O documento discute como a ideia de "civilização" levou a visões etnocêntricas que justificaram o etnocídio e o genocídio durante a colonização. O antropólogo Pierre Clastres argumenta que considerar a própria cultura como padrão leva a ver outras culturas como "diferentes" e "bárbaras". Isso permitiu que os povos colonizados fossem forçados a adotar a cultura dos colonizadores ou exterminados.
O documento discute como a ideia de "civilização" levou a visões etnocêntricas que justificaram o etnocídio e o genocídio durante a colonização. O antropólogo Pierre Clastres argumenta que considerar a própria cultura como padrão leva a ver outras culturas como "diferentes" e "bárbaras". Isso permitiu que os povos colonizados fossem forçados a adotar a cultura dos colonizadores ou exterminados.
O documento discute como a ideia de "civilização" levou a visões etnocêntricas que justificaram o etnocídio e o genocídio durante a colonização. O antropólogo Pierre Clastres argumenta que considerar a própria cultura como padrão leva a ver outras culturas como "diferentes" e "bárbaras". Isso permitiu que os povos colonizados fossem forçados a adotar a cultura dos colonizadores ou exterminados.
O antropólogo Pierre Clastresi , em suas obras A sociedade contra o Estado e
Arqueologia da violência, define etnocentrismo como uma forma de avaliar as diferenças pelo padrão da própria cultura, ou seja, a representação do humano opera em uma hierarquia, “porque se pensa e se quer a civilização”. Dessa forma, o “outro” é a diferença, e a visão dicotômica das tipologias evolutivas construídas pelo Ocidente traz uma questão importante: como lidar com essa diferença? Nos processos de colonização, seja no contexto do século XVI, no imperialismo do século XIX e mesmo a questão racial do totalitarismo nazifascista do século XX, a atitude em relação à diferença está no etnocídio e no genocídio. No primeiro, os denominados primitivos e “bárbaros”, busca-se melhorá-los até que se tornem o modelo que lhes é proposto, eliminando sua cultura, no segundo caso o tratamento é a negação, e consequentemente sua eliminação. i Pierre Clastres (1943 – 1977), foi um importante antropólogo e etnógrafo francês da segunda metade do século XX. Em sua obra procurou analisar de forma critica as sociedades americanas, que por muito tempo foram hierarquizadas, desconstruindo a ideia de que as culturas, que tiveram um Estado, seriam mais desenvolvidas (Maias, Incas e Astecas), em relação a outros povos da América do Sul