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Catalogação na publicação
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
ISBN 978-65-5112-000-8
Autores
Ana Karlla Messias
João Paulo Holanda
Lucicleide da Silva
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida e/ou transmitida, seja quais forem os meios empregados sem a permissão dos Autores e Editores.
Carta dos autores
Prezado estudante de nossa querida Arapiraca,
Os autores
Palavra da Prefeitura
Prezado estudante,
É com muita honra que criamos este livro que é, “antes de mais
nada”, um passeio por nossa história, um passeio em meio ao nos-
so povo e a tudo aquilo que construímos e estamos construindo.
Esta importantíssima obra busca, primeiramente, fazer-nos refletir
sobre quem nós somos, sobre a nossa cultura, rememorando o pas-
sado para trilharmos um futuro mais firme e robusto, como a árvore
que dá nome à nossa cidade: arapiraca.
O livro “Arapiraca: cidade da gente” é uma obra que causa-
rá grande impacto na sua vida e na de seus familiares. Você será
responsável por levar às futuras gerações os traços da formação
de nossa gente, despertando a sensação de pertencimento e a va-
lorização da cultura local. É nosso dever, enquanto educador, pai,
gestor, valorizar o que de bom nós temos a oferecer para os futuros
filhos de nossa terra.
Sabemos que a educação é importante para a nossa formação
intelectual e moral e que, sem a valorização de nosso povo, de
nossas origens, não temos condições de criar um futuro promissor.
Pela primeira vez na história de nossa cidade, ofertamos aos nossos
alunos, alunas, pais, mães, professores e professoras, um material
de resgate de nossa história, com linguagem acessível e apropriada
às nossas crianças e aos nossos jovens.
Esperamos de verdade que esta obra seja lida e relida, não ape-
nas em casa, mas que ela se estenda aos lares de cada arapira-
quense. Temos aqui a impressão digital de nosso povo, de nossa
terra e, acima de tudo, o compromisso e o respeito com a educação
de nosso município.
Prefeitura Municipal de Arapiraca - AL
Palavra da Secretaria de Educação
Estimado aluno,
Unidade 2
Arapiraca - AL:
História e memória
14 Introdução à unidade
17 Arapiraca – terra do fumo
23 Arapiraca – localização geográfica
26 Símbolos oficiais da cidade
31 Economia e desenvolvimento urbano
Unidade 4
Arapiraca - AL:
Educação
socioambiental
74 Memórias arapiraquenses
77 A Religiosidade de Arapiraca
97 Manifestações culturais: patrimônio imaterial
100 Preservação do patrimônio
Unidade 6
Arapiraca - AL:
Poder e cidadania
138 O direito ao lazer
144 Praças e lugares comuns da cidade
147 Turismo arapiraquense
153 ASA, esporte e lazer
Manoel André
Unidade 1
Arapiraca - AL:
Lugar de viver
Unidade 1
Introdução à unidade
OLÁ, COLEGUINHA! VOCÊ
SABE COMO É IMPORTANTE
CONHECER AS NOSSAS
ORIGENS. O QUE ACHA DE
CONVERSARMOS UM POUCO
SOBRE A FORMAÇÃO DE
NOSSA CIDADE – ARAPIRACA?
VAMOS JUNTOS NESSE
PASSEIO?
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Arapiraca, originalmente, é o nome de uma árvore da família das
Leguminosas Mimosáceas – Piptadênia (Piteodolobim), uma espécie de
angico branco bem comum na região do agreste e sertão do estado de
Alagoas. Primeiramente, iremos conhecer a relação que há entre o nome
da árvore e o nome de nossa cidade, além dos aspectos históricos e ge-
ográficos, como clima, relevo e desenvolvimento urbano, que fazem que
Arapiraca esteja no coração de Alagoas.
Este livro é uma conquista que reúne os elementos responsáveis por
tornarem Arapiraca a segunda maior cidade do estado de Alagoas. Ele
guiará seus estudos e será responsável por você propagar a cultura de
nossa região com seus pais, familiares, amigos e vizinhos. Vamos pas-
sear pela história, pela memória do nosso povo, conhecendo lugares in-
teressantes que só existem aqui, além de discutirmos sobre o poder que
nosso povo tem.
Aqui, deixamos registrada a importância que você, estudante, tem na
formação cultural e intelectual da nossa sociedade. Portanto, aproveite
ao máximo essa incrível viagem.
Mapa político de Alagoas
Fonte: http://dados.al.gov.br/dataset/mapa-politico-administrativo-do-estado-de-alagoas-2019
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1. Pinte, de verde, a árvore arapiraca.
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3. Quais cidades alagoanas você já visitou?
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O estado possui, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística – IBGE – cerca de 3.337.357 habitantes, distribuídos nos 102
municípios. A área total do estado é 27.767,661 km².
A capital de Alagoas é Maceió e é uma das cidades mais visitadas
durante o verão, em virtude das belezas naturais, sobretudo das praias.
Além disso, a cidade oferece ao turista uma vasta culinária, tendo os
frutos do mar como seu prato mais atrativo. Além da culinária, a capital
alagoana também é conhecida pela renda, produzida no Pontal da Barra,
representando um forte elemento cultural e econômico.
Além de Maceió, outras cidades estão na rota do desenvolvimento
econômico e cultural, como Arapiraca, Palmeira dos Índios, Penedo, Del-
miro Gouveia, Piranhas, Maragogi, São Miguel dos Milagres. Dessas cida-
des, Arapiraca, localizada no coração de Alagoas, representa a segunda
maior economia, em decorrência do cultivo de fumo, colocando-a no pa-
tamar de Capital do Fumo, nacionalmente.
O percurso de Arapiraca até Maceió é, em média, 123 km, e pode
ser feito por duas rodovias: AL 220 ou AL 101, sendo que a AL 220 é a
preferida dos arapiraquenses, em virtude de o trajeto, em parte, ser pela
orla marítima, tornando a viagem mais agradável, com vistas para o azul
do mar.
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Arapiraca foi caracterizada como o polo da Região Metropo-
litana do Agreste, de acordo com a Lei Complementar 27/2009,
de 1º de dezembro de 2009.
As cidades que fazem parte dessa região são: Campo Gran-
de, Coité do Noia, Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano,
Igaci, Junqueiro, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, Olho
d'Água Grande, São Sebastião, Taquarana, Traipu, Palmeira
dos Índios, Estrela de Alagoas, Belém, Tanque d'Arca, São Brás
e Jaramataia.
Fonte: https://www.google.com.br/maps/dir/arapiraca/maceio
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1. O Nordeste brasileiro tem quantos estados? Vamos conhecer as capi-
tais de cada um deles?
Bahia: ____________________________________________________
Sergipe: __________________________________________________
Alagoas: __________________________________________________
Pernambuco: ______________________________________________
Paraíba: __________________________________________________
Rio Grande do Norte: ________________________________________
Ceará:____________________________________________________
Piauí: ____________________________________________________
Maranhão: ________________________________________________
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/56224695328875138/?lp=true
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3. Ajude Manoel André a sair da cidade de Arapiraca e chegar à capital
alagoana.
vimento no estado
As palavrasde
desteAlagoas.
caça palavras estão escondidas na horizontal, vertical e diagonal, sem palavras ao
contrário.
E L S H M N S A R S A U K Q C V S K C S I E
T L S R Y T O C E R D O P C H T A L A N E T
• Arapiraca R R R I F L T A N V T O S O F T A O N L H I
L U A T O M T E W S G E E I A A E D O L N P
• Palmeira dos
S S Ã O M I G U E L D O S M I L A G R E S P
Índios
E A I D E H Q A I E A O T F M A R A G O G I
• Penedo E L E I T T U B R O O R E N C O S U D S I I
• Delmiro R N T N P H I E T I I T A I O D S A C S Y O
Gouveia E H A H S E I T R S H D D P T H D E S B D R
S T V N B P T N E S H L N P I R A N H A S O
• Piranhas
I D I I L E R E E L T V H W T R F U F N Y C
• Maragogi A N E E A N T A I A N C E N S H A W I A C C
• São Miguel E D I H I E F T T T N Y T P E G M C S E A N
dos Milagres G C B C E D E L M I R O G O U V E I A C A N
P H H S E O E I A S R I N D D R T T H N N L
L V D W I P A L M E I R A D O S Í N D I O S
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5. Indique, no mapa abaixo, quais as cidades que fazem parte da Região
Metropolitana do Agreste Alagoano.
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Arapiraca – localização geográfica
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE 2018 – a cidade de Arapiraca possui uma área territorial de 345,655
km², com uma população estimada em 231.747 habitantes, vivendo em
zona urbana e zona rural. Por estar localizada no centro do estado de
Alagoas, Arapiraca tornou-se rota de muitas trocas comerciais, fazendo
que sua economia estivesse sempre em constante crescimento entre as
cidades do agreste.
Comércio de Arapiraca
Fonte: www.cdlarapiraca.com.br
Sua área está situada em uma ampla planície, ficando a 265 metros
de altitude e distando 123 quilômetros da capital Maceió. Em questões
de localização geográfica, a cidade limita-se ao norte com o município de
Igaci; ao sul, com o município de São Sebastião; a leste, com os municí-
pios de Coité do Noia e Limoeiro de Anadia; a oeste, com os municípios
de Lagoa da Canoa e Girau do Ponciano e Feira Grande; a noroeste, com
o município de Craíbas; e, a sudeste, com o município de Junqueiro.
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Localização da cidade de Arapiraca
Fonte: https://www.google.com.br/maps/dir/arapiraca
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1. Você gosta de morar em Arapiraca? Por quê?
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4. Complete o quadro com as informações corretas sobre a cidade de
Arapiraca.
ARAPIRACA EM DADOS
Área territorial
População
Distância da capital
Altitude
Atual prefeito
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As cores da bandeira representam: os campos fumageiros, através da
cor verde; a riqueza da cidade, liderada pelo fumo, na cor amarela; e o
branco, a paz e o caráter de nossa gente.
Bandeira de Arapiraca
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Além da Bandeira e do Brasão, ainda temos como símbolo oficial da
cidade, o Hino.
Criado em 1961, o Hino de Arapiraca tem letra do Professor Pedro de
França Reis e música do Maestro Nelson Palmeira. A canção foi instituída
como Hino de Arapiraca por meio do Projeto de Lei nº 36/61, do vereador
Higino Vital da Silva, em Sessão Ordinária do dia 11/11/1961, aprovado
em 25/11/1961.
