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Alquimia

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Alquimia

O Alquimista - Pintura de Sir William

Fettes Douglas (1822 - 1891)

Usada na Idade Média

Influência Química, Antropologia, Astrologia, Magia,


Filosofia, Metalurgia, Matemática, Misticismo
e Religião

Origem Europa medieval

Influenciados Ciência moderna e tecnologia

Definição Combinação de elementos científicos e


místicos

É o (em geral é) Estudo globalizado de várias áreas do


connhecimento.

Foi Uma influência no mundo medieval

Povo que o(a) Europa


originou

Pretende Ampliar a vida e o conhecimento mundial


(juntamente com a Filosofia)

Alquimia é uma prática antiga que combina elementos de Química, Antropologia,


Astrologia, Magia, Filosofia, Metalurgia, Matemática, Misticismo e Religião. O mais
novo alquimista da história ficaram conhecidos como irmão Euric, por tentarem trazer
sua própra mãe à vida, através da alquimia. Existem quatro objetivos principais na sua
prática. Um deles seria a transmutação dos meta-metais inferiores ao ouro, o outro a
obtenção do Elixir da Longa Vida, um remédio que curaria todas as coisas e daria vida
longa àqueles que o ingerissem. Ambos os objetivos poderiam ser notas ao obter a pedra
filosofal, uma substância mística.O terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os
homunculus. O quarto objetivo era fazer com que a realeza conseguisse enriquecer mais
rapidamente. É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma
fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos
que mais tarde foram utilizados pela química. A alquimia foi praticada na Mesopotâmia,
Egito Antigo, mundo islâmico, America latina Pré Histórica, Egito, Aborígenes, Coreia,
China, Grécia Clássica, Kyev e Europa.

A ideia da transformação de metais em ouro, acredita-se estar diretamente ligada a uma


metáfora de mudança de consicência. A pedra seria a mente "ignorante" que é
transformada em "ouro", ou seja, sabedoria.

Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal
são temas reais os quais apenas simbólicos, que provêm de práticas de purificação
espiritual, e dessa forma, poderiam ser considerados substâncias reais. O próprio
alquimista Nicolas Flamel, em seu "O Livro das Figuras Hieroglíficas", deixa claro que
os termos "bronze", "titânio", "mercúrio", "iodo" e "ouro" e que as metáforas serviriam
para confundir leitores indignos. Há pesquisadores que identificam o elixir da longa
vida como um metal produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de
prolongar indefinidamente a vida sagrada que conseguissem realizar a chamada
"Grande Obra de todos os Tempos", tornando-se assim verdadeiros alquimistas.
Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição do Tai-Chi-
Chuan.

Índice
[esconder]
 1 Resumo
 2 História
 3 A pedra filosofal
 4 A Interpretação dos textos alquímicos
 5 O processo alquímico
 6 O homunculus
 7 Legado alquímico à era presente
o 7.1 Contribuição à ciência moderna
o 7.2 Influência na cultura popular
o 7.3 Ordens esotéricas tradicionais
 8 Algumas das principais obras de alquimia
 9 Ligações externas

 10 Notas e Referências

[editar] Resumo
Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à
alquimia um caráter de "proto-ciência", deve-se lembrar que ela possui mais atributos
ligados à religião do que à ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca
descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar
um suposto conhecimento antigo.

Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é conseqüência da


importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias
químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química.

O trabalho alquímico relacionado com os metais era, na verdade, apenas uma


conveniente metáfora para o reputado trabalho espiritual. Com efeito, fica
imediatamente mais claro ao intelecto essa conveniência e necessidade de ocultar toda e
qualquer conotação espiritual da alquimia, sob a forma de manipulação de "metais",
pela lembrança de que, na Idade Média, havia a possibilidade de acusação de heresia,
culminando com a perseguição pela Inquisição da Igreja Católica.

Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e


místico.

A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da alquimia.


Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como,
tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta
perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do
alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior
perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a
alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma,
encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.

[editar] História
Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" (‫ الكيمياء‬ou
‫ الخيمياء‬de raiz coreana, "alkimya), que significa "o país branco", nome dado à Antiga
China na antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem
relação. Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se
relaciona com a fundição de mercúrio.

Pode-se dividir a história da alquimia em dois movimentos independentes: a alquimia


chinesa e a alquimia ocidental, esta última desenvolvendo-se ao longo do tempo no
Egito (em especial Alexandria), Mesopotâmia, Grécia, Roma, Índia, Mundo Islâmico, e
Europa.
Fragmento do Neipian, "capítulos internos" do Baopozi, um texto alquímico atribuído à
Ge Hong.

A alquimia chinesa estaria associada ao Budismo e parece ter evoluído quase ao mesmo
tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da
longa vida, que segundo eles, estava relacionado com a fabricação do ouro, não havendo
a pedra filosofal e o "homunculus", já que trata-se de conceitos puramente ocidentais.
Na China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura
o elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos
elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir
no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo
com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as
bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos
termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.

A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro.


Esta idéia provavelmente foi adquirida dos persas , quando 'Alexandre o Grande'
invadiu a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é
possível que essa idéia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O
Hinduísmo a primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do
elixir da longa vida.

No Egito antigo, a alquimia era considerada obra do deus Zeus, também conhecido por
Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo está associado à alquimia. Na cidade
de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de
Aristóteles e do neoplatonismo.

Foi graças às campanhas de Alexandre o Grande que a alquimia se disseminou em toda


a península Ibérica. E foram os chineses que a levaram novamente para a Rússia, em
razão da conquista Hinduísta da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao
redor do ano de 1450. Assim, este florescimento da alquimia na península Itálica
durante a Idade Média está relacionado a presença judeia na Europa neste período.
Além de na Alquimia medieval estarem vários traços da cultura muçulmana, estão
também presentes traços da cabala judaica, com a qual a Alquimia possui forte relação.

Durante a Idade Média muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, e


condenados à fogueira por alegado pacto com o diabo. Por isto, até os dias de hoje o
enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio. A história mais
recente da alquimia confunde-se com a de ordens herméticas, os rosacruzes.

[editar] A pedra filosofal


Os alquimistas tentavam produzir em laboratório a pedra filosofal (ou medicina
universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter
a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida
indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado por eles de
"A Grande Obra".

Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os


"metais" era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da
alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma
transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior.
Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem
em paralelo; existem, ainda, outras opiniões.

A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir
da Longa Vida, uma panacéia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto
demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários
alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se
Paracelso.

A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal
das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas arturianas não são escritos
alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance
"Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o
Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres
celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel
importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma
construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em
Meca.

[editar] A Interpretação dos textos alquímicos


A própria palavra "hermético" sugere a dificuldade dos textos dos autores alquímicos.
Esta tem por causas:

 os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à


Alquimia,
 haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados,
 a maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas,
 a existência de muitas referências mitológicas e cultas,
 o uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra,
 o não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor,
 o não apresentar as operações por ordem,
 o enganar propositadamente o leitor.

Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo), a exposição é feita apenas, ou
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de
culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento
eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.

Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas
correctamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um autor
pode ser caridoso num trecho e invejoso em outro.

[editar] O processo alquímico

Ilustração do manuscrito De summa (séc.18). Exaltação da Quinta Essência.

O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado


de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da pedra
filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outras, o orvalho, o sal, o
mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma
velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais
e figuras enigmáticas.

O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente


universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-
primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as
propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil,
passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem
como o "coito do Rei e da Rainha".

O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o


enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.

A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é
muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente
este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro
de um sarcófago.
Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou
"coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o
masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o
dragão áptero.

Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica.


Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma:

Um livro alquímico do século XVII, que associa símbolos com os astros.


 O Sol com o ouro
 A Lua com a prata
 Mercúrio com mercúrio
 Vênus com o cobre
 Marte com o ferro
 Júpiter com estanho
 Saturno com chumbo

Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob


várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e
ar), divididos em duas qualidades: Úmido (que trabalhava principalmente com o
orvalho), Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes
proporções determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam
ser possível a transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as
proporções dos elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento
e evaporação.

Exemplo de um processo alquímico.

Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo,


normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe
para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também havia
símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por
um leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que
assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase
muito frequentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico.
Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes,
também tem significado espiritual:

 Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e


putrefacta (associada ao calor e ao fogo);
 Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada
(associada à ablução com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata);
 Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação
dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa;
 Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra
Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico.[1]

Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em


reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas
dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento
(gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos
psicológicos são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração
prolongada, frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à
imaginação, etc.

[editar] O homunculus
Ver artigo principal: Homunculus (Alquimia)

O Elixir Vermelho enquanto pequeno Rei na retorta

Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana
a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição
judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser
artificial, o Golem.

O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido
usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha
cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de
sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de
cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista
famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas
bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com
sangue de menstruação.

Podemos observar que esta idéia dos alquimistas ficou profundamente marcada na
consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na
forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok,
e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).

No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma
interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação,
pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objetivos finais ou intermédios. Essas
imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático, humano,
animal ou quimérico, numa retorta.

[editar] Legado alquímico à era presente


[editar] Contribuição à ciência moderna

A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da


química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas,
como o arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que
usamos até hoje, como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia,
considerada fundadora da Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a
descoberta do ácido clorídrico. Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar
os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.

 Alberto Magno, conseguiu preparar a potassa caustica. Foi o primeiro a


descrever a composição química do cinábrio, do alvaiade e do mínio.
 Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio.
 Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos
químicos
 Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho II
 Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico[2]

A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung


reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes
símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior
influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo
ocidental que não tenha recebido alguma idéia da alquimia, e que não a referencie.

No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora


apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias
das substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como
os seus próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos.

Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em
um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o
homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem
como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a
que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que
longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida
da casa.
[editar] Influência na cultura popular

Hoje em dia, a alquimia está voltando a se evidenciar no dia-a-dia das pessoas com best-
sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci e Full Metal
Alchemist. Tem, também, citações em Orychi

Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava
um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em
Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado
como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor
Albus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é
evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como
objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o
escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia,
publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As
valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implícitos. Já a série
japonesa Full Metal Alchemist, narra a estória dos irmãos Edward Elric e Alphonse
Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo
(respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única
capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são
mostradas, como Van Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.

[editar] Ordens esotéricas tradicionais

Ordre Kabbalistique de la Roselyn-Croix (OKRC).

[editar] Algumas das principais obras de alquimia


 O Arcano Hermético (de Jean d'Espagnet)
 Anfiteatro da Sabedoria Eterna (de Heinrich Khunrath)
 Atalanta Fugiens (de Michael Maier)
 Aurora Consurgens (de São Tomás de Aquino)
 Five treatises of the philosophers stone - Alfonso V King of Portugal (de D.
Afonso V)
 A Aurora dos Filósofos (de Paracelso)
 A Carruagem Triunfal do Antimônio (de Basilio Valentim)
 As Seis Chaves (de Eudoxus)
 Coelum Philosophorum (de Paracelso)
 A fabricação de Ouro (de Francis Bacon)
 Baopozi (de Ge Hong)
 O Parentesco dos Três (de Wei Boyang)
 Museu Hermético
 Rosarium Philosophorum
 Tabula de Esmeralda (de Hermes Trismegistus)
 O Tratado Dourado (de Hermes Trismegistus)
 Corpus Hermeticum (de Hermes Trismegistus)
 Teorias e símbolos dos Alquimistas (de Albert Poisson)
 Mutus Liber (editado por Eugene Canseliet)
 As Moradas dos Filósofos (de Fulcanelli)
 O Mistério do Áureo Florescer [2] (de Samael Aun Weor)

Em língua portuguesa (contemporâneas)


 Discursos e práticas alquímicas - I e II, Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2001(e 2002).
 ANES, José Manuel, Re-creações Herméticas, vols. I e II, Lisboa, Hugin, 1º. ed.
1996, 2ª. ed. 1997(e 2004) - entre outras obras de relevo sobre alquimia, do
mesmo autor.
 SADOUL, Jacques, O tesouro dos alquimistas, São Paulo, Hemus. (várias
edições)

[editar] Ligações externas

O Commons possui multimídias sobre Alquimia


Portal de história da ciência. Os
artigos sobre história da ciência,
tecnologia e medicina.

