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CADERNOS 2017 O DITADOR
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Dedico estas páginas à população alienígena do
planeta Terra
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O Ditador pág. 09
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Não se pode gostar do povo português. Como
Dom Carlos disse, isto é uma piolheira. E como
de fato os piolhos infestam há mais de cem
anos, levando a uma existência económica da
miséria onde a riqueza se compara exatamente
à escuridão do século dezanove. Este piolho de
pequena estatura alimentando-se das suas
vitimas, mouro e intriguista, assemelhando-se a
macacos horripilantes ávidos do seu território
por eles próprios usurpado.
E são este nefasto povo cúmplice do crime
continuo da propriedade, daqueles que
realmente eram portugueses, estes piolhos do
empobrecimento nos lugares do poder com o
seu aspeto de talhantes a usufruírem nas suas
repugnantes carcaças da vida palaciana.
Todas estas bruxas emancipadas, todos estes
bruxos aburguesados nos pináculos da sua
condição fisiológica de abrolhos e obra
inestética. Os piolhos da atrofia e da estupidez.
Não podemos gostar deste povo a quem apenas
a pocilga apraz.
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A estrutura arquitetónica encerra o primeiro
período de Os Portugueses com a obra de D.
Afonso Henriques. O período Os Portugueses
culmina com D. Manuel I e D. João III, Os
Portugueses desaparecem e as edificações são
feitas pelos Filipes de Espanha.
Bem instalados Os Braganças desenvolvem
coloridas edificações e reformulam cidades
vitimas de terramotos. Ante Napoleão e após as
crises económicas vindas da Bavaria os cofres
do país levaram a convulsões e investiu-se no
comboio.
As estruturas são agora construídas pelo
Estado Novo e toda a sociedade se baseia nesta
arquitetura.
Com a democracia a construção civil e as
estruturas tiveram um peso enorme, sendo a
adaptação a uma Europa desenvolvida.
Com a crise económica derradeira os pinhais
são mais combustíveis e a manutenção das
infraestruturas está em causa, talvez se terá
poupado no cimento. Sendo a paisagem a
meteorização da prótese económica.
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Num país indecente, com uma assembleia de
carrascos, onde a força impõe o medo e a
mentira, são todos anjos glorificados. Derivam
dos porcos e do esterco. Afirmam-se como
grandes senhores para fugirem à miséria
imposta, mas são apenas funestos ditadores
com máscaras do demónio. Apenas sustentam a
pocilga onde vivem e não deixam viver.
Vendem-se por uma côdea e vivem da
ladroagem, a sua existência é apenas tortura e
homicídio. Comam e bebam seus canibais
nascidos das vossas horroríficas putas.
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Os abutres sanguinários e a população de
pulhas, explora o mauzinho do estudante que
abita em condições precárias como um ser
miserável de épocas medievais. Quem não se
submete à espelunca e à oratória comum, é
apagado da existência.
Esses edifícios cavernosos erguidos na colina
sobre o Mondego, prisões de badamecos cheios
de eletividade e importância, onde programam
os seus lacaios para exercerem as suas
ditaduras e a malignidade da ciência, o
charlatanismo.
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A tenente Heliopes Fernandez andava à caça
de fumadores, quando um texugo-gigante lhe
para o carro. Começou a falar com o texugo de
três metros e dez. Pediu-lhe a licença de texugo-
gigante e perguntou-lhe donde vinha.
Ele vinha da aldeia onde tinha estado no bar
a falar com uma formiga e um homem
transmutado.
Não o largava, até o radar começar a apitar.
Já tinha a mão da tenente no ânus onde
guardava quatro cigarros.
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O celebre cobrador no caixão entra sempre
pela janela, provocando graves danos de
alvenaria. Instala-se com o seu cheiro de
putrefação apresentado as papeladas. Os
vapores põem o secretariado de língua verde e
provoca a histeria do choro. Após as contas
feitas rebenta com os telhados e sai a voar.