O Hino resgata a história da cidade, colocando Manoel André como o
grande desbravador, responsável pela criação da cidade. Chamada de ci-
dade sorriso, formosa e de encantos mil, Arapiraca é homenageada como
uma inspiração de Manoel André, cidade galã abençoada por Deus.
Hino de Arapiraca
(o texto foi digitado seguindo as regras gramaticais da época)
CÔRO
Arapiraca, Estrêla radiosa,
Que fulgura sob o céu do Brasil,
Cidade sorriso, cidade formosa,
Cheia de esplendor e de encantos mil.
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1. Com a ajuda de um dicionário, pesquise as palavras abaixo, registra-
das no Hino de Arapiraca.
Safira: ___________________________________________________
Rincão: ___________________________________________________
Soberbo: _________________________________________________
Viril: _____________________________________________________
Fulgura: __________________________________________________
Formosa: _________________________________________________
Hosana: __________________________________________________
Crisol: ____________________________________________________
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3. Jogo dos 7 erros.
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Escolha uma pessoa mais velha em seu bairro ou comuni-
dade para entrevistar. Siga as orientações abaixo:
• Pergunte como era cidade de Arapiraca no seu tempo de
juventude.
• Como se divertiam, quais eram as festas e o lazer daque-
le tempo.
• Havia locais para estudo e recreações.
• Na opinião dele(a), o que era melhor no passado e o que
é melhor nos dias de hoje.
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No entanto, com a crise no setor fumageiro, o poder público buscou
outros meios para motivar a economia na região, investindo na agricul-
tura familiar – plantio de milho, feijão, mandioca, soja. Essas famílias
organizam cooperativas e associações, favorecendo a permanência e am-
pliação da atividade, além da garantia, por parte dos órgãos públicos, de
apoio tecnológico, implementos e máquinas agrícolas.
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Avenida Rio Branco – uma das principais avenidas do Centro de Arapiraca
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As imagens abaixo mostram a Praça Manoel André em duas épocas
distintas: a primeira, no século XIX, quando a cidade ainda buscava um
desenvolvimento, e a segunda, nos dias de hoje. A Praça Manoel André
é o grande ponto de lojas e centros comerciais da cidade. Por ela, diaria-
mente, transitam milhares de pessoas entre lojas de eletrodomésticos,
lojas de conveniências, tecidos e afins, bancos, lanchonetes e restauran-
tes, farmácias, lojas de roupas e sapatos etc.
Fonte: https://www.historiadealagoas.com.br/historia-de-arapiraca.html
Fonte: www.alagoas24horas.com.br
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1. Circule os elementos abaixo que compõem a economia arapiraquense.
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3. Você conhece bem o seu bairro? Circule as instituições que estão nele.
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4. Faça um desenho, observando as instruções que seguem:
Manoel está numa Praça de Arapiraca, onde, ao norte, ele depara com
uma igreja; ao sul, com uma escola; ao leste, com o Shopping; ao
oeste, com um espaço verde de diversão.
5. Cite os nomes das principais ruas da cidade de Arapiraca que você co-
nhece.
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Você sabia que as Feiras Livres movimentam grande parte
da economia arapiraquense?
Elas acontecem semanalmente em vários bairros da cida-
de. No domingo, a tradicional Feira da Fumageira acontece no
Bairro Primavera, além dos Bairros Canafístula, Senador Teo-
tônio Vilela, Jardim Tropical, Jardim Esperança. Nas segundas,
temos feira no Centro e Bairro Baixão. Nas quintas, no Bairro
Brasília. No sábado, no Bairro Itapoã, além da Feira do Arte-
sanato diariamente, na Praça Margarida Gonçalves, no Centro
da Cidade.
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Anotações
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“Eu tô chorando, eu tô chorando,
Eu tô chorando é por você
Se você não acredita,
Vou chorar pra você ver”
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O processo de povoamento no interior, após a emancipação política
de Alagoas, acontece através da mistura entre os últimos habitantes de
quilombos, povos indígenas e brancos que resistiram aos ataques suces-
sivos e às tentativas de extermínio desses povos pelos portugueses.
O "surgimento" e povoamento de Arapiraca não foge à regra da maio-
ria das ocupações do período colonial. É nesse contexto de demarcação
de terras, que, segundo Zezito Guedes(1999), em 1848, Manoel André
Correia dos Santos, um alagoano de Anadia, junto com sua esposa Maria
Isabelda Silva Valente, filha do Capitão Amaro da Silva Valente, do po-
voado de Cacimbinhas em Palmeiras dos Índios, construiu, à margem
direita do Riacho Seco, a primeira habitação, próxima a uma frondosa
árvore de nome Arapiraca.
Encostou ali os instrumentos de trabalho e cuidou de preparar a boia,
quando usou estas palavras: “Essa Arapiraca, por enquanto, é a minha
casa".
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
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1. Da mesma forma que Manoel André pode, um dia, contar a sua histó-
ria, o que acha de você contar sobre o dia em que você nasceu? Con-
verse com seus pais sobre esse dia e escreva abaixo.
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Igreja Nossa Senhora do Bom Conselho
Fonte: www.historiadealagoas.com.br
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2. Quais os fatores que ajudaram o desenvolvimento de nossa cidade?
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Processo de emancipação
Arapiraca pertencia ao município de Limoeiro de Anadia, devido ao
seu desenvolvimento econômico e ao desejo de progredir da população,
o Major Esperidião Rodrigues da Silva inicia sua campanha em prol da
emancipação política do distrito de Arapiraca, representando as elites
locais.
O deputado Odilon Auto contribuiu no processo de emancipação po-
lítica defendendo o projeto na Assembleia Legislativa. O trabalho intenso
Assembleia Legislativa Estadual em 1924 revelou-se em anos
de luta e dificul-
dades de desloca-
mento para a capi-
tal, pela aprovação
da maioria dos de-
putados. Até que,
em 30 de maio de
1924, foi sanciona-
do pelo Governador
José Fernandes Lima
o projeto de Lei de
nº 1009, que eman-
cipava o distrito de
Arapiraca do muni-
Fonte: www.confaa.com.br
cípio de Limoeiro de
Anadia.
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A festa de comemoração aconteceu no dia 30 de outubro de 1924;
logo, esse dia fica marcado como dia da Emancipação Política de Arapi-
raca.
Você já prestigiou ou participou de algum desfile do dia 30 de outu-
bro?
Faça aqui o seu registro sobre esse dia.
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Primeira sede da Prefeitura Municipal de Arapiraca
Fonte: www.nn1.com.br
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
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A Esperidião Rodrigues é atribuída a criação da tradicional Feira Livre
de Arapiraca, além do nosso primeiro grupo escolar: a Instituição de En-
sino Adriano Jorge, ainda a primeira escola de música da cidade, o Car-
tório de registros e os Correios, o apoio à instalação ao Tiro de Guerra e
a doação de diversos terrenos.
Escola Adriano Jorge – século XIX Escola Adriano Jorge – século XXI
Fonte: www.historiadealagoas.com.br
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Você sabia que a escultu- Estátua de Esperidião Rodrigues,
ra em frente ao Museu Zezito no Centro da cidade
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1. Qual o nome do primeiro grupo escolar de Arapiraca? E a sua escola,
há quanto tempo foi fundada? Pesquise.
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A feira foi terreno fértil para muitas manifestações artísticas popu-
lares e abordagens científicas, chegando a abrigar semanalmente mais
de 30 mil pessoas, vindas de várias localidades, tornando-se patrimônio
imaterial de Arapiraca, em virtude de toda sua contribuição econômica
e cultural, além de seu poder de adaptação a cada mudança sofrida na
geografia e na economia.
As plantações de fumo de Arapiraca surgem no final do século XIX. A
cultura do conhecido fumo de "rolo" ou de corda prosperou e fez entregas
às regiões do estado, ao ponto de elevar Arapiraca à capital nacional do
fumo, título que lhe é atribuída até hoje.
Venda de rolo de fumo
Fonte: https://arapiraca.7segundos.com.br/noticias/2016/01/06/55748/feira-do-fumo-mantem-
-tradicao-e-resiste-a-outras-culturas.html
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Assim, os salões onde homens e mulheres, com seu trabalho, ajudaram
a construir os pilares econômicos da cidade, a exemplo das destaladeiras
de fumo, que agregavam ao trabalho canções descrevendo seus traba-
lhos e animando os salões de fumo. As destaladeiras de fumo e suas
cantigas tornaram se patrimônio cultural arapiraquense.
Destaladeiras de fumo
Fonte: https://diarioarapiraca.com.br/editoria/arapiraca/-blues-de-alagoas:-o-canto-das-destaladeiras-
-de-fumo-de-arapiraca/1/35285
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Segundo Guedes, em A cidade do futuro (pág. 16),
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2. Tem alguma feira perto da sua casa?
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No seu processo de emancipação, em 1924, conta-se que as primei-
ras iniciativas com relação à alfabetização das crianças se deu a partir da
contratação de Antonio Raimundo.
Esse desenvolvimento teve início antes do seu processo de eman-
cipação, que aconteceu no ano de 1924. No livro “Arapiraca através do
tempo”, do escritor, escultor e folclorista Zezito Guedes, narra-se que foi
em 1885 a data da chegada do professor Antônio Raimundo, o primeiro
contratado por lideranças do povoado para ensinar a meninada a ler, es-
crever e a contar, o qual ministrava aulas numa residência e numa sala
de aula improvisada.
A educação formal era pouco acessível à população, era considerada
privilégio; somente no ano de 1940, após 16 anos da emancipação do
município, foi instituído oficialmente o curso primário, com a fundação do
Grupo Escolar Adriano Jorge.
(http://web.arapiraca.al.gov.br/polo-educacional/)
Fonte: www.arapiracanews.com.br
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Tornando a escola um "Luxo", pois, se por um lado a valorização do
trabalho afastava as crianças da escola; por outro, a partir da fase da
ampliação e do êxito no cultivo do fumo, que fez riqueza no município,
as concepções foram mudando, principalmente dos mais favorecidos fi-
nanceiramente, que passaram a enxergar a necessidade da expansão da
educação escolar para o progresso econômico do município.