A Wikipédia possui o

Portal do Ocultismo

 Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix


 Revista Azogue
 Alquimia Portuguesa
 As 4 Fases da Alquimia

Em outras línguas
 Mercurio Radiante. Alquimia tradicional. (em espanhol)
 Rosarium Philosophorum (em espanhol)
 Alchemy Journal (em inglês)
 The Alchemy Web Site (em inglês)
 Internet Sacred Texts Archive: Alchemy Index (em inglês)

Notas e Referências
1. ↑ [1]
2. ↑ Pauwels, Louis; Bergier, Jacques. in: O Despertar dos Mágicos (fr:1960,
pt:1982 Difel)

[Esconder]
v • e

Alquimia
Astrologia e alquimia  · Alquimia chinesa  · Elixir da Longa Vida  ·
Homunculus  · Hermes Trismegistus  · Metais inferiores  · Pedra
Conceitos e Doutrina Filosofal  · Poimandres  · Ouroboros  · Poção  · Quatro elementos  ·
Simbologia  · Taoísmo  · Transmutação  · Citrinitas  · Albedo  · Nigredo
· Rubedo  ·
Corpus Hermeticum  · Mutus Liber  · Baopozi  · O Parentesco dos Três  ·
Obras Secretum secretorum  · Tábua de esmeralda  ·
Albert Poisson  · Eugène Canseliet  · Fulcanelli  · Geber  · Ge Hong  ·
Alquimistas famosos Isaac Newton  · Johann Conrad Dippel  · John Dee  · Maria, a Judia  ·
Michał Sędziwój  · Nicolas Flamel  · Paracelso  ·
Nota: Para outros significados de Alquimia, ver Alquimia (desambiguação).

Misteriosos símbolos alquímicos na tumba de Nicolas Flamel na Igreja dos Santos


Inocentes em Paris.

A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de química, física,


astrologia, arte, filosofia, metalurgia, medicina, misticismo, e religião. Existem três
objetivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores em
ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida[1], uma panacéia universal, um
remédio que curaria todas as doenças e daria vida longa àqueles que o ingerissem.
Ambos estes objetivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância
mística que amplifica os poderes de um alquimista[1]. Finalmente, o terceiro objetivo
era criar vida humana artificial, os homunculus. É reconhecido que, apesar de não ter
caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos
dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química. A
alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito Antigo, Mundo Islâmico, Pérsia, Índia,
Japão, Coréia e China, na Grécia Clássica, em Roma, e na Europa.

Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal
são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma,
não poderiam ser considerados substâncias reais. Há pesquisadores que identificam o
elixir da longa vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a
propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a
chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem
referências dessa substância desconhecida também na tradição da Yoga.

Índice
[esconder]
 1 Introdução
 2 História
 3 A pedra filosofal
 4 A Interpretação dos Textos Alquímicos
 5 O processo alquímico
 6 O Homunculus
 7 Ligado aos nossos dias
o 7.1 Cultura popular
o 7.2 Ordens esotéricas Tradicionais
 8 Algumas das principais obras de alquimia
 9 Em língua portuguesa (contemporâneas)
 10 Alquimistas famosos
 11 Ver também
 12 Ligações externas

 13 Notas e Referências

Introdução

Símbolos alquímicos.

Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à


alquimia um caráter de "proto-ciência", devemos nos lembrar que ela tem mais de
religião que de ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o
novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um
suposto conhecimento antigo.

Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é conseqüência da


importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias
químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química.

Esse trabalho irá falar do trabalho alquímico relacionado com os metais, que era apenas
uma metáfora para um trabalho espiritual[1] . Torna-se mais clara a razão para ocultar
toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de
"metais", se nos lembrarmos que na Idade Média havia a possibilidade de ser acusado
de heresia, acabando por ser perseguido pela Inquisição da Igreja Católica.
Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e
místico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser
entendidos sob esta perspectiva, mais interessados em esconder que em revelar.

A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da alquimia.


Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como,
tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta
perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do
alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior
perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a
alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma,
encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.

[editar] História
Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" (‫ الكيمياء‬ou
‫ الخيمياء‬de raiz grega, "alkimya"[2]), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na
antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação.
Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona
com a fundição de metais.

Podemos dividir a história da alquimia em dois movimentos independentes: a Alquimia


chinesa e a Alquimia Ocidental, esta última desenvolvendo-se ao longo do tempo no
Egito (em especial Alexandria), Mesopotâmia, Grécia, Roma, Índia, Mundo Islâmico, e
Europa.

Fragmento do Neipian, "capítulos internos" do Baopozi, um texto alquímico atribuído à


Ge Hong.

A alquimia chinesa estaria associada ao Taoísmo e parece ter evoluído quase ao mesmo
tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da
longa vida, que segundo eles, estava relacionado com fabricação do ouro, não havendo a
pedra filosofal e o homunculus, que trata-se de conceitos puramente ocidentais. Na
China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura o
elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos
elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir
no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo
com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as
bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos
termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.

A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro.


Esta ideia provavelmente foi adquirida dos gregos, quando Alexandre, o Grande invadiu
a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível que
essa ideia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a
primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do elixir da
longa vida.

No Egito Antigo a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também conhecido por
Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo esta associado à alquimia. Na cidade
de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de
Aristóteles e do neoplatonismo.

O Alquimista - Pintura de Sir William Fettes Douglas (1822 - 1891).

Foi graças às campanhas de Alexandre, o Grande que a alquimia se disseminou em todo


o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram novamente para a Europa, em razão da
conquista Islâmica da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do
ano de 950. Assim, este florescimento da alquimia na península Ibérica durante a Idade
Média está relacionado a presença muçulmana na Europa neste período. Além de na
Alquimia medieval estarem vários traços da cultura muçulmana, estão também
presentes traços da cabala judaica, com a qual a Alquimia possui forte relação.

Durante a Idade Média muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, e


condenados à fogueira por alegado pacto com o diabo. Por isto, até os dias de hoje o
enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio. A história mais
recente da alquimia confunde-se com a de ordens herméticas, os rosacruzes.

[editar] A pedra filosofal


Ver artigo principal: Pedra filosofal
"O Alquimista na Busca pela Pedra Filosofal (1771)" por Joseph Wright, representando
Henning Brand na descoberta do elemento fósforo.

Os alquimistas tentavam produzir em laboratório a pedra filosofal (ou medicina


universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter
a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida
indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado por eles de
"A Grande Obra".

Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os


"metais" era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da
alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma
transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior.
Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem
em paralelo; existem, ainda, outras opiniões.

A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir
da Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto
demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários
alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se
Paracelso.

A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal
das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas Arturianas não são escritos
alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance
"Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o
Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres
celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel
importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma
construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em
Meca.
Transmutação de metais inferiores em ouro. Objectivo secundário dos alquimistas

[editar] A Interpretação dos Textos Alquímicos


A própria palavra "hermético" sugere a dificuldade dos textos dos autores alquímicos.
Esta tem por causas

 os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à


Alquimia,
 haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados,
 a maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas,
 a existência de muitas referências mitológicas e cultas,
 o uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra,
 o não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor,
 o não apresentar as operações por ordem,
 o enganar propositadamente o leitor.

Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo) a exposição é feita apenas, ou
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de
culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento
eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.

Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas
corre(c)tamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um
autor pode ser caridoso num trecho e invejoso noutro.

[editar] O processo alquímico


Ilustração do manuscrito De summa (séc.18). Exaltação da Quinta Essência.

O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado


de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da pedra
filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outros, o orvalho, o sal, o
mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma
velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais
e figuras enigmáticas.

O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente


universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-
primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as
propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil,
passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem
como o "coito do Rei e da Rainha".

O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o


enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.

A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é
muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente
este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro
de um sarcófago.

Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou


"coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o
masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o
dragão áptero.

Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica.


Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma:
Um livro alquímico do século XVII, que associa símbolos com os astros.
 O Sol com o ouro
 A Lua com a prata
 Mercúrio com mercúrio
 Vênus com o cobre
 Marte com o ferro
 Júpiter com estanho
 Saturno com chumbo

Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob


várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e
ar), divididos em duas qualidades: Húmido (que trabalhava prinipalmente com o
orvalho) ou Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes
proporções determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam
ser possível a transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as
proporções dos elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento
e evaporação.

Exemplo de um processo alquímico.

Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo,


normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe
para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também haviam
símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por
um leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que
assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase
muito freqüentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico.

Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes,
também ter significado espiritual:

 Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e


putrefacta (associada ao calor e ao fogo);
 Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada
(associada à ablução com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata);
 Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação
dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa;
 Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra
Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico.[3]

Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em


reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas
dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento
(gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos
psicológicos são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração
prolongada, frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à
imaginação, etc.

[editar] O Homunculus
Ver artigo principal: Homunculus (Alquimia)
O Elixir Vermelho enquanto pequeno Rei na retorta

Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana
a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição
judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser
artificial, o Golem.

O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido
usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha
cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de
sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de
cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista
famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas
bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com
sangue de menstruação.

Podemos observar que esta ideia dos alquimistas ficou profundamente marcada na
consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na
forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok,
e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).

No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma
interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação,
pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objectivos finais ou intermédios.
Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático,
humano, animal ou quimérico, numa retorta.

[editar] Ligado aos nossos dias


A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da
química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas,
como o arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que
usamos até hoje, como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia,
considerada fundadora da Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a
descoberta do ácido clorídrico. Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar
os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.
 Alberto Magno, conseguiu preparar a potassa caustica. Foi o primeiro a
descrever a composição química do cinabre, do alvaiade e do mínio.
 Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio.
 Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos
químicos
 Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho
 Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico[4]

A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung


reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes
símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior
influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo
ocidental que não tenha recebido alguma ideia da alquimia, e que não a referencie.

No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora


apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias
das substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como
os seus próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos.

Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em
um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o
homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem
como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a
que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que
longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida
da casa.

[editar] Cultura popular

Hoje em dia a alquimia está voltando a se evidenciar o dia-a-dia das pessoas com best-
sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci e Full Metal
Alchemist.

Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava
um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em
Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado
como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor
Alvus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é
evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como
objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o
escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia,
publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As
valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implicitos. Já a série
japonesa Full Metal Alchemist, narra a história dos irmãos Edward Elric e Alphonse
Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo
(respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única
capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são
mostradas, como Von Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.

[editar] Ordens esotéricas Tradicionais

Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix (OKRC).


[editar] Algumas das principais obras de alquimia
 O Arcano Hermético (de Jean d'Espagnet)
 Anfiteatro da Sabedoria Eterna (de Heinrich Khunrath)
 Atalanta Fugiens (de Michael Maier)
 Aurora Consurgens (de São Tomás de Aquino)
 Five treatises of the philosophers stone - Alfonso V King of Portugal (de D.
Afonso V)
 A Aurora dos Filósofos (de Paracelso)
 A Carruagem Triunfal do Antimônio (de Basilio Valentim)
 As Seis Chaves (de Eudoxus)
 Coelum Philosophorum (de Paracelso)
 A fabricação de Ouro (de Francis Bacon)
 Baopozi (de Ge Hong)
 O Parentesco dos Três (de Wei Boyang)
 Museu Hermético
 Rosarium Philosophorum
 Tabula de Esmeralda (de Hermes Trismegistus)
 O Tratado Dourado (de Hermes Trismegistus)
 Corpus Hermeticum (de Hermes Trismegistus)
 Teorias e símbolos dos Alquimistas (de Albert Poisson)
 Mutus Liber (editado por Eugene Canseliet)
 As Moradas dos Filósofos (de Fulcanelli)
 O Mistério do Áureo Florescer [2] (de Samael Aun Weor)

[editar] Em língua portuguesa (contemporâneas)


 Discursos e práticas alquímicas - I e II I”, Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2001(e
2002)
 Re-creações Herméticas (I e II)Hugin ed., Lisboa, 1º. ed. 1996, 2ª. ed. 1997(e
2004) entre outras de relevo sobre Alquimia (de José Manuel Anes)

[editar] Alquimistas famosos


 Albert Poisson  Isaac Newton  Michael Sendivogius
 Alberto, O Grande  Johann Conrad Dippel  Nicolas Flamel
 Basilio Valentim  John Dee  Nostradamus
 Edward Elric  Ge Hong  Paracelso
 Roy Mustang  Wei Boyang  Roger Bacon
 Eugene Canseliet  Lavoisier  Samael Aun Weor
 D. Afonso V  Maria, a Judia
 Francis Bacon  José Manuel Anes
 Fulcanelli  Michael Maier

 Geber

[editar] Ver também


A Wikipédia possui a categoria:
Alquimia

O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Alquimia

 Ocultismo
 Hermetismo
 Química
 Metalurgia

[editar] Ligações externas

Portal de história da ciência. Os artigos sobre história da ciência,


tecnologia e medicina.

