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ALQUEMIA: UMA VISÃO GERAL

Mircea Eliade1 (Alchemy: an overview. In: JONES, Lindsay. Encyclopedia of religion. 2ª ed.
Farmington: Thomson Gale, 2005. p. 234-237)

tradução de Fábio L. Stern2

O vocábulo alchemia (ou algumas formas alternativas como ars chemica) aparece no Ocidente
do século quinze em diante em referência a busca medieval por métodos de transmutar metais comuns
em ouro, por uma cura universal, e pelo “elixir da imortalidade”. A origem da raiz chem ainda não é
explicada de forma satisfatória. Nos textos chineses, indianos e gregos a alquimia é referida como “a
Arte”, ou por termos indicando mudanças radicais e benéficas, por exemplo, transmutação. Até bem
recentemente, historiadores da ciência estudaram a alquimia como uma protoquímica, ou seja, uma
ciência embrionária. De fato, assim como no início da química, os praticantes da “Arte” usaram
laboratórios e certos instrumentos específicos; mais importante, os alquimistas foram os autores de um
número de descobertas que posteriormente desempenhou papel no desenvolvimento da ciência da
química. Para citar apenas alguns exemplos: o isolamento do mercúrio por volta de 300 AEC3: a
descoberta da aqua vitae (álcool) e dos ácidos minerais, ambos antes do século treze; a preparação do
vitríolo e dos alumes.
Mas os métodos, a ideologia e os objetivos da alquimia primitiva não prorrogam a herança
alquímica. Os alquimistas não estavam interessados – ou apenas a título subsidiário – no estudo
científico da natureza. Onde a mentalidade primitiva grega se aplica à ciência ela evidencia um
extraordinário sentido de observação e discussão. Contudo os alquimistas gregos mostram uma
inexplicável falta de interesse nos fenômenos físico-químicos de seu trabalho. Para citar um único
exemplo, ninguém que já usara enxofre poderia deixar de observar “os fenômenos curiosos que
acompanham a sua fusão e o aquecimento subsequente do líquido. Agora, enquanto o enxofre é
mencionado centenas de vezes [em textos gregos alquímicos], não há alusão a qualquer uma de suas
propriedades características, exceto à sua ação sobre os metais” (Sherwood Taylor apud Eliade, 1978,
p. 147). Como logo veremos, a busca do alquimista não era científica, mas espiritual.

TRADIÇÕES ESOTÉRICAS E A IMPORTÂNCIA DO SIGILO.

Em toda cultura em que a alquimia floresceu, ela sempre esteve intimamente relacionada a
uma tradição esotérica ou “mística”: na China ao daoísmo, na Índia à ioga e ao tantrismo, no Egito
helenístico à gnŏsis, nos países islâmicos às escolas míticas e esotéricas herméticas, na Idade Média
ocidental e na Renascença ao hermetismo, ao cristianismo e ao misticismo sectário, e à Qabbalah. Em
suma, todos os alquimistas proclamaram que sua arte é uma técnica esotérica que busca um objetivo
similar ou comparável ao das principais tradições esotéricas e “místicas”.