A educação está atrelada diretamente ao desenvolvimento de qual-
quer município, e Arapiraca tem garantido belas conquistas nesse âmbito.
Fonte: http://www.agenciaalagoas.al.gov.br/
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A nova escola passou a oferecer estrutura e instrumentos pedagó-
gicos desconhecidos da maioria dos arapiraquenses, na década de 40,
a exemplo da mobília composta de carteiras duplas, o quadro negro, os
mapas e o globo. A unidade escolar despertou o interesse da comunidade
em ampliar o acesso ao ensino.
Em 1943, o município ganhou a primeira escola particular, o Instituto
São Luís, criada pelo professor Pedro de França Reis, com o apoio do Pa-
dre Medeiros Neto, então secretário de Estado, e do padre Epitácio, páro-
co da cidade. Hoje, no mesmo prédio, funciona o Colégio Nossa Senhora
da Rosa Mística.
Fonte: www.cadaminuto.com.br
58
Reforço Educacional
Já na década de 50, após a inauguração das duas escolas, Grupo Es-
colar Adriano Jorge e Instituto São Luís, oferecendo o ensino de 1ª a 4 ª
série, a população recebeu dois reforços na área educacional: o Colégio
Nossa Senhora do Bom Conselho e o Colégio São Francisco de Assis, con-
siderados importantes marcos para a história da educação de Arapiraca.
59
Após cinco anos do início das atividades, em 1955, a nova escola in-
troduziu os cursos comercial, científico e normal, possibilitando aos alu-
nos condições de ingressar nos cursos superiores das capitais mais próxi-
mas ou de exercer funções profissionais que exigiam maior qualificação.
A história do colégio mistura-se com a do Dr. José Moacir Teófilo, que,
em 1955, após um período ocupando a função de interventor-diretor, foi
nomeado definitivamente o diretor do colégio, onde exerceu a atividade
até os 90 anos, e tem uma contribuição significativa na formação educa-
cional da juventude.
Uneal
A história da Universidade Estadual de Alagoas começou em 1970,
com a abertura da Fundação Educacional do Agreste Alagoano (Funec),
que manteve a Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca
(FFPA). Desde essa data, outras transformações aconteceram na insti-
tuição. Em 1995, foi estadualizada, tendo o seu nome alterado para
Fundação Universidade Estadual de Alagoas (Funesa) e, em 2006,
60
passou a ser intitulada de Universidade Estadual de Alagoas (Uneal). Atu-
almente, oferta 11 cursos de graduação e tem matriculados mais de dois
mil alunos, segundo informações da própria instituição.
Ufal
Outro importante avanço na educação de Arapiraca foi a implanta-
ção do campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Em 2005, o
município foi contemplado com projeto piloto do Ministério da Educação
(MEC), dentro do programa de expansão do ensino superior público, e
passou a ofertar, inicialmente, 16 cursos de graduação.
Além das duas instituições públicas, a Universidade Estadual de Ala-
goas (Uneal) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no município há
mais de uma dúzia unidades particulares de ensino superior e técnico.
61
Universidade Federal de Alagoas
Os avanços no
âmbito da educação,
como o aumento de
números de escolas e
cursos universitários,
vêm traçando um per-
fil cultural mais am-
plo de transformação
e inclusão social para
seus moradores.
Planetário Arapiraca
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Arapiraquinha – Biblioteca Digital
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2.Dica: importante colégio da cidade que recebe o nome da padroeira
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6. Dica: espaços de leitura em Arapiraca
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Comunidades Quilombolas
As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemen-
te constituídos de população negra rural ou urbana, descendentes de ex-
escravizados, que se autodefinem a partir das relações específicas com a
terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas
culturais próprias.
Existem, em Alagoas, 69 comunidades remanescentes dos quilom-
bos, e duas delas em Arapiraca, e, antes da chegada do fundador em
1848, já havia gente nessas terras quando ainda não se chamava Ara-
piraca, quando comunidades foram se firmando com nomes de árvores
nativas: Pau d’Arco (ipê) e Carrasco (pau-viola).
As comunidades quilombolas são reconhecidas pelo governo federal
e praticam a agricultura de subsistência, fabricam artesanatos e cultuam
as tradições religiosas e culturais de seus ancestrais.
Em Arapiraca, existem duas comunidades quilombolas.
Em 2008, o Carrasco recebeu a certificação da Fundação Cultural
Palmares, do Ministério da Cultura (MinC), como sendo ambiente rema-
nescente dos quilombos.
A história oral é fundamental para dar voz aos que não puderam es-
crever sua história, e a relação entre memória nas comunidades quilom-
bolas é sinônimo de resistência e construção de identidade, a exemplo
da comunidade de Pau D’arco, que fortaleceu sua identidade a partir
das histórias de moradores antigos, Zé pretinho, Dona Mocinha e Dona
Terezinha.
Contar Histórias.
A professora de História e pedagoga Laurinete Basílio, uma das fun-
dadores da Associação de Desenvolvimento da Comunidade Remanes-
cente de Quilombos da Vila Pau d’Arco, desenvolveu um trabalho a partir
da oralidade, para resgatar a história dessa comunidade e, segundo
ela,"chegando onde hoje é o local, ele teve que comprar as terras – jus-
tamente com as correntes de ouro – do capitão João de Deus Florentino,
senhor de engenho de família portuguesa, que estabeleceu-se lá com a
esposa Josefa da Silva, teve cinco filhos. Logo, um filho de um primo
66
de João de Deus com uma escrava, José Januário Pragelo, também fez
moradia naquele lugar repleto de ipês amarelos e brancos – daí o nome
“pau d’arco”. Era dos galhos dessa árvore que se faziam arcos para pos-
síveis caças.Vindo de Rio das Cruzes, em Limoeiro de Anadia-AL, Luiz To-
lintino foi o terceiro negro a formar uma família na localidade na mesma
época."
A associação existente atualmente também é Ponto de Cultura Iden-
tidade e Cidadania Afrodescendente e tem 332 famílias cadastradas que
contam com grupos de capoeira, grupo de percussão afro, grupo de dan-
ça, oficinas de artesanatos e gastronomia.
Atualmente, a professora Laurinete é supervisora das escolas qui-
lombolas, onde realiza um trabalho de resgate e sentimento de pertenci-
mento dos alunos e moradores das duas comunidades, com o desenvol-
vimento de projetos educacionais relacionados a questões étnico raciais.
A história das duas comunidades entrecruzam-se e amplia o olhar
para uma Arapiraca de múltiplas cores que não surge de um único
"ramo" étnico que nasce e fortalece-se entrelaçada entre índios quilom-
bolas e brancos.
Professora Laurinete Basílio
Fonte: http://agenciaalagoas.al.gov.br/noticia/item/11402-educacao-emocional-
-e-social-em-arapiraca-contribui-para-o-enfrentamento-da-discriminacao
67
Arte produzida pelas Comunidades
Quilombolas Grupo Artístico de raízes quilombolas
68
Árvore da Ancestralidade.
Desenhe uma árvore e, em cada galho, coloque o nome ou
a foto de seus parentes mais antigos. Peça ajuda dos seus pais
e depois exponha seu trabalho na sala de aula.
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Anotações
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Anotações
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As pedras da cidade, enquanto permanecem,
sustentam a memória.
Memórias arapiraquenses
OLÁ, AMIGUINHO! VOCÊ SABE DA
IMPORTÂNCIA DAS MEMÓRIAS PARA UMA
SOCIEDADE? COMO O CONHECIMENTO
DOS NOSSOS ANTEPASSADOS CONTRIBUI
PARA SERMOS QUEM SOMOS HOJE?
NESTA UNIDADE, VAMOS PASSEAR PELAS
MEMÓRIAS DO POVO ARAPIRAQUENSE E
CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE NÓS
E NOSSA GENTE.
74
O passado e a história podem ser evocados de várias formas, a mais
utilizada é a via da memória, que pode ser apreendida e representada a
partir dos vestígios deixados pelo tempo, uma vez que conhecer a his-
tória do local em que vivemos nos permite revisitar um passado não tão
distante cheio de significados.
Pretendemos, nesta unidade, abordar as memórias, as personagens e
os monumentos de uma Arapiraca que foi construída e também pertence
aos agricultores, feirantes e pescadores, árvore de muitos ramos que
floresce na sua cultura, na arte e na fé das rezadeiras e das mães de
santo, cidade que abriga uma imensidão de manifestações culturais que
resistem, renovam-se e ampliam a identidade Arapiraquense.
Diversos monumentos e cartões postais representam Arapiraca em
tempos históricos distintos, as igrejas, os museus, as praças, a estação
ferroviária, nas paisagens cotidianas e nas que ficaram no passado,
mas permanecem vivas nos "Lugares de memória" de nossa cidade.
75
Os moradores da comunidade, que se reuniam na igreja para rezar
para Nossa Senhora e Manoel André, encomendaram uma imagem de
Nossa Senhora da Guia a um artesão no município de Bom Conselho
(PE). O fundador foi a cavalo buscar a imagem e, no caminho de volta,
foi conduzido por uma comitiva de cavaleiros desde Palmeira dos Índios.
A imagem foi recebida com festa, banda de pífanos e fogos, e as pessoas
comemoravam: "Viva Nossa Senhora do Bom Conselho".
Hoje, o caminho de volta feito por Manoel André trazendo a imagem
é refeito todos os anos por mais de uma centena de cavaleiros na Caval-
gada da Padroeira, que chega a Arapiraca no dia 02 de fevereiro, consi-
derado o dia da padroeira de Arapiraca e dia que foi rezada a primeira
missa em 1865, na igreja construída por Manoel André, que foi batizada
de matriz de Nossa Senhora do Bom Conselho, um dos maiores monu-
mentos de fé dos arapiraquenses.
76
A Religiosidade de Arapiraca
Arapiraca é uma cidade predominantemente católica, porém, nas úl-
timas décadas, tem aumentado o número de igrejas evangélicas, centros
espíritas e expressões religiosas de matriz africana, o que demonstra sua
diversidade religiosa.
As manifestações públicas de religiosidade praticadas por meio da
fé e das festas contribuem para fortalecer as tradições e renovar o sen-
timento de pertencimento nas identidades locais e revelam vários as-
pectos da hierarquia social de uma cidade e de como elas se tornam
patrimônio cultural de várias comunidades.
