Você está na página 1de 49

CURSO

TRANSPORTE
DE ESCOLARES

Edição 2022
MÓDULO 2

LEGISLAÇÃO
DE TRÂNSITO
No formato PDF, clique nos títulos para acessar os conteúdos relacionados.

SUMÁRIO
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - CATEGORIA DE HABILITAÇÃO E RELAÇÃO COM OS VEÍCULOS
CONDUZIDOS
Introdução 7
Categorias de habilitação 7
Categoria A 7
Categoria B 7
Categoria C 8
Categoria D 8
Categoria E 8
Importante 8

UNIDADE 2 - DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PARA CONDUTOR E VEÍCULO


Documentação do condutor 9
Documentação do veículo 9

UNIDADE 3 - SINALIZAÇÃO VIÁRIA


Regras gerais 10
Visibilidade da sinalização 11
Implantação de sinalização de regulamentação 12
Classificação dos sinais de trânsito 12
Princípios das sinalizações de trânsito 12
Ordem de prevalência da sinalização 13
Sinalização vertical 13
De regulamentação 14
De advertência 14
De indicação 15
Educativas 16
De serviços auxiliares 16
De atrativos turísticos 16
Sinalização horizontal 17
Linhas contínuas 17
Linhas tracejadas/seccionadas 17
Marcas 18
Linhas de divisão 19
Marcações 20
Marcas logitudinais específicas 20
Dispositivos auxiliares 21
Dispositivos luminosos 24
Dispositivos temporários 24
Sinalização semafórica 25

4
SUMÁRIO
Sinalização de obras
Gestos
25
26

UNIDADE 4 - INFRAÇÕES, CRIMES DE TRÂNSITO E PENALIDADES


Código de Trânsito Brasileiro 27
Infrações 27
Classificação das infrações 27
Crimes de trânsito 28
Penalidades 28
Advertência por escrito 28
Multa 28
Agravamento de infração 29
Suspensão do direito de dirigir 29
Cassação da carteira nacional de habilitação e da permissão para dirigir 30
Curso de reciclagem 30

UNIDADE 5 - REGRAS GERAIS DE ESTACIONAMENTO, PARADA, CONDUTA


E CIRCULAÇÃO
Normas de circulação 31
Regras de ultrapassagem 32
Veículos sobre trilhos 34
Componentes do trânsito 34
Acesso ao lote lindeiro 35
Indicação de intenção 35
Manobras de retorno 36
Utilização do farol 36
Pisca alerta 37
Utilização de buzina 37
Frenagem 37
Interseções 38
Uso de triângulo 38
Parada e estacionamento 38
Carga e descarga 39
Cuidado ao abrir a porta do veículo 39
Veículos de tração animal 39
Motociclistas 40
Tipos de ciclomotores 40
Ciclistas 41
Classificação das vias 41
Regulamentação de velocidade 42
Cinto de segurança 43

5
SUMÁRIO
UNIDADE 6 - LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Introdução 44
Idade escolar 44
Exigências para circulação de veículos escolares 45
Considerações finais 45

UNIDADE 7 - NORMATIZAÇÃO LOCAL PARA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS


DE ESCOLARES
Normatização local 47
Equipamentos obrigatórios 47
Artigo 329 CTB 47

UNIDADE 8 - RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR DE VEÍCULO DE


TRANSPORTE ESCOLAR
Introdução 48
Motorista responsável 48
Resumo 48

6
Unidade 1

 como serviços de entrega em domicílio,


 manobristas de hotéis, caminhoneiros,
motoristas aplicativos, transporte rodo-
   viário transporte coletivo entre outros.
 
            
A CNH tem cem sendo exigida até
mesmo aos candidatos de funções
administrativas e comerciais.

Ao estar devidamente habilitado, um


leque de possibilidades profissionais
Introdução pode se abrir para você.

O objetivo da legislação de trânsito é Para cada modalidade de serviço de


proporcionar instrumentos e condições transporte existe uma categoria espe-
para que a circulação de bens e pessoas, cífica de CNH, portanto, há diferentes
em todo o País, ocorra dentro dos etapas para obter a habilitação em cada
padrões de acessibilidade, segurança, categoria.
racionalidade, eficiência, fluidez e mobi-
lidade, condizentes e coerentes com O art. 143, do Código de Trânsito Brasileiro
uma sociedade civilizada e desenvolvida, estabelece que os candidatos à CNH
como a nossa. podem se habilitar nas categorias de “A”
a “E”.
A legislação de trânsito constitui uma
série de condições para exercer a
atividade de condutor de veículo de
Categoria A
Transporte Escolar, as quais serão apre- Você poderá conduzir veículos auto-
sentadas a seguir. motores e elétricos de duas ou três
rodas, com ou sem carro lateral.

Categoria B
Você poderá conduzir veículos
auto motores e elétricos de quatro rodas,
cujo peso bruto total não exceda a 3,5
toneladas e cuja lotação não seja superior
a oito lugares, sem contar o do motorista,
contemplando a combinação de unidade
acoplada, reboque, semirreboque ou
Categorias de habilitação articulada, desde que atenda a lotação
e a capacidade de peso para a categoria.
A Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
é um requisito para o profissional da área
de transporte de emergência.

O documento é exigido em contratações


para empresas de diversos segmentos,

7
Categoria C A Carteira Nacional de Habilitação será
conferida ao condutor no término de um
É permitido ao condutor habilitado nesta ano, desde que o mesmo não tenha
categoria conduzir todos os veículos cometido nenhuma infração de natureza
automotores e elétricos utilizados em grave ou gravíssima, ou seja reincidente
transporte de carga, cujo peso bruto total em infração média.
exceda a 3,5 toneladas e todos os veículos
abrangidos pela categoria “B”.

Categoria D
Você poderá conduzir veículos
automotores e elétricos utilizados no
transporte de passageiros, cuja lotação
exceda a oito lugares e todos os veículos
abrangidos nas categorias “B” e “C”.

Categoria E
O condutor habilitado nesta categoria
poderá conduzir a combinação de
veículos automotores e elétricos, em
que a unidade tratora se enquadre nas
categorias “B”, “C” ou “D”; cuja unidade
acoplada - reboque, semirreboque, trailer
ou articulada tenha 6.000 kg ou mais de
peso bruto total, ou cuja lotação exceda
a 8 lugares.

Importante

Ao candidato considerado apto nas


categorias “A”, “B” ou “A” e “B”, será
conferida a Permissão para Dirigir com
validade de um ano e, ao término dessa,
o condutor poderá solicitar a CNH.

A CNH “definitiva” será concedida aos


candidatos desde que tenha cumprido
o disposto no § 3o do art. 148 do CTB:

8
Unidade 2

   De acordo com a Lei 13.281/16, em vigor


   desde novembro de 2016, em havendo
possibilidade o agente pode verificar a
                   situação do documento do veículo via
sistema.

Documentação do condutor

Os condutores de veículos automotores


devem, obrigatoriamente, portar a CNH,
em original, podendo ser ela na forma
física ou digital na ocasião que
conduzirem um veículo automotor.

A Resolução 884/2017 do Contran, desde


fevereiro de 2018, diz que o DETRAN
também podem emitir a CNH eletrônica.

“Art. 2º. Sempre que for obrigatória a


aprovação em curso especializado, o
condutor deverá portar sua comprovação
até que essa informação seja registrada
no RENACH, nos termos do § 4º do art. 27
da Resolução do CONTRAN nº 789, de 18
de junho de 2020."

Documentação do veículo

É obrigatório portar o CRLV (Certificado


de Registro e Licenciamento de Veículo),
pois ele comprova que o veículo está
licenciado para trafegar. Esse documento
deve estar no original.

9
Unidade 3

 
     A sinalização deve ser implantada em
posição e condições que a tornem
perfeitamente visível e legível durante
o dia e a noite, em distância compatível
com a segurança do trânsito, conforme
normas e especificações do Contran
Regras gerais (art. 80 § 1º).

Sinalização é o conjunto de sinais de Não deverão ser aplicadas as sanções


trânsito e dispositivos de segurança previstas no CTB por inobservância à
colocados na via pública com o objetivo sinalização quando esta for insuficiente
de garantir sua utilização adequada, ou incorreta (art. 90).
possibilitando melhor fluidez no trânsito
e maior segurança dos veículos e O órgão ou entidade de trânsito com
pedestres que nela circulam. circunscrição sobre a via é responsável
pela implantação da sinalização,
respondendo pela sua falta, insuficiência
ou incorreta colocação (art. 90, § 1º).

