+I
Imagem: nvagina%C3%A7%C3%B5es+na+base+da+c%C3%A9lula.+Cada+loja+do+citoplasma+assim+formado
https://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/fotos/foto_matriz_1a.jpg +apresenta+pilhas+de+longas+mitoc%C3%B4ndrias..jpg
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície basal
Hemidesmossomos

Imagem: https://slideplayer.com.br/slide/14092945/
Fonte: Gartner & Hiatt, 2011; Junqueira, 2018
Domínios basolaterais – superfície basal
Invaginações de MP

 Aumento de superfície

 Céls. com alto transporte de íons

 Formação de compartimentos ricos em


mitocôndrias

 Comum em ductos de glândulas salivares

Imagem:
https://slideplayer.com.br/slide/1853429/7/images/26/INVAGINA%C3%87%
C3%95ES+DE+BASE+Invagina%C3%A7%C3%B5es+na+base+da+c%C3%A9lul
a.+Cada+loja+do+citoplasma+assim+formado+apresenta+pilhas+de+longas+m
itoc%C3%B4ndrias..jpg
Obrigado e bom estudo!!

Você também pode gostar