Fonte: arapiraca.al.gov.br
77
1. O artista plástico Marcone Macedo, em sua tela “Aracity”, retrata vá-
rias manifestações culturais da cidade. Observe a imagem, descreva
os elementos que lhe chamaram atenção e tente fazer a seguir um
desenho parecido.
Fonte: www.marconemacedo.com.br
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Você sabia que a segundo templo religioso mais antigo
da cidade é a capela de são Sebastião? Fundada em 1904-
1905, tombada como patrimônio histórico em 2005.a capela
preserva traços da arquitetura original.
A igreja foi erguida por iniciativa do comerciante José
Zeferino de Magalhães, em ação de graças pelo fim de uma
epidemia de febre tifoide, ocorrida no então povoado de Ara-
piraca, entre os anos de 1904 a 1905. A doença provocou
muitas mortes. Na- Igreja de São Sebastião
quela época, os
sintomas eram
tratados apenas à
base de ervas me-
dicinais, que não
surtira o efeito de-
sejado.
Sendo assim,
a população, por
meio do poder da
oração, suplicava Fonte: http://joaorocha2.blogspot.com/2016/08/patrimonio-historico-de-arapiraca.html
pela cura. As preces eram dirigidas a São Sebastião, soldado
romano, mártir que se tornou santo protetor da humanida-
de, contra a guerra, a fome e a peste. O pedido foi atendido
e a população se livrou da enfermidade.
Acontece desde sua construção ,a festa em homenagem
a são Sebastião ,com novenas procissão, leilão, banda de
pífano tradições populares que sob revivem ao tempo.
79
A literatura de cordel é bastante praticada pelos poe-
tas arapiraquenses um deles é zé de Quinô que escreveu
um lindo cordel sobre São sebastião.
Vamos transformar o cordel em uma xilogravura con-
temporânea?
Crie um cartaz, fazendo uso apenas de lápis grafite
preto, mostrando o desenrolar da história de Sebastão,
produzida por Zé de Quinô.
SEBASTIÃO
(Zé de Quinô)
80
Zezito Guedes
81
Obra: Arapiraca através dos
tempos, de Zezito Guedes. Zezito Guedes
82
"Os patrimônios culturais são estratégias por meio das quais
grupos sociais e indivíduos narram sua memória e sua identi-
dade, buscando para eles um lugar público de reconhecimen-
to, na mesma medida em que a transformam em "patrimô-
nio." (Horta 1999)
Antigo coreto na Praça Luiz Pereira Lima Antiga Praça Luiz Pereira Lima
83
Apresentações musicais na Praça Luiz Pereira Lima
84
No poema abaixo, a professora, artista e poeta Marta
Eugênia faz, a partir de suas memórias, homenagem a Zé do
Rojão e a uma praça da cidade. Agora, você deve elaborar
um poema, a partir de suas memórias, homenageando al-
gum lugar ou personagem de Arapiraca.
Rojão no céu
Atravesso a Marques da Silva,
como de costume, e sento para um café.
As buzinas ferozes da segunda-feira,
O som tumultuado das pessoas
me tiraram da cama mais cedo.
Mas, quando eu era criança,
havia outro modo que despertava o dia :
minha mãe ligando o rádio
o grito do chocalho e a voz de zé do Rojão
"acorda minha gente", e recitava Zé da luz :
"três muié, três irmã, três cachorra da mulesta
eu vi num dia de festa, num lugar Puxinanã..."
Meu pai cutucando o meu dedão do pé :
tá na hora de levantar mocinha
pra não perder a escola.
Meus pais se foram, o rádio aquietou-se de velho.
Eu e um poema de Zé da Luz ficamos atônitos no meio da praça
quando ouvimos o barulho do rojão subindo ao céu.
85
1. Pesquise uma imagem antiga da praça Marques e uma atual e cole as
duas.
86
Afrísio Acácio do acordeon: o poeta vaqueiro
Por Pedro Jorge
Mestre Afrísio Acácio O “Poeta-Vaquei-
ro” Afrísio Acácio do
Acordeom é natural de
Campo Grande (AL).
Ele é considerado um
dos maiores acorde-
onistas do Nordeste
brasileiro. Atualmen-
te reside em Arapira-
ca (AL) e vem dando
uma grande contribui-
ção, através de seus
projetos, para a cul-
tura local e regional.
Cantando ou apresen-
Fonte: portaldenoticiasdasuacidade.com.br
tando o Projeto Cultu-
ra na Praça, Afrísio proporciona aos arapiraquenses contato
direto com as nossas origens culturais.
A Casa da Cultura
87
Casa da Cultura
Fonte: arapiraca.al.gov.br
88
Paulo é natural de Palmeira dos Índios e, após um período em São
Paulo, onde trabalhou como garçom, voltou em 1973 para Arapiraca e
inaugurou o "Bar do Paulo". Seu acervo atraía pessoas de várias regiões
e estados à procura de boa música, no período em que a censura vigo-
rava em nosso país. Segundo Paulo, pessoas de várias capitais vinham
para Arapiraca, a fim de escutar músicas que eram proibidas naquelas lo-
calidades. O bar era sempre frequentado por artistas, alguns de renome
nacional, entre eles Alceu Valença, Hermeto Pascoal Lobão etc.
Em 2019, a Prefeitura de Arapiraca lançou edital de Prêmio Paulo Lou-
renço. A chamada pública destina recursos para cada projeto e para
ações nas áreas de música, teatro, circo, dança, artes plásticas, folgue-
dos, manifestações afro arapiraquenses, literatura e audiovisual , home-
nagem mais que justa a esse grande incentivador da cultura de Arapiraca.
89
Museu Zezito Guedes
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Modelo_da_nova_carteira_de_identidade_brasileira.jpg
90
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Modelo_da_nova_carteira_de_identidade_brasileira.jpg
• Cuscuz de mundiça E I T A C S W O A D E N E D N F H A
• Bar do Paulo H D A N O A A T I C L A B I T U E E
• Aboiadores J I T W A O M T T H L A A T R M E F
• Sanfoneiro S I B S S A N F O N E I R O E Y R T
• Trianon L H E V A M M A B O I A D O R E S E
P R K A U T T E M S F N O T I A U E
H O U I W E R R H I V O P P J C L T
I F A M S A S I S H O E A R O E E E
I N W U A H D F A N T P U C S S S T
E T S D E H A M S N H A L S H F E T
E E C T R E R F I F O S O M L A A N
C C U S C U Z D E M U N D I Ç A N O
91
4. O que você acha de contribuir com o acervo musical de nossa cidade?
Vamos criar um rap sobre o lugar em que você vive e como ele é im-
portante para você.
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Estação Ferroviária
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O barulho dos trilhos na linha férrea, as fotos dos presos políticos nos
muros da estação durante o regime militar, o colorido das saias das ci-
ganas estão na memória e nas muitas estórias dos arapiraquenses. Sem
passageiros desde a década de 80 e tendo a linha férrea em situação de
abandono desde 2008, a estação ferroviária tem inspirado projetos de
revitalização e conservação, porém os projetos, até o momento, não ob-
tiveram êxito.
Antigo jornal da cidade
Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br/alagoas/arapiraca.htm
93
O cantor e poeta Raul Seixas compôs a música “O trem
das 7” fazendo referência à Estação Ferroviária de São Pau-
lo, grande símbolo de desenvolvimento da cidade, no final
do século XIX e começo do século XX. Vamos conhecer?
O Trem Das 7
Raul Seixas
Ói, ói o trem, vem surgindo de trás das montanhas azuis,
olha o trem
Ói, ói o trem, vem trazendo de longe as cinzas do velho éon
Ói, já é vem, fumegando, apitando, chamando os que sa-
bem do trem
Ói, é o trem, não precisa passagem nem mesmo bagagem
no trem
Quem vai chorar, quem vai sorrir?
Quem vai ficar, quem vai partir?
Pois o trem está chegando, tá chegando na estação
É o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão
Ói, olhe o céu, já não é o mesmo céu que você conheceu,
não é mais
Vê, ói que céu, é um céu carregado e rajado, suspenso no ar
Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guar-
diões
Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil
megatons
Ói, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num
romance astral
Amém.
94
Memorial da Mulher
Memorial da Mulher
95
1. Pesquise uma mulher importante para a sua comunidade e faça uma
homenagem contando a história dela, acrescentando foto ou desenho.
96
Manifestações culturais: patrimônio imaterial
97
Rosa foi considerado mestre da Cultura Popular Tradicional pela Pre-
feitura de Arapiraca em 2013 e Patrimônio Vivo de Alagoas, título rece-
bido em 2005 pela Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas (Secult).
Fonte: cultura.al.gov.br
98
Aos 75 anos de idade, Elias Fortunato de Souza, mestre do Guerreiro
Asa Branca, recebe pela segunda vez um prêmio concedido pelo Ministé-
rio da Cultura em reconhecimento ao trabalho desenvolvido para preser-
var a cultura popular.
Em 2007, todo o grupo que faz parte do Guerreiro Asa Branca, locali-
zado no bairro Cacimbas em Arapiraca, recebeu do Ministério da Cultura
o Prêmio Mestre Duda. Desta vez, Elias Fortunato, criador do Guerreiro
Asa Branca, é premiado como mestre.
Guerreiro Alagoano
Fonte: cultura.al.gov.br
99
Palhaço Biribinha
"Ser palhaço é ser uma represen-
tação simbólica de um povo, que se
vira diante das mais complicadas si-
tuações que a sociedade lhe impõe. O
palhaço é um homem pintado, e um
homem, um palhaço sem se pintar”,
declarou o artista.
Fonte: Karine Xavier / Folhapress
Preservação do patrimônio
A preservação do patrimônio está relacionada à preservação da nos-
sa identidade, para preservarmos nosso patrimônio material ou imate-
rial. Precisamos conhecer de que forma eles foram constituídos e a que
grupos eles representam, num processo coletivo de reconhecimento e
pertencimento do meio onde vivemos e nossas experiências de vida, en-
quanto sujeitos históricos no resgate de nossa cidadania.
Verticais
1. Caça-palavras com as manifestações culturais.
2
cruzada
2
3
Horizontais
4
100
2. Produza um desenho bem bonito com as manifestações culturais pre-
sentes na cruzadinha.
