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Guia

Boas vindas

Parte 1 – A alquimia

Aluno 1

Olá, sejam todos bem-vindos!


Eu sou um alquimista. A alquimia é uma prática filosófica, conhecida na antiguidade ou na idade média como ciência
mística. Tínhamos três principais objetivos: O primeiro, transcendência, descobrir o elixir da longa vida prolongava a
vida de quem o bebesse, o segundo, a medicina encontrar uma poção ou um metal que curaria todos os males e, o
terceiro, transmutação, encontrar a pedra filosofal que dava ao alquimista poderes, entre eles, o de transformar
metais menos nobres em ouro.

Aluno 2

Há quem diz que a alquimia surgiu no Egito antigo e foi usada no aperfeiçoamento de técnicas de embalsamento e
em várias experiências com metais, já outros afirmam que foi a China o berço da alquimia, com lendas que falam de
seu uso em 4500 a. C. Mas foi entre os séculos XIV e XVI que teve sua força máxima, desde o extremo oriente até a
Europa, nós, os alquimistas, começávamos a entender as substâncias ao nosso redor, mantínhamos anotações
secretas dos experimentos, escritos com códigos, símbolos misteriosos e metáforas para confundir os leitores indignos
e, trabalhávamos, muitas vezes, em porões e com utensílios domésticos como panelas e caldeirões. Quem não
entendia, começou a falar que estávamos praticando a bruxaria.

Aluno 3

Nesta época, acreditávamos que toda matéria era formada por quatro elementos: a terra, a água, o ar e o fogo. A
cada um deles, duas qualidades: quente ou frio e úmido ou seco. Como o corpo humano é parte de microcosmo, é um
microuniverso em si, enquanto matéria, o corpo também era formado pelos quatros elementos, assim, não era
estranho pensar que continha ouro no corpo humano, já que o ouro é encontrado na terra.
Um colega alquimista alemão, chamado Hanning Brand em 1669, teve a brilhante ideia de coletar urina para obter o
ouro. No porão de sua casa, reuniu 50 galões de urina e ferveu, para se livra da maior parte que é a água, no final,
restou um resíduo sólido, que não é ouro claro. Sem saber, ele tinha descoberto o primeiro elemento químico – o
fósforo.
Aluno 4

Há uma lenda muito conhecida, o alquimista francês Nicholas Flamel, teria conseguido obter a pedra filosofal e o elixir
da longa vida, começou a realizar muitas obras de caridade, como a construção de hospitais, igrejas, abrigos e
cemitérios e os decorar com pinturas e esculturas contendo símbolos alquímicos e muito ouro. Em março de 1418,
Flamel com mais de 80 anos e sua esposa faleceram, e sua casa foi saqueada por caçadores de tesouros. A lenda, no
entanto, conta que, na realidade, ambos, Flamel e Perrenelle, não morreram, e que em suas tumbas foram
encontradas apenas suas roupas em lugar de seus corpos, eles teriam vivido graças ao elixir da longa vida.
Apesar de inúmeros esforços, nós os alquimistas, oficialmente, não conseguimos produzir ouro. Porém, a alquimia foi
a ciência precursora da química e da medicina. Ela une em seu amplo espectro cognitivo noções de química, física,
astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião.

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O principal símbolo da Alquimia é a borboleta, em virtude do efeito da metamorfose (mudança). A ideia da


transformação de metais em ouro, acredita-se estar diretamente ligada a uma metáfora de mudança de consciência.
A pedra seria a mente "ignorante" que é transformada em "ouro", ou seja, sabedoria. A alquimia medieval acabou
fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da química moderna. Diversas novas substâncias foram
descobertas pelos alquimistas, e, eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje,
como cristalização, destilação, banho Maria e outros.

