Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................ 3
Temperamento e Caráter....................................................................... 15
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 28
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Introdução
3
Então essa formação inclui elementos geneticamente herdados e
adquiridos no meio externo em que vivem.
4
Abordagem histórica sobre os estudos do
temperamento e traços de personalidade
5
Segundo Kalinine & Schonardis Filho (1992), pode-se observar que a
influência das reações comportamentais na vida dos Seres Humanos e em seus
destinos tem atraído a atenção dos cientistas. A mais antiga teoria psicológica
de que se tem notícia é, ao mesmo tempo, a que teve mais influência através
dos séculos. Segundo Allport (1966), a teoria começa com a antiga crença grega,
atribuída a Empédodes, do século V a. C., de que a natureza é composta de
quatro elementos, isto é, ar, terra, fogo e água. O segundo estágio da teoria foi
acrescentado por Hipócrates, o “pai da medicina”, segundo o qual essa fórmula
para a natureza como um todo (o macrocosmo) deve refletir-se na constituição
do Ser Humano (o microcosmo). E esses elementos são representados, no corpo
humano, sob a forma de quatro “humores”. Se um humor predominasse no
corpo, deveríamos esperar uma predominância correspondente de um
temperamento. A teoria foi mais bem elaborada pelo médico romano Galeno, no
século II da era cristã. Galeno via os humores como a raiz não apenas do
temperamento, mas também das doenças. Embora a ciência moderna tenha
mostrado que as substâncias hormonais do corpo são mais numerosas e mais
complexas do que o supunham os antigos, a ideia de que o temperamento - “que
é a base emocional da personalidade”, seja condicionado pela química do corpo
foi cada vez mais confirmada pela pesquisa moderna.
6
Segundo Petroviski (1985), o temperamento é a característica da
personalidade que permite identificar as peculiaridades dinâmicas dos processos
psíquicos como intensidade, velocidade, cadência e ritmo. Dois componentes do
temperamento, atividade e emocionalidade, estão presentes na maioria das
classificações e teorias do temperamento. A atividade do comportamento
caracteriza o grau de energia, de impetuosidade, de velocidade, de inércia e de
lentidão. A emocionalidade caracteriza as peculiaridades da transcorrência das
emoções, dos sentimentos, dos estados de espírito e suas qualidades, como: o
sinal (positivo/negativo) e a modalidade (alegria, mágoa, medo, tristeza, cólera,
etc).
7
Estes tipos constitucionais são apresentados como sendo uma
caracterização do indivíduo, nos traços físicos, intelectuais e emocionais, e não
são encarados como quaisquer qualidades isoladas do organismo (ANASTASI,
1972).
8
Podemos descrever o temperamento como tendência do humor do
indivíduo; o seu temperamento constitui a forma de reação e a sensibilidade
inatas de uma pessoa em relação ao mundo. Trazemos conosco a nossa
coloração temperamental; não a adquirimos mais tarde no curso da infância ou
da juventude. Nos primeiros anos, entretanto, o nosso temperamento real é
substituído por outra cor temperamental, a qual gradualmente se desgasta. Em
fins da segunda década, o temperamento duradouro se revela claramente. Na
altura do vigésimo ano, a formação do temperamento está concluída e, dessa
data em diante, uma pessoa carrega consigo o seu temperamento, sem
modificar-se, até o fim da sua vida.
9
Uma pessoa fleumática é vagarosa no reagir e fraca em energia. E
facilmente influenciada pelo seu ambiente porque tem pouca iniciativa própria.
10
Um indivíduo colérico apresentará sempre certas tendências melancólicas
e sanguíneas. O temperamento fleumático, entretanto, dificilmente será nele
reconhecível. O homem colérico (tal como Beethoven, Napoleão e muitos outros)
se inclinará mais para o lado melancólico; a mulher colérica, mais para o
sanguíneo.
11
O fleumático pode apresentar algumas qualidades melancólicas, tanto
quanto sanguíneas. Seu temperamento colérico está completamente oculto e
dificilmente se deixará mostrar. Nesse caso, é mais o homem que possuirá
tendências sanguíneas e a mulher que apresenta traços melancólicos.
12
A pessoa colérica pode esquecer facilmente. Não gosta de se repetir ou
de se voltar para experiências já passadas. Procura a atividade, deseja opor-se
a algo, abordar e assumir novas tarefas. Seu olhar está voltado para o futuro.
Modelos de Personalidade
13
Após sucessivas análises fatoriais, reduziram-se as dimensões para
apenas cinco o que foi denominado de modelo 5-fatorias, admitindo as
seguintes: neuroticismo, extroversão, conscienciosidade, cordialidade e
abertura. Paralelamente, baseado em Eysenck (1959), o sistema binário evoluiu
para uma estrutura trifatorial: dimensão da afetividade negativa (neuroticismo),
afetividade positiva (extroversão) e motivação não-afetiva (impulsividade,
psicoticismo ou por antonímia conscienciosidade).
14
Temperamento e Caráter
Este pode ser conceituado diante de diversas teorias, são elas: Teoria dos
humores, teorias morfológicas, psicológicas, tipologia de Jung, tipologia de
Thomas e Chess, de Buss e Plomin, e o modelo psicobiológico de temperamento
e caráter, este que é o mais relevante para o desenvolvimento do presente
trabalho. Segundo Cloniger, Svrakic e Przybeck (1998), a personalidade seria
baseada em sete dimensões, sendo quatro de temperamento e três de caráter.
15
Um exemplo de expressão corporal relacionada ao caráter seria na
apresentação de um trabalho, cada pessoa irá reagir de maneira diferente: uns
terão taquicardia, sudorese, diarreia, outros estarão tranquilos, relaxados.