A caracterização do veneno
No crápula repugnante
Dos chás da loucura
Da intriga da multidão
O bruto arreda
Porque quem não arreda cai
Caracterizado de mauzão
O sem-abrigo do SPA
O cadáver das mulheres más
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Acamado na opinião gastronómica
O inaceitável, a má figura
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A família portuguesa ou as famílias
preponderantes da sociedade defecada e
integramente miserável de Portugal, agem como
máfias criminosas nos lugares chaves. Todos
esses herdeiros da tortura e maquiavelismo do
Estado Novo, todas essas vacas manipuladoras,
através da repressão da sociedade civil, detêm a
vontade medíocre sobre qualquer pessoa contra
os seus interesses.
Podres e porcos, cheios com o pecúlio do
roubo, com o nome da monstruosidade dos
seus antepassados. Cheios de chacina pelos
seus tostões, dominam os lugares públicos e
privados tornando a democracia num local
fétido e irreconhecível. As máfias de Leste e
italianas com certeza não conseguiriam
melhores jogadas ou mais suja maquinação.
Todas estas nefastas criaturas fazem o jogo
do Mundo só para ricos, o Mundo para aqueles
com o dinheiro tudo podem justificar. Para eles
a miséria é a primeira necessidade para
alimentar as Osgas e determinar o território
dessas famílias malparidas e influentes. Aliás a
democracia só existe para aqueles que recebem
votos e para os honrosos nomes derivados do
fascismo. Todos esses duvidosos milionários da
Covilhã, disseminados por este país,
negociadores de cadáveres através dos seus
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títulos universitários, apenas para justificarem
o dinheiro para meter pneus novos.
Todas essas causas publicas e privadas nas
mãos de crianças traumatizadas e frustradas de
verem a sua horribilidade ao espelho. São
carregadoras das suas botas de poceiro, do
esterco da sua existência e da merda que
procriam. Nos seus carros de luxo, cheiram mal
num país de retrete e de democracia abstrata.
Essas máfias estão por todo o lado desde o
Estado e as forças policiais, não passam duma
populaça oportuna e criminosa.
E seguem todos como exemplo, oportunistas
identificados em todos os quadrantes políticos,
são todos eles Afonsos Costa e revolucionários
negociantes de órgãos e de vidas, para
justificarem a virgindade da sua progenitura, as
suas mansões e os seus carros de alta
tecnologia, sim de todos os quadrantes
políticos.
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Agora não se criam amizades, apenas sim
inimigos. Vivemos uma completa repulsão por
todos os outros seres humanos, não somos só
nós, mas um todo completo que se evita. Não
basta o arrependimento aos atos passados
como a culpabilização de tudo e de todos.
Temos agora de ser as mais honrosas ovelhas
de um rebanho privado. A sociedade torna-se
quase incestuosa na veneração da família,
estamos todos fechados como num
bombardeamento com medo uns dos outros.
Não podemos dizer, queremos só divertirmos
um pouco ou passar um bom momento.
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O chauffeur nas ruas vazias, onde aparecem
as minissaias da nova geração por entre as
paredes cinzentas de uma atmosfera pesada.
Conduz o felino a comer bacalhau.
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Aos generais ávidos de guerra
No Mundo onde todos temem
Cefalópodes nos botões do singular
Antropófagos dos desarmados
E dos inocentes culpabilizados
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A velha virgem veio do monte
Grávida da paisagem da tortura
Pariu o diabo com cu de falo
Nasceu o gonídia vermelho
Aquele que queima
O mais desejado profeta
Das entranhas da terra
Desse ventre em fogo crematório
Sobre a terra esse Ormuz
Da combustão do interespaço
Acelerado no interior do Sol
Voraz como a morte
Das oliveiras e das azeitonas
Para empalhados em pele de porco
O fenómeno da vaca rara
Num deserto ardente
De um só Oásis
Onde ninguém consegue entrar
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A guerra civil está no auge. As forças
feministas de Lisboa a Infanticida estão em
plena batalha em Forno de Algodres,
bombardeiam as forças de Coimbra O
Matadouro. A morte é uma vulgar maldição
entre balas e raios, os esventrados são
montículos nas trevas. Vindo da originalidade
cavaleiros imortais aparecem clonados das
neblinas do húmus.
