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SUPLEMENTO DA REVISTA DIRETRIZES – CARATINGA – MG

JANEIRO E FEVEREIRO DE 2023 – CADERNO 490-491


JANEIRO - QUATRO REUNIÕES E UM PLENÁRIO SOBRE:

ESCUTA SINODAL:
O QUE O ESPÍRITO SANTO NOS DIZ?
EQUIPE DO CONSELHO DIOCESANO DE LEIGOS/AS
MARCOS DOMINGOS, ANA ADRIANA, GIULIANE, MARISMÉLIA, IMACULADA, GILMAR, IARA, SEBASTIÃO
ANTÔNIO, JORGE, IVÂNIA, MARCOS RODRIGUES, JOSÉ CAMILO, PE. ALLAN.

FEVEREIRO - QUATRO REUNIÕES E UM PLENÁRIO SOBRE:

ESCUTA SINODAL:
O CLAMOR QUE VEM DAS COMUNIDADES
EQUIPE DO MOBON
DENILSON MARIANO
ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

DIRIGENTE: Prezados Irmãos e Irmãs, LEITOR(A) 1: Que o Senhor Deus, que


saudemos a Santíssima Trindade. nos concedeu estar aqui neste dia, junto
TODOS: Em nome do Pai, do Filho e do com nossos amigos e vizinhos, para refletir,
Espírito Santo. Amém! iluminados pela Palavra, derrame sobre nós
D: Neste encontro de amor, esperança e seu Santo Espírito.
luz, nos encontramos para meditar a San- T: Que o Espírito Santo de Deus nos ilu-
ta Palavra de Deus. Para iniciar nosso en- mine, para ouvir e acolher as palavras de
contro, rezemos juntos a oração ao Espírito nossos irmãos, no processo de escuta sino-
Santo: dal.
T: Vinde, Espírito Santo, enchei os cora- L2: Que possamos, nesta reunião, estar
ções dos vossos fiéis e acendei neles o fogo unidos a todos os membros de nossa Igreja,
do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e no Brasil e no Mundo, unindo nossa oração
tudo será criado e renovareis a face da ter- à oração de todos os que se reúnem neste
ra. – Oremos: Ó Deus, que instruístes os momento, tendo a certeza de que Jesus está
corações dos vossos fiéis, com a luz do Espí- no meio de nós.
rito Santo, fazei que apreciemos retamente T: Que o Espírito Santo de Deus nos aju-
todas as coisas segundo o mesmo Espírito de a estarmos unidos, na Igreja do Brasil e
e gozemos sempre da sua consolação. Por do mundo, neste processo Sinodal: Comu-
Cristo Senhor Nosso. Amém! nhão, Participação e Missão. Amém!

ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

D: Estamos iniciando mais um mês de Santo nos conduza, neste processo de escu-
janeiro, com esperança, com amor e com ta, síntese e consolidação do Sínodo: Comu-
ardor missionário. Acolhamos a todos, com nhão, Participação e Missão.
muita alegria. E rezemos juntos, para todos T: Senhor, dai-nos forças, para vivermos
de nossa Comunidade, de nossa Paróquia e o processo de escuta de nossos irmãos, não
de nossa Diocese. só no momento do Sínodo, mas em todos os
T: Senhor, dai-nos sabedoria e amor, dias; para que nossos irmãos se sintam aco-
para ouvirmos nossos irmãos e vivermos lhidos e amados. Amém!
em harmonia. D: Que desça e permaneça sobre nós e
D: Neste processo sinodal, convidados sobre nossas famílias, a bênção de Deus to-
pelo Papa Francisco a ouvir a todos, sem do-poderoso Pai, + Filho e Espírito Santo.
exceção, pedimos a Deus que seu Espírito T. Amém!

INTRODUÇÃO

O tema da sinodalidade é de profunda Em preparação para o Sínodo dos Bispos


atualidade, adquirindo especial importân- sobre a Sinodalidade em 2023, ele afirmou
cia, desde o Vaticano II. O Papa Francisco que “o caminho da sinodalidade é precisa-
nos ofereceu uma reflexão teológica profun- mente o caminho que Deus espera da Igreja
da e desafiadora, sobre este tema, aos 17 de do terceiro milênio”.
outubro de 2015, na comemoração dos 50 O processo de escuta para o Sínodo 2023
anos da instituição do Sínodo dos Bispos. difundiu-se em nossas Comunidades e Pa-
2 Roteiro 490/491
róquias, atingindo toda a nossa Diocese. balho coletivo e contínuo de aprendermos
Sentimo-nos convidados à fidelidade ao a “caminhar juntos”, como irmãos e irmãs
Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, que somos. Sentimos que este é o jeito de
que, de junto do Pai, nos envia em missão. sermos Igreja, onde cada pessoa é impor-
Com esse caminhar para o Sínodo 2023, tante, tem voz, é ouvida, capacitada e envol-
tivemos a oportunidade de debruçar sobre vida na realização da missão.
nós mesmos, não com uma atitude egoís- O Sínodo 2023, proposto pelo Papa
ta, mas com o desejo de revermos nossas Francisco, nos leva a entender que somos
ações, para, assim, podermos melhor servir chamados a ser a Igreja, que escuta o Espí-
aos irmãos. Foi um processo que começou rito Santo e os clamores do povo. Louvemos
nas bases, uma verdadeira abertura ao ou- a Deus, pelos trabalhos realizados em todas
tro, na escuta, inclusive daquele que pensa as Paróquias e Comunidades de nossa Dio-
diferente de nós. Foi, antes de tudo, um tra- cese.

Companheiros de Viagem
“Voltaram... seguindo por outro caminho” (Mt 2, 12)
1ª REUNIÃO
Semana de 02 a 08 de janeiro de 2023

1ª REUNIÃO 1. Iniciando
nosso encontro
3. Deus nos fala
Ler na Bíblia: Mateus 2, 1-12.
a) Preparação do Chave de Leitura:
ambiente: Bíblia a) O que motivou a viagem dos Magos a
aberta, vela acesa, Jerusalém?
flores, cartaz com b) Onde os Doutores da Lei buscam a lo-
símbolo e tema do calização do nascimento do Messias?
Sínodo; b) Acolhi- c) Como podemos identificar quem são
mento fraterno aos participantes; c) Canto os Herodes que tentam matar os planos de
de um mantra e invocação da SSma. Trin- Deus?
dade; c) Oração Inicial (Página 2); d) Par- d) Como ser “Reis Magos”, escolhendo
tilhar os compromissos da última reunião. caminhos que protejam a Boa Nova do Rei-
no?
2. Preparando para ouvir a Palavra
Leitor(a) 1: Hoje estamos diante de um 4. Refletindo um pouco mais
evangelho que retrata a epifania, a manifes- L2: Os Magos caminham juntos, vão
tação do Senhor em meio à humanidade. a Herodes e, juntos, buscam informações
É Deus se fazendo humano, assumindo a sobre o Menino. Depois do encontro com
nossa natureza. Os Reis Magos foram vi- Jesus, iluminados pelo Espírito Santo, de-
sitar Jesus, pois viram sua estrela brilhar cidem juntos a voltar por outro caminho.
no Oriente. Porém, o rei Herodes não quer A sinodalidade é uma ação do Espírito em
outro Rei, pois é soberbo e deseja reinar de nossa Igreja. É uma ação de Deus, que nos
forma absoluta. Também em nosso meio, move também a caminhar juntos, como
existem falsos reis, que não querem o bem Igreja; irmãos e irmãs de fé, no mesmo se-
do povo e sim o seu ipróprio bem. Vamos, guimento a Jesus; exige de nós uma busca
com calma e atenção, ouvir o que o Senhor conjunta que nos aproxime de Jesus, de seu
quer nos falar. jeito de ser e de agir. Também implica “vol-
Cantando: A Vossa Palavra, Senhor, / tar por outros caminhos”, ou seja, perceber
é sinal de interesse por nós! (Bis). o que Deus espera de nós, neste terceiro
milênio. Somos todos companheiros de via-
Janeiro e Fevereiro / 2023 3
gem, temos de aprender a caminhar juntos, lher nossos irmãos, que ficam pelo cami-
buscar juntos, decidir sempre juntos. Isso é nho; e fazer deles nossos companheiros de
sinodalidade. viagem.
Rezando. T: Senhor, ajudai-nos a cul- L5: O segundo grupo diz respeito aos
tivar a sinodalidade em nossa Igreja; e que deixados para trás, por questões sociais di-
saibamos caminhar sempre juntos. versas. Muitos participam das Missas e bus-
cam os Sacramentos, mas não se engajam
5. Comentário do Tema da Reunião na caminhada eclesial. São eles: moradores
L3: Quem caminha com a Comunidade em situação de rua, presidiários, ex-presi-
e quem é deixado à margem? As pessoas diários e seus familiares, profissionais do
que fazem parte da Igreja são apresentadas sexo, empobrecidos, marginalizados, dro-
em dois grupos. O primeiro é o das pessoas gatizados, LGBTQIA+, deficientes físicos e
cujos vínculos afetivos e sociais são próxi- psíquicos, pessoas de baixa renda, analfa-
mos: os familiares, amigos, vizinhos, co- betos, mães solo e pessoas que divergem em
legas de trabalho, pessoas de boa vontade opiniões políticas. Muitos são deixados, por
que buscam o bem-comum e que defendem relações fragilizadas, por grupos fechados
a nossa Casa Comum. O segundo grupo é e dificuldade de acolhida ao novo, falta de
o das pessoas ligadas à Igreja: a juventude comprometimento de alguns e fechamento
atuante, membros das Comunidades, o cle- de outros. Há dificuldade, em acolher novos
ro, seminaristas, lideranças leigas, cristãos dons a serem colocados a serviço, quer por
que buscam a formação contínua, as equi- desinteresse quer por resistência.
pes litúrgicas e seus ministérios, as congre- Rezando. T: Senhor, ajudai-nos a aco-
gações religiosas, as comunidades abertas lher nossos irmãos, que ficam pelo cami-
ao caminho sinodal.. nho; e fazer deles nossos companheiros de
Rezando. T: Senhor, ajudai-nos a aco- viagem.
lher nossos irmãos, que ficam pelo cami-
nho; e fazer deles nossos companheiros de 6. Puxando a conversa
viagem. Partilhe o que chamou sua atenção, no
L4: Outros são deixados para trás. Um estudo bíblico e no comentário do tema da
grupo ainda mais próximo da Igreja é com- reunião.
posto das pessoas insatisfeitas, decepciona-
7. Pergunta para o Plenário
das com algum aspecto da Igreja; os que,
NO PROCESSO DE ESCUTA, MUITOS
conscientemente, decidiram partir; os que
FICAM PELO CAMINHO, E PEDEM MAIS
não se comprometem com a Igreja; os que
ACOLHIMENTO. O QUE PODEMOS FA-
não conseguem acompanhar a complicada
ZER PARA ACOLHER MAIS E MELHOR
estrutura da Igreja; as mulheres, que são
NOSSOS IRMÃOS E IRMÃS EM NOSSA
a maioria, porém pouco ouvidas; jovens e
IGREJA?
adolescentes; crianças que estão fora da
catequese; pessoas que já foram membros 8. Rezar a Palavra de Deus na vida
atuantes, mas que, uma vez idosas, são es- a) Senhor, que neste início de ano, seja-
quecidas; anônimos que participam da pa- mos mais próximos das pessoas, busque-
róquia; os esquecidos na pandemia; viúvos mos caminhar mais juntos e unidos, reze-
e viúvas; idosos; enfermos; órfãos; recém- mos:
-casados; casais em segunda união; divor- T: Senhor, fazei a nossa Igreja mais uni-
ciados; padres fora do exercício do minis- da, e zeloza da Boa Nova de Jesus!
tério; protestantes; indiferentes à religião e b) Senhor, que, a exemplo dos magos,
ateus. saibamos buscar o caminho que nos leva a
Rezando. T: Senhor, ajudai-nos a aco- Jesus, rezemos:
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c) Senhor, que saibamos driblar os He- bre qual motivo o(a) levou a se afastar.
rodes de hoje e escolher caminhos de Paz, b) Participar das iniciativas de sua Paró-
Justiça e Fraternidade para todos, rezemos: quia e Comunidade, ligadas à sinodalidade.
(Outras preces espontâneas e Pai-Nos- b) Ler, em casa, a passagem bíblica da
so). próxima reunião: João 1, 29-34.