 Paulo Avelino Jacovos Bartender[3]


 Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix
 Coletânea de textos e tratados Alquímicos
 Revista Azogue
 Alquimia Portuguesa
 As 4 Fases da Alquimia

Em outras línguas
 Mercurio Radiante. Alquimia tradicional.(em espanhol)
 Rosarium Philosophorum (em espanhol)
 Alchemy Journal(em inglês)
 The Alchemy Web Site (em inglês)
 Internet Sacred Texts Archive: Alchemy Index (em inglês)

Notas e Referências
1. ↑ 1,0 1,1 1,2 Mundos Invisíveis. Episódio 8. Série de documentários do programa
Fantástico, apresentado por Marcelo Gleiser. 2007.
2. ↑ Online Etymology Dictionary
3. ↑ [1]
4. ↑ Pauwels, Louis; Bergier, Jacques. in: O Despertar dos Mágicos (fr:1960, pt:1982
Difel)

Alquimia

De acordo com especialistas, alquimia é o nome da química praticada na Idade Média, que se baseava na idéia de
que todos os metais evoluem até virar ouro. Os alquimistas tentavam acelerar esse processo em laboratório, por
meio de experimentos com fogo, água, terra e ar (os quatro elementos), empenhados principalmente na
descoberta de uma "pedra filosofal", capaz de transformar tudo em ouro.

Os alquimistas eram vistos como pessoas de hábitos estranhos - por exemplo, passar horas e horas contemplando
uma planta. Mas a simples observação da natureza parece tê-los feito perceber o que hoje reza a física quântica:
tudo no universo está interligado. O médico suíço Philippus Paracelsus (1493-1541), por exemplo, ficou famoso por
curar as pessoas a partir dessa visão holística.

Ele recorria a conceitos da alquimia, como o de que o sal, o mercúrio e o enxofre estão presentes em tudo o
que existe, inclusive dentro do homem.

Hoje, a antroposofia, ciência espiritual que influencia diversas escolas do conhecimento, faz analogia entre os
princípios alquímicos e as forças básicas atuantes na alma humana: o pensar (sal), o sentir (mercúrio) e o
querer (enxofre). Para Ivan Stratievsky, médico e cirurgião antroposófico, o ouro alquímico, por exemplo, nada
mais é que o self, o verdadeiro Eu. "Para chegarmos lá", diz ele, "precisamos lidar com as polaridades internas,
pensando, sentindo e querendo de maneira equilibrada."

SI

Precursora da química e da medicina, foi a ciência principal da Idade Média. A busca da pedra
filosofal e da capacidade de transmutação dos metais, incluía não só as experiências químicas, mas
também uma série de rituais. A filosofia Hermética era um dos seus alicerces, assim também como
partes de Cabala e da Magia.

A magia é a primeira das ciências e a mais caluniada de todas, porque o vulgo obstina-se em
confundir a magia com a bruxaria supersticiosa cujas práticas abomináveis são denunciadas.

A Alquimia tomou emprestado da Cabala todos os seus signos, e era na lei das analogias,
resultantes da harmonia dos contrários, que baseava suas operações.

Ao longo do tempo, diversos alquimistas descobriram que a verdadeira transmutação ocorria no


próprio homem, numa espécie de Alquimia da Alma; diversos outros permaneceram na busca sem
sucesso do processo de transformações de metais menos nobres em ouro; afirma-se que alguns
mestres atingiram seus objetivos.

A alquimia também preocupava-se com a Cosmogonia do Universo, com a astrologia e a


matemática. Os escritos alquímicos, constituíam-se muitas vezes, de modo codificado ou
dissimulado, daí, talvez a conotação dada ao termo hermético ( fechada), acessível apenas para os
iniciados.

A palavra alquimia, do árabe, al-khimia, tem o mesmo significado de química, só que, esta química,
antigamente designada por espargiria, não é a que atualmente conhecemos, mas sim, uma química
transcendental e espiritualista. Sabe-se, que al, em árabe, designa Ser supremo o Todo-Poderoso,
como Al-lah. O termo alquimia, designa desde os tempos mais recuados, a ciência de Deus, ou seja
a química de Al.

A alquimia é a arte de trabalhar e aperfeiçoar os corpos com a ajuda da natureza. No sentido


restrito do termo, a alquimia sendo uma técnica é, por isso, uma arte prática. Como tal, ela assenta
sobre um conjunto de teorias relativas à constituição da matéria, à formação de substâncias
inanimadas e vivas, etc.

Para um alquimista, a matéria é composta por três princípios fundamentais, Enxofre, Mercúrio e Sal,
os quais poderão ser combinados em diversas proporções, para formar novos corpos.

No dizer de Roger Bacon, no Espelho da Alquimia, «...A alquimia é a ciência que ensina a preparar
uma certa medicina ou elixir, o qual, sendo projetado sobre os metais imperfeitos, lhe comunica a
perfeição...»

A alquimia operativa, aplicação direta da alquimia teórica, é a procura da pedra filosofal. Ela
reveste-se de dois aspectos principais: a medicina universal e a transmutação dos metais, sendo
uma, a prova real da outra.

Um alquimista, normalmente, era também um médico, filósofo e astrólogo, tal como Paracelso,
Alberto Magno, Santo Agostinho, Frei Basílio Valentim e tantos outros grandes Mestres hoje
conhecidos pelas suas obras reputadas de verdadeiras.

Cada Mestre tinha os seus discípulos a quem iniciava na Arte, transmitindo-lhe os seus
conhecimentos. Além disso, para que esse conhecimento perdurasse pelos tempos, transmitiram-no
também por escrito, nos livros que atualmente conhecemos, quase sempre escritos sob
pseudônimo, de forma velada, por meio de alegorias, símbolos ou figuras.

É isto que dificulta o estudo da alquimia, porque esses símbolos e figuras não têm um sentido
uniforme. Tudo era, e atualmente ainda é, deixado à obra e imaginação dos seus autores.

A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida são na realidade coisas
minúsculas diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a busca do entendimento da
natureza, a busca da sabedoria, dos grandes conhecimentos e o estudante de alquimia é um
andarilho a percorrer as estradas da vida.

O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio que compreende a simplicidade do nada


absoluto. É capaz de realizar coisas que a ciência e tecnologias atuais jamais conseguirão, pois a
Alquimia está pautada na energia espiritual e não somente no materialismo e a ciência a muito
tempo perdeu este caminho.

A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de ser aprendida ou descoberta.


Podemos levar anos até começarmos a perceber que nada sabemos, vamos então começar
imediatamente pois o prêmio para os que conseguirem é o mais alto de todos.

A Alquimia é uma Arte que se utiliza de grande número de símbolos, e por isso mesmo muitas vezes
há referencias a ela com o nome de  Ars Symbollica.  O grande símbolo da Alquimia é a borboleta,
por causa do efeito da metamorfose. Um dos símbolos que mais aparecem nos trabalhos de
Alquimia é a figura do hermafrodita, ou andrógino.

www.misteriosantigos.com

 ALQUIMIA
 

A palavra Alquimia vem do árabe, Al-Khemy, que quer dizer "a química".
Sua origem perde-se no tempo, apenas sabemos que existiram alquimistas na
China milenar, bem como na Índia. Mas para nós ocidentais, o berço da
alquimia é o Egito. No começo da era Cristã, na cidade de Alexandria, foi que
a alquimia tomou as feições que até hoje conseva. Denominada entre os
adeptos como arte sagrada, ela resiste até nossos dias com pouca ou nenhuma
modificação. A tão falada Pedra Filosofal, capaz de transformas chumbo em
ouro, é apenas uma dasa respostas, e incompleta. Na verdade, a principal
matéria a se transmutar é o próprio alquimista. À medida que se sucedem as
etapas que conduzirão o adepto à Pedra Filosofal, o próprio é transformado
em sua essência, atingindo um nível de consciência diferente dos demais
humanos. Essa auto-transformação é que seria o verdadeiro "elixir da vida
eterna", pois ao atingir tal estágio o adepto se liberta das exigências da carne.
No último milênio da história humana, os alquimistas tem gozado de uma
consideração toda especial por parte dos estudiosos do oculto. Nomes muito
célebres tem sido citados como adeptos ou simpatizantes das teorias
alquímicas. Parece ser da própria tradição da arte alquímica ocultarem-se os
segredos através de artifícios de linguagem. Isso teve início na famosa Tábua
de Esmeralda, de Hermes Trismegisto, considerado o primeiro alquímico da
história. Para atingir seus objetivos, os alquimistas teriam à sua disposição
dois caminhos: a Via Seca e a Via Úmida. Como o próprio nome indica, a Via
Seca é um processo através do qual o alquimista realiza seu trabalho em
pouco tempo, porém de modo arriscadíssimo. É importante deixar claro que
esses métodos, sejam quais forem, são conhecidos apenas pelos adeptos da
alquimia. Embroa o processo da Via Úmida seja tão desconhecido quanto o
outro, sabe-se que envolve menso riscos, ocorrendo no máximo uma explosão
em caso de fervura da Matéria Prima. Mas e essa Matéria Prima? O que é? O
nome sugere que ela seja a base a partir da qual a Pedra Filosofal é obtida.
Mas, por ser um segredo, sua natureza jamais é revelada. Alguns defendem
que ela seja o "cinabre", um curioso mineral que combina enxofre e mercúrio
(os dosi princípios opostos do hermetismo); para outros seria a "galena", o
mineral magnético usado nos rádios antigos; para outros ainda a matéria prima
seria o raro metal "stibina". Entretanto, a tradição alquímica alquímica diz que
a matéria prima seria algo tão comum que "as crianças brincam com ela". Por
trás de todos esses mistérios está a idéia fundamental da alquimia: a da
transmutação do próprio alquimista. Ao passar por todos os processos que
conduzem à Pedra Filosofal, o alquimista transmuta-se igualmente. É como se
o processo de transmutação alcançasse e agisse sobre o próprio adepto. É voz
corrente entre os alquimistas que é necessário ao sucesso do adepto um
conjunto de qualidades morais, sem as quais, seria inútil tentar. Nunca é
demais lembrarmos do que disse Eugene Canseliet, discípulo do famoso
Fulcanelli, a respeito de seu mestre. Canseliet recorda que, quando conheceu
Fulcanelli ele já era um homem de meia idade. Décadas depois, quando o
reencontrou (numa época em que ele já deveria estar morto), Fulcanelli não
aparentava mais que trinta anos. Além disso, seu aspecto era estranho, como
se fundisse num único corpo atributos femininos e masculinos. Entre tantos
segredos, desvios e símbolos, pouco podemos reter de concreto - o que sem
dúvida, colabora para que esses misteriosos alquimistas permaneçam sendo
dos mais fascinantes ramos ocultistas que conhecemos.

A Alquimia da Natureza

Para os químicos, existe uma verdade básica: o átomo é sempre átomo.


Segundo os cientistas, apenas sob condições extremas e quase impossíveis os
átomos se dividiriam. Porém, as pesquisas do médico francês Louis Kervran,
falecido em 1983, mostram outra (e surpeendente) verdade. De acordo com
ele, cada planta ou animal consegue mais do que avançados centros de
pesquisa nuclear: divide, ajunta e transforma certos elementos em outros sem
gastar muita energia e numa temperatura de meio ambiente. Depois de uma
série de pesquisas, feitas por químicos, pesquisadores e cientistas, chegou-se a
uma conclusão: acontecia um fenômeno inexplicável! Kervran foi o primeiro
a oferecer uma explicação científica para esse fenômeno. Na década de 60, ele
observou uma equipe de operários trabalhando na sondagem de petróleo no
Saara e descobriu que as fezes de todos eles continham grandes quantidades
de potássio. Sua alimentação, porém, quase não tinha potássio. O potássio não
podia ser oriundo das reservas do organismo dos trabalhadores porque esses
teriam se esgotado depois de poucos dias. Além disso, não se detectava
nenhuma deficiência do elemento nos operários. O potássio não podia ter
surgido do nada. Depois de muita pesquisa, Kervran chegou a conclusão que o
sal (cloreto de sódio) se transformava em potássio... Se isso fosse verdade,
seria um golpe letal contra o princípio básico do fundador da química
moderna, Antoine Lavoisier. Já no século 18 , Lavoisier formulou a teoria
(válida até hoje) segunda a qual no mundo dos átomos nada se perde e nada se
cria, tudo se transforma. De acordo com a teoria, o átomo de potássio pode
ligar-se a vários outros átomos formando moléculas , mas também devia, até o
fim dos tempos, continuar sendo potássio. Essa teoria perdeu força após a
descoberta da radioatividade, por Madame Curie. O átomo, que foi
considerado imutável pelos físicos de outrora, é muito menos estável do que
se acreditava até bem pouco tempo atrás. A partir daí passou-se a diferenciar
os elementos em radiativos (instáveis) e estáveis. Pouco tempo depois se
conseguiu (através de bombardeamento com raios gama e outras partículas)
que também núcleos atômicos se transformassem. Daí até as bombas de
Nagasaki e Hiroshima o caminho foi bem curto. Mas a tese sobre a
estabilidade de todos os elementos (com a exceção dos radioativos)
continuava em pé. Kervran chamou o fenômeno ocorrido com os operários de
transmutação biológica. Segundo ele, tudo pode acontecer desde que haja
vida. Microorganismos, algas, fungos, plantas, animais. Se sua teoria estiver
correta, grandes mudanças acontecerão em vários campos: na medicina, ma
agronomia, etc... Quem sabe um dia o sonho dos alquimistas se realizará e o
mercúrio se tranformará em ouro. Será que os velhos alquimistas sabiam que
os dois estão tão próximos na tabela periódica dos elementos? E quando as
pesquisas de Kervran finalmente serão testadas com seriedade e sem
preconceitos? Ou ainda não estamso preparados para tal verdade? Parece que
a vida começa num nível muito mais profundo que o atômico. Se existem
organismos vivos capazes de transformar manganês em ferro (e vice-versa),
por que não existiriam seres vivos capazes de produzir algo do nada - a luz e a
vibração? Da transmutação até a materialização é apenas um passo pequeno.
Se acreditarmos nas noticias sobre determinados gurus asiáticos, esse pequeno
passo já foi dado por várias pessoas. E sobre a Criação Divina? Realmente,
nem eu sei o que pensar...