São os Onitáculos, melhores guerreiros com
tecnologia para matar o inimigo mais avançada.
Assim a batalha cessa e é edificado um grande
centro de união. Uma divindade angélica sobre
a terra, as seivas da eternidade.
Uma nova sociedade piripiri nasce no espaço
vazio da escuridão e eletricidade. A mediava
alidade afrodisíaca refloresce em ouro e
banquetes, a galinha é a primeira devoção
nacional.
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Como sendo o último arroto da vida
Um cordão umbilical com tumores
As fezes num penico abandonado
Estrelas para além da distorcida vida
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O báculo de Santanas empurra sempre
E caie-se no segundo degrau para a existência
São necessários aos céus e às fornalhas
Para o magma das profundezas
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A inflexão da existência
O processo bíblico
O paradigma da continuidade
A multidão assexuada
O ouro cai das nuvens
Num Mundo da raridade
Assim a religião é geral
A imortalidade morre
E já ninguém sabe das almas
O magma engole-nos no fogo
Como estátuas ao Sol
Apenas fica a criação do Universo
Serão essas as cinzas da ocorrência
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E então todos chegaram à conclusão, há
gente a mais, as pessoas são muitas. Os
pensadores da riqueza geral e defensores do
valor da vida humana são submergidos. Para
todos os efeitos a existência é que todos nós
somos muitos, o futuro não será expansivo, no
presente onde apenas se realiza com a caça ao
macaco.
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A colonização dos países Ocidentais pelo
terceiro mundo é um fato em detrimento das
populações locais e de ascendência cristã. Os
resistentes a uma cultura civilizada, vêm o seu
território dominado por fanáticos religiosos e
rituais tribais. Os colonizadores são o palco da
colonização. Os residentes seculares aceitam os
excedentes dos desertos como seres humanos e
dignos. Como força de trabalho básico.
O fim das colónias no século vinte, abriu as
fronteiras em nome de direitos de igualdade e
irmandade. O fim do mundo das aldeias viu-se
aberto a todos os cidadãos do planeta.
Na atualidade vivemos uma nova cruzada
pela cidade santa e os muros são a realidade.
Com os mais modernistas dirigentes políticos e
xenófobos cidadãos, os muros serão a base da
construção civil.
No entanto é apenas nefasto o cidadão do
terceiro mundo que viaja de avião e faz a
caridade dos pobres oriundos dos residentes.
Pois os milhões aos molhos em barcaças,
naufragantes e em tuneis sem luz, são
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inconscientes e lutam por pão e trabalho. A eles
é fumigado o inseticida para alguns chegarem
ao Ocidente, ou seja, muitos poucos.
A colonização dos territórios por exóticos é
uma realidade irrefutável, desde a segunda
guerra mundial. Os locais chegaram ao fim da
tolerância elegendo assim os líderes das
fronteiras e da determinação rácica. Os
sonhadores do protecionismo humano estão em
minoria na atual existência de uma guerra
cultural e religiosa.
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As sirenes tocaram e as pessoas desconfiaram
Veio um Inverno frio infinito sem luz
Todos continuaram num ranho verde escuro
Transportavam o seu passado de ditadores
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medo da miséria ameaçadora e promete a
ascensão social milagrosa.
Nascem os novos regimes populistas
baseados no reacionarismo, na hierarquia e na
militarização. Os seus dirigentes aclamados
pelas maiorias estupidificadas, denotam as
qualidades da burrice. Apenas utilizam a força,
prendendo e mantando as pessoas quando
manifestam o seu desagrado.
Temos uma nova forma de mandar num
futuro aniquilador e embrutecedor. A demência
das populações será o sua própria inceneração,
a mentira dos seus dirigentes uma nova
obscura idade média de fausto e fome. Será o
reacender das guerras religiosas, a negritude do
carvão.
