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SITUAÇÃO PROBLEMA

Caio, um menino de 8 anos, foi levado pela mãe, Helena, a um consultório

odontológico por estar com muitas manchas pretas nos dentes. Antes mesmo da

consulta, Helena observou que seu filho estava se comportando diferente do normal,

uma vez que estava calado, não brincava e não queria sair de perto da mãe. Assim

que se sentou na cadeira odontológica, Caio começou a chorar e não deixava que a

dentista realizasse as restaurações dentárias. Todas as vezes que sentia algo

diferente em sua boca, Caio levantava de súbito e olhava ao redor à procura de sua

mãe. Mesmo que a dentista tentasse manter a boca de Caio aberta, era

impossibilitada por mordidas e ânsias de vômito. Em certo momento, a dentista perdeu

a paciência e começou a falar alto com o garoto, na tentativa de criar autoridade e

fazer com que ele parasse de chorar e morder suas mãos. Porém, essa estratégia

causou efeito reverso, apenas aumentando ainda mais o desespero de Caio. Por fim,

não foi possível realizar o tratamento e tanto Helena como a dentista ficaram

frustradas com a não resolução do problema.

AFERIÇÕES

1. Caio pode ter odontofobia e TEPT (transtorno de estresse pós traumático) em

razão de más experiências em consultas passadas.

2. É possível que Caio não seja levado com frequência ao dentista.

3. A dentista não tem o correto preparo para atender crianças.

4. Provavelmente Helena não foi orientada a como higienizar os dentes do filho.

SOLUÇÕES

1. Não iniciar o tratamento na primeira consulta. Para que a criança fique mais

familiarizada com o local, uma solução é fazer com que a primeira consulta seja

uma apresentação, tanto do local quanto dos equipamentos. Mostrar e explicar

como funciona o sugador, as canetas rotatórias e os instrumentos manuais

pode fazer com que a criança crie mais confiança e sinta menos medo.

Ademais, a apresentação da dentista sem a máscara e gorro também pode


ajudar, uma vez que diminuirá o medo da criança quando ver a dentista toda

paramentada.

2. Criar um ambiente lúdico para distração durante o atendimento. Usar jaleco,

touca e luvas coloridas, colocar bexigas na cadeira e até mesmo desenhar uma

carinha na luz pode ser uma solução. Também é possível colocar músicas do

gosto da criança para que ela se sinta mais relaxada.

3. Orientar aos pais que não falem de más experiências odontológicas enquanto o

filho estiver perto e que levem a criança com frequência ao consultório, para

que ocorra familiarização com o ambiente e seja possível a resolução dos

problemas odontológicos. Também é necessário que a dentista ensine a correta

higiene bucal aos pais, para que possam corrigir seus filhos sempre que

possível.

4. Dentistas que não possuem o preparo para atender crianças devem encaminhá-

las a um odontopediatra, evitando, assim, a ocorrência de novos traumas.

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