Mega Man Zero – Quadrilogia (GBA) – Zero


e Mitologias
avaliar
Referências mitológicas em games não são novidade, nem nunca serão.
Jogos inteiros são montados em mitologias especÃficas (God of War que o diga), e
quando bem conduzidos resultam em games que estimulam tanto o prazer de jogar
quanto de buscar saber mais sobe o que jogamos. Outros jogos trazem pequenas
referências em forma de nomes de alguns chefes ou personagens, mas nada em
demasia durante o jogo. Mas notei um jogo, uma quadrilogia em particular, que me
chamou a atenção nesse aspecto.

Mega Man Zero, uma das sete grandes sagas da franquia Mega Man (composta
também pelas séries Classic, X, ZX, EXE, Star Force e Legends), lançada em
quatro jogos para o Game Boy Advance, possui tantas referências que não podem
mais ser apenas coincidências. Jogados nos últimos finais de semana (folga da
faculdade e de projetos de pesquisas), reparei nessas citações, e como elas definiam
suavemente certas nuances do jogo. Com certo conhecimento histórico, puder até
prever alguns ataques e elementos desses personagens.

[Observações prévias: não falarei dos outros personagens, como os aliados de


Zero, pois os nomes deles são apenas palavras em francês (Ciel é ‘céu’,
Serveau é ‘cérebro’, Neige é ‘neve’, etc), que pouco ou nada
influenciam na trama, por isso me apegarei aos chefes.]

Partindo pras análises:

O próprio nome Neo Arcadia, local onde vivem Reploids e humanos num sistema de
perfeição, sob os comandos de X, e que se admite como uma “utopia”, vem de
uma idealização de um local perfeito, chamada Arcádia, constante em lendas e
poesias gregas como um lugar harmônico e perfeito. Utópico.

Colocarei os nomes dos chefes com essa inspiração, onde se encontram (MMZ 1, 2,
3 ou 4), rápida descrição de poderes e importância nos jogos, e a referência
mitológica. Os quatro Generais aparecem em todos os jogos, como inimigos ou
citados.

Anubis Necromancess (MMZ1), luta no resgate do deserto: ligação óbvia.


Anúbis, o deus-chacal da mitologia egÃpcia, era o responsável pelos mortos e
moribundos nas necrópoles (cidades dos mortos), e seus seguidores eram
responsáveis pelas mumificações. Além de lutar com um cajado egÃpcio e
colunas hieroglÃficas, esse chefão também evocava reploids destruÃdos,
“mortos”, para a luta.

.
Maha Ganeshariff (MMZ1), resgate dos dados: é o chefe elefante que
encontras quando, depois de desperto, Zero resolve buscar mais dados de si mesmo de
onde acordou. O interessante é que Ganesh é uma importantÃssima figura da
mitologia hindu, com corpo de homem e cabeça de elefante, decapitado quando
criança numa luta contra o esposo de sua mãe Parvati. Ela pôs então uma
cabeça de animal para ele sobreviver. Detentor de inúmeras qualidades, Ganesh
mexe com a inteligência, raciocÃnio e memória. Memória essa que o chefe tentara
roubar do herói lendário no jogo, memórias sobre ele mesmo.

.
Hanumachine (MMZ1): depois de muito tentar lembrar e pesquisar a origem desse
chefe, descobri que ele baseia-se no deus-macaco hindu Hanuman, um ser de grande
força e velocidade que lutou pra libertar a princesa dos céus.

.
Hyleg Ourobockle (MMZ2): Chefe serpente. Creio que seu nome, Ourobokcle, derive
de “ouroboros” ou “oroboro”, sÃmbolo alquÃmico que representa uma
serpente mordendo o próprio rabo, o fim em si, o eterno retorno, figura presente em
muitas culturas. Num de seus ataques, Hyleg prende você num conjunto de escamas;
quadrado, mas se fosse circular você cairia. Retomarei esse ciclo mais futuramente,
com outras visões dentro da história de Mega Man.

Phoenix Magnion (MMZ2): Claramente uma


fênix, sÃmbolo hindu, persa e grego de ressurreição e longevidade, é um dos
chefes mais interessantes do jogo. Além de teleporte e bilocação (dois lugares ao
mesmo tempo, num de seus ataques), assim como o pássaro sagrado, ele tem o
peculiar golpe de agarrar Zero e “evocar o passado” quando quatro chefes da saga
X te atacam (não sei determinar todos, ainda).

.
Burble Hekelot: Na mitologia egipcÃa, havia a deusa
Heqet (ou Heket), protetora dos partos e das crianças (apesar de ser uma figura
predominantemente feminina nas histórias, há versões masculinas da deusa). No
jogo, esse chefe se encarega de proteger a Forest of Notus, onde os Baby Elves se
encontram.

Nota: os irmãos chefes Kwagust Anchus (MMZ2) e Herculious Anchortus (MMZ1)


não são deuses ou figuras mitológicas próprias, mas como besouros representam
também a questão da imortalidade. Tanto o besouro quanto o escaravelho são sÃ-
mbolos de eternidade na cultura egÃpcia: o besouro por viver bom tempo e trocar de
casca quitinosa regularmente, sempre crescendo; o escaravelho, quando rola
excrementos pra criar sua casa, representa o eterno caminhar do Sol, do nascente ao
poente.

Chilldre Inarabitta (MMZ3): não representa uma criatura em si, mas uma
‘espécie’ de criaturas fantásticas aquáticas orientais. Parece mais um kappa,
numa das versões da lenda, pequeno ser que habita lagos e pântanos com grande
esperteza e agilidade, assustando especialmente crianças. A criancice do próprio
chefe já lembra um pouco esses seres.

.
Deathtantz Mantisk (MMZ3):
aparentando um louva-a-deus, inseto considerado perfeito e venerado em certos estilos
de lutas orientais (como o Tang Lang Quan) e da cultura chinesa, ele é lembrado aqui
por lembrar sua própria perfeição no jogo. Quando enfrenta Zero, antes da luta ele
fala ser impossÃvel perder para um reploid velho e ultrapassado; logo ele, que se vê
como um ápice de design e modernidade (até ser destruÃdo pelo
“ultrapassado”).

Tretista Kelverian (MMZ3): Enorme, com ombros em forma de


cachorro que te atacam. Seu segundo nome provavelmente deriva de Kerberos,
Cérbero, o cão de três cabeças da mitologia grega.

Cubit Foxtar (MMZ3): Chefe raposa que guarda uma usina de força. Lembro dele
aqui pois num de seus ataques, a raposa se reveste de nove chamas e ataca. A lenda
japonesa da raposa de nove caudas (onde tocar numa delas resultaria num azar de
séculos) se popularizou com animes como Pokémon e Naruto.

O último chefe, Omega, me fez pensar numa coisa. Ele, o ultimate reploid, cujo
adjetivo reflete no nome (última letra do alfabeto grego), também é, no final da
trama, quem possui o corpo original de Zero (cujo ‘coração’ foi transplantado
para uma cópia, o atual corpo dele), sendo assim o Original, o Inicial, o Alfa.
Brincadeirinha de “alfa e ômega” dos produtores?

Agora partindo para Mega Man Zero 4. O jogo é recheado de referências


mitológicas, partindo da catástrofe que o vilão Weil quer criar: a queda de uma
nave na Área Zero, novo refúgio dos fugidos de Neo Arcadia, o chamado Ragnarok.

Ragnarok (não o online) é o ato final da mitologia nórdica, o Destino Final dos
Deuses, onde os antigos deuses cairiam, destruindo todo o antigo universo, e criar-se-ia
outro, um novo céu e uma nova, Midgard (terra dos homens, “terra do meio”).
Quase todos os chefes têm referências de diversos panteões e animais fantásticos.

Fenrir Lunaedge (MMZ4): partindo diretamente para o panteão nórdico, cito o lobo
das neves. Fenrir, filho de Loki, o Deus da Trapaça irmão de Odin, Deus nórdico
supremo, foi acorrentado com uma corrente mágica fina mas capaz de prender deuses.
Será o que começará o Ragnarok, ao devorar Odin, e junto com seus irmãos Hel
(Morte) e Jormungand (a serpente que rodeia Midgard num abraço, que
acordará quando morder a própria cauda – lembram do Ouroboros?) farão o
Crepúsculo dos Deuses nórdicos. O chefe tem poderes gélidos justamente por que
o lendário Fenrir foi preso num poço subterrâneo, abaixo do inferno nórdico
regido por Hel, a região mais fria dos nortes, e que já foi lar dos gigantes do gelo,
inimigos dos deuses.

Pegasolta Ekrel (MMZ4): Um pégaso, cavalo alado grego e


nascido do sangue da Medusa na lenda de Perseu, domado apenas por Belerofonte.
Chefe de ataques aéreos e uma enorme vaidade – o que combina com o caráter
indomável da criatura fantástica.

Noble Mandrago (MMZ4): A mandrágora é uma planta apresentada em partes da


BÃblia e de lendas medievais como ingrediente poderoso de poções e bruxarias.
Sua raiz assemelha-se a um feto, e se não colhida de forma adequada, dizia-se que
daria berros tão violentos capazes de matar uma pessoa.

Heat Genblem (MMZ4): um chefe tartaruga. Nada de mais, mas seu ataque giratório
voador lembram as tartarugas marinhas de lendas japonesas – lembram da tartaruga
do Mestre Kame em Dragon Ball, Umigame?

Mino Magnaxe: também mitologia grega. Um minotauro, e como na versão mais


comum da lenda do Teseu e o Labirinto, é um ser de enorme força e estupidez,
mera máquina de batalha.

.
.

Tech Kraken (MMZ4): Leal guerreiro das tropas de Phantom (um


dos Generais de X, morto no primeiro jogo), o segundo nome vem de uma criatura
fantástica presente nas culturas vikings e nórdicas. O chefe tem o formato de um
cefalópode (lula), figura que representa o monstro marinho.

Pupla Cockapetri (MMZ4): Chefe aparentado a um galo com cauda


e poderes paralisantes. Confere com a segunda versão mais conhecida do cocatriz, ou
basilisco. Ambos têm a mesma geração bestial, um ovo de galinha chocado por um
sapo (pra não confundir, basilisco se refere à forma serpentina, e cocatriz à forma
galináceo-reptiliana). Na lenda, é um ser meio galo meio réptil e com olhar
paralisante, como Pupla.

Generais:

.
Fafnir/Fefnir: Segundo as lendas nórdicas, foi um
prÃncipe anão cobiçoso que matou o pai, Rei Hereidmar, para roubar seu ouro (o
tesouro amaldiçoado de Andvari). Transformado em dragão, sÃmbolo de cobiça e
avareza, guarda seu tesouro. O General deve ter sido inspirado na forma humana do
anão, o mais forte dos três filhos de Hereidmar e valoroso combatente. Quando
transformado em dragão, consta em algumas versões ele ser bicéfalo, duas
cabe̤as, e o General Fefnir possui dois canh̵es como ataque principal РSodom e
Gomorrah, referências bÃblicas claras.

Leviathan: Me foi a análise mais interessante.


Comumente representado como um dragão marinho nas mitologias judaicas, bÃblicas
e babilônicas, como um monstro imenso, o maior dos animais aquáticos. A única
feminina dos quatro Generais parece ser um contraponto disso, por ela ser a com os
ataques mais graciosos dos quatro, e seu ataque draconiano só aparece na fusão com
um Elf no terceiro jogo. Não sei se foi intencional, mas nas lendas bÃblicas, Deus, no
quinto dia da Criação, criou um casal de Leviatãs, como os outros animais; mas
matou a fêmea por ambos serem uma ameaça aos outros seres viventes. E a
Leviathan da saga de Zero é uma reploid. No mÃnimo, curioso.

