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Aula 09
ELETROTERAPIA
BASES E CONCEITOS ------------------------------------------------------------------------------------
A aplicação da corrente elétrica com fins terapêuticos em geral e especialmente para
combater a dor oferece uma história muito extensa, a qual nos deteremos em algumas delas. Já na
antiguidade, Egito, 2740 a.C., descargas de peixes elétricos foram utilizadas com finalidade
terapêutica.
Galen (130 a.C.) recomendava como agente calmante da dor o choque produzido por uma
espécie de peixe elétrico que vive no Mediterrâneo. As descargas elétricas proporcionadas por este
peixe ocorrem numa tensão de 100-150V. Scribonius Largus (46 a.C.) também relacionou o uso da
estimulação elétrica para o tratamento da dor, especialmente ao avaliar os efeitos benéficos dos
peixes elétricos no manejo da dor provocada pela gota. Pode-se dizer que o primeiro protocolo de
eletroterapia pertence a ele: “para todo tipo de gota se deve colocar um peixe elétrico sob o pé do
paciente”.
A estimulação elétrica é comumente usada na Fisioterapia para tratar condições
neuromusculares, incrementar a circulação local, cura tecidual, diminuição de dor e aumento da
amplitude de movimento.
A eletricidade é o movimento ou fluxo de partículas carregadas como es elétrons ou íons de
uma lugar para outro, constituindo a corrente elétrica. Em metais, a eletricidade é conduzida pelo
fluxo de elétrons em soluções, a eletricidade é conduzida por fluxo de íons. O aumento da corrente
elétrica depende do número de elétrons ou íons, passando por um ponto numa unidade de tempo.
A unidade de medida da corrente é o ampère (A), mais frequentemente em Fisioterapia é utilizado
o miliampere (mA) ou o microampère (µA).
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As formas de onda (pulso) mais comuns são: triangular, quadrática, senoidal e contínua. Quanto à
natureza, as ondas podem ser monofásicas (efeitos polares) ou bifásicas (sem efeitos polares), e estas últimas
podem ser simétricas ou assimétricas.
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CORRENTE GALVÂNICA
GALVANOTERAPIA --------------------------------------------------------------------------------------
A corrente galvânica é uma corrente com fluxo constante de elétrons em uma só direção. O fluxo
da corrente não sofre interrupção nem varia sua intensidade na unidade de tempo. Chamada também
de corrente contínua (CC) ou corrente direta (CD), unidirecional ou corrente constante. É uma corrente
dita polar porque mantém definida a polaridade durante o tempo de aplicação, com ação a nível mais
superficial. Por definição, o estimulador de corrente direta contínua não tem pulsos e
consequentemente, não tem formas de onda ou parâmetros de pulso.
Período de fechamento do circuito (A) – é o tempo que transcorre desde que se fecha o circuito
até que chega a corrente à intensidade previamente estabelecida.
Período de estado (B) – é a permanência da intensidade durante todo o tempo da aplicação. É
conhecido também como período útil de tratamento, que corresponde ao tempo que está passando a
corrente elétrica com a intensidade pré-fixada.
Período de abertura do circuito (C) – é quando a intensidade da corrente, ao finalizar a sessão,
descende até zero de uma forma progressiva.
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Sua evolução histórica permite ser tratada como a mais antiga ser empregada como forma
terapêutica dentre os estímulos elétricos. Substâncias como sais, ácidos e bases, podem ser dissociadas
quimicamente quando submetidas a uma corrente de fluxo contínuo, sem mudança de polaridade e
superior às forças iônicas e moleculares (corrente galvânica). Este efeito é conhecido como eletrólise e
é o principal efeito da corrente galvânica, promovendo uma separação dos íons numa solução líquida.
Este fenômeno faz com que a matéria viva se comporte como um condutor.
Ao aplicar no organismo humano a corrente elétrica, teremos que realizar através da pele e com
dois eletrodos: ânodo (+) e cátodo (-). Polo positivo = cabo vermelho. Polo negativo = cabo preto.