9. Compromissos da semana 10. Encerramento


a) Visitar um irmão ou irmã, que está Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
afastado(a) da Igreja, ouvir e conversar so- Despedida.

O Papa Francisco nos convoca a escutar


“Eu os tratei com misericórdia...” (Js 2, 12b)
2ª REUNIÃO
Semana de 09 a 15 de janeiro de 2023

1ª REUNIÃO
1. Iniciando c) Qual a diferença entre o Batismo de
nosso encontro João e o Batismo de Jesus?
a) Preparação do d) Sabemos reconhecer a importância do
ambiente: Bíblia, nosso Batismo? De que forma?
vela acesa, flores,
cartaz com o símbo- 4. Refletindo um pouco mais
lo e tema do Síno- L2: No texto bíblico que ouvimos hoje,
do; b) Acolhimento encontramos a figura de João Batista, que,
fraterno aos participantes; c) Canto de um após ter batizado Jesus nas águas do Rio
mantra e invocação à Santíssima Trindade; Jordão, ao vê-lo passar, dá a todos o tes-
d) Oração inicial (Página 2); e) Partilhar os temunho de que Ele, Jesus, é o Bendito de
compromissos da última reunião. Deus, o Cordeiro de Deus que carrega nos-
sas culpas, que nos restabelece como filhos
2. Preparando para ouvir a Palavra de Deus, através do Batismo com o Espírito
Leitor(a) 1: No encontro de hoje, João, Santo. João nos mostra Jesus, como o Filho
o Batista, dá testemunho de Jesus, de sua Amado de Deus, sobre o qual desceu o Es-
missão como o Ungido de Deus, aquele que pírito Santo, no momento de Seu Batismo.
veio de Deus e que batizará no Espírito San- Ele nos convida a sermos também testemu-
to, tornando-nos todos filhos de Deus. João nhas de Jesus, fazendo de nossas vidas um
nos dá uma grande lição de humildade, ao anúncio vivo do Reino de Deus, sendo pro-
dizer-se apenas como aquele que aponta fetas do amor, da verdade e da justiça.
para o caminho certo, que é Jesus. Ele nos Cantando: És água viva, És vida nova,
mostra que Jesus é o Cordeiro de Deus, / e todo dia me batizas outra vez! / Me fa-
aquele que tira o pecado do mundo, o Filho zes renascer, me fazes reviver! / Eu quero
amado de Deus. água desta fonte de onde vens! (Bis).

3. Deus nos fala 5. Comentário do Tema da Reunião


Cantando: A Palavra de Deus é luz, / L3: O Sínodo fez renascer a esperança
que nos guia na escuridão. / Vem mostrar por uma Igreja mais próxima e participati-
que é só Jesus, / o Caminho da salvação! va; que cuida melhor das situações urgentes
(Bis). de nossa sociedade e da própria Igreja. Há
Ler na Bíblia: João 1, 29-34. necessidade de focarmos na escuta, como
Chave de Leitura: caminho de vivência pastoral-comunitá-
a) O que diz João, ao ver Jesus? ria. Há gigantesca queixa das pessoas para
b) Qual o testemunho que ele dá sobre serem acolhidas e escutadas, não apenas
Jesus? pelos padres, mas também pelos irmãos e
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irmãs de Comunidade. Não se trata tanto cristãs.
de criar centros de escuta (isso também!). Cantando: Vai, missionário, vai evan-
Outros aspectos precisam ser levados em gelizar! / De um jeito novo, novo jeito de
conta, como: homilias mal feitas; clérigos e amar! / E fazer ressoar a Palavra de Deus,
leigos que agem com arbitrariedade e des- na vida do povo! (Bis). Vai, missionária...
respeito, sobretudo com os mais simples da
Comunidade; pouca atenção às Pastorais 6. Puxando a conversa
Sociais; pouca capacidade de acolhimento O que mais nos chamou a atenção, nos
de quem fica pelo caminho, pelos mais va- comentários do texto bíblico e do tema da
riados motivos, etc. reunião de hoje?
Cantando: Também sou teu povo, Se- 7. Pergunta para o Plenário
nhor! / E estou nesta estrada! / Somente NOSSA COMUNIDADE ESTÁ VIVEN-
a tua graça / me basta e mais nada! (Bis). DO ESSE ESPÍRITO DE SINODALIDADE,
L4: Percebeu-se, na escuta, a existência SENDO CAPAZ DE ESCUTAR OS CLAMO-
de uma Igreja viva e pulsante, espalhada RES E NECESSIDADES DO POVO? O QUE
pelos diversos ambientes da Diocese; que FAZER PARA QUE SEJAMOS MAIS EN-
cuida dos pobres, especialmente, por meio VOLVIDOS NESSE PROCESSO?
dos vicentinos; que acolhem os diversos
tipos de famílias, por meio da Pastoral Fa- 8. Rezar a Palavra de Deus na vida
miliar; que acolhe e educa na fé crianças e a) Para que nossa Igreja faça um verda-
adolescentes, pelo incansável trabalho de deiro encontro com Deus e consigo mesma,
catequistas; uma Igreja que visita, cuida através da escuta de seu povo, rezemos ao
e dialoga com enfermos e enfermas, pelo Senhor:
valioso serviço prestado pelos ministros e T: Senhor, escutai nossos pedidos e ora-
ministras extraordinários da Sagrada Co- ções!
munhão. Uma Igreja peregrina que cultiva b) Senhor, que o caminhar juntos, vivido
luzes e não sombras; que vive buscando su- através da prática sinodal, nos torne mais
perar as limitações de nossa história, pela unidos, tolerantes e solidários, rezemos:
Graça de Deus. c) Senhor, que o nosso Batismo seja tes-
Cantando: Somos gente da esperança / temunhado, através de obras que mostrem
que caminha rumo ao Pai. / Somos povo da nossa face de cristãos, sal da terra e luz do
Aliança / que já sabe aonde vai! mundo, rezemos:
L5: Através da escuta realizada, sentiu-se d) Senhor, que levemos adiante a missão
a necessidade de buscar uma organização de evangelizar onde quer que estejamos, re-
diocesana da Pastoral da Escuta, para aten- zemos:
dimento às situações específicas, fomentan-
(Outras preces espontâneas e Pai-Nos-
do a sua implantação, nas paróquias que
so).
ainda não têm, e providenciando a devida
formação e capacitação de seus agentes. É 9. Compromissos da semana
necessário também o desenvolvimento de a) Ler, em casa, o texto da próxima reu-
uma escuta mais ampla, ou seja, uma escuta nião: Mateus 4, 12-23.
que se dá em todos os ambientes eclesiais. b) Falar sobre a importância do Sínodo
E mais, é urgente resgatar a espiritualidade da Igreja, para sua Família e pessoas da Co-
na Igreja, e sair do comodismo dos templos. munidade.
Ser uma Igreja missionária, que valorize a c) Procurar escutar uma pessoa que se
agricultura familiar, o trabalho em muti- afastou do Grupo ou da Comunidade.
rões, a agroecologia, o cuidado com a Mãe-
-Terra; que se abre às políticas públicas e de 10. Encerramento
educação. Trabalhar mais com adolescen- Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
tes e jovens, promovendo novas lideranças Despedida.
6 Roteiro 490/491
Tomar a Palavra e Celebrar
“O povo que vivia nas trevas, viu uma grande luz...” (Mt 4, 16)
3ªREUNIÃO Semana de 16 a 22 de janeiro de 2023