Sempre que necessário, será colocada


ao longo da via, sinalização de trânsito
destinada a condutores e pedestres, de
acordo com as normas estabelecidas no A implementação de publicidade ou
CTB e na legislação complementar de quaisquer outdoors, luminosos,
(art. 80). legendas ou símbolos ao longo da
vias condiciona-se à prévia aprovação
Fica proibida a utilização de sinalização do órgão ou entidade com circunscrição
que não esteja prevista no CTB e na sobre a via (art. 83).
legislação complementar, exceto quando
autorizada pelo Contran, em caráter O órgão ou entidade de trânsito com
experimental e por período previamente circunscrição sobre a via pode retirar
determinado (art. 80, § 2º). ou determinar a imediata retirada de
qualquer elemento que prejudique
a visibilidade da sinalização viária e
a segurança do trânsito, com ônus
para quem o tenha colocado (art. 84).

10
Visibilidade da sinalização Em relação as vias pavimentadas,
nenhuma delas poderá ser entregue
O artigo 81 do CTB prevê:
após sua construção, ou reaberta ao
trânsito após a realização de obras,
Nas vias públicas e nos imóveis é
enquanto não estiver devidamente
proibido colocar luzes, publicidade,
sinalizada tanto na forma vertical como
inscrições, vegetação e mobiliário
de forma horizontal, afim de garantir
que possam gerar confusão, interferir
ss condições adequadas de segurança
na visibilidade da sinalização e compro-
na circulação, conforme o art. 88 do CTB.
meter a segurança do trânsito. Da
mesma forma, é proibido afixar sobre
a sinalização de trânsito e respectivos
suportes, ou junto a ambos, qualque
tipo de publicidade, inscrições, legendas
e símbolos que não se relacionem com
a mensagem da sinalização.

É importante que o condutor esteja


atento aos locais da via onde existam
obras, nesses trechos deverão ser
afixadas sinalizações específicas e
adequadas, como cones alaranjados,
tapumes, etc, conforme art. 88, parágrafo
Para as sinalizações de postos de
único.
combustíveis, oficinas, estacionamento,
garagens de uso coletivo, estes deverão
ter suas entradas e saídas devidamente
sinalizadas, para que possa ser identifi-
cada de forma que o condutor possa ter
tempo de tomar as ações necessárias em
tempo hábil. De acordo com o disposto
na Resolução Contran nº 38 de 21 de maio
de 1998 e demais atualizações pertinentes.

11
Nas vias internas pertencentes a Classificação dos sinais
condomínios constituídos por unidades de trânsito
autônomas, a sinalização de regulamen-
tação da via será implantada e mantida Sinais de trânsito são elementos de
às expensas do condomínio, após sinalização viária que se utilizam de
aprovação dos projetos pelo órgão ou placas, marcas viárias, equipamentos
entidade com circunscrição sobre a via de controle luminosos, dispositivos
(art. 51). auxiliares, apitos e gestos, destinados
exclusivamente a ordenar ou dirigir o
trânsito dos veículos e pedestres.

Os sinais de trânsito, de acordo com


sua função:

Verticiais, como placas;

Horizontais, como linhas e inscrições


no pavimento);

Dispositivos de sinalização auxiliar,


Implantação de sinalização como cones, tambores, balizador móvel,
de regulamentação etc.;

A implantação de sinalização de regula- Luminosos, como semáforos e painéis;


mentação pelo órgão ou entidade
competente com circunscrição sobre Sonoros, como apito e buzina;
a via, definindo, entre outros, sentido
de direção, tipo de estacionamento, Gestos do agente de trânsito e do
horários e dias. condutor.

De acordo com os artigos 21 e 24 do


CTB, compete aos órgãos e entidades Princípios das sinalizações
executivos de trânsito dos municípios e de trânsito
rodoviários, no âmbito de sua circunscri-
ção, implantar, manter e operar o sistema Para que se faça valer de forma completa
de sinalização, os dispositivos e os equi- quanto a aplicação das sanções previstas
pamentos de controle viário (art. 21 e 24). no CTB, a sinalização deve respeitar os
seguintes princípios:

Legalidade - Código de Trânsito


Brasileiro e legislação complementar;

Suficiência - de fácil percepção do


que realmente é importante, com
quantidade de sinalização compatível
com a necessidade;

12
Padronização - seguir um padrão No projeto e na implantação da
legalmente estabelecido na legislação sinalização de trânsito, deve-se ter
atual, e situações iguais devem ser como princípio básico as condições
sinalizados com os mesmos critérios; de percepção dos usuários da via,
garantindo a real eficácia dos sinais.
Clareza - transmitir mensagens
objetivas de fácil compreensão; Ordem de prevalência da
sinalização
Precisão e Confiabilidade - ser precisa
em sua mensagem, não deixando
Em relação às sinalizações existentes
dúvidas ou com informação dúbia
no trânsito, elas possuem uma ordem
ao condutor, além disso precisa ser
de prevalência que o condutor deve
confiável, corresponder a situação
respeitar.
existente;
Ordem de prevalência da sinalização
conforme o art. 89 do CTB:

As ordens do agente de trânsito


prevalecem sobre as normas de
circulação e outros sinais;

As indicações do semáforo prevalecem


sobre os demais sinais;

As indicações dos sinais prevalecem


Visibilidade e legibilidade - precisa sobre as demais normas de trânsito.
estar posta em local em que o condutor
tenha a distância necessária para que
consiga ler e tomar a decisão acertada Sinalização vertical
sem que se prejudique ou prejudique
a terceiros, e ainda o bom andamento É um subsistema da sinalização viária
do fluxo de trânsito; cujo meio de comunicação está fixado
na via na posição vertical, normalmente
Manutenção e Conservação - estar em placa, fixado ao lado ou suspenso
permanentemente limpa, conservada, sobre a pista, transmitindo mensagens
fixada e visível. de caráter permanente e, eventualmente,
variáveis, através de legendas e/ou
símbolos pré-reconhecidos e legalmente
instituídos.

13
Placas são fixadas ao lado ou suspensos De regulamentação
sobre a pista, transmitindo mensagens
de caráter permanente e, eventualmente, Tem por finalidade informar aos usuários
variáveis, mediante símbolo ou legendas as condições, proibições, obrigações ou
pré-reconhecidas e legalmente instituí- restrições no uso das vias.
das como sinais de trânsito.
Suas mensagens são imperativas e o
A sinalização vertical tem a finalidade de desrespeito a elas constitui infração.
fornecer informações que permitam aos
usuários das vias adotar comportamentos A Resolução Contran nº 180/2005 que
adequados, de modo a aumentar a aprovou o volume I do Manual Brasileiro
segurança, ordenar os fluxos de tráfego de Sinalização de Trânsito, estabelece
e orientar os usuários da via. as características dos sinais de
regulamentação e o significado,
princípios de utilização, posicionamento
na via e tipificação de cada um dos
sinais.

É indicado sempre acompanhar as


versões atualizadas do Manual Brasileiro
de Sinalização de trânsito, por meio do
site www.denatran.gov.br.

De advertência
Tem por finalidade alertar os usuários
da via para condições potencialmente
perigosas ou obstáculos, indicando sua
natureza.

14
Em determinadas situações, quando não
for possível utilizar os sinais convencio-
nais, pode ser empregada sinalização
especial de advertência.
De indicação
Tem por finalidade identificar as vias
e os locais de interesse, bem como
orientar condutores de veículos quanto
aos percursos, os destinos, as distâncias,
os serviços auxiliares e a educação do
usuário. Suas mensagens possuem
caráter informativo ou educativo.

As placas de indicação estão divididas PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO


em:
Posicionam o condutor ao longo do seu
- Placas de identificação; deslocamento, com relação a distâncias,
- Placas de orientação de destino; locais e destinos. São elas:
- Placas educativas; Placas de identificação de rodovias e
- Placas de serviços auxiliares; estradas;
- Placas de atrativos turísticos.
Placas de identificação de municípios;
Veja alguns exemplos:
Placas de identificação de regiões de
interesse de tráfego e logradouros;

Placas de identificação nominal de


pontes, viadutos, túneis e passarelas;

Placas de identificação quilométrica;

Placas de identificação de limite de


municípios/divisa de estados/fronteira/
perímetro urbano;

Placas de pedágio.

15
PLACAS DE DESTINO PLACAS DE SERVIÇOS AUXILIARES

A orientação de destino mostra ao Indicam aos usuários da via os locais


condutor a direção que o mesmo deve onde podem dispor dos serviços
seguir para atingir determinados lugares, indicados, orientando sua direção ou
orientando seu percurso e/ou distâncias. identificando estes serviços.

Podem ser elas placas: indicativas de


sentido, de distância e diagramadas.

PLACAS EDUCATIVAS

Sua principal função é educar o usuário


da via quanto ao comportamento
adequado e seguro no trânsito. Podem
conter mensagens que reforcem normas
PLACAS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS
gerais de circulação e conduta.
Indicam aos usuários da via os locais
onde os mesmos podem dispor dos
atrativos turísticos existentes, orientando
sobre sua direção ou identificando estes
pontos de interesse.

Sinalização horizontal
Um dos subsistemas da sinalização
viária que é aplicado a partir de linhas,
marcações, símbolos e legendas,
pintados ou apostos sobre o pavimento
das vias.

