Você está na página 1de 5

Meu Plano de Parto

Dados iniciais
Meu nome é: ____________________________________________________________________________
Nome do meu bebê: ______________________________________________________________________
Data provável do parto: selecione uma data aqui

Meu parto será acompanhado por:


☐ Meu médico obstetra contratado: _______________________________________________
☐ Enfermeira obstetra/obstetriz contratada: _______________________________________________
☐ Pediatra contratado: _______________________________________________
☐ Equipe plantonista da Maternidade: _______________________________________________

Hospital de escolha: _________________________________________________________________________

Condução no Parto e Pós-Parto

Estamos cientes de que o parto pode tomar diferentes rumos. Abaixo listamos nossas preferências em
relação ao parto e nascimento do nosso filho, caso tudo transcorra bem. Sempre que os planos não puderem
ser seguidos, gostaríamos de ser previamente avisados e consultados a respeito das alternativas.

ANTES DO PARTO
eu gostaria de:
Não ter acompanhante

Ter acompanhante Monitoramento integral


Quem: Monitoramento intermitente

Ter doula
☐ Ser consultada para realização de
Não ter doula
acesso venoso quando necessário
Quem:

Ambiente Silêncio

Pouca luz Escutar músicas

Página 1 de 5
Ficar em jejum Toque mínimo

Comer e beber Sem toque

Não usar o chuveiro ☐ Ser consultada na prescrição e


administração de medicamentos
Usar o chuveiro

Ambiente calmo
Com tricotomia
Ambiente normal
Sem tricotomia

Movimentação livre
☐ Liberdade para comunicar-me
Repouso

DURANTE O PARTO
eu gostaria de:
Com analgesia Monitoramento integral

Sem analgesia Monitoramento intermitente

☐ Aguardar rompimento natural da ☐ Ser consultada para realização de


bolsa amniótica acesso venoso

Silêncio
☐ Sem episiotomia
Escutar músicas

Contato pele a pele ao nascer Toque mínimo

Sem contato pele a pele Sem toque

☐ Cortar o cordão umbilical somente ☐ Ser consultada na prescrição e


quando parar de pulsar administração de medicamentos

Escolha da posição de parto Com tricotomia

Posição conforme orientação Sem tricotomia

Ver o nascimento
☐ Liberdade para comunicar-me
Não ver o nascimento

Página 2 de 5
☐ respeitar privacidade familiar na ☐ Aguardar nascimento natural da
primeira hora placenta

APÓS O PARTO
eu gostaria de:
☐ Primeiro banho do bebê somente ☐ Estar junto com o bebê o tempo todo
após 24 horas do nascimento

Primeiro exames do bebê feitos


no colo da mãe ☐ Amamentar exclusivamente
Primeiro exames do bebê feitos
durante a amamentação

Receber visitas Vacinação do bebê no hospital

Não receber visitas Vacinação do bebê fora do hospital

☐ Receber apoio para amamentar ☐ Realizar exames somente quando


necessário

Primeiro BANHO do bebê:


Observação: hoje se sabe que é importante o bebê ser contaminado pela flora bacteriana da mãe e do pai. O
banho feito no berçário traz outras bactérias que não serão familiares ao meio em que o bebê irá ficar, por isso
mesmo a própria OMS recomenda não dar o banho no hospital ou se o fizer, que seja após no mínimo 6 horas
de vida após contato prioritário com os pais. O bebê nasce apenas com secreções do parto que geralmente são
facilmente limpas com um pano macio e seco.

☐ Não gostaria que meu bebê tomasse banho no hospital, o darei em casa.
☐ Eu darei o banho no quarto, conto com o apoio de uma enfermeira.
☐ Prefiro que a enfermagem dê o banho no berçário.
☐ Gostaria de fazer as trocas (ou eu ou meu marido/acompanhante).

CASO A CESÁREA SEJA NECESSÁRIA


☐ Quero o início do trabalho de parto antes de se resolver pela cesárea;
☐ Quero a presença da doula e de marido na sala de parto;
☐ Gostaria que as luzes e ruídos fossem reduzidas e o ar condicionado desligado;
☐ Na hora do nascimento gostaria que o campo fosse abaixado para que eu possa vê-lo nascer e se
possível passar o bebê por debaixo do campo;
☐ Após o nascimento, gostaria que colocassem o bebê sobre meu peito no contato PELE a PELE e que
minhas mãos estejam livres para segurá-lo;
☐ Gostaria de permanecer com o bebê no contato PELE a PELE enquanto estiver na sala de cirurgia sendo
costurada;
☐ Também gostaria de tentar amamentar o bebê com a ajuda de um profissional neste momento;

Página 3 de 5
☐ Não quero ser sedada após a cesárea;
☐ Gostaria que meu bebê e meu acompanhante (ou doula) estivessem comigo na recuperação cirúrgica;
☐ Não ter meu bebê levado para o berçário;
☐ Ter alojamento conjunto o quanto antes.