1ª REUNIÃO
1. Iniciando nosso nos convida a sermos pescadores de ho-
encontro mens. A lançar as redes no mar profundo,
a) Preparação do e buscar aqueles que estão mais distantes.
ambiente: Bíblia, Não só dialogar com aqueles que já estão na
vela acesa, flores, Igreja, participando, mas sobretudo, ir para
cartaz com o símbolo além, ir aonde ninguém vai... e buscar, nas
e tema do Sínodo; b) periferias geográficas e existenciais, aqueles
Acolhimento frater- que mais precisam de sua Palavra. Assim
no aos participantes; como o Papa Francisco nos propõe, quando
c) Canto de um mantra, invocação da SSma. lança o Sínodo 2023, com os eixos: Comu-
Trindade; d) Oração Inicial (Página 2); e) nhão, Participação e Missão.
Partilhar os compromissos da última reu- Cantando: Senhor, tu me olhaste nos
nião. olhos, / a sorrir, pronunciaste meu nome, /
lá na praia, eu larguei o meu barco, / junto
2. Preparando para ouvir a Palavra a ti, buscarei outro mar.
Leitor(a) 1: Jesus é sempre atento à
realidade. Ele lê a vontade de Deus, a par- 5. Comentário do Tema da Reunião
tir dos acontecimentos. O Espírito de Deus L3: Jesus era sempre atento à realidade.
nos fala, misturado nas pessoas, nas coisas Porém, no processo de escuta, em nossas
e nos acontecimentos. É preciso ler os acon- dioceses, ouvimos que nem todos querem,
tecimentos, e neles descobrir a vontade de ou não se sentem atraídos pela forma de ce-
Deus. Neste sentido, seguir Jesus é com- lebrar. As celebrações se tornam ritualistas,
prometer-se: Ele convida a cada um de nós dificultando a participação. O ritual é fixo,
para segui-lo, no compromisso com os ex- havendo necessidade de se adaptar à forma
cluídos e marginalizados. Ele nos convida a de celebrar ou de se manifestar para a Co-
lançar as redes e buscar os irmãos que estão munidade, em diferentes assembleias. Falta
esquecidos. Vamos, com calma e atenção, uma linguagem própria para crianças, ado-
ouvir o que o Senhor vem nos falar. lescentes e pessoas adultas. A falta de pre-
Cantando: Ponho-me a ouvir o que o paração prejudica o envolvimento profundo
Senhor dirá. / Ele vai falar, vai falar de da Comunidade.
paz, / Pela minha voz e pelas minhas mãos, Rezando. T: Senhor, que todos possam
/ Jesus Cristo vai, vai falar de paz! celebrar, com alegria e esperança, a litur-
gia viva, em nossas Comunidades.
3. Deus nos fala L4: Faltam subsídios, materiais, cate-
Ler na Bíblia: Mateus 4, 12-23. quese litúrgica para o povo e atualização
Chave de Leitura: para o Clero. Há celebrações que não con-
a) O que fez Jesus voltar para a Galileia? tribuem para que a assembleia consiga
b) O que a profecia de Isaías permite ver mergulhar no mistério, e fazer a conexão
na missão de Jesus? entre fé e vida. Acústica ruim dos templos
c) O que Jesus começou a pregar para o compromete as celebrações. As reflexões,
povo? distantes da vida do povo, se resumem às
d) Quem Jesus chamou para segui-lo? leituras bíblicas e homilias instrumentali-
4. Refletindo um pouco mais zadas pelo celebrante. As celebrações, nem
L2: Jesus chama pescadores, e também sempre, ocupam o espaço devido em nossas
vidas. Existem aqueles que vão à igreja, mas
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não colocam em prática os ensinamentos; e 7. Pergunta para o Plenário
demonstram certa falta de interesse de se NOSSAS CELEBRAÇÕES FAVORECEM
envolver na liturgia. Muitos buscam um sa- OU DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO DOS
cramento por costume ou tradição, e não se FIÉIS? DÊ EXEMPLOS. NOSSAS CELE-
comprometem com a missão. Em muitos, BRAÇÕES LIGAM FÉ E VIDA, E INSPI-
faltam inspiração, espiritualidade. RAM NOSSO AGIR?
Rezando. T: Senhor, que todos possam
celebrar, com alegria e esperança, a litur- 8. Rezar a Palavra de Deus na vida
gia viva, em nossas Comunidades. a) Senhor, que, a exemplo dos primeiros
L5: Surgiram também alguns acenos discípulos, estejamos prontos a seguir-vos
para melhorar: que os líderes sejam mais sempre, rezemos:
humildes, e tenham disposição e alegria em T: Senhor, fazei de nós instrumentos da
servir; que haja abertura dos corações aos vossa paz.
fiéis, que se afastam, por desconhecerem a b) Senhor, ensinai-nos a ler os aconteci-
doutrina da Igreja, ou por considerarem-na mentos da vida, para neles descobrirmos a
rígida, e procuram outras denominações vossa vontade, rezemos:
religiosas. É preciso formação permanente. c) Senhor, que esta caminhada sinodal
Para sermos discípulos, precisamos apres- nos ajude a sermos mais participativos e
sar os passos, porque o caminho é longo, e atuantes, na Igreja e na sociedade, rezemos:
falta maturidade de fé, para se sentir Igreja. (Outras preces espontâneas e Pai Nos-
As celebrações precisam ser atrativas, mis- so).
tagógicas e conectadas à nossa realidade. As
homilias devem ser bem preparadas, mais 9. Compromissos da semana
catequéticas e menos doutrinárias. Cele- a) Ler em casa o texto da próxima reu-
brações mais próximas da realidade, em nião: Mateus 5, 1-12a.
diversos horários, e adaptadas às diferentes b) Procurar acompanhar, mais de perto,
assembleias. as reflexões e estudos, ligados ao Sínodo
Rezando. T: Senhor, que todos possam 2023.
celebrar com alegria e esperança a Litur- c) Procurar fortalecer as equipes de cân-
gia viva, em nossas Comunidades. ticos e de liturgia da Comunidade.
6. Puxando a conversa 10. Encerramento
O que mais nos chamou a atenção, nos Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
comentários do texto bíblico e do tema da Despedida.
reunião?