16
Sua função é organizar o fluxo de
veículos e pedestres; controlar e orientar
os deslocamentos em situações com
problemas de geometria, topografia Linhas contínuas
ou frente a obstáculos; complementar
os sinais verticais de regulamentação, São linhas sem interrupção no trecho da
advertência ou indicação. Em casos via onde estão demarcando; podem estar
específicos, tem poder de longitudinalmente ou transversalmente
regulamentação. apostas à via.

Linhas tracejadas/seccionadas
São linhas interrompidas com espaça-
mentos respectivamente de extensão
igual ou maior que o traço.

Ainda dentro deste sistema de sinalização


horizontal, existe o padrão das linhas,
podendo elas serem chamadas de linhas
contínuas, tracejadas ou seccionada e
também os símbolos e legendas.
Já os símbolos e legendas são
informações escritas ou desenhadas
no pavimento, indicando uma situação
ou complementando sinalização vertical
existente.

Afim de organização, as linhas também


possuem cores que representam
informações as quais o condutor precisa
estar atento e conhecer o seu significado,
pois cada uma das cores possui uma
finalidade diferente.

17
As cores da sinalização vertical são
divididas entre:

Amarela - utilizada na regulação de


fluxos de sentidos opostos, na delimi-
tação de espaços proibidos para
estacionamento e/ou parada e na
marcação de obstáculos;
Marcas
Vermelha - utilizada para proporcionar Além da divisão das suas cores e suas
contraste, quando necessário, entre características, a sinalização horizontal
a marca viária e o pavimento das ainda possui uma outra classificação,
ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte que é denominada como:
interna destas, associada à linha de
bordo branca ou de linha de divisão - Marcas longitudinais;
de fluxo de mesmo sentido e nos - Marcas transversais;
símbolos de hospitais e farmácias. - Marcas de canalização;
- Marcas de delimitação e controle
de estacionamento e/ou parada;
- Inscrições no pavimento.

As marcas longitudinais tem como


característica separar e ordenar as
correntes de tráfego.

Branca - utilizada na regulação de


fluxos de mesmo sentido, na delimi-
tação de trechos de vias, destinados
ao estacionamento regulamentado
de veículos em condições especiais,
na marcação de faixas de travessias
de pedestres, símbolos e legendas.

Preta - utilizada para proporcionar


contraste entre o pavimento e a
pintura.

Azul - utilizada nas pinturas de


símbolos de pessoas portadoras de
deficiência física, em áreas especiais
de estacionamento ou de parada
para embarque e desembarque.

18
Definindo a parte da pista destinada a ultrapassagem e os deslocamentos
normalmente à circulação de veículos, laterais, exceto para acesso à imóvel
a sua divisão em faixas, a separação de lindeiro;
fluxos opostos, faixas de uso exclusivo de
um tipo de veículo, reversíveis, além de Linha de divisão de fluxo no mesmo
estabelecer as regras de ultrapassagem sentido - separam os movimentos
e transposição. veiculares de mesmo sentido e
regulamentam a ultrapassagem
e a transposição;

Linhas de divisão Linha de continuidade - proporciona


continuidade a outras marcações
As marcas longitudinais possuem longitudinais, quando há quebra no
funções específicas. De acordo com seu alinhamento visual;
essas funções específicas, elas se
subdividem em: Linha de retenção - indica ao condutor
o local limite em que deve parar o
Linha de divisão de fluxo oposto -
veículo;
separam os movimentos veiculares de
sentidos contrários e regulamentam

19
Linha de estímulo à redução de
velocidade - conjunto de linhas
paralelas que, pelo efeito visual,
induzem o condutor a reduzir a
velocidade do veículo;

Linha de bordo - delimita a parte


da pista destinada ao deslocamento
de veículos.
Marcas longitudinais específicas
Marcas de delimitação e controle de
estacionamento e/ou parada delimitam
e propiciam melhor controle das áreas
onde é proibido ou regulamentado o
estacionamento e a parada de veículos,
quando associadas à sinalização vertical
de regulamentação.

Em casos específicos, tem poder de


regulamentação.
Marcações
A partir da resolução do CONTRAN n.
236/2007, ele também considera as
marcas longitudinais específicas que
se apresentam da seguinte maneira:

Marcação de faixa exclusiva (MFE);

Marcação de faixa preferencial (MFP); Linha de “dê a preferência” indica ao


condutor o local limite em que deve
Marcação de faixa reversível no parar o veículo, quando necessário,
contra-fluxo (MFR); em locais sinalizados com a placa R-2.

Marcação de ciclofaixa ao longo da


via (MCI).

Marcação de faixa preferencial (MFP);

Marcação de faixa reversível no


contra-fluxo (MFR);

Marcação de ciclofaixa ao longo da


via (MCI). Faixas de travessia de pedestres
regulamentam o local de travessia
de pedestres.

20
Marcação de área de conflito assinala Marca delimitadora de estacionamento
aos condutores a área da pista em regulamento delimita o trecho de pista
que não devem parar e estacionar os no qual é permitido o estacionamento
veículos, prejudicando a circulação. estabelecido pelas normas gerais de
circulação e conduta ou pelo sinal R-6b.

Marcação de área de cruzamento


com faixa exclusiva indica ao condutor
a existência de faixa(s) exclusiva(s). As inscrições no pavimento ainda
odem ser feitas através de setas,
Marcas de canalização orientam os símbolose legendas, pois estes sinais
fluxos de tráfego em uma via, direcio- podem melhorar a percepção do
nando a circulação de veículos. condutor e direciona-lo de forma
eficiente e adequada em tempo hábil.
Regulamentam as áreas de pavimento
não utilizáveis. Devem ser na cor branca
quando direcionam fluxos de mesmo
sentido e na proteção de estacionamento.
E na cor amarela quando direcionam
fluxos de sentidos opostos.

Marcas delimitadoras de parada de


veículos específicos elimita a extensão
da pista destinada à operação exclusiva
de parada. Deve sempre estar associada
ao sinal de regulamentação correspon-
dente. É opcional o uso destas sinaliza-
ções quando utilizadas junto ao marco
do ponto de parada de transporte coletivo.

21
Dispositivos auxiliares De acordo com as suas funções, os
dispositivos auxilires podem ser
Na sinalização feita sobre o pavimento, agrupados em diferentes categorias:
ainda temos os dispositivos auxiliares
que são elementos aplicados ao pavi-
Dispositivo delimitador
mento junto a via.
São elementos utilizados para melhorar
Seu objetivo é tornar mais eficiente e
a percepção do condutor quanto aos
segura a operação da via. Essa sinalização
limites do espaço destinado ao
é feita de vários materiais, formas e cores,
rolamento e a sua separação em faixas
podendo serem ou não refletivos, e suas
de circulação. São colocados em série no
funções são as seguintes:
pavimento ou em suportes, reforçando
marcas viárias, ou ao longo das áreas
Incrementar a percepção da sinalização,
adjacentes a elas.
do alinhamento da via ou de obstáculos
à circulação;
Podem ser mono ou bidirecionais em
função de possuírem uma ou duas
Reduzir a velocidade praticada;
unidades refletivas.
Oferecer proteção aos usuários;
O tipo e a(s) cor(es) das faces refletivas
são definidos em função dos sentidos
Alertar os condutores quanto a
de circulação na via considerando como
situações de perigo potencial ou
referencial um dos sentidos de circulação,
que requeiram maior atenção.
ou seja, a face voltada para este sentido.

De acordo com a resolução do Contran


nº 336, de 24 de novembro de 2009, ficou
proibida a utilização de tachas e tachões,
aplicados transversalmente à via pública,
como redutor de velocidade ou ondula-
ção transversal.

22
Dispositivos de canalização Ajudam na segurança e facilitam
a circulação no local
São colocados em série sobre a superfície onde existem
pavimentada. Dois exemplos são as ciclistas e
prismas e os segregadores. pedestres.

Dispositivos de proteção contínua

Têm como função evitar que veículos


e/ou pedestres avancem determinado
Dispositivos de sinalização de alerta local, também funcionam com o objetivo
de dificultar a interferência de um fluxo
Têm a função de melhorar a percepção de veículos sobre o fluxo oposto.
do condutor quanto a obstáculos e
potenciais situações de risco que estejam Esses dispositivos podem ser feitos de
na via ou próximas a ela. material flexível, maleável ou rígido.

Possuem as cores amarela e preta


quando sinalizam situações permanentes
e adquirem cores laranja e branca
quando sinalizam situações temporárias,
como obras.

São eles: marcadores de obstáculos,


marcadores de perigo e marcadores de
alinhamento.

Alguns recursos são utilizados para


alterar as características do pavimento. Eles recebem o nome de gradis de
Essas mudanças são feitas para estimular canalização e retenção, dispositivos de
o condutor(a) a reduzir a velocidade, fazer conteção e bloqueio ou então defesa
com que o pneu tenha mais aderência ou metálica popularmente conhecido como
atrito ao pavimento. guard rail.

