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Estruturas

Profª. Dayana Gonçalves


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dayana.goncalves@cefetmg.br
A estabilidade da estrutura depende da resistência
dos materiais e da seção das peças.
Lajes > Vigas > Pilares > Fundações > Solo
Supraesrtuura Infraestrutura
Lajes
• Elementos planos bidimensionais (placas)
• Comprimento e largura na mesma ordem de grandeza e espessura muito
menor que esses
• Recebem as cargas das pessoas, móveis, pisos, paredes e outras.
Lajes maciças
• Toda a espessura de concreto
• Armadura longitudinais e transversais
• Apoiadas em vigas ou paredes estruturais ao longo das bordas
Lajes pré-moldadas
• Menor custo que laje maciça
• Importante que o fornecedor seja confiável,
resistência das vigotas
• Apoiar corretamente as vigotas
• Atentar para o posicionamento da armadura
e a espessura e resistência do concreto
Lajes nervuradas
• Econômicas
• 30% de redução de concreto e aço
• Vencem grandes vãos
Vigas
• Elementos lineares (barras)
• Seção transversal muito menor que o comprimento

• Seções transversal retangular, em T, I, L ou U


Tipos de vigas
Pilares
• Elementos de barra verticais que
trabalham predominantemente à
compressão.
• São engastados nas fundações
Circulação vertical
Formas
• Elementos destinados a dar formato ao concreto durante sua cura.
• Pode ser de diversos materiais:
• Madeira
• Fácil aquisição e trabalho
• Madeiras brutas para onde não há demanda de acabamento
• Compensados resinados com reutilização de até 5 vezes
• Compensados plastificados para concreto aparente, reutilizáveis até 50
• Metal
• Boa para onde as dimensões das peças são pouco variadas
• Pré-moldados
• Reutilização praticamente ilimitada
• Bom custo beneficio
• Mista
Materiais
• Chapas de madeira compensada substituem bem tábuas sólidas
• Bom reaproveitamento
• Fácil desforma
• Menor número de juntas
• Menor consumo de pregos
• Maior produtividade
• Chapas plastificadas tem alta durabilidade e oferecem bom acabamento para concreto
aparente.
• Escoramento metálico substitui escoramento de madeira
• Maior produtividade
• Reaproveitamento total
• Regulagem de altura para nivelamento preciso
• Rápida e fácil montagem e desmontagem
Formas
• A cada m³ de concreto são gastos aproximadamente 12m² de formas.
• No projeto estrutural há representações especificas das formas
• Planta de formas
Execução de formas
• Importante que resista sem deformações a
cargas como o peso próprio, a pressão do
concreto fresco e a carga de equipamentos
e operários.
• Estanqueidade
• As formas são reaproveitáveis por isso a
ordem de montagem precisa prever a
desmontagem
Cuidados importantes
• Fazer a limpeza das formas antes da
concretagem
• Janela na base de pilares
• Pilares acima de 3m precisam de janelas para
lançamento do concreto
• Risco de segregação
• O escoramento precisa ser bem apoiado e
escoras maiores que 3m precisam de
travamento horizontal.
• O desmoldante deve ser aplicado para garantir
um desmolde rápido e eficiente
Redes
• Instalações elétricas,
hidráulicas, telefônicas, de
interfone, de antenas e
internet
• Posicionar a tubulação, pontos
de luz e caixas de passagem
antes da concretagem
• Estruturas maciças devem
contar com perfurações nas
formas antes da concretagem.
Armaduras
• Resistencia a tração e a flexão na estrutura de concreto
• Calcificados em categorias
• CA-25 - 2.500 kg/cm² ou 250 MPa;
• CA-50 – 5.000 kg/cm² ou 500 Mpa;
• CA-60 - 6.000 kg/cm² ou 600 MPa.

• Projeto estrutural especifica as dimensões das peças e das armaduras


• Há especificação quanto a dimensão, dobra, quantidade, diâmetro...
Execução de armaduras
• A cada m³ de concreto são consumidos
aproximadamente 80Kg de armaduras
• As barras precisam se retas e devem ser
retificadas ou alinhadas antes do corte
• O corte obedece ao projeto estrutural e pode ser
feito por serra manual, tesouras ou máquinas de
corte.
• A dobra é feita com auxílio de pinos em uma
bancada ou por máquina automática
Armaduras
• No projeto é especificado como devem ser as emendas
• Trespasse, solda ou luvas
Armaduras
• Na montagem é preciso garantir o cobrimento mínimo par
isso são usados espaçadores
Execução de concreto
• Antes de iniciar a concretagem é preciso conferir o nivelamento das formas.

