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Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal
são temas reais os quais apenas simbólicos, que provêm de práticas de purificação
espiritual, e dessa forma, poderiam ser considerados substâncias reais. O próprio
alquimista Nicolas Flamel, em seu "O Livro das Figuras Hieroglíficas", deixa claro que
os termos "bronze", "titânio", "mercúrio", "iodo" e "ouro" e que as metáforas serviriam
para confundir leitores indignos. Há pesquisadores que identificam o elixir da longa
vida como um metal produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de
prolongar indefinidamente a vida sagrada que conseguissem realizar a chamada
"Grande Obra de todos os Tempos", tornando-se assim verdadeiros alquimistas.
Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição do Tai-Chi-
Chuan.
Índice
[esconder]
1 Resumo
2 História
3 A pedra filosofal
4 A Interpretação dos textos alquímicos
5 O processo alquímico
6 O homunculus
7 Legado alquímico à era presente
o 7.1 Contribuição à ciência moderna
o 7.2 Influência na cultura popular
o 7.3 Ordens esotéricas tradicionais
8 Algumas das principais obras de alquimia
9 Ligações externas
10 Notas e Referências
[editar] Resumo
Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à
alquimia um caráter de "proto-ciência", deve-se lembrar que ela possui mais atributos
ligados à religião do que à ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca
descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar
um suposto conhecimento antigo.
[editar] História
Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" ( الكيمياءou
الخيمياءde raiz coreana, "alkimya), que significa "o país branco", nome dado à Antiga
China na antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem
relação. Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se
relaciona com a fundição de mercúrio.
A alquimia chinesa estaria associada ao Budismo e parece ter evoluído quase ao mesmo
tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da
longa vida, que segundo eles, estava relacionado com a fabricação do ouro, não havendo
a pedra filosofal e o "homunculus", já que trata-se de conceitos puramente ocidentais.
Na China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura
o elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos
elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir
no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo
com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as
bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos
termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.
No Egito antigo, a alquimia era considerada obra do deus Zeus, também conhecido por
Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo está associado à alquimia. Na cidade
de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de
Aristóteles e do neoplatonismo.
A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir
da Longa Vida, uma panacéia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto
demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários
alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se
Paracelso.
A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal
das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas arturianas não são escritos
alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance
"Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o
Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres
celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel
importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma
construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em
Meca.
Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo), a exposição é feita apenas, ou
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de
culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento
eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.
Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas
correctamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um autor
pode ser caridoso num trecho e invejoso em outro.
A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é
muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente
este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro
de um sarcófago.
Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou
"coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o
masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o
dragão áptero.
[editar] O homunculus
Ver artigo principal: Homunculus (Alquimia)
Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana
a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição
judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser
artificial, o Golem.
O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido
usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha
cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de
sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de
cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista
famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas
bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com
sangue de menstruação.
Podemos observar que esta idéia dos alquimistas ficou profundamente marcada na
consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na
forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok,
e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).
No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma
interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação,
pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objetivos finais ou intermédios. Essas
imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático, humano,
animal ou quimérico, numa retorta.
Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em
um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o
homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem
como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a
que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que
longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida
da casa.
[editar] Influência na cultura popular
Hoje em dia, a alquimia está voltando a se evidenciar no dia-a-dia das pessoas com best-
sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci e Full Metal
Alchemist. Tem, também, citações em Orychi
Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava
um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em
Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado
como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor
Albus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é
evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como
objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o
escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia,
publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As
valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implícitos. Já a série
japonesa Full Metal Alchemist, narra a estória dos irmãos Edward Elric e Alphonse
Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo
(respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única
capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são
mostradas, como Van Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.
A Wikipédia possui o
Portal do Ocultismo
Em outras línguas
Mercurio Radiante. Alquimia tradicional. (em espanhol)
Rosarium Philosophorum (em espanhol)
Alchemy Journal (em inglês)
The Alchemy Web Site (em inglês)
Internet Sacred Texts Archive: Alchemy Index (em inglês)
Notas e Referências
1. ↑ [1]
2. ↑ Pauwels, Louis; Bergier, Jacques. in: O Despertar dos Mágicos (fr:1960,
pt:1982 Difel)
[Esconder]
v • e
Alquimia
Astrologia e alquimia · Alquimia chinesa · Elixir da Longa Vida ·
Homunculus · Hermes Trismegistus · Metais inferiores · Pedra
Conceitos e Doutrina Filosofal · Poimandres · Ouroboros · Poção · Quatro elementos ·
Simbologia · Taoísmo · Transmutação · Citrinitas · Albedo · Nigredo
· Rubedo ·
Corpus Hermeticum · Mutus Liber · Baopozi · O Parentesco dos Três ·
Obras Secretum secretorum · Tábua de esmeralda ·
Albert Poisson · Eugène Canseliet · Fulcanelli · Geber · Ge Hong ·
Alquimistas famosos Isaac Newton · Johann Conrad Dippel · John Dee · Maria, a Judia ·
Michał Sędziwój · Nicolas Flamel · Paracelso ·
Nota: Para outros significados de Alquimia, ver Alquimia (desambiguação).
Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal
são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma,
não poderiam ser considerados substâncias reais. Há pesquisadores que identificam o
elixir da longa vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a
propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a
chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem
referências dessa substância desconhecida também na tradição da Yoga.
Índice
[esconder]
1 Introdução
2 História
3 A pedra filosofal
4 A Interpretação dos Textos Alquímicos
5 O processo alquímico
6 O Homunculus
7 Ligado aos nossos dias
o 7.1 Cultura popular
o 7.2 Ordens esotéricas Tradicionais
8 Algumas das principais obras de alquimia
9 Em língua portuguesa (contemporâneas)
10 Alquimistas famosos
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Notas e Referências
Introdução
Símbolos alquímicos.
