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DISCIPLINA

PRINCÍPIOS DE
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
AULA 14

Profº. Me. Flávio Henrique Fernandes Volpon


flavio.volpon@docente.unip.br
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 2
PRINCÍPIOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 3

LGPD
• LGPD é a sigla para Lei Geral de Proteção de Dados do
Brasil, sancionada em agosto de 2018.

• A LGPD estabelece regras sobre coleta, armazenamento,


tratamento e compartilhamento de dados pessoais,
impondo mais proteção e penalidades para o não
cumprimento.

• A data da entrada em vigor da LGPD no Brasil ainda é


incerta, provavelmente Maio de 2021.
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LGPD
• Após oito anos de debates e redações, em 14 de agosto de
2018, o presidente Michel Temer sancionou a Lei Geral de
Proteção de Dados do Brasil (LGPD), Lei 13.709/2018.

• A lei entraria em vigor em agosto de 2020, possibilitando às


empresas e organizações um período de 18 meses para se
adaptarem.

• Com a LGPD, o país entra para o rol dos 120 países que
possuem lei específica para a proteção de dados pessoais.

• Foi baseada na GDPR (General Data Protection


Regulation), dos países europeus.
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O que diz a LGPD?


• A LGPD estabelece regras claras sobre coleta,
armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados
pessoais

• Impõe um padrão mais elevado de proteção e penalidades


significativas para o não cumprimento da norma.

• A lei entende por “dados pessoais” qualquer informação


relacionada à pessoa natural identificada ou identificável

• E por “tratamento de dados” toda operação realizada com


dados pessoais, como as que se referem:
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O que diz a LGPD?


✔ à coleta,
✔ classificação,
✔ utilização,
✔ acesso,
✔ reprodução,
✔ processamento,
✔ armazenamento,
✔ eliminação,
✔ controle da informação,
✔ entre outros.
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Princípios da LGPD
FINALIDADE E ADEQUAÇÃO
• Estes princípios determinam que uma empresa não pode
utilizar os dados como bem entender.

• É necessário possuir uma finalidade específica, informada


ao titular.

NECESSIDADE
• A coleta e utilização de dados pessoais deve se restringir
ao mínimo necessário para a realização das finalidades
pretendidas pela empresa.
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Princípios da LGPD
TRANSPARÊNCIA

• Garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e


facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e
os respectivos agentes de tratamento, observados os
segredos comercial e industrial.

NÃO DISCRIMINAÇÃO

• Impossibilidade de realização do tratamento para fins


discriminatórios ilícitos ou abusivos.
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Exemplo 1
CONSENTIMENTO
O ecommerce de sapatos “Calce Bem” inseriu checkboxes de
consentimento em suas Landing Pages para poder
enviar Email Marketing apenas para os Leads que
forneceram consentimento.

Certo dia, o dono da “Calce Bem” decidiu abrir um novo


negócio: o marketplace “Tem de Tudo”, com lojas de vários
segmentos. Para movimentar a divulgação do marketplace, o
dono da loja decidiu re-utilizar a base de Leads do
ecommerce, para enviar emails em nome do novo
marketplace, oferecendo produtos do novo negócio.
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Lead?

O que é um lead?

Leads são os contatos que você gera através das suas


ações de marketing.

Geralmente qualquer contato que você possua o nome e o


número pode ser considerado um lead.

Já o prospect é um lead que já foi qualificado pelo setor


comercial e começou a ser prospectado pelo mesmo.
Agora podemos voltar ao exemplo...
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Exemplo 1
CONSENTIMENTO
Impactos em princípios:
• Princípios da finalidade e adequação: No caso do exemplo,
pode-se dizer que a empresa estaria utilizando dados para
uma finalidade diferente da finalidade inicial? O
consentimento possuiria chances de perder a validade nesse
caso? Possivelmente sim.

• Princípio da transparência: O princípio da transparência


também seria impactado nesse caso, uma vez que o Lead
não recebeu informações claras a respeito de como a
empresa utilizou os seus dados.
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Exemplo 2
LEGÍTIMO INTERESSE
Vamos supor que uma empresa de acesso a crédito “Fast
Money”, que facilita empréstimos ao consumidor, possua em
sua base cerca de 100 Leads engajados, que interagem com
todos os e-mails e conteúdos da empresa.