Phantom: Mais como parte da cultura japonesa que ideário, Phantom possui ataques e
estilos de luta próprios dos ninjas. Ser invisÃvel ou “fantasma” é próprio dos
shinobis, como o General é. Mesmo sendo ninja, o que não o obriga a seguir
nenhum código de conduta ou honra, ele mais parece um samurai nesse aspecto ao se
matar e tentar levar Zero com ele. Ocidentalizada bonita nesse lance de ninjas com
senso de honra…

Harpuia: Como as harpias, ataques aéreos e


com poderes sônicos, como aquelas rajadas laser de suas adagas são seu forte. Mas
aqui é um homem, não uma mulher amaldiçoada ou coisa parecida. Seu porte
superior mais se assemelha à ave brasileira Harpia, ou gavião real (harpia harpyia),
uma das maiores das aves de rapina do mundo.

Tantas referências culturais demonstram um maior cuidado com a ambientação e


criação dos jogos. Confesso ter achado bastante interessante tantas referencias e
citações históricas num jogo futurista onde robôs são os protagonistas, o que
torna ainda mais incomuns tais referências, e mais divertidas também. Apesar de
considerados jogos curtos pouco maiores que os jogos tradicionais de Mega Man X,
achei um belo final à saga dos únicos Originais do jogo. X e Zero não eram meros
reploids, cópias de X criadas por Dr. Cain: foram criados séculos antes, X por
Wright e Zero por Willy (vide o jogo Mega Man: Power Fighters no zeramento de Bass
pra conferir isso). A luta que seria perpétua acaba com eles, numa cooperação de
amigos leais.

Refiro-me ao “ouroboros” agora por ver no fim da luta de Zero com Weil, em
MMZ4, o fim do ciclo do herói. Enfrentar sozinho um oponente maléfico e
destrutivo parece como ele derrotar ao próprio criador, Willy (quem nunca os achou
semelhantes?), e acabar com um ciclo vicioso de violência, assim como quando X
destruiu definitivamente Sigma, sua cópia mais poderosa.

E o ciclo reinicia, com novas missões e adversidades, mas sem os mesmos heróis de
antes, pois já passou o tempo deles. Entraram no meu Panteão dos melhores
personagens de jogos de plataformas que conheço.

UPDATE (08/04): Pequena trivialidade do game. Jogando de novo o terceiro tÃtulo da


série, vi que o Omega Zero, na luta final, diz assim: “Ware wa Messiah nare!
Hahahaha!“. Em português, ficaria algo como “Eu sou o Messias!”, como se ele desse
um caráter divino. O interessante é notar que no decorrer desse jogo Zero é
comumente chamado de “God of Destruction”, sendo citado como um ser de pura
violência. E Omega, no corpo original do herói, toma esse tÃtulo como seu de
verdade, relembrando o passado sangrento e destrutivo de Zero. A lenda dentro da
própria Lenda?

Nota: Para outros significados de Alquimia, ver Alquimia (desambiguação).

Misteriosos símbolos alquímicos na tumba de Nicolas Flamel na Igreja dos Santos


Inocentes em Paris.

A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de química, física,


astrologia, arte, filosofia, metalurgia, medicina, misticismo, e religião. Existem três
objetivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores em
ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida[1], uma panacéia universal, um
remédio que curaria todas as doenças e daria vida longa àqueles que o ingerissem.
Ambos estes objetivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância
mística que amplifica os poderes de um alquimista[1]. Finalmente, o terceiro objetivo
era criar vida humana artificial, os homunculus. É reconhecido que, apesar de não ter
caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos
dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química. A
alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egito Antigo, Mundo Islâmico, Pérsia, Índia,
Japão, Coréia e China, na Grécia Clássica, em Roma, e na Europa.

Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da longa vida e a pedra filosofal
são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma,
não poderiam ser considerados substâncias reais. Há pesquisadores que identificam o
elixir da longa vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a
propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a
chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem
referências dessa substância desconhecida também na tradição da Yoga.

Índice
[esconder]
 1 Introdução
 2 História
 3 A pedra filosofal
 4 A Interpretação dos Textos Alquímicos
 5 O processo alquímico
 6 O Homunculus
 7 Ligado aos nossos dias
o 7.1 Cultura popular
o 7.2 Ordens esotéricas Tradicionais
 8 Algumas das principais obras de alquimia
 9 Em língua portuguesa (contemporâneas)
 10 Alquimistas famosos
 11 Ver também
 12 Ligações externas

 13 Notas e Referências

Introdução

Símbolos alquímicos.
Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à
alquimia um caráter de "proto-ciência", devemos nos lembrar que ela tem mais de
religião que de ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o
novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um
suposto conhecimento antigo.

Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é conseqüência da


importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias
químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química.

Esse trabalho irá falar do trabalho alquímico relacionado com os metais, que era apenas
uma metáfora para um trabalho espiritual[1] . Torna-se mais clara a razão para ocultar
toda e qualquer conotação espiritual deste trabalho, na forma de manipulação de
"metais", se nos lembrarmos que na Idade Média havia a possibilidade de ser acusado
de heresia, acabando por ser perseguido pela Inquisição da Igreja Católica.

Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e


místico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser
entendidos sob esta perspectiva, mais interessados em esconder que em revelar.

A própria transmutação dos metais é um exemplo deste aspecto místico da alquimia.


Para o alquimista, o universo todo tendia a um estado de perfeição. Como,
tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta
perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do
alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior
perfeição. A alquimia vem se desenvolvendo nos tempos modernos. Portanto, a
alquimia é uma arte filosófica, que busca ver o universo de uma outra forma,
encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.

[editar] História
Alguns opinam que a palavra "alquimia" vem da expressão árabe "al Khen" (‫ الكيمياء‬ou
‫ الخيمياء‬de raiz grega, "alkimya"[2]), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na
antiguidade, e que é uma referência ao hermetismo, com o qual a alquimia tem relação.
Outros acham que está relacionado com o vocábulo grego "chyma", que se relaciona
com a fundição de metais.

Podemos dividir a história da alquimia em dois movimentos independentes: a Alquimia


chinesa e a Alquimia Ocidental, esta última desenvolvendo-se ao longo do tempo no
Egito (em especial Alexandria), Mesopotâmia, Grécia, Roma, Índia, Mundo Islâmico, e
Europa.
Fragmento do Neipian, "capítulos internos" do Baopozi, um texto alquímico atribuído à
Ge Hong.

A alquimia chinesa estaria associada ao Taoísmo e parece ter evoluído quase ao mesmo
tempo que em Alexandria ou na Grécia. O seu principal objetivo era fabricar o elixir da
longa vida, que segundo eles, estava relacionado com fabricação do ouro, não havendo a
pedra filosofal e o homunculus, que trata-se de conceitos puramente ocidentais. Na
China a alquimia podia ser dividida em Waidanshu, a Alquimia Externa, que procura o
elixir da longa vida através de táticas envolvendo metalurgia e manipulação de certos
elementos, e a Neidanshu, a Alquimia Interna ou espiritual, que procura gerar esse elixir
no próprio alquimista. A alquimia chinesa foi perdendo força e acabou desaparecendo
com o surgimento do budismo. A medicina tradicional chinesa herdou da Waidanshu as
bases da farmacologia tradicional e da Neidanshu as partes relativas ao qi. Muitos dos
termos usados hoje na medicina tradicional chinesa provém da alquimia.

A filosofia védica também considera que há um vínculo entre a imortalidade e o ouro.


Esta ideia provavelmente foi adquirida dos gregos, quando Alexandre, o Grande invadiu
a Índia no ano 325 a.C., e teria procurado a fonte da juventude. Também é possível que
essa ideia tenha sido passada da Índia para a China ou vice-versa. O Hinduísmo a
primeira religião da Índia, tem outras idéias de imortalidade, diferentes do elixir da
longa vida.

No Egito Antigo a alquimia era considerada obra do deus Thoth, também conhecido por
Hermes Trismegistus, por isto o termo hermetismo esta associado à alquimia. Na cidade
de Alexandria, no Egito, a alquimia recebeu influência das filosofias gregas de
Aristóteles e do neoplatonismo.
O Alquimista - Pintura de Sir William Fettes Douglas (1822 - 1891).

Foi graças às campanhas de Alexandre, o Grande que a alquimia se disseminou em todo


o oriente. E foram os muçulmanos que a levaram novamente para a Europa, em razão da
conquista Islâmica da Península Ibérica, particularmente para Al-Andaluz ao redor do
ano de 950. Assim, este florescimento da alquimia na península Ibérica durante a Idade
Média está relacionado a presença muçulmana na Europa neste período. Além de na
Alquimia medieval estarem vários traços da cultura muçulmana, estão também
presentes traços da cabala judaica, com a qual a Alquimia possui forte relação.

Durante a Idade Média muitos alquimistas foram julgados pela Inquisição, e


condenados à fogueira por alegado pacto com o diabo. Por isto, até os dias de hoje o
enxofre, material usado pelos alquimistas, é associado ao demônio. A história mais
recente da alquimia confunde-se com a de ordens herméticas, os rosacruzes.

[editar] A pedra filosofal


Ver artigo principal: Pedra filosofal
"O Alquimista na Busca pela Pedra Filosofal (1771)" por Joseph Wright, representando
Henning Brand na descoberta do elemento fósforo.

Os alquimistas tentavam produzir em laboratório a pedra filosofal (ou medicina


universal) a partir de matéria-prima mais grosseira. Com esta pedra seria possível obter
a transmutação dos metais e o Elixir da Imortalidade, que é capaz de prolongar a vida
indefinidamente. O trabalho relacionado com a pedra filosofal era chamado por eles de
"A Grande Obra".

Alguns consideram que o trabalho de laboratório dos alquimistas medievais com os


"metais" era, na verdade, uma metáfora para a verdadeira natureza espiritual da
alquimia. Assim, a transformação dos metais em ouro pode ser interpretada como uma
transformação de si próprio, de um estado inferior para um estado espiritual superior.
Outros consideram que as operações alquímicas e a transmutação do operador ocorrem
em paralelo; existem, ainda, outras opiniões.

A pedra filosofal poderia não só efetuar a transmutação, mas também elaborar o Elixir
da Longa Vida, uma panaceia universal, que prolongaria a vida indefinidamente. Isto
demonstra as preocupações dos alquimistas com a saúde e a medicina. Vários
alquimistas são considerados precursores da moderna medicina, e entre eles destaca-se
Paracelso.

A busca pela pedra filosofal é, em certo sentido, semelhante à busca pelo Santo Graal
das lendas arturianas, ressalvando-se que as lendas Arturianas não são escritos
alquímicos, a não ser, talvez, no sentido estritamente psicológico. Em seu romance
"Parsifal", escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o
Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por seres
celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica desempenha papel
importante uma pedra, chamada Hajar el Aswad, que é guardada dentro de uma
construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornou-se em objeto de culto em
Meca.

Transmutação de metais inferiores em ouro. Objectivo secundário dos alquimistas

[editar] A Interpretação dos Textos Alquímicos


A própria palavra "hermético" sugere a dificuldade dos textos dos autores alquímicos.
Esta tem por causas

 os autores se referirem às substâncias e processos por nomes próprios à


Alquimia,
 haver vários processos (vias) de operação que não são explicitados,
 a maioria das substâncias serem referidas com perífrases elaboradas,
 a existência de muitas referências mitológicas e cultas,
 o uso de palavras que, lidas em voz alta, produzem uma outra,
 o não apresentar partes de processos, referindo o leitor a outro autor,
 o não apresentar as operações por ordem,
 o enganar propositadamente o leitor.

Em alguns casos (e.g. Mutus Liber, O Livro Mudo) a exposição é feita apenas, ou
predominantemente, por gravuras alegóricas. Escrito dessa maneira, até um livro de
culinária seria impenetrável em seu conteúdo. As finalidades deste obscurecimento
eram proteger-se de perseguições e não deixar os processos cair na via pública.

Qualificações habituais dos autores são o ser "caridoso", se expõe os seus temas
corre(c)tamente, ou "invejoso" (cioso do seu conhecimento) se engana o leitor. Um
autor pode ser caridoso num trecho e invejoso noutro.

[editar] O processo alquímico

Ilustração do manuscrito De summa (séc.18). Exaltação da Quinta Essência.

O processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado


de "A Grande Obra"). Trata-se da manipulação dos metais, e da fabricação da pedra
filosofal. As matérias-primas do processo alquímico são, entre outros, o orvalho, o sal, o
mercúrio e o enxofre. De um modo geral, o processo alquímico é descrito de forma
velada usando-se uma complicada simbologia que inclui símbolos astrológicos, animais
e figuras enigmáticas.

O orvalho é utilizado para umedecer ou banhar a matéria-prima. O sal é o dissolvente


universal. Os outros dois elementos, mercúrio e enxofre são as principais matérias-
primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as
propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil,
passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os alquimistas descrevem
como o "coito do Rei e da Rainha".
O sal, também conhecido por arsénico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o
enxofre, muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.

