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Plano de Parto-1
Plano de Parto-1
Dados iniciais
Meu nome é: ____________________________________________________________________________
Nome do meu bebê: ______________________________________________________________________
Data provável do parto: selecione uma data aqui
Estamos cientes de que o parto pode tomar diferentes rumos. Abaixo listamos nossas preferências em
relação ao parto e nascimento do nosso filho, caso tudo transcorra bem. Sempre que os planos não puderem
ser seguidos, gostaríamos de ser previamente avisados e consultados a respeito das alternativas.
ANTES DO PARTO
eu gostaria de:
Não ter acompanhante
Ter doula
☐ Ser consultada para realização de
Não ter doula
acesso venoso quando necessário
Quem:
Ambiente Silêncio
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Ficar em jejum Toque mínimo
Ambiente calmo
Com tricotomia
Ambiente normal
Sem tricotomia
Movimentação livre
☐ Liberdade para comunicar-me
Repouso
DURANTE O PARTO
eu gostaria de:
Com analgesia Monitoramento integral
Silêncio
☐ Sem episiotomia
Escutar músicas
Ver o nascimento
☐ Liberdade para comunicar-me
Não ver o nascimento
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☐ respeitar privacidade familiar na ☐ Aguardar nascimento natural da
primeira hora placenta
APÓS O PARTO
eu gostaria de:
☐ Primeiro banho do bebê somente ☐ Estar junto com o bebê o tempo todo
após 24 horas do nascimento
☐ Não gostaria que meu bebê tomasse banho no hospital, o darei em casa.
☐ Eu darei o banho no quarto, conto com o apoio de uma enfermeira.
☐ Prefiro que a enfermagem dê o banho no berçário.
☐ Gostaria de fazer as trocas (ou eu ou meu marido/acompanhante).
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☐ Não quero ser sedada após a cesárea;
☐ Gostaria que meu bebê e meu acompanhante (ou doula) estivessem comigo na recuperação cirúrgica;
☐ Não ter meu bebê levado para o berçário;
☐ Ter alojamento conjunto o quanto antes.
Plano de Parto inspirado no guia “Assistência ao Parto Normal: um guia prático”, da Organização Mundial de
Saúde – 2000 e no livro “Parto Normal ou Cesárea: tudo o que as mulheres deveriam saber” da Ana Cris Duarte
e Simone Grilo Diniz – Ed. Unesp – 200
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
De acordo com o Ministério da saúde, a violência obstétrica pode ser caracterizada por ações de alcunha
“física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência, discriminação e/ou condutas excessivas
ou desnecessárias ou desaconselhadas, muitas vezes prejudiciais e sem embasamento em evidências
científicas”.
Não respeitar o ritmo e o tempo do corpo da mulher também é caracterizado como violências, assim
como a adoção de rotinas muito rígidas, desrespeitosas e muitas vezes não recomendadas, como a imposição
de uma dieta, lavagem intestinal, não aplicação de formas de alívio da dor (como banhos quentes ou mudança
de posição) e outros.
Outra forma de violência obstétrica também bastante comum é a proibição de acompanhantes durante
todo o tempo em que a gestante estiver no hospital, inclusive antes do parto.
Violência que pode acontecer no momento da gestação, parto, nascimento e/ou pós-parto, e no
atendimento ao abortamento. Pode ser física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência,
discriminação e/ou condutas excessivas, desnecessárias ou desaconselhadas, muitas vezes prejudiciais e sem
evidências científicas
Para que não haja dúvida, listamos abaixo algumas situações que podem ser caracterizadas como
violentas, segundo o Ministério da Saúde:
• Ser submetida a uma lavagem intestinal e/ou restrição de dieta;
• Ser vítima de ameaças, gritos, chacotas, xingamentos e piadas;
• Quando há omissão de informações, desconsideração dos padrões e valores culturais das gestantes e
parturientes e divulgação pública de informações que possam insultar a mulher;
• Quando a unidade de saúde não permite o acompanhante que a gestante escolher;
• Quando há realização da episiotomia (corte no períneo para ampliar o canal do parto) em situações
em que não há sofrimento fetal;
• Quando a mulher é submetida à manobra de Kristeller (caracterizada pela aplicação de pressão na
parte superior do útero);
• Quando a mulher não recebe medicamentos capazes de aliviar a dor ou é induzida ao trabalho de
parto sem necessidade;
• Fazer vários exames de toque sem necessidade, por diversas pessoas e sem o consentimento da
mulher;
• Separar a/o bebê da mãe logo após o nascimento sem necessidade urgente;
• Impedir de amamentar sem necessidade.
Como denunciar?
Caso você tenha sofrido Violência Obstétrica, é importante procurar ajuda e apoio. Denunciar o que
aconteceu com você também é importante:
Solicite cópia do seu prontuário no estabelecimento de saúde onde você foi atendida. Esta
documentação é sua, podendo ser cobrado apenas o valor da cópia (caso você não tenha condições de pagar
a cópia ou lhe seja negada a entrega dela, você pode comparecer à Defensoria Pública do Estado);
Assim como a maioria dos casos de violência contra a mulher, a maioria das mães sofre calada. Não
denunciar e não fazer com que o profissional seja responsabilizado pela violência que praticou é uma forma
de manter o ciclo violento, pois é provável que outras mulheres passem pela mesma situação.
Caso você ou uma mulher próxima a você enfrente uma situação que se enquadre em algum desses
tópicos acima ou tenha sofrido outras ações que também desrespeitaram a autonomia da gestante, o primeiro
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passo é anotar o CRM, em caso de médicos, ou COREM quando se tratar de enfermeiros ou técnicos de
enfermagem. A denúncia pode ser feita na própria unidade de saúde ou nas secretarias municipal, estadual
ou distrital, nos conselhos de classe ou pelos Disque-Denúncia (180) ou Disque Saúde (156).
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