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Anotações
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Anotações
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ARAPIRACA TERRA DA GENTE
Fonte: https://www.google.com/search?q=BELEZAS+NATURAIS+DE+ARAPIRACA
106
Levando em consideração que são os elementos geográficos que di-
ferenciam as áreas, cada lugar possui um conjunto específico de carac-
terísticas.
Desse modo, é importante perguntar qual é a importância da educa-
ção socioambiental para a vida em sociedade? No início desta Unidade,
fizemos a mesma pergunta, mas ainda estávamos em processo de cons-
trução do conhecimento. E, agora, após ler e refletir sobre os elementos
geográficos e a formação dos espaços, bem como seu uso, que resposta
temos agora?
Fonte: www.google.com/search?q-bosque+das+arapiracas
107
Ao observarmos a fotografia registrada acima, mostrando, numa vi-
são aérea, a Praça Ceci Cunha, no Centro da cidade de Arapiraca, pode-
mos perceber o quanto os espaços devem ser construídos e utilizados de
modo a garantir que haja uma relação de respeito e cuidado. Percebam
a criação da faixa de pedestres, sugerindo que, por ali, passam pessoas,
além de um vasto espaço arborizado. A união de desenvolvimento urbano
com preocupação socioambiental faz de Arapiraca uma das cidades ala-
goanas mais saudáveis de viver.
É importante refletirmos que o planeta é um sistema composto por
vários subsistemas que trocam energia e matéria entre si. Os maiores
subsistemas são a hidrosfera, a biosfera e a litosfera, e todos estão inter-
ligados para que possa existir vida no planeta. Esse fenômeno de relação
de trocas e de dependência entre os subsistemas promove a ecologia,
que vem do grego; “oikos”, que significa casa, e logos, estudo. De forma
geral, a palavra significa estudar ou conhecer a casa (habitat) de cada
ser na Terra.
O desafio de fazer o lugar de morar sustentável e ecologicamente
correto passa pela mudança de comportamento, por meio da educação.
E essa mudança ocorre em cada pessoa e propaga-se como uma consci-
ência mundial que reconhece o planeta Terra como o nosso lar.
A natureza está em tudo que é percebido na paisagem. É possível
identificar sua presença por meio da observação, percepção e descrição.
Tudo é natureza, inclusive o ser humano. Existem diferentes espaços
geográficos, cada um com suas características, essas características for-
mam a paisagem.
A paisagem, por sua vez, sofre modificações constantes por fatores
naturais (ventos, abalos sísmicos, secas, chuvas etc.) e humanos (de-
vastação, incêndio, poluição, exploração de minérios, construções, plan-
tações etc.). As relações do ser humano com a natureza e a sociedade
fazem surgir a natureza modificada, sendo em pequena ou grande esca-
la. Por esse motivo, há a importância da educação socioambiental para
compreender e perceber o meio ambiente representado pela paisagem,
como habitat, “nosso lar”, o lugar onde coletivamente vivemos, tra-
balhamos, estudamos e alegramo-nos. Criamos vínculos, fazemos
parte da história e temos identidade com esse lugar, nossa cidade.
108
1. José Matias Irmão é professor e poeta arapiraquense, autor do texto
“O dia em que Deus criou Arapiraca”. Após uma atenta leitura do texto,
represente a cidade de Arapiraca através de um desenho usando as
características descritas pelo poeta.
109
As suas tardes, sereno
Sim! Vá ao depósito ecológico
E traga a árvore do bem
Ela se chama Arapiraca
Que no planalto não tem
Plante-a com muito carinho
Que ali vou ficar também
Tome estas sementinhas
Borde a terra, semeando-as
Vão se tornar umas plantinhas
Delicadas e resistentes
Esta plantinha é o fumo
Chama-se tabaco também
Dê aos meus filhos do planalto,
Vou garantir o sustento
Vou fazer um povo forte
Uma terra ao meu contento.
Quero ali fugir do mundo,
Pois estou cansado, não aguento.
São Pedro não se descuide
Faça como estou mandando
Todos os povos eu amo: Brasileiros,
Canadenses, russos e americanos.
Do mundo sou cidadão
Mas sou mais arapiraquense,
Mesmo sendo alagoano.
110
2. Escreva (C) para ações certas e (E) para erradas, em relação ao cui-
dado com o meio ambiente
a) Queimar o lixo é um problema ambiental. ( )
b) Cuidar do meio ambiente é prova de amor pelo nosso habitat, a “Ter-
ra”.( )
c) Ser responsável pelo meio ambiente demonstra que você é inteligente.
( )
d) Aprisionar animais, queimar vegetação, poluir os rios e jogar lixo no
chão é permitido em todos os lugares. ( )
111
Fauna e flora arapiraquenses
Agora chegou a vez de conhecer um pouco mais sobre a fauna (ani-
mais) e a flora (vegetais) que existem em nossa cidade.
Árvore arapiraca
112
essa belíssima árvore para descansar. De acordo com o historiador Zezi-
to Guedes(1999), “encostou seus instrumentos de trabalho e cuidou de
preparar a boia, quando então usou essas palavras:‘por enquanto, essa
arapiraca é a minha casa’”. Essa é a primeira referência de paisagem,
casa, lugar, de onde surgiu a cidade Arapiraca.
Arapiraca possui clima do tipo temperando, caracterizado pela tem-
peratura do Agreste alagoano; no verão, durante o dia, temperaturas
muito altas, porém à noite, mesmo no verão, são frias (AGENDA 21). O
verão na região é longo, quente, seco, com céu parcialmente encoberto;
o inverno é curto, agradável, com chuvas e de céu quase sem nuvens.
Durante o ano inteiro, o tempo se caracteriza pela incidência de ventos
fortes. Ao longo do ano, em geral, a temperatura varia de 18°C a 34°C e
raramente é inferior a 16°C ou superior a 36°C.
Vegetação de Caatinga alagoana Esse tipo de clima relaciona-
-se diretamente com a caracte-
rística da flora do lugar. Conside-
ra-se FLORA a cobertura vegetal
composta por árvores, legumes,
frutas, verduras, folhagens e
gramíneas de uma região. Essa
cobertura vegetal em Arapiraca
predomina nas áreas utilizadas
na agricultura e pastagens. A
vegetação nativa (Cerrado, Caa-
tinga, Floresta ombrófila ou deci-
dual) sofreu grande devastação.
O que resta é uma diversificação
descontínua de algumas árvores,
tais como: mulungu catingueira,
ipê, angico, canafístula, dentre
outras espécies típicas da área
de transição da mata Atlântica e
Fonte: www.ima.al.gov.br da Caatinga.
113
De acordo com a Agenda 21, o município encontra-se situado em
áreas de transição da Mata Atlântica (bacias dos rios Piauí e Coruripe)
e Caatinga, do sertão semiárido (Bacia do Rio Perucaba e Rio Traipu),
ocorrendo a manifestação de vegetação típica dessas áreas, da caatinga
e do cerrado, ocorre a floresta sub caducifólia, caracterizada por perder
as folhas no período seco , a exemplo o mulungu (Erithinaveluntina) e
a craibeira (tabebuia caraíba). Quanto à vegetação da caatinga, resta
somente algumas árvores do tipo catingueiro, marmeleira, mandacaru,
mulungu, ipê e angico, em pequenas áreas formadas pelos remanescen-
tes da floresta estacional semidecidual. Havendo também de ocorrência
com raridade de vegetação de mata. Até mesmo a árvore Arapiraca,
símbolo da cidade, encontra-se em pequeno número no município. Essa
devastação deu-se por causa da plantação de fumo, sendo esse um dos
mais antigos problemas de desmatamento do município de Arapiraca.
Com a queda do fumo, como produto líder do mercado rural, vem ocor-
rendo uma maior diversificação de produtos agrícolas, principalmente de
frutas e hortaliças, milho, desenhando uma nova paisagem na zona rural
do município.
Vegetação típica do Agreste nordestino
Fonte: https://escolaeducacao.com.br/agreste-nordestino/
114
Vista da Fonte luminosa no Bosque das arapiracas
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
115
Galo de campina, remanescente Preá do Nordeste – na fauna de
da Fauna do Agreste Arapiraca praticamente extinto
A________________________________________________________
R________________________________________________________
A________________________________________________________
P________________________________________________________
I________________________________________________________
R________________________________________________________
A________________________________________________________
C________________________________________________________
A________________________________________________________
116
2. Represente sua imaginação através de dois desenhos:
O primeiro, a paisagem de Arapiraca que Manoel André encontrou
quando chegou aqui à região. O segundo desenho, a paisagem nos
dias de hoje, como vemos nossa cidade, no que diz respeito à fauna e
à flora.
PAISAGEM 1
PAISAGEM 2
117
3. No meio ambiente de Arapiraca, você já constatou um episódio de
queimada, poluição das águas, desmatamento e lixo no lugar errado?
Conte-nos como foi.
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Fonte: http://www.duendelucas.com.br/
118
Minha ideia
119
O desmatamento, as queimadas e a poluição acarretam
perdas incalculáveis de bens naturais, importantes e insubsti-
tuíveis para a vida no planeta. Cada espécie contribui para o
habitat na terra. A ação da sociedade tem poder de destruir,
como também preservar e conservar a fauna e a flora. Nesse
sentido, a educação socioambiental pode tornar-se uma força
de proteção nas escolas. Em Arapiraca, muitos projetos são re-
alizados em prol da conservação e proteção do meio ambiente,
considerando o espaço escolar como campo de diálogo e com-
preensão, dentre eles: Agentes Protetores do Meio ambien-
te, Adote uma árvore, Uma arapiraca em cada escola, Projeto
Água, Projeto Arborizar e outros.
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
120
Arapiraca é um Município do Estado de Alagoas, pertencente a me-
sorregião do agreste alagoano. Está localizado no oeste do Estado, a uma
distância de 136 km. Conforme dados do IBGE 2018, a cidade comporta
uma população de, em média, mais de 231 mil habitantes. É o segundo
município mais populoso de Alagoas.
A cidade de Arapiraca iniciou seu desenvolvimento a partir da década
de 70 com o plantio do fumo, conhecido como “ouro verde”. Essa cultu-
ra foi a responsável pela elevação do povoado à categoria de município.
Hoje conta com muitas empresas que contribuem com a economia. Den-
tre elas, destaca-se a empresa Coringa que atua em mais de 20 Estados
da federação.