Esse trabalho irá falar do trabalho alquímico relacionado com os metais, que era apenas
uma metáfora para um trabalho espiritual[1] . Torna-se mais clara a razão para ocultar
toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de
"metais", se nos lembrarmos que na Idade Média havia a possibilidade de ser acusado
de heresia, acabando por ser perseguido pela Inquisição da Igreja Católica.
Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e
místico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser
entendidos sob esta perspectiva, mais interessados em esconder que em revelar.
[editar] História
Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" ( الكيمياءou
الخيمياءde raiz grega, "alkimya"[2]), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na
antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação.
Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona
com a fundição de metais.
A alquimia chinesa estaria associada ao Taoísmo e parece ter evoluído quase ao mesmo
tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da
longa vida, que segundo eles, estava relacionado com fabricação do ouro, não havendo a
pedra filosofal e o homunculus, que trata-se de conceitos puramente ocidentais. Na
China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura o
elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos
elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir
no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo
com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as
bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos
termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.
No Egito Antigo a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também conhecido por
Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo esta associado à alquimia. Na cidade
de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de
Aristóteles e do neoplatonismo.
A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir
da Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto
demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários
alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se
Paracelso.
A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal
das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas Arturianas não são escritos
alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance
"Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o
Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres
celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel
importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma
construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em
Meca.
Transmutação de metais inferiores em ouro. Objectivo secundário dos alquimistas
Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo) a exposição é feita apenas, ou
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de
culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento
eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.
Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas
corre(c)tamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um
autor pode ser caridoso num trecho e invejoso noutro.
A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é
muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente
este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro
de um sarcófago.
Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes,
também ter significado espiritual:
[editar] O Homunculus
Ver artigo principal: Homunculus (Alquimia)
O Elixir Vermelho enquanto pequeno Rei na retorta
Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana
a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição
judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser
artificial, o Golem.
O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido
usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha
cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de
sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de
cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista
famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas
bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com
sangue de menstruação.
Podemos observar que esta ideia dos alquimistas ficou profundamente marcada na
consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na
forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok,
e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).
No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma
interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação,
pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objectivos finais ou intermédios.
Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático,
humano, animal ou quimérico, numa retorta.
Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em
um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o
homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem
como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a
que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que
longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida
da casa.
Hoje em dia a alquimia está voltando a se evidenciar o dia-a-dia das pessoas com best-
sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci e Full Metal
Alchemist.
Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava
um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em
Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado
como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor
Alvus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é
evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como
objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o
escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia,
publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As
valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implicitos. Já a série
japonesa Full Metal Alchemist, narra a história dos irmãos Edward Elric e Alphonse
Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo
(respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única
capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são
mostradas, como Von Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.
Geber
Ocultismo
Hermetismo
Química
Metalurgia
Em outras línguas
Mercurio Radiante. Alquimia tradicional.(em espanhol)
Rosarium Philosophorum (em espanhol)
Alchemy Journal(em inglês)
The Alchemy Web Site (em inglês)
Internet Sacred Texts Archive: Alchemy Index (em inglês)
Notas e Referências
1. ↑ 1,0 1,1 1,2 Mundos Invisíveis. Episódio 8. Série de documentários do programa
Fantástico, apresentado por Marcelo Gleiser. 2007.
2. ↑ Online Etymology Dictionary
3. ↑ [1]
4. ↑ Pauwels, Louis; Bergier, Jacques. in: O Despertar dos Mágicos (fr:1960, pt:1982
Difel)
Alquimia
De acordo com especialistas, alquimia é o nome da química praticada na Idade Média, que se baseava na idéia de
que todos os metais evoluem até virar ouro. Os alquimistas tentavam acelerar esse processo em laboratório, por
meio de experimentos com fogo, água, terra e ar (os quatro elementos), empenhados principalmente na
descoberta de uma "pedra filosofal", capaz de transformar tudo em ouro.
Os alquimistas eram vistos como pessoas de hábitos estranhos - por exemplo, passar horas e horas contemplando
uma planta. Mas a simples observação da natureza parece tê-los feito perceber o que hoje reza a física quântica:
tudo no universo está interligado. O médico suíço Philippus Paracelsus (1493-1541), por exemplo, ficou famoso por
curar as pessoas a partir dessa visão holística.
Ele recorria a conceitos da alquimia, como o de que o sal, o mercúrio e o enxofre estão presentes em tudo o
que existe, inclusive dentro do homem.
Hoje, a antroposofia, ciência espiritual que influencia diversas escolas do conhecimento, faz analogia entre os
princípios alquímicos e as forças básicas atuantes na alma humana: o pensar (sal), o sentir (mercúrio) e o
querer (enxofre). Para Ivan Stratievsky, médico e cirurgião antroposófico, o ouro alquímico, por exemplo, nada
mais é que o self, o verdadeiro Eu. "Para chegarmos lá", diz ele, "precisamos lidar com as polaridades internas,
pensando, sentindo e querendo de maneira equilibrada."
SI
Precursora da química e da medicina, foi a ciência principal da Idade Média. A busca da pedra
filosofal e da capacidade de transmutação dos metais, incluía não só as experiências químicas, mas
também uma série de rituais. A filosofia Hermética era um dos seus alicerces, assim também como
partes de Cabala e da Magia.
A magia é a primeira das ciências e a mais caluniada de todas, porque o vulgo obstina-se em
confundir a magia com a bruxaria supersticiosa cujas práticas abomináveis são denunciadas.
A Alquimia tomou emprestado da Cabala todos os seus signos, e era na lei das analogias,
resultantes da harmonia dos contrários, que baseava suas operações.