Podem servir também para induzir o


condutor quanto ao uso da via e fazer
com que o mesmo adote um comporta-
mento mais cauteloso naquela área.

23
Dispositivos luminosos Informação sobre condições
operacionais das vias;
Os dispositivos luminosos proporcionam
melhores condições de visualização, Orientação do trânsito para a utilização
porém, combinados, eles podem emitir de vias alternativas;
mensagem ou variação na sinalização,
por exemplo os painéis dos redutores de Regulamentação de uso da via.
velocidade.
Dispositivos temporários
Exemplos de painéis eletrônicos:
Já os dispositivos de uso temporário
podem ser fixos ou móveis e são
utilizados em situações específicas,
e temporárias como o próprio nome diz.

Podendo ser utilizados em situações de


emergências ou perigo, com o objetivo
de alertar o condutor, ou até mesmo
bloquear parte da via.

São aqueles dispositivos que se


caracterizam pela cor alaranjado,
podendo ser eles:

CONES CILINDROS

FITA ZEBRADA
Esse dispositivos podem ser utilizados
nas seguintes situações:

Advertência de situação inesperada


à frente;

Mensagens educativas visando o


BALIZADOR MÓVEL
comportamento adequado dos
usuários da via;

Orientação em praças de pedágio e


pátios públicos de estacionamento;

24
TAMBORES Controlando assim
tanto o fluxo de
veículos, quanto
de pedestres.

Além dessas duas situações de regula-


mentação, existe ainda a sinalização
semafórica de advertência, que, por
Sinalização semafórica sua vez, tem a função de advertir sobre
obstáculos ou situações perigosas.
O grupo de sinalização semafórica é
também considerado um subsistema
Esta sinalização é caracterizada pela cor
da sinalização viária.
amarela, e é recomendado ao condutor
reduzir a velocidade e adotar medidas
Este sistema é composto por sinali-
segurança.
zação semafórica de regulamentação
ou advertência.

Podem ser reguladas para funcionarem


de forma alternada ou intermitente,
através de sistema elétrico/eletrônico,
cuja função é controlar os deslocamentos.

Sinalização de obras
Para a sinalização de obras, são utiliza-
das uma combinação de elementos de
forma a alertar os usuários sobre esta
modificação.

A sinalização semafórica de regulamenta- Sendo assim são utilizadas sinalizações


ção, controla o trânsito em cruzamentos, temporárias que podem ser tanto
alternando a permissão de passagens elementos de sinalização horizontal,
entre veículos e pedestres. semafórica e dispositivos auxiliares,
afim de mostrar caminhos alternativos,
O semáforo tem as suas cores caracterís- indicar as áreas isoladas, e preservar
ticas que não podem ser alteradas. a fluidez do trânsito no local.

Para condutores é o VERMELHO,


AMARELO e o VERDE.

Já para os pedestres as cores são


VERMELHO e VERDE.

25
Gestos
No trânsito também são regulamentados
a utilização de gestos, tanto pela parte
dos agentes como dos condutores.

Porém é necessário observar a ordem


de prevalência desta sinalização.

As ordens emanadas pelos agentes de


trânsito prevalecem sobre demais regras
de sinalização.

Junto com os gestos, o agente também


utiliza os sinais sonoros para indicar o
direito de passagem dos veículos ou
pedestres, chamados de silvo.

O sinal sonoro deve ser utilizado em


conjunto com os gestos.

Os condutores tambem podem utilizar


dos gestos para indicarem suas intenções
no trânsito.

26
Unidade 4

  Classificação das infrações


  No Código de Trânsito Brasileiro existe
             a relação das infrações, com suas
classificações a partir da sua gravidade,
onde você, aluno(a), poderá pesquisar
uma por uma.

De acordo com a sua gravidade elas


Código de Trânsito Brasileiro foram classificadas da seguinte maneira:

Infração gravíssima: multa de R$293,47;

Infração grave: multa de R$ 195,23;

Infração média: multa de R$ 130,16;

Infração leve: multa de R$ 88,38.

Segundo o artigo 161 do CTB:

“Constitui infração de trânsito a


inobservância de qualquer preceito
deste Código, da legislação comple-
mentar ou das resoluções do CONTRAN,
sendo o infrator sujeito às penalidades
e medidas administrativas indicadas
em cada artigo, além das punições O que é importante saber é que a
previstas no Capítulo XIX.” infração de natureza GRAVISSIMA
possui duas formas de aplicação. Tem
Infrações a forma simples e a forma qualificada,
por um fator multiplicador ou índice
Para que as infrações tenham validade,
adicional específico: quando se tratar
as mesmas precisam ser comprovadas
de multa agravada, o fator multiplicador
através de declaração da autoridade de
ou índice adicional específico é o previsto
trânsito, por aparelho eletrônico ou
neste Código (art.258 §2º do CTB).
equipamento audiovisual, reações
químicas ou por qualquer outro meio
Embora o art. 258 indique a penalidade
tecnologicamente disponível, previa-
de multa e seu valor, de acordo com
mente regulamentado pelo CONTRAN.
a classificação da infração, outras pena-
lidades podem ser impostas ao infrator,
especialmente quando se tratar de
infrações grave e gravíssimas.

27
Crimes de trânsito
As penalidades poderão ser
Além das medidas que podem ser impostas ao condutor do veículo,
aplicadas ao condutor que comete ao proprietário do veículo, ao
uma infração de trânsito, existem embarcador e ao transportador.
também os crimes de trânsito que Em alguns casos específicos,
foram previstos pela na Lei 9.503/97, essas também poderão ser
onde foram elencados onze crimes. destinadas a pessoas jurídicas.

Esses crimes estão descritos nos artigos


302, 303, 304, 305, 306, 307, 308, 309, 310, Advertência por escrito
311 e 312.
A regra para aplicações de penalidades
Os crimes de trânsito acarretam de advertência por escrito não depen-
situações que podem levar o condutor derá mais da decisão da autoridade de
a perder a sua CNH por até dois anos. trânsito.
Desta forma é importante dar uma
estudada em nosso material que está A penalidade deverá ser imposta a
na sua biblioteca online. infração de natureza leve ou média,
passível de ser punida com multa, caso
Penalidades o infrator não tenha cometido nenhuma
infração nos últimos 12 meses.
Além dos crimes de trânsito, para cada
infração cometida, existem uma ou mais
penalidades que podem ser aplicadas
Multa
aos condutores. São elas:
Consiste na responsabilização
Advertência por escrito; pecuniária do infrator pela infração
cometida, aplicada e arrecadada pelos
Multa; órgãos executivos de trânsito e pela
Polícia Rodoviária Federal, obedecendo
Suspensão do direito de dirigir; os limites de suas competências,
estabelecidas nos artigos 20, 21, 22 e
Cassação da carteira Nacional de 24 do CTB.
Habilitação;

Cassação da permissão para dirigir;

Frequência obrigatória em curso


de reciclagem.

28
Agravamento da infração Esta penalidade será aplicada mediante
decisão fundamentada da autoridade de
Algumas multas preestabelecidas são trânsito competente, em processo
classificadas como GRAVISSÍMAS e administrativo, assegurado ao infrator
possuem o fator multiplicador, podendo amplo direito de defesa (art. 265).
elevar os valores a serem pagos em
x2, x3, x5, x10, x20 e x60. O processo administrativo somente deve
ser iniciado depois de esgotados todos os
Com a nova lei em vigor (14.071/2021), meios de defesa na esfera administrativa.
algumas situações foram alteradas em
relação a pontuação na CNH.

Art. 261 – Sempre que, conforme a


pontuação prevista no art. 259 deste
código, o infrator atingir, no período
de 12 (doze) meses, a seguinte contagem
de pontos:

a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2


(duas) ou mais infrações gravíssimas
na pontuação. A suspensão do direito de dirigir será pelo
prazo mínimo de um mês e máximo de
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) um ano, conforme regulamentado na
infração gravíssima na pontuação. Resolução Contran n. 723/2018, exceto
para infrações do art. 165, cujo prazo é
c) 40 (quarenta) pontos, caso não de 12 meses (Lei nº 11.705):
conste nenhuma infração gravíssima
na pontuação. Infrações para as quais não sejam
previstas multas agravadas: 1 a 3 meses;
Suspensão do direito de dirigir
Infrações para as quais sejam previstas
A penalidade de suspensão do direito de multas agravadas, com fator multiplica-
dirigir consiste na interdição temporária dor de três vezes: 2 a 7 meses;
da condução de veículos automotores
ou elétricos nas vias públicas. Infrações para as quais sejam previstas
multas agravadas, com fator multiplica-
A autoridade executiva de trânsito do dor de cinco vezes: 4 a 12 meses.
Estado poderá aplicar a imposição de
suspensão da CNH quando: No caso de reincidência no período de
12 meses, a suspensão do direito de dirigir
O condutor que exerce atividade atingir, será pelo prazo mínimo de seis meses e
no período de 12 (doze) meses, 30 (trinta) máximo de dois anos:
pontos, conforme regulamentação do
CONTRAN. Infrações para as quais não sejam
previstas multas agravadas: 6 a 10
meses;

29
Infrações para as quais sejam previstas
multas agravadas, com fator multiplica-
dor de três vezes: 8 a 16 meses, e;

Infrações para as quais sejam previstas


multas agravadas, com fator multiplica-
dor de cinco vezes: 12 a 24 meses.

