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Resistência
Dificuldade oferecida pelo condutor a passagem da corrente elétrica. Quanto maior a
resistência, maior será o calor gerado pelo maior atrito entre os átomos. A unidade de medida
é ohm (Ω). A resistência gera trabalho devido ao atrito imposto. Este atrito gera calor e quando
isto ocorre chamamos de efeito joule. Portanto, o trabalho imposto pode ser quantificado em
joule (J), mas como estamos falando de tecido biológico, a resistência oferecida por estes
tecidos é mensurada em milijoule (mJ)3.
A figura da lâmpada ao lado representa muito bem a resistência e o trabalho gerado pela passagem da
corrente elétrica. O filamento de tungstênio no interior da lâmpada superaquece devido ao elevado atrito dos
elétrons passando por este material. O calor gerando é tão intenso que permite a emissão de feixes luminosos.
Frequência
É uma característica dependente do tempo e é mensurada em Hertz (Hz). Ela refere-se à frequência
com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes durante um segundo. Como descrito
anteriormente, podemos notar que as correntes terapêuticas são classificadas de acordo com sua faixa de
frequência4.
1 segundo
Largura de Pulso
Corresponde ao tempo de passagem dos elétrons nos tecidos. Mensurado em milisegundos (ms) ou
microssegundos (µs). Existe um conceito importante relacionado à largura de pulso, que é a cronaxia. Este
termo corresponde à largura de pulso mínima capaz de evocar a estimulação de nervos, ou seja, só haverá
potencial de ação se a largura de pulso da corrente aplicada for igual ou superior ao mínimo necessário para
desencadear o estímulo5.
Duração do pulso
Intervalo interpulso
No exemplo 1 não há intervalo, mas no exemplo 2 há. Percebam que quanto maior for a distância do
intervalo, menos pulso teremos.
Exemplo 1 Intervalo interpulso
Exemplo 2
Intensidade
Corresponde a quantidade de elétrons que passa por um condutor. Isto depende da largura e da
amplitude do pulso. A quantidade do fluxo de elétrons ou intensidade da corrente corresponde a área sob o pulso
elétrico. A intensidade é mensurada em ampere (A). Entretanto, como estamos falando de tecidos biológicos,
utilizaremos miliamperagem (mA) ou microamperagem (µA)3.
Verifiquem que no exemplo 1 a área sob o pulso é menor quando comparado a área sob o pulso do
exemplo 2. Isto significa que houve aumento da intensidade.
Exemplo 1 Exemplo 2
Formato do Pulso
A carga de cada fase pode variar, gerando formato de onda distinto para cada corrente.
Onda retangular:
• Tempo de subida e descida instantâneo
Onda triangular:
• Tempo de subida e descida gradual
Onda trapezoidal:
• Tempo de subida e descida gradual com tempo de sustentação
Onda quadrada:
• Tempo de subida e descida instantâneo.
Onda senoidal:
• Tempo de subida e descida gradual.
mA Altura do pulso =
amplitude
mS
a) Corrente Contínua:
Quando a corrente é unidirecional, ou seja, seus elétrons se deslocam
numa única direção (isto ocorre quando um gerador pode manter os extremos de
um circuito carregados negativo e outro positivo) seu gráfico possui apenas uma
fase e possui efeitos polares.
b) Corrente Alternada:
Quando a corrente é bidirecional, ou seja, seus elétrons ora se deslocam
numa direção ora em outra (isto acontece quando um gerador de corrente
alternada origina uma troca contínua de polaridade nos extremos de um circuito),
seu gráfico possui duas fases (positiva e negativa) e não possui efeitos polares.
Já as correntes alternadas possuem mais características além das que já foram descritas para as
correntes diretas. A principal diferença entre ambas é que a alternada possui a fase negativa:
Ao compararmos a fase (+) com a (-) podemos verificar se as mesmas são simétricas ou não.
simétrico assimétrico
Outra possibilidade de análise nas correntes alternadas é o balanceamento das correntes, ou seja, a
alturas das fases (+) e (-).
balanceado
desbalanceado
FORMA DO PULSO
Referências bibliográficas:
1. Basford JR. A historical perspective of the popular use of electric and magnetic therapy. Archives of
Physical Medicine and Rehabilitation 2001; 82: 1261–1269.
2. Bussel B. History of electrical stimulation in rehabilitation medicine. Ann Phys Rehabil Med 2015; 58: 198–
200.
3. Robertson V. Eletroterapia Explicada: Princípios e Prática. 4°. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
4. Karen W. Hayes Roger M. Nelson Dean P. Currier. Eleteroterapia Clínica. Barueri: Manole, 2003.
5. Kitchen S. Eletroterapia - Prática Baseada em Evidências. 11°. Barueri: Manole, 2003.