1
Historiador das religiões, mitólogo e PhD em Filosofia pela Universidade de Bucareste, é Doctor Honoris
Causa por diversas faculdades ao longo do mundo.
2
Doutorando em Ciência da Religião (PUC-SP). Mestre em Ciências da Religião (PUC-SP). Bacharel em
Naturologia Aplicada (UNISUL).
3
Antes da Era Comum. Termo laico usado em textos de ciências da religião para se designar antes de Cristo.
1
Por este motivo, grande ênfase é dada pelo alquimista ao sigilo, ou seja, à transmissão
esotérica das doutrinas e técnicas alquímicas. O texto helenístico mais antigo, Physikē kai mystikē
(provavelmente escrito por volta de 200 AEC), narra como este livro foi descoberto escondido em uma
coluna de um templo egípcio. No prólogo de um dos tratados alquímicos indianos clássicos,
Rasārnava, a Deusa pergunta à Śiva pelo segredo de se tornar um jīvanmuleta, ou seja, um “libertado
na vida”. Śiva lhe diz que este segredo é pouco conhecido, mesmo entre os deuses. Novamente, a
importância do sigilo é enfatizada pelo famoso alquimista chinês Gě Hóng (260-340 EC4), quem
afirmou que “o segredo é jogado sobre as receitas eficazes. [...] As substâncias são lugares-comuns
que, no entanto, não podem ser identificados sem o conhecimento do código em questão” (Pao-p‘ru-
-tzu, cap. 16). A incompreensibilidade deliberada de textos alquímicos para os não-iniciados se torna
quase um clichê na literatura alquímica ocidental pós-renascentista. Um autor citado pelo Rosarium
philosophorum do século quinze diz que “apenas aquele que sabe como fazer a Pedra Filosofal
entende as palavras relativas a ela”. E o Rosarium adverte o leitor de que estas questões devem ser
transmitidas “misticamente”, tal qual a poesia se usa de fábulas e parábolas. Em resumo, somos
confrontados com uma linguagem secreta. De acordo com algumas autoridades, houve até mesmo um
juramento de não divulgar os segredos em livros (textos citados em Eliade, 1978, p. 164).
Os estágios da opus alquímica constituem uma iniciação, uma série de experiências
específicas que visa a transformação radical da condição humana. Mas o iniciado bem sucedido não
pode expressar adequadamente seu novo modo de ser em uma linguagem profana. Ele é obrigado a
usar uma “linguagem secreta”. Claro, o sigilo era uma regra geral em praticamente todas as técnicas e
ciências em seus estágios iniciais – da olaria, mineração e metalurgia à medicina e matemática. A
transmissão secreta dos métodos, ferramentas e receitas é amplamente documentada na China e na
Índia, assim como no Antigo Oriente Próximo e Grécia. Até mesmo um autor tão tardio quanto Galeno
avisa a um de seus discípulos que o conhecimento médico que ele transmite deve ser recebido como
um aspirante recebe o teletē (iniciação) nos mistérios eleusinos. De fato, ser introduzido nos segredos
de um ofício, de uma técnica ou de uma ciência era equivalente a passar por uma iniciação.
É significativo que a injunção ao sigilo e à ocultação não é abolida pela realização bem
sucedida do trabalho alquímico. Segundo Gě Hóng, os adeptos que obtiverem o elixir e se tornam
“imortais” (hsien) continuam a vagar pela terra, mas escondem a sua condição, ou seja, a sua
imortalidade, e apenas são reconhecidos como tal por alguns colegas alquimistas. Do mesmo modo, na
Índia há uma vasta literatura, tanto em sânscrito quanto em línguas vernáculas, sobre certos siddhis
famosos, iogues-alquimistas que vivem há séculos mas que raramente revelam sua identidade.
Encontra-se a mesma crença na Europa Central e Ocidental: certos hermetistas e alquimistas (tais
como Nicolas Flamel e sua esposa, Perenelle) tiveram a fama de ter vivido indefinidamente sem ser
reconhecidos por seus contemporâneos. No século dezessete uma lenda semelhante circulou sobre os
Rosacruzes e, no século seguinte em um nível mais popular, em relação ao misterioso Conde de Saint-
-Germain.

ORIGENS DA ALQUIMIA.

Os objetos da busca alquímica – ou seja, a saúde e a longevidade, a transmutação de metais


em ouro, a produção do elixir da imortalidade – possuem uma longa pré-história tanto no Oriente
quanto no Ocidente. Significativamente, esta pré-história revela uma estrutura mítico-religiosa
específica. Inúmeros mitos, por exemplo, falam de uma fonte, uma árvore, uma planta, ou alguma