• Fechar as janelas de base dos pilares


• Vedar as juntas
• Umedecer as formas
• Construir os caminhos com tábuas, por onde circularam os carrinhos e operários.
Manual
Preparo
Mecânica

Transporte

Lançamento

Adensamento

Cura
Mistura
• Homogeneidade da pasta de cimenta com os agregados.
• A não homogeneidade leva a decréscimo na resistência mecânica e na
durabilidade.

Cimento Areia Brita Água


Mistura manual
• NBR 6118
• Obras de pequeno volume
• Máximo 100Kg de cimento
• Uso de pás ou enxadas
• Estrado ou superfície plana impermeável e resistente
• Caixas de madeira, chapas metálicas ou pisos de concreto
• Primeiro a seco os agregados e o cimento, até obter cor uniforme
• Adicionar água gradualmente até a uniformidade
• Quantidade controlada, a água facilita a mistura mas altera a resistência
Mistura manual
Mistura mecânica
• Obtida em máquinas especiais
• Betoneiras de queda livre
• Pás levam o material até a parte superior de lá deixam cair

• A mistura ocorre pelo tombamento do material


• Betoneiras de mistura forçada
• Pás força um contato rápido e completo do material
• Avanço tecnológico
• Patente da Eirich, denominado mistura em dois tempo
• Agitador tipo liquidificador
• Permite economia de 10% do aglomerante
Mistura mecânica
• Volume
• Volume da cuba ou tambor (Vt)
• Volume da mistura (Vm)
• Volume de produção (Vp)
Mistura mecânica
• Velocidade ótima de mistura
• N= número de rotações
• D = diâmetro do tambor (m)
Mistura mecânica
• Tempo de mistura
• NBR 6118
Mistura mecânica
• Ordem de colocação dos materiais para betoneiras pequenas, de carregamento
manual (a)
• Recomendável colocar primeiro a água e em seguida o agregado graúdo
• Em seguida o cimento
• Por último o miúdo
• Betoneiras com caçamba carregadora (b)
Mistura mecânica
Horizontal
Preparo
Inclinado
Transporte Vertical
Bombas
Lançamento Caminhões
betoneira

Adensamento

Cura
Transporte
• Tempo entre o instante que a água de amassamento entra em contato com o
cimento e o final da concretagem <2h30m
• Em temperaturas elevadas o intervalo é menor
• O ideal é que o concreto seja lançado diretamente nas formas
Transporte horizontal
• Cuidado com a vibração
• Pode causar compactação, dificultando a saída
• Carrinho de mão
• 50l
• Pequenos veículos motorizados
• Até 1m³
• Caminhões agitadores
• Grande volume, rapidez e homogeneidade
• Vagonetas sobre trilhos
Transporte inclinado
• Em pequenas obras pode-se substituir o transporte vertical

• Calhas

• Tapetes rolantes
• Começam a se torna economicamente viáveis
Transporte vertical
• Queda livre
• Limitada a altura de 2,50 até 3,00m
• Risco grande de segregação

• Guincho
• Descarga automática ou não

• Guindaste com caçamba de descarga pelo fundo


Bombas
• Sistema flexível e em grande utilização no momento
• Requisitos:
• Diâmetro do tubo interno no mínimo três vezes o diâmetro máximo do agregado.
• Relação água/cimento
• Slump de 8 a 10cm, mínimo de 60% de argamassa
Caminhões betoneira
• Veículos providos de betoneira
• Funcionam como agitadores evitando o inicio de pega e a desagregação
• Tempo de mistura
• Cuidado com adições extra de água
Controle tecnológico do concreto
• Dosagem
• Relação entre resistência característica e
resistência de dosagem
• Desvio padrão
• Materiais volume x peso
• Padiolas, latas, carrinhos...
• Mistura manual x mecânica
• Manual tem baixa eficiência e só é usada
para pequenos volumes
• Transporte
• Risco de segregação
Preparo