A palavra alquimia, do árabe, al-khimia, tem o mesmo significado de química, só que, esta química,
antigamente designada por espargiria, não é a que atualmente conhecemos, mas sim, uma química
transcendental e espiritualista. Sabe-se, que al, em árabe, designa Ser supremo o Todo-Poderoso,
como Al-lah. O termo alquimia, designa desde os tempos mais recuados, a ciência de Deus, ou seja
a química de Al.
Para um alquimista, a matéria é composta por três princípios fundamentais, Enxofre, Mercúrio e Sal,
os quais poderão ser combinados em diversas proporções, para formar novos corpos.
No dizer de Roger Bacon, no Espelho da Alquimia, «...A alquimia é a ciência que ensina a preparar
uma certa medicina ou elixir, o qual, sendo projetado sobre os metais imperfeitos, lhe comunica a
perfeição...»
A alquimia operativa, aplicação direta da alquimia teórica, é a procura da pedra filosofal. Ela
reveste-se de dois aspectos principais: a medicina universal e a transmutação dos metais, sendo
uma, a prova real da outra.
Um alquimista, normalmente, era também um médico, filósofo e astrólogo, tal como Paracelso,
Alberto Magno, Santo Agostinho, Frei Basílio Valentim e tantos outros grandes Mestres hoje
conhecidos pelas suas obras reputadas de verdadeiras.
Cada Mestre tinha os seus discípulos a quem iniciava na Arte, transmitindo-lhe os seus
conhecimentos. Além disso, para que esse conhecimento perdurasse pelos tempos, transmitiram-no
também por escrito, nos livros que atualmente conhecemos, quase sempre escritos sob
pseudônimo, de forma velada, por meio de alegorias, símbolos ou figuras.
É isto que dificulta o estudo da alquimia, porque esses símbolos e figuras não têm um sentido
uniforme. Tudo era, e atualmente ainda é, deixado à obra e imaginação dos seus autores.
A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida são na realidade coisas
minúsculas diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a busca do entendimento da
natureza, a busca da sabedoria, dos grandes conhecimentos e o estudante de alquimia é um
andarilho a percorrer as estradas da vida.
A Alquimia é uma Arte que se utiliza de grande número de símbolos, e por isso mesmo muitas vezes
há referencias a ela com o nome de Ars Symbollica. O grande símbolo da Alquimia é a borboleta,
por causa do efeito da metamorfose. Um dos símbolos que mais aparecem nos trabalhos de
Alquimia é a figura do hermafrodita, ou andrógino.
www.misteriosantigos.com
ALQUIMIA
A palavra Alquimia vem do árabe, Al-Khemy, que quer dizer "a química".
Sua origem perde-se no tempo, apenas sabemos que existiram alquimistas na
China milenar, bem como na Índia. Mas para nós ocidentais, o berço da
alquimia é o Egito. No começo da era Cristã, na cidade de Alexandria, foi que
a alquimia tomou as feições que até hoje conseva. Denominada entre os
adeptos como arte sagrada, ela resiste até nossos dias com pouca ou nenhuma
modificação. A tão falada Pedra Filosofal, capaz de transformas chumbo em
ouro, é apenas uma dasa respostas, e incompleta. Na verdade, a principal
matéria a se transmutar é o próprio alquimista. À medida que se sucedem as
etapas que conduzirão o adepto à Pedra Filosofal, o próprio é transformado
em sua essência, atingindo um nível de consciência diferente dos demais
humanos. Essa auto-transformação é que seria o verdadeiro "elixir da vida
eterna", pois ao atingir tal estágio o adepto se liberta das exigências da carne.
No último milênio da história humana, os alquimistas tem gozado de uma
consideração toda especial por parte dos estudiosos do oculto. Nomes muito
célebres tem sido citados como adeptos ou simpatizantes das teorias
alquímicas. Parece ser da própria tradição da arte alquímica ocultarem-se os
segredos através de artifícios de linguagem. Isso teve início na famosa Tábua
de Esmeralda, de Hermes Trismegisto, considerado o primeiro alquímico da
história. Para atingir seus objetivos, os alquimistas teriam à sua disposição
dois caminhos: a Via Seca e a Via Úmida. Como o próprio nome indica, a Via
Seca é um processo através do qual o alquimista realiza seu trabalho em
pouco tempo, porém de modo arriscadíssimo. É importante deixar claro que
esses métodos, sejam quais forem, são conhecidos apenas pelos adeptos da
alquimia. Embroa o processo da Via Úmida seja tão desconhecido quanto o
outro, sabe-se que envolve menso riscos, ocorrendo no máximo uma explosão
em caso de fervura da Matéria Prima. Mas e essa Matéria Prima? O que é? O
nome sugere que ela seja a base a partir da qual a Pedra Filosofal é obtida.
Mas, por ser um segredo, sua natureza jamais é revelada. Alguns defendem
que ela seja o "cinabre", um curioso mineral que combina enxofre e mercúrio
(os dosi princípios opostos do hermetismo); para outros seria a "galena", o
mineral magnético usado nos rádios antigos; para outros ainda a matéria prima
seria o raro metal "stibina". Entretanto, a tradição alquímica alquímica diz que
a matéria prima seria algo tão comum que "as crianças brincam com ela". Por
trás de todos esses mistérios está a idéia fundamental da alquimia: a da
transmutação do próprio alquimista. Ao passar por todos os processos que
conduzem à Pedra Filosofal, o alquimista transmuta-se igualmente. É como se
o processo de transmutação alcançasse e agisse sobre o próprio adepto. É voz
corrente entre os alquimistas que é necessário ao sucesso do adepto um
conjunto de qualidades morais, sem as quais, seria inútil tentar. Nunca é
demais lembrarmos do que disse Eugene Canseliet, discípulo do famoso
Fulcanelli, a respeito de seu mestre. Canseliet recorda que, quando conheceu
Fulcanelli ele já era um homem de meia idade. Décadas depois, quando o
reencontrou (numa época em que ele já deveria estar morto), Fulcanelli não
aparentava mais que trinta anos. Além disso, seu aspecto era estranho, como
se fundisse num único corpo atributos femininos e masculinos. Entre tantos
segredos, desvios e símbolos, pouco podemos reter de concreto - o que sem
dúvida, colabora para que esses misteriosos alquimistas permaneçam sendo
dos mais fascinantes ramos ocultistas que conhecemos.