Cassação da carteira nacional de


habilitação e da permissão para Para que o condutor cumpra a punição
dirigir imposta, ele deverá participar de curso
de reciclagem, o qual será obrigatório,
Quando o condutor for submetido à o qual tem por objetivo principal a
cassação da CNG, esta só poderá ser reeducação do condutor, e subsequente
aplicada nas seguintes situações: a sua atualização referente a regras de
circulação e também sobre a legislação.
Art. 263. A cassação do documento de
habilitação dar-se-á: Curso de Reciclagem

I - quando, suspenso o direito de dirigir, Quando este condutor terá que fazer
o infrator conduzir qualquer veículo; este curso de reciclagem?

II - no caso de reincidência, no prazo de Art. 268. O infrator será submetido a


doze meses, das infrações previstas no curso de reciclagem, na forma esta-
inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, belecida pelo CONTRAN:
165, 173, 174 e 175;
Sendo contumaz, for necessário à sua
III - quando condenado judicialmente reeducação;
por delito de trânsito, observado o
disposto no art. 160. Suspenso do direito de dirigir;

§ 1º Constatada, em processo adminis- Se envolver em acidente grave para o


trativo, a irregularidade na expedição do qual haja contribuído, independente-
documento de habilitação, a autoridade mente de processo judicial;
expedidora promoverá o seu
cancelamento. Condenado judicialmente por delito de
trânsito;
§ 2º Decorridos dois anos da cassação
da Carteira Nacional de Habilitação, o For constatado, a qualquer tempo, que
infrator poderá requerer sua reabilitação, o condutor está colocando em risco a
submetendo-se a todos os exames segurança do trânsito, e;
necessários à habilitação, na forma
estabelecida pelo CONTRAN. Em outras situações regulamentadas
na Resolução Contran n. 789/2020.

30
Unidade 5

 devidamente sinalizadas;


   II - o condutor deverá guardar distância
   de segurança lateral e frontal entre o seu
            e os demais veículos, bem como e relação
ao bordo da pista, considerando-se, no
momento, a velocidade e as condições
do local, da circulação, do veículo e as
condições climáticas;
Normas de circulação
III - quando veículos, transitando por
O artigo 26 do CTB coloca a seguinte fluxos que se cruzem, se aproximarem
situação: de local não sinalizado, terá preferência
de passagem:
Art. 26. Os usuários da via terrestre
devem: a) no caso de apenas um fluxo ser
proveniente de rodovia, aquele que
I - abster-se de todo ato que possa estiver circulando por ela;
constituir perigo ou obstáculo para
o trânsito de veículos, de pessoas ou b) no caso de rotatória, aquele que
de animais, ou ainda causar danos a estiver circulando por ela;
propriedades públicas ou privadas;
c) nos demais casos, o que vier pela
II - abster-se de obstruir o trânsito ou direita do condutor.
torná-lo perigoso, atirando, depositando
ou abandonando na via objetos ou
substâncias, ou nela criando qualquer
outro obstáculo.

IV - quando uma pista de rolamento


comportar várias faixas de circulação
no mesmo sentido, são as da direita
destinadas ao deslocamento dos veículos
Já o artigo 29 explica melhor sobre essas mais lentos e de maior porte, quando não
regras: houver faixa especial a eles destinada, e
as da esquerda, destinadas à ultrapassa-
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias gem e ao deslocamento dos veículos de
terrestres abertas à circulação obedecerá maior velocidade;
às seguintes normas:
V - o trânsito de veículos sobre passeios,
I - a circulação far-se-á pelo lado direito calçadas e nos acostamentos, só poderá
da via, admitindo-se as exceções ocorrer para que se adentre ou se saia

31
dos imóveis ou áreas especiais de Regras de ultrapassagem
estacionamento;
As manobras de ultrapassagem possuem
VI - os veículos precedidos de regras que todo condutor, ao ter intenção
batedores terão prioridade de passagem, de efetuá-las, deverá observar (art. 29):
respeitadas as demais normas de
circulação; IX - a ultrapassagem de outro veículo
em movimento deverá ser feita pela
esquerda, obedecida a sinalização
regulamentar e as demais normas
estabelecidas neste Código exceto
quando o veículo a ser ultrapassado
estiver sinalizando o propósito de entrar
à esquerda;

Uma grande dúvida que surge em


relação aos veículos prestadores de
utilidade pública, é em relação a sua
circulação, então vamos ver qual a
descrição que o Código de Trânsito nos
traz.

Ainda no art.29, temos o seguinte texto: X - todo condutor deverá, antes de


efetuar uma ultrapassagem, certificar-se
VIII - os veículos prestadores de serviços de que:
de utilidade pública, quando em atendi-
mento na via, gozam de livre parada e a) nenhum condutor que venha atrás
estacionamento no local da prestação haja começado uma manobra para
de serviço, desde que devidamente ultrapassá-lo;
sinalizados, devendo estar identificados
na forma estabelecida pelo CONTRAN; b) quem o precede na mesma faixa de
trânsito não haja indicado o propósito de
ultrapassar um terceiro;

c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja


livre numa extensão suficiente para que
sua manobra não ponha em perigo ou
obstrua o trânsito que venha em sentido
contrário;

XI - todo condutor ao efetuar a


ultrapassagem deverá:

a) indicar com antecedência a manobra


pretendida, acionando a luz indicadora

32
de direção do veículo ou por meio de demais que circulam pela mesma via,
gesto convencional de braço; o artigo 32 do CTB regulamenta os locais
onde fica proibida a ultrapassagem.

Art. 32. O condutor não poderá ultrapas-


sar veículos em vias com duplo sentido
de direção e pista única nos trechos em
curvas e em aclives sem visibilidade
suficiente, nas passagens de nível, nas
pontes e viadutos e nas travessias de
pedestres, exceto quando houver
sinalização permitindo a ultrapassagem.
b) afastar-se do usuário ou usuários aos
quais ultrapassa, de tal forma que deixe As manobras de ultrapassagens são um
livre uma distância lateral de segurança; dos fatores que mais causam acidentes
graves em nossas rodovias, por isso é
importante que você esteja atento em
todas as condições para executar esta
manobra, principalmente em situações
onde as condições não são favoráveis.

Jamais ultrapasse nos seguintes locais,


a não ser que estejam devidamente
sinalizados, permitindo tal manobra:

c) retomar, após a efetivação da manobra, Sobre pontes ou viadutos;


a faixa de trânsito de origem, acionando
a luz indicadora de direção do veículo ou Em travessias de pedestres;
fazendo gesto convencional de braço,
adotando os cuidados necessários para Nas passagens de nível;
não pôr em perigo ou obstruir o trânsito
dos veículos que ultrapassou; Nos cruzamentos ou em sua
proximidade;

Em trechos sinuosos ou em aclives


sem visibilidade suficiente;

Nas áreas de perímetro urbano


das rodovias.

Para que todos tenham segurança na


via, e possam circular de maneira que
busquem respeitar as regras, e não
coloquem em risco a sua via e a dos

33
Com relação às interseções, o artigo 33 Sempre que for executar uma
do código aponta: “nas interseções e suas manobra de ultrapassagens,
proximidades, o condutor não poderá fique atento às regras de circulação
efetuar ultrapassagem”. e o que diz o Código de Trânsito
Brasileiro, assim você estará
Para que uma manobra de ultrapassa- conduzindo com mais segurança
gem possa ser feita com segurança, o e conforme o que determina a lei.
condutor que tem a intenção de iniciá-la,
deverá prestar atenção no diz o artigo 34
e 35 do CTB. Veículos sobre trilhos

Art. 34. O condutor que queira executar Na situação a seguir iremos transcrever
uma manobra deverá certificar-se de conforme consta no art. 29 do CTB, para
que pode executá-la sem perigo para que não sobrem dúvidas sobre o que
os demais usuários da via que o seguem, diz a lei.
precedem ou vão cruzar com ele,
considerando sua posição, sua direção XII - os veículos que se deslocam sobre
e sua velocidade. trilhos terão preferência de passagem
sobre os demais, respeitadas as normas
Art. 35. Antes de iniciar qualquer de circulação.
manobra que implique um deslocamento
lateral, o condutor deverá indicar seu § 1º - As normas de ultrapassagem
propósito de forma clara e com a devida previstas nas alíneas a e b do inciso
antecedência, por meio da luz indicadora X e a e b do inciso XI aplicam-se à
de direção de seu veículo ou fazendo transposição de faixas, que pode ser
gesto convencional de braço. realizada tanto pela faixa da esquerda
como pela da direita.