Dialogar com a Igreja e a Sociedade


“Será grande a vossa recompensa no céu...” (Mt 5, 12a)
4ª REUNIÃO Semana de 23 a 29 de janeiro 2023

1. Iniciando mantra, invocação da SSma. Trindade; d)

1ª REUNIÃO
nosso encontro Oração Inicial (Página 2); e) Partilhar os
a) Preparação do compromissos da última reunião.
ambiente: Bíblia,
vela acesa, flores, 2. Preparando para ouvir a Palavra
cartaz com o símbo- Leitor(a) 1: O povo tem sede da Palavra
lo e tema do Síno- e tem sede de vida e de esperança. Jesus viu
do; b) Acolhimento a multidão e subiu a montanha para falar a
fraterno aos participantes; c) Canto de um todos. Jesus apontou quem são os bem-a-
8 Roteiro 490/491
venturados do Reino. Nas bem-aventuran- divergências, prevalece a opinião da maio-
ças, Ele nos mostra como são felizes aqueles ria. A participação efetiva do pároco deve
que ouvem a Palavra de Deus, ainda que se- ser sempre um ponto facilitador, nos diá-
jam perseguidos e marginalizados, por cau- logos, que necessitam de mediação e dire-
sa do Reino de Deus. cionamento espiritual. Sinal de parceria na
Cantando: Aleluia, Aleluia, Aleluia... Igreja, expressão de sinodalidade: o que diz
respeito a todos deve ser discutido e decidi-
3. Deus nos fala do por todos.
Ler na Bíblia: Mateus 5, 1-12a. Rezando. T: Senhor, que possamos
Chave de Leitura: contemplar as bem-aventuranças e colo-
a) Quem Jesus aponta como bem-aven- car em nossas vidas tudo o que o Senhor
turados? nos ensina.
b) Que espaço esses bem-aventurados L4: No tocante ao diálogo com a socieda-
têm hoje em nossas Comunidades? de, precisamos superar as diferenças histó-
c) O que este texto diz para a caminhada ricas, para que aconteça uma proximidade
dos Grupos de Reflexão, hoje? pastoral que fomente um diálogo produti-
4. Refletindo um pouco mais vo, a serviço da sociedade. Um espaço de
L2: Jesus nos convida a ouvi-lo, assim participação é o diálogo com outras Igrejas
como fez à multidão, ao subir a montanha. cristãs; e também com as Religiões não cris-
Ele nos fala para ficarmos alegres e conten- tãs. Muitas vezes, o diálogo se torna difícil,
tes, porque será grande a nossa recompensa porque falta compreensão, conhecimento e
no céu. Pois, do mesmo modo que persegui- definição do que é ecumenismo: um diálo-
ram os profetas, que vieram antes de nós, go respeitoso, onde se busca somar forças
também nós estamos sujeitos à perseguição a serviço do Reino de Deus. Ser ecumênico,
e à incompreensão da parte de muitos. Pe. não é ser menos católico ou menos evangé-
Júlio Lancelotti faz um trabalho profético lico. Não é juntar as Igrejas numa só. É ter
de acolhida, amparo e solidariedade aos clareza da própria fé e buscar mútuo conhe-
moradores de rua e empobrecidos, em São cimento e ajuda. Outro desafio importante
Paulo. Por isso sofre perseguição e calúnia, diz respeito ao relacionamento entre as reli-
da parte de muitos. O Papa Francisco ligou giões, ao diálogo inter-religioso.
para ele, dizendo-lhe não desanimar, diante Rezando. T: Senhor, que possamos
das dificuldades. contemplar as bem-aventuranças e colo-
Rezando. T: Senhor, que possamos car em nossas vidas tudo o que o Senhor
contemplar as bem-aventuranças, e colo- nos ensina.
car em nossas vidas tudo o que o Senhor L5: Podemos ir mais longe, ampliando o
nos ensina. diálogo com a sociedade civil. Juntos pode-
remos fazer com que a Igreja fecunde outras
5. Comentário do Tema da Reunião instituições, como sindicatos, associações e
L3: Os espaços de diálogo existem e são organizações de luta e cuidado com a eco-
fundamentais à manutenção da vida cristã; logia integral. Além do envolvimento dos
há momentos de diálogos nos movimentos, leigos nas instituições, nos conselhos de di-
pastorais e grupos, mas não com muita fre- reitos, como Conselho da Criança e do Ado-
quência. O espaço de maior amplitude de lescente, Conselho de Assistência Social,
diálogo, nas Comunidades, são os Conse- Conselho de Saúde, Conselho de Educação,
lhos de Pastoral Comunitários e Paroquiais: etc. Bem como a participação nas reuniões
o CPC – Conselho Pastoral Comunitário e o de Pais e Mestres nas escolas, no trabalho e
CPP - Conselho Pastoral Paroquial, também em todos os lugares onde estivermos: ser sal
o Conselho Econômico (CPAE). Quando há da terra e luz do mundo, eis a nossa missão.
Janeiro e Fevereiro / 2023 9
Cantando: É missão de todos nós, / logo e na solidariedade.
Deus chama, eu quero ouvir a sua voz! 2. Senhor, que nossos Grupos de Refle-
(Bis). xão nos façam mais abertos, na acolhida aos
pobres e sofredores, rezemos.
6. Puxando a conversa 3. Senhor, que este novo ano nos leve a
O que mais nos chamou a atenção, nos viver a paz, a justiça e a fraternidade, reze-
comentários do texto bíblico e do tema da mos.
reunião de hoje?
(Outras preces espontâneas e Pai Nos-
7. Pergunta para o Plenário so).
EM NOSSA COMUNIDADE, NA PASTO-
RAL, MOVIMENTO, PARÓQUIA, HÁ MO- 9. Compromissos da semana
MENTOS FREQUENTES DE DIÁLOGOS? a) Ler em casa o texto da próxima reu-
CITE AS SITUAÇÕES. O QUE ACONTECE, nião: Mateus 5, 13-16.
QUANDO HÁ DIVERGÊNCIAS DE OPINI- b) Participar do Plenário na Comunida-
ÕES? de.
c) Informar-se mais sobre a realização do
8. Rezar a Palavra de Deus na vida Sínodo sobre a sinodalidade.
1. Senhor, que nosso amor à Palavra de
Deus nos faça praticantes dela e nos inclua 10. Encerramento
entre os bem-aventurados do Reino, reze- Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
mos: Despedida.
T: Ajudai-nos, Senhor, a crescer no diá-

A Grande Assembleia da Comunidade


PLENÁRIO “Quanto a mim e à minha família, serviremos ao Senhor!” (Js 24, 15)
Marcar dia e horário favoráveis à participação.

1ª REUNIÃO 1. Acolhida
a) Preparar o local
Ó Cristo, tende piedade de nós (2x).
/ Pelo bem que eu não fiz, / pela paz que eu
com antecedência: não quis, piedade. / Pelo bem que eu não
vela acesa, Bíblia, jar- fiz, / pela paz que eu não quis, piedade.
ra com água e flores;
Senhor, tende piedade de nós (2x).
b) Fazer uma acolhi-
/ Pelo amor que sufoquei, / pela vida que
da fraterna aos par-
matei, piedade. / Pelo amor que sufoquei,
ticipantes; c) Oração
inicial (Página 2); d) pela vida que matei, piedade.
Lembrar o compromisso deste mês de ja- Oração: Ó Deus, rico em misericórdia,
neiro e ver o que se fez. tende compaixão de nós, perdoai os nossos
pecados e nos conduzi para a vida eterna.
2. Preparando para ouvir a Palavra Amém.
Peçamos perdão a Deus, pelos nossos er-
ros, cometidos durante o ano que passou, 3. Escuta da Palavra de Deus
principalmente os erros cometidos, contra Canto de aclamação: Tua Palavra é
nossos irmãos mais pequeninos. luz no meu caminho, / luz no meu caminho,
Canto Penitencial: / meu Deus, Tua Palavra é! (Bis).
Senhor, tende piedade de nós (2x). Leitura bíblica: Mateus 5, 13-16.
/ Pelo irmão que não amei, / pelo mal que
lhe causei, piedade. / Pelo irmão que não 4. Reflexão
amei, / pelo mal que lhe causei, piedade. Leitor 1: Vós sois o sal da terra, vós sois
10 Roteiro 490/491
a luz do mundo, cristãos leigos e leigas pre- pergunta do Plenário de cada reunião. O
sentes na vida da Igreja e presentes na so- plenarista faz um apanhado geral, ajudando
ciedade. Somos convidados a não só viver os participantes a aprofundar os temas que
nossa fé dentro da Igreja, mas sobretudo foram abordados em cada reunião.
fora dela, dando testemunho, iluminando
os que estão nas trevas, lançando as redes 6. Gesto concreto
no mar profundo, ouvindo nossos irmãos Conversar sobre o Sínodo: Comunhão,
e trazendo-os para junto de nós. O Papa participação e missão e ouvir aqueles que
Francisco nos convida a escutar, nos convi- não são ouvidos.
da a viver o Sínodo: Comunhão, Participa-
7. Preces espontâneas
ção e Missão, nos impele a ir em busca de
Pai nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
nossos irmãos e irmãs mais necessitados...
Rezando. T: Senhor, ensinai-nos a ou- 8. Encerramento
vir mais nossos irmãos. Fazei de nós sal da Avisos / Canto / Bênção final (Página 2).
terra e luz do mundo, para que nossos ir- / Café partilhado / Despedida.
mãos não se percam pelo caminho.