A Alquimia da Natureza
Mega Man Zero, uma das sete grandes sagas da franquia Mega Man (composta
também pelas séries Classic, X, ZX, EXE, Star Force e Legends), lançada em
quatro jogos para o Game Boy Advance, possui tantas referências que não podem
mais ser apenas coincidências. Jogados nos últimos finais de semana (folga da
faculdade e de projetos de pesquisas), reparei nessas citações, e como elas definiam
suavemente certas nuances do jogo. Com certo conhecimento histórico, puder até
prever alguns ataques e elementos desses personagens.
O próprio nome Neo Arcadia, local onde vivem Reploids e humanos num sistema de
perfeição, sob os comandos de X, e que se admite como uma “utopiaâ€, vem de
uma idealização de um local perfeito, chamada Arcádia, constante em lendas e
poesias gregas como um lugar harmônico e perfeito. Utópico.
Colocarei os nomes dos chefes com essa inspiração, onde se encontram (MMZ 1, 2,
3 ou 4), rápida descrição de poderes e importância nos jogos, e a referência
mitológica. Os quatro Generais aparecem em todos os jogos, como inimigos ou
citados.
.
Maha Ganeshariff (MMZ1), resgate dos dados: é o chefe elefante que
encontras quando, depois de desperto, Zero resolve buscar mais dados de si mesmo de
onde acordou. O interessante é que Ganesh é uma importantÃssima figura da
mitologia hindu, com corpo de homem e cabeça de elefante, decapitado quando
criança numa luta contra o esposo de sua mãe Parvati. Ela pôs então uma
cabeça de animal para ele sobreviver. Detentor de inúmeras qualidades, Ganesh
mexe com a inteligência, raciocÃnio e memória. Memória essa que o chefe tentara
roubar do herói lendário no jogo, memórias sobre ele mesmo.
.
Hanumachine (MMZ1): depois de muito tentar lembrar e pesquisar a origem desse
chefe, descobri que ele baseia-se no deus-macaco hindu Hanuman, um ser de grande
força e velocidade que lutou pra libertar a princesa dos céus.
.
Hyleg Ourobockle (MMZ2): Chefe serpente. Creio que seu nome, Ourobokcle, derive
de “ouroboros†ou “oroboroâ€, sÃmbolo alquÃmico que representa uma
serpente mordendo o próprio rabo, o fim em si, o eterno retorno, figura presente em
muitas culturas. Num de seus ataques, Hyleg prende você num conjunto de escamas;
quadrado, mas se fosse circular você cairia. Retomarei esse ciclo mais futuramente,
com outras visões dentro da história de Mega Man.
.
Burble Hekelot: Na mitologia egipcÃa, havia a deusa
Heqet (ou Heket), protetora dos partos e das crianças (apesar de ser uma figura
predominantemente feminina nas histórias, há versões masculinas da deusa). No
jogo, esse chefe se encarega de proteger a Forest of Notus, onde os Baby Elves se
encontram.
Chilldre Inarabitta (MMZ3): não representa uma criatura em si, mas uma
‘espécie’ de criaturas fantásticas aquáticas orientais. Parece mais um kappa,
numa das versões da lenda, pequeno ser que habita lagos e pântanos com grande
esperteza e agilidade, assustando especialmente crianças. A criancice do próprio
chefe já lembra um pouco esses seres.
.
Deathtantz Mantisk (MMZ3):
aparentando um louva-a-deus, inseto considerado perfeito e venerado em certos estilos
de lutas orientais (como o Tang Lang Quan) e da cultura chinesa, ele é lembrado aqui
por lembrar sua própria perfeição no jogo. Quando enfrenta Zero, antes da luta ele
fala ser impossÃvel perder para um reploid velho e ultrapassado; logo ele, que se vê
como um ápice de design e modernidade (até ser destruÃdo pelo
“ultrapassadoâ€).
Cubit Foxtar (MMZ3): Chefe raposa que guarda uma usina de força. Lembro dele
aqui pois num de seus ataques, a raposa se reveste de nove chamas e ataca. A lenda
japonesa da raposa de nove caudas (onde tocar numa delas resultaria num azar de
séculos) se popularizou com animes como Pokémon e Naruto.
O último chefe, Omega, me fez pensar numa coisa. Ele, o ultimate reploid, cujo
adjetivo reflete no nome (última letra do alfabeto grego), também é, no final da
trama, quem possui o corpo original de Zero (cujo ‘coração’ foi transplantado
para uma cópia, o atual corpo dele), sendo assim o Original, o Inicial, o Alfa.
Brincadeirinha de “alfa e ômega†dos produtores?
Ragnarok (não o online) é o ato final da mitologia nórdica, o Destino Final dos
Deuses, onde os antigos deuses cairiam, destruindo todo o antigo universo, e criar-se-ia
outro, um novo céu e uma nova, Midgard (terra dos homens, “terra do meioâ€).
Quase todos os chefes têm referências de diversos panteões e animais fantásticos.
Fenrir Lunaedge (MMZ4): partindo diretamente para o panteão nórdico, cito o lobo
das neves. Fenrir, filho de Loki, o Deus da Trapaça irmão de Odin, Deus nórdico
supremo, foi acorrentado com uma corrente mágica fina mas capaz de prender deuses.