Parágrafo único. Entende-se por deslo-


camento lateral a transposição de faixas, Componentes do trânsito
movimentos de conversão à direita, à
esquerda e retornos. O trânsito é composto por diferentes
tipos de pessoas e veículos, por vezes
os animais também podem aparecer
nesta dinâmica. Desta maneira, é
importante que o condutor entenda
que ele possui uma responsabilidade
pela segurança de todos no trânsito.

34
Neste pensamento, em seu artigo 31, LOTE LINDEIRO: aquele situado ao longo
o CTB descreve a seguinte situação: das vias urbanas ou rurais e que com elas
se limita.
Art. 31. Respeitadas as normas de
circulação e conduta estabelecidas Sobre as normas de circulação e conduta,
neste artigo, em ordem decrescente, temos regras para as mudanças de dire-
os veículos de maior porte serão ções que são chamadas de conversões.
sempre responsáveis pela segurança
dos menores, os motorizados pelos O artigo 37 do código expressa essa regra
não motorizados e, juntos, pela da seguinte maneira:
incolumidade dos pedestres.
Art. 37. Nas vias providas de acostamento,
a conversão à esquerda e a operação
de retorno deverão ser feitas nos locais
apropriados e, onde estes não existirem,
o condutor deverá aguardar no acosta-
mento, à direita, para cruzar a pista com
segurança.

Acesso ao lote lindeiro


De acordo com o artigo 36, o condutor
que for ingressar numa via, procedente
de um lote lindeiro a essa via, deverá
dar preferência aos veículos e pedestres
que por ela estejam transitando.

Mas você já ouviu falar sobre lote Indicação de intenção


indeiro? O que é um lote lindeiro?
Sempre é importante que o condutor
São aqueles terrenos que estão ao lado indique as suas intenções no trânsito
da via e que se limitam a ela, fazendo e que utilize a via de maneira adequada,
com que o condutor saia da via e acesse evitando assim acidentes.
diretamente o terreno, supermercado,
loja, etc. Deste modo, é importante conhecer o
que diz o artigo 38 do CTB.

Art. 38. Antes de entrar à direita ou


à esquerda, em outra via ou em lotes
lindeiros, o condutor deverá:

I - ao sair da via pelo lado direito,


aproximar-se o máximo possível do bordo
direito da pista e executar sua manobra
no menor espaço possível;

35
II - ao sair da via pelo lado esquerdo, Utilização do farol
aproximar-se o máximo possível de
seu eixo ou da linha divisória da pista, Uma outra situação onde os condutores
quando houver, caso se trate de uma ficam com dúvidas é em relação a utili-
pista com circulação nos dois sentidos, zação do farol nos veículos.
ou do bordo esquerdo, tratando-se de
uma pista de um só sentido. Art. 40. O uso de luzes em veículo
obedecerá às seguintes determinações:

I - o condutor manterá acesos os faróis


do veículo, por meio da utilização da luz
baixa:

a) à noite;
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob
chuva, neblina ou cerração;

Parágrafo único. Durante a manobra II - Nas vias não iluminadas o condutor


de mudança de direção, o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com
deverá ceder passagem aos pedestres outro veículo ou ao segui-lo;
e ciclistas, aos veículos que transitem
em sentido contrário pela pista da via III - A troca de luz baixa e alta, de
da qual vai sair, respeitadas as normas forma intermitente e por curto período
de preferência de passagem. de tempo, com o objetivo de advertir
outros motoristas, só poderá ser utilizada
Manobras de retorno para indicar a intenção de ultrapassar
o veículo que segue à frente ou para
Para as manobras de retorno existem indicar a existência de risco à segurança
na via áreas adequadas para que essas para os veículos que circulam no sentido
manobras possam ser executadas. contrário;

Art. 39. Nas vias urbanas, a operação


de retorno deverá ser feita nos locais
para isto determinados, quer por meio
de sinalização, quer pela existência de
locais apropriados, ou, ainda, em outros
locais que ofereçam condições seguras
para tal manobra.

36
Pisca alerta I - para fazer as advertências necessárias
a fim de evitar acidentes;
Outra situação que muitas vezes o
condutor aplica de forma incorreta II - fora das áreas urbanas, quando for
é a utilização do pisca alerta. conveniente advertir a um condutor que
se tem o propósito de ultrapassá-lo.
Ainda no artigo 40, no parágrafo único,
fica determinada a forma correta do uso
do pisca alerta.

V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas


seguintes situações:

a) em imobilizações ou situações de
emergência;

b) quando a regulamentação da via


assim o determinar; Frenagem
VI - durante a noite, em circulação, o Como vimos no módulo da direção
condutor manterá acesa a luz de placa; defensiva, o condutor precisa tomar
uma distância de seguimento em relação
VII - o condutor manterá acesas, à noite, aos demais veículos para que possa ter
as luzes de posição quando o veículo tempo hábil caso precise tomar alguma
estiver parado para fins de embarque decisão mais brusca.
ou desembarque de passageiros e carga
ou descarga de mercadorias.

Porém, o código de trânsito, em seu


Utilização de buzina art. 42, informa que: “nenhum condutor
deverá frear bruscamente seu veículo,
A legislação, fazendo uso de suas salvo por razões de segurança”.
atribuições, indica ao condutor qual
o horário e a forma apropriada do uso Consequentemente, deverá sempre
da buzina. respeitar a sinalização de velocidade
da via. Não somente a velocidade, como
Art. 41. O condutor de veículo só poderá as condições da via, do veículo e da
fazer uso de buzina, desde que em toque carga, e também levar em consideração
breve, nas seguintes situações: as condições climáticas.

37
Interseções Desta forma a resolução 36, de 21 de maio
de 1988, regulamenta esta sinalização:
A legislação é clara quando indica ao
condutor como ele deve proceder em Art. 1º. O condutor deverá acionar de
relação as interseções. imediato as luzes de advertência (pisca-
alerta) providenciando a colocação do
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa triângulo de sinalização ou equipamento
do semáforo lhe seja favorável, nenhum similar à distância mínima de 30 metros
condutor pode entrar em uma interseção da parte traseira do veículo.
se houver possibilidade de ser obrigado a
imobilizar o veículo na área do cruzamen- Parágrafo único. O equipamento de
to, obstruindo ou impedindo a passagem sinalização de emergência deverá ser
do trânsito transversal. instalado perpendicularmente ao eixo
da via, e em condição de boa visibilidade.

Parada e estacionamento
Sempre é bom estar atento às palavras
utilizadas nas normas para que você
transite de acordo com o que propõe
a legislação.

E quando tratamos de parada e estacio-


namento, o artigo 47 apresenta de forma
Uso do triângulo clara:
É comum encontrarmos veículos
parados na via, sem que haja nenhuma Art. 47. Quando proibido o estacionamen-
sinalização. Ou até mesmo quando a to na via, a parada deverá restringir-se ao
possui está colocada de maneira errada, tempo indispensável para embarque ou
ou de forma precária. desembarque de passageiros, desde que
não interrompa ou perturbe o fluxo de
Desta forma, o art. 46 do CTB, junta- veículos ou a locomoção de pedestres.
mente com o CONTRAN, informa ao
condutor que ele sempre deverá, em
situação de emergência, evidenciar a
sinalização adequada para o seu
veículo, uma vez que esteja parado
no leito viário.

Parágrafo único. A operação de carga


ou descarga será regulamentada pelo
órgão ou entidade com circunscrição
sobre a via e é considerado estaciona-
mento.

38
Cuidado ao abrir a porta do veículo
Por mais que o código de trânsito nos
apresente as normas a serem seguidas,
é importante saber que a inobservância
às regras, além de poderem ser penaliza-
das, quando não observadas podem
gerar acidentes por simples descuidos.

Carga e descarga Art. 49. O condutor e os passageiros não


deverão abrir a porta do veículo, deixá-la
Na mesma linha do estacionamento e aberta ou descer do veículo sem antes
parada, sempre que for necessário parar se certificarem de que isso não constitui
o veículo para operações de carga e perigo para eles e para outros usuários
descarga, é importante observar o que da via.
diz o artigo 48:
Parágrafo único. O embarque e o desem-
Art. 48. Nas paradas, operações de carga barque devem ocorrer sempre do lado da
ou descarga e nos estacionamentos, o calçada, exceto para o condutor.
veículo deverá ser posicionado no sentido
do fluxo, paralelo ao bordo da pista de
rolamento e junto à guia da calçada
(meio-fio), admitidas as exceções devida-
mente sinalizadas.

§ 1º Nas vias providas de acostamento,


os veículos parados, estacionados ou em
operação de carga ou descarga deverão
estar situados fora da pista de rolamento.