Esta inter-relação entre os eletrodos e os íons deverá estar bem clara, pois podem gerar certa
confusão durante o tratamento.
Efeito Eletrofísico – neste caso, não ocorrem mudanças na configuração molecular dos íons,
como no efeito eletroquímico. Com a passagem da corrente galvânica, ocorre a migração de moléculas
carregadas eletricamente, para um dos polos, excitando principalmente os nervos periféricos onde o
sódio e potássio se movem através da membrana celular.
Efeitos Fisiológicos:
Efeitos Polares – são produzidos debaixo dos eletrodos. Consistem principalmente nas reações
que se produzem pela chegada e acúmulo de íons nesta região. Sob o eletrodo positivo são produzidos
ácidos com a liberação de oxigênio, ou seja, a reação neste eletrodo é ácida. No nível do polo negativo,
onde são atraídos o sódio e outros cátions similares, forma-se uma reação alcalina. Também, há
liberação de oxigênio e se produz a rejeição de íons negativos para o interior do organismo. Esta reação
se manifesta com vasodilatação e excitação nervosa.
Efeitos Interpolares – são aqueles que se produzem no interior do organismo, mais
precisamente no segmento orgânico interposto entre os polos, produzindo as seguintes ações:
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Ação sobre o sistema nervoso : um dos efeitos mais interessantes da corrente galvânica
sobre o sistema nervoso central, é conhecida como galvanonarcose. Esta ação foi demonstrada em
peixes e rãs que submetidos ao estímulo elétrico no seu meio aquático permaneciam imobilizados
quando recebia o estímulo elétrico na direção cabeça-cauda. Quando o estímulo elétrico era na direção
contrária, cauda-cabeça, havia a excitação do animal. Posteriormente este efeito foi descrito como
efeito descendente/ascendente. Na prática estes efeitos tem aplicabilidade em diversas situações, como
por exemplo, numa braquialgia em que se procura aliviar a dor (efeito sedativo) do membro superior.
Neste caso, o eletrodo positivo é colocado na região do trapézio e o negativo na palma da mão. Outra
situação com os eletrodos posicionados nestes mesmos locais, entretanto com a polaridade invertida é
utilizada na regeneração nervosa de uma lesão do plexo braquial.
Ação sobre os nervos sensitivos :a corrente galvânica, ao ser aplicada nos tecidos,
provoca inicialmente uma sensação de comichão. Conforme a intensidade vai aumentando, a
corrente produz uma sensação de formigamento. Continuando a aumentá-la, a sensação passa para
agulhada, queimação, ardência, dor e possível lesão.
Hiperemia Ativa:
A hiperemia acontece nos dois polos, sendo que, no polo negativo, a hiperemia é maior que
a do positivo. Os nervos vasomotores permanecem por várias horas hipersensibilizados, produzindo
reflexamente uma hiperemia ativa. Devido a hiperemia, haverá maior oxigenação tecidual, aumento
da irrigação sanguínea, aumento da defesa, maior aporte de nutrientes, íons e aumento do
metabolismo; facilitando a recuperação tecidual. O fluxo da corrente carrega líquido e bactérias do
polo positivo para o negativo, favorecendo o efeito bactericida e anti-inflamatório.
A hiperemia ocorre em três períodos:
- Primário: após um certo tempo de aplicação da corrente galvânica, a parte cutânea que fica
sob o eletrodo torna-se avermelhada (vasodilatação).
- Latente: é o momento em que a hiperemia desaparece.
- Retardado: é quando acontece o reaparecimento da hiperemia (ativa).
A hiperemia produzida pela corrente galvânica é uma característica da própria corrente, e
não de um polo, pois, tanto o polo positivo como o negativo produz hiperemia em maior ou menor
grau.