5. Partilha das reuniões


Cada grupo apresenta suas respostas à

Fevereiro

Escuta Sinodal: O clamor que


vem das Comunidades
INTRODUÇÃO

Ao iniciarmos este novo mês, vamos con- na possível aprofundar melhor as questões
tinuar a reflexão sobre a Escuta Sinodal, em e favorece maior participação, fortalecendo
nossa(s) Diocese(s). O resultado do proces- o caminho sinodal na Igreja. Este caminho
so de escuta não é apenas para ser levado precisa ser fortalecido, em nossas Comuni-
para a CNBB, e compor a síntese nacional. dades, Paróquias e Diocese. Nosso Roteiro
O processo de escuta nos permitiu reunir de Reflexão quer estar a serviço deste pro-
um importante material, vindo de nossas cesso sinodal.
Comunidades e Paróquias. A Síntese Dio- Seguindo o caminho proposto por nossa
cesana deverá ser retomada, estudada e liturgia dominical, cada reunião busca apro-
aprofundada. Ela vai nos ajudar a compre- fundar o texto bíblico, que também ilumina
ender melhor a nossa realidade eclesial, o os pontos mais importantes, revelados em
que está dando fruto e deve ser continuado, nosso processo de escuta sinodal.
bem como o que já não corresponde mais e Que cada Família, reunida com os vizi-
precisa ser modificado. E tudo isso, em fun- nhos, se empenhe na participação ativa nas
ção de uma Igreja Comunhão, Participação reuniões. Não haverá sinodalidade, não te-
e Missão. mos como caminharmos juntos, sem o em-
No final do ano de 2022, o Papa Francis- penho ativo de cada um/a.
co comunicou que o Sínodo, anteriormente Deus abençoe nossas Famílias, Deus
previsto para uma etapa, terá agora duas abençoe os Grupos de Reflexão, que são ca-
etapas, estendendo-se para o ano de 2023. minho de sinodalidade em nossas Comuni-
Também o Sínodo sobre a Família (2014- dades.
2015) aconteceu em duas etapas. Isto tor-
Janeiro e Fevereiro / 2023 11
Crescer no diálogo e partilhar decisões
“Vocês são o sal da terra e a luz do mundo” (cf. Mt 5, 13-14)
1ªREUNIÃO Semana de 30 de janeiro a 05 de fevereiro de 2023

1ª REUNIÃO
1. Iniciando nha. Para indicar a missão no mundo, Jesus
nosso encontro busca imagens, que todos conhecem, e fa-
a) Preparação do zem parte do nosso dia-a-dia. O sal, além de
ambiente: Bíblia temperar, de dar sabor, tem a propriedade
aberta, vela acesa, de conservar. Com essa comparação, Jesus
flores, cartaz com aponta que a missão do cristão é temperar
símbolo e tema do o mundo com o Evangelho, testemunhar a
Sínodo; b) Acolhimento fraterno aos parti- boa nova de Jesus, para que o mundo não
cipantes; c) Canto de um mantra, invocação se corrompa. Com a imagem da luz, que ilu-
da Santíssima Trindade; d) Oração Inicial mina e aquece, Jesus indica nossa missão
(Página 2); e) Partilhar os compromissos da de defensores da verdade e da justiça, onde
última reunião. quer que estejamos. Nossa missão é ser sal e
luz do mundo, não apenas da Igreja.
2. Preparando para ouvir a Cantando: Por onde formos também
Palavra nós, que brilhe a Tua luz! / Fala, Senhor,
Leitor(a) 1: O jeito de Jesus ensinar em nossa voz, em nossa vida! / Nosso ca-
é na base do diálogo, e do uso de imagens minho, então, conduz; queremos ser assim.
que fazem morada dentro de nós. Vendo as / Que o Pão da vida nos revigore, no nosso
multidões, Jesus sobe à montanha e, diante sim.
dos ouvintes, proclama uma lista dos bem-
-aventurados do Reino. Os que não são va- 5. Comentário do Tema da
lorizados no mundo, são os preferidos de Reunião
Deus: os pobres, os aflitos, os mansos, os L3: Fazia parte do processo de escuta si-
puros de coração, os que promovem a paz nodal, identificar os espaços de diálogo, que
e são perseguidos por causa da justiça. Na existem em nossas pastorais, grupos, mo-
sequência, Jesus usa duas imagens, para vimentos e organismos da Paróquia. Tam-
identificar a nossa missão no mundo. Va- bém foi pedida uma avaliação da qualidade
mos, com calma e atenção, ouvir o que o do diálogo, cultivado na Comunidade. No
Senhor vem nos falar. resultado, apareceu, como luz, que temos
Cantando: Fala, Senhor, / fala, Senhor, espaços de diálogo. Esses espaços são: reu-
Palavra de fraternidade! / Fala, Senhor, / niões, encontros, formações; espaços como
fala, Senhor, / és luz da humanidade! os Conselhos Pastorais da Comunidade, da
Paróquia e da Diocese; reuniões de plane-
3. Deus nos fala jamento e avaliações, assembleias pastorais
Ler na Bíblia: Mateus 5, 13-16. a nível de Paróquia e Diocese, entre outros.
Chave de Leitura: Todos (rezando): “Que a luz de vocês
a) Para indicar a missão no mundo, quais brilhe, diante da humanidade.”
imagens Jesus usa? L4: No entanto, o diálogo ainda é peque-
b) Que finalidade Jesus indica, a respeito no, ou seja, apareceram também algumas
da luz? sombras, que dificultam maior participa-
c) Quando podemos dizer que estamos ção das pessoas, e enfraquecem o caminhar
sendo sal da terra e luz do mundo? Dê juntos. Em situações de conflito, o diálogo
exemplos. não prevalece. As pessoas se calam, se iso-
lam ou se afastam da Comunidade, por não
4. Refletindo um pouco mais serem escutadas e compreendidas; falta a
L2: Jesus dialoga com o povo, na monta- visão de Pastoral de Conjunto; cada pasto-
12 Roteiro 490/491
ral caminha individualmente; falta unidade 7. Pergunta para o Plenário
na diversidade; ideias divergentes ficam NOSSA COMUNIDADE ESTÁ CRES-
sem respostas. Outra sombra é que, em reu- CENDO OU ENCOLHENDO, NO EXERCÍ-
niões do Conselho, para deliberações, mui- CIO DO DIÁLOGO? EM QUÊ, NÓS PRECI-
tas propostas já vêm definidas pelo Padre e, SAMOS MELHORAR?
em muitas reuniões do CPP, não há diálogo,
apenas apresentação de agenda e comuni- 8. Rezar a Palavra de Deus na vida
cado do que já está definido. a) Senhor, que sejamos mais abertos ao
Todos (rezando): “Que a luz de vocês diálogo, em nossas famílias, grupos, pasto-
brilhe, diante da humanidade.” rais e organismos da Igreja, rezemos:
L5: Entre luzes e sombras, na questão do T: Senhor, fazei-nos sal da terra e luz do
diálogo, surgiram também algumas propos- mundo!
tas, para favorecer o caminho sinodal, para b) Senhor, que os Conselhos Pastorais,
que possamos crescer no diálogo e partilhar CPP e CPC, sejam espaços de comunhão e
decisões. Eis algumas sugestões: promover de decisão participativa e sinodal, rezemos:
diálogos maduros e honestos, que possibili- c) Senhor, que saibamos superar os con-
tem a reflexão sobre a realidade paroquial; flitos, desentendimentos e desencontros,
promover uma pastoral de conjunto; fo- por meio do diálogo maduro, sério e res-
mentar, de forma orgânica, a cultura da es- ponsável, rezemos:
cuta na Comunidade, qualificando os secre-
(Outras preces espontâneas e Pai-Nos-
tários paroquiais, os líderes da comunidade
so).
e agentes pastorais; identificar, na Comu-
nidade, Pastorais e Movimentos, que têm o 9. Compromissos da semana
dom de escutar as pessoas; flexibilidade; o a) Procurar acompanhar, mais de perto,
atendimento dos Padres para casos extraor- as iniciativas da Paróquia, da Diocese e da
dinários. Que os Conselhos Pastorais (CPP Igreja em geral, sobre o Sínodo 2023-2024.
e CPC) sejam espaços de decisão colegiada, b) Cultivar o espírito de sinodalidade,
participativa, sinodal. por meio da reflexão e da oração.
Todos (rezando): “Que eles vejam as c) Ler, em casa, a passagem bíblica da
boas obras que vocês fazem; e louvem o Pai próxima reunião: Mateus 5, 17-37.
de vocês que está no Céu.”
10. Encerramento
6. Puxando a conversa Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
Partilhe o que chamou sua atenção, no Despedida.
estudo bíblico e no comentário do tema da
reunião.
Diálogo Ecumênico: caminhar como irmãos
“Não vim abolir a Lei e os Profetas...” (Mt 5, 17)
2ªREUNIÃO Semana de 06 a 12 de fevereiro de 2023

1. Iniciando nosso inicial (Página 2); e) Partilhar os compro-

1ª REUNIÃO encontro
a) Preparação do
ambiente: Bíblia, vela
missos da última reunião.