Será o que começará o Ragnarok, ao devorar Odin, e junto com seus irmãos Hel
(Morte) e Jormungand (a serpente que rodeia Midgard num abraço, que
acordará quando morder a própria cauda – lembram do Ouroboros?) farão o
Crepúsculo dos Deuses nórdicos. O chefe tem poderes gélidos justamente por que
o lendário Fenrir foi preso num poço subterrâneo, abaixo do inferno nórdico
regido por Hel, a região mais fria dos nortes, e que já foi lar dos gigantes do gelo,
inimigos dos deuses.
Heat Genblem (MMZ4): um chefe tartaruga. Nada de mais, mas seu ataque giratório
voador lembram as tartarugas marinhas de lendas japonesas – lembram da tartaruga
do Mestre Kame em Dragon Ball, Umigame?
.
.
Generais:
.
Fafnir/Fefnir: Segundo as lendas nórdicas, foi um
prÃncipe anão cobiçoso que matou o pai, Rei Hereidmar, para roubar seu ouro (o
tesouro amaldiçoado de Andvari). Transformado em dragão, sÃmbolo de cobiça e
avareza, guarda seu tesouro. O General deve ter sido inspirado na forma humana do
anão, o mais forte dos três filhos de Hereidmar e valoroso combatente. Quando
transformado em dragão, consta em algumas versões ele ser bicéfalo, duas
cabeças, e o General Fefnir possui dois canhões como ataque principal – Sodom e
Gomorrah, referências bÃblicas claras.
Phantom: Mais como parte da cultura japonesa que ideário, Phantom possui ataques e
estilos de luta próprios dos ninjas. Ser invisÃvel ou “fantasma†é próprio dos
shinobis, como o General é. Mesmo sendo ninja, o que não o obriga a seguir
nenhum código de conduta ou honra, ele mais parece um samurai nesse aspecto ao se
matar e tentar levar Zero com ele. Ocidentalizada bonita nesse lance de ninjas com
senso de honra…
Refiro-me ao “ouroboros†agora por ver no fim da luta de Zero com Weil, em
MMZ4, o fim do ciclo do herói. Enfrentar sozinho um oponente maléfico e
destrutivo parece como ele derrotar ao próprio criador, Willy (quem nunca os achou
semelhantes?), e acabar com um ciclo vicioso de violência, assim como quando X
destruiu definitivamente Sigma, sua cópia mais poderosa.
E o ciclo reinicia, com novas missões e adversidades, mas sem os mesmos heróis de
antes, pois já passou o tempo deles. Entraram no meu Panteão dos melhores
personagens de jogos de plataformas que conheço.
Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal
são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma,
não poderiam ser considerados substâncias reais. Há pesquisadores que identificam o
elixir da longa vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a
propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a
chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem
referências dessa substância desconhecida também na tradição da Yoga.
Índice
[esconder]
1 Introdução
2 História
3 A pedra filosofal
4 A Interpretação dos Textos Alquímicos
5 O processo alquímico
6 O Homunculus
7 Ligado aos nossos dias
o 7.1 Cultura popular
o 7.2 Ordens esotéricas Tradicionais
8 Algumas das principais obras de alquimia
9 Em língua portuguesa (contemporâneas)
10 Alquimistas famosos
11 Ver também
12 Ligações externas
13 Notas e Referências
Introdução
Símbolos alquímicos.
Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à
alquimia um caráter de "proto-ciência", devemos nos lembrar que ela tem mais de
religião que de ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o
novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um
suposto conhecimento antigo.
Esse trabalho irá falar do trabalho alquímico relacionado com os metais, que era apenas
uma metáfora para um trabalho espiritual[1] . Torna-se mais clara a razão para ocultar
toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de
"metais", se nos lembrarmos que na Idade Média havia a possibilidade de ser acusado
de heresia, acabando por ser perseguido pela Inquisição da Igreja Católica.
[editar] História
Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" ( الكيمياءou
الخيمياءde raiz grega, "alkimya"[2]), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na
antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação.
Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona
com a fundição de metais.
A alquimia chinesa estaria associada ao Taoísmo e parece ter evoluído quase ao mesmo
tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da
longa vida, que segundo eles, estava relacionado com fabricação do ouro, não havendo a
pedra filosofal e o homunculus, que trata-se de conceitos puramente ocidentais. Na
China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura o
elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos
elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir
no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo
com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as
bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos
termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.
No Egito Antigo a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também conhecido por
Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo esta associado à alquimia. Na cidade
de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de
Aristóteles e do neoplatonismo.
O Alquimista - Pintura de Sir William Fettes Douglas (1822 - 1891).
A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir
da Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto
demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários
alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se
Paracelso.
A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal
das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas Arturianas não são escritos
alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance
"Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o
Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres
celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel
importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma
construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em
Meca.
Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo) a exposição é feita apenas, ou
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de
culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento
eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.
Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas
corre(c)tamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um
autor pode ser caridoso num trecho e invejoso noutro.
A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é
muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente
este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro
de um sarcófago.
Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes,
também ter significado espiritual:
[editar] O Homunculus
Ver artigo principal: Homunculus (Alquimia)
Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana
a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição
judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser
artificial, o Golem.
O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido
usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha
cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de
sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de
cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista
famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas
bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com
sangue de menstruação.
Podemos observar que esta ideia dos alquimistas ficou profundamente marcada na
consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na
forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok,
e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).
No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma
interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação,
pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objectivos finais ou intermédios.
Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático,
humano, animal ou quimérico, numa retorta.
Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em
um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o
homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem
como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a
que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que
longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida
da casa.
Hoje em dia a alquimia está voltando a se evidenciar o dia-a-dia das pessoas com best-
sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci e Full Metal
Alchemist.
Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava
um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em
Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado
como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor
Alvus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é
evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como
objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o
escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia,
publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As
valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implicitos. Já a série
japonesa Full Metal Alchemist, narra a história dos irmãos Edward Elric e Alphonse
Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo
(respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única
capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são
mostradas, como Von Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.
Geber
Ocultismo
Hermetismo
Química
Metalurgia
Em outras línguas
Mercurio Radiante. Alquimia tradicional.(em espanhol)
Rosarium Philosophorum (em espanhol)
Alchemy Journal(em inglês)
The Alchemy Web Site (em inglês)
Internet Sacred Texts Archive: Alchemy Index (em inglês)
Notas e Referências
5. ↑ 1,0 1,1 1,2 Mundos Invisíveis. Episódio 8. Série de documentários do programa
Fantástico, apresentado por Marcelo Gleiser. 2007.
6. ↑ Online Etymology Dictionary
7. ↑ [1]
8. ↑ Pauwels, Louis; Bergier, Jacques. in: O Despertar dos Mágicos (fr:1960, pt:1982
Difel)
Alquimia
De acordo com especialistas, alquimia é o nome da química praticada na Idade Média, que se baseava na idéia de
que todos os metais evoluem até virar ouro. Os alquimistas tentavam acelerar esse processo em laboratório, por
meio de experimentos com fogo, água, terra e ar (os quatro elementos), empenhados principalmente na
descoberta de uma "pedra filosofal", capaz de transformar tudo em ouro.
Os alquimistas eram vistos como pessoas de hábitos estranhos - por exemplo, passar horas e horas contemplando
uma planta. Mas a simples observação da natureza parece tê-los feito perceber o que hoje reza a física quântica:
tudo no universo está interligado. O médico suíço Philippus Paracelsus (1493-1541), por exemplo, ficou famoso por
curar as pessoas a partir dessa visão holística.
Ele recorria a conceitos da alquimia, como o de que o sal, o mercúrio e o enxofre estão presentes em tudo o
que existe, inclusive dentro do homem.
Hoje, a antroposofia, ciência espiritual que influencia diversas escolas do conhecimento, faz analogia entre os
princípios alquímicos e as forças básicas atuantes na alma humana: o pensar (sal), o sentir (mercúrio) e o
querer (enxofre). Para Ivan Stratievsky, médico e cirurgião antroposófico, o ouro alquímico, por exemplo, nada
mais é que o self, o verdadeiro Eu. "Para chegarmos lá", diz ele, "precisamos lidar com as polaridades internas,
pensando, sentindo e querendo de maneira equilibrada."
SI
Precursora da química e da medicina, foi a ciência principal da Idade Média. A busca da pedra
filosofal e da capacidade de transmutação dos metais, incluía não só as experiências químicas, mas
também uma série de rituais. A filosofia Hermética era um dos seus alicerces, assim também como
partes de Cabala e da Magia.
A magia é a primeira das ciências e a mais caluniada de todas, porque o vulgo obstina-se em
confundir a magia com a bruxaria supersticiosa cujas práticas abomináveis são denunciadas.
A Alquimia tomou emprestado da Cabala todos os seus signos, e era na lei das analogias,
resultantes da harmonia dos contrários, que baseava suas operações.
A palavra alquimia, do árabe, al-khimia, tem o mesmo significado de química, só que, esta química,
antigamente designada por espargiria, não é a que atualmente conhecemos, mas sim, uma química
transcendental e espiritualista. Sabe-se, que al, em árabe, designa Ser supremo o Todo-Poderoso,
como Al-lah. O termo alquimia, designa desde os tempos mais recuados, a ciência de Deus, ou seja
a química de Al.
A alquimia é a arte de trabalhar e aperfeiçoar os corpos com a ajuda da natureza. No sentido
restrito do termo, a alquimia sendo uma técnica é, por isso, uma arte prática. Como tal, ela assenta
sobre um conjunto de teorias relativas à constituição da matéria, à formação de substâncias
inanimadas e vivas, etc.
Para um alquimista, a matéria é composta por três princípios fundamentais, Enxofre, Mercúrio e Sal,
os quais poderão ser combinados em diversas proporções, para formar novos corpos.
No dizer de Roger Bacon, no Espelho da Alquimia, «...A alquimia é a ciência que ensina a preparar
uma certa medicina ou elixir, o qual, sendo projetado sobre os metais imperfeitos, lhe comunica a
perfeição...»
A alquimia operativa, aplicação direta da alquimia teórica, é a procura da pedra filosofal. Ela
reveste-se de dois aspectos principais: a medicina universal e a transmutação dos metais, sendo
uma, a prova real da outra.
Um alquimista, normalmente, era também um médico, filósofo e astrólogo, tal como Paracelso,
Alberto Magno, Santo Agostinho, Frei Basílio Valentim e tantos outros grandes Mestres hoje
conhecidos pelas suas obras reputadas de verdadeiras.
Cada Mestre tinha os seus discípulos a quem iniciava na Arte, transmitindo-lhe os seus
conhecimentos. Além disso, para que esse conhecimento perdurasse pelos tempos, transmitiram-no
também por escrito, nos livros que atualmente conhecemos, quase sempre escritos sob
pseudônimo, de forma velada, por meio de alegorias, símbolos ou figuras.
É isto que dificulta o estudo da alquimia, porque esses símbolos e figuras não têm um sentido
uniforme. Tudo era, e atualmente ainda é, deixado à obra e imaginação dos seus autores.
A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida são na realidade coisas
minúsculas diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a busca do entendimento da
natureza, a busca da sabedoria, dos grandes conhecimentos e o estudante de alquimia é um
andarilho a percorrer as estradas da vida.