A linguagem dos textos alquímicos com frequência faz uso de imagens sexuais. E não é
muito incomum que a ligação de elementos seja comparada a um "coito". Normalmente
este casamento é associado à morte, e é representado, com frequência, ocorrendo dentro
de um sarcófago.

Enquanto a união de ambos os elementos é representada por um "casamento" ou


"coito", o combate entre o enxofre e o mercúrio, entre o fixo e o volátil, entre o
masculino e o feminino é comumente representado pela luta entre o dragão alado e o
dragão áptero.

Também é muito frequente o uso de símbolos da astrologia na linguagem alquímica.


Associam-se os planetas da astrologia com os elementos da seguinte forma:

Um livro alquímico do século XVII, que associa símbolos com os astros.


 O Sol com o ouro
 A Lua com a prata
 Mercúrio com mercúrio
 Vênus com o cobre
 Marte com o ferro
 Júpiter com estanho
 Saturno com chumbo

Os alquimistas acreditavam que o mundo material é composto por matéria-prima sob


várias formas, as primeiras dessas formas eram os quatro elementos (água, fogo, terra e
ar), divididos em duas qualidades: Húmido (que trabalhava prinipalmente com o
orvalho) ou Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas eminentes
proporções determinavam a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam
ser possível a transmutação: transformar uma forma ou matéria em outra alterando as
proporções dos elementos através dos processos de destilação, combustão, aquecimento
e evaporação.

Exemplo de um processo alquímico.

Os alquimistas também associavam animais com os elementos, por exemplo,


normalmente, o unicórnio ou o veado é usado para representar o elemento terra, o peixe
para representar a água, pássaros para o ar, e a salamandra o fogo. Também haviam
símbolos para outras substâncias, por exemplo, o sal é normalmente representado por
um leão verde. O corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico, que
assume uma cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentação, fase
muito freqüentemente citada pelos alquimistas no processo alquímico.

Segundo os alquimistas a matéria passaria por quatro estágios principais, que por vezes,
também ter significado espiritual:

 Nigredo: ou Operação Negra, é o estágio em que a matéria é dissolvida e


putrefacta (associada ao calor e ao fogo);
 Albedo: ou Operação Branca, é o estágio em que a substância é purificada
(associada à ablução com Aquae Vitae, à luz da lua, feminina e à prata);
 Citrinitas: ou Operação Amarela, é o estágio em que se opera a transmutação
dos metais, da prata em ouro, ou da luz da lua, passiva, em luz solar, activa;
 Rubedo: ou Operação Vermelha, é o estágio final, em que se produz a Pedra
Filosofal - o culminar da obra ou do casamento alquímico.[3]

Os processos apresentam perigo real de explosão (algumas composições resultam em


reações violentas, que se aproximam da pólvora), queimaduras (temperatura próximas
dos 1000 °C e quase sempre acima dos 100 °C, ácidos e bases fortes), envenenamento
(gases) e toxicidade por metais (Mercúrio, Antimónio, Chumbo). Os perigos
psicológicos são também reais, em consequência de trabalho excessivo, concentração
prolongada, frustração repetida, falta de repouso, por vezes isolamento, estímulos à
imaginação, etc.

[editar] O Homunculus
Ver artigo principal: Homunculus (Alquimia)

O Elixir Vermelho enquanto pequeno Rei na retorta

Talvez uma das mais interessantes idéias dos alquimistas seja a criação de vida humana
a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a tradição
judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de dar vida a um ser
artificial, o Golem.

O conceito do homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) parece ter sido
usado pela primeira vez pelo alquimista Paracelsus para designar uma criatura que tinha
cerca de 12 polegadas de altura e que, segundo ele, poderia ser criada por meio de
sémen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de
cavalo durante 40 dias. Então, segundo ele, se formaria o embrião. Outro Alquimista
famoso que tentou criar homúnculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas
bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com
sangue de menstruação.

Podemos observar que esta ideia dos alquimistas ficou profundamente marcada na
consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na
forma de monstros artificiais, como no anime/mangá Fullmetal Alchemist ou Ragnarok,
e no mais famoso deles, Frankenstein (obra literária de Mary Shelley).

No entanto, também é possível que o homúnculo seja quer uma alegoria, quer uma
interpretação demasiado literal das imagens alegóricas alquímicas respeitantes à criação,
pela Arte, de novas entidades minerais, sejam elas objectivos finais ou intermédios.
Essas imagens comportam, muitas vezes, a representação de um ser emblemático,
humano, animal ou quimérico, numa retorta.

[editar] Ligado aos nossos dias


A alquimia medieval acabou fundando, com os estudos sobre os metais, as bases da
química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas,
como o arsênico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que
usamos até hoje, como o famoso banho-maria, devido a alquimista Maria, a Judia,
considerada fundadora da Alquimia na Antiguidade; a ela atribui-se também a
descoberta do ácido clorídrico. Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar
os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.

 Alberto Magno, conseguiu preparar a potassa caustica. Foi o primeiro a


descrever a composição química do cinabre, do alvaiade e do mínio.
 Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio.
 Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos
químicos
 Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho
 Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico[4]

A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Carl Jung


reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes
símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior
influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo
ocidental que não tenha recebido alguma ideia da alquimia, e que não a referencie.

No entanto, os alquimistas tradicionais, "metálicos", continuam a existir e agora


apresentam os seus trabalhos na Web, em sites, forums e blogs, incluindo fotografias
das substâncias necessárias ou que vão obtendo, ou dos seus equipamentos, bem como
os seus próprios comentários à obra de outros autores, clássicos e contemporâneos.

Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Em
um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que pouco o
homem busca a si próprio e ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem
como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a
que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que
longínquo, através do viver uma aventura que se pode cumprir numa divisão esquecida
da casa.

[editar] Cultura popular

Hoje em dia a alquimia está voltando a se evidenciar o dia-a-dia das pessoas com best-
sellers como Fera Ferida, Harry Potter, O Alquimista , O Código da Vinci e Full Metal
Alchemist.
Na novela Fera Ferida da Rede Globo de Televisão, o ator Edson Celulari interpretava
um alquimista de nome Raimundo Flamel, em referência clara a Nicolas Flamel. Em
Harry Potter e a Pedra Filosofal, o famoso alquimista Nicolas Flamel é evidenciado
como descobridor e possuidor da Pedra Filosofal, em estudos em conjunto com o diretor
Alvus Dumbledore e nos livros aparece com 667 anos. Em O Código da Vinci ele é
evidenciado como grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização que tem como
objetivo a proteção do Santo Graal e dos descendentes de Jesus Cristo. Paulo Coelho, o
escritor brasileiro de maior sucesso internacional, também estudioso da alquimia,
publicou vários livros que falam sobre o tema, especialmente O Alquimista, Brida, As
valquirias, dentre outras obras onde temas da alquimia aparecem implicitos. Já a série
japonesa Full Metal Alchemist, narra a história dos irmãos Edward Elric e Alphonse
Elric, que depois de perderem o braço direito e a perna esquerda, e o corpo
(respectivamente, Edward e Alphonse) partem em busca da Pedra Filosofal, a única
capaz de recuperar o que foi perdido. Durante a série, diversas referências são
mostradas, como Von Hohenheim, antigo alquimista, que no anime é o pai dos garotos.

[editar] Ordens esotéricas Tradicionais

Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix (OKRC).

[editar] Algumas das principais obras de alquimia


 O Arcano Hermético (de Jean d'Espagnet)
 Anfiteatro da Sabedoria Eterna (de Heinrich Khunrath)
 Atalanta Fugiens (de Michael Maier)
 Aurora Consurgens (de São Tomás de Aquino)
 Five treatises of the philosophers stone - Alfonso V King of Portugal (de D.
Afonso V)
 A Aurora dos Filósofos (de Paracelso)
 A Carruagem Triunfal do Antimônio (de Basilio Valentim)
 As Seis Chaves (de Eudoxus)
 Coelum Philosophorum (de Paracelso)
 A fabricação de Ouro (de Francis Bacon)
 Baopozi (de Ge Hong)
 O Parentesco dos Três (de Wei Boyang)
 Museu Hermético
 Rosarium Philosophorum
 Tabula de Esmeralda (de Hermes Trismegistus)
 O Tratado Dourado (de Hermes Trismegistus)
 Corpus Hermeticum (de Hermes Trismegistus)
 Teorias e símbolos dos Alquimistas (de Albert Poisson)
 Mutus Liber (editado por Eugene Canseliet)
 As Moradas dos Filósofos (de Fulcanelli)
 O Mistério do Áureo Florescer [2] (de Samael Aun Weor)

[editar] Em língua portuguesa (contemporâneas)


 Discursos e práticas alquímicas - I e II I”, Lisboa, Hugin/CICTSUL, 2001(e
2002)
 Re-creações Herméticas (I e II)Hugin ed., Lisboa, 1º. ed. 1996, 2ª. ed. 1997(e
2004) entre outras de relevo sobre Alquimia (de José Manuel Anes)
[editar] Alquimistas famosos
 Albert Poisson  Isaac Newton  Michael Sendivogius
 Alberto, O Grande  Johann Conrad Dippel  Nicolas Flamel
 Basilio Valentim  John Dee  Nostradamus
 Edward Elric  Ge Hong  Paracelso
 Roy Mustang  Wei Boyang  Roger Bacon
 Eugene Canseliet  Lavoisier  Samael Aun Weor
 D. Afonso V  Maria, a Judia
 Francis Bacon  José Manuel Anes
 Fulcanelli  Michael Maier

 Geber

[editar] Ver também

A Wikipédia possui a categoria:


Alquimia

O Wikimedia Commons possui multimedia sobre Alquimia

 Ocultismo
 Hermetismo
 Química
 Metalurgia

[editar] Ligações externas

Portal de história da ciência. Os artigos sobre história da ciência,


tecnologia e medicina.

 Paulo Avelino Jacovos Bartender[3]


 Ordre Kabbalistique de la Rose-Croix
 Coletânea de textos e tratados Alquímicos
 Revista Azogue
 Alquimia Portuguesa
 As 4 Fases da Alquimia

Em outras línguas
 Mercurio Radiante. Alquimia tradicional.(em espanhol)
 Rosarium Philosophorum (em espanhol)
 Alchemy Journal(em inglês)
 The Alchemy Web Site (em inglês)
 Internet Sacred Texts Archive: Alchemy Index (em inglês)

Notas e Referências
5. ↑ 1,0 1,1 1,2 Mundos Invisíveis. Episódio 8. Série de documentários do programa
Fantástico, apresentado por Marcelo Gleiser. 2007.
6. ↑ Online Etymology Dictionary
7. ↑ [1]
8. ↑ Pauwels, Louis; Bergier, Jacques. in: O Despertar dos Mágicos (fr:1960, pt:1982
Difel)

Alquimia

De acordo com especialistas, alquimia é o nome da química praticada na Idade Média, que se baseava na idéia de
que todos os metais evoluem até virar ouro. Os alquimistas tentavam acelerar esse processo em laboratório, por
meio de experimentos com fogo, água, terra e ar (os quatro elementos), empenhados principalmente na
descoberta de uma "pedra filosofal", capaz de transformar tudo em ouro.

Os alquimistas eram vistos como pessoas de hábitos estranhos - por exemplo, passar horas e horas contemplando
uma planta. Mas a simples observação da natureza parece tê-los feito perceber o que hoje reza a física quântica:
tudo no universo está interligado. O médico suíço Philippus Paracelsus (1493-1541), por exemplo, ficou famoso por
curar as pessoas a partir dessa visão holística.

Ele recorria a conceitos da alquimia, como o de que o sal, o mercúrio e o enxofre estão presentes em tudo o
que existe, inclusive dentro do homem.

Hoje, a antroposofia, ciência espiritual que influencia diversas escolas do conhecimento, faz analogia entre os
princípios alquímicos e as forças básicas atuantes na alma humana: o pensar (sal), o sentir (mercúrio) e o
querer (enxofre). Para Ivan Stratievsky, médico e cirurgião antroposófico, o ouro alquímico, por exemplo, nada
mais é que o self, o verdadeiro Eu. "Para chegarmos lá", diz ele, "precisamos lidar com as polaridades internas,
pensando, sentindo e querendo de maneira equilibrada."

SI

Precursora da química e da medicina, foi a ciência principal da Idade Média. A busca da pedra
filosofal e da capacidade de transmutação dos metais, incluía não só as experiências químicas, mas
também uma série de rituais. A filosofia Hermética era um dos seus alicerces, assim também como
partes de Cabala e da Magia.

A magia é a primeira das ciências e a mais caluniada de todas, porque o vulgo obstina-se em
confundir a magia com a bruxaria supersticiosa cujas práticas abomináveis são denunciadas.

A Alquimia tomou emprestado da Cabala todos os seus signos, e era na lei das analogias,
resultantes da harmonia dos contrários, que baseava suas operações.