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Efeito Analgésico:
A corrente galvânica aumenta o limiar de excitabilidade das fibras nervosas sensitivas,
levando a uma diminuição dos estímulos dolorosos. Concomitante a isso, a corrente galvânica
produz analgesia pela diminuição da acidez e pela diminuição da pressão de lugares congestionados
(pequenos edemas), uma vez que acontece fuga de líquido do polo positivo para o negativo. Temos
também a diminuição do tônus das fibras nervosas simpáticas (condutoras da dor).
Eletrosmose:
A transferência de líquido de um polo para outro, acontece do polo positivo para o negativo,
conhecido como eletrosmose quando a corrente elétrica é o agente estimulador. Este efeito
favorece a reabsorção de edema ou a hidratação tecidual.
Efeito Especial:
A corrente galvânica produz a diminuição do limiar de excitabilidade das fibras nervosas
motoras, favorecendo sua função, ação e reação neuromuscular. As fibras nervosas motoras
reagirão com maior efetividade, elevando sua função principalmente nos casos de paresias e
atrofias.
Tempo de Aplicação:
O tempo de tratamento deve ser determinado pelos objetivos do tratamento e tamanho da
região. Normalmente, varia de 10 a 15 minutos.
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Formas de Aplicação:
A forma mais usual é a galvanização direta, quando se coloca dois eletrodos diretamente
sobre a área a tratar. Pelo seu poder eletrolítico, recomenda-se utilizar eletrodos metálicos,
revestidos de esponja bem umedecida. Sugerimos a constante umidificação das esponjas mesmo
durante a aplicação, para isto, pode-se utilizar uma seringa com água. Conforme os objetivos
propostos a galvanização poderá ser usada das seguintes formas:
Dosimetria – Intensidade:
Depende das sensações subjetivas referidas pelo paciente. A intensidade ideal é aquela que
produz apenas sensação de formigamento. Durante o tratamento o paciente deverá ser
questionado em relação às sensações percebidas, para que possamos manter a intensidade sempre
no formigamento. Se o paciente sentir agulhadas, ardência, queimação, dor ou desconforto, os
eletrodos podem estar apertados, colocados irregularmente à pele, parte metálica em contato
direto com a pele, má saturação ou intensidade elevada.
Efeitos Fisiológicos:
- Produção de calor (mínimo) 1 a 3ºC
- Eletrólise (dissociação de moléculas)
- Fenômeno do eletrotônus (altera a excitabilidade e condutibilidade do tecido tratado)
- Vasodilatação (aumento de 300 a 500% do fluxo)
- Aumento do metabolismo
- Aumento do aporte de oxigênio
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Efeitos Terapêuticos:
- Analgesia
- Estimulação nervosa
- Anti-inflamatório
- Iontoforese
Indicações:
- Processos inflamatórios
- Processos álgicos
- Estimulação da irrigação sanguínea
- Iontoforese
Contra Indicações:
- Quando o paciente apresenta vertigens durante o tratamento
- Pacientes mentalmente confusos
- Quando o paciente apresenta irritabilidade cutânea
- Marca passo
- Implantes metálicos no campo de aplicação
- Pele em mal estado ou com feridas
- Gravidez
- Tumores
- Alteração de sensibilidade
- Crianças e idosos
- Região precordial
- Gônadas
- Olhos
Atenção !
- O paciente deverá experimentar uma sensação de formigamento. Caso o paciente reclame
de ardência dolorosa ou qualquer outro tipo de incômodo ou, ainda, aparecer contração dolorosa,
deve-se diminuir a intensidade.
- Dosimetria : autores orientam que a dosagem ideal gire em torno de 0,5 a 20 mA/cm2 de
área do eletrodo.
- Cuidado com a proximidade dos aparelhos de ondas curtas, pois pode haver interferência.
- Eletrodos devem ser cobertos por esponjas, feltros ou algodão embebidos em água.
- Importante a identificação dos polos positivo e negativo, antes da terapia.