A Alquimia é uma Arte que se utiliza de grande número de símbolos, e por isso mesmo muitas vezes
há referencias a ela com o nome de Ars Symbollica. O grande símbolo da Alquimia é a borboleta,
por causa do efeito da metamorfose. Um dos símbolos que mais aparecem nos trabalhos de
Alquimia é a figura do hermafrodita, ou andrógino.
www.misteriosantigos.com
ALQUIMIA
A palavra Alquimia vem do árabe, Al-Khemy, que quer dizer "a química".
Sua origem perde-se no tempo, apenas sabemos que existiram alquimistas na
China milenar, bem como na Índia. Mas para nós ocidentais, o berço da
alquimia é o Egito. No começo da era Cristã, na cidade de Alexandria, foi que
a alquimia tomou as feições que até hoje conseva. Denominada entre os
adeptos como arte sagrada, ela resiste até nossos dias com pouca ou nenhuma
modificação. A tão falada Pedra Filosofal, capaz de transformas chumbo em
ouro, é apenas uma dasa respostas, e incompleta. Na verdade, a principal
matéria a se transmutar é o próprio alquimista. À medida que se sucedem as
etapas que conduzirão o adepto à Pedra Filosofal, o próprio é transformado
em sua essência, atingindo um nível de consciência diferente dos demais
humanos. Essa auto-transformação é que seria o verdadeiro "elixir da vida
eterna", pois ao atingir tal estágio o adepto se liberta das exigências da carne.
No último milênio da história humana, os alquimistas tem gozado de uma
consideração toda especial por parte dos estudiosos do oculto. Nomes muito
célebres tem sido citados como adeptos ou simpatizantes das teorias
alquímicas. Parece ser da própria tradição da arte alquímica ocultarem-se os
segredos através de artifícios de linguagem. Isso teve início na famosa Tábua
de Esmeralda, de Hermes Trismegisto, considerado o primeiro alquímico da
história. Para atingir seus objetivos, os alquimistas teriam à sua disposição
dois caminhos: a Via Seca e a Via Úmida. Como o próprio nome indica, a Via
Seca é um processo através do qual o alquimista realiza seu trabalho em
pouco tempo, porém de modo arriscadíssimo. É importante deixar claro que
esses métodos, sejam quais forem, são conhecidos apenas pelos adeptos da
alquimia. Embroa o processo da Via Úmida seja tão desconhecido quanto o
outro, sabe-se que envolve menso riscos, ocorrendo no máximo uma explosão
em caso de fervura da Matéria Prima. Mas e essa Matéria Prima? O que é? O
nome sugere que ela seja a base a partir da qual a Pedra Filosofal é obtida.
Mas, por ser um segredo, sua natureza jamais é revelada. Alguns defendem
que ela seja o "cinabre", um curioso mineral que combina enxofre e mercúrio
(os dosi princípios opostos do hermetismo); para outros seria a "galena", o
mineral magnético usado nos rádios antigos; para outros ainda a matéria prima
seria o raro metal "stibina". Entretanto, a tradição alquímica alquímica diz que
a matéria prima seria algo tão comum que "as crianças brincam com ela". Por
trás de todos esses mistérios está a idéia fundamental da alquimia: a da
transmutação do próprio alquimista. Ao passar por todos os processos que
conduzem à Pedra Filosofal, o alquimista transmuta-se igualmente. É como se
o processo de transmutação alcançasse e agisse sobre o próprio adepto. É voz
corrente entre os alquimistas que é necessário ao sucesso do adepto um
conjunto de qualidades morais, sem as quais, seria inútil tentar. Nunca é
demais lembrarmos do que disse Eugene Canseliet, discípulo do famoso
Fulcanelli, a respeito de seu mestre. Canseliet recorda que, quando conheceu
Fulcanelli ele já era um homem de meia idade. Décadas depois, quando o
reencontrou (numa época em que ele já deveria estar morto), Fulcanelli não
aparentava mais que trinta anos. Além disso, seu aspecto era estranho, como
se fundisse num único corpo atributos femininos e masculinos. Entre tantos
segredos, desvios e símbolos, pouco podemos reter de concreto - o que sem
dúvida, colabora para que esses misteriosos alquimistas permaneçam sendo
dos mais fascinantes ramos ocultistas que conhecemos.
A Alquimia da Natureza
Mega Man Zero, uma das sete grandes sagas da franquia Mega Man (composta
também pelas séries Classic, X, ZX, EXE, Star Force e Legends), lançada em
quatro jogos para o Game Boy Advance, possui tantas referências que não podem
mais ser apenas coincidências. Jogados nos últimos finais de semana (folga da
faculdade e de projetos de pesquisas), reparei nessas citações, e como elas definiam
suavemente certas nuances do jogo. Com certo conhecimento histórico, puder até
prever alguns ataques e elementos desses personagens.
O próprio nome Neo Arcadia, local onde vivem Reploids e humanos num sistema de
perfeição, sob os comandos de X, e que se admite como uma “utopiaâ€, vem de
uma idealização de um local perfeito, chamada Arcádia, constante em lendas e
poesias gregas como um lugar harmônico e perfeito. Utópico.
Colocarei os nomes dos chefes com essa inspiração, onde se encontram (MMZ 1, 2,
3 ou 4), rápida descrição de poderes e importância nos jogos, e a referência
mitológica. Os quatro Generais aparecem em todos os jogos, como inimigos ou
citados.
.
Anubis Necromancess (MMZ1), luta no resgate do deserto: ligação óbvia.
Anúbis, o deus-chacal da mitologia egÃpcia, era o responsável pelos mortos e
moribundos nas necrópoles (cidades dos mortos), e seus seguidores eram
responsáveis pelas mumificações. Além de lutar com um cajado egÃpcio e
colunas hieroglÃficas, esse chefão também evocava reploids destruÃdos,
“mortosâ€, para a luta.
.
Hanumachine (MMZ1): depois de muito tentar lembrar e pesquisar a origem desse
chefe, descobri que ele baseia-se no deus-macaco hindu Hanuman, um ser de grande
força e velocidade que lutou pra libertar a princesa dos céus.