Damos o lugar à incompetência para a
aniquilação de espécie. Elegemos os nossos
próprios carrascos, regredimos construindo os
muros da míngua gerando o genocídio e a
pobreza geral. Em vez da ideia de aldeia global
teremos a guerra dos bairrismos. Cada cor
obedecerá às estritas regras para obter a água e
o pão escassos.
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o presidente. O não clone presidente foi
encontrado bem de saúde no WC.
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satisfação material do seu hábito, sabe o
exército dizimado das suas causas.
Constantine está no café ventilado onde todos
fumam na revolução da fumaça, no século do
fumo eclodido no tempo do higienizo. Já só ali
se fuma, às escondidas da multidão
fundamentalista da existência do seu ser.
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A velhinha é vizinha de um comando islamita
numa cidade onde os residentes se deslocam de
tanque e pelas ruas e não se pode andar a pé.
Pelos passeios ciclistas cadavéricos assaltam as
pessoas, onde se cruza constantemente com
migrantes de cara cinzenta e sarracenos todos
pintados de azul, os ciganos ainda não andam
de avião e os cavalos complicavam o transito. A
cotovia trabalha mais depois do cair do Sol. No
ambiente poluído da habitação da senhora de
idade até com creme e besunta, aterrorizada
para bater os sapatos por quatro papos-secos.
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Dois aparelhos um chinês e outro americano
espionavam-se na proximidade, originando uma
rotunda sem saída onde existiam apenas
máquinas para introduzir moedas. Saiam azas
de galinha comidas pela gula de obesos,
perante o olhar dos esfomeados.
O sistema monitorizado de espionagem
mútuo reluz pela energia dos dois últimos
apaixonados do Mundo, numa tarde escura à
luz dum candeeiro enquanto os bares vazios de
musas e nudistas de outros tempos sejam
habitados apenas por folhas ao vento, e raros
hindus comendo iguarias magras.
Os dois aparelhos ligados aos respetivos
emissores reproduzem códigos para ficheiros,
onde são ampliados e transformados numa
estação radiofónica a emitir vinte e quatro
horas na Terra e sessenta e quatro horas em
Pluto.
Já quase poderemos chamar à senhora
Merkel a última dirigente democrática. A líder
de um Mundo livre, mas apenas existente para
a Alemanha, inspiradora da Europa do Sul. E
muito mais está para acontecer no velho
continente no meio de potências
antiaristocratas, onde a força do povo se
transforma apenas em guerra e tumultos. Os
tiranetes estão no comando dos navios e já se
fazem ao mar.
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Esburacado pelo petróleo
O espião encontra o amante latino
O filho de eutanásia por ser drogado
E os pernoitantes são latas de conserva
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E mais um cadáver mexicano numa gaveta
Os quartos das meninas com lagartos
A energia de tudo ser vermelho
A indústria da alimentação começa no
estômago
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silêncio. Se os pais não prestam o que fazer
com as suas crias mal-educadas.
Os poderosos repelentes manipulam a
marionete. O esterco é de quantidade suficiente
para esses badamecos das cúpulas se
enterrarem e sufocarem. As figuras públicas
são monstros de terror sem caracterização e os
seus seguidores burros que vivem da bebedeira
e da violência.
Não há concerto e o fornecedor de araldite
prefere não vender a cola a ganhar dinheiro.
Ajoelham-se estes camafeus por qualquer
vintém. Não existe honra, todos são larápios.
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Todos os cidadãos existentes vivem da
informação financiada pela existência do robô.
Utilizam telemóveis comprados no planeta Terra
para denunciarem anomalias, invasores ou
ataques ao pudor.
Como para os habitantes lhes é impossível
contabilizarem as transações monetárias para a
existência de disponível, todos obedecem ao
dono da dívida, o robô.
No meio da imensa população ainda existem
refratários, e um poderoso descendente do
messias tem enormidades de dinheiro ganho na
ilegalidade combatida a tiro. O seu nome é Elias
e compra todos os símbolos da religiosidade
para os queimar.
Todos são crentes na sua irmandade e no
Templo da oração, trabalham como a
organização mais eficiente destruindo todas as
vontades. A eles é a palavra da sua fé cantar a
paz e fazer a guerra.
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