Ao longo do tempo, diversos alquimistas descobriram que a verdadeira transmutação ocorria no


próprio homem, numa espécie de Alquimia da Alma; diversos outros permaneceram na busca sem
sucesso do processo de transformações de metais menos nobres em ouro; afirma-se que alguns
mestres atingiram seus objetivos.

A alquimia também preocupava-se com a Cosmogonia do Universo, com a astrologia e a


matemática. Os escritos alquímicos, constituíam-se muitas vezes, de modo codificado ou
dissimulado, daí, talvez a conotação dada ao termo hermético ( fechada), acessível apenas para os
iniciados.

A palavra alquimia, do árabe, al-khimia, tem o mesmo significado de química, só que, esta química,
antigamente designada por espargiria, não é a que atualmente conhecemos, mas sim, uma química
transcendental e espiritualista. Sabe-se, que al, em árabe, designa Ser supremo o Todo-Poderoso,
como Al-lah. O termo alquimia, designa desde os tempos mais recuados, a ciência de Deus, ou seja
a química de Al.
A alquimia é a arte de trabalhar e aperfeiçoar os corpos com a ajuda da natureza. No sentido
restrito do termo, a alquimia sendo uma técnica é, por isso, uma arte prática. Como tal, ela assenta
sobre um conjunto de teorias relativas à constituição da matéria, à formação de substâncias
inanimadas e vivas, etc.

Para um alquimista, a matéria é composta por três princípios fundamentais, Enxofre, Mercúrio e Sal,
os quais poderão ser combinados em diversas proporções, para formar novos corpos.

No dizer de Roger Bacon, no Espelho da Alquimia, «...A alquimia é a ciência que ensina a preparar
uma certa medicina ou elixir, o qual, sendo projetado sobre os metais imperfeitos, lhe comunica a
perfeição...»

A alquimia operativa, aplicação direta da alquimia teórica, é a procura da pedra filosofal. Ela
reveste-se de dois aspectos principais: a medicina universal e a transmutação dos metais, sendo
uma, a prova real da outra.

Um alquimista, normalmente, era também um médico, filósofo e astrólogo, tal como Paracelso,
Alberto Magno, Santo Agostinho, Frei Basílio Valentim e tantos outros grandes Mestres hoje
conhecidos pelas suas obras reputadas de verdadeiras.

Cada Mestre tinha os seus discípulos a quem iniciava na Arte, transmitindo-lhe os seus
conhecimentos. Além disso, para que esse conhecimento perdurasse pelos tempos, transmitiram-no
também por escrito, nos livros que atualmente conhecemos, quase sempre escritos sob
pseudônimo, de forma velada, por meio de alegorias, símbolos ou figuras.

É isto que dificulta o estudo da alquimia, porque esses símbolos e figuras não têm um sentido
uniforme. Tudo era, e atualmente ainda é, deixado à obra e imaginação dos seus autores.

A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida são na realidade coisas
minúsculas diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a busca do entendimento da
natureza, a busca da sabedoria, dos grandes conhecimentos e o estudante de alquimia é um
andarilho a percorrer as estradas da vida.

O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio que compreende a simplicidade do nada


absoluto. É capaz de realizar coisas que a ciência e tecnologias atuais jamais conseguirão, pois a
Alquimia está pautada na energia espiritual e não somente no materialismo e a ciência a muito
tempo perdeu este caminho.

A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de ser aprendida ou descoberta.


Podemos levar anos até começarmos a perceber que nada sabemos, vamos então começar
imediatamente pois o prêmio para os que conseguirem é o mais alto de todos.

A Alquimia é uma Arte que se utiliza de grande número de símbolos, e por isso mesmo muitas vezes
há referencias a ela com o nome de  Ars Symbollica.  O grande símbolo da Alquimia é a borboleta,
por causa do efeito da metamorfose. Um dos símbolos que mais aparecem nos trabalhos de
Alquimia é a figura do hermafrodita, ou andrógino.

www.misteriosantigos.com

 ALQUIMIA
 

A palavra Alquimia vem do árabe, Al-Khemy, que quer dizer "a química".
Sua origem perde-se no tempo, apenas sabemos que existiram alquimistas na
China milenar, bem como na Índia. Mas para nós ocidentais, o berço da
alquimia é o Egito. No começo da era Cristã, na cidade de Alexandria, foi que
a alquimia tomou as feições que até hoje conseva. Denominada entre os
adeptos como arte sagrada, ela resiste até nossos dias com pouca ou nenhuma
modificação. A tão falada Pedra Filosofal, capaz de transformas chumbo em
ouro, é apenas uma dasa respostas, e incompleta. Na verdade, a principal
matéria a se transmutar é o próprio alquimista. À medida que se sucedem as
etapas que conduzirão o adepto à Pedra Filosofal, o próprio é transformado
em sua essência, atingindo um nível de consciência diferente dos demais
humanos. Essa auto-transformação é que seria o verdadeiro "elixir da vida
eterna", pois ao atingir tal estágio o adepto se liberta das exigências da carne.
No último milênio da história humana, os alquimistas tem gozado de uma
consideração toda especial por parte dos estudiosos do oculto. Nomes muito
célebres tem sido citados como adeptos ou simpatizantes das teorias
alquímicas. Parece ser da própria tradição da arte alquímica ocultarem-se os
segredos através de artifícios de linguagem. Isso teve início na famosa Tábua
de Esmeralda, de Hermes Trismegisto, considerado o primeiro alquímico da
história. Para atingir seus objetivos, os alquimistas teriam à sua disposição
dois caminhos: a Via Seca e a Via Úmida. Como o próprio nome indica, a Via
Seca é um processo através do qual o alquimista realiza seu trabalho em
pouco tempo, porém de modo arriscadíssimo. É importante deixar claro que
esses métodos, sejam quais forem, são conhecidos apenas pelos adeptos da
alquimia. Embroa o processo da Via Úmida seja tão desconhecido quanto o
outro, sabe-se que envolve menso riscos, ocorrendo no máximo uma explosão
em caso de fervura da Matéria Prima. Mas e essa Matéria Prima? O que é? O
nome sugere que ela seja a base a partir da qual a Pedra Filosofal é obtida.
Mas, por ser um segredo, sua natureza jamais é revelada. Alguns defendem
que ela seja o "cinabre", um curioso mineral que combina enxofre e mercúrio
(os dosi princípios opostos do hermetismo); para outros seria a "galena", o
mineral magnético usado nos rádios antigos; para outros ainda a matéria prima
seria o raro metal "stibina". Entretanto, a tradição alquímica alquímica diz que
a matéria prima seria algo tão comum que "as crianças brincam com ela". Por
trás de todos esses mistérios está a idéia fundamental da alquimia: a da
transmutação do próprio alquimista. Ao passar por todos os processos que
conduzem à Pedra Filosofal, o alquimista transmuta-se igualmente. É como se
o processo de transmutação alcançasse e agisse sobre o próprio adepto. É voz
corrente entre os alquimistas que é necessário ao sucesso do adepto um
conjunto de qualidades morais, sem as quais, seria inútil tentar. Nunca é
demais lembrarmos do que disse Eugene Canseliet, discípulo do famoso
Fulcanelli, a respeito de seu mestre. Canseliet recorda que, quando conheceu
Fulcanelli ele já era um homem de meia idade. Décadas depois, quando o
reencontrou (numa época em que ele já deveria estar morto), Fulcanelli não
aparentava mais que trinta anos. Além disso, seu aspecto era estranho, como
se fundisse num único corpo atributos femininos e masculinos. Entre tantos
segredos, desvios e símbolos, pouco podemos reter de concreto - o que sem
dúvida, colabora para que esses misteriosos alquimistas permaneçam sendo
dos mais fascinantes ramos ocultistas que conhecemos.

 
 

A Alquimia da Natureza

Para os químicos, existe uma verdade básica: o átomo é sempre átomo.


Segundo os cientistas, apenas sob condições extremas e quase impossíveis os
átomos se dividiriam. Porém, as pesquisas do médico francês Louis Kervran,
falecido em 1983, mostram outra (e surpeendente) verdade. De acordo com
ele, cada planta ou animal consegue mais do que avançados centros de
pesquisa nuclear: divide, ajunta e transforma certos elementos em outros sem
gastar muita energia e numa temperatura de meio ambiente. Depois de uma
série de pesquisas, feitas por químicos, pesquisadores e cientistas, chegou-se a
uma conclusão: acontecia um fenômeno inexplicável! Kervran foi o primeiro
a oferecer uma explicação científica para esse fenômeno. Na década de 60, ele
observou uma equipe de operários trabalhando na sondagem de petróleo no
Saara e descobriu que as fezes de todos eles continham grandes quantidades
de potássio. Sua alimentação, porém, quase não tinha potássio. O potássio não
podia ser oriundo das reservas do organismo dos trabalhadores porque esses
teriam se esgotado depois de poucos dias. Além disso, não se detectava
nenhuma deficiência do elemento nos operários. O potássio não podia ter
surgido do nada. Depois de muita pesquisa, Kervran chegou a conclusão que o
sal (cloreto de sódio) se transformava em potássio... Se isso fosse verdade,
seria um golpe letal contra o princípio básico do fundador da química
moderna, Antoine Lavoisier. Já no século 18 , Lavoisier formulou a teoria
(válida até hoje) segunda a qual no mundo dos átomos nada se perde e nada se
cria, tudo se transforma. De acordo com a teoria, o átomo de potássio pode
ligar-se a vários outros átomos formando moléculas , mas também devia, até o
fim dos tempos, continuar sendo potássio. Essa teoria perdeu força após a
descoberta da radioatividade, por Madame Curie. O átomo, que foi
considerado imutável pelos físicos de outrora, é muito menos estável do que
se acreditava até bem pouco tempo atrás. A partir daí passou-se a diferenciar
os elementos em radiativos (instáveis) e estáveis. Pouco tempo depois se
conseguiu (através de bombardeamento com raios gama e outras partículas)
que também núcleos atômicos se transformassem. Daí até as bombas de
Nagasaki e Hiroshima o caminho foi bem curto. Mas a tese sobre a
estabilidade de todos os elementos (com a exceção dos radioativos)
continuava em pé. Kervran chamou o fenômeno ocorrido com os operários de
transmutação biológica. Segundo ele, tudo pode acontecer desde que haja
vida. Microorganismos, algas, fungos, plantas, animais. Se sua teoria estiver
correta, grandes mudanças acontecerão em vários campos: na medicina, ma
agronomia, etc... Quem sabe um dia o sonho dos alquimistas se realizará e o
mercúrio se tranformará em ouro. Será que os velhos alquimistas sabiam que
os dois estão tão próximos na tabela periódica dos elementos? E quando as
pesquisas de Kervran finalmente serão testadas com seriedade e sem
preconceitos? Ou ainda não estamso preparados para tal verdade? Parece que
a vida começa num nível muito mais profundo que o atômico. Se existem
organismos vivos capazes de transformar manganês em ferro (e vice-versa),
por que não existiriam seres vivos capazes de produzir algo do nada - a luz e a
vibração? Da transmutação até a materialização é apenas um passo pequeno.
Se acreditarmos nas noticias sobre determinados gurus asiáticos, esse pequeno
passo já foi dado por várias pessoas. E sobre a Criação Divina? Realmente,
nem eu sei o que pensar...

Mega Man Zero – Quadrilogia (GBA) – Zero


e Mitologias
avaliar

Referências mitológicas em games não são novidade, nem nunca serão.


Jogos inteiros são montados em mitologias especÃficas (God of War que o diga), e
quando bem conduzidos resultam em games que estimulam tanto o prazer de jogar
quanto de buscar saber mais sobe o que jogamos. Outros jogos trazem pequenas
referências em forma de nomes de alguns chefes ou personagens, mas nada em
demasia durante o jogo. Mas notei um jogo, uma quadrilogia em particular, que me
chamou a atenção nesse aspecto.

Mega Man Zero, uma das sete grandes sagas da franquia Mega Man (composta
também pelas séries Classic, X, ZX, EXE, Star Force e Legends), lançada em
quatro jogos para o Game Boy Advance, possui tantas referências que não podem
mais ser apenas coincidências. Jogados nos últimos finais de semana (folga da
faculdade e de projetos de pesquisas), reparei nessas citações, e como elas definiam
suavemente certas nuances do jogo. Com certo conhecimento histórico, puder até
prever alguns ataques e elementos desses personagens.

[Observações prévias: não falarei dos outros personagens, como os aliados de


Zero, pois os nomes deles são apenas palavras em francês (Ciel é ‘céu’,
Serveau é ‘cérebro’, Neige é ‘neve’, etc), que pouco ou nada
influenciam na trama, por isso me apegarei aos chefes.]

Partindo pras análises:

O próprio nome Neo Arcadia, local onde vivem Reploids e humanos num sistema de
perfeição, sob os comandos de X, e que se admite como uma “utopia”, vem de
uma idealização de um local perfeito, chamada Arcádia, constante em lendas e
poesias gregas como um lugar harmônico e perfeito. Utópico.