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Era Comum. Termo laico usado em textos de ciências da religião para se designar depois de Cristo.
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outra substância capaz de conceder a longevidade, o rejuvenescimento ou até a imortalidade. Agora,
em todas as tradições alquímicas, mas em particular na alquimia chinesa, plantas e frutas específicas
exercem um importante papel na arte de prolongar a vida e recuperação da juventude perene.
Mas o objetivo central do alquimista foi a transformação de metais comuns em ouro. Esse
metal “nobre” estava imbuído com sacralidade. De acordo com os egípcios, a carne dos deuses e dos
faraós era feita de ouro. Na Índia Antiga, um texto do século oito AEC ( atapat a rā ma a 3.8.2.27)
proclama que “ouro é imortalidade”. Interpretando a alquimia como uma mera técnica de “transformar
metais básicos em preciosos”, ou seja, para que imitassem o outro, H. H. Dubs sugerira que a técnica
se originou durante o quarto século AEC na China, onde o teste pelo ouro (que foi praticado na
Mesopotâmia desde o século quatorze AEC) era desconhecido. Esta hipótese fora rejeitada, contudo,
pela maioria dos estudiosos. Segundo Nathan Sivin, a crença na imortalidade física é documentada na
China desde o século oito AEC, mas não antes do quarto século a imortalidade foi considerada
alcançável através do uso de drogas e outras técnicas, e “a transformação da canela em ouro não é
mencionada como possível, de acordo com as fontes existentes, antes de 133 EC” (Sivin, 1968, p. 25).

MINERAÇÃO, METALURGIA E ALQUIMIA.

Mesmo que os primórdios históricos da alquimia estejam ainda obscuros, paralelos entre
crenças e rituais alquímicos e crenças e rituais dos primeiros mineiros e metalúrgicos são claros. De
fato, todas essas técnicas refletem a ideia de que o humano pode influenciar no fluxo temporal.
Substâncias minerais, escondidas no ventre da Mãe Terra, compartilhadas na sacralidade ligada à
Deusa. Muito cedo somos confrontados com a ideia de que os minérios “crescem” no ventre da terra à
maneira de embriões. A metalurgia assim assume o caráter da obstetrícia. O mineiro e o metalúrgico
intervêm no desenrolar da embriologia subterrânea: eles aceleram o ritmo do crescimento dos
minérios; eles colaboram com o trabalho da natureza e lhe assistem em dar à luz mais rapidamente.
Em uma palavra, o humano, com suas várias técnicas, gradualmente assume o lugar do tempo: seu
labor substitui o trabalho do tempo.
Com o auxílio do fogo, metalúrgicos transformam minérios (os “embriões”) em metais (os
“adultos”). A crença subjacente é que, dado tempo suficiente, os minérios teriam se tornado metais
“puros” no ventre da Mãe Terra. Além disso, os metais “puros” teriam se tornado ouro se lhes fosse
permitido “crescerem” sem serem perturbados por mais alguns milhares de anos. Tais crenças são
amplamente conhecidas em muitas sociedades tradicionais. Já no segundo século AEC os alquimistas
chineses declararam que os minerais “mais básicos” se desenvolvem depois de muitos anos em
minerais “mais nobres”, e finalmente se tornam prata ou ouro. Crenças similares são compartilhadas
por um número de populações do sudeste asiático. Por exemplo, os anamitas estavam convencidos de
que o ouro encontrado nas minas é formado lentamente in situ ao longo dos séculos, e que se alguém
tivesse sondado a terra há muito tempo, ter-se-ia descoberto bronze no lugar onde hoje é encontrado
ouro.
Essas crenças sobreviveram na Europa Ocidental até a revolução industrial. No século
dezessete um alquimista ocidental escreveu:

Se não houvesse obstáculos exteriores à execução seus desígnios, a Natureza sempre


completaria o que ela deseja produzir. [...] É por isso que temos que olhar para o
nascimento de metais imperfeitos como teríamos em abortos e aberrações que apenas
acontecem porque a Natureza tem sido, por assim dizer, mal direcionada ou porque tem
encontrado algumas resistências limitantes ou certos obstáculos que lhe previnem de se
comportar de seu modo habitual. [...] Assim, embora deseje produzir apenas um metal, ela
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se vê obrigada a criar vários. O ouro e apenas o ouro é o filho de seus desejos. O ouro é seu
filho legítimo porque só o ouro é uma produção genuína de seus esforços (citado em Eliade,
1978, p. 50).