§ 2º O estacionamento dos veículos


Veículos de tração animal
motorizados de duas rodas será feito em Algumas pessoas, por falta de conheci-
posição perpendicular à guia da calçada mento, acreditam que a via só poderá
(meio-fio) e junto a ela, salvo quando ser utilizada por veículos, mas o artigo
houver sinalização que determine outra 52 do CTB apresenta a forma como os
condição. veículos de tração animal, devem
proceder quando estão circulando
§ 3º O estacionamento dos veículos sobre a via.
sem abandono do condutor poderá ser
feito somente nos locais previstos neste Art. 52. Os veículos de tração animal
Código ou naqueles regulamentados serão conduzidos pela direita da pista,
por sinalização específica. junto à guia da calçada (meio-fio) ou
acostamento, sempre que não houver
faixa especial a eles destinada, devendo
seus condutores obedecer, no que
couber, às normas de circulação previstas

39
neste Código e às que vierem a ser Art. 54. Os condutores de motocicletas,
fixadas pelo órgão ou entidade com motonetas e ciclomotores só poderão
circunscrição sobre a via. circular nas vias:

Art. 53. Os animais isolados ou em I - utilizando capacete de segurança,


grupos só podem circular nas vias com viseira ou óculos protetores;
quando conduzidos por um guia,
observado o seguinte: II - segurando o guidom com as duas
mãos;
I - para facilitar os deslocamentos,
os rebanhos deverão ser divididos em III - usando vestuário de proteção, de
grupos de tamanho moderado e sepa- acordo com as especificações do
rados uns dos outros por espaços CONTRAN.
suficientes para não obstruir o trânsito;
Tipos de ciclomotores
II - os animais que circularem pela pista
de rolamento deverão ser mantidos junto Além de regulamentar a forma correta
ao bordo da pista. para conduzir o seu veículo, o Código
de Trânsito Brasileiro especifica os tipos
Motociclistas de ciclomotores:

Está cada vez maior o número de Motocicleta - veículo automotor


motociclistas que circulam nas vias de duas rodas, com ou sem side-car,
todos os dias. dirigidopor condutor em posição
montada;
Pela sua facilidade de deslocamento
e maior mobilidade, as motocicletas Motoneta - veículo automotor de duas
estão por todas as partes. Muitos rodas, dirigido por condutor em posição
condutores acabam desrespeitando sentada;
regras que são fundamentais para
sua segurança. Ciclomotor - veículo de duas ou
três rodas, provido de um motor de
É importante que você, motorista, fique combustão interna, cuja cilindrada
atento ao que diz o código. não exceda a cinquenta centímetros
cúbicos (3,05 polegadas cúbicas) e
cuja velocidade máxima de fabricação
não exceda a cinquenta quilômetros
por hora.

40
Art. 57. Os ciclomotores devem ser porte e pelos mais frágeis quando estes
conduzidos pela direita da pista de rola- estão circulando pela via.
mento, preferencialmente no centro da
faixa mais à direita ou no bordo direito Esteja sempre atento ao fluxo e a todos
da pista sempre que não houver acosta- que fazem parte do trânsito.
mento ou faixa própria a eles destinada,
proibida a sua circulação nas vias de Só será permitido o fluxo das bicicletas
trânsito rápido e sobre as calçadas das em sentido contrário dos veículos, desde
vias urbanas. que o trecho possua ciclofaixa, e esta
esteja sinalizada pela autoridade de
Parágrafo único. Quando uma via trânsito que possui circunscrição sobre
comportar duas ou mais faixas de trânsito a via.
e a da direita for destinada ao uso exclu-
sivo de outro tipo de veículo, os ciclomo- Classificação das vias
tores deverão circular pela faixa adjacente
à da direita. A classificação das vias também está
discriminada no CTB. Vejamos as suas
Ciclistas classificações:

Assim como os ciclomotores sempre Art. 60. As vias abertas à circulação, de


estão presentes na via, as bicicletas acordo com sua utilização, classificam-se
também aparecem circulando e possuem em:
a sua regulamentação para que possam
circular de maneira mais segura. I - Vias urbanas:
Via de trânsito rápido - aquela
Nas vias urbanas e nas rurais de pista
caracterizada por acessos especiais
dupla, a circulação de bicicletas deverá
com trânsito livre, sem interseções
ocorrer, quando não houver ciclovia,
em nível, sem acessibilidade direta
ciclofaixa, ou acostamento, ou quando
aos lotes lindeiros e sem travessia
não for possível a utilização destes, nos
de pedestres em nível;
bordos da pista de rolamento, no mesmo
sentido de circulação regulamentado
para a via, com preferência sobre os
veículos automotores.

Via arterial - aquela caracterizada


por interseções em nível, geralmente
controlada por semáforo, com acessi-
bilidade aos lotes lindeiros e às vias
É importante que você, condutor, tenha secundárias e locais, possibilitando
responsabilidade pelos veículos de menor o trânsito entre as regiões da cidade;

41
Via coletora - aquela destinada a Regulamentação de velocidade
coletar e distribuir o trânsito que
tenha necessidade de entrar ou sair Agora que você já conhece a classificação
das vias de trânsito rápido ou arteriais, das vias, vamos estudar a velocidade que
possibilitando o trânsito dentro das compete a cada via, quando sinalizada
regiões da cidade; pelo órgão que possui circunscrição sobre
a via.
Via local - aquela caracterizada por
interseções em nível não semafori- Todas as vias devem ter a sua velocidade
zadas, destinada apenas ao acesso regulamentada por meio de sinalização
local ou a áreas restritas. vertical de regulamentação.

Para definir via urbana, ela precisa ser Nas situações em que isso não acontecer,
caracterizada da seguinte forma: ruas, será necessário seguir regras próprias.
avenidas, vielas, ou caminhos e similares
abertos à circulação pública, situados Nas vias urbanas, quando a via não
na área urbana, caracterizados possuir sinalização regulamentadora,
principalmente por possuírem imóveis deverá se obedecer a seguinte ordem:
edificados ao longo de sua extensão.
Oitenta quilômetros por hora, nas vias
II - Vias rurais: de trânsito rápido;

Rodovia - via rural pavimentada; Sessenta quilômetros por hora, nas


vias arteriais;

Quarenta quilômetros por hora, nas vias


coletoras;

Trinta quilômetros por hora, nas vias


locais.

Estrada - via rural não pavimentada;

Já nas vias rurais, quando estas não


possuírem sinalização regulamentadora
de velocidade, deverá se obedecer
o seguinte:

110 km/h (cento e dez quilômetros por


hora) para automóveis, camionetas e
motocicletas;

42
90 km/h (noventa quilômetros por Cinto de segurança
hora) para os demais veículos;
O cinto de segurança é um item
Nas rodovias de pista simples: obrigatório nos veículos e todos os
ocupantes devem utilizados de forma
100 km/h (cem quilômetros por hora)
correta. Muito além de manter os
para automóveis, camionetas e
ocupantes seguros em seus lugares,
motocicletas;
o cinto de segurança evita que os
ocupantes sejam arremessados para
90 km/h (noventa quilômetros por
fora de seus veículos, casa haja alguma
hora) para os demais veículos;
colisão.
Nas estradas:
O cinto de segurança é obrigatório
60 km/h (sessenta quilômetros por para todos os ocupantes do veículo,
hora). assim como o capacete para os que
forem utilizar a motocicleta, porém não
O órgão que possui circunscrição basta colocar o capacete, é necessário
sobre a via que será responsável em utilizar a viseira e cinta jugular de
determinar velocidades inferiores ou forma adequada, para tornar o capacete
superiores a essas citadas, conforme eficiente.
a característica da via.

É importante ressaltar que deverá ser


obedecida esta velocidade quando a
via NÃO possuir sinalização regulamen-
tadora de velocidade.

Além da velocidade máxima permitida,


também existe a velocidade mínima
permitida.

Art. 62 A velocidade mínima não


poderá ser inferior à metade da
velocidade máxima estabelecida,
respeitadas as condições operacionais
de trânsito e da via.

Caso você esteja em congestionamento,


esta regra não será aplicada.

43
Unidade 6

  que, em caso de veículo de carroçaria


pintada na cor amarela, as cores aqui
indicadas devem ser invertidas;

IV - equipamento registrador instantâneo


inalterável de velocidade e tempo;

Introdução V - lanternas de luz branca, fosca ou


A legislação específica deste curso, de amarela dispostas nas extremidades da
forma geral, é bastante extensa. Para parte superior dianteira e lanternas de
tanto, é necessário que o mínimo seja luz vermelha dispostas na extremidade
conhecido por àqueles que tem o trânsito superior da parte traseira;
como forma de renda. Deste modo, o
condutor de transportenescolar também VI - cintos de segurança em número
precisa conhecer as regras que dizem igual à lotação;
respeito ao desempenho de suas
atividades. Não somente conhecê-las, VII - outros requisitos e equipamentos
mas também aplicá-las. obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN.

No Código de Trânsito Brasileiro (CTB),


a partir do Capítulo XIII, existe a parte
específica que fala sobre a condução
de escolares.

No início do capítulo, o CTB já coloca as


principais exigências que precisam ser
cumpridas pelos condutores.