2. Preparando para ouvir a


acesa, flores, cartaz Palavra
com o símbolo e tema Leitor(a) 1: Se o diálogo entre nós da
do Sínodo; b) Acolhi- mesma Família, da mesma Comunidade, da
mento fraterno aos mesma Igreja, nem sempre é fácil, mais di-
participantes; c) Canto de um mantra, in- fícil parece o diálogo com as pessoas de ou-
vocação à Santíssima Trindade; d) Oração tra Igreja. Ecumenismo é uma palavra que,
Janeiro e Fevereiro / 2023 13
em sua origem, significa “Casa de todos”, L3: O processo de escuta sinodal nos
e indica a busca dos cristãos de diferentes levou a identificar se havia relações ecumê-
Igrejas, de caminharem juntos. O funda- nicas. Perguntou sobre a nossa convivência
mento dessa busca é Jesus. Ele nos propõe com pessoas de outras Igrejas, procurando
uma fraternidade universal, e expressa que identificar se há um relacionamento saudá-
a nossa justiça, o nosso modo de ser e de vel, ou indiferença e rivalidade. Um primei-
agir, deve ser melhor que o modo de agir e ro olhar mostrou que, aparentemente, não
de julgar dos doutores da lei e dos fariseus. existe rivalidade. Falou-se do trabalho dos
E Jesus dá dicas, bem práticas. Vamos, com vicentinos em conjunto com evangélicos;
fé e atenção, ouvir o que o Senhor vem nos relacionamento amigável, nos ambientes de
falar. trabalho; diálogo, entre líderes espirituais;
algumas orações em conjunto, por ocasião
3. Deus nos fala da Semana da Unidade dos Cristãos e no
Cantando: Palavra não feita para di- período da pandemia. Foi lembrado que
vidir ninguém, / Palavra é a ponte onde o esse relacionamento é mais cordial, entre
amor vai e vem! (Bis). os membros das Igrejas mais tradicionais.
Ler na Bíblia: Mateus 5, 17-37. Cantando: Somos gente da esperança,
Chave de Leitura: / que caminha rumo ao Pai. / Somos povo
a) O que Jesus diz, em relação à Lei e aos da Aliança, / que já sabe aonde vai.
profetas? L4: As respostas a esta questão do nos-
b) O que Jesus diz, claramente, sobre a so relacionamento ecumênico, apontaram
justiça? também algumas sombras, ou seja, algumas
c) Como Jesus amplia o mandamento dificuldades. Em geral, há pouco conheci-
“Não matar”? mento das outras Igrejas. A isso nos leva o
d) O que é preciso fazer, antes de levar a ter medo do diferente. Também há pouco
oferta até o altar? conhecimento, sobre o que se entende por
ecumenismo. Alguns pensam que é juntar
4. Refletindo um pouco mais
as Igrejas em uma só, ou uma forma de ser
L2: Jesus deixa claro que não basta um
menos católico. Daí a tendência de manter
cumprimento cego da lei. Esta deve sempre
certa distância e resistência. Há ainda o in-
estar a serviço da vida, a serviço da frater-
cômodo da rivalidade, que recorre sempre
nidade. Aí é que se realiza a verdadeira prá-
às disputas doutrinais; o radicalismo de to-
tica da justiça. Os mandamentos da Lei de
dos os lados, que impede a aproximação e
Deus e o ensinamento dos profetas querem
o diálogo. Vale lembrar que o período das
nos ajudar a viver como irmãos, filhos do
eleições, inundadas de notícias falsas e mal-
mesmo Pai. Na vivência da fraternidade, é
dosas, tornou essa situação ainda mais de-
que se concretiza o nosso amor a Deus. Por
licada.
isso, o que mata não é apenas a agressão fí-
Cantando: Somos gente da esperança,
sica, mas tudo aquilo que diminui o outro,
/ que caminha rumo ao Pai. / Somos povo
tudo aquilo que prejudica a fraternidade.
da Aliança, / que já sabe aonde vai!
Por isso, uma oferta a Deus só tem valor,
L5: Mas surgiram também pistas de
quando acompanhada de gestos sinceros
como podemos avançar, nesse diálogo com
de fraternidade e de reconciliação com os
os irmãos e irmãs de outras Igrejas. Apon-
irmãos.
tou-se a necessidade de haver mais forma-
Cantando: Igualdade, fraternidade,
ção sobre o ecumenismo; e a necessidade de
nesta mesa, nos ensinais. :// As lições que
buscarmos realizar ações conjuntas, a favor
melhor educam, na Eucaristia é que nos
dos mais sofridos, a favor da defesa da vida
dais. (Bis).
e da prática da justiça. Além disso, procu-
rarmos aproximar-nos mais dos vizinhos,
5. Comentário do Tema da que participam de outras Igrejas; pois, o
Reunião
14 Roteiro 490/491
que nos une é bem mais do que aquilo que T: Senhor, fazei-nos viver verdadeira-
nos divide; e, conhecendo-nos uns aos ou- mente como irmãos!
tros, abrimos caminho de fraternidade e b) Senhor, que o caminhar juntos nos
comunhão. leve a abraçar ações sociais, a serviço da
Cantando: Vai, missionário, vai evan- vida e da justiça, somando forças com pes-
gelizar, / de um jeito novo, novo jeito de soas e grupos de outras Igrejas, rezemos:
amar; / e fazer ressoar a Palavra de Deus c) Senhor, que nossa Igreja seja sempre
na vida do povo! (Bis). Vai, missionária... mais fraterna, mais sinodal, partilhando
mais as decisões, e reconhecendo a impor-
6. Puxando a conversa tância de todos, rezemos:
O que mais nos chamou a atenção, no (Outras preces espontâneas e Pai nosso).
texto bíblico e no tema da reunião de hoje?
9. Compromissos da semana
7. Pergunta para o Plenário a) Ler, em casa, o texto da próxima reu-
O ECUMENISMO NOS ANIMA, OU nião: Mateus 5, 38-48.
NOS DÁ MEDO? POR QUÊ? O QUE DEUS b) Buscar um testemunho, ou exemplo
ESPERA DE NÓS, EM RELAÇÃO AO ECU- de ação ecumênica, em sua Comunidade.
MENISMO? c) Rezar pela unidade entre os cristãos.

8. Rezar a Palavra de Deus na vida 10. Encerramento


a) Senhor, que nossa Igreja se abra, cada Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
vez mais, à fraternidade; e dê passos concre- Despedida.
tos, na vivência do ecumenismo, rezemos:

O Exercício da Autoridade e a Participação


“Sejam perfeitos, como é perfeito o Pai de vocês, que está no Céu!” (Mt 5, 48)
3ªREUNIÃO Semana de 13 a 19 de fevereiro de 2023

1ª REUNIÃO
1. Iniciando todos são reconhecidos e valorizados. To-
nosso encontro dos somos filhos do mesmo Pai, devemos
a) Preparação do aprender a viver e a conviver como irmãos,
ambiente: Bíblia, servidores uns dos outros. E o grande mo-
vela acesa, flores, delo a ser buscado, a referência maior para
cartaz com o símbo- todos nós, é o Pai misericordioso. Vamos,
lo e tema do Síno- com calma e atenção, ouvir o que o Senhor
do; b) Acolhimento vem nos falar.
fraterno aos partici- Cantando: Vai falar, no Evangelho, Je-
pantes; c) Canto de um mantra, invocação sus Cristo, Aleluia! / Sua Palavra é alimen-
da Santíssima Trindade; d) Oração Inicial to, que dá vida, Aleluia!
(Página 2); e) Partilhar os compromissos da
última reunião. 3. Deus nos fala
Ler na Bíblia: Mateus 5, 38-48.
2. Preparando para ouvir a Chave de Leitura:
Palavra a) Diante da lei “olho por olho...”, o que
Leitor(a) 1: Jesus sempre nos surpre- Jesus recomenda?
ende, com suas atitudes e ensinamentos. b) O que Jesus nos diz, em relação ao tra-
Ele revela uma nova forma de exercício da to com os inimigos?
autoridade. N’Ele, tudo é guiado pelo amor, c) O que Jesus quer nos dizer, com: “Se-
tudo se converte em ação fraterna, onde jam perfeitos, como o Pai Celeste”?
Janeiro e Fevereiro / 2023 15
4. Refletindo um pouco mais da Comunidade e da Paróquia. Também
L2: Jesus vai além das exigências legais notou-se que falta clareza dos fiéis, sobre
de seu tempo, quebra barreiras, abre novas o conceito de autoridade. Há leigos que re-
fronteiras. Naquele tempo, os discípulos; produzem um modelo clericalista de auto-
hoje, todos nós, temos a missão de cons- ridade, e se distanciam do serviço ao povo.
truir fraternidade. O amor ao inimigo não Em algumas reuniões, os temas são discuti-
será tanto uma questão de sentimento, mas dos, mas, na hora da decisão, a palavra da
de atitude. Por isso, é possível superar o es- autoridade pesa mais que a do povo. Ainda
pírito e o desejo de vingança; é possível fa- temos um longo caminho a percorrer, na
zer o bem até a quem nos persegue. É possí- busca do fortalecimento da sinodalidade,
vel responder ao ódio com amor, responder em nossas Comunidades.
à violência com atitudes pacíficas. Grandes Todos (rezando): Senhor, fazei-nos
líderes religiosos testemunham esta verda- caminhar juntos, crescendo no diálogo e
de com a vida: Jesus, Gandhi, Luther King na participação.
e tantos outros, que fizeram de sua vida um L5: Entre as sugestões para avançarmos
ato de amor a todos os irmãos. na prática sinodal, apareceram: trabalhar a
Cantando: Eu sou da paz, eu quero paz, formação e renovação constante das lide-
eu tenho paz! / Eu sonho com a paz! / Sei ranças; que as informações cheguem a to-
que, apesar de tanto ódio a florescer, / o dos os fiéis, de maneira clara, de modo a fa-
amor há de vencer! (Bis). vorecer maior participação e engajamento
de todos; que se siga o plano pastoral, e que
5. Comentário do Tema da a mudança de padres não interfira, de modo
Reunião radical, no engajamento paroquial; que se
L3: No caminho de escuta sinodal, bus- promova uma formação integral dos leigos
cou-se identificar a relação entre Autori- e leigas, com ênfase na área humana, na
dade e Comunidade. Como é exercida a inteligência emocional, na dimensão sócio-
autoridade, dentro de nossa caminhada de -política e no exercício da liderança sinodal.
Igreja? Há respeito às pessoas? Há estímu- Cantando: Senhor, que a tua Palavra
lo à participação de todos? Há preocupação / transforme a nossa vida! / Queremos ca-
com a promoção do ministério dos leigos? minhar, / com retidão, na tua luz!
Na síntese das respostas, surgiram pontos
positivos, como: respeito mútuo entre au-
6. Puxando a conversa
toridade e povo, exercício do diálogo, sem
O que mais nos chamou a atenção, nos
imposição; certa participação, na tomada
comentários do texto bíblico e do tema da
de decisões e na mediação de conflitos. Em
reunião?
geral, a autoridade do padre e dos líderes
comunitários é exercida com base no res- 7. Pergunta para o Plenário
peito, diálogo, e na tentativa de que não NOSSO MODO DE EXERCER A LIDE-
ocorra imposição, uma vez que as decisões RANÇA ESTÁ PARTICIPATIVO E ENVOL-
são tomadas pela Comunidade, através de VENTE, COMO O DE JESUS? EM QUE
seus representantes. PRECISAMOS MELHORAR?
Todos (rezando): Senhor, fazei-nos
caminhar juntos, crescendo no diálogo e 8. Rezar a Palavra de Deus na vida
na participação! a) Senhor, ajudai-nos a exercer a lideran-
L4: No entanto, foram apontadas algu- ça, iluminados pelo “lava-pés”, colocando-
mas dificuldades, no exercício da autorida- -nos sempre a serviço dos irmãos, rezemos:
de. Há situações isoladas de autoritarismo, T: Senhor, fazei de nós servidores do
imposição e desrespeito. O empenho na Reino.
formação dos leigos é limitado. Isso dificul- b) Senhor, ajudai-nos a vencer o cleri-
ta maior participação nas decisões da vida calismo, quer da parte dos Padres como da
16 Roteiro 490/491
parte dos Leigos, rezemos: b) Procurar rever o jeito de exercer a nos-
c) Senhor, que esta caminhada sinodal sa liderança, em nossa Família, Comunida-
nos ajude a colocar nossos dons e conheci- de e Paróquia.
mentos a serviço do Reino, rezemos: c) Participar das celebrações da Quarta-
-feira de Cinzas e da abertura da Campanha
(Outras preces espontâneas e Pai nosso). da Fraternidade 2023.

