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TECNOLOGIA E MATERIAIS DE

CONSTRUÇÃO I

Produção dos Concretos

Prof. Davi Fagundes Leal


INTRODUÇÃO

• Produção do concreto:

Envolve as seguintes etapas:

Mistura dos materiais (cimento, agregados e água);

Transporte do concreto no estado fresco;

Lançamento do concreto;

Adensamento (ou compactação);

Cura do concreto.

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Mistura:
 Operação que visa obter um conjunto homogêneo a partir do
agrupamento interno dos agregados, aglomerantes, água e, se
necessário, adições e aditivos.

 Controle da homogeneidade: resistência, slump, massa


específica e percentual dos componentes na mistura.

Manual
• Tipos de mistura:
Mecanizada (misturadores e betoneiras)

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Mistura manual:
 Só é permitido em pequenos volumes ou em obras de pouca
importância.

 Amassamento com, no máximo, dois sacos de cimento


(100kg) por vez.

 Não é recomendável para concreto estrutural  baixo


controle dos componentes e do produto final.

 Referências: NBR 6118, NBR 14931 e NBR 12655.

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Mistura
manual:

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Mistura mecânica:

 Betoneira  cuba (ou tambor) + pás internas.

eixo inclinado
queda livre
eixo horizontal
intermitentes
cuba fixa
forçados
contracorrente
Misturadores
queda livre
contínuos
forçados

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Betoneiras intermitentes – Queda livre:


 Pás solidárias à cuba.
 A mistura é feita por gravidade (daí o nome “queda livre”).

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Betoneiras intermitentes – Queda livre:


 Eixo horizontal ou inclinado.

Mais utilizado: betoneira intermitente – queda livre – eixo inclinado.


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MISTURA DOS MATERIAIS

• Betoneiras intermitentes – Forçados (eixo vertical):


 Geralmente com cuba fixa e pás móveis.
 Podem, ainda, ter cuba e pás móveis (movimentos contrários –
contracorrente).

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Volume da betoneira e da betonada:


 Capacidade da cuba (CC): volume total interno da cuba.
 Capacidade de mistura (CM): volume aparente dos materiais
isolados.
 Capacidade da produção (CP): volume de concreto produzido.

Relação entre Eixo Eixo Eixo


os volumes Horizontal Inclinado Vertical
CM / CC 0,40 0,70 0,40 a 0,70
CP / CM 0,65 0,65 0,65
CP / CC 0,30 0,50 0,30 a 0,50

Importante para programar a concretagem e as quantidades de materiais.


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MISTURA DOS MATERIAIS

• Tempo de mistura:
 Relacionada com a velocidade de rotação da cuba/pás.
 Velocidade ótima: evita a centrifugação dos materiais.
 Tempo de mistura: varia com o diâmetro e a inclinação da cuba.

Eixo Eixo Eixo


Horizontal Inclinado Vertical
Tempo (s) 60.d 120.d 30.d

 Betoneiras comuns  entre 1min e 3min.


 O importante é garantir a homogeneidade do concreto!

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MISTURA DOS MATERIAIS

• Ordem de mistura:

Não colocar o cimento


em primeiro lugar 
evita perdas (betoneira
seca ou úmida).

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TRANSPORTE

• Condução do concreto fresco até o local de lançamento.


• Condição única: manter a homogeneidade do concreto.
“A segregação deve ser impedida, e nunca corrigida após a sua
ocorrência”.

• Priorizar transporte único  evitar depósitos intermediários.

• Tipos de transporte:
Transporte horizontal;
Transporte vertical;
Transporte inclinado.

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TRANSPORTE

• Transporte Horizontal:
 O transporte não precisa superar desníveis consideráveis.
 Exemplos: carrinhos de mão, vagonetes sobre trilhos, etc.

Rodas pneumáticas: reduzem a vibração e a segregação.


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TRANSPORTE

• Transporte Inclinado:
 Exemplos: correias transportadoras, calhas, etc.