Art. 136. Os veículos especialmente É importante ressaltar que o inciso III


destinados à condução coletiva de dispõe sobre a caracterização do veículo
escolares somente poderão circular nas ao qual o condutor precisa cumprir
vias com autorização emitida pelo órgão especificamente conforme disposto.
ou entidade executivos de trânsito dos
Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, Idade escolar
para tanto:
Dentro do CTB, não há especificidade
I - registro como veículo de passageiros; em relação a qual a idade para caracte-
rização do transporte escolar, porém se
II - inspeção semestral para verificação nos voltarmos a Lei de Diretrizes e Bases
dos equipamentos obrigatórios e de da Educação (Lei 9.394/96), entende-se
segurança; como escolares as pessoas de 04 a 17
anos, as quais fazem parte do sistema
III - pintura de faixa horizontal na cor escolar que vai da pré-escola até o ensino
amarela, com quarenta centímetros de médio.
largura, à meia altura, em toda a extensão
das partes laterais e traseira da carroçaria, O transporte de estudantes universitários
com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo não é enquadrado dentro do transporte

44
escolar em função da idade escolar que V - ser aprovado em curso especializado,
é citada na Lei de Diretrizes e Bases da nos termos da regulamentação do
Educação. CONTRAN.
V - Zelar pela conservação dos bens e
equipamentos por meio dos quais lhes
são prestados os serviços;

A regulamentação específica referente


Exigência para circulação ao CTB vai do Artigo 136 ao 139, e as
de veículos escolares regras municipais também precisam
ser cumpridas e é necessário estar
De acordo com o CTB, o artigo 137 nos
atento a elas, pois cada município
traz a seguinte orientação:
poderá fazer a sua exigência.
Art. 137. A autorização a que se refere
o artigo anterior deverá ser afixada na Considerações finais
parte interna do veículo, em local visível,
com inscrição da lotação permitida, Nesta unidade explicou-se sobre as
sendo vedada a condução de escolares categorias das habilitações que se
em número superior à capacidade esta- definem em A, B, C, D e E. Nelas estão
belecida pelo fabricante. categorizados os veículos que podem
ser conduzidos.
As exigências não se limitam somente
ao veículo, mas também ao condutor, Analisou-se as sinalizações e seus grupos:
conforme especificado no artigo 138 do vertical e horizontal, luminosas e sonoras,
código. dispositivos auxiliares, sonoros e gestos
da autoridade de trânsito e do condutor.
Art. 138. O condutor de veículo destinado Nesta situação também temos a preva-
à condução de escolares deve satisfazer lência da sinalização conforme o artigo
os seguintes requisitos: 80 do CTB.

I - ter idade superior a vinte e um anos; Ordem de prevalência da sinalização:

As ordens do agente de trânsito


II - ser habilitado na categoria D;
prevalecem sobre as normas de
circulação e outros sinais;
III - (VETADO)
As indicações do semáforo prevalecem
IV - não ter cometido mais de uma
sobre os demais sinais;
infração gravíssima nos 12 (doze) últimos
meses;
As indicações dos sinais prevalecem
sobre as demais normas de trânsito.

45
A sinalização de regulamentação tem Neste capítulo também falamos sobre
por finalidade: proibição, obrigações e/ou as classificações das infrações, conforme
restrições em relação ao uso da via. a sua gravidade e valor que será atribuído
a essas infrações.
Já a sinalização de advertência, como
o próprio nome diz, ela está na via para Relembrando: temos as naturezas das
advertir os condutores a possíveis infrações, sendo elas gravíssimas, graves,
situações que podem se apresentar médias ou leves, atribuindo respectiva-
ao longo do percurso. mente ao prontuário do condutor 7, 5, 4
e 3 pontos.
No grupo de sinalização horizontal,
temos as linhas colocadas no pavimento As infrações podem ser punidas tanto
e que são identificadas da seguinte com multas como por advertência por
forma: marcas longitudinais, marcas escrito, suspensão do direito de dirigir,
transversais, marcas de canalização, cassação ds CNH ou da permissão e
marcas de delimitação e controle de frequência obrigatória em curso de
estacionamento e/ou parada e inscrições reciclagem.
no pavimento.
Nesta parte também falamos sobre os
As sinalizações luminosas, tanto para crimes de trânsito em que o condutor
pedestres como para veículos, compõe- poderá ser enquadrado.
se de indicações luminosas, acionadas
alternada ou intermitentemente através Explicou-se também quais são as exigên-
de sistema elétrico/eletrônico, cuja função cias feitas aos condutores de transporte
é controlar os deslocamentos. escolar. E a partir do CTB, colocamos o
que pode ser exigido para o desempenho
O grupo de sinalização temporário, que dessa atividade.
tem como características a cor laranja,
será colocado na via sempre que precisar O condutor precisa estar atento e deve
orientar os condutores sobre caminhos cumprir todos os requisitos, seja em
alternativos, áreas isoladas ou para relação à documentação ou característi-
manter a fluidez do trânsito, entre outros. cas do veículo, para que possa desem-
penhar as suas atividades sem que tenha
Os gestos e os sinais sonoros emanados nenhum problema!
pela autoridade de trânsito,
sempre devem ser
utilizados em conjunto.

Já o condutor poderá
fazer uso dos gestos,
para complementar
a sua intenção no trânsito.

46
Unidade 7


 Art. 329. CTB
   O Código de Trânsito Brasileiro, em
   seu artigo 329, determina ainda que
  os condutores dos veículos citados
nos artigos 135 e 136, para que possam
              exercer as suas atividades deverão
apresentar, previamente:

- Certidão negativa do registro de


distribuição criminal relativamente
aos crimes de homicídio, roubo,
estupro e corrupção de menores,
renovável a cada cinco anos junto
Normatização local ao órgão responsável pela respectiva
concessão ou autorização.
Cada município possui suas especifica-
ções em relação ao desempenho das
atividades de transporte de escolares,
desta maneira é importante que você
esteja atento a regulamentação do seu
município e se informe por meio dos
órgãos municipais para que esteja
sempre de acordo com a regulamen-
tação.

Cabe ao município exigir e fiscalizar


o que está preconizado no CTB.

Equipamentos obrigatórios
No veículo de transporte de escolar, assim
como em todos os outros, são necessários
os equipamentos considerados obriga-
tórios, e além destes, também:

Registrador instantâneo e inalterável


de velocidade e tempo;

Espelhos retrovisores, equipamento


do tipo câmera-monitor ou outro
dispositivo equivalente;

Outros exigidos pelo órgão estadual


ou municipal.

47
Unidade 8

  Motorista responsável


   O trânsito é feito por todos, mas a parcela
    mais importante é do condutor, pois é ele
           que tem o controle do veículo.

Sendo assim, a segurança de seus pas-


sageiros precisa iniciar assim que eles
entram em seu veículo e só deverá cessar
quando todos chegarem em seu destino
com segurança, inclusive você que é o
condutor. V - Zelar pela conservação dos bens e
equipamentos por meio dos quais lhes
são prestados os serviços;

Introdução
Além das responsabilidades com o
veículo e documentação, o condutor
de TRANSPORTE ESCOLAR é responsável
pela segurança e integridade de seus
passageiros.

Muito além de fazer o transporte dessas


pessoas, ele precisa preservar a vida de Não somente o condutor tem a respon-
todos. sabilidade por um trânsito seguro,
mas todos aqueles que fazem parte
A segurança no transporte precisa iniciar do trânsito, bem como os órgãos
pelo condutor antes mesmo de embarcar competentes, sejam eles de fiscalização
no veículo, pois é necessário que o estado ou não.
físico e mental do condutor estejam bem
para que possa ter uma condução segura, É importante ressaltar, para que a
assim como prevê os conceitos da direção segurança seja íntegra, a manutenção
defensiva. do veículo também precisa estar em dia,
tendo uma periocidade de revisões no
Além disso, a segurança dos que estão veículo.
sendo transportados dentro do veículo é
de inteira responsabilidade do motorista E esta responsabilidade fica a cargo dos
e é necessário ter isso muito claro no responsáveis pelo veículo.
dia a dia.
V - Zelar pela conservação dos bens e
equipamentos por meio dos quais lhes
são prestados os serviços;
Resumo
O condutor de transporte de escolares
precisa estar atento e atualizado para que
não exerça a sua atividade de forma ilegal,
por isso é necessário entender muito bem
sobre a sinalização, infrações, documen-
tação, até as responsabilidades que o
condutor tem em transportar seus alunos.

48
É importante que você cumpra com suas
obrigações e entregue um serviço de
qualidade, pois muito além de conduzir
um veículo, você está lidando com vidas.

Seja competente com suas habilidades


e mostre que além de motorista você
é um condutor especializado.

Anotações:

49
CURSO
TRANSPORTE
DE ESCOLARES

https://ead.bludata.net/

+55 (47) 2123-4000

contato@bludata.com.br

Você também pode gostar