9. Compromissos da semana 10. Encerramento


a) Ler, em casa, o texto da próxima reu- Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
nião: Mateus 4, 1-11. Despedida.

Discernir e decidir juntos


“Não tente o Senhor seu Deus...” (Mt 4, 7b)
4ªREUNIÃO Semana de 20 a 26 de fevereiro 2023

1ª REUNIÃO
1. Iniciando 3. Deus nos fala
nosso encontro Ler na Bíblia: Mateus 4, 1-11.
a) Preparação do Chave de Leitura:
ambiente: Bíblia, vela a) Qual é a primeira tentação, e como Je-
acesa, flores, cartaz sus responde ao tentador?
com o símbolo e tema b) Qual é a segunda tentação, e como Je-
do Sínodo; b) Acolhi- sus responde?
mento fraterno aos c) Qual é a terceira tentação, e como Je-
participantes; c) Can- sus responde?
to de um mantra, invocação da Santíssima d) Na hora de discernir, buscamos ouvir
Trindade; d) Oração Inicial (Página 2); e) mais a Palavra de Deus, ou nossas próprias
Partilhar os compromissos da última reu- opiniões?
nião.
4. Refletindo um pouco mais
2. Preparando para ouvir a L2: Jesus resiste às tentações, apoiando-
Palavra -se na Palavra de Deus. Quem se apega a si
Leitor(a) 1: Em momentos de crise, na mesmo, acaba desviando-se do projeto do
noite escura, nos desertos da vida, é difícil Pai. A Bíblia ilumina a vida; e quem a leva
tomar decisão. Pois, decisão é escolha, é a sério, faz escolhas mais sábias e pruden-
busca de caminho. Quando tudo está escu- tes. Não podemos deixar de lado o jeito de
ro, precisamos de luz, para iluminar o ca- Jesus agir. Ele orienta a sua vida, pela es-
minho. E pode ser que, sozinhos, andemos cuta de Deus Pai e pela prática da justiça.
mais rápido; mas, com certeza, junto com Ele não instrumentaliza o Pai, não força o
os irmãos, vamos muito mais longe. Jesus Pai a fazer a sua vontade. Jesus se coloca à
também enfrentou momentos de profunda disposição do Pai, e sempre pronto a fazer
dúvida, situações que exigiam um profun- a vontade do Pai. Este é o caminho que de-
do discernimento. Nessa hora, Ele recorria vemos seguir, para um bom discernimento.
sempre à luz da Palavra de Deus, para ilu- Precisamos aprender a discernir juntos, e
minar cada situação. Vamos, com calma e decidir juntos. Por isso, rezamos sempre:
atenção, ouvir o que o Senhor vem nos falar. “Seja feita a vossa vontade, assim na terra
Sua Palavra é luz para o nosso caminho. como no céu”.
Cantando: Tua Palavra é luz do meu Cantando: Buscai primeiro o Reino de
caminho! / Luz do meu caminho, meu Deus e a sua justiça! / E tudo o mais vos
Deus, / Tua Palavra é! (Bis). será acrescentado! / Aleluia, aleluia!
Janeiro e Fevereiro / 2023 17
5. Comentário do Tema da reuniões dos Conselhos Comunitários e Pa-
Reunião roquiais; investirmos na formação do Clero
L3: No caminho de escuta sinodal, em e dos Leigos, para a sinodalidade; valorizar-
nossas dioceses, buscou-se avaliar a forma mos o papel e a atuação das mulheres, na
como são tomadas as decisões, nos am- tomada de decisões; divulgarmos melhor as
bientes comunitários. Também queríamos reuniões dos Conselhos, não só nas Missas,
apontar o que poderia ser melhorado, para mas também em Redes Sociais; comunicar-
que haja participação de todos e transpa- mos, com transparência e clareza, as deci-
rência, nas principais decisões. Chegou-se à sões tomadas, inclusive nos âmbitos admi-
conclusão que as decisões mais importantes nistrativo e financeiro; implantarmos o CPC
sejam colocadas em pauta, nas reuniões dos e CPP, onde não tem; promovermos assem-
Conselhos Comunitários (CPC), Paroquiais bleias com caráter decisório, e aplicá-las;
(CPP) e Administrativos (CPAE). Nas Co- colocarmos em prática a escuta e as mudan-
munidades, as decisões são compartilhadas ças propostas para o caminho sinodal.
e discutidas com todos, e cada um expressa Cantando: É missão de todos nós!
o seu modo de pensar. Uma parte significa- / Deus chama, eu quero ouvir a sua voz!
tiva tem a liberdade de se expressar, para (Bis).
alcançar a melhor solução. Temos sinais
de um princípio de sinodalidade. Mesmo 6. Puxando a conversa
assim, a tentação de decidir sozinho, e por O que mais nos chamou a atenção, nos
força da autoridade, sempre se faz presente; comentários do texto bíblico e do tema da
e tem de ser enfrentada. reunião de hoje?
Cantando: Senhor, que a Tua Palavra
transforme a nossa vida! / Queremos ca- 7. Pergunta para o Plenário
minhar, com retidão, na Tua luz! NOSSAS ASSEMBLEIAS PAROQUIAIS
L4: Uma dificuldade para o caminho E DIOCESANAS TÊM SIDO ESPAÇOS DE
sinodal é, na maioria das vezes, que as de- DISCERNIMENTO E DECISÃO? AS CON-
cisões vêm “mais ou menos prontas”, para CLUSÕES DAS ASSEMBLEIAS SÃO CO-
serem apenas confirmadas pelos membros LOCADAS EM PRÁTICA? EM QUE PODE-
dos Conselhos e da Comunidade. Há pouca MOS MELHORAR?
participação dos representantes das Pasto- 8. Rezar a Palavra de Deus na vida
rais e Movimentos. Muitas vezes, a decisão 1. Senhor, que nosso amor à Palavra de
é tomada pelo Pároco, sem consultar os Deus nos faça superar as tenções do autori-
Conselhos Pastoral e Econômico-Admi- tarismo de Clérigos e Leigos, rezemos.
nistrativo. Realizam-se Assembleias Paro- T: Ajudai-nos, Senhor, a discernir e a
quiais e Diocesanas, tomam-se decisões, e decidir juntos.
escolhem-se prioridades, mas nem sempre 2. Senhor, que nossos Grupos de Refle-
essas decisões e prioridades são levadas em xão nos façam mais sinodais; que sejam
conta, na prática pastoral. Falta unidade canteiros de unidade, e nos fortaleçam na
pastoral e temos dificuldade de caminhar prática da Palavra de Deus, rezemos.
juntos. Falta discernimento e planejamento 3. Senhor, que a sinodalidade se converta
pastoral; nem sempre se sabe para onde vai. no nosso jeito de ser e viver, na Família, na
Cantando: Senhor, que a Tua Palavra Comunidade e na Sociedade, rezemos.
transforme a nossa vida! / Queremos ca-
minhar, com retidão, na Tua luz! (Outras preces espontâneas e Pai nosso).
L5: Da escuta sinodal vieram também
sugestões, para nos ajudarem a discernir- 9. Compromissos da Semana
mos e decidirmos juntos: ampliar a pre- a) Ler, em casa, os textos bíblicos do Ple-
sença e participação dos Coordenadores de nário e o da próxima reunião: Romanos 5,
Pastorais, Movimentos e Comunidades, nas 12-19; e Mateus 17, 1-9;
18 Roteiro 490/491
b) Participar do Plenário na Comunida- 10. Encerramento
de; Avisos; Canto; Bênção final (Página 2);
c) Buscar Curso ou Leitura, que nos leve a Despedida.
aprofundar a importância da Sinodalidade.