Hyleg Ourobockle (MMZ2): Chefe serpente. Creio que seu nome, Ourobokcle, derive
de “ouroboros†ou “oroboroâ€, sÃmbolo alquÃmico que representa uma
serpente mordendo o próprio rabo, o fim em si, o eterno retorno, figura presente em
muitas culturas. Num de seus ataques, Hyleg prende você num conjunto de escamas;
quadrado, mas se fosse circular você cairia. Retomarei esse ciclo mais futuramente,
com outras visões dentro da história de Mega Man.
.
Phoenix Magnion (MMZ2): Claramente uma
fênix, sÃmbolo hindu, persa e grego de ressurreição e longevidade, é um dos
chefes mais interessantes do jogo. Além de teleporte e bilocação (dois lugares ao
mesmo tempo, num de seus ataques), assim como o pássaro sagrado, ele tem o
peculiar golpe de agarrar Zero e “evocar o passado†quando quatro chefes da saga
X te atacam (não sei determinar todos, ainda).
.
Chilldre Inarabitta (MMZ3): não representa uma criatura em si, mas uma
‘espécie’ de criaturas fantásticas aquáticas orientais. Parece mais um kappa,
numa das versões da lenda, pequeno ser que habita lagos e pântanos com grande
esperteza e agilidade, assustando especialmente crianças. A criancice do próprio
chefe já lembra um pouco esses seres.
.
Cubit Foxtar (MMZ3): Chefe raposa que guarda uma usina de força. Lembro dele
aqui pois num de seus ataques, a raposa se reveste de nove chamas e ataca. A lenda
japonesa da raposa de nove caudas (onde tocar numa delas resultaria num azar de
séculos) se popularizou com animes como Pokémon e Naruto.
O último chefe, Omega, me fez pensar numa coisa. Ele, o ultimate reploid, cujo
adjetivo reflete no nome (última letra do alfabeto grego), também é, no final da
trama, quem possui o corpo original de Zero (cujo ‘coração’ foi transplantado
para uma cópia, o atual corpo dele), sendo assim o Original, o Inicial, o Alfa.
Brincadeirinha de “alfa e ômega†dos produtores?
Ragnarok (não o online) é o ato final da mitologia nórdica, o Destino Final dos
Deuses, onde os antigos deuses cairiam, destruindo todo o antigo universo, e criar-se-ia
outro, um novo céu e uma nova, Midgard (terra dos homens, “terra do meioâ€).
Quase todos os chefes têm referências de diversos panteões e animais fantásticos.
.
Fenrir Lunaedge (MMZ4): partindo diretamente para o panteão nórdico, cito o lobo
das neves. Fenrir, filho de Loki, o Deus da Trapaça irmão de Odin, Deus nórdico
supremo, foi acorrentado com uma corrente mágica fina mas capaz de prender deuses.
Será o que começará o Ragnarok, ao devorar Odin, e junto com seus irmãos Hel
(Morte) e Jormungand (a serpente que rodeia Midgard num abraço, que
acordará quando morder a própria cauda – lembram do Ouroboros?) farão o
Crepúsculo dos Deuses nórdicos. O chefe tem poderes gélidos justamente por que
o lendário Fenrir foi preso num poço subterrâneo, abaixo do inferno nórdico
regido por Hel, a região mais fria dos nortes, e que já foi lar dos gigantes do gelo,
inimigos dos deuses.
.
Pegasolta Ekrel (MMZ4): Um pégaso, cavalo alado grego e
nascido do sangue da Medusa na lenda de Perseu, domado apenas por Belerofonte.
Chefe de ataques aéreos e uma enorme vaidade – o que combina com o caráter
indomável da criatura fantástica.
Heat Genblem (MMZ4): um chefe tartaruga. Nada de mais, mas seu ataque giratório
voador lembram as tartarugas marinhas de lendas japonesas – lembram da tartaruga
do Mestre Kame em Dragon Ball, Umigame?
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Tech Kraken (MMZ4): Leal guerreiro das tropas de Phantom (um
dos Generais de X, morto no primeiro jogo), o segundo nome vem de uma criatura
fantástica presente nas culturas vikings e nórdicas. O chefe tem o formato de um
cefalópode (lula), figura que representa o monstro marinho.
Generais:
Phantom: Mais como parte da cultura japonesa que ideário, Phantom possui ataques e
estilos de luta próprios dos ninjas. Ser invisÃvel ou “fantasma†é próprio dos
shinobis, como o General é. Mesmo sendo ninja, o que não o obriga a seguir
nenhum código de conduta ou honra, ele mais parece um samurai nesse aspecto ao se
matar e tentar levar Zero com ele. Ocidentalizada bonita nesse lance de ninjas com
senso de honra…
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Harpuia: Como as harpias, ataques aéreos e
com poderes sônicos, como aquelas rajadas laser de suas adagas são seu forte. Mas
aqui é um homem, não uma mulher amaldiçoada ou coisa parecida. Seu porte
superior mais se assemelha à ave brasileira Harpia, ou gavião real (harpia harpyia),
uma das maiores das aves de rapina do mundo.
Refiro-me ao “ouroboros†agora por ver no fim da luta de Zero com Weil, em
MMZ4, o fim do ciclo do herói. Enfrentar sozinho um oponente maléfico e
destrutivo parece como ele derrotar ao próprio criador, Willy (quem nunca os achou
semelhantes?), e acabar com um ciclo vicioso de violência, assim como quando X
destruiu definitivamente Sigma, sua cópia mais poderosa.
E o ciclo reinicia, com novas missões e adversidades, mas sem os mesmos heróis de
antes, pois já passou o tempo deles. Entraram no meu Panteão dos melhores
personagens de jogos de plataformas que conheço.