O ALQUIMISTA COMPLETA O TRABALHO DA NATUREZA.

A transmutação de metais básicos em ouro equivale a uma maturação milagrosamente rápida.


Conforme Simone da Colonia coloca: “esta Arte nos ensina a fazer um remédio chamado o Elixir, o
qual, sendo vertido sobre metais imperfeitos, aperfeiçoa-los completamente, e é por esta razão que foi
inventado” (citado em Eliade, 1978, p. 166). A mesma ideia é claramente exposta por Ben Jonson em
sua peça The Alchemist (1610). Um personagem diz que “o chumbo e outros metais [...] seriam ouro
se tivessem tempo”, e outro acrescenta “e que nossa Arte faz além”.
Além disso, é dito que o elixir seria capaz de acelerar o ritmo temporal de todos os organismos
e, portanto, estimular o seu crescimento. Em um texto erroneamente atribuído a Ramón Lull, pode-se
ler que “na primavera, pelo grande e maravilhoso calor, a Pedra traz vida às plantas: se dissolveres o
equivalente a um grão de sal na água, tendo esta água o suficiente para encher uma casca de noz, e em
seguida se aguares com ela uma cepa de vinha, tua cepa trar-te-á uvas maduras em maio” (citado em
Ganzenmüller, 1940, p. 159). Além disso, tanto a alquimia chinesa quanto a islâmica e a ocidental
exaltaram o elixir por suas virtudes terapêuticas universais: é dito que cura todos os males, que
restaura a juventude ao velho e que prolonga a vida por muitos séculos.

A ALQUIMIA E A MAESTRIA DO TEMPO.

Sendo assim, parece que o segredo central da “Arte” está relacionado com o domínio do
tempo cósmico e humano pelo alquimista. Os primeiros mineiros e metalúrgicos achavam que, com a
ajuda do fogo, poderiam apressar o crescimento dos minérios. Os alquimistas foram mais ambiciosos:
eles acreditavam que poderiam “curar” os metais básicos e acelerar sua “maturação”, transmutando-os
deste jeito em metais mais nobres e finalmente em ouro. Mas os alquimistas foram mais além: seu
elixir tinha a fama de curar e rejuvenescer os humanos também, prolongando indefinidamente suas
vidas. Aos olhos do alquimista, o humano é criativo: ele redime a natureza, mestra o tempo; em suma,
aperfeiçoa a criação de Deus. O mito da alquimia é um mito otimista: constitui, por assim dizer, uma
“escatologia natural”.
É certamente esta concepção de humano, como um ser imaginativo e inesgotavelmente
criativo, que explica a sobrevivência dos ideais alquímicos na ideologia do século dezenove. Claro,
tais ideais formam radicalmente secularizados neste período. De mais a mais, o fato de terem
sobrevivido não ficou imediatamente evidente no momento em que a própria alquimia desapareceu.
Contudo o triunfo da ciência experimental não aboliu os sonhos e imaginário do alquimista; pelo
contrário, a nova ideologia do século dezenove cristalizou-se em torno do mito do progresso infinito.
Impulsionada pelo desenvolvimento das ciências experimentais e o progresso da industrialização, esta
ideologia assumiu e levou a diante – não obstante a radical secularização – os sonhos milenares do
alquimista. O mito da perfeição e redenção da natureza sobrevivera de forma camuflada no programa
prometeico das sociedades industrializadas, cujo objetivo é a transformação da natureza, e em especial
a transmutação de matéria em energia. Também foi no século dezenove que o ser humano conseguiu
suplantar o tempo. Seu desejo de acelerar o tempo natural de seres orgânicos e inorgânicos agora

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começou a ser realizado, visto que a química orgânica demonstrou a possibilidade de acelerar e até
eliminar o tempo ao preparar em laboratórios e fábricas substâncias que a natureza levaria milhares de
anos para produzir. Com o que reconhece como mais essencial a si próprio – sua inteligência aplicada
e sua capacidade de trabalho – o humano moderno toma para si a função da duração temporal; em
outras palavras, assume o papel do tempo.

VEJA TAMBÉM Elixir; Gold and Silver; Metals and Metallurgy; Nature, article on Religious and
Philosophical Speculations5.

BIBLIOGRAFIA

Para as primeiras relações entre rituais e mitologias de mineração, metalurgia e alquimia, veja
meu livro The Forge and The Crucible: The Origins and Structures of Alchemy, 2ª ed. (Chicago,
1978): são dadas biografias críticas nele. Para uma história cultural da mineração, veja o livro de T. A.
Richard Man and Metals: A History of Mining in Relation to the Development of Civilization, v. 2
(Nova York, 1932). Para a história da metalurgia, veja o livro de R. J. Forbes Metallurgy in Antiquity:
A Notebook for Archaeologists and technologists (Leiden, 1950) e o livro de Leslie Aitchison A
History of Metals, v. 2 (Londres, 1960).
As origens e o desenvolvimento da alquimia são apresentados de diferentes perspectivas por
vários autores: por Edmund von Lippmann em um trabalho de três volumes, Entstehung und
Ausbreitung der Alchemie (Berlin, 1919-1954), cujo volume 3 é indispensável; por Josh Reed no
Through Alchemy to Chemistry (Londres, 1957); por Eric John Holmyard no Alchemy (Baltimore,
1957); e por Robert P. Multhauf no The Origins of Chemistry (London, 1966). Sobre a origem e o
desenvolvimento, veja também três artigos de Allan G. Debus: “The Significance of the History of
Early Chemistry”, Ca iers d’ istoire mondiale 9, 1965, pp. 39–58; “Alchemy and the Historian of
Science”, History of Science 6, 1967, pp. 128–138; and “The Chemical Philosophers: Chemical
Medicine from Paracelsus to van Helmont”, History of Science 12 , 1974, pp. 235–259.
Os trabalhos citados nesse artigo sobre tradições alquímicas específicas são o livro de
Wilhelm Ganzenmüller Die Alchemie im Mittelalter (Paderborn, Alemanha Ocidental, 1938),
traduzido em francês como L’alc imie au Moyen-Âge (Paris, 1940), e a obra de Nathan Sivin Chinese
Alchemy: Preliminary Studies (Cambridge, Mass., 1968).

Novas fontes

DOBBS, Betty Jo Teeter. The Janus Faces of Genius: The Role of Alchemy in Newton’s Thought.
Nova York, 1991.

HEINRICH, Clark. Strange Fruit: Alchemy, Religion, and Magical Foods: A Speculative History.
Londres, 1995.

MARSHALL, Peter H. The P ilosop er’s Stone: A Quest for the Secrets of Alchemy. Londres, 2001.

5
N. do T.: Nesse momento a editora está sugerindo a leitura desses outros artigos Cf., que estão também
presentes na “Encyclopedia of religion” – de onde esse texto foi traduzido do inglês.
5
NEWMAN, William R. Promethean Ambitions: Alchemy and the Quest to Perfect Nature. Chicago,
Ill., 2004.

NEWMAN, William R.; PRINCIPE, Lawrence M. Alchemy Tried in the Fire: Starkey, Boyle, and the
Fate of Helmontian Chymistry. Chicago, Ill., 2002.

SZULAKOWSKI, Urszula. The Alchemy of Light: Geometry and Optics in Late Renaissance
Alchemical Illustration. Boston, 2000.

VON MARTELS, Z. R. W. M. (Org.). Alchemy Revisited: Proceedings of the International Conference


on the History of Alchemy at the University of Gronigen, 17–19 April, 1989. Nova York, 1990.

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