A Grande Assembleia da Comunidade


PLENÁRIO “Quanto a mim e à minha família, serviremos ao Senhor!” (Js 24, 15)
Marcar dia e horário favoráveis à participação.

1ª REUNIÃO é pela obediência a Deus, que ele pode ser


vencido. Ouçamos o que o Senhor vem nos
dizer, para que possamos caminhar sempre
juntos.

3. Escuta da Palavra de Deus


Canto de aclamação: A vossa Pala-
vra, Senhor, é sinal de interesse por nós!
(Bis).
1. Acolhida Leitura bíblica: Romanos 5, 12-19.
a) Preparar o local com antecedência: (Breve reflexão do texto, à luz da cami-
vela acesa, Bíblia, jarra com água e flores; b) nhada dos Grupos de Reflexão, durante o
Fazer uma acolhida fraterna aos participan- mês de fevereiro).
tes; c) Oração inicial (Página 2); d) Lembrar
4. Partilha das reuniões
o gesto concreto deste mês e verificar o que
Cada grupo apresenta suas respostas à
foi realizado; e) Canto inicial (à escolha).
pergunta do Plenário de cada reunião. O
2. Preparando para ouvir a plenarista faz um apanhado geral, ajudando
Palavra os participantes a aprofundarem os temas
Já estamos no período da Quaresma, que foram abordados em cada reunião.
tempo de conversão. Este ano, a Campanha
5. Gesto concreto
da Fraternidade nos aponta o desafio da
Conversar sobre a Caminhada Sino-
fome, fruto do pecado da sociedade indivi-
dal em sua Comunidade. Como podemos
dualista e capitalista. Neste tempo quares-
discernir e decidir, mais conjuntamente?
mal, de escuta e discernimento, queremos
Como, de fato, caminharmos juntos?
nos voltar para o mistério de Cristo, sua
Paixão, Morte e Ressurreição; e nele buscar 6. Preces espontâneas
a nossa conversão pessoal e comunitária. A Pai nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
carta de Paulo aos Romanos, escrita já na
prisão, nos ajuda a ver a necessidade de su- 7. Encerramento
perar o pecado, tudo aquilo que nos afasta Avisos / Canto / Bênção final (Página 2) /
de Deus e dos irmãos, tudo aquilo que nos Café partilhado / Despedida.
impede de caminhar juntos. Se, pela de-
sobediência, entrou o pecado no mundo;

Janeiro e Fevereiro / 2023 19


LEITURAS BÍBLICAS PARA OS MÊSES DE JANEIRO E FEVEREIRO DE 2023

1. SANTA MÃE DE DEUS, MARIA: Nm 6, 22-27; Gl 4, 4-7; Lc 2, 16-21. – 2. 1Jo 2, 22-28;


Jo 1, 19-28. – 3. 1Jo 2, 29 – 3, 6; Jo 1, 29-34. – 4. 1Jo 3, 7-10; Jo 1, 35-42. – 5. 1Jo 3, 11-21; Jo
1, 43-51. – 6. 1Jo 5, 5-13; Mc 1, 7-11 ou Lc 3, 23-38 ou Lc 3, 23.31-34.36-38. – 7. 1Jo 5, 14-21;
Jo 2, 1-11. – 8. EPIFANIA DO SENHOR: Is 60, 1-6; Ef 3, 2-3a.5-6; Mt 2, 1-12. – 9. Batismo do
Senhor: Is 42, 1-4.6-7; At 10, 34-38; Mt 3, 13-17. – 10. Hb 2, 5-12; Mc 1, 21b-28. – 11. Hb 2, 14-
18; Mc 1, 29-39. – 12. Hb 3, 7-14; Mc 1, 40-45. – 13. Hb 4, 1-5.11; Mc 2, 1-12. – 14. Hb 4, 12-16;
Mc 2, 13-17. – 15. 2º DOMINGO COMUM (Dia Mundial do Migrante e do Refugiado): Is 49,
3.5-6; 1Cor 1, 1-3; Jo 1, 29-34. – 16. Hb 5, 1-10; Mc 2, 18-22. – 17. Santo Antão: Hb 6, 10-20; Mc
2, 23-28. – 18. Hb 7, 1-3.15-17; Mc 3, 1-6. – 19. Hb 7, 25 – 8, 6; Mc 3, 7-12. – 20. Hb 8, 6-13;
Mc 3, 13-19. – 21. Santa Inês: Hb 9, 2-3.11-14; Mc 3, 20-21. – 22. 3º DOMINGO COMUM: Is 8,
23b – 9, 3; 1Cor 1, 10-13.17; Mt 4, 12-23. – 23. Hb 9, 15.24-28; Mc 3, 22-30. – 24. São Francisco
de Sales: Hb 10, 1-10; Mc 3, 31-35. – 25. Conversão de São Paulo: At 22, 3-16 ou At 9, 1-22; Mc
16, 15-18. – 26. São Timóteo e São Tito: 2Tm 1, 1-8 ou Tt 1, 1-5; Lc 10, 1-9. – 27. Hb 10, 32-39;
Mc 4, 26-34. – 28. Santo Tomás de Aquino: Hb 11, 1-2.8-19; Mc 4, 35-41. – 29. 4º DOMINGO
COMUM: Sf 2, 3; 3, 12-13; 1Cor 1, 26-31; Mt 5, 1-12a. – 30. Hb 11, 32-40; Mc 5, 1-20. – 31. São
João Bosco: Hb 12, 1-4; Mc 5, 21-43.

1. Hb 12, 4-7.11-15; Mc 6, 1-6. – 2. Apresentação do Senhor: Mt 3, 1-4; Hb 2, 14-18; Lc 2, 22-


40. – 3. Hb 13, 1-8; Mc 6, 14-29. – 4. Hb 13, 15-17.20-21; Mc 6, 30-34. – 5. 5º DOMINGO DO
TEMPO COMUM: Is 58, 7-10; 1Cor 2, 1-5; Mt 5, 13-16. – 6. São Paulo Mike e Companheiros: Gn
1, 1-19; Mc 6, 53-56. – 7. Gn 1, 20 – 2, 4a; Mc 7, 1-13. – 8. Gn 2, 4b-9.15-17; Mc 7, 14-23. – 9.
Gn 2, 18-25; Mc 7, 24-30. – 10. Santa Escolástica: Gn 3, 1-8; Mc 7, 31-37. – 11. Gn 3, 9-24; Mc 8,
1-10. – 12. 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM: Eclo 15, 15-20; 1Cor 2, 6-10; Mt 5, 17-37. – 13.
Gn 4, 1-5.25; Mt 8, 11-13. – 14. São Cirilo e São Metódio: Gn 6, 5-8; 7, 1-5.10; Mc 8, 14-21. – 15.
Gn 8, 6-13.20-22; Mc 8, 22-26. – 16. Gn 9, 1-13; Mc 8, 27-33. – 17. Gn 11, 1-9; Mc 8, 34 – 9,
1. – 18. Hb 11, 1-7; Mc 9, 2-13. – 19. 7º DOMINGO DO TEMPO COMUM: Is 19, 1-2.17-18; 1Cor
3, 16-23; Mt 5, 38-48. – 20. Eclo 1, 1-10; Mc 9, 14-29. – 21. Carnaval: Eclo 2, 1-13; Mc 9, 30-37.
– 22. Quarta-Feira de Cinzas: Jl 2, 12-18; 2Cor 5, 10 – 6, 2; Mt 6, 1-6.16-18. – 23. Dt 30, 15-20;
Lc 9, 22-25. – 24. Is 58, 1-9a; Mt 9, 14-15. – 25. Is 58, 9b-14; Lc 5, 27-32. – 26. 1º DOMINGO
DA QUARESMA: Gn 2, 7-9; 3, 1-7; Rm 5, 12-19; Mt 4, 1-11. – 27. Is 19, 1-2.11-18; Mt 25, 31-46.
– 28. Is 55, 10-11; Mt 6, 7-15.

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