16
O caráter é organizado pela linguagem e tem papel central no ajustamento
do indivíduo ao meio. Deficiências na sua estruturação na dimensão da
integração do self, principalmente, e em menor grau na empatia e tolerância são
características encontradas em todos os tipos de transtornos de personalidade.
Variações extremas de temperamento podem dificultar o desenvolvimento do
caráter. O perfil temperamental define um modo habitual de expressão afetiva e
reatividade, ao passo que o caráter é o responsável pela adaptação desse perfil
ao meio social.
Teorias da Personalidade
17
I. A personalidade não corresponde a uma justaposição de peças,
mas sim representa uma organização;
Perspectiva Psicanalítica
Perspectiva Neoanalítica
18
Segundo Jung (1933, cit in Hansenne, 2003), considerou duas atitudes
distintas, a introversão e a extroversão e paralelamente a isto, definiu 4 funções
psicológicas: o pensamento, as impressões, as sensações e as intuições.
Fomentou também que o desenvolvimento da personalidade é encarado
segundo 4 fases: a infância, a juventude, a middle age e a fase old age.
19
Sullivan considerava que a personalidade se desenvolvia segundo 6
estádios de desenvolvimento da infância à adolescência, encontrando-se cada
um centrado numa relação interpessoal única.
Perspectiva Humanista
20
Perspectiva da Aprendizagem
Perspectiva Cognitiva
Mischel (1995 cit in Hansenne, 2003), rejeitou desde logo a noção de traço
de personalidade. Com isto, o autor sugeriu que uma teoria adequada da
personalidade devia ter em conta 5 categorias de variáveis cognitivas: as
competências, as estratégias de codificação, as expectativas, os valores
subjetivos e os sistemas de auto regulação.
21
No caso da depressão, Beck (1972 cit in Hansenne, 2003) postulou que
os doentes deprimidos têm distorções cognitivas, que fazem com que eles
descodifiquem a realidade de maneira inadequada. Derivado disto, o autor
elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modificarem as distorções
cognitivas.
22
Perspectiva Psicobiológica
De acordo com Gray (1982 cit in Hansenne, 2003), a sua teoria surge a
partir de observações de comportamentos animais, colocados em condições
particulares de recompensa e de punição. Assim sendo, esta teoria fomenta-se
em 3 fatores: a ansiedade, a impulsividade e o sistema fight/flight.
23
A Estrutura da Personalidade
Visto que o sujeito humano age como uma unidade, ainda que
heterogênea, de corpo-e-mente, estes dois componentes, físico e psíquico,
devem estar sempre interagindo e, de algum modo, agindo conjuntamente.
Mesmo assim, pode-se visualizar a possibilidade na qual alguns indivíduos
agiriam mais sobre o impacto de um dos componentes, enquanto outros agiriam
mais sob o outro. Dali já surge a possibilidade de se caracterizarem os sujeitos
em tipos diferenciados em termos do predomínio de um destes componentes,
físico ou psíquico, no seu modo de ser e de se comportar. Por que não? Inclusive,
a tipologia jungiana de extroversão vs. introversão pode ser concebida como
representando esta polaridade de ser do homem, sendo a primeira a orientação
para fora, para o físico, e a segunda a orientação para dentro, para o psíquico
(veja a figura 3-4). De qualquer forma, a concepção filosófica caracteriza o ser
humano como uma unidade composta de dois elementos heterogêneos agindo
em uníssono, a saber, o físico e o psíquico.
Como o ser humano é uma entidade una que pode ser analisada em
subsistemas variados, uma dessas análises pode ser feita em termos da
predominância dos componentes físico e psíquico em tais sistemas. Assim, um
subsistema neste ser humano é constituído por aquela região onde predomina o
físico e outra em que predomina o psíquico. Há, contudo, um momento em que
o físico e o psíquico se equilibram formando um estágio, sistema ou esfera do
ser humano em que ambos os níveis de ser atuam igualmente.
24
Esta distinção bate com o que Freud descreve e chama de consciente,
pré-consciente e inconsciente, sendo o consciente o predominantemente
psíquico, o inconsciente o predominantemente físico e o pré-consciente a esfera
entre os dois ou o ser misto físico-psíquico (veja figura 3-1 e figura 3-4).
25
A armadura psicanalítica certamente é uma das causas de tais
idiossincrasias de Jung. Ele distinguia as funções em termos de energização
(extroversão vs. introversão), atenção (sensação vs. intuição), decisão
(pensamento vs. sentimento) e vivência (julgamento vs. percepção). Além de
conceber estes conceitos de um modo peculiar (por exemplo, intuição estaria
ligada a uma coisa chamada “sexto sentido”!), Jung parece estar amarrado à
tradicional magia do número 4, a qual vem desde Pitágoras. E outros, ainda, têm
outras sugestões neste particular das funções humanas.
26
Para cada um desses seis tipos de atividade, o ser humano deve possuir
um instrumento ou órgão, vamos chamar de faculdade, que o qualifica para
desempenhar tal função, dado que é axiomático de que a função procede da
estrutura. Assim, para a percepção ele tem os sentidos; para a teoria, ele tem a
inteligência (intelecto); para a emoção, ele possui o sistema neuroendócrino (a
emoção surge espontaneamente “do intestino”, dizem os taitianos – Levy, 1984);
para o sentimento, ele tem o senso do valor (atitude?); para a ação instintiva, ele
possui o instinto; e para a ação livre, ele tem a vontade.
27
REFERÊNCIAS
28
LEVY, R.I. (1984). The emotions in comparative perspective. In Klaus R.
Scherer & Paul Ekman (Orgs. – 1984), Approaches to emotion. Hillsdale, NJ:
Lawrence Erlbaum Associates, Publishers, 397-412.
29