A cidade arapiraquense é caracterizada, atualmente, como uma das
cidades que mais geram emprego em todo o país, de acordo com infor-
mações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados
pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Arapiraca foi o quarto maior ge-
rador de empregos com carteira assinada no país em 2015, apontam os
dados.
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
121
A população, principalmente das áreas urbanizadas, é mais motivada
a consumir e, consequentemente, a desperdiçar. Infelizmente, essa ação
tem proporções devastadoras para o meio ambiente e, em alguns casos,
irreversíveis, como a extinção de animais e vegetais, poluição das águas,
do ar, e uma enorme produção de lixo, provocando um desiquilíbrio eco-
lógico.
A abordagem socioeducativa – ação de preservação do meio ambien-
te – deve chamar atenção para:
• O equilíbrio e o respeito entre as pessoas e a natureza;
• A iniciação do processo educativo socioambiental desde a infância;
• A sociedade toda deverá participar do assunto de interesse e bem-
-estar de todos;
• O “reavivar” dos valores e comportamentos para / com o meio am-
biente, de forma contínua.
122
Fim de tarde no Lago da Perucaba
O Lago da Pe-
rucaba tem um dos
mais bonitos pores
do sol da cidade. É
um ambiente revi-
talizado, que sur-
giu na década de
70, com a força de
trabalho contra a
seca que atingiu a
Fonte: https://www.google.com/search?q=historia+do+lago+-
região, na época.
da+perucaba+em+arapiraca:
HERDEIROS DO FUTURO
Toquinho
A vida é uma grande Vamos ter que cuidar
Amiga da gente Bem desse país
Nos dá tudo de graça Será que no futuro
Pra viver Haverá flores?
Sol e céu, luz e ar Será que os peixes
Rios e fontes, terra e mar Vão estar no mar?
Somos os herdeiros do futuro Será que os arco-íris
E pra esse futuro ser feliz Terão cores?
Vamos ter que cuidar E os passarinhos
Bem desse país Vão poder voar?
123
Será que a terra Será que os arco-íris
Vai seguir nos dando Terão cores?
O fruto, a folha E os passarinhos
O caule e a raiz? Vão poder voar?
Será que a vida
Acaba encontrando Será que a terra
Um jeito bom Vai seguir nos dando
De a gente ser feliz? O fruto, a folha
O caule e a raiz?
Vamos ter que cuidar Será que a vida
Bem desse país Acaba encontrando
Vamos ter que cuidar Um jeito bom
Bem desse país Da gente ser feliz?
124
As prefeituras têm um papel muito importante nesse cenário, prin-
cipalmente na questão do lixo (um destino adequado) e das ações de
saúde e educação para a população ressignificar o meio em que vive,
protegendo sua fauna e flora.
A cidade de Arapiraca, nos últimos anos, vem desenvolvendo um tra-
balho de preservação dos ambientes naturais que ainda existem na cida-
de e em seu entorno, através do mapeamento das zonas de risco para a
criação de possíveis alternativas, a fim de revitalizar riachos, rios, matas
ciliares e vegetação nativa.
Ao retomarmos a formação de nossa cidade, podemos observar que
ela se desenvolveu através de uma árvore – símbolo de resistência e
progresso. Nesse sentido, os órgãos públicos têm a responsabilidade de
desenvolver uma educação sustentável, por meio de contínuas atividades
de conscientização e preservação, com campanhas, projetos escolares,
entre secretarias e instituições privadas.
Escola Benjamin Felisberto – Projeto Saúde que vem da terra
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
125
A Escola Benjamin Felisberto, no Povoado Gruta D’água, em Arapira-
ca, desenvolve o Projeto Saúde que vem da terra e Farmácia Viva – inicia-
tivas que buscam cultivar matéria-prima para a produção de medicamen-
tos caseiros e a reutilização da sobra de alimentos para a alimentação de
galinhas e estrumo.
Cuidar dos recursos naturais é temática importantíssima, pois, por
meio desse cuidado, podemos salvaguardar os espaços naturais de nossa
cidade, tão indispensáveis para nossa sobrevivência. No entanto, muitos
problemas são encontrados, como o acelerado crescimento da cidade que
provoca: ocupação de rios e mananciais, esgotamento parcial dos recur-
sos hídricos, lançamento de dejetos e esgotos em riachos e lagoas, por
exemplo.
O trabalho com a preservação do meio ambiente deve ser continuo
em todos os aspectos, no processo de arborização da cidade, nascentes
de rios e riachos, lagoas, criação de cinturões verdes no centro urbano,
coleta seletiva, conforme afirma o Plano de Ação da Agenda 21 de Ara-
piraca.
Em nossa cidade, a Lei 2.221/200, institui o Código Municipal do Meio
Ambiente. Destaca nos Artigos:
4º a política municipal de meio ambiente será traduzida em planos,
programas e projetos conduzida para um conjunto de instituições articu-
ladas no sistema municipal do meio ambiente e lançará mão de instru-
mentos de gestão ambiental;
5º o meio ambiente é bem de uso comum do povo e de interesse co-
mum a todos;
6º todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado
que permita a evolução e o desenvolvimento do homem e dos outros se-
res vivos.
126
Antes: animais e vegetais do lugar Agora: animais e vegetais do lugar
127
3. No mapa de Arapiraca, identifique seu bairro ou comunidade; em se-
guida, escreva o porquê de ele ter recebido esse nome.
http://dados.al.gov.br/vi/dataset/b5aae6f6-e060-4072-91e7-20bfa4f98f43/resource/f7b6b4cf-bd-
09-4800-b5e6-b9e8b72f05d2/download/arapiraca.png
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caça
As palavras deste caça palavras estão escondidas na horizontal e vertical, sem palavras ao contrário
S A G T R E O H E K O V I A S O R S
E N I F L O T H I A N T A C M E U H
S U Z R S L R T R T D P I G O N V F
W S S U T N S A T H E A R E N T L F
D E R T S M O B E S N F S T S T A D
A T R O E R M E H H A R M O E O Z I
N I I S D K B L I H U A D Q E B E G
O G O F L O R E S T H B E H O R R P
N I P R O E A Z E W E R R E E R T E
S O X I G E N A Ç Ã O P T O A L N E
E I Y P I T Y A E I E T A B S T E A
O N I L F O L N O E E A O E R E A O
129
7. Como esses elementos naturais estão sendo tratados no lugar onde
você mora? Preencha o quadro abaixo:
130
Você sabia que muitos lugares (povoados, sítios, bairros
e comunidades) de Arapiraca foram nomeados com elemen-
tos da fauna ou flora que predominavam naqueles lugares.
Observe no quadro abaixo:
131
Guaribas Pau D’arco
Bálsamo Batingas
Canafístula Mulungu
132
Pense! Seu lugar tem nomes de animais ou vegetais da
região? Faça um lindo cartão com esse animal ou vegetal para
apresentar na sala de aula.
133
Anotações
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Anotações
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“Na terra dos marechais, um clube esportivo se destaca.
Pelo valor de seus craques, o ASA DE ARAPIRACA.”
O direito ao lazer
E AÍ, AMIGUINHO, O QUE VOCÊ
ENTENDE POR LAZER?
VAMOS CONCEBÊ-LO COMO UM
ESTADO DE ESPÍRITO EM QUE O
SER HUMANO SE DEIXA LEVAR
SEM PREOCUPAÇÕES COM O
TRABALHO, COM O TEMPO, E
DEDICA-SE APENAS À DIVERSÃO,
AO ENTRETENIMENTO E À
ALEGRIA.
QUAIS AS OPÇÕES DE LAZER
QUE HÁ EM NOSSA CIDADE?
VAMOS CONHECÊ-LAS?
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
138
A cidade de Arapiraca, no coração alagoano, oferece à população
um conjunto de espaços de lazer, principalmente no Centro da cidade.
Os destinos mais frequentados pelos moradores são praças, corredores
verdes, bosques, nos finais de semana, principalmente. No decorrer da
semana, esses espaços são usados para práticas esportivas, lúdicas e
ambientes de aprendizagem também. Apesar de não ser uma cidade li-
torânea, Arapiraca carrega a marca de ser uma cidade ativa e cheia de
diversão e lazer.
Fonte: www.minutoarapiraca.cadaminuto.com.br
139
No entanto, para tornar-se direito, os trabalhadores lutaram bastante.
Desde o século XIX, já havia a preocupação, por parte de alguns empre-
gadores, em ofertar lazer e descanso aos trabalhadores. Os artigos 23 e
24 da Declaração Universal dos Direitos do Homem apresentam o direito
de o trabalhador não ser sobrecarregado, conservando as horas limitadas
de trabalho e as férias remuneradas. Além disso, o tempo de descanso,
as licenças remuneradas e outros direitos também são mencionados.
É importante salvaguardar a saúde física e mental dos trabalhadores,
pois isso ajuda na produtividade. Esse pensamento faz que grande parte
das empresas invistam no bem-estar de seus funcionários, promovendo
momentos de relaxamento, com atividades físicas, aulas de ioga, espaço
para descanso após refeições etc.
Nesse sentido, devemos compreender o lazer como uma ferramenta
de paz de espírito, alegria, felicidade – tão imprescindível para o homem
do século XXI. O lazer deve estar no topo da pirâmide dos princípios le-
gais, e cabe ao Poder Público ofertar isso à sociedade, garantindo o prin-
cípio da Dignidade da pessoa humana – tal obrigatoriedade está marcada
tanto na Declaração da Organização das Nações Unidas quanto na Cons-
tituição brasileira de 1988.
140
Eleanor Roosevelt segurando cartaz com a DUDH
Fonte: www.historiadigital.org
141
BRINCADEIRAS DA ATUALIDADE
Regras: __________________________________________________
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142
4. Como a população deve cuidar dos espaços públicos de lazer? Você
conhece alguns desses espaços em seu município? Comente como es-
ses equipamentos públicos são cuidados e qual é a importância deles
para a região.
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Praças e lugares comuns da cidade
Arapiraca é uma terra cheia de encantos. Por ter sido cenário de
muitas histórias, de uma luta intensa em prol da emancipação, seu povo
precisa de espaços de acolhimento e diversão. A partir do processo de
desenvolvimento, ocorrido na segunda metade do século XX, Arapiraca
vem criando lugares para eventos culturais, restaurando praças, museus
e todo tipo de construção que promova interação entre o seu povo e di-
vertimento.