Parte 2 – A Química moderna

Aluno 1

Uma nova era de experimentação científica havia começado e dois cientistas foram marcantes nessa transição para a
Química como Ciência, que foram Robert Boyle e Antoine Laurent Lavoisier.
Robert Boyle nasceu no castelo de Lismore, Irlanda, em 1627. Visto que era de família rica, pôde se dedicar
tranquilamente aos estudos. Ele foi chamado por alguns de pai da Química, sendo responsabilizado por transformar a
alquimia em Química, pois ele introduziu o “método científico”. Boyle assumiu uma postura totalmente diferente dos
alquimistas de seus dias, pois ele publicava abertamente todos os detalhes de seu trabalho, defendia o uso de
experiências para comprovar os fatos e não aceitava hipóteses só porque eram consagradas. Seu conceito sobre
pesquisas científicas foi descrito em seu livro The Sceptical Chymist (O Químico Cético).

Aluno 2

Foi com essa mudança de pensamento que o século XVII começou. Este foi o século do Iluminismo, sendo que a ciência
se distanciava da religião. Mas só porque as pessoas estavam pensando diferente não significava necessariamente que
estavam acertando.
Com a descoberta dos elementos hidrogênio e oxigênio, percebeu-se que a água não era um elemento, mas um
composto. E embora uma nova geração de cientistas estivesse disposta a descobrir elementos modernos para
substituir os quatro antigos, seu entusiasmo não impediu que adotassem teorias completamente falsas. Ninguém
sabia o que era o fogo ou como era ele criado, um químico alemão Johann Becher, propôs que o poder destrutivo do
fogo era causado por uma entidade chamada flogisto. Acreditava-se que era uma substância inodora, incolor, insípida
e leve, fazia as coisas queimar, reduzindo à sua verdadeira forma. O conceito do flogisto foi aceito como verdade,
quase paralisando a nossa capacidade de descobrir novos elementos e mapear os contornos da natureza.

Aluno 3

Foi então que surgiu Lavoisier, que foi considerado o fundador da Química Moderna, pois os seus estudos foram
marcados por grande precisão, não só qualitativa, mas principalmente quantitativa. Ele utilizava balanças, realizando
pesagens e medições cuidadosas, tinha notável precisão e planejamento. Tudo isso fez com que ele conseguisse
explicar fatos que outros cientistas não conseguiram.
Lavoisier derrubou teorias, como a teoria do flogístico, descobriu o oxigênio, explicou a combustão, criou a lei de
conservação das massas e lançou o Tratado Elementar de Química, no qual forneceu uma nomenclatura moderna
para 33 elementos.
O desenvolvimento da Química como ciência continua só aumentando ao longo dos anos. Se considerarmos que o
marco para o surgimento da Química como ciência experimental se deu com os trabalhos de Lavoisier, vemos que a
Química tem pouco mais de 200 anos, é uma Ciência relativamente nova.

Alunos remotos

A Química é conceituada como a ciência que estuda a matéria e suas transformações. É um conceito bem simplista
para a abrangência desta ciência. Matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa um lugar no espaço, ou seja, quase
tudo aquilo que está a nossa volta.
Quando fala que alguma coisa tem química, muitas pessoas relacionam com algo ruim, porém a Química é um ramo
de estudo e o que se faz com o conhecimento produzido, é responsabilidade dos seres humanos. Por exemplo, o
desenvolvimento da radioatividade levou a construção da bomba atômica que matou milhares de pessoas na 2ª
Guerra Mundial, mas também é a radioatividade que é usada no tratamento de câncer e obter diagnósticos, permite
o estudo do metabolismo das plantas e a produção de insetos estéreis, o que possibilita o desenvolvimento de técnicas
de eliminação de pragas sem o uso de inseticidas, a irradiação de alimentos aumenta o tempo de conservação ao
destruir bactérias, fungos e outros microrganismos, em produtos embalados, diminuindo os riscos de transmissão de
doenças e de perda de qualidade, entre outras aplicações.

A química é encontrada no desenvolvimento de:


- medicamentos e vacinas;
- cosméticos;
- agrotóxicos;
- produção de energia;
- descoberta de novos materiais;

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