Cuidados com a inclinação da calha:


agregado graúdo tende a se
desprender da mistura (segregação).

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TRANSPORTE

• Transporte Vertical:
 Exemplos: caçambas/baldes erguidos por guinchos, grua ou
guindaste.

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TRANSPORTE

• Transporte por bombas:


 Serve para todos os tipos de transporte (de horizontal a vertical).

Concreto bombeado: consistência


mais plástica/fluida  aditivos.
Caminhão betoneira: 5 a 7m³

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LANÇAMENTO

• Consiste na colocação do concreto nas fôrmas ou local de


aplicação.

• Intervalo máximo entre o amassamento (mistura) e o


lançamento: 1 hora.
 Após esse prazo, a trabalhabilidade é afetada pelo início da pega.
 Se necessário, utilizar aditivo retardador de pega.
 Concreto usinado: atenção com o transporte no caminhão
betoneira.

• Molhar as fôrmas antes do lançamento.


 Evita perda de água e facilita a desforma.
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LANÇAMENTO

• Altura máxima de queda livre: 2 metros.


 Soluções: janelas nas fôrmas, funis ou
trombas.

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LANÇAMENTO

• Adotar consistência adequada à forma/equipamentos de


lançamento.

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LANÇAMENTO

• Juntas “frias”:

 Resultado de lançamentos sucessivos, após a pega da camada


anterior.

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LANÇAMENTO

• Juntas “frias”:

Retirar nata de cimento enfraquecida


da superfície (resultado da exsudação);

 Limpeza (retirada do pó);

 Molhar a superfície antes da nova


concretagem;

 Lançar o concreto novo.

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ADENSAMENTO

• É o processo de compactação do concreto após o seu


lançamento.
 Aumentar a compacidade – reduzir vazios.

• Adensamento manual:
 Socamento ou apiloamento.
 Camadas não devem exceder 20 cm.
 Obras de menor porte.

• Adensamento Mecânico:
 Vibradores mecânicos.

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ADENSAMENTO

• Adensamento Mecânico:
 Tipos de vibradores:
Imersão ou internos
Externos ou de superfície
De fôrmas

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ADENSAMENTO

• Adensamento Mecânico:

 Não deve ser aplicada na armadura  compromete a aderência


do concreto com a armadura.

 Não usar o vibrador para espalhar o concreto.

• Atenção com adensamento excessivo:

 Os agregados maiores (mais pesados) tendem a se acumular na


parte inferior da fôrma.

 O excesso de vibração pode ser pior do que a sua falta.

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CURA DO CONCRETO

• Objetivo: evitar a evaporação da água necessária à


hidratação do cimento.

 Em climas frios, o objetivo é evitar o congelamento da água.

• Fundamental para garantir a resistência e a durabilidade.

• Período:

 No mínimo, durante os primeiros 7 dias de idade.

 Desejável até os 14 dias.

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CURA DO CONCRETO

• Métodos de cura:

Lâmina d’água na superfície Película de Parafina

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CURA DO CONCRETO

• Métodos de cura:

Lonas, mantas e similares


Aspersão de água
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CURA DO CONCRETO

• Efeitos da cura na resistência do concreto:


140
Resistência Potencial ( % )

120

100 ao ar livre
80
ao ar livre após 3 dias
60
ao ar livre após 7 dias
40
Cura permanente
20

0
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91
Idade do concreto ( dias )

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CENTRAIS E USINAS

• Dosagem na central e mistura no caminhão-betoneira.

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CENTRAIS E USINAS

• Vantagens do concreto usinado:


 Controle, por meio de ensaios, do aglomerante e dos agregados
empregados;
 Dosagem, automática ou semi-automaticamente, dos materiais
em massa;
 Caminhões com medidores de água de grande precisão;
 Controle da qualidade através da moldagem e ensaio de
numerosos corpos de prova de um mesmo tipo de concreto;
 Emprego de grandes quantidades de concreto em curto prazo,
dando à concretagem um ritmo de produção industrial;
 Uma etapa a menos a ser executada no canteiro de obras.
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