Tempo
Transporte
Altura da queda

Lançamento
Plano de
concretagem
Adensamento Juntas

Cura
Lançamento
• Operações fundamentais
• Preparação das formas
• Resistentes, limpas, estanques e saturadas com água ou impermeabilizadas
• Colocação do material no local de aplicação
• Plano de concretagem, cuidado com segregação e locais com alta taxa de armadura
• Evitar o arrasto do material e grandes alturas
• Logo após o amassamento
• No máximo uma hora depois
• No caso mecânico começa a contar o tempo quando para a agitação
• Se precisa de mais tempo trabalhar com aditivo
Altura da queda
• Queda livre máxima NBR 14931
• 2,0m ou um pé direito de 2,5 até 2,8m
• Peças estreitas e altas (ex.: pilares)
• Utilização de janelas
• Funis
• Altura acima de 2,50m é preciso agir para evitar a segregação
• Abertura de janelas: diminuir altura e facilitar o adensamento
• Emprego de trompas de chapa ou de lona no interior da forma
• Utilização de concreto mais plástico e mais rico no inicio e ao fim concreto menos
plástico e menos rico, mantendo a resistência.
• Colocação inicial de 5 a 10cm de argamassa, para evitar o ninho de pedra.
Plano de concretagem
• Dificuldade com a colagem entre concreto velho e concreto novo
• Primeiro os pilares em seguida vigas e laje
• Nunca fazer o concreto até o fundo da laje e posteriormente a laje total
Juntas
Concretagem
• Organizar o transporte do concreto
• Lançamento do concreto com adensamento e regularização da superfície com o concreto
fresco

• Caso necessário dividir a concretagem em etapas


• Preferencia por vigas e lajes juntas
Preparo

Transporte

Lançamento
Manual
Adensamento
Mecânico

Cura
Adensamento

Vazios 0% 5% 10% 20%


Resistencia 100% 90% 70% 50%
Adensamento Manual

• Obras pequenas
• Possível em concreto plástico
• Abatimento entre 5 e 12 cm
• Espessura máxima de 20cm
• Adensamento completo quando na
superfície do concreto tem-se uma
camada lisa de cimento e elementos fins
Adensamento Mecânico
• Maior eficiência
• Classificação
• Modo de aplicação
• Interno: agulhas vibrantes
• Externos: réguas de superfície e mesas vibratórias
• De fôrma: empregado para pré-moldados e vigas protendidas
• Energia de acionamento
• Eletromagnéticos
• A combustão
• Pneumáticos de ar comprimido
• Elétricos
Adensamento Mecânico
• Cuidados gerais:
• Aplicar o vibrador em distancias iguais a uma vez e meia o raio de ação
• Introduzir e retirar a agulha lentamente
• Não deslocar a agulha horizontalmente
• Espessura da camada igual a ¾ do comprimento da agulha
• Não introduzir agulha até menos de 10 a 15 cm da forma
• Não vibrar além do necessário
• Exercer a vibração durante intervalos de tempo de 5 a 30s
Controle tecnológico do concreto
• Lançamento
• Umedecer formas
• Cuidado com altura
• Cuidado com arraste
• Adensamento
• Agulha de imersão
• Sempre na vertical e não arrastar a agulha
• Mergulha rapidamente sai lentamente
• Atenção ao raio de ação
• Tempo de adensamento
Cuidados importantes
• Verificar as aberturas e passagens de tubos
• Verificar o cobrimento das barras de aço
• Corpos de prova do concreto para controle tecnológico
• Deixar esperas para os pilares que seguem
• Acompanhamento pelo engenheiro, mestre-de-obras, bombeiro,
eletricista, armador e carpinteiro.
Preparo

Transporte

Lançamento

Adensamento

Cura
Cura
• Objetivo:
• Evitar a retração hidráulica e garantir a continuidade das reações de hidratação do
cimento
Controle tecnológico do concreto
• Cura
• Realizar a cura úmida por no mínimo 7 dias
• O concreto perde água durante o endurecimento
• Retração por secagem
• Umedecer as superfícies
• Protege-las
• Cura química
Cura
• Resistencia a ruptura
• A cura úmida melhora a resistência final
• Peças saturadas tem valores mais baixos que peças secas
• É possível recuperar a resistência perdida pela retomada da cura
• Irrigação ou aspersão de água
• Molhagem da superfície exposta
Métodos de cura • Submersão
• Método ideal de cura
• Difícil aplicação
Métodos de cura
• Recobrimento
• Evita a ação direta do sol e vento
• Mantem-se a umidade do material de recobrimento
• Materiais utilizados: areia, terra, sacos de aniagem
• Utilização de tábuas e sacos de cimento não impedem a evaporação, muito
cuidado!
• Utilização de materiais impermeáveis como plástico, favorecem a rápida
secagem
Métodos de cura
• Conservação de formas
• Aplicável quando a forma protege a maior parte da superfície como pilares, no caso de formas
de madeira tem que ser molhadas frequentemente
• Impermeabilização por pintura
• Tintas, resinas e produtos asfálticos derivados do alcatrão
• Aplicação de Cloreto de Cálcio
• 800g a 1Kg por m², causa absorção de água do ambiente, mantendo a superfície úmida.
• Importante retirar o sal depois da cura, uma vez que ele pode agredir a armadura
Métodos de cura
• Membras de cura
• Filme impermeável com duração de 3 a 4 semanas na forma de emulsões aquosas ou solução
de produtos resinosos ou parfínicos
• Cura a vapor
• Temperaturas de 70ºC e sob pressão
• Peças atingem em 1 dia de cura resistências equivalentes aos 28 dias de cura
úmida normal.
Cuidados importantes
Execução em concreto protendido
• Introduzir um estado prévio de tensões na estrutura com objetivo de
melhorar a sua resistência e deformabilidade.

