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Eletroterapia

CORRENTE GALVÂNICA
Histórico

 O Galvanismo é a forma mais velha de eletroterapia. Em


1786, Galvani observou pela primeira vez a contração dos
músculos da pata de uma rã sobre uma placa metálica
quando estalava uma centelha entre os eletrodos de uma
máquina elétrica de fricção. As experiências de Galvani
tiveram o duplo mérito de dar início ao estudo da
Eletrofisiologia e de demonstrar que um músculo se
contrai sempre que fica sujeito à influência de uma
diferença de potencial.
Definição

 É uma corrente contínua de fluxo de elétrons com

direção e intensidade constante e com efeitos polares.

 É também conhecida como corrente direta, corrente

constante, corrente contínua, corrente voltaica, corrente

unidirecional.
Representação Gráfica
Matéria viva / íons

 Para aplicação da corrente galvânica , devemos analisar

brevemente a composição da matéria viva que está formada

por células, tecidos e líquido com substâncias e elementos

químicos em forma de íons e moléculas em suspensão com

carga elétrica.
Eletroforese

 É sabido que no organismo humano, os íons (átomos com

carga elétrica) dispersam-se pelo meio e se associam com

outros próximos, devidos as cargas elétricas existentes

entre eles (atraindo-se, rejeitando-se e orientando-se).

Estes fenômenos recebem o nome de eletroforese, que é

necessário para produzir uma série de efeitos no

organismo, cumprindo leis metabólicas.


Ânodo e Cátodo

 Ao aplicar no organismo humano a corrente elétrica com a

corrente galvânica teremos que realizar através da pele e

com dois eletrodos:

 Pólo positivo chamado de Ânodo (+) – normalmente de cor

vermelha.

 Pólo negativo chamado de Cátodo (-) – normalmente de cor

preta.
Ânions e Cátions

 Os íons que são atraídos pelo ânodo (pólo positivo)

recebem o nome de ânions com carga (-)

 Os íons que são atraídos pelo cátodo (pólo negativo)

recebem o nome de cátions com carga (+)

OBS: Esta inter-relação entre os eletrodos e os ions deverá ser

bem clara, pois podem gerar certa confusão durante o

tratamento.
Eletroforese
Características dos pólos
Experimento de LeDuc
Experimento de LeDuc

 LeDuc utilizou uma corrente contínua em dois coelhos no

primeiro coelho foi colocado solução com estricnina (+) no

Ânodo (+). Este morre com os sintomas característicos ao

envenenamento por estricnina.

 No segundo coelho foi colocado solução de cianeto (-) no

Cátodo (-). Este morre por envenenamento por cianureto.

 Quando se inverteu a polaridade nada aconteceu.


Experimento de LeDuc

 Catodo (-) íon (-) = íon se introduz no organismo.

 Anodo (+) íon (+) = íon se introduz no organismo.

 Catodo (-) íon (+) = íon se mantém na esponja e pode

reacionar eletroliticamente com o eletrodo até perder sua


composição e propriedades iniciais.

 Anodo (+) íon (-) = íon se mantém na esponja e pode

reacionar eletroliticamente com 0 eletrodo até perder sua


composição e propriedades iniciais.
Iontoforese

 A iontoforese, é o uso de corrente contínua para aumentar a

administração transcutânea de substâncias ionizáveis.

Clinicamente, isto significa usar corrente para mover a

droga ou íon, terapeuticamente ativo, diretamente através

da pele.
Iontoforese

 Os íons do agente ativo são carreados para a pele, através

da repulsão contínua e movimentação do agente ativo por

onde haja caminhos, principalmente nos dutos das

glândulas sudoríparas, e em menor extensão, nos folículos

pilosos e nas glândulas sebáceas. Os efeitos podem ser

locais ou sistêmicos.
Iontoforese
Iontoforese
Iontoforese
Dosemetria - Intensidade

 Depende das sensações subjetivas referidas pelo paciente. A

intensidade ideal é aquela que produz apenas sensação de

formigamento.

 O paciente deve ser questionado se sentir agulhada,

ardência, queimação, dor ou desconforto (os eletrodos

podem estar mal posicionados).


Dosemetria - Intensidade

 A dose ideal gire em torno de 0,15 a 0,20 mA/cm² de área

do eletrodo

 EX: se o eletrodo tiver 50 cm², significa que terá uma dose

de 7,5 mA em todo eletrodo.

 Eletrodos devem ser cobertos por esponjas, feltros, ou

algodão embebidos em água ou íons medicamentosos.

 Tempo de aplicação gira em torno de 15-30 minutos.


Indicações

 Processos inflamatórios;

 Processos álgicos;

 Estimulação da irrigação sanguínea;

 Iontoforese.
Contra-indicações

 Quando o paciente apresenta vertigens durante o

tratamento;

 Quando o paciente apresenta irritabilidade cutânea;

 Marca-passo;

 Implantações metálicas no campo de aplicação;

 Locais com solução de continuidade.

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