Por causa dessas interações, a empresa realizou um teste de


proporcionalidade, e optou por utilizar a base legal do legítimo
interesse, o que permitiu com que essa empresa pudesse
enviar comunicações para esses Leads sem precisar obter
consentimento.
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Exemplo 2
LEGÍTIMO INTERESSE
Contudo, em um certo dia, a empresa decidiu tentar otimizar
o ROI do seu funil. Para isso, contratou um “databroker”,
empresa responsável por realizar minerações de dados: os
data brokers captam dados públicos e dados de outras fontes,
para agregar mais informações ao perfil de um Lead.

Com as informações que obteve do “data broker”, a “Fast


Money” conseguiu extrair padrões de comportamentos para
diferenciar quais Leads possuíam maiores chances de se
tornarem maus pagadores.
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Exemplo 2
LEGÍTIMO INTERESSE
Assim, a empresa criou segmentações diferentes para esses
Leads, para enviar Email Marketing oferecendo juros mais
altos para os Leads desse grupo.
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Exemplo 2
LEGÍTIMO INTERESSE

Impactos em princípios:

• Princípio da transparência: Neste exemplo, o Lead também


não recebeu informações claras a respeito de como a
empresa utilizou os seus dados.

• Princípio da não-discriminação: O uso de dados foi utilizado


para uma prática discriminatória, desrespeitando os direitos
e liberdades individuais do Lead.
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Exemplo 2
LEGÍTIMO INTERESSE

Impactos em princípios:

• Princípio da necessidade: Os dados utilizados não foram


apenas os dados necessários para o envio de
comunicações. As práticas de compilação de dados, nesse
caso, poderiam ser consideradas desproporcionais àquilo
que prevê o princípio da necessidade.
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Exemplo 3
CONTRATOS
Vamos supor que a empresa “Clique Fácil” comercialize um
serviço de plataforma por assinatura. Ao realizar uma venda,
é necessário que o novo cliente informe alguns dados
pessoais para formalizar o contrato (dados pessoais do contratante,
dados para faturamento e assim por diante).

Certo dia, a empresa decide utilizar estes dados para


finalidades que não possuem nenhum vínculo com a
execução do contrato em si. Por exemplo: um parceiro da
“Clique Fácil” solicitou a lista dos clientes da empresa, para
que pudesse divulgar produtos/serviços que pudessem ser
de interesse dos clientes da empresa.
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Exemplo 3
CONTRATOS
Vamos supor que a empresa “Clique Fácil” comercialize um
serviço de plataforma por assinatura. Ao realizar uma venda,
é necessário que o novo cliente informe alguns dados
pessoais para formalizar o contrato (dados pessoais do contratante,
dados para faturamento e assim por diante).

Certo dia, a empresa decide utilizar estes dados para


finalidades que não possuem nenhum vínculo com a
execução do contrato em si. Por exemplo: um parceiro da
“Clique Fácil” solicitou a lista dos clientes da empresa, para
que pudesse divulgar produtos/serviços que pudessem ser
de interesse dos clientes da empresa.
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Exemplo 3
LEGÍTIMO INTERESSE

Impactos em princípios:

• Princípios da finalidade e adequação: A empresa permitiu


que os dados fossem utilizados para uma finalidade que
não era necessária para a execução do contrato.

• Princípio da transparência: A empresa também não


informou o titular à respeito de um novo caso de uso.
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Conclusão

Apesar de ser um tema cheio de detalhes, é possível perceber


que o caminho é mais simples do que parece:

empresas devem focar em trazer mais


verdade e transparência para as relações
que possuem com os seus Leads.
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Dúvidas!

Profº. Me. Flávio Henrique Fernandes Volpon


flavio.volpon@docente.unip.br
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Bibliografia
I - BIBLIOGRAFIA BÁSICA

• LAUDON, K. C. & LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerencias. 5.ed. São


Paulo, Pearson, 2004.
• O´BRIEN, James A. Sistemas de Informações e as Decisões Gerenciais na Era da
Internet. São Paulo, Saraiva, 2003.
• MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: Conceitos e Aplicações. São Paulo:
Érica, 2005.

II - BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

• STAIR, R. M. & REYNOLDS, G. W. Princípios de Sistemas de Informação. 6.ed. Rio


de Janeiro, LTC, 2005.
• OLIVEIRA, M. A. M. Microsoft Office 2003 – Standard. Rio de Janeiro: Brasport, 2004.
• TURBAN, E. et al. Administração de Tecnologia da Informação. Rio de Janeiro,
Elsevier, 2005.
• CAPRON, H. L. E JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. 8.ed. São Paulo:
Pearson, 2004.
• MANAS, A. V. Administração de Sistemas de Informação. 3. Ed. São Paulo: Érica,
2002.
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Obrigado!

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