Área Verde Dom Constantino
144
para uso de transeuntes, que fazem piqueniques, participam de rodas
de poesia, de leitura, de música, além da oferta de serviços de saúde e
assistência social.
Tenda Cultural da Praça Luiz Pereira Lima
145
Além disso, outras praças apresentam campos de futebol para uso
da comunidade. Jovens adolescentes reúnem-se diariamente e jogam
peladas, participam de exercícios físicos funcionais, fazem corridas e ca-
minhadas, mostrando uma Arapiraca, cada vez mais, viva e saudável.
Fonte: tribunadosertao.com
146
2. As praças, os parques e outros espaços de lazer de uma cidade só são
agradáveis se a sociedade também fizer sua parte. Que atitudes da
população você acredita que fazem que esses espaços sejam conser-
vados?
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Turismo arapiraquense
De modo amplo, Arapiraca oferece dois tipos de turismo: o de pas-
seio, visitação da cidade; e o de negócios, tornando a cidade atrativa,
agradável e rota obrigatória em Alagoas.
147
Totem Eu amo Arapiraca, inaugurado na Gestão do Prefeito Rogério Teófilo
148
Desse modo, o setor de hotelaria da cidade de Arapiraca vem cres-
cendo, com a inauguração de redes de hotéis, até mesmo internacionais,
e investindo em novos serviços.
Hotel Ibis, no Centro de Arapiraca
149
de coalho, tapioca, pamonha, arroz doce e de tempero – disputam espa-
ço com culinária japonesa, chinesa, além dos fast food. Recentemente,
inaugurou-se na cidade um Food truck, espaço com várias lanchonetes
e restaurantes, oferecendo os mais diversos serviços de culinária, como
canudinhos doces e salgados, sanduíches, doces e cervejas artesanais.
Outro setor turístico de crescimento é o turismo de visitação. Arapi-
raca, nos últimos anos, vem investindo em áreas verdes, preservando os
recursos hídricos e oferecendo à população e aos seus visitantes espaços
de interação social e divertimento. Além disso, há um forte investimento
no artesanato e nas outras produções locais.
150
Massaranduba; e ainda o turismo de experiência, em que visitantes rea-
lizam passeio a cavalo, passeio no campo, visita à árvore que deu origem
ao nome da cidade, almoço, apresentação cultural, visita a uma reserva
ecológica com nascentes, caminhada e sessão de silvoterapia.
Turismo religioso
151
2. Vamos representar os artesanatos locais? Desenhe de modo que os
colegas identifiquem os objetos artísticos fabricados.
152
Um evento que vem ganhando grande repercussão entre
os jovens arapiraquenses é o Rock City Arapiraca.
A música é uma paixão entre arapiraquenses de todas as
gerações que não deixam de prestigiar os artistas da terra
porque também acreditam que valorizar a arte local significa
incentivar que mais artistas surjam e enriqueçam o repertório
musical do interior de Alagoas. Assim, o Rock City Arapiraca
investe em bandas nacionais e também faz questão da par-
ticipação de bandas locais, de todas as tribos: reggae, dance,
rock hard core, rock clássico.
Bandas como Casa da Mata, Terapia – arapiraquenses – já
fizeram performances no Arapiraca Rock City.
Fonte: asadearapiraca.com.br
153
O ASA surgiu em 1951, quando a cidade tinha apenas 26 anos de
emancipação. O engenheiro Camilo Colier deu início às obras da estrada
de ferro, facilitando o comércio dos feirantes, que viajavam bastante para
a cidade de Palmeira dos Índios. As obras caminhavam bem, no entanto
um problema surgiu: o desgaste físico, pelo intenso trabalho, fez que os
funcionários da ferrovia questionassem a empresa em prol de um atra-
tivo, uma diversão. Desse modo, fora criado um time de várzea para a
diversão nos finais de semana e dias em que não houvesse expediente
na construção. Assim, nas cores preta e branca, foi criado o time O Fer-
roviário.
Os jogos eram disputados ao lado da estação, tornando os domingos
cada vez mais movimentados, visto que, naquela época, o time era a
única via de distração que os arapiraquenses possuíam, e assisti-lo era,
religiosamente, obrigação de toda a população.
A diversão estava boa, mas a construção da estrada de ferro estava
terminando. Os funcionários retornariam para suas cidades de origem e,
com isso, o time também. No entanto, para solucionar esse problema,
alguns empresários e autoridades se reuniram para dar um fim às ocio-
sas tardes de domingo. Foi quando, no dia 25 de setembro de 1952, o
empreendedor Antônio Rocha criou a Associação Sportiva de Arapiraca, o
ASA, tornando-se o primeiro presidente.
Antigo time do ASA de Arapiraca
154
Herdando as cores do antigo Ferroviário, o ASA estreou no Campe-
onato Alagoano de Futebol Profissional em 1953, e, logo na estreia, a
equipe chegou à final do estadual e, por desistência do clube da capital,
que se recusou a disputar a finalíssima, o time de Arapiraca sagrou-se
vencedor daquela competição e recebeu a alcunha de ser “o time que já
nasceu campeão!”.
Durante as décadas de 60 e 80, o ASA passou a ser conhecido, tam-
bém, pelo apelido de Fantasma das Alagoas, em razão das excursões
feitas pela equipe arapiraquense pelo Nordeste, vencendo equipes já tra-
dicionais do cenário nacional, “aterrorizando” torcidas e sempre balan-
çando as redes dos adversários com os craques da “Sportiva”.
Tamanho foi o seu êxito, que, em 1979, o ASA foi um dos times de
maior destaque no Campeonato Brasileiro, ficando conhecido nacional-
mente pelo seu estrelismo. A equipe avançou para a segunda fase da
competição, com cinco vitórias consecutivas em sua campanha pelo tor-
neio nacional.
Atualmente, o time de Arapiraca não vive um bom momento dentro
das quatro linhas. No entanto, a gestão municipal busca meios para fa-
zer que o ASA possa reerguer-se e continuar mostrando ao povo a sua
identidade, seu brio e sua galhardia, que fez dele um marco e o levou aos
píncaros da glória, marcando seu nome nas páginas da história da terra
de Manoel André.
Lançamento do Projeto Ser Atleta ASA Olímpico De acordo com o
site do ASA, na men-
te dos brasileiros, o
nome do ASA está di-
retamente associado a
valores fundamentais
para o sucesso: admi-
nistração profissional,
inovação constante e
planejamento de qua-
lidade.
Fonte: Prefeitura Municipal de Arapiraca
155
As conquistas dentro de campo e os inúmeros resultados conquista-
dos pelo ASA tornam do estádio Coaracy da Mata Fonseca um Caldeirão
imbatível, aumentando ainda mais o elo entre o clube e sua apaixonada
torcida.
HINO DE ARAPIRACA
156
1. Você pratica alguma atividade física?
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4. Faça uma homenagem ao ASA a partir de um breve acróstico.
A ________________________________________________________
S ________________________________________________________
A ________________________________________________________
6. Você já foi ao Estádio Coaracy da Mata Fonseca? Como foi essa expe-
riência?
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Vamos fazer um quadro de evolução do ASA de Arapiraca?
Pesquise quais foram os títulos que o time já ganhou e qual
a relevância de cada um.
Coloque-os em ordem cronológica e exponha na sua sala
de aula.
159
Anotações
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Anotações
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ARAPIRACA EM ACRÓSTICO
164
Casa da Cultura de Arapiraca-AL
165
O Brasil TEM NA COMPOSIÇÃO DE SEU POVO uma grande diversidade
étnica. A população é composta essencialmente por três principais gru-
pos étnicos: o indígena, o branco e o negro. Os indígenas constituem a
população nativa do país, os portugueses foram os povos colonizadores
da nação, e os negros africanos foram trazidos para o trabalho escravo.
Apresentação de capoeira no Centro da cidade de Arapiraca
166
Essa grande diversidade entre essas regiões promoveu a miscigena-
ção nesses locais, e há um grande fluxo migratório entre essas partes
do Brasil
A miscigenação relaciona-se com o fluxo migratório por suas inúme-
ras causas (fenômenos naturais, questões políticas, religiosas e econô-
micas). Esse processo influencia a cultura e a concepção de cidadania
de cada lugar, cidade e ou região, a partir da formação de grupos éticos
predominantes, com seus costumes, culinária, vestes, crenças, hábitos,
valores morais etc.
A história de cada cidade traz em si a influência cultural do grupo ét-
nico que a constitui.
Desenho que
Palavras Significado
representa
desconhecidas das palavras
a palavra
167
A qual dos três principais grupos étnicos do Brasil você
pertence? Marque no desenho abaixo e faça um comentário:
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_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
168
Arapiraca: uma trajetória de luta e cidadania
Sabemos que o ser humano é altamente dependente, e, por isso,
precisa viver em grupo; e, como disse o filosofo Aristóteles, “o homem é
um animal político”. Nesse sentido, é o único animal capaz de usar a fala
para expressar a compreensão e fazer-se entender. Como também tem
consciência do bem e do mal, da justiça e injustiça. Tudo isso ele adquire
em sociedade, vivendo em grupo, cidade, comunidade etc.
A família nesse cenário ocupa um papel fundamental para o desen-
volvimento do ser biológico e social, que posteriormente se estende a
responsabilidade para a escola. O primeiro grupo social a que o ser hu-
mano pertence é a família. É um modelo onde todos têm objetivos co-
muns e formam uma unidade.
Reportando-nos a Arapiraca, a primeira célula familiar que desbravou
e iniciou um processo de povoamento da nossa região foi composta por
Manoel André, sua esposa Maria Valente e seus filhos, que aqui chega-
ram provenientes de outra região carregando sua cultura, fé e possibili-
dades econômicas para desenvolver um processo de ocupação, nomean-
do a sombra da árvore arapiraca como sua “casa temporária“.
O ambiente, inicialmente ocupado, deu origem ao Centro da cidade
(hoje Praça Manoel André), que posteriormente se expandiu para as áreas
chamadas de sítios, Alto do Cruzeiro
povoados e comuni-
dades nos arredores
do ponto de povoa-
mento inicial.
Nesse movimen-
to, deu-se o desma-
tamento das áreas
para a plantação de
fumo, principal cul-
tura para o desen-
volvimento da re- Fonte: www.historiadealagoas.com.br/historia-de-arapiraca
gião.