Colocarei os nomes dos chefes com essa inspiração, onde se encontram (MMZ 1, 2,
3 ou 4), rápida descrição de poderes e importância nos jogos, e a referência
mitológica. Os quatro Generais aparecem em todos os jogos, como inimigos ou
citados.

.
Anubis Necromancess (MMZ1), luta no resgate do deserto: ligação óbvia.
Anúbis, o deus-chacal da mitologia egÃpcia, era o responsável pelos mortos e
moribundos nas necrópoles (cidades dos mortos), e seus seguidores eram
responsáveis pelas mumificações. Além de lutar com um cajado egÃpcio e
colunas hieroglÃficas, esse chefão também evocava reploids destruÃdos,
“mortos”, para a luta.

Maha Ganeshariff (MMZ1), resgate dos dados: é o chefe elefante que


encontras quando, depois de desperto, Zero resolve buscar mais dados de si mesmo de
onde acordou. O interessante é que Ganesh é uma importantÃssima figura da
mitologia hindu, com corpo de homem e cabeça de elefante, decapitado quando
criança numa luta contra o esposo de sua mãe Parvati. Ela pôs então uma
cabeça de animal para ele sobreviver. Detentor de inúmeras qualidades, Ganesh
mexe com a inteligência, raciocÃnio e memória. Memória essa que o chefe tentara
roubar do herói lendário no jogo, memórias sobre ele mesmo.

.
Hanumachine (MMZ1): depois de muito tentar lembrar e pesquisar a origem desse
chefe, descobri que ele baseia-se no deus-macaco hindu Hanuman, um ser de grande
força e velocidade que lutou pra libertar a princesa dos céus.

Hyleg Ourobockle (MMZ2): Chefe serpente. Creio que seu nome, Ourobokcle, derive
de “ouroboros” ou “oroboro”, sÃmbolo alquÃmico que representa uma
serpente mordendo o próprio rabo, o fim em si, o eterno retorno, figura presente em
muitas culturas. Num de seus ataques, Hyleg prende você num conjunto de escamas;
quadrado, mas se fosse circular você cairia. Retomarei esse ciclo mais futuramente,
com outras visões dentro da história de Mega Man.

.
Phoenix Magnion (MMZ2): Claramente uma
fênix, sÃmbolo hindu, persa e grego de ressurreição e longevidade, é um dos
chefes mais interessantes do jogo. Além de teleporte e bilocação (dois lugares ao
mesmo tempo, num de seus ataques), assim como o pássaro sagrado, ele tem o
peculiar golpe de agarrar Zero e “evocar o passado” quando quatro chefes da saga
X te atacam (não sei determinar todos, ainda).

Burble Hekelot: Na mitologia egipcÃa, havia a deusa


Heqet (ou Heket), protetora dos partos e das crianças (apesar de ser uma figura
predominantemente feminina nas histórias, há versões masculinas da deusa). No
jogo, esse chefe se encarega de proteger a Forest of Notus, onde os Baby Elves se
encontram.

Nota: os irmãos chefes Kwagust Anchus (MMZ2) e Herculious Anchortus (MMZ1)


não são deuses ou figuras mitológicas próprias, mas como besouros representam
também a questão da imortalidade. Tanto o besouro quanto o escaravelho são sÃ-
mbolos de eternidade na cultura egÃpcia: o besouro por viver bom tempo e trocar de
casca quitinosa regularmente, sempre crescendo; o escaravelho, quando rola
excrementos pra criar sua casa, representa o eterno caminhar do Sol, do nascente ao
poente.

.
Chilldre Inarabitta (MMZ3): não representa uma criatura em si, mas uma
‘espécie’ de criaturas fantásticas aquáticas orientais. Parece mais um kappa,
numa das versões da lenda, pequeno ser que habita lagos e pântanos com grande
esperteza e agilidade, assustando especialmente crianças. A criancice do próprio
chefe já lembra um pouco esses seres.

Deathtantz Mantisk (MMZ3):


aparentando um louva-a-deus, inseto considerado perfeito e venerado em certos estilos
de lutas orientais (como o Tang Lang Quan) e da cultura chinesa, ele é lembrado aqui
por lembrar sua própria perfeição no jogo. Quando enfrenta Zero, antes da luta ele
fala ser impossÃvel perder para um reploid velho e ultrapassado; logo ele, que se vê
como um ápice de design e modernidade (até ser destruÃdo pelo
“ultrapassado”).

Tretista Kelverian (MMZ3): Enorme, com ombros em forma de


cachorro que te atacam. Seu segundo nome provavelmente deriva de Kerberos,
Cérbero, o cão de três cabeças da mitologia grega.

.
Cubit Foxtar (MMZ3): Chefe raposa que guarda uma usina de força. Lembro dele
aqui pois num de seus ataques, a raposa se reveste de nove chamas e ataca. A lenda
japonesa da raposa de nove caudas (onde tocar numa delas resultaria num azar de
séculos) se popularizou com animes como Pokémon e Naruto.

O último chefe, Omega, me fez pensar numa coisa. Ele, o ultimate reploid, cujo
adjetivo reflete no nome (última letra do alfabeto grego), também é, no final da
trama, quem possui o corpo original de Zero (cujo ‘coração’ foi transplantado
para uma cópia, o atual corpo dele), sendo assim o Original, o Inicial, o Alfa.
Brincadeirinha de “alfa e ômega” dos produtores?

Agora partindo para Mega Man Zero 4. O jogo é recheado de referências


mitológicas, partindo da catástrofe que o vilão Weil quer criar: a queda de uma
nave na Área Zero, novo refúgio dos fugidos de Neo Arcadia, o chamado Ragnarok.

Ragnarok (não o online) é o ato final da mitologia nórdica, o Destino Final dos
Deuses, onde os antigos deuses cairiam, destruindo todo o antigo universo, e criar-se-ia
outro, um novo céu e uma nova, Midgard (terra dos homens, “terra do meio”).
Quase todos os chefes têm referências de diversos panteões e animais fantásticos.

.
Fenrir Lunaedge (MMZ4): partindo diretamente para o panteão nórdico, cito o lobo
das neves. Fenrir, filho de Loki, o Deus da Trapaça irmão de Odin, Deus nórdico
supremo, foi acorrentado com uma corrente mágica fina mas capaz de prender deuses.
Será o que começará o Ragnarok, ao devorar Odin, e junto com seus irmãos Hel
(Morte) e Jormungand (a serpente que rodeia Midgard num abraço, que
acordará quando morder a própria cauda – lembram do Ouroboros?) farão o
Crepúsculo dos Deuses nórdicos. O chefe tem poderes gélidos justamente por que
o lendário Fenrir foi preso num poço subterrâneo, abaixo do inferno nórdico
regido por Hel, a região mais fria dos nortes, e que já foi lar dos gigantes do gelo,
inimigos dos deuses.

.
Pegasolta Ekrel (MMZ4): Um pégaso, cavalo alado grego e
nascido do sangue da Medusa na lenda de Perseu, domado apenas por Belerofonte.
Chefe de ataques aéreos e uma enorme vaidade – o que combina com o caráter
indomável da criatura fantástica.

Noble Mandrago (MMZ4): A mandrágora é uma planta apresentada em partes da


BÃblia e de lendas medievais como ingrediente poderoso de poções e bruxarias.
Sua raiz assemelha-se a um feto, e se não colhida de forma adequada, dizia-se que
daria berros tão violentos capazes de matar uma pessoa.

Heat Genblem (MMZ4): um chefe tartaruga. Nada de mais, mas seu ataque giratório
voador lembram as tartarugas marinhas de lendas japonesas – lembram da tartaruga
do Mestre Kame em Dragon Ball, Umigame?

Mino Magnaxe: também mitologia grega. Um minotauro, e como na versão mais


comum da lenda do Teseu e o Labirinto, é um ser de enorme força e estupidez,
mera máquina de batalha.

.
Tech Kraken (MMZ4): Leal guerreiro das tropas de Phantom (um
dos Generais de X, morto no primeiro jogo), o segundo nome vem de uma criatura
fantástica presente nas culturas vikings e nórdicas. O chefe tem o formato de um
cefalópode (lula), figura que representa o monstro marinho.

Pupla Cockapetri (MMZ4): Chefe aparentado a um galo com cauda


e poderes paralisantes. Confere com a segunda versão mais conhecida do cocatriz, ou
basilisco. Ambos têm a mesma geração bestial, um ovo de galinha chocado por um
sapo (pra não confundir, basilisco se refere à forma serpentina, e cocatriz à forma
galináceo-reptiliana). Na lenda, é um ser meio galo meio réptil e com olhar
paralisante, como Pupla.

Generais:

Fafnir/Fefnir: Segundo as lendas nórdicas, foi um


prÃncipe anão cobiçoso que matou o pai, Rei Hereidmar, para roubar seu ouro (o
tesouro amaldiçoado de Andvari). Transformado em dragão, sÃmbolo de cobiça e
avareza, guarda seu tesouro. O General deve ter sido inspirado na forma humana do
anão, o mais forte dos três filhos de Hereidmar e valoroso combatente. Quando
transformado em dragão, consta em algumas versões ele ser bicéfalo, duas
cabe̤as, e o General Fefnir possui dois canh̵es como ataque principal РSodom e
Gomorrah, referências bÃblicas claras.

Leviathan: Me foi a análise mais interessante.


Comumente representado como um dragão marinho nas mitologias judaicas, bÃblicas
e babilônicas, como um monstro imenso, o maior dos animais aquáticos. A única
feminina dos quatro Generais parece ser um contraponto disso, por ela ser a com os
ataques mais graciosos dos quatro, e seu ataque draconiano só aparece na fusão com
um Elf no terceiro jogo. Não sei se foi intencional, mas nas lendas bÃblicas, Deus, no
quinto dia da Criação, criou um casal de Leviatãs, como os outros animais; mas
matou a fêmea por ambos serem uma ameaça aos outros seres viventes. E a
Leviathan da saga de Zero é uma reploid. No mÃnimo, curioso.

Phantom: Mais como parte da cultura japonesa que ideário, Phantom possui ataques e
estilos de luta próprios dos ninjas. Ser invisÃvel ou “fantasma” é próprio dos
shinobis, como o General é. Mesmo sendo ninja, o que não o obriga a seguir
nenhum código de conduta ou honra, ele mais parece um samurai nesse aspecto ao se
matar e tentar levar Zero com ele. Ocidentalizada bonita nesse lance de ninjas com
senso de honra…

.
Harpuia: Como as harpias, ataques aéreos e
com poderes sônicos, como aquelas rajadas laser de suas adagas são seu forte. Mas
aqui é um homem, não uma mulher amaldiçoada ou coisa parecida. Seu porte
superior mais se assemelha à ave brasileira Harpia, ou gavião real (harpia harpyia),
uma das maiores das aves de rapina do mundo.

Tantas referências culturais demonstram um maior cuidado com a ambientação e


criação dos jogos. Confesso ter achado bastante interessante tantas referencias e
citações históricas num jogo futurista onde robôs são os protagonistas, o que
torna ainda mais incomuns tais referências, e mais divertidas também. Apesar de
considerados jogos curtos pouco maiores que os jogos tradicionais de Mega Man X,
achei um belo final à saga dos únicos Originais do jogo. X e Zero não eram meros
reploids, cópias de X criadas por Dr. Cain: foram criados séculos antes, X por
Wright e Zero por Willy (vide o jogo Mega Man: Power Fighters no zeramento de Bass
pra conferir isso). A luta que seria perpétua acaba com eles, numa cooperação de
amigos leais.

Refiro-me ao “ouroboros” agora por ver no fim da luta de Zero com Weil, em
MMZ4, o fim do ciclo do herói. Enfrentar sozinho um oponente maléfico e
destrutivo parece como ele derrotar ao próprio criador, Willy (quem nunca os achou
semelhantes?), e acabar com um ciclo vicioso de violência, assim como quando X
destruiu definitivamente Sigma, sua cópia mais poderosa.
E o ciclo reinicia, com novas missões e adversidades, mas sem os mesmos heróis de
antes, pois já passou o tempo deles. Entraram no meu Panteão dos melhores
personagens de jogos de plataformas que conheço.

UPDATE (08/04): Pequena trivialidade do game. Jogando de novo o terceiro tÃtulo da


série, vi que o Omega Zero, na luta final, diz assim: “Ware wa Messiah nare!
Hahahaha!“. Em português, ficaria algo como “Eu sou o Messias!”, como se ele desse
um caráter divino. O interessante é notar que no decorrer desse jogo Zero é
comumente chamado de “God of Destruction”, sendo citado como um ser de pura
violência. E Omega, no corpo original do herói, toma esse tÃtulo como seu de
verdade, relembrando o passado sangrento e destrutivo de Zero. A lenda dentro da
própria Lenda?

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