Plano de Parto inspirado no guia “Assistência ao Parto Normal: um guia prático”, da Organização Mundial de
Saúde – 2000 e no livro “Parto Normal ou Cesárea: tudo o que as mulheres deveriam saber” da Ana Cris Duarte
e Simone Grilo Diniz – Ed. Unesp – 200

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
De acordo com o Ministério da saúde, a violência obstétrica pode ser caracterizada por ações de alcunha
“física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência, discriminação e/ou condutas excessivas
ou desnecessárias ou desaconselhadas, muitas vezes prejudiciais e sem embasamento em evidências
científicas”.
Não respeitar o ritmo e o tempo do corpo da mulher também é caracterizado como violências, assim
como a adoção de rotinas muito rígidas, desrespeitosas e muitas vezes não recomendadas, como a imposição
de uma dieta, lavagem intestinal, não aplicação de formas de alívio da dor (como banhos quentes ou mudança
de posição) e outros.
Outra forma de violência obstétrica também bastante comum é a proibição de acompanhantes durante
todo o tempo em que a gestante estiver no hospital, inclusive antes do parto.
Violência que pode acontecer no momento da gestação, parto, nascimento e/ou pós-parto, e no
atendimento ao abortamento. Pode ser física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência,
discriminação e/ou condutas excessivas, desnecessárias ou desaconselhadas, muitas vezes prejudiciais e sem
evidências científicas
Para que não haja dúvida, listamos abaixo algumas situações que podem ser caracterizadas como
violentas, segundo o Ministério da Saúde:
• Ser submetida a uma lavagem intestinal e/ou restrição de dieta;
• Ser vítima de ameaças, gritos, chacotas, xingamentos e piadas;
• Quando há omissão de informações, desconsideração dos padrões e valores culturais das gestantes e
parturientes e divulgação pública de informações que possam insultar a mulher;
• Quando a unidade de saúde não permite o acompanhante que a gestante escolher;
• Quando há realização da episiotomia (corte no períneo para ampliar o canal do parto) em situações
em que não há sofrimento fetal;
• Quando a mulher é submetida à manobra de Kristeller (caracterizada pela aplicação de pressão na
parte superior do útero);
• Quando a mulher não recebe medicamentos capazes de aliviar a dor ou é induzida ao trabalho de
parto sem necessidade;
• Fazer vários exames de toque sem necessidade, por diversas pessoas e sem o consentimento da
mulher;
• Separar a/o bebê da mãe logo após o nascimento sem necessidade urgente;
• Impedir de amamentar sem necessidade.

Como denunciar?
Caso você tenha sofrido Violência Obstétrica, é importante procurar ajuda e apoio. Denunciar o que
aconteceu com você também é importante:
Solicite cópia do seu prontuário no estabelecimento de saúde onde você foi atendida. Esta
documentação é sua, podendo ser cobrado apenas o valor da cópia (caso você não tenha condições de pagar
a cópia ou lhe seja negada a entrega dela, você pode comparecer à Defensoria Pública do Estado);
Assim como a maioria dos casos de violência contra a mulher, a maioria das mães sofre calada. Não
denunciar e não fazer com que o profissional seja responsabilizado pela violência que praticou é uma forma
de manter o ciclo violento, pois é provável que outras mulheres passem pela mesma situação.
Caso você ou uma mulher próxima a você enfrente uma situação que se enquadre em algum desses
tópicos acima ou tenha sofrido outras ações que também desrespeitaram a autonomia da gestante, o primeiro

Página 4 de 5
passo é anotar o CRM, em caso de médicos, ou COREM quando se tratar de enfermeiros ou técnicos de
enfermagem. A denúncia pode ser feita na própria unidade de saúde ou nas secretarias municipal, estadual
ou distrital, nos conselhos de classe ou pelos Disque-Denúncia (180) ou Disque Saúde (156).

Página 5 de 5

Você também pode gostar