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IONTOFORESE --------------------------------------------------------------------------------------------
Podemos dizer que a iontoforese é uma aplicação especial da corrente unidirecional,
corrente galvânica, para introduzir um fármaco no organismo através da pele. Este processo
também é conhecido como administração transdérmica de medicamento estimulada pela corrente
elétrica de baixa intensidade.
Entretanto, vale lembrar que este método ocorre pelos efeitos polares da corrente
unidirecional, seja ela contínua ou pulsada, não sendo uma propriedade exclusiva da corrente
galvânica. Quando se estabelece um gradiente de potencial de corrente através da pele intacta, os
íons fluem pelos caminhos de menor resistência. Foram identificados vários trajetos porosos, como
as glândulas sudoríparas ou sebáceas e os folículos pilosos. Se depositarmos na esponja que reveste
o eletrodo uma substância medicamentosa, esta será repelida ou mantida na esponja, dependendo
da polaridade do eletrodo e da polaridade iônica do ativo do medicamento.
Atenção !
Vantagens da Iontoforese:
- Não apresenta agressões digestivas (diferente do medicamento administrado por via oral)
- Seu efeito é local
- Possível efeito geral (segundo o composto e a quantidade introduzida)
- Aplicação indolor : somente formigamento
- Permite tratamento de longa duração
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Desvantagens da Iontoforese:
- Não pode ser aplicado todo tipo de medicamento
- Não se sabe a dose exata que será aplicada
- Evitar medicamentos de potente efeito geral
Intensidade utilizada:
A intensidade deve ser em média de 0,15 mA/cm2. No caso da iontoforese a intensão é a
introdução da medicação via transdérmica e não de conseguir determinados efeitos galvânicos.
Indicações:
- Analgesia local
- Lesões inflamatórias locais
- Vasodilatador
- Vasoconstritor
- Relaxante muscular
- Neurotrófico local
- Cicatrizante
- Anti séptico
- Trombolítico
- Anti edematoso
Contra Indicações :
A contra indicação absoluta da iontoforese é a alergia ou intolerância ao medicamento a ser
aplicado. Existem cuidados que se devem tomar, especialmente quanto aos efeitos do
medicamento como>
Atenção !
O Fisioterapeuta, não pode esquecer que a iontoforese trata-se de um procedimento
medicamentoso, sendo necessário a prescrição médica, incluindo o nome do medicamento, sua
concentração e dosagem.
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Vademecum iontoforético:
Técnica de Aplicação:
É de extrema importância saber que para a introdução do medicamento via transdérmica
através da iontoforese, é necessário que sempre utilizemos substâncias eletrolíticas, já que é
necessário que estas substâncias esteja em forma de íons. A corrente elétrica somente será um
vetor de transporte.
Os medicamentos podem ser tanto soluções aquosas como cremes, gel ou pomadas; sendo
necessário que se dissociem em íons para que se produza uma penetração no organismo.
Uma vez conhecida a carga dos íons, seja positiva ou negativa, se colocará o medicamento
no eletrodo de mesma carga favorecendo sua introdução para o organismo. Uma vez conhecida a
polaridade denominaremos eletrodo ativo ao portador do medicamento e eletrodo indiferente ao
outro, geralmente de maior tamanho. A medicação sempre será colocada sob o eletrodo ativo, no
outro se colocará água.
Quando o fármaco estiver na forma líquida, se colocará em um material absorvente
(esponja, algodão ou gaze) que utilizamos como material intermediário entre o eletrodo metálico e
a pele, verificando que o contato seja uniforme para evitar concentrações de corrente (efeito
ponta).
Se o medicamento estiver em forma de creme, pomada ou gel, aplica-se diretamente sobre
a pele e cobre-se posteriormente com uma compressa úmida com água. Independentemente da
técnica que se vai empregar, devemos prestar muita atenção na pele do paciente. Antes de cada
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aplicação devemos limpar com álcool e levar com água morna a área onde serão colocados os
eletrodos, eliminando cremes ou gorduras.
