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Tema: Por que precisamos de tantos números?

A matemática é uma das mais antigas e fundamentais disciplinas humanas,


desempenhando um papel crucial no desenvolvimento da sociedade ao longo dos
séculos. Entre os vários elementos que compõem essa ciência, os números emergem
como uma ferramenta essencial para o entendimento e representação do mundo que nos
cerca, abrangendo desde situações mais simples até as complexas descobertas
cientificas. Como resultado, foi criado um sistema numérico sofisticado constituído por
seis conjuntos numéricos: naturais, racionais, irracionais, irreais e complexos. Seguindo
a linha de pensamento por meio da investigação pergunta-se, por que precisamos de
tantos números? Qual a necessidade de tantos símbolos?

Nesse contexto, será realizado uma análise na perspectiva de Caraça, tal como
apresentada em seu livro intitulado ‘Conceitos Fundamentais da Matemática’. Com o
intuito promover uma reflexão acerca dos temas matemáticos abordados por esse autor,
em especial os números. Certamente nos convida a investigar sobre a necessidade de
tantos números e como seu papel é essencial para compreensão, progresso e
organização da sociedade. Visto que, Caraça em sua obra aborda o processo histórico e
evolução dos números, ressaltando a construção e o desenvolvimento do conhecimento
matemático como um todo.

Considerando o contexto social da época, à medida que o convívio social se


intensificou, um desafio significativo começou a surgir: a necessidade de contagem. Os
grupos humanos perceberam que era fundamental registrar e manipular diversas
atividades cotidianas. Diante dessa necessidade uma solução veio através da concepção
dos números naturais positivos, advindos da prática diária de contagens que lentamente
se solidificou como um sistema numérico, diretamente relacionada a condição de vida
econômica em sociedade e individual. É valido lembrar que o zero, não é um número
natural, mas a criação do seu símbolo possibilitou a escrita dos números e efetuar
operações.

A base dos números naturais é a ideia de correspondência, uma das operações


intelectuais mais importantes que possibilitou o avanço matemático. Ao representar uma
certa quantidade de objetos, cada elemento a ser representado estará associado a um
número natural, ou seja, temos um antecedente (objeto) e o correspondente (número).
Segundo Caraça existe uma classificação das correspondências: completa (todo o
antecedente tem consequente), recíproca (independente da ordem a antecedente e
consequente continuam iguais), unívoca (um consequente corresponde a um único
antecedente) e biunívoca ou bijectiva (uma correspondência é unívoca e a sua reciproca
também). Agora, quando duas colações estabelecem uma correspondência biunívoca
significa que são equivalentes, em outras palavras, possuem igualdade de número de
objetos. Do contrário, ocorre a prevalência que significa desigualdade das coleções.

Conforme uma sociedade avança, novos desafios e problemas surgem, os quais


apresentam soluções numéricas especificas e exclusivas. Para o homem primitivo,
quando a ciência ainda estava buscando a compreensão do mundo e da realidade estava
intuitivamente ligada à natureza. No entanto, conforme o progresso das civilizações,
consequentemente da ciência, o conceito dos números adquiriu uma dimensão mais
abstrata e distanciou-se da realidade. Esse processo levou ao princípio de extensão, em
que o homem busca generalizar e explorar todas as lideranças dos conceitos numéricos.

Caraça introduz uma questão importante do princípio de extensão o: infinito. Se


estávamos descrevendo uma matemática concreta presente no espaço material, agora é
uma matemática abstrata, presente no um pensamento humano. Ele considera dois atos
mentais importantíssimos da matemática, um deles é o infinito como uma abstração.
Voltemos aos números inteiros, realizando o cálculo menta, somando sempre uma
unidade ao número inicial, descobrimos o sucessor, ou seja, o número seguinte, dessa
forma adquirimos uma infinidade de números no qual não se pode saber o maior
número inteiro, assim a possibilidade de repetição ilimitada do ato mental torna-se
inegável. Como consequência dessas descobertas, surge um novo termo que defini os
números inteiros, devidos as características de sua formação, chamado conjunto.

Por definição

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