169
Fábrica de fumo – processo de selagem do fumo em corda
Fonte: www.historiadealagoas.com.br/historia-de-arapiraca
Feira de Arapiraca
Fonte: www.historiadealagoas.com.br/historia-de-arapiraca
170
Podemos observar que Arapiraca, como todos os municípios, divide-
-se em duas grandes áreas de desenvolvimento: espaço urbano e espaço
rural. Nesse cenário, existe o desenvolvimento de atividades relacionadas
ao espaço geográfico de ocupação: extrativismo, agropecuária, comércio
e indústria.
Arapiraca hoje é considerada Região Metropolitana do Agreste Ala-
goano, considerando população, emprego, indústrias, serviços e outros.
Mas é importante destacar que, no início de seu desenvolvimento, muitas
pessoas participaram com seu trabalho, seu suor e suas lágrimas, para
que hoje a cidade seja considerada importante em todo território Na-
cional.
A feira de Arapiraca ficou conhecida em todo Nordeste como polo de
atração de feirantes e pessoas de cidades circunvizinhas que vendiam e
compravam uma enorme variedade de produtos, como também aprovei-
tavam para ir ao cinema, para namorar, fazer negócios e divertir-se. Hoje
essa feira ficou mais restrita, mesmo assim ainda movimenta o comércio
de Arapiraca no dia de segunda-feira.
Na segunda-feira, na Tenda Cultural que fica na Praça da Prefeitura,
apresentam-se artistas da terra. Eles cantam, dançam e expressam-se
Coco de roda do Mestre Nelson Rosa corporalmente. Esse
ambiente torna-se
um “teatro na pra-
ça”, atraindo público
de várias idades e lu-
gares.
Uma das lindas
apresentações é o
coco de roda idea-
lizado pelo Mestre
Nelson Rosa (em Me-
mória).
Fonte: https://www.google.com/search?q=site+oficial+prefeitura+de+arapiraca:
171
1. Faça dois desenhos no quadro abaixo. O primeiro que represente a
família do primeiro morador de Arapiraca e o segundo da sua família.
Capriche!
172
3. No lugar em que você mora, há alguma manifestação cultural predo-
minante? Faça um breve relato.
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Pesquise Responda
173
Você sabia que o povo arapiraquense tem um histórico
de luta e resiliência e que o papel da mulher nesse cenário
foi crucial?
Conheça o texto de Lucicleide da Silva, professora, po-
eta, escritora da cidade de Arapiraca, em que se destaca
o papel da mulher em nossa sociedade, por meio do texto
“Maria, Maria”, de 2012.
Maria, Maria
Lucicleide da Silva (2012)
174
Maria, Maria de opinião forte politicamente definida,
partidária em um tempo, dito duro, pela ditadura que não
impede Maria política, Maria que grita é João, é Agripino, é
Gino...
Maria VOVÓ, das histórias, do guerreiro animado, da
reza forte, da procissão, da comunhão, da oração e da
emoção...
Maria me deste, Maria! Que me faz Maria sem nomea-
ção, mas por herança, respeito e admiração.
175
Relação de Mulheres Arapiraquenses de Destaque:
• Maria Izabel da Silva Valente: esposa de Manoel An-
dré, primeira desbravadora e agricultora de Arapiraca;
• Maria Evangelista: “a mão da caridade de Arapiraca”,
costureira e comerciante;
• Izabel Torres de Oliveira: Professora Bezinha, ideali-
zadora da bandeira de Arapiraca, primeira mulher a passar
no concurso de juiz, empresária – Centro Educacional Ar-
canjo Michael;
• Maria Cleonice: Professora - empresária – Colégio
Rosa Mística;
• D. Maria do cartório: Respeitada escrivã;
• Maria das Neves: Educadora precursora do ativismo
feminino;
• Maria José da Silva - D. Marizete: Primeira mulher
corretora de imóveis de Arapiraca participou de eleições
para vereadora e Deputada Estadual;
• Maria Aparecida: Vereadora, idealizadora do clube
das mães de Arapiraca;
• Deusdete Barbosa: Diretora da FUNESA – atual UNE-
AL;
• Dona Paula: Movimentos filantrópicos;
• Ceci Cunha: Médica, vereadora, deputada federal;
• Célia Rocha: Primeira prefeita de Arapiraca, médica,
deputada federal;
• Carla Emanuela: Presidente da Academia de Letras e
Artes de Arapiraca- ACALA.
176
São algumas das tantas e importantes mulheres valen-
tes que enobrecem com suas histórias de luta e dedicação
que estão nos lares, na educação, na cultura, na música,
na dança, na pintura, nas igrejas, nos hospitais, no campo,
no parlamento, na justiça, no administrativo, nas empresas
e nos outros campos de atuação. E continuam contribuindo
para o desenvolvimento de Arapiraca. Essas valentes mu-
lheres continuam sendo inspiração para luta e cidadania de
todos os arapiraquenses.
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Este canto de trabalho entrou em decadência com a chegada de
multinacionais na região fumageira, com seus enormes armazéns, não
permitindo mais essas cantigas (cantos), por considerar uma forma de
distração do trabalho. Porém, atualmente, tem sido resgatado por histo-
riadores e mestres folcloristas que intitularam esses cantos (cantiga das
destaladeiras de fumo) como uma das riquezas culturais de Arapiraca.
Vamos conhecer um pouco das cantigas produzidas pelas destaladei-
ras de fumo?
Quando o município tinha cerca de duas décadas de emancipado, os
cantos de trabalho dominaram “os currais de fumo” (campos agrícolas)
no Agreste. Isso por volta de 1940.
As destaladeiras enalteciam em seus cantos o improviso dos embola-
dores e as quartas dos violeiros e cordelistas, que usavam 4 versos para
dividir seus atos.
Assim surgiu o fenômeno do canto das destaladeiras de fumo de Ara-
piraca, que geralmente colocavam nas letras os assuntos do cotidiano.
O som que ecoava nos salões de fumo falava de paixão, ódio, sar-
casmo, natureza, medo e esperança. Assim buscavam ânimo para ho-
ras e horas sentadas, envolvidas com o cheiro do talo de fumo, num
movimento frenético das mãos, ao destalar das folhas de fumo verde,
colocando-as sobrepostas formando molhos de fumo. No mesmo cenário,
para evitar a embriaguês por conta do cheiro forte, elas chupavam balas
doces, bananolas (doce típico da região, feito com banana e açúcar) ou
rapadura (doce feito com o caldo da cana de açúcar em ponto sólido).
O Mestre Nelson Rosa, talentoso poeta popular e inspirado embo-
lador, foi líder do seu grupo folclórico por trinta anos. Homem simples,
apegado à terra onde nasceu cercado por seus familiares, no Povoado
Fernandes (enalteceu as Cantigas das destaladeiras de fumo, que foram
prestigiadas em muitos Estados do Brasil), coordenou, desde 1990, o
grupo das Destaladeiras de Fumo de Arapiraca, que reúne 10 senhoras
cantadeiras. Já se apresentou em São Paulo no ano de 2007 e fez parti-
cipações no CD Cantos de Trabalho, da Cia. Cabelo de Maria.
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Grupo de destaladeiras de fumo
Fonte: http://tvbrasil.ebc.com.br/
179
“ Menino, casa comigo
Que nós não morre de fome
Minha mãe tem uma porca véla
Quando ela matá nós come”
180
Merece destaque, nas cantigas das destaladeiras de fumo, a ausência
de verso contendo reclamações ou desprezo pelo trabalho, não há lamen-
tações nas cantigas da colheita de fumo. Por esse motivo, de acordo com
pesquisas, há um grande contentamento no ambiente onde elas execu-
tam a tarefa:
Os assuntos utilizados no auge dessas cantigas, nas décadas de 40 e
50, retratavam o meio ecológico da época: árvores, frutas, flores, pássa-
ros, açudes, que ainda não tinham sido devastados pelo homem, para dar
lugar à cultura do fumo, conforme registrado na pesquisa no site http://
ricardonezinho.com.br/cantigas-das-destaladeiras-de-fumo-de-arapira-
ca/.
181
das Leis”, destacando que, para governar de maneira equilibrada, seria
necessário dividir o poder em três, que são eles: o Poder Legislativo, o
Poder Judiciário e o Poder Executivo. Cada poder com suas atribuições
e espaços de atuação bem definido, mas todos com o mesmo ideário, a
democracia: o poder que emana do povo.
Segundo a divisão de poderes, o Poder Executivo é aquele que execu-
ta a lei nas três esferas de poder: Federal, Estadual e Municipal.
Poder Executivo
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Rogério Auto Teófilo – atual prefeito de Arapiraca
O representante do poder
executivo municipal tem a fun-
ção de chefe político com atri-
buições administrativas. Tem
nesse sentido o dever e respon-
sabilidade de gerenciar as ne-
cessidades públicas, zelando e
administrando com base na de-
mocracia e garantido os direitos
e o bem-estar social do povo
que o escolheu para represen-
tá-lo.
Fonte: www.arapiraca.al.gov.br
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Benefício que trouxe
Prefeito(a)
para a cidade
Poder Legislativo
184
Poder Judiciário
Fonte: www.tribunahoje.com
Percebemos que os
três poderes são autôno-
mos, mas, ao mesmo tem-
po, estão interligados pelo
objetivo de atuar para o
bem comum da população
na garantia dos direitos e
deveres, da cidadania e da
democracia.
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1. Quais são os poderes constituídos que representam as esferas Federal,
Estadual e Municipal?
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4. Se você fosse o Prefeito, quais benefícios faria para nossa cidade?
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Os nossos direitos:
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Ilustração: Eduardo Rosberg
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2. Realize uma pesquisa sobre sua Escola e descubra as informações so-
licitadas no quadro:
Quais os nomes
Quantos Qual o
Qual o nome da do Diretor(a) e
alunos há na sua endereço de sua
sua Escola? Coordenador(a)
escola? escola?
Pedagógico?
3. Faça uma lista com os direitos e deveres que você imagina importantes
para conviver em harmonia na escola, na rua, em sociedade.
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4. Vamos fazer uma colagem bem bonita com pedacinhos de papel (res-
peitando as cores) nos símbolos de nossa cidade.
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Anotações
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Anotações
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Anotações
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Referências bibliográficas