• Atividade:
• Resumir o artigo sobre execução em concreto protendido
• Parte ou seções repetidas de uma edificação (módulos) são
Execução de produzidos em uma fábrica (off-site), com processos e condições
controladas.
• Painéis 2D
estruturas • Módulos 3D

modular • Módulos são transportados e montados na obra


• Lado a lado
• Empilhados
• Módulos são conectados
Execução estruturas pré-fabricadas
• Construção mais ágil
• Produção mecanizada
• Maior produtividade
• Processos bem definidos
• Obra enquanto indústria
• Redução dos riscos
• Redução de desperdícios
• Evita “soluções em obra”
• Concepção arquitetônica • Locação
• Elevado nível de detalhe nos projetos
• Transporte das peças
• Modulações
Processo & • Não obrigatório mas, desejável
• Fixação das peças
• Arremates em obra
Projeto • Repetibilidade
• Custos
Estruturas metálicas
• Amplamente empregado em galpões e edifícios comerciais
• Técnica consolidada em países desenvolvidos
• Técnica industrializada
• Segurança
• Rapidez
• Precisão
Vantagens
• Material com alta resistência
• Maiores vãos
• Liberdade arquitetônica
• Peças esbeltas
• Material leve
• Fundações menos robustas
Pontos de atenção
• Montagem
• Alinhada
• Aprumada
• Precisão de dimensões
• Ligações
• Parafusadas
• Soldadas
• Rebitadas
• Pórticos espaciais

Sistema • Panos de vedação


• Não colaboram no recebimento de carregamento
porticulado • Atuam no contraventamento
• Rigidez global da construção
Sistema
Treliçado
• Treliças espaciais
• Panos de vedação
• Não colaboram no
recebimento de
carregamento
• Não atuam no
contraventamento
• Importância de um sistema de isolamento térmico e acústico
• Necessidade de mão de obra especializada
Sistema • Diferentes tamanhos de container
Container • 6x2,4x2,6
• 12x2,4x2,6
Light Steel
Frame
• Construção a seco
• Esqueleto estrutural
autoportante
• Perfis de aço galvanizado
Estruturas de madeira
• O caráter renovável da madeira como recurso natural
• Fábrica = árvore
• Processamento = sombra, frutos, liberação de oxigênio, abrigo para animais,
folhas fertilizam o solo.
• Produto final = madeira

• É preciso ciência para gerir o processo natural da madeira.


• Trabalhabilidade
• Ferramentas simples
Estruturas em • Conexões
madeira • Parafusos
• Pregos
• Entalhes
Sistema balão
• Peças de madeira de
pequena seção transversal
• Fechamento por chapas de
madeira
Sistema plataforma
• Descontinuidade dos montantes de um
pavimento para o outro
• Vigas intermediárias criam uma
plataforma
• Possível até 9 pavimentos
• Componentes pré-fabricados
Execução de alvenaria estrutural
• Alvenarias recebem e transmitem as cargas
• Estrutura a obra
• Absorve os esforços atuantes
• Baixo desperdício
• Diferenças na execução
• Sistema convencional permite primeiro fazer a estrutura e depois a vedação
• Há amarração entre estrutura (lajes) e alvenarias
Execução de alvenaria
estrutural
• Marcação e preparação
• Necessidade de controle dos
materiais
• Planta de locação da primeira fiada
• Planta de eixos
• Passagem de elétrica e hidráulica
• Elevação das alvenarias
• Produção das lajes

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