Os eletrodos podem ser colocados tanto transversais, longitudinais ou sobre o mesmo plano,
pois neste processo somente interessa a administração dos íons medicamentosos.
Cuidados e Precauções:
- A precaução fundamental que devemos observar com frequência é evitar por todos os
meios a queimadura galvânica causada pelo excesso de intensidade em cada cm2. Somado a este
fator, o Fisioterapeuta deve estar atento para os seguintes itens:
- Certificar-se da polaridade dos eletrodos;
- Calibração dos equipamentos : medida real da intensidade;
- Evitar que se contraponha o efeito galvânico ao do medicamento;
- Não aplicar os eletrodos sobre na pele alterada, com feridas ou úlceras;
- Evitar que o campo elétrico incida a zona cardíaca ou importantes centros nervosos;
- Não aplicar sobre ou próximo de processos tumorais;
- Não aplicar sobre osteossíntese metálica e endopróteses metálicas;
- Não aplicar sobre tromboflebite ou varizes;
- Não aplicar sobre processos infecciosos locais;
- Nunca aplicar sobre proeminências ósseas (efeito ponta).
Recomenda-se que na primeira sessão, nos primeiros cinco minutos, observar o estado da
pele, pois a chamada erupção galvânica por hipersensibilidade à corrente pode aparecer nos
primeiros minutos. Geralmente as lesões químicas cutâneas se devem a passagem da corrente e
não ao medicamento. A reação mais perigosa é a alcalina sob o eletrodo que ocorre pelo acúmulo
de hidróxido de sódio que esclerosa os tecidos. No início se produz uma vermelhidão que, em
algumas horas pode converter-se em escara ou ulceração.
Não se recomenda apoiar o corpo sobre o eletrodo para adotar uma postura mais cômoda,
já que provoca isquemia e aumenta o perigo de lesões.
Como na iontoforese utiliza-se de compostos medicamentoso, pelo qual usa-se a corrente
elétrica para a sua administração, será conveniente ao Fisioterapeuta ter em mãos a prescrição
médico do fármaco.
Processo Agudo:
Logo após o trauma, inicia-se um processo agudo de inflamação reparadora, com suas
características de: calor, rubor, dor, edema e possível impotência funcional, produzidos por uma
vasodilatação exagerada que aporta nutrientes e elimina substâncias transformadas em dejetos
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Processo Crônico:
Consideremos que a lesão se cronifica, convertendo-se numa área de edema endurecido, em
estado de gel, envolvido entre uma rede de fibras de colágeno, pouco dolorosa, além de um certo nível de
impotência funcional. Isto implica que os vasos sanguíneos e linfáticos são comprimidos pela fibrose do
colágeno. O edema encontra-se endurecido devido a linfa estar deficitária de água e envolvida entre as
fibras de colágeno, em estado de gel devido ao baixo metabolismo ou como reação de defesa do
organismo frente um acúmulo de catabólitos coagulados e precipitados, os quais não podem eliminar-se
via dissolução no meio, assim como por vias linfáticas e/ou sanguíneas.
Aplica-se o cátodo(-) sobre a área com os objetivos de:
- Conseguir vasodilatação circulatória;
- Favorecer o intercâmbio de substâncias e eliminar o edema;
- Retirar da área os catabólitos (-);
- Aumentar a liquefação para que a área saia do estado de gel;
- Produzir reação alcalina, para mudar o pH local que era ácido;
- Estimular (irritar) as terminações nervosas da pele, para que o organismo manifeste uma
pequena reação inflamatória capaz de resolver a patologia cronificada;
- Que o calor produzido pelo galvanismo e as mudanças químicas também contribuam para a
vasodilatação;
- Que o calor e a agitação eletroquímica da área acelerem o movimento de choque entre os íons,
favorecendo os intercâmbios químicos e a dissolução das substâncias precipitadas ou coaguladas.
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