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GRADUAÇÃO EM MARKETING
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO/2017
A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO/2017
SUELLEN DE ABREU SANTOS
Aprovada em __/__/__
Banca Examinadora:
Lúcia Zimmermann
Professora Orientadora
Universidade Estácio de Sá
Universidade Estácio de Sá
Universidade Estácio de Sá
RIO DE JANEIRO
NOVEMBRO/2017
Aos que me acompanham em memória, por terem
me ensinado a persistência e a busca constante
pela evolução.
Paulo Freire
RESUMO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................08
1. CONCEITO DE MARKETING.....................................................................................09
3. ATENDIMENTO AO CLIENTE...................................................................................12
5. CONCLUSÃO................................................................................................................18
REFERÊNCIAS..................................................................................................................20
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INTRODUÇÃO
1. CONCEITO DE MARKETING
Assim como a organização não existe sem os clientes, também não existe atendimento
de qualidade sem profissionais comprometidos e conscientes da sua importância.
Para o site OctaDesk (2017), a falta de treinamento do pessoal é o primeiro passo para
que a qualidade no atendimento seja ruim, pois os atendentes estão em contato direto com os
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clientes. Por isso é importante investir em gestão de pessoas para que o pessoal recrutado
tenha entusiasmo e que goste de atender ao público; esteja sempre motivado e atualizado;
tenha conhecimento sobre as soluções, produtos ou serviços ofertados; tenha autonomia para
tomar decisões e evitar burocracias que demandem tempo.
A qualidade no atendimento está ligada à cultura organizacional, pois a organização
deve prezar pela qualidade de vida dos seus funcionários para que eles se sintam motivados a
prestar atendimentos com qualidade.
Outra importância de ter qualidade no atendimento (além de reter, fidelizar clientes e
melhorar a imagem da organização) é não gerar retrabalho, pois isso demanda mais custos e
tempo. Uma vez que o cliente precisa abrir várias solicitações para resolver um mesmo
problema, ele sente que não é tratado com a importância que merece e isso causa insatisfação.
Las Casas (2008) evidencia que as organizações devem possuir indicadores de
qualidade no atendimento capazes de mensurar o nível de satisfação dos seus clientes externos
e internos (para motivá-los) a fim de identificar as lacunas a serem trabalhadas, buscar
melhorias ou manter as boas práticas. Além de monitorar a velocidade, precisão, qualidade,
engajamento e retenção de cliente. Esta é uma das prioridades para seguir ativo no mercado
competitivo: manter a qualidade para garantir a satisfação.
Em suma, é importante ter na organização o entendimento de que a qualidade no
atendimento pode ser a porta de entrada e permanência dos clientes ou a porta de saída deles
para a concorrência. As ferramentas existem para fazer com o que o nível de satisfação dos
clientes seja medido e as organizações consigam se adequar ao perfil cada vez mais exigente e
consciente dos consumidores.
Kotler e Armstrong (2003, p. 474) ressaltam que:
Entregando uma alta satisfação, a concorrência encontrará uma dificuldade maior para
ultrapassar as barreiras do que usar apenas a estratégia de redução dos preços.
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3. ATENDIMENTO AO CLIENTE
Kotler e Keller (2006) abordam que os clientes quando vão em busca de um produto
ou serviço, procuram a satisfação de suas necessidades, uma solução e não um problema.
Portanto, os profissionais de marketing devem estar sempre atentos às ferramentas que
ajudem a antecipar estas necessidades. Saber em que contexto o mercado está inserido e quais
os instrumentos mais assertivos a serem usados na comunicação com o cliente é uma
vantagem competitiva.
Segundo Godri (1994, p. 59), "atendimento é sinônimo de empatia e atenção." Isto é, o
que o cliente deseja é ser ouvido e sentir-se especial com um atendimento personalizado, de
preferência sendo atendido pelo seu nome, deseja também prioridade e menos burocracia,
pois o seu tempo é valioso. Godri (1994, p. 17) cita também que: "Propaganda é apenas 1%
do processo de marketing, o contato do dia-a-dia é o que realmente importa". Desta forma, o
colaborador que trabalha com atendimento deve saber ouvir com atenção, sobretudo os
anseios dos seus clientes, deve falar de forma clara, cordial e objetiva. O contato do dia-a-dia
é que faz com que os clientes sejam identificados e compreendidos, podendo criar um
relacionamento a partir daí.
Marques (1997) destaca em sua obra alguns pilares para um bom atendimento como:
Conhecer – suas funções, a empresa, as normas e procedimentos; Ouvir – para compreender o
cliente e saber o que ele deseja sem desgastes e sem adivinhações; Falar – utilizar um
vocabulário simples, claro e objetivo, evitando termos técnicos, gírias; Perceber – o cliente na
sua totalidade, os gestos, as expressões faciais e a postura do cliente são ricos em mensagens.
Pode-se analisar no trecho de Zulke (1990 apud Rangel, 1994, p. 26) que um mau
atendimento gera o dobro de retorno que o bom atendimento, porém este retorno é negativo:
"As pessoas contam suas experiências ruins para dez outras; as experiências positivas são
contadas para apenas cinco." Se o atendimento for ruim a possibilidade de conquistar novos
clientes é mínima pela repercussão de uma experiência negativa. Logo, a organização deve
estar sempre preparada para satisfazer os clientes e gerar uma experiência positiva.
Kotler e Keller (2006, p.55) enfatizam que “já não basta simplesmente satisfazer os
clientes. É preciso encantá-los”. Ao passo que se deve buscar o encantamento do cliente, não
se pode usar de formas levianas para gerar expectativas que não serão atendidas. Os clientes
anseiam por honestidade e segurança, além do que quanto mais ágil e esclarecedor o
atendimento, maior a compreensão e o encantamento do consumidor pelo produto, serviço ou
marca. Isso contribui para um bom resultado tratando-se de satisfação.
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Kotler (2000, p. 58) explica o porquê das empresas buscarem a alta satisfação:
“Clientes meramente satisfeitos mudam facilmente de fornecedor quando aparece uma oferta
melhor. Os que estão altamente satisfeitos são muito menos propensos a mudar.” Portanto,
quando o atendimento é bem feito, fatores como o preço, por exemplo, passam a ser deixados
em segundo plano. Mesmo que o preço de algum produto ou serviço seja mais alto que os dos
concorrentes, os clientes voltam a comprar devido à satisfação gerada e ao encantamento
despertado.
Sendo assim, o cliente fiel pode ser considerado como aquele que está satisfeito com o
atendimento e as atividades desenvolvidas pela organização em relação a ele e criou um
vínculo comercial e de relacionamento. Las Casas (2008, p. 28) conceitua:
“A fidelização significa que os clientes continuam a comprar de uma empresa porque
acreditam que ela tenha bons produtos ou serviços. Não a abandonam e, muito pelo contrário,
estão geralmente dispostos a cooperar.”
O atendimento não se resume ao momento da compra, deve-se levar em consideração
o pós-venda, sobretudo quando o cliente deseja conceder um feedback, muitas vezes negativo
em busca de uma solução ou apresentar uma sugestão; quando o atendimento é por meio
telefônico deve-se levar em consideração também o tempo de espera, a entonação de voz
utilizada e a escolha correta de palavras já que o gestual não pode ser visto, bem como no
atendimento online.
O site OctaDesk (2017) destaca que a tecnologia proporciona uma facilidade maior na
comunicação e os clientes têm buscado por respostas imediatas, quanto mais canais
disponíveis para que o cliente seja atendido, maior será o sentimento de importância dada pela
organização percebido por ele. Também destaca que estratégias de pós-venda como o CS
(Customer Success) proporcionam uma previsão das necessidades do consumidor partindo da
reunião do máximo de informações sobre ele, sobretudo sobre os hábitos de consumo, isso
possibilita entregar ao consumidor a melhor experiência de atendimento e entender
necessidades de melhoria do produto/serviço.
Entregar um valor extra e serviços adicionais antes, durante e após a venda é essencial
para que a parceria se fortaleça, sendo o atendimento a parte inicial desta parceria, ou seja, do
relacionamento.
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De acordo com o site Outback (2017), a origem do negócio ocorreu em 1987, quando
três amigos: Tim Gannon, Bob Basham e Chris Sullivan, que trabalhavam em restaurantes
especializados em carnes (steakhouses) na Flórida, Estados Unidos, estavam cansados da vida
de empregados. “Nós éramos três caras que sempre tinham trabalhado para os outros e que
sempre diziam: Deus, se tivéssemos nosso próprio negócio, faríamos diferente.” – explicou
certa vez Tim Gannon.
Até que no ano seguinte, em 1988, criaram coragem, abandonaram seus empregos e
fundaram sua própria steakhouse na cidade de Tampa, também na Flórida. O “diferente” que
sempre diziam veio por meio de um conceito de um restaurante com inspiração australiana.
Na época, o filme Crocodilo Dundee estava fazendo sucesso e os sócios acharam que
poderiam se beneficiar deste acontecimento mesmo que nenhum deles conhecesse a Austrália
de fato. Apesar da falta de clientes nos primeiros dias, os anúncios surtiram efeito e quinze
meses depois já tinham aberto mais cinco lojas.
O Outback continuou crescendo rapidamente nos Estados Unidos até 1996 quando um
norte-americano que morava no Brasil entrou em contato questionando se havia interesse em
expandir a marca para o país. Outras redes como a T.G.I. Friday´s já estavam no Brasil e o tal
americano-brasileiro, Peter Rodenbeck, parecia o sócio ideal. Conhecia o mercado de
alimentação como poucos no Brasil, pois já tinha trazido o McDonald´s em 1979 e tinha
dinheiro. Assim, o Outback chegou ao Brasil um ano depois, em 1997 e, desde então, não
parou mais de crescer, a ponto da própria matriz também comprar a rede em 2013.
De acordo com as informações institucionais no site da empresa, o Outback é uma das
principais marcas da Bloomin’ Brands, uma das maiores empresas de casual dining do
mundo, com cerca de 1.500 restaurantes. No Brasil, o Outback concluiu 2013 com 50
unidades e o crescimento anual era de aproximadamente 20% através da expansão da rede em
diversas cidades do país. Todos os restaurantes pertencem à empresa e cada unidade é
liderada por um sócio-operador.
Em 2013, a empresa tinha 50 lojas no Brasil, este número pulou para 64 em 2014 e no
ano seguinte, mesmo com a queda do PIB, mais onze lojas foram abertas, totalizando 75 em
2015. Em 2016, mais duas lojas foram abertas bem no auge da operação Lava Jato. E quando
muitos estavam fugindo de Brasília, o Outback inaugurou a quarta unidade na cidade ainda no
primeiro semestre de 2016.
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O Outback é uma rede própria (não uma franquia). Cada uma das unidades é liderada
por um sócio-operador, um profissional com espírito empreendedor que fica responsável em
tempo integral pelas operações do restaurante no seu dia-a-dia.
O perfil deste profissional envolve, entre outros aspectos, vasta experiência gerencial
na área de restaurantes, no setor de hospitalidade e serviço ao cliente, e que envida os seus
melhores esforços para gerar resultados de sucesso nas operações do restaurante.
Também de acordo com o site institucional do Outback, hoje, em 2017, a rede
brasileira conta com cerca de 83 unidades espalhadas pelos estados do país.
O atendimento é uma fase essencial, pois forma a ponte entre a marca e o cliente, o
que se leva a pensar na utilidade de ter canais de comunicação abertos e ter funcionários cada
vez mais qualificados. No caso do Outback, o objetivo é sempre manter a marca forte e
conquistar consumidores. Para isso, a empresa conta com um ambiente diferenciado e
assessoria de imprensa sempre atualizada, mas o diferencial é o atendimento e a recepção que
a empresa oferece.
A equipe é muito bem treinada através de palestras motivacionais, eles aprendem
sobre o funcionamento do restaurante, cardápio e como agirem de forma personalizada, cada
vez mais próximos ao cliente, o que ocorre tanto na loja física quanto via internet. Conhecidos
como Outbackers, a equipe é jovem, alegre, dinâmica, leal e bastante inspirada. Para manter
este perfil de empregados, a empresa investe na cultura corporativa e em treinamento, com os
ideais de qualidade, hospitalidade, compartilhamento e diversão.
Após o treinamento, as famílias dos novos funcionários são convidadas para jantar no
estabelecimento para conhecer o ambiente de trabalho dos filhos e avaliar o atendimento.
Além disso, a marca aprendeu a inovar, deu liberdade para o cliente criar seu próprio prato e
investiu em qualidade de produtos, funcionários e ambiente.
O lema da empresa é que atender bem a um cliente é um desafio diário, bem como
criar um nível de satisfação que alcance o máximo de lealdade. Os Outbackers são
incentivados a agir de maneira empreendedora em cada oportunidade de atendimento.
Em janeiro de 2012, o Outback Steakhouse conquistou o primeiro lugar na categoria
Alimentos e Bebidas em pesquisa realizada pelo IBRC (Instituto Brasileiro de Relações do
Cliente) em parceria com a revista Exame. A rede tem como princípio considerar a
importância do atendimento personalizado e valorizar o trabalho de seus funcionários, os
Outbackers.
O prêmio foi recebido pelo presidente do Outback no Brasil, Salim Maroun, em
cerimônia realizada em São Paulo. “A experiência do cliente proporcionada pela equipe do
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CONCLUSÃO
atenciosos, capazes de gerar menos burocracia e agilizar processos de forma eficiente, fazem
parte das expetativas dos clientes ao serem atendidos. E, tudo isto contribui para que a
qualidade seja percebida e a satisfação alcançada. A busca pela qualidade do atendimento
deve ser um processo constante pela melhoria e criação de relacionamento com os clientes.
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REFERÊNCIAS
BOONE, Louis; KURTZ, David. Marketing Contemporâneo. 12. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
KOTLER, Philip. KELLER, Kevin. Administração de marketing. 12. Ed. São Paulo:
Pearson Hall, 2006.
RANGEL, Alexandre. Cliente Interno: o mexilhão. 1.ed.